Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Universidade Rovuma
Nampula
2019
Marcelino Pedro Mahicuamala
Universidade Rovuma
Nampula
2019
Índice de Figura
3
1.2 Objectivos
1.2.1 Objectivo Geral
1.3 Metodologia
4
1.3.2 Pesquisa Bibliográfica
Para a realização deste estudo as actividades levadas a cabo, foram adoptadas para
dividir e organizar o trabalho que se deu em etapas contínuas e bem definidas, a saber:
5
Com uma Superfície de 17.721𝑘𝑚2 e uma população recenseada em 1997 de 149.181
habitantes e estimada, à data de 01/01/2005, em 186.476 habitantes, este distrito tem
uma densidade populacional de 10.5 hab/𝑘𝑚2 .
A relação de dependência económica potencial é de aproximadamente 1:1.4, isto é por
cada 10 crianças ou anciões existem 14 pessoas em idade activa.
6
MAPUPULO- SEDE
MAPUPULO MPUTO
MASSINGIR
MIRATE – SEDE
CHIPENBE
MIRATE MARRANGE
UNIDADE
NAIROTO- SEDE
NAIROTO NACOLOLO
NAMANHUMBIR M`PUPENE
Tabela 1: Divisão administrativa do distrito. Fonte: (MINISTÉRIO DA
ADMINISTRAÇÃO ESTATAL , 2014)
Para além destes órgãos, estão também adstritos ao Governo Distrital, os seguintes
organismos: Procuradoria Distrital da República:
7
Conselho Municipal de Montepuez
Autoridade Tributaria de Montepuez; e
Direcção do SISE.
As instituições do distrito operam com base nas normas de funcionamento dos serviços
da Administração Pública, aprovados pelo Decreto 30/2001 de 15 de Outubro, do
conselho de Ministros, publicado no Boletim da república nº 41, I Série, Suplemento.
8
Em termos da temperatura média durante o período de crescimento das culturas, hà
regiões cujas temperaturas excedem os 25ºC, embora em geral a temperatura média
anual varie entre 20 e 25ºC.
Os rios não são navegáveis devido ao seu curso acidentado, mas contribuem para a para
a prática de actividades agrícolas e de pesca artesenal, gerando rendimentos á população
e tornando-se uma fonte importante da ecónomia do Distrito.
Os dambos (ndabo nas línguas locais) são formas especiais dos vales, não sendo
exclusivos de uma zona agro-ecológica estão presentes de uma forma consideravel na
zona R7. São depressões hidromórficas suaves ou vales extensos, não profundos, sem
escoamento de água na forma de uma linha de drenagem ou mesmo leito de rio.
A fisiografia é dominada pela alternância de interflúvios e os vales dos rios que, devido
á sua largura, profundidade e posição (em relação aos rios), poderão alternar com
dambos. Os vales dos rios são dominados por solos aluvionares (Fluvisols), escuros,
profundos, de textura pesada média, moderadamente a mal drenados, sujeitos a
inundação regular. Nos dambos encontram-se solos hidromòrficos de textura variada,
desde arenosos de cores cinzentas, arenosos sobre argila a solos argilosos estratificados,
de cor escura (Mollic, Gleyic e Dystric Gleysols, e Haplic e Luvic Phaeozems).
9
Os topos e encostas superiores dos interfluvios são dominados por complexos de solos
vermelhos e alaranjados (Rhodic Ferralsols, Chromic Luvisols), e amarelos (Haplic
Lixisols e Haplic Ferralsols). A maioria dos solos apresentam texturas médias a
pesadas, sendo profundos, bem a moderadamente bem drenados. Nas encostas
intermédias dos interflúvios os solos variam de cor, desde solos com cores pardo-
acastanhadas a castanho-amareladas, moderadamente bem drenados, com textura
argilosa.
O distrito de Montepuez, é um dos que possui vastas zonas florestais na Província. Esta
condição leva-o a ser um dos possuidores de vários tipos de árvores de valores
económico no pais sendo o mais predominante a Umbila, Pau-preto, Metil, Jambire,
Sandalo, entre outras.
Estas florestas encontram se localizadas nas área dos postos Administrativos de
Mapupulo, Mputo, Massingir, Mirate Chipene, Nacololo, Namanhumbir, M`pupene e
Marrange.
A fauna bravia do distrito é constituída por Macacos, Leões, Crocodilos, Porcos bravo,
Antílopes, Pala-pala, Coelhos, Leopardos, Elefantes, fococeiros, Zebra, Boi cavalo e
diversos tipos de aves.
Devido a falta de mecanismo e meios de controlo, não e possível a localização exacta
das espécies acima mencionadas e muito menos as quantidades das suas populações.
Neste momento existe uma empresa, Lugenda Safaris que pretende explorar esta área
mas que ainda não está autorizada.
A situação ambiental no distrito caracteriza-se por erosão dos solos na vila sede do
distrito, posto administrativo de Namanhumbir, Nanhupo, ao longo das estradas, a uma
alteração da composição do relevo devido a exploração artesanal de Rubi, pela
população nacional e oriundas de vários países.
10
2. Contexto Geológico
2.1 Geologia Regional
11
gneísseis grafitosos, mármores e piroxenitos granantíferos e parecem estar “in situ”
embora apresentem episódios de fenómenos em locais tectónicos.
12
Figura 2: Unidade Litostratigrafica da área em estudo.
13
2.4 Assembleias Mineralógica
o Grafite
Estes podem geralmente estar associado a impurezas de óxido de ferro, argilas ou outros
minerais (Sampaio, et al., 2008).
o Mármore
Estas rochas derivadas de calcários e/ou dolomitos e contêm mais de 50% de calcita
e/ou dolomita. Os mármores “Branco Espírito Santo”, “Branco Pighes”, “Branco
Thassos” são compostos de dolomita, praticamente sem a presença de outros minerais.
Por sua vez são comumente exibem cor branca a cinzenta. Tonalidades esverdeadas e
outras estão ligadas aos minerais não carbonáticos presentes, tais como: talco, anfibólio
(tremolita), piroxénios (diopsídio), olivina (forsterita) e outros (Frascá, 2014).
14
3. Geologia Local
A área estudada compreendida entre os meridianos 38° 30' e 39° E e os paralelos 13° e
13° 30' S, fica situada a norte de Moçambique.
Esta e sustentada por uma sucessão geológica da região comportada por unidades
geológicas do Cinturão do Lúrio (‘’Lúrio Belt’’). Este representa uma subprovíncia do
‘’Mozambique Belt’’, cinturão móvel (‘’mobile belt’’) contendo rochas do soco,
nomeadamente as do Bulavaiano, Eburniano e Quibariano.
Com base nos estudos realizados pelos geólogos estrangeiros e pelos geólogos
portugueses que trabalharam em Moçambique, nomeadamente (AFONSO, 1976) e
(ARAúJO, 1976) foi descrever as sucessões que sustentam o Cinturão do Lúrio:
1. Série de rochas verdes, com intercalações de metassedimentos;
2. Dobramentos com eixos E-O e metamorfismo;
3. Série calco magnesiana : gnaisse piroxénico com intercalações de calcário e
quartzito;
4. Série grafitosa;
5. Série granulítica;
6. Série charnoquítica: gnaisse enderbítico e gnaisse charnoquítico;
7. Dobramento NE-SO e metamorfismo;
8. Gnaisse pegmatóide;
9. Intrusão de granito porfiróide;
10. Gnaisse migmatítico;
11. Dobramento E-O e metamorfismo;
12. Instalação do Complexo anortosítico;
13. Dobramento NE-SO e falhamento N-S;
14. Intrusão de diques de piroxenitos e de anfibolitos.
15
Figura 3: Esboço Geológico da região
SEGUNDO, a fonte: “grafite in Artigos de apoio Infopédia [em linha]. Porto: Porto
Editora, 2003-2016”.
16
o Geologia do Grafite
Grafite em veio cristalino: Esta é a única forma natural do carbono, também chamada
de lump ou Grafite altamente cristalina, encontrada em veios cristalinos bem definidos
ou acumulada em pacotes ao longo dos contatos intrusivos entre pegmatitos e calcário.
Essa forma de Grafite exibe uma morfologia acicular com cristais orientados
perpendicularmente à rocha encaixante. As impurezas incluem: quartzo, feldspato,
pirita, piroxênio, apatita e calcita. Esses depósitos, relativamente raros, fornecem
Grafite maciça, cujos grãos podem ocorrer segundo vários tamanhos, desde aquele do
minério lump até os microcristais, como a Grafite em flocos e pulverizada, encontrada
nas adjacências do veio cristalino.
Grafite amorfa: O termo amorfo é uma designação incorreta, vez que se trata de um
material com uma estrutura verdadeiramente microcristalina. A Grafite amorfa possui,
caracteristicamente, uma aparência preta terrosa e macia ao tato. Certos depósitos desta
forma do mineral foram formados por metamorfismo de contato, enquanto outros são,
provavelmente, resultados da dinâmica (regional) do metamorfismo. A Grafite amorfa
pode ser encontrada com teor de carbono que varia entre 75 e 90%, e seu tamanho pode
variar desde 75 mm até 5 μm. Os depósitos viáveis economicamente exigem um teor
mínimo de carbono da ordem de 8%. A natureza e a quantidade das impurezas
17
dependem da rocha que deu origem ao jazimento. O teor de carbono contido em tais
depósitos amorfos tem relação com a quantidade de sedimentos destes depósitos.
Neste afloramento foi possível que observar a Grafite aflora sub á superfície, é numa
área onde ainda encontra-se a decorrer estudos geofísicos deste recurso, para puderem
determinar os contornos e as quantidades, o tipo de Sonda que é feita é sondagem
(mecânica), Vertical.
O grafite desta zona são influenciados pelas formações de Séries de Chiúre e Lúrio
(Cinturão Orogênico do Lúrio (´´LÚRIO BELT´´), no complexo de Montepuez.
o SÉRIE GRAFITOSA
Gnaisse grafitoso;
Leptinito com grafite, pirite e com óxidos de manganês;
18
Quartzito xistificado com grafite;
Xisto quartzítico com grafite e fucsite.
Temos pois neste afloramento Grafite como uma direcção de acamamento do Oeste a
Este, encontrados nas formas laminada na horizontal, agregada em flocos (flakes), com
minerais de quartzo e argila ao redor do afloramento.
Uma vegetação pouco densa como a presença do solo escuro, que possivelmente
condicionados pela mineralogia deste local, apresentado pois caracterisca de Grafite em
flocos cujo ambiente geológicos típicos destes é por contato ou metamorfismo regional
em depósitos de calcários ou argilas com material orgânico. O mineral também ocorre
em veios e exibe uma estrutura folheada ou fibrosa. Com folhas de clivagem basal
perfeita e são opacas, possuem brilho metálico, enquanto o material amorfo é preto
terroso.
19
Figura 4: Grafite em flocos. Fonte: (AUTOR, 2019)
Neste afloramento o Grafite em certos pontos esta associados a outros minerais de cor
verde, que supostamente seja o Vanádio que se incorporou com uma estrutura
cristalinas no grafite.
20
O vanádio encontra-se bastante disperso na natureza e este ocorre em diversos locais
principalmente em carvões e em petróleos bruto, por estes serem derivados do mesmo
mineral (Carbono) pode ser uma das razões pela qual neste local a ocorrência deste
mineral (Vanádio).
Como a mesma direcção de acamamento que a anterior Oeste a Este, encontrados nas
formas laminada, agregada em flocos (flakes).
Com uma vegetação um pouco mas densa que o primeiro ponto, com a presença do solo
escuro, que possivelmente condicionados pela mineralogia do local.
21
Entre o II° PONTO (NIK02) ao III° PONTO (NIK03)
Entre estes pontos foi notórios furos de sondagens, que estavam a ser realizados neste
local de modo a se aferir dados suteis da região, de modo a ser exploráveis este mineral
que ocorre neste local.
22
III° PONTO (NIK03)
Este ponto diferentemente dos outros pontos, foi o mas alto, neste afloramento Grafite
como mostra a imagem possuía dois sentidos de acamamento devido a sua inclinação
oblíqua, que foi provoca pela intrusão de pegmatitos que afloraram em alguns pontos
deste cume.
Figura 7: Grafite com Inclinação Obliqua devido a intrusão. Fonte: (Autor, 2019)
23
V° PONTO (NIK05)
Este ponto foi marcado pela presença de intrusão de pegmatitos que possivelmente
tenham originado a orientação de acamamento do grafite em duas partes possivelmente,
dando origem a estruturas de grafite inclinados no cume do monte estudado.
24
3.1.2 Descrição do Afloramento de Mármore
o Noções Fundamentais:
A este ponto este esta sendo feito pesquisa com testemunhos de sondagens com
maquina de sondagem mecânica, para se ter as profundidades reias da ocorrência do
mármore no local, sendo que esta realiza o testemunho de sondagem conservante, em
que a parte do corpo rochoso é conservado para ser estudado, dando a ideia clara como
esta dispostas as camadas no subsolo.
25
Figura 9: Máquina de Sondagem Mecânica. Fonte: (Autor, 2019)
Para este ponto fez-se uma simulação do cálculo de reserva de depósitos que consisti na
estimação de valores para a determinação do teor do minério e da relação Ganga e
Minério para analisar a viabilidade e exploração deste jazido.
26
Figura 10: Mármore usado para estimar os cálculos de reserva. Fonte: (Autor, 2019)
Para o afloramento em descrição foi feito um levamento de medição das direções das
camadas e a descrição do perfil do local em estudo.
27
Figure 11: Perfil litológico do marmonte. Fonte: (Autor, 2019)
Foi na região de Carrara (mármores Apuan) onde o mármore começou a ser explorado
intensamente pelos Romanos a partir do ano 89 A. C.. A zona onde esta exploração se
realizava era conhecida, na época, por Luna. O mármore Lunense começou a ser usado
nas habitações privadas no ano 48 A.C (CAPUZZI, et al., s/d).
28
aumentar os níveis de produção, embora tenha também contribuído para a deterioração
de determinadas jazidas, graças à fracturação induzida pela acção do explosivo no
maciço. Do material desmontado com recurso àquela técnica, só uma pequena parte
pode ser aproveitada comercialmente pelo facto da estrutura cristalina do mármore não
suportar as ondas da explosão.
Em 1854 o fio helicoidal, pelo francês Eugène Chevalier, na forma curiosa de uma
máquina para serrar a pedra.
A exploração subterrânea, dado o seu carácter selectivo, uma vez que permite deixar
pilares em zonas com fraca ou nenhuma qualidade ornamental e explorar as zonas
melhores (embora seguindo critérios adequados sem realizar lavra ambiciosa),
29
possibilita reduções consideráveis na produção de estéreis, ao mesmo tempo que deixa
livre o terreno à superfície para outros usos (ex.: agricultura), revelando-se um método
menos agressivo para a paisagem.
Por outro lado, a lavra subterrânea apresenta ainda outros benefícios ambientais,
nomeadamente a redução do nível de ruído emitido para o exterior e a minimização dos
impactos causados na paisagem, na flora e na fauna, além de permitir um
armazenamento de resíduos nas cavidades subterrâneas criadas.
30
Conclusão
31
Referencias Bibliográficas
HOLMES A The sequence of pre-Cambrian orogenic belts in south and central Africa
[Livro]. - [s.l.] : 18th International Geological Congress, London (1984), 39:379-428.,
1951.
JAMAL D.L., ZARTMAN, R.E. AND DE WIT, M.J. U-Th-Pb single zircon dates
from the Lurio Belt, Northern Mozambique: Kibaran and Pan-African orogenic events
highlighted [Livro]. - [s.l.] : Journal of African Earth Science; Geological Society of
Africa 111, abstract,, 1999. - p. pg. 32.
32
MINISTÉRIO DA ADMINISTRAÇÃO ESTATAL PERFIL DO DISTRITO DE
MONTEPUEZ PROVÍNCIA DE CABO DELGADO [Livro]. - 2014. - Primeira edição,
primeira impressão 2012.
PINNA P., JOURD, G., CALVEZ, J.Y., MROZ, J.P. & MARQUES, J.M The
Mozambique Belt in northern Mozambique: Neoproterozoic (1100-850 Ma) crustal
growth and tectogenesis, and superimposed Pan-African (800-550 Ma) tectonism.
Precambrian Research, 62, No.1 :1-59 [Livro]. - 1993.
Sampaio João Alves, Braga Paulo Fernando Almeida e Dutra Achilles Junqueira
Bourdot Rochas e Minerais Industriais (Grafita) [Livro]. - [s.l.] : CETEM, 2008. - 2a
Edição.
TAYLOR JR. H. A Graphite. In: Industrial minerals and rocks, 6th Edition, D. D. Carr
(Senior Editor), Society of Mining, Metallurgy, and Exploration, Inc [Livro]. - Littleton,
Colorado : [s.n.], 1994. - pp. 1196p., p. 561-570.
33