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INSTITUTO SUPERIOR POLITECNICO DE TETE

Cadeira: Cálculo de Custos

Curso Engenharia de Processamento Mineira

Período: Pós- Laboral 4º Ano 1º Semestre

Tema

PROJECTO DE PROCESSAMENTO DE DE CALCARIO PARA PRODUÇÃO DE


CIMENTO, FERTILIZANTE ,CONCRETO E FUNDIÇÃO NO ALTO FORNO NA
PROVINCIA DE INHAMBANE NO DISTRITO DE MASSINGA, LOCALIADEDE
DE MAMBADINE

Discente: Docente:
Eduardo Justino Faduco PhD. David Selemane José

Tete, Maio de 2023

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Dados da Empresa
Nome da empresa: FDC BOSA MINING LDA
Proprietário e gerente da mineradora: Eduardo Justino Faduco
Tipo de mineral a ser processado:Calcario
Local de exploração e processamento: Província de Inhambane, distrito de Massinga,
Localidade de Mambadine

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Índice
1.INTRODUÇÃO ............................................................................................................. 3

2.REVISÃO BIBLIOGRÁFICA ...................................................................................... 4

2.1.Aspectos físico-geográficos ........................................................................................ 4

2.2.Legislação ................................................................................................................... 4

2.2.Calcário em Moçambique ........................................................................................... 5

3.O PROJETO .................................................................................................................. 6

RELAÇÃO ESTÉRIL/MINÉRIO .................................................................................... 7

VIDA ÚTIL DA JAZIDA ................................................................................................ 8

Preparação da amostra ...................................................................................................... 8

O Beneficiamento do Calcário ......................................................................................... 9

O Processo de Moagem do Calcário .............................................................................. 11

ESTIMATIVA DA PRODUÇÃO .................................................................................. 11

INVESTIMENTOS E CUSTOS OPERACIONAIS ...................................................... 13

Investimentos Previstos .................................................................................................. 13

Manutenção Eletromecânica .......................................................................................... 13

Custos Ambientais .......................................................................................................... 14

Custo de Mão de Obra Lavra e Britagem ....................................................................... 14

CAPITAL DE GIRO ...................................................................................................... 15

Recuperação das Areas degradadas ................................................................................ 16

Discussão de Resultados ................................................................................................. 17

REFERÊNCIAS ............................................................................................................. 18

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1.INTRODUÇÃO
A produção de calcário em Massinga é fundamental para o desenvolvimento econômico
do Município e da Região. Incrementos na produção atual são positivos, bem como
medidas possíveis de serem utilizadas para minimizar a problemática da sazonalidade da
produção e eventual declínio que prejudique substancialmente a rentabilidade das
empresas e a economia local. A partir desta realidade, faz-se necessário implementar uma
gestão no setor da produção de maneira que se possa conciliar desenvolvimento
econômico e tecnológico, geração de riquezas e preservação do meio ambiente.

Neste trabalho de c expectativa é poder identificar os a viabilidade do empreendimento


de minério vinculados diretamente com a aumento de produção das usinas de
beneficiamento, principalmente nos meses de inverno. A empresa da região não possuem
um controle sobre o o ROM do minério chega para as etapas de beneficiame, o que acaba
aumentando a produção. O peneiramento do calcário é uma etapa crucial para a produção
do minério, pois o minério deve respeitar algumas normas granulométricas para atender
o mercado. Quanto maior for o teor de umidade do material nesta etapa menos eficiente
é o processo, pois este fator traz algumas conseqüências para o peneiramento, tais como:
a aglomeração de partículas, dificuldade na estratificação e entupimento da peneira.

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2.REVISÃO BIBLIOGRÁFICA
2.1.Aspectos físico-geográficos
A Mineradorada FDC MINING LD está localizado a Sudoeste do Distrito de Massinga a
cerca de 25km da vila municipal. É limitado a Norte pelo povoado de Mabikhane, a Sul
pelo Povoado de Mukhambi, a Este pelo Povoado de Ngoluve e a Oeste pelo Povoado de
Sahane. Ainda no concernente a localização geográfica do Povoado de Mambadine,
Amâncio Mangue Pitoro (Cp., 14/10/2016), declarou que o Povoado de Mambadine,
situa-se no Distrito de Massinga, próximo de povoados de Mabikhane, Mukhambi,
Ngoluve e Sahane, é que dista cerca de 25 km da vila municipal do Distrito de Massinga

Mapa 1: Localização geográfica de Mambadine no Distrito de Massinga

2.2.Legislação
Do ponto de vista legislativo da mineração em Moçambique, a Lei nº 20/2014, de 18 de
Agosto de 2014, de 26 de Junho, refere que, os recursos minerais que se encontrem no
solo e subsolo, nas águas interiores, no leito do mar territorial, na zona económica
exclusiva e na plataforma continental da República de Moçambique, são propriedade do
Estado. Em consonância com este assunto, Mosca et. al (2016, p. 5), defende que a
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extracção de qualquer recurso mineral em Moçambique carece da obtenção do respectivo
título mineiro, competindo ao Ministério dos Recursos Minerais a emissão das Licenças
de reconhecimento, prospecção e pesquisa, do Certificado Mineiro e das “concessões
mineiras”. O Governador da Província tem competência para emitir Certificados
Mineiros para materiais de construção e Senhas Mineiras para áreas designadas.

Este mesmo assunto, encontra-se plasmado na Lei nº14/2002, artigo n.º 5, de 26 de Junho
de 2002, definindo-se que o direito de reconhecimento, prospecção, pesquisa e exploração
dos recursos minerais obtém-se através de um dos seguintes títulos mineiros e
autorizações: a) Licença de reconhecimento; b) Licença de prospecção e pesquisa; c)
Concessão mineira; d) Certificado

2.2.Calcário em Moçambique
Em Moçambique, o calcário tem sido explorado como matéria-prima para a indústria de
construção (p.ex. na produção de cimentos). Cerca de metade dos calcários e calcários
dolomíticos são do Cretácico e Quaternário. Segundo Cílek (1989), nas Formações de
Cheringoma (Eocénico) e de Jofane (Miocénico), a sul de Moçambique, ocorrem
calcários puros. Os depósitos da área de Chire e de Canxixe-Maringué são reconhecidos
como contendo calcários puros de qualidade elevada (Lächelt, 2004). Estima uma reserva
300 milhoes toneladas.

Em termos genéticos, em Moçambique o calcário ocorre em Bacias sedimentares meso-


cenozóicas (Lächelt, 2004):

➢ Salamanga, Sábiè e Magude, na província de Maputo;


➢ Mapulanguene e Massingir, na província de Gaza;
➢ Inharrime, Morrumbene-Homoíne, Jofane e Vilankulo, na província de
Inhambane;
➢ Rio Save, nas províncias de Inhambane, Sofala e Manica;
➢ Búzi e Cheringoma, na província de Sofala;
➢ Nacala, na província de Nampula;
➢ Pemba e Mocímboa da Praia, na província de Cabo Delgadmineiro; e) Senha
mineira

Tabela 1 teor de Calcalcario

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Tipo de calcário %CaCO3
Calcário rico 96-100
Calcário margoso 90-96
Marga calcária 75-90
Marga 40-75
Marga argilosa 10-45
Argila margosa 4-10
Argila - 0

3.O PROJETO
O projeto compreende a extração de calcário calcítico e seu beneficiamento no local na
forma de britagem para comercialização deste produto para os diversos seguimentos da
indústria que fazem uso deste bem mineral como matéria prima principal ou secundária
no seu processo produtivo.

O recurso mineral a ser explotado e beneficiado pelaF FDC MINERACAO LD, consiste
de um calcário calcítico de granulação fina coloração branca creme e textura maciça,
composto essencialmente por cristais de calcita. Calcário deriva do latim calcarius,
significando ‘o que contém cal’. São rochas que apresentam em sua composição química
dominância do carbonato de cálcio, cuja origem, orgânica em prevalência, está associada
às carapaças e esqueletos fósseis ou organismos vivos e por precipitação química. Neste
caso dos calcários quimiogênicos, o carbonato de cálcio dissolvido na água cristalizada
precipita formando lentes e camadas com espessuras e continuidades variáveis,
principalmente em ambientes marinhos. Genericamente conceitua-se calcário como
sendo uma rocha de orígem sedimentar originada de material precipitado por agentes
químicos e orgânicos.

O cálcio é um dos elementos mais comum, estimado em 3-4% da crosta terrestre, todavia,
quando constituinte dos calcários tem origem nas rochas ígneas. Por meio das atividades
de erosão e corrosão, incluindo a solução de ácidos carbônicos ou outros de origem
mineral, as rochas são desintegradas e o cálcio em solução é conduzido para o mar por
meio da drenagem das águas. Após atingir o oceano, parte do carbonato de cálcio
dissolvido precipita-se, em decorrência da sua baixa solubilidade na água marinha. A
evaporação e as variações de temperatura podem reduzir o teor de dióxido de carbono

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contido na água, causando a precipitação do carbonato de cálcio em conseqüência das
condições de saturação. O carbonato de cálcio depositado, segundo esse procedimento,
origina um calcário de alta pureza química. Também, por processo químico de deposição,
formam-se calcários como: travertino, turfa calcária, estalactites e estalagmites, muito
comum nas cavernas.

O calcário calcítico é uma rocha de origem sedimentar constituída predominantemente de


carbonato de cálcio podendo, em razão da estrutura e/ou presença de outro composto,
receber denominações variadas e, quando submetida a processo de metamorfismo, passa
a denominar-se mármore.

Quanto a sua utilização é, sem dúvida, um dos bens minerais de maior gama de
aplicações na indústria, podendo ser utilizado para diversos fins, que vão depender da
composição química e/ou características físicas. As principais aplicações são: na
produção de cal, na agricultura (corretivo do pH do solo), na metalurgia (fundente), na
indústria de vidro, como rocha ornamental, revestimento e brita para a construção civíl;
e na indústria cimenteira (cimento Portland)

RELAÇÃO ESTÉRIL/MINÉRIO
O minério já está caracterizado como um O minério já está caracterizado como um
calcário de origem sedimentar, originada a partir da precipitação de finas partículas de
carbonato de cálcio. O ambiente deposicional é típico de uma bacia marinha de águas
rasas e quentes, relativamente tranqüilas, e com restritas comunicações com o mar aberto.
A ingressão marinha ocupou profundamente uma extensa planície costeira do tipo tidal
flat, sobre a qual se instalou um regime sedimentar francamente carbonático.

Os fatores condicionantes da precipitação do carbonato de cálcio são temperatura e


iluminação. A presença de magnésio provém provavelmente dos organismos que
originaram a rocha, ou de uma posterior e fraca dolomitização por influência de soluções
magnesianas de origem marinha. A primeira hipótese é mais aceitável.
O estéril compreende a cobertura de solo, superposta ao minério, que por sua pequena
espessura em relação à mesma, será removido concomitantemente com a própria lavra,
na fase de limpeza, movidos mecanicamente por escavadeira, que logo após, sua remoção,
reposicionará os solos em seus locais demarcados previamente. Dada a pequena espessura
do capeamento já definida, anteriormente, nos trabalhos de pesquisa não se estima a
relação estéril/minério para este empreendimento como uma variável determinante e

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conclusiva podendo considerar o valor médio de estéril para um espessura de 1,64 m e
uma espessura de calcário de 13,00 m, média dos furos de sondagens realizados na área,
que indicam para cada unidade de estéril removida haverá uma produção de 7,93 unidades
de minério

VIDA ÚTIL DA JAZIDA


A vida útil de uma jazida depende do volume de produção que lhe é imposto. Assim,
como o volume de produção é dado em função do mercado consumidor, no caso a
necessidade da unidade fabril, tem-se, também, a mesma relação com a vida útil da jazida,
embora de forma indireta. O empreendimento prevê uma produção de 2 419 200 t/ano do
minério. Considerando que as reservas das cinco áreas compreendem um volume total
lavrável de 579.451.615, teremos uma vida útil de 1.097 anos

Preparação da amostra
Para realizacao deste trabalho, foram enviados ao laboratório da mineradoradora 100kg
de calcário extraído por lavra seletiva.

Esta amostra, que constava de blocos bastante homogéneo, de tamanho variando 6" a 8",
cor acinzentada e textura grosseira, com grãos de forma cúbica, variando do 1 a 5mm,
sofreu sucessivas reducoes, homogeneizacoes e classificacoes, de acordo o fluxograma
apresntado na figura 1.

Analise Granulometrica

Aliquotas em duplicadas da amostra media do minério, britado abaixo do 1/4", foram


analisadas granulometricamente.

Abertura Peso Acumulado Retido Passante


Malha mm (g) (%) (%)
3,5 5,60 0,5 0,5 99,5
4 4,750 24,1 24,6 75,4
6 3,327 15,1 39,7 60,3
8 2,362 22,6 62,3 37,7
10 1,651 11,8 74,1 25,9
14 1,651 7,5 81,6 18,4
20 0,833 4,9 86,5 13,5

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Analise granulometrica da amostra media britada a baixo 1/4"

Composicao Mineralogica

Para o calculo da composicao mineralógica fez analise modal e obtiveram-se percetagem


em volume, as quais fpram transfotrmadas em peso. Os resultados podem ser visto em
tabela

Mineral % TEOR Peso


Calcita 97 97
Quartzo 1 1
Grafita 0,5 0,5
Muscovita 1,0 1,0
Pirita+ oxido de Ferro 0,5 0,5
Tabela Composicao Mineralogica do Minerio

Grau de Liberacao

O grau de Liberacao foi estudado observando-se a liberacacao da grafitaem realacao de


calcário ( Calcita), sendo apresento na tabela:

Fracao Malha Grau de Liberacao (% em Peso)


+ 28 53
+ 35 82,8
+ 48 86,7
+ 65 90,6
+ 100 93,8
+ 150 98
Tabela grau de Liberacao do Minerio

O Beneficiamento do Calcário
A empresa FDC BOSA MINING possui uma infra-estrutura para o beneficiamento do
minério. Disposta de equipamentos como britadores, moinhos, correias transportadoras,
peneiras, entre outros. Antes de entrar no processo de beneficiamento propriamente dito,
o minério ROM passa por balança para o controle de produção. Seguindo em frente o
material vai para o processo de britagem, onde a sua granulometria é reduzida para
tamanhos entre 8” e 4. Após passar por esta etapa, o minério é transportado por correias

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transportadoras que o levam até um rebritador, que por sua vez, tem por objetivo deixar
o material com granulometria de 0 a 4”. Este material segue em frente onde é despejado
em outra correia transportadora que o leva até uma pilha.

A partir desta etapa começa a moagem do minério, onde os moinhos são abastecidos por
esta pilha. Assim, após esta etapa o material está pronto para a comercialização. O
fluxograma a seguir representa basicamente as etapas do processo.

Figura 2-- Fluxograma básico da etapa de beneficiamento do calcário.~

Minério
ROM

Balança

Britagem

Rebritagem

Moagem

Produto
Final

O minério ROM que chega das pedreiras, muitas vezes com um alto teor de umidade não
possui nenhum controle específico sobre este fator e nem qualquer outro processo para
diminuir sua presença no material que passa pelas etapas do beneficiamento. Durante este
período do estágio foi monitorado diariamente o comportamento do teor de umidade no
processo de peneiramento.

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O Processo de Moagem do Calcário
Como a ênfase do trabalho é o peneiramento do minério após a moagem, ou seja, material
que é despejado na peneira, faz-se necessário uma explicação detalhada desta etapa. O
material sai da pilha pulmão e cai em uma calha vibratória que o leva até uma correia
transportadora. Essa correia descarrega o material em um primeiro moinho de martelos,
onde a seguir é transportado por elevadores até chegar às peneiras, que possuem uma
abertura de 12#. O material que passa pela peneira é o produto final, já o material que fica
retido retorna como carga circulante para outros dois moinhos, denominados moinhos 2
e 3, onde passam novamente pela moagem como carga circulante e retornam para o
processo de peneiramento.

O Peneiramento

O processo de peneiramento na empresa FDC MINING LDA é feito através de peneiras


fabricadas na própria empresa. Possuem 1,95 metros de altura por 1 metro de largura. Sua
tela é fabricada sobre uma estrutura de madeira que da suporte, porém essa estrutura acaba
diminuindo a área da peneira e conseqüentemente sua eficiência. Possui uma abertura de
12meshs ou 1,4mm. Depois de prontas, são colocadas duas peneiras em outra estrutura
base onde acontece o peneiramento, ou seja, considera-se uma peneira de 3,9 metros de
altura por 1 metro de largura. Há uma inclinação de 30°, um tanto excessiva, pois acaba
fazendo com que o material percorra rapidamente a área do peneiramento, não 70 dando
o tempo necessário para que todo o minério menor que a abertura da peneira reporte-se
ao passante. O sistema de vibração é realizado através de um motovibrador da marca
Claridon e o modelo EV750/2

O material chega às peneiras através de elevadores de transporte que carregam e despejam


o material moído nas mesmas. É observado que em algumas ocasiões esses elevadores
prejudicam o processo, pois não estão dimensionados a descarregarem o material no
centro da peneira, causando uma aglomeração de minério no canto, o que prejudica o
peneiramento. Destaca-se que há a utilização de coberturas sobre as peneiras, amenizando
a dispersão do pó gerado nesta etapa.

ESTIMATIVA DA PRODUÇÃO
Especificação do Producao Producao Producao Valor USD anual
produto diária (t) Mensal Anual

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Indústria de 300 54.000 648 000 38 880 000
cimento
1/4 140 25.200 302 400 7 560 000
1/3 160 28.800 345 600 10 368 000
BRITA 1/2 180 32.400 388 800 13 608 000
sarrisca 100 18.000 216 000 3 240 000
Indústria 120 21.600 259 200 15 552 000
agrícola
Industria 120 21.600 259 200 14 256 000
Metalúrgica
Total 1.120 201.600 2 419 200 103 464 000

Custo de equipamentos de seguranca

Equipamentos Quantidade Custo Custo Total


Unitario USD
(USD)
mascaras 500 2,5 1.250

Oculos de proteccao 300 1,5 459


luvas 200 7,3 1460
capacete 150 11,3 1695
caqui 100 32,25 3225
Abafadores de som 200 10 2000
Cintos de Seguranca 50 30 1500
Equipamento protecao Coletiva
Extintores 30 65 1950
Isolantes Acusticos 10 11,9 119
Proteccao de Circuitos Electricos 500 20 10.000
Sinalizadores( cones, Placas) 30 25 750

Total 34.408,00

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INVESTIMENTOS E CUSTOS OPERACIONAIS
A seguir apresentaremos o resumo dos principais investimentos e custos operacionais
para o desenvolvimento do empreendimento.

Investimentos Previstos
Quadro 02 - Custos Mensais Estimados para Operacionalização da Lavra

Especificações dos Investimentos Valor (USD)

Máquinas e equipamentos 2.668.108,57


Pesquisa geológica 59.791,67
Edificações 74.040,82
Infraestrutura e Investimentos serviços 119.551
Total 2.913.492.06

. Custos Operacionais de Britagem

Energia elétrica

Na avaliação dos custos operacionais de britagem, foram considerados os custos


referentes à energia elétrica e à manutenção elétrica e mecânica da britagem.

Está previsto na Comunuição a instalação de motores elétricos perfazendo um total de


17,2 KW/h, que operando 180 horas/mês representará um consumo de energia elétrica de
3.096 KWh tendo em conta que na Classificação o consumo de energia é de 2kw/h, sendo
assim representa um consumo de 360, somando um total de 3456 kw/mês. Considerando
o custo unitário de kWh de 1 dolar (incluindo IVA) e o fator de potência de 70%, o custo
de energia elétrica será de:

𝑪𝑬𝑬 = 𝟎. 𝟕 × 𝟑𝟒𝟓𝟔 × 𝟏

𝑪𝑬𝑬 = 𝟐𝟒𝟏𝟗, 𝟐 𝑼𝑺𝑫 𝒐𝒖 𝟏𝟑, 𝟒𝟒 𝑼𝑺𝑫/𝒉

Manutenção Eletromecânica
Neste item, são considerados as trocas de motores, componentes elétricos, martelos,
revestimentos, borrachas das correias, mangas dos filtros, etc. Estimando-se um custo de
manutenção elétrica e mecânica de USD 10.000,00/mês ou USD 55,55/t.

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Custos Ambientais
Os custos de recuperação e monitoramento ambiental estão estimados em 5.000,00
USD/mês ou 27,5 USD/t produzida do minério.

Custo de Mão de Obra Lavra e Britagem


Os custos totais de mão de obra considerados os encargos sociais e benefícios sociais de
90%, excetuando-se os cabos de fogo que recebem mais 30% de periculosidade, somam
USD 19.300,00 conforme o quadro 04 abaixo:

Mão-de-Obra na Lavra / Britagem / QUANTIDADE Salário Salário


Administração Unitário Total
USD/mês USD/mês

Gerente Geral 1 2.500,00 2.500,00

- Engenheiro de Minas 1 1.100,00 1.100,00

Operador de máquinas (escaveira, pá 4 450,00 2.000,00


mecânica e trator

Secretária 2 300,00 800,00

Blaster (Cabo de Fogo) 1 550,00 700,00

Encarregado de Produção 1 700,00 700,00

Enginheiro de Processamento Mineral 1 1.000,00 1.100,00

Encarregado de manutenção 1 600,00 600,00

Técnico de Segurança 2 550,00 550,00

Operador de perfuratriz manual 1 250,00 500,00

Operador de perfuratriz pneumática 1 250,00 500,00

- Operador de Compressor 1 350,00 550,00

Motoristas 3 400,00 1.200,00

Mecânico 2 900,00 1.800,00

Eletricista 2 900,00 1.800.00

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Vigia 4 150,00 600,00

Ajudante para serviços gerais 15 200,00 3000

Total 43 - 19.300,00

CAPITAL DE GIRO
O capital de giro foi estimado baseado no custo operacional de lavra e britagem,
incluindo a mão de obra, para um período de 6 meses, tempo necessário para o
empreendimento ser auto sustentável. Este valor é aproximadamente 10% do capital de
investimento, sendo estimado em USD 100.000,00.

Para simulação do fluxo de caixa considerou-se os parâmetros abaixo discriminados: -

Depreciação de máquinas e equipamentos: 10 anos.

Escala de produção: 2 419 200

Preço de venda do calcário para industria de cimento: 100,00 USD/t

Preço de venda do calcário para construção civil (Brita).

1⁄ → 25 𝑈𝑆𝐷/𝑡
4
1⁄ → 30 𝑈𝑆𝐷/𝑡
3
1⁄ → 35 𝑈𝑆𝐷/𝑡
2

𝑆𝑎𝑟𝑟𝑖𝑠𝑐𝑎 → 15 𝑈𝑆𝐷/𝑡

Preço de calcário para industria metalúrgica/siderúrgica: 60 USD/t

Preço de calcário para industria agrícola: 55 USD/t

uadro 06 – Demonstrativo do Fluxo de Caixa Simplificado

DISCRICAO Viabilidade do projeto

INVESTIMENTO -5 000 000

CAPITAL GIRO -200 000

Imposto (IVA 16%,IRS, INSS..) 30% -31 039 200

Receita operacional -120 000

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Gestao e contrele de Meio ambiente -60 000

FATURAMENTO 103 464 000

Lucro 67 044 800

Recuperação das Areas degradadas


Recuperação de áreas degradadas pela mineração normalmente envolve actividades que
têm o objectivo de restabelecer a vegetação. A recuperação dessas áreas degradadas deve
ser planejada antes da implantação do empreendimento, isso vai desde a pesquisa,
extracção, recuperação da área a fim de prever a desativação das actividades mineiras e
a reabilitação dos terrenos remanescentes. O sucesso de um programa de vegetação pode
ser avaliado segundo diferentes pontos de vista. A recuperação de áreas degradadas pode
ser mais rápida e eficiente ao se usar espécies nativas (AITA et al., 2001).

Os possíveis níveis de recuperação de uma área podem se dividir em:

➢ Nível básico - prevenção de efeitos maléficos para a área ao redor do local, porém
sem medidas para recuperação do local que foi minerado.
➢ Nível parcial - recuperação da área a ponto de habilita-la para algum uso, mas
deixando-a ainda bastante modificada em relação a seu estado original.
Recuperação completa - restauração das condições originais do local (especialmente
topografia e vegetação)

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Discussão de Resultados
Perante a avaliacao feita do projecto mostra-se viavel atendendo a demanda do mercado
actual e o material não so ira vender num so local ou regiao, como ira atender outras
regioes e continente.

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REFERÊNCIAS
BACCI et al. Aspectos e impactos ambientais de pedreira em área urbana. Revista da
Escola de Minas de Ouro Preto. Ouro Preto, v. 59, n.1, p. 47-54, 2006

CUCHIERATO, G. A mineração de agregados e o planejamento urbano. Jornada


cientifica da Geografia da UEPG, 18 a 24 de setembro de 2000, Ponta Grossa/ PR, 2000.

EMBRAPA – Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária. Serviço Nacional de


Levantamento e Conservação de Solos, Rio de Janeiro, RJ. Levantamento de
reconhecimento dos solos do Estado do Paraná. Curitiba:
EMBRAPASNLCS/SUDESUL/IAPAR, 1984. 19

Lächelt, S. (2004). Geology and mineral resources of Mozambique. Direcção Nacional


de Geologia, Maputo, Moçambique.

MARTINS NETO, Rafael Gioia e RAMALHO, Júlia Soldati. A evolução do impacto


ambiental acarretado pela extração de calcário, tendo como exemplo a mineração
Patercal-Partezani, no estado de São Paulo, 06/10/2010.

PLANO DE DESENVOLVIMENTO APL DA CAL E CALCÁRIO DO PARANA,


2006. APL DA CAL E CALCÁRIO DO PARANÁ. Disponível em . Acesso em: 10 de
Maio de 2023.

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