Você está na página 1de 28

Universidade do Estado do Rio de Janeiro

Centro de Tecnologia e Ciências


Faculdade de Geologia Departamento
de Geologia Aplicada

PROSPECÇÃO DE CASSITERITA E COLUMBITA-TANTALITA NA


REGIÃO DO MUNICÍPIO DE CONSELHEIRO LAFAIETE, MG -
BRASIL

Caio Assumpção, Iuri do Vale, Lucas Cardoso, Pedro Dionelo

Disciplina: Prospecção Mineral


Professor: Marcelo Salomão

Rio de Janeiro
Dezembro/2019
Sumário
I. INTRODUÇÃO..................................................................................................................... 4
II. OBJETIVOS........................................................................................................................ 5
III. LOCALIZAÇÃO E VIAS DE ACESSO...............................................................................5
IV. ASPECTOS FISIOGRÁFICOS DA ÁREA.........................................................................7
IV. 1 Geomorfologia........................................................................................................... 7
IV. 2 Hidrologia................................................................................................................... 7
IV. 3 Cobertura vegetal......................................................................................................8
IV. 4 Clima.......................................................................................................................... 8
IV. 5 Solos.......................................................................................................................... 9
V. CONTEXTO GEOTECTÔNICO E GEOLOGIA REGIONAL...............................................9
VI. GEOLOGIA ECONÔMICA...............................................................................................13
VII. GEOLOGIA LOCAL........................................................................................................17
VII.1 Gnaisse Caatinga.....................................................................................................................18
VII.2 Rocha Ultrabásica....................................................................................................................19
VII.3 Pegmatito................................................................................................................................20
VIII. RESULTADOS E DISCUSSÕES...................................................................................21
IX. CONCLUSÕES E RECOMENDAÇÕES..........................................................................22
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS.....................................................................................23
ANEXO 1............................................................................................................................... 26
ANEXO 2............................................................................................................................... 27
ANEXO 3............................................................................................................................... 28
Lista de Figuras

Figura 1: Localização da área de estudo. A - Mapa político-adminstrativo do Brasil com destaque para
o estado de Minas Gerais (em branco) e a área de estudo (em vermelho). B: Estado de Minas Gerais
ampliado (contorno em amarelo) e área de estudo (em vermelho). C: Ampliação para o polígono da
área de estudo (em vermelho) e municípios abrangidos.
Fonte:IBGE (limites nacional e estaduais) e BaseMap ArcGis fornecido pela ESRI, DigitalGlobe e
outros.....................................................................................................................................................5
Figura 2: Localização da área em estudo (retângulo em roxo) e principal acesso (BR-040)..................6
Figura 3: Hidrologia da área de estudo. A- Divisão regional de Minas Gerais e suas bacias
hidrográficas. B- Destaque para as Bacias Hidrográficas Vertentes do Rio Grande (Oeste), Rio Piranga
(Leste) e Rio Paraopeba (Norte). C- Hidrografia da área de estudo. Fonte: IBGE, BaseMap ArcGis
fornecido pela ESRI, DigitalGlobe e outros.........................................................................................8
Figura 4: Localização do Cinturão Mineiro e Quadrilátero Ferrífero em reconstrução dos crátons São
Francisco e Congo no Gondwana. Retirado de: Alkmim e Teixeira (2017)...........................................9
Figura 5: Mapa geológico simplificado do Cinturão Mineiro. Localização aproximada da área em
estudo em retângulo vermelho. Fonte: Retirado de Alkmim & Teixeira (2017)..................................11
Figura 6: Mapa Geológico em recorte para a área de estudo com legenda simplificada. Fonte: CPRM,
2013.....................................................................................................................................................12
Figura 7: Mapa geológico da borda meridional do Cráton do São Francisco destacando a localização
geográfica da Província Pegmatítica São João del Rei. Fonte: Retirado de Menezes da Silva, 2018...14
Figura 8: Mapa geológico com áreas requeridas para diferentes minérios. Fonte: CPRM (2012);
SIGMINE.............................................................................................................................................16
Figura 9: Recorte do mapa geológico com os pontos de afloramento plotados em azul.......................17
Figura 10: Rocha representativa do gnaisse Caatinga..........................................................................18
Figura 11: Zona de cisalhamento destral com intrusão de pegmatito quartzo-feldspático....................19
Figura 12 - Rocha ultrabásica em amostra de mão e em afloramento..................................................20
Figura 13 - Pegmatito friável intrudido em rocha extremamente alterada (solo residual maduro).......20
4

I. INTRODUÇÃO

Este estudo apresenta os resultados prospectivos preliminares realizados na região


compreendida entre os municípios de Conselheiro Lafaiete e Caranaíba, no sul do estado de Minas
Gerais. Os estudos foram concentrados na determinação do potencial mineral relacionado às unidades:
Granito Cupim e os corpos pegmatíticos, descritos pela Carta Geológica da Folha Conselheiro Lafaiete
1:100.000 (CPRM, 2013).
O interesse prospectivo da região se justifica a partir da ocorrência de pegmatitos e ouro
(identificada pelo mapeamento da CPRM em 2013), a presença de direitos minerários direcionados
para ocorrências de cassiterita, columbita, tantalita e ouro e, por fim, a existência de relatos dos
moradores da região de antigas atividades garimpeiras para estes elementos. De modo geral, a gênese
de cassiterita (SnO2), columbita (Ta2O5) e tantalita (Ta, Nb)2O6,
está relacionada de maneira intensa a processos magmáticos, mais especificamente à formação de
rochas graníticas (Rodrigues, 2009). Nesse sentido, as ocorrências desses minerais podem estar
associadas a pegmatitos, granitos, filões hidrotermais ou greisens (Pereira, 2003). Ademais, processos
intempéricos e erosivos atuantes em rochas graníticas que contêm mineralizações de Sn, Nb ou Ta, são
agentes relevantes para a formação de depósitos aluvionares, ou placers, os quais destacam-se como
importantes fontes econômicas de cassiterita, columbita e/ou tantalita.
Como exemplo, destaca-se a existência de jazidas estaníferas em Rondônia, as quais foram
denominadas como Província Estanífera de Rondônia e a Mina de Pitinga, no Amazonas, associadas à
granitogêneses, em geral Paleoproterozóicas. Nesse contexto pode- se salientar duas feições geológicas
que contém importantes à prospecção de cassiterita na região. As fácies greinsenizadas associadas a
cúpulas graníticas formam os depósitos primários, enquanto os depósitos de terraços fluviais
(paleocanais) são caracterizados como depósitos secundários (Leite Jr, 2002; Porsani et al., 2004).
Na região do município de Conselheiro Lafaiete, a sul de Belo Horizonte, inserida no contexto
tectônico do Cinturão Mineiro e do Quadrilátero Ferrífero, ocorrem rochas graníticas associadas a
rochas vulcanossedimentares, indicadas como Granito Cupim, de acordo com o mapa geológico da
CPRM (2013), de idade Paleoproterozóica.
Os elementos Sn, Ta e Nb mediante contínuo e progressivo avanço tecnológico, têm ganhado
cada vez mais relevância, visto que tais elementos são importantes para a indústria de base, na
produção de diversas ligas metálicas, bem como para a indústria tecnológica, na fabricação de
celulares, capacitores, computadores e câmeras.
5

II. OBJETIVOS

Este projeto visa a dar continuidade e contribuir para a investigação da viabilidade econômica
para estanho (Sn), nióbio (Nb) e tântalo (Ta) na região compreendida entre os municípios de
Conselheiro Lafaiete e Caranaíba, no sul do estado de Minas Gerais.

III. LOCALIZAÇÃO E VIAS DE ACESSO

A área de estudo, com 1.180 km2, está localizada no estado de Minas Gerais, abrangendo
porções dos municípios de Conselheiro Lafaiete, Itaverava, Santana dos Montes, Carnaíba, Capela
Nova, Carandaí, Queluzito, Cristiano Otoni, Casa Grande e Senhora dos Remédios (Figura 1). Na
porção central da área, encontra-se o município de Cristiano Otoni, onde está o local de estadia para a
campanha.

Figura 1: Localização da área de estudo. A - Mapa político-adminstrativo do Brasil com destaque para o estado de Minas Gerais (em branco) e a área de
estudo (em vermelho). B: Estado de Minas Gerais ampliado (contorno em amarelo) e área de estudo (em vermelho). C: Ampliação para o polígono da área
de estudo (em vermelho) e municípios abrangidos. Fonte:IBGE (limites nacional e estaduais) e BaseMap ArcGis fornecido pela ESRI, DigitalGlobe e
outros.
6

A região de estudo posiciona-se a aproximadamente 111 km de Belo Horizonte e a 268 km do


Rio de Janeiro (Figura 2), tomando como referência o itinerário realizado a partir da rodovia BR-040.

Figura 2: Localização da área em estudo (retângulo em roxo) e principal acesso (BR-040).


7

IV. ASPECTOS FISIOGRÁFICOS DA ÁREA

IV. 1 Geomorfologia

A região é caracterizada regionalmente por possuir um relevo montanhoso, do tipo mar de


morros, típico de escudos pré-cambrianos que se estendem por toda região de Conselheiro Lafaiete e
municípios circunvizinhos. As cotas de elevação na região variam de 850 metros a 1450 metros
(Sudoeste da Serra da Caxeta). Pela área, ocorrem planaltos que se mostram mais bem desenvolvidos
na margem esquerda do Rio Paraopeba, suavizando a oeste com altitudes próximas a 900 metros. As
feições geomorfológicas constituem importante controle nas jazidas de óxidos de manganês, onde
estatisticamente distribuem-se principalmente entre as cotas 980 a 1020 m (Grossi Sad et al. 1983). A
presença de ravinamento é marcante na região, além de perfis de intemperismo consideráveis e
favorecidos pelo relevo de morros, pouco acidentados.

IV. 2 Hidrologia

A Microrregião de Conselheiro Lafaiete está inserida numa região que apresenta importantes
linhas de cumeada ou divisores, de modo que três importantes bacias hidrográficas do Estado de
Minas Gerais possuem nascentes nessa região: Bacia do Rio Doce (BRD), Bacia do Rio São Francisco
(BRSF) e Bacia do Rio Grande (BRG). Nesse sentido, a área de estudo do presente trabalho abrange
porções de três sub-bacias: Bacia do Rio Piranga, Bacia Vertentes do Rio Grande e Bacia do Rio
Paraopeba (Figuras 3-A e B).
A sub-bacia do Rio Paraopeba, a mais importante da microrregião de Conselheiro Lafaiete,
abrange uma área de cerca de 13.643 km2, tendo uma extensão de aproximadamente 510 km,
pertencente a BRSF. Dentre as principais drenagens afluentes destacam-se os rios Águas Claras,
Macaúbas, Betim e Manso. A sub-bacia Vertentes do Rio Grande, abrange áreas dos munícipios de
Carandaí e Casa Grande, ocupando uma área de aproximadamente 10.540 km2, com os principais
afluentes: Rio Carandaí e Rio das Mortes. A sub-bacia do Rio Piranga, pertencente a BRD, ocupa uma
área de cerca de 17.562 km 2, a qual abrange parte de municípios como Conselheiro Lafaiete, Capela
Nova e Caranaíba. Os principais rios afluentes dessa bacia são: Rio do Carmo, Casca e Matipó.
De forma mais específica, o polígono de estudo (Figura 3-C), apresenta, em geral, uma alta
densidade de drenagens, bem como um padrão de drenagem dendrítico.
8

Figura 3: Hidrologia da área de estudo. A- Divisão regional de Minas Gerais e suas bacias hidrográficas. B- Destaque para
as Bacias Hidrográficas Vertentes do Rio Grande (Oeste), Rio Piranga (Leste) e Rio Paraopeba (Norte). C- Hidrografia da
área de estudo. Fonte: IBGE, BaseMap ArcGis fornecido pela ESRI, DigitalGlobe e outros.

IV. 3 Cobertura vegetal

A Microrregião de Conselheiro Lafaiete apresenta uma vegetação de transição entre dois


biomas característicos do Brasil: Mata Atlântica e Cerrado (Alvim et al., 2012). Segundo Pires (1977)
a vegetação é representada pelo tipo floresta latifoliada tropical, a qual é caracterizada como parte da
Mata Atlântica. Esse tipo de floresta apresenta vegetação arbórea de médio a grande porte, com folhas
largas, facilitando a absorção de luz e transpiração. Dentre as representantes desse tipo de vegetação se
destacam os jacarandás (Dalbergia sp.), jequitibás (Cariniana sp.), entre outros (Lages, 2006).

IV. 4 Clima

Segundo o IBGE (2002), na região predomina o clima tropical de altitude, onde a variação
anual de temperatura vai de 14,9 °C nas menores temperaturas e nas épocas de inverno, a 24,9 °C em
maiores temperaturas, nas épocas de verão, e a média anual é de 20
°C. Ainda de acordo com o IBGE (2002), o índice pluviométrico médio anual para a região próxima à
cidade de Conselheiro Lafaiete é de 1474,9 mm.
9

IV. 5 Solos

A área de estudo apresenta uma variação de solos, dado pela sua diversidade geológica. Entre
os solos presentes, se destacam os Latossolos Vermelho Amarelados, os Argissolos Amarelos, os
Cambissolos Háplicos, Neossolos Litolicos e Neossolos Flúvicos. O setor de agropecuária é o
principal agente de uso do solo. As propriedades se destacam pela criação de gado para corte e leite,
além de galinhas e porcos. Se destacam também, em relação a agricultura, as plantações de milho,
batata-inglesa, banana e mandioca.
O relevo pouco acidentado e suavizado, típico de “mares de morros”, propicia a evolução de
espessos perfis intempéricos, com a formação de solos residuais. Para alguns elementos, como o Fe e o
Mn, esse é um aspecto interessante, pois, devido a lixiviação e infiltração hídrica, esses elementos
podem se reconcentrar no solo residual, podendo dar origem até a solos lateríticos.

V. CONTEXTO GEOTECTÔNICO E GEOLOGIA REGIONAL

O cinturão Mineiro e o Quadrilátero Ferrífero formaram-se durante um evento orogenético


desenvolvido entre os períodos Riaciano e Orosiriano. Estes domínios geológicos serviram de
embasamento para a orogênese que veio posteriormente formar a parte oeste do supercontinente
Gondwana, entre os crátons São Francisco e Congo, durante a era neoproterozóico (Figura 4)
(Teixeira e Figueiredo 1991; Heilbron et al. 2010; Alkmim e Noce 2006; Noce et al. 2007).

Figura 4: Localização do Cinturão Mineiro e Quadrilátero Ferrífero em reconstrução dos crátons São Francisco e Congo no Gondwana. R
10

Teixera e Figueiredo (1991) definiram o Cinturão Mineiro como um extenso segmento do sul
do Cráton São Francisco afetado por plutonismo, metamorfismo e deformação, durante um intervalo
de tempo entre 2,2-1,9 Ga, correspondente ao evento orogenético Transamazônico. Estudos
petrológicos, geoquímicos e geocronológicos realizados nesta região durante a última década
demonstram que o Cinturão Mineiro engloba um fragmento crustal constituído majoritariamente por
granitoides juvenis associados com rochas vulcanossedimentares, que possuem datação entre os
períodos Sideriano e Riaciano (Noce et al. 2000; Ávila et al. 2014; Barbosa et al. 2015; Seixas et al.
2012, 2013; Teixeira et al. 2015).
O Cinturão Mineiro possui orientação NE, sendo limitado a noroeste e nordeste pelos
lineamentos Jeceaba-Bom Sucesso e Congonhas-Itaverava, respectivamente, que corresponde a
extensas zonas de cisalhamento com movimentação sinistral. Já o limite sudeste é definido pelo
lineamento de Lenheiro, uma zona de cisalhamento destral. As rochas que afloram nesse domínio são
essencialmente ortognaisses (trondhjemitico, granodiorítico, granítico), corpos ígneos indeformados
(gabro, diorito, granito) e sequências supracrustais (Figura 5) (Campos e Carneiro 2008; Ávila et al.
2010; Corrêa Neto et al. 2012; Teixeira et al. 2015).
O contexto tectônico do Cinturão Mineiro é composto essencialmente por rochas graníticas e
coberturas vulcanossedimentares depositadas em ambiente de arco intra- oceânico e cordilheirano
entre 2,47 e 2,1 Ga, que podem ser reconhecidos como terrenos alóctones que foram acrecionados a
margem continental da região do Quadrilátero Ferrífero por volta de 2,1 Ga (Campos e Carneiro 2008;
Ávila et al. 2010, 2014; Teixeira et al. 2015; Barbosa et al. 2015). As rochas que compõem o
Cinturão Mineiro sofreram dois eventos metamórifcos durante o paleoproterozóico: o primeiro, com
idade de 2,25 a 2,19 Ga, com pico metamórfico na fácies anfibolito; e, o segundo, com idade entre
2,131 e 2,1 Ga, que atingiu fácies xisto verde (Ávila et al. 2010).
11

Conselheiro Lafaiete

Figura 5: Mapa geológico simplificado do Cinturão Mineiro. Localização aproximada da área em estudo em retângulo
vermelho. Fonte: Retirado de Alkmim & Teixeira (2017).

Na área da Folha Conselheiro Lafaiete, e mais especificamente na região alvo de estudo


ocorrem rochas representativas do Paleoproterozóico ao Mesoproterozóico. Tais unidades estão
dispostas, para o recorte da área em estudo na Figura 6. A descrição aqui apresentada possui como
base o conteúdo existente na Carta Geológica da Folha Conselheiro Lafaiete, mapeada na escala
1:100.000 pelo CPRM em 2013.
Mais concentrado na porção nordeste da área, podem ser encontradas rochas
paleoproterozóicas do Grupo Barbacena, mais especificamente da Unidade Basal (composta por
anfibolitos) e pela Fm. Lafaiete, que corresponde a porção do topo do grupo. Podem ser encontradas
rochas metamórficas, principalmente, sericita-clorita xistos, biotita-quartzo xistos e metabasitos
anfibolíticos. Esta sequência pode estar truncada por empurrões tectônicos do embasamento, sendo
constituído por gnaisses TTG.
Em contato estrutural com as rochas do Grupo Barbacena, na forma de sinclinais e anticlinais,
aflora a Suíte Alto Maranhão, também de idade paleoproterozóica. Esta suíte, possui como principais
litotipos rochas tonalíticas e granodioríticas, com presença de enclaves máficos.
O Gnaisse Caatinga, pode ser definido como um gnaisse do tipo TTG, rocha de ocorrência
típica no Arqueano-Paleoproterozoico do Cráton São Francisco. É descrito como um gnaisse cinza,
bandado, com lentes anfibolíticas e presença, por vezes de migmatização, gerando leucossomas
quartzo-feldspáticos. Alguns corpos pegmatíticos ocorrem na área de
12

afloramento do Gnaisse Caatinga, que é a que possui maior expressão em área na região em estudo.

LEGENDA

Figura 6: Mapa Geológico em recorte para a área de estudo com legenda simplificada. Fonte: CPRM, 2013
13

O Complexo Ressaquinha, composto pelas unidades “Granito Campinho”, “Quartzodiorito


Senhora dos Remédios” e “Tonalito Chuí”, e representa as intrusões geradas pelas grandes
granitogêneses no Cinturão Mineiro. Há uma larga variedade de rochas como monzogranitos,
monzodioritos, dioritos, tonalitos, granodioritos e outros litotipos.
O Granito Cupim, importante unidade em termos de afloramento e posição geográfica na área,
é composto por sieno a monzogranitos, podendo possuir texturas protomilonítica a milonítica.
As unidades Mesoproterozóicas da área são representadas por coberturas metassedimentares
do Grupo Carandaí, representado pelas formações “Barroso” e “Prados”, com litotipos como
metapelitos, calcáreos e metassiltitos.
Por fim, ocorrem ainda alguns corpos, lenticulares ou elipsoidais, de dimensões relativamente
pequenas, de rochas metabásicas e metaultrabásicas.

VI. GEOLOGIA ECONÔMICA

A Província Pegmatítica de São João del Rey (Figura 7) , a qual localiza-se na porção centro-
sul do Estado de Minas Gerais, possui cerca de 70 km de comprimento e 20 km de largura, de maneira
que abrange os municípios de Ritápolis, Cassiterita, Nazareno, Coronel Charles Xavier e São Tiago
(Pereira et al., 2004). Tal província teve sua área estendida por Faulstich (2016), de modo que houve
um prolongamento para norte e para oeste/sudoeste, englobando as localidades de Resende Costa,
Lagoa Dourada, Serra de Bonsucesso e Macuco de Minas.
A Província Pegmatítica de São João del Rey, conforme observado na Erro! Fonte de
referência não encontrada.7, está inserida no contexto do Cinturão Mineiro, um segmento na
porção sul do Cráton São Francisco, de orientação NE, o qual é composto majoritariamente por rochas
graníticas e coberturas vulcanossedimentares (Noce et al., 2000; Ávila et al. 2010, 2014; Teixeira et al.
2015).
Segundo Pereira et al. (2004) os conjuntos litológicos aflorantes na Província Pegmatítica de
São João del Rey são: unidade greenstone belt, composto por rochas máfica e ultramáficas associadas
com rochas metassedimentares; corpos plutônicos, com variações gabróicas até graníticas; rochas
vulcânicas/subvulcânicas félsicas da Suíte Serrinha; e rochas metassedimentares das megassequências
São João del Rei, Carandaí e Andrelândia.
Nesse contexto, ocorrem os corpos pegmatíticos mineralizados em estanho, tantalita, nióbio e
lítio, além de ouro e mangânes. Os corpos pegmatíticos contendo mineralizações de cassiterita e
tantalita ocorrem em toda a província, enquanto, os corpos contendo espdodumênio e microlita estão
concentrados na região de Nazareno (Pereira et al., 2004; Ávila et al., 2004).
14

Localização aproximada da
Região em estudo

Figura 7: Mapa geológico da borda meridional do Cráton do São Francisco destacando a localização geográfica da Província
Pegmatítica São João del Rei. Fonte: Retirado de Menezes da Silva, 2018
15

Segundo mapeamento realizado pela CPRM (2013) a área em estudo está inserida em um
contexto semelhante ao da Província Pegmatítica de São João del Rey, associado ao Cinturão Mineiro,
com presença de rochas plutônicas graníticas, tonalíticas, granodioríticas com intercalações de
composição gabróicas e dioríticas. Tais rochas estão associadas a magmatismo no Paleoproterozóico,
destacando-se por exemplo o Granito Cupim, o Gnaisse Caatinga e o Complexo Ressaquinha.
Nesse sentido, pode-se realizar uma comparação entre as mineralizações da Província
Pegmatítica de São João del Rey e possíveis ocorrências de minerais de cassiterita, columbita e
tantalita, visto que há semelhanças no tange à geologia e gênese de mineralizações.
Além das similaridades e conjecturas acerca de um ambiente propício para as mineralizações
de cassiterita, columbita e tantalita na região, devido ao controle litológico existente, cabe ressaltar a
indicação que os direitos minerários podem fornecer em uma etapa de prospecção mais embrionária.
Na região de estudo existem áreas requeridas para cassiterita, columbita e ouro (Figura 8). As
áreas requeridas para cassiterita estão dispostas na porção mais central da área, associadas às
drenagens do Gnaisse Caatinga e o Granito Cupim. Além disto, a maior parte das áreas requeridas para
ouro, estão localizadas na porção leste da área, associadas ao Gnaisse Caatinga e a Suíte Alto
Maranhão.
16

Figura 8: Mapa geológico com áreas requeridas para diferentes minérios. Fonte: CPRM (2012); SIGMINE.
17

VII. GEOLOGIA LOCAL

Na campanha prospectiva, a fim de identificar as mineralizações e todas as feições


compatíveis para a formação e locação do item de interesse, foram analisados pontos de afloramento
do gnaisse Caatinga, rocha Ultrabásica que aparece em lentes dentro deste corpo e pegmatitos
associados, segundo a Folha de Conselheiro Lafaiete 1:100.000, onde estão plotados os pontos de
análise de afloramento (Figura 9).

Figura 9: Recorte do mapa geológico com os pontos de afloramento plotados em azul.


18

VII.1 Gnaisse Caatinga

O gnaisse Caatinga apresenta heterogeneidades estruturais, texturais que são perceptíveis em


escala de afloramento, onde são vistas zonas de cisalhamento destral com veio pegmatito
atravessando-a, por exemplo.

Esta rocha, pouco intemperizada a sã, foi analisada na campanha prospectiva na Cachoeira
Caatinga, onde tal ponto se encontrava no centro da área de estudo, onde suas coordenadas projetadas
em UTM (Zona 23S) são [633269 / 7695122] e, este ponto se encontrava perto dos córregos
denominados Quilombo e Barro Preto.

As principais características dessa rocha (Figura 10), no afloramento, são a sua coloração
cinza, a presença de bandamento, fino a médio, com lentes de anfibolito cinza- escuro associados.
Além disso, há ocorrência de migmatização incipiente, visto a partir da identificação de leucossomas,
e a presença de zona de cisalhamento intrudida por pegmatito de quartzo e feldspato (Figura 11).

Figura 10: Rocha representativa do gnaisse Caatinga.


19

Figura 11: Zona de cisalhamento destral com intrusão de


pegmatito quartzo-feldspático.

VII.2 Rocha Ultrabásica

A rocha ultrabásica encontrada na campanha prospectiva se encontrava extremamente friável e


de difícil acesso para melhor análise. Tal ponto se encontrava a noreste de uma ocorrência de lente de
rocha ultrabásica, contudo esta estava contida no Gnaisse Caatinga no mapa 1:100.000, isso explicado
pela escala regional e de pouco detalhe não propícia a delimitação do corpo analisado. As coordenadas
desse afloramento em UTM foram [627728 / 7701871], o qual estava próximo dos córregos
Cachoeirinha e Catunguinha.

A rocha, como dito anteriormente, se apresenta bastante friável, mas preservando algumas de
suas características primordiais, visto que era possível identificar uma coloração esverdeada, típica de
uma rocha ultrabásica, com presença de piroxênio, anfibólio e mica, sem presença de xistosidade
aparente, provavelmente derivado do intemperismo intenso (Figura 12). Pela indicação da folha, essa
rocha se encontra como lentes dentro do gnaisse Caatinga.
20

Figura 12 - Rocha ultrabásica em amostra de mão e em afloramento.

VII.3 Pegmatito

Foram encontrados pegmatitos aflorantes em dois pontos durante a campanha prospectiva, o


primeiro descrito no item VII.1 e o segundo se encontrava extremamente intemperizado e com
caulinitização evidente. Tal ponto se encontra a leste da área de estudo. As coordenadas desse
afloramento em UTM foram [640931 / 7691565], o qual estava próximo do córrego Maquiné.

Este pegmatito (Figura 13) cristalizou meio a rocha de difícil identificação pelo seu avançado
grau de intemperismo (solo residual maduro), contudo, pode-se identificar de qual corpo se tratava a
partir das alterações do feldspato presente e de minerais de quartzo presente nesse corpo.

Figura 13 - Pegmatito friável intrudido em rocha extremamente alterada (solo


residual maduro)
21

VIII. RESULTADOS E DISCUSSÕES

A campanha prospectiva de amostragem, consistiu, basicamente, na coleta de material no leito


ativo das drenagens, de forma não sistemática. Foram coletadas amostras, sempre que possível, de
concentrado de batéia e sedimentos de corrente. Aqui, serão apresentados apenas os dados
preliminares, contendo somente as ocorrências minerais de interesse identificadas com base no
concentrado de batéia.
O Anexo 1, apresenta a tabela dos pontos de coleta de amostras, plotadas no mapa topográfico
(Anexo 2). As ocorrências e suas localizações estão dispostas sobre o mapa geológico (Anexo 3).
Em geral, foram detectadas ocorrências de cassiterita associada à columbita-tantalita, sendo a
maior concentração destes pontos na parte mais central da área, relativamente próxima ao contato
entre o Gnaisse Caatinga e o Granito Cupim. Ressalta-se também que, em geral, estão localizadas
relativamente próximas às ocorrências pegmatíticas. São raras as ocorrências de cassiterita sem
associação com columbita-tantalita e ressalta-se a ocorrência de cassiterita próxima ao Córrego
Papagaio, onde há um corpo metaultrabásico mapeado.
A columbita-tantalita foi frequentemente observada, em associação com outros minerais, com
exceção de 6 pontos, localizados, na sua maioria na porção central e leste da área.
Outra ocorrência de destaque é o ouro, associado a columbita-tantalita e cassiterita na porção
central da área, entre os córregos Cachoeirinha e Calunguinha.
Foi encontrada a presença de ilmenita em somente uma amostra, no sul da área. Por fim,
ressalta-se a possível ocorrência de berilo e topázio imperial, associados à cassiterita e columbita-
tantalita próximo ao corpo ultrabásico já comentado. É possível que este esteja associado à um
pegmatito que fora totalmente erodido, pois no campo, foi observado um solo residual maduro
contrastando com o solo típico da ultrabásica, contendo alguns blocos quartzosos.
Com base nas ocorrências registradas e suas localizações observadas em mapa, foram
dispostas, de forma ilustrativa no mapa geológico (Anexo 3), algumas áreas de maior interesse. Estas
estão associadas ao Córrego Calunga, Córrego Papagaio e Córrego Maquiné, à leste da área, a
montante de onde aflora o corpo ultrabásico e de onde foram encontradas concentrados de columbita-
tantalita. As demais áreas de interesse foram demarcadas em regiões a montante de ocorrências
registradas, principalmente devido à ocorrência de corpos de pegmatito, registrados pelo mapeamento
do CPRM (2013).
A ocorrência de mineralização da cassiterita e columbita-tantalita é justificada e novamente
comprovada por este trabalho, dado a densidade de pontos os quais tais minerais foram encontrados.
A sua gênese e área fonte, em contrapartida, não está muito clara e a
22

ocorrência por si só destes minerais não é capaz de fornecer informações acerca de tal assunto.
Entretanto, cabe ressaltar, que a existência de pegmatitos no Gnaisse Caatinga, pode estar associada
com a intrusão do Granito Cupim, o que não estaria em desacordo com diversos dos modelos de
mineralização já encontrados e documentados.
Acredita-se que a mineralização pode estar relacionada com estes corpos pegmatíticos, que
inclusive, podem ser mais frequentes, tendo a escala de mapeamento como um dificultador para o
mapeamento em si e representação destes corpos. É possível, ainda, que o próprio Granito Cupim, tal
qual ocorre na Mina de Pitinga (AM), seja a fonte da cassiterita e da columbita-tantalita, visto que se
os pegmatitos estiverem de fato associado à granitogênese do Granito Cupim, o mesmo, teria a
química e os fluidos magmáticos que, supostamente, seriam responsáveis pela formação da cassiterita.
Por fim, ressalta-se que, é provável que praticamente todas as ocorrências estejam, de fato,
próximas às suas respectivas áreas fontes, visto o tamanho dos grãos observados em campo, retidos na
peneira. Isto, dada a vasta extensão da área, corrobora para a hipótese de as fontes serem os
pegmatitos, que podem estar espalhados e disseminados sobre o Gnaisse Caatinga. Se a fonte estivesse
no Granito Cupim, somente, se esperaria que as amostras em drenagens mais distantes do corpo
tivessem grãos de menores dimensões, o que não ocorre.

IX. CONCLUSÕES E RECOMENDAÇÕES

A contribuição para a identificação de ocorrências minerais de cassiterita e columbita-


tantalita, com base na amostragem não sistemática em leitos de drenagens e cursos d’água ativos,
demonstrou elevada eficácia. A fase preliminar de prospecção em superfície é etapa primordial para o
início do entendimento da geologia econômica, metalogenia e ocorrências minerais de uma região de
estudo.
Para avançar no conhecimento da área, no que tange, principalmente, as áreas fontes, seria
necessária uma malha mais adensada de amostragem geoquímica, além das análises dos sedimentos de
corrente já amostrados. Deve ser realizado o follow up das principais ocorrências encontradas,
restringindo a localização da área fonte, que em conjunto com um mapeamento geológico de campo,
em escala de detalhe pode ser capaz de encontrar, por exemplo, corpos de pegmatito não mapeados.
Com o fim de determinar o teor dos elementos de interesse (Sn, Nb e Ta), recomenda- se a
realização de análise química multielementos (ICP – MS), atentando para o limite de detecção, já que
os elementos descritos, podem, possuir concentrações em ppm e ppb.
23

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

ALKMIM, F.F. & NOCE, C.M. (eds.) 2006. The Paleoproterozoic Record of the São Francisco
Craton. IGCP 509 Field workshop, Bahia and Minas Gerais, Brazil. Field Guide & Abstracts, 114 p.

ALKMIM, Fernando F; TEIXEIRA, Wilson. The Paleoproterozoic mineiro belt and the Quadrilátero
Ferrífero. In: São Francisco Craton, eastern Brazil: tectonic genealogy of a miniature continent[S.l:
s.n.], 2017

ALVIM, A.M.M; FARIA, E.T.; OLIVEIRA, J.T.; AMARAL, J.B.; SILVA, J.B.; BARBOSA, M.F.
Análise Hierárquica Urbana da Microrregião de Conselheiro Lafaiete. Caminhos de Geografia, v.13,
n.42, p-28-41. Junho, 2012.

ÁVILA, C.A.; TEIXEIRA, W. & PEREIRA, R.M., 2004. Geologia e petrografia do Quartzo
Monzodiorito Glória, Cinturão Mineiro, porção sul do Cráton São Francisco, Minas Gerais. Arquivos
do Museu Nacional, 62 (1), 83-98 pp.

ÁVILA, C.A., TEIXEIRA, W., CORDANI, U.G., MOURA, C.A.V., PEREIRA, R.M., 2010.
Rhyacian (2.23–2.20Ga) juvenile accretion in the southern São Francisco craton, Brazil: Geochemical
and isotopic evidence from the Serrinha magmatic suite,Mineiro belt.J. S. Am. Earth Sci. 29, 464–482.

ÁVILA, C. A., TEIXEIRA, W., EVERTON, M. B., IVO, A. D., THAYLA, A. T. V., 2014. Rhyacian
Evolution of Subvolcanic and Metasedimentary Rocks of the Southern Segment of the Mineiro Belt,
São Francisco Craton, Brazil. Precambrian Research.
https://doi.org/10.1016/j.precamres.2013.12.028.

BARBOSA, N.S., TEIXEIRA, W., ÁVILA, C.A., MONTECINOS, P.M., BONGIOLO, E.M., 2015.
2.17–2.09 Ga crust forming episodes in the Mineiro belt, São Francisco craton, Brazil: U-Pb ages and
geochemical constraints. Precambr. Res. 270, 204–225.

FAULSTICH, F.R.L. 2016. Estudo de minerais pesados dos pegmatitos da Província Pegmatítica de
São João del Rei, Minas Gerais. Universidade Federal do Rio de Janeiro, Tese de doutorado, 200p.
24

FRANCESCONI, R., 1972. Pegmatitos da Região de São João del Rei – MG. São Paulo. 101p. Tese
(Doutorado em Geologia), Programa de Pós-Graduação em Geologia, Instituto de Geociências,
Universidade de São Paulo.

GROSSI SAD, J.H. et al., 1983. Geologia do Distrito Manganesífero de Conselheiro Lafaiete. Anais
do II Simpósio de Geologia de Minas Gerais, 3:259-270.

LAGES, G.A. Geologia da Folha SF-23-X-A-VI-1 (Conselheiro Lafaiete, Minas Gerais):


Ortofotocarta 42-17-11, Escala 1:25.000. Dissertação de Monografia. Universidade Federal de Ouro
Preto, 2006.

LEITE JR. WB. 2002. A suíte intrusiva Santa Clara (RO) e a mineralizacão primária polimetálica (Sn,
W, Nb, Ta, Zn, Cu, Pb) associada. Tese de Doutorado, Instituto de Geociências da Universidade de
São Paulo, 303 p.

MENEZES DA SILVA, V. H. R. 2018. Caracterização de minerais do Supergrupo do Pirocloro na


Província Pegmatítica de São João Del Rei, Minas Gerais. Trabalho Final de Curso. pp. 12.

MIRANDA, E. E. de; Brasil em Relevo. Campinas: Embrapa Monitoramento por Satélite, 2005.
Disponível em: <http://www.relevobr.cnpm.embrapa.br>. Acesso em: 24 jul. 2006

NOCE C.M., TEIXEIRA W., QUÉMÉNEUR J.J.G., MARTINS V.T.S. BOLZA-CHINI, E. 2000.
Isotopic signatures of Paleoproterozoic granitoids from southern São Francisco Craton, NE Brazil, and
implications for the evolution of the Transamazonian Orogeny. Journal of South American Earth
Sciences, 13, 225–239.

PEREIRA, R.M. Fundamentos de Prospecção Mineral, Interciência, 2003.

PEREIRA, R. M.; ÁVILA, C. A., NEUMANN, R. 2004. Estudo mineralógico e químico da cassiterita
e de suas inclusões sólidas: implicação com a paragênese das mineralizações da Província Pegmatítica
de São João Del Rei, Minas Gerais, Brasil. Arquivos do Museu Nacional, 62 (3): 321–336.

PORSANI, J.L.; C.A. MENDONÁA; J.S. BETTENCOURT; F.Y. HIODO; J.A.J. VIAN e J. E.
SILVA. 2004. Investigações GPR nos distritos mineiros de Santa Bárbara e Bom Futuro: Província
Estanífera de Rondônia. Rev. Bras. Geofisíca, 22(1):57-68.
25

RODRIGUES, A.F.S. Economia Mineral do Brasil. – Brasília: DF. Departamento Nacional de


Produção Mineral. 2009.

Serviço Geológico do Brasil – CPRM. 2013. Carta Geológica SF.23-X-A-VI Conselheiro Lafaiete.
Escala 1:100.000. Programa Geologia do Brasil. CPRM.

TEIXEIRA, W., ÁVILA, C. A. DUSSIN, I. A. CORRÊA NETO, A. V. BONGIOLO, E. M.


SANTOS, J. O. BARBOSA, N. S., 2015. A Juvenile Accretion Episode (2.35-2.32Ga) in the Mineiro
Belt and Its Role to the Minas Accretionary Orogeny: Zircon U-Pb-Hf and Geochemical Evidences.
Precambrian Research. https://doi.org/10.1016/j.precamres.2014.11.009.

https://www.ibge.gov.br/ Acesso em 24/09/2019.

http://geoinfo.cnps.embrapa.br/layers/geonode%3Alev_mg_estado_solos_lat_long_wgs84_v t#more
Acesso em: 24/09/2019.
26

ANEXO 1

Disciplina: Prospecção Mineral Localização:


Conselheiro Lafaiete
Grupo K: Caio Assumpção, Iuri do Vale, Lucas Cardoso, Pedro Dionelo
Datum Córrego Alegre
2

ANEXO 2
2

ANEXO 3

Você também pode gostar