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DIVISÃO DE ENGENHARIA

CURSO DE ENGENHARIA DE PROCESSAMENTO MINERAL

OPTIMIZAÇÃO DA CLASSIFICAÇÃO E RECUPERAÇÃO DO CARVÃO MINERAL


EM HIDROCICLONES DE DESLAMAGEM (DISLIMING CYCLONES), NA PLANTA
DE BENEFICIAMENTO, EMPRESA ICVL BENGA – MOATIZE, PROVÍNCIA DE
TETE.

Tete, 2016
ALOISO ARMANDO MACUCULE

OPTIMIZAÇÃO DA CLASSIFICAÇÃO E RECUPERAÇÃO DO CARVÃO MINERAL


EM HIDROCICLONES DE DESLAMAGEM (DISLIMING CYCLONES), NA PLANTA
DE BENEFICIAMENTO, EMPRESA ICVL BENGA – MOATIZE, PROVÍNCIA DE
TETE.

Trabalho apresentado a Divisão de


Engenharia, do Instituto Superior
Politécnico de Tete, para a obtenção do
nível de Licenciatura em Engenharia de
Processamento Mineral;

Supervisor: Eng. Neves Semente Jemuce

TETE, 2016
Declaração

Eu, Aloiso Armando Macucule, estudante de curso de Engenharia de Processamento


Mineral, declaro eminentemente por minha honra que este projecto de pesquisa nunca foi
apresentado para a obtenção de qualquer grau académico ou algum do interesse geral, seja
neste ou em qualquer outro estabelecimento de ensino, porconseguinte, ele é fruto de uma
investigação por mim realizada.

Aloiso Armando Macucule

----------------------------------------------------

Tete, 2016

i
LISTA DE SIMBOLO TDM – telefones de As- Arsénio
moçambique
Ba-Bário
Km- Kilometros

mm- Melimetros

m- Metros Km2 – quilômetros


quadrados Ag- Prata
ppb – Partículas por
bilhão m3/h- Metros cúbicos por NW-SE

ppm – Partículas por NW-SE – norte-do-oeste INE -Instituto Nacional


milhão a sul-do-este de Estatística

XRF – “X Ray SE – sul-do-este CFM – caminhos de ferro


Flourescence” de moçambique
(Fluorecência por raios X) NS – norte-do-sul
NE – norte-do-este
rpm – rotações por minuto EN - estradanacional

Si- silicio INAS – instituto nacional


de acção social
Al- Alumínio
ICVL – international coal
Fe- Ferro ventures private limited

Ca- Cálcio PDR- Pressure Drop


Ratio
K- Potássio
GCV- poder calorifico
Na- Sodio
hora
Ti- titânio
SO2- Dióxido de enxofre
μm - Micrómetros
SO3- Trióxido de enxofre
Mg- Magnésio
CO2- Dióxido de carbono
Vt- Velocidade Terminal
CO- Monoxido de
V- Velocidade de Fluído
carbono
LZVV- Local de
Hg- Mercúrio
velocidade vertical nula
Cd - cadmio
Kpa- Kilopascais
Cr- Cromio
Cm- Centímetros
Pb- Chumbo

ii
AGRADECIMENTOS

Em primeiro lugar agradece a DEUS omnipotente realizador de todos sonhos, criador de todas
coisas visíveis e invisíveis que acompanhou todos meus passos deste o começo da minha
vida, minha carreira estudantíl entre outros!Aos Pais Armando Ernesto Macucule e Rosa
Miguel Ndava Macucule vai a palavra deAgradecimento e de apreço pelo apoio e esforço que
desprenderam,não só para criar condições para que eu tivesse uma boa formação académica,
mas tambémpara que eu me tornasse na pessoa que sou hoje, que DEUS multiplique os
vossos anos de vida, realize os vossos sonhos e vos encham de benções ʺEu vos amo tanto e
voces são o meu sucesso, o caminho e a verdade´´!Agradece ao Engenheiro Neves Jemusse
supervisor deste trabalho de conclusão de curso pela disponibilidade em orientar-me na
realização deste trabalho com total dedicação e simpatia ´´um abraço´´. Ao Engenheiro
Marcos Djinja pelo apoio incansável, irmanidade, companheirismo e o sucesso desta
monografia desde os pontos de vista em conformidade a melhorias ate o sucesso final, a ti um
forte abraço. Ao Nelson Zimila, vao os cincerros votos de gratidão.

Ao senhor Vasco Fernando, pelo apoio incansável, pela força que me deu na luta e procura do
estágio profissional junto ao Engenheiro Jaime Miambo pelas dicas na realização do trabalho,
por ter sido um orientador paciente e amigo e também na contribuição solidária e infinita na
conduta exequível para o estagio profissional. Vocês tornaram o meu rizo no quotidiano.
Agradece ao tio Acácio Alberto Mondlane, amigo, companheiro de guerra, desde a recepção a
entrada em sua morada até para sempre, pela força, apoio, dedicação e tudo que tem me
ajudado continue assim. Um forte abraço.
Minha namorada Nichola Francisco Covane pela incansável dedicação moral,
companheirismo, apoio, um forte abraço e DEUS guie-te em verdade e felecidades.
Um forte abraço ao pessoal da ICVL pela oportunidade no desenvolvimento e consolidação
das teorias em praticas que me concederam sob realização do estágio profissional. Meu
obrigado ao Engenheiro Octávio Rareque por ter sido presente, instrutor e severo durante o
estágio em reuniões, conselhos, debates o que realmente tornou-me um novo homem e
preparado para as demais batalhas, pela prontidão e disponibilidade. Á todos os docentes,
funcionários, colegas e amigos do ISPT e de outros lugares comungados em confraternidade e
não só, amigos que comigo conviveram durante os anos da minha formação, vai um abraço de
imensa gratidão.

iii
DEDICATÓRIA

A DEUS, que guiou meus passos para a conquista de mais esta etapa, este trabalho à minha
família com amor, admiração, gratidão, carinho, presença e incansável apoio ao longo do período
de elaboração desta monografia. A minha filha Winnie da Táfiny Aloiso Macucule vão as minhas
calorosas e melhores oferendas.

iv
EPÍGRAFE

Não te indignes por causa dos malfeitores, nem

Tenhas inveja dos que praticam a iniquidade, porque

Cedo serão ceifados como erva, e murcharão como verdura..

( Salmos: 37, 1-40 )

LISTA DE FIGURAS
Figure 1: Localização geográfica do distrito de Moatize.................................................................6
v
Figure 2: Polígono irregular demonstrando a área em estudo (benga).............................................6
Figure 3: Mapa: Vias de acesso e de comunicação da região de estudo..........................................7
Figure 4:Esboço geologico da região de Moatize, ( L. Vasconcelos, 2005 ).................................14
Figure 5: Representação da Geologia da área de Tete-Moatize com os pontos de amostragem nas
camadas André, Grande Falésia e Sousa Pinto..............................................................................17
Figure 6: tipos de carvao, reservas e usos......................................................................................19
Figure 7: Frações sólidas obtidas em um peneiramento (modificado em 2015)............................23
Figure 8 :Diagrama de um processo de concentração....................................................................26
Figure 9: representação geral do mecanismo de funcionamento de um classificador..................30
Figure 10: Esquema típico de um hidrociclone e suas dimensões.................................................36
Figure 11: Esquema do escoamento interno de um hidrociclone...................................................38
Figure 12: Perfil de velocidade tangencial no interior do hidrociclone.........................................39
Figure 13: Perfil de velocidade radial no interior do hidrociclone.................................................40
Figure 14: Perfil de velocidade Vertical ou Axial no interior do hidrociclone..............................41
Figure 15: Local de velocidade vertical zero.................................................................................42
Figure 16: Curvas de partição típicas de hidrociclones..................................................................49
Figure 17: Curvas de partição que descrevem a qualidade de separação.......................................50
Figure 18: Esquema das três formas de descarga do underflow no hidrociclone..........................53
Figure 19: Circuito do carvão fino.................................................................................................57

LISTA DE TABELAS
Table 1: Minerais mais frequentes no carvão.................................................................................13

vi
Table 2 : As seis camadas de carvão da Série Produtiva de Moatize e suas características gerais.
........................................................................................................................................................15
Table 3: Relações geométricas de famlias de hidrociclone............................................................34
Table 4: Guia para evitar o problema do “Bypass”........................................................................50
Table 5: Resumos de dados operacionais e objectivos da planta,..................................................61
Table 6: Resultados de teor de cinzas ( Ash )................................................................................63
Table 7: demostração comparativa de teor de cinzas e rendimendo( lucro ) do carvão mineral. . .65
Table 8:Amostragem de um dia útel de produção, Fonte: O Autor, 2015.....................................66
Table 9: recuperação actual da empresa.........................................................................................68
Table 10: variação de teor de cinzas no produto dos grossos, finos e ultrafinos. Fonte: O Autor,
2015................................................................................................................................................69
Table 11: proposta do trabalho em estudo......................................................................................71

LISTA DE IMAGENS
Imagem 1: Hidrociclones usados na planta. ( ICVL )....................................................................58
Imagem 2: Interior do hidrociclone de deslamagem......................................................................58
Imagem 3: Carvão mineral disperso no floor.................................................................................59
Imagem 4: Bomba do carvão fino e ultrafino.................................................................................60
Imagem 5: Fornos usados para analise de Cinza............................................................................62

LISTA DE GRAFICOS
grafico 1: Circito das cinzas...........................................................................................................64
grafico 2: Yield by ash...................................................................................................................66
grafico 3: balanço de carvão na planta...........................................................................................67
grafico 4: Balanço do carvão recuperado.......................................................................................68

RESUMO
Por apresentar baixo custo, estrutura simples, considerável capacidade de processamento, grande
versatilidade, e capacidade de classificar minérios em amplas faixas de tamanhos incluindo – se a
vii
separação de particulas ultrafinas, os hidrociclones estão presente em diversas áreas além da
indústria mínero – metalúrgica, como por exemplo, as indústrias de petróleo, alimentíca e
cerâmica. Os hidrociclones são equipamentos muito utilizados para separação de partículas
dispersas (líquidas ou sólidas) de uma fase líquida contínua. O presente trabalho teve objectivo
de optimizar, recuperar, avaliar e classificar o minério de carvão disperso na planta de
beneficiamento em conformidades com as especificações estabelecidas e exigidas pela empresa.
Porém estes estudos são realizados apartir de curvas de partição e modelos empíricos, que por
conseguinte as alterações são feitas com o objectivo único e fundamental de aumentar a produção
e rendimento económico empresarial, onde por sua vez verificam – se perdas consideráveis do
produto para o rejeito apartir do seu bombeamento ao fine coal reject dewatering screen. Antes
porém o autor dá a proposta de recuperar para alimentador do hidrociclone de deslamagem e
subsequentemente ser classificado.

O abandono do carvão que pode ser especificamente recuperado emhidrociclone de deslamagem


pode contribuir na inviabilização da produção, razão pela qual há necessidade de se optimizar as
características geométricas,entretanto são sustentadas teorias em virtude de maximizar a
produção e garantir um bom funcionamento do mesmo.

Este estudo, baseou – se na simulação em laboratório, onde para tal, na planta de processamento
mineral foram colhidas amostras nas reservas de alimentação do produto (material) em questão
para finalmente o seu devido estudo.

Palavra – chave: hidrociclone, separação sólido – liquido, optimização, recuperação,


classificação, Minério de carvão.

viii
ABSTRACT

The hidrocyclone present low cost, simple structure, considerable suspension of processing
capacity, small size, versatility, and ability to sort minerals in wide ranges of sizes including the
separation of ultrafine particles, hydrocyclones also they are present in several areas beyond
industry mining - metals, such as the petroleum,ceramics and so on. The hydrocyclones are
equipment widely used for the separation of dispersed particles (liquid or solid) of a continuous
liquid phase. This research was aim to optimize, recovery, evaluate and rank the dispersed coal
ore in the beneficiation plant in compliance with established specifications and required by the
company. But these studies are carried out starting from partition and empirical models curves,
which however changes are made with the fundamental objective of increasing production and
corporate economic performance, which in turn check, Considerable product are be lost to the
reject fine coal dewatering screen. So the Author give the proposal to centralize (model) draining
the product todesliming hydrocyclone feeder tank, so to subsequently be classified.

The poor performance and inefficiency of thedesliming hydrocyclone can contribute to the non-
viability of the process under study, so that there is need to optimize their geometrical
characteristics thus theories are supported in virtue to maximize production and ensure a smooth
functioning.

This study, was based in the simulation lab, where to do so, the mineral separation plant samples
were collected on the product power reserves in the floor (material) as well as the question to
finally their proper study.

Key - words: hydrocyclones, solid – liquidseparation, optimization, yield, classification, ore of


coal

ix
ÍNDICE

Declaração.........................................................................................................................................i
LISTA DE SIMBOLO..................................................................................................................ii
EPÍGRAFE...................................................................................................................................v
LISTA DE FIGURAS..................................................................................................................vi
LISTA DE TABELAS................................................................................................................vii
LISTA DE IMAGENS...................................................................................................................vii
LISTA DE GRAFICOS..............................................................................................................vii
RESUMO......................................................................................................................................viii
ABSTRACT....................................................................................................................................ix
1. INTRODUÇÃO.....................................................................................................................1
1.1. Formulação do problema................................................................................................2
1.2 Justificativa....................................................................................................................3
1.3 Objectivos:..........................................................................................................................3
1.3.1 Objectivo geral:.......................................................................................................................3
1.3.2 Objectivos específicos....................................................................................................4
1.4 Hipóteses........................................................................................................................4
1.5 Caracteristicas gerais da área de estudo.........................................................................5
1.5.1 Localização, Superfície..............................................................................................5
1.5.2 População...................................................................................................................7
1.5.3 Vias de Acesso e Comunicação..................................................................................7
1.5.4 Actividades Sócio – Económicas...............................................................................7
1.6 Aspectos fisiográficosda área de estudo........................................................................8
1.6.1 Hidrografia.................................................................................................................8
1.6.2 Relevo.........................................................................................................................8
1.6.3 Clima..........................................................................................................................9
1.6.4 Vegetação...................................................................................................................9
1.6.5 Solos...........................................................................................................................9
1.6.6 Infra- estruturas..........................................................................................................9
1.6.7 Recursos Minerais....................................................................................................11
2 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA........................................................................................14
2.1 Geologia local..............................................................................................................14
2.1.1 Enquadramento geológico da bacia carbonífera de Moatize....................................15
2.2.1 Coque metalúrgico....................................................................................................18
2.2.2 Carvão Térmico........................................................................................................18
2.3 Qualidade do Carvão Mineral......................................................................................19
2.4 Formação e composição...............................................................................................19
2.5 Técnicas de Processamento Mineral............................................................................20
2.6 Carvão Mineral.............................................................................................................20
2.7 Teor de corte................................................................................................................21
2.8 Amostragem.................................................................................................................21
2.9 Cominuição..................................................................................................................21
2.10 Análise do processo de separação................................................................................22
2.11 Classificação................................................................................................................22
2.11.1 Classificação propriamente dita...............................................................................23
2.11.2 Peneiramento............................................................................................................23
2.12 Optimização.................................................................................................................24
2.13 Comissionamento.........................................................................................................26
2.14 Balanço de Massas.......................................................................................................26
2.15 Breve abordagem dos ciclones.....................................................................................28
2.15.1 Eficiência dos ciclones.............................................................................................28
2.15.2 Funcionamento do Ciclone.......................................................................................28
2.15.3 Características geométricas e fluidodinâmicas em ciclones e hidrociclones...........28
2.15.4 Diferença entre ciclones e hidrociclones..................................................................28
2.16 Introdução aos hidrociclones........................................................................................29
2.16.1 Vantagens e desvantagens dos hidrociclones...........................................................31
2.16.2 Família dos hidrociclones.........................................................................................33
2.16.3 Aplicação dos hidrociclones.....................................................................................34
2.16.4 Descrição dos hidrociclones.....................................................................................35
2.16.5 Princípio de funcionamento dos hidrociclones.........................................................37
2.17 As principais respostas na separação em hidrociclones...............................................43
2.17.1 Divisão do fluxo.......................................................................................................43

xi
2.17.2 Consumo energético.................................................................................................44
2.17.4 Vazões volumétricas.................................................................................................45
2.17.5 Razão de líquido (RL)...............................................................................................45
2.17.6 Eficiência total de separação ( η )............................................................................46
2.17.8 Eficiência granulométrica (G)..................................................................................46
2.17.9 Eficiência granulométrica reduzida (G’)...................................................................47
2.17.12 Medida da eficiência de classificação em hidrociclones......................................48
2.18 Efeito da geometria e de variáveis operacionais no desempenho de hidrociclones.....51
2.18.1 Geometria.................................................................................................................51
3 METODOLOGIA DE REALIZAÇÃO DO TRABALHO.................................................55
3.1 Trabalhos de campo.....................................................................................................55
3.2 Análises de laboratório....................................................................................................56
3.3 Pesquisas bibliográficas...................................................................................................56
4 APRESENTAÇÃO, ANÁLISE E INTERPRETAÇÃO DOS DADOS.................................57
4.1 Fluxograma da região do estudo......................................................................................57
4.2 Alimentação do Hidrociclone de Deslamagem (Disliming Cyclone).............................57
4.3 Resumos de dados operacionais e objectivos da planta...............................................61
Fonte: RTCM Benga Project, Trainee Manual ( ICVL )........................................................61
4.4 Análise de Cinza (Ash)................................................................................................62
4.6 Resultados de teor de cinzas do laboratório.....................................................................63
4.7 Circuit Ashes....................................................................................................................64
4.8 Demostração comparativa de teor de cinzas e rendimendo( lucro ) do carvão mineral. .65
4.9 Amostragem de um dia útel de produção ( amostragem selectiva )............................66
4.10 Recuperação actual da empresa.......................................................................................68
4.11 Variação de teor de cinzas no produto dos grossos, finos e ultrafinos............................69
4.12 Avaliação do desempenho do hidrociclone ( disliming cyclone )...............................69
5 CONCLUSÕES E RECOMENDAÇÕES...............................................................................72
5.1 Conclusões.......................................................................................................................72
5.2 Recomendações...............................................................................................................73
6 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS....................................................................................74
Bibliografias................................................................................................................................74

xii
1. INTRODUÇÃO
Hidrociclones pertencem a um importante grupo de equipamentos destinados a separação sólido-
líquido e líquido-líquido em campo centrífugo. O ciclone líquido tornou-se conhecido como
ciclone hidráulico ( hidraulic cyclone ) através da prevalência de aplicações nas quais a água e o
meio fluido, e do ciclone hidráulico foi abreviado para hidrociclone.

A separação das particulas sólidas diversas em suspensão é uma operação unitária essencial em
muitos campos da tecnologia de separação mecânica. Equipamentos tipicos utilizados são os
filtros, centrifugadoras e hidrociclones. Comparados às centrifugadoras, que necessitam de uma
enorme quantidade de energia nas operações em altas velocidades de rotação, hidrociclones
operam de forma mais econômica, sendo que a quantidade de energia a ser fornecida, deve
superar somente a queda de pressão. Outra vantagem do hidrociclone é a sua alta confiabilidade
operacional, visto que eles são de simples construção, sem partes móveis, porcosseguintes
hidrociclones são amplamente utilizados para separar as partículas de um líquido a altas taxas de
transferência por causa de suas vantagens como baixo custo, estrutura simples, alta capacidade e
pequeno volume, baixos custos de manutenção e estrutura de apoio.

Hidrociclones pertencem a uma classe de dispositivos de classificação fluido-sólido que separam


material disperso de uma corrente de fluido ( SRIPRIYA et al., 2007 )

Os estudos que culminam este trabalho são desenvolvidas na empresa de mineração e


processamento de carvão mineral ICVL Benga, minas de Moatize, província de Tete e objectiva
recuperar, classificar, optimização ou melhorar as perdas de carvão no segundo estágio ( circuito
dos finos ) em [ tanques de flotação ( ultrafinos ) e dos finos ] que se auto-descaregam (
overflowing ) devido a sobrecarga quer dos reagentes assim como do seu proprio funcionamento (
paragens, manutenção, corte-circuito e outros ).

A empresa tem bombeado o material para o dewater screen reject coal ( peneiras desaguadoras)
cujo os mesmos são destinados para o rejeito o que vem a ser dispendioso e desvantagioso na
avaliação econômica da própria empresa pois constitui uma perda irrecuperável

O produto em epigrafe encontra-se no floor da planta de benefiaciamento concretamente na


bomba 610 pp com qualidades e especificações padrão da empresa, sob ponto

1
indispensávelforamfeitas analises, que abarca uma série de testes laboratoriais o que torna esta
premissa objecto da presente monografia.

A remodelagem tem em vista a colectar o produto fino e ultrafino encontrado no flow da


indústria de processamento,para posteorimente bombear para o desliming cyclone feed sump
( SM-407, PP-407 ) o que não tem acontecido e então ser reclassificado e consequentemente
aumentar a economia da empresa sob vantagens que o hidrociclone oferece por serem
amplamente extraordinários e super econômicos.

O desenho, implementação e processamento do mineral remenderá o desgaste dinâmico - físico


do equipamento, neste censo cientifico o autor busca melhorias, assim a optimização da
recuperação e classificação de minério de carvão em hidrociclones torna-se factor principal para
o presente estudo.

1.1. Formulação do problema

A produção da matéria-prima de toda as indústrias de transformação (minero-metalúrgico,


petrolífera, química, aliméntica, cerrâmica e outros) os hidrociclones são equipamentos mais
usados nos itens acima em epígrafe pois apresentam diversas vantagens relativamente aos outros
equipamentos como grande versatibilidade e capacidade de classificar minérios em amplas faixas
de tamanho incluindo a separação de partículas ultrafinas. Este equipamento permite a adoção de
métodos de operações menos selectivo, com baixo custo de trituração e grande flexibilidade
operatória, porconseguinte o aumento significativo da produção na empresa ICVL, Benga –
Moatize, província de tete depende das operações subsequentes e da produção. Entretanto,na
superfície da planta concretamente na bomba 610 ( flotation area floor sump pump) há perda do
produto com especificações padrão no transbordo do tanque de flotação (flotation feed sump) e
tanque de produto dos finos (fine product sump). Entretantos surge a questão: como optimizar a
classificação e recuperação do minério de carvão em hidrociclones de deslamagem?

2
1.2 Justificativa

A evolução mineralógica e tecnológica vem modernizando-se de modo que se busquem


melhorias em optimização dos equipamentos e contenção de custos para uma exploração
eficiente e eficaz, todavia é imperioso um estudo de modo a garantir uma recuperação máxima e
qualitativa em quaisquer circunstâncias da empresa assim como dos equipamentos dependendo
da sua vida útil. Contudo a constância evolução avaliativa do autor emparejou – se na viabilidade
tecno – económica na operacionalização e optimização dos hidrociclones de deslamagem
(disliming cyclone) da ICVL – Tete, em que por sua veza muitos são factores associados como
baixa recuperação, baixa produção, dos mesmos que poderá proporcionar risco ambiental, baixo
rendimento, perdas significativas do material para o rejeito e deste modo reduzindo a situação
económica da empresa. Para tal eis a proposta do tema:

Optimização da classificação e recuperação do minério de carvão em hidrociclones de


deslamagem (disliming cyclones), na planta de beneficiamento, Empresa ICVL Benga –
Moatize, provínciade tete.

O trabalho ajudará a empresa a adoptar planos de optimização eficazes e melhoramento


tecnológico para uma óptima recuperação e redução de perdas de carvão útil no rejeito ou durante
o processo de separação.

O melhoramento do beneficiamento do carvão mineral na fase acima em epígrafe pode garantir e


contribuir para uma recuperação estável e crescimento económica na empresa.

1.3 Objectivos:

1.3.1 Objectivo geral:


 Optimizar a classificação e recuperação do minério de carvão em hidrociclones de
deslamagem (disliming cyclones), apartir do material colectado no flotation and fines
area floor na planta de beneficiamento na empresa ICVL, Benga – Moatize, província de
tete, para recuperação máxima do produto com especificações determinadas pela empresa.

3
1.3.2 Objectivos específicos
 Bombear o material disperso no floor da planta de processamento para o alimentador do
hidrociclone de deslamegem (disliming cyclone feed sump) cujo e discartado para o
rejeito apartir da peneira desaguadora (fine coal reject dewater screen);
 Identificar as variáveis relevantes no processo de hidrociclonagem para maior
recuperação do carvão e redução de danos ambientais contido no floor da indústria de
beneficiamento;
 Identificar especificações óptimas do spigot no mercado para maior durabilidade na
recuperação do carvão mineral;
 Estudar as propriedades e composição mineralógica do material bombeado que de alguma
maneira desistabiliza o funcionamento do hidrociclone de deslamagem;
 Apresentar melhorias na classificação do carvão, funcionamento, recuperação,
modelagem, dimensionamento, e posteriorimente aumentar a produção.

1.4 Hipóteses

 O carvão contido na aréa do chão flotation and fines area floor transbordante da flotation
feed e fine product da industria da ICVL é facilmente beneficiável por hidrociclonagem
devido algumas propriedades que o mesmo possui, destacando a granulometria fina,
ultrafina, e grau de liberalização;
 Para hidrociclones, inspecções regulares devem ser realizados abordando medições
internas, limpeza, observando o hidrociclone e outros instrumentos que podem detectar
pobre separação ou total falta de desempenho resultante de qualquer escorregamento ou
ruptura da alimentação de ciclone bombeado nas correias de transmissão;
 Visto que o teor de cinzas anteriormente exigido pelo mercado alterou de 10 para 13.5, o
carvão em estudo e facilmente recuperavel devido a suas caracteristicas sendo evitavel o
seu desgaste no regeito adoptando o modo recirculation ao deliming feed sump;
 Se o Feed(alimentador) está em queda, em seguida, ele pode entrar em colapso, entrando
nas bombas de alimentação de hidrociclone causando regularmente, ponto de corte, e
variações na qualidade do produto;

4
 Não devem ser feitas Mudanças rápidas de dimensionamento de alimentação,pois
reduzem a eficiência de separação;
 Em uso de impulsor da bomba aberto ou fechado, existe um limite para o material que
pode ser passado através das pás do impulsor, portanto deve ser fornecida uma protecção
adequada para parar os materiais estranhos, tais como o ferro vagabundo, madeira
quebrada e outros orgânicos importam que entram na bomba;

1.5 Caracteristicas gerais da área de estudo

1.5.1 Localização, Superfície


O Distrito de Moatize, que dista sensivelmente a 20 km do Município de Tete situa- se a NE da
cidade capital provincial entre os paralelos 15º 37’00’’ e 16º 38’00’’ latitude Sul e entre os
meridianos 33º 22’00’’ e 34º 28’00’’ de longitude Este. (MAE, 2005:2)

É limitado ao Norte pelos distritos de Chiúta e Tsángano, a Este pela República do Malawi, a Sul
pelo distrito de Tambara, Guro, Changara e município de Tete através do rio Zambeze e Mutarara
através do rio Mecombedzi e a Oeste pelos distritos de Chiúta e Changara. (MAE, 2005:2)

]Com uma superfície de 8.455 km2. Administrativamente o distrito tem três Postos
Administrativos: Moatize, Kambulatsitsi e Zóbuè que, por sua vez, estão subdivididos em nove
localidades, a saber: Moatize, Benga, Mpanzu, Msungo, Kambulatsitsi, Mecungas, Zóbuè,
Capridzanje e Ncodeze. (JOSÉ, et al, 2011:12)

5
Figure 1: Localização geográfica do distrito de Moatize

( Fonte: Perfil do distrito de Moatize, 2005).

A área da concessão mineira pertence a ICVL, esta localizada na província de Tete, distrito de
Moatize posto administrativo de capanga, povoado de Benga.

Figure 2: Polígono irregular demonstrando a área em estudo (benga)

Fonte: Viajem, (2009)

1.5.2 População
6
Segundo dados estatísticos do INE (Instituto Nacional de Estatística) de 2007, Moatize possuia
cerca de 100 habitantes em cada 10-15km 2 e um universo de 143.663 habitantes, com uma
densidade populacional na ordem de 17 habitantes por km 2, e ainda uma população
maioritariamente feminina. (MAE, 2005, p2e15).

1.5.3 Vias de Acesso e Comunicação


Distrito de Moatize comunica-se com o mundo através das ligações Ferroviárias, rodoviárias
(ligando se com o resto do Pais e Países como Zimbabwe, Malawi, Zâmbia, Tanzânia e outros) e
pela via aérea (ligando se ao resto do Pais e Internacional) e através de redes da telefonia fixa
(TDM) e móvel da Mcel, Vodacom, Movitel e pela Internet. (MAE, 2005).

Figure 3: Mapa: Vias de acesso e de comunicação da região de estudo.

Fonte: MAE, 2005.

1.5.4 Actividades Sócio – Económicas


A maior economia do distrito é provavelmente proveniente das fontes da mineração e dos
caminhos-de-ferro. No estudo realizado pelo (Francisco A.J.J. Tomo Pantie, 2006, apud Nelson
Carlos Tivane, 2013), sobre o Impacto da Mineração Sobre o Emprego e a Produção Económica
das Comunidades Locais em Moatize, 1978-2007/2012, deu para concluir que a mineração no
distrito de Moatize, é dinamizador sobre alguns sectores da economia, mas que este não está
directamente ligado à vida socio - económica das comunidades locais, de maneira que não
satisfaz suficientemente e significativamente para definir que o distrito é economicamente
sustentável, as mudanças são visíveis em foco nos centros da cidade de Tete e na vila de Moatize,
locais habitados pelos trabalhadores de diferentes sectores de trabalho públicos e privados. Sendo
7
os jazigos de carvão e as argilas, mais frequentes, esta última que está sendo massivamente
utilizada no fabrico de tijolos mudando desta forma a civilização da população. (MAE, 2005).
Assim como a prática da agricultura de subsistência, produzindo seguintes culturas: milho, feijão,
mapira, mexoeira, diversas hortícolas, batata, cebola, cenoura, etc, e agricultura virada ao
comércio, tendo como produtos o algodão e o tabaco, comercialização estimulada pela entrada
significativa das empresas, pastorícia, caça furtiva e exploração florestal. (MAE, 2005).

1.6 Aspectos fisiográficosda área de estudo

1.6.1 Hidrografia
A Hidrografia da região é constítuida pelo rio zambeze (rio principal) com uma bacia
hidrográfica de 3.000 em território moçambicano, desaguando no Oceano ĺndico
(MUCHANGOS, 1999). A bacia carbonífera de Moatize e cortada pelos rios Revúbuè, seu
afluente na margem esquerda, sentido NE-SW em direcção ao rio Zambeze, e o rio Moatize que
corre na direcção ESE-WNW ao longo do qual há excelentes exposições de algumas camadas de
carvão. Também existem outros rios menores (rio Murongodzi) que só posssuem água corrente
nos tempos chuvosos (JOSÉ e SAMPAIO, 2012).

A bacia carbonífera de Moçambique está englobada na bacia hidrográfica do rio Zambeze a qual,
em território nacional, se estende no sentido Oeste-Este do Zumbo (na fronteira com Zâmbia e
Zimbabwe) até à sua foz no Oceano índico (Chinde), e da Zâmbia/Malawi ao Zimbabwe, no
sentido Norte-sul. (VASCONCELOS, 1995:3)

1.6.2 Relevo

Em termos e relevo, a bacia situa-se num graben com uma largura variando de 2.5km a 8 Km e
uma extensão de mais de 20km, estando a superfície, plana e levemente ondulada, situada a
altitude ente 140m e 220m acima do nível do mar. (VASCONCELOS, 1995:3)

As zonas bordejantes do graben, de idade pré-câmbrica, situam-se a altitudes maiores (cerca de


300m). (VASCONCELOS, 1995:3).

1.6.3 Clima
No que respeita ao clima, Moatize está numa zona de clima tropical semi-árido quente e seco,
com precipitação média anual de 500-600 mm. (Interim Report on the Possibilities on Mining
and Preparing the coking-coals of the Moatize Deposit, Mozambique, 1977)
8
Os dois tipos de clima observam duas estações distintas, a estação chuvosa e seca. A precipitação
média anual na estação mais próxima (cidade de Tete) é cerca de 644mm, enquanto a
evapotranspiração potencial media anual está na ordem de 1.626mm. (MAE, 2005:2)

A maior queda pluviométrica ocorre sobretudo no período compreendido entre Dezembro de um


ano a Fevereiro do ano seguinte, variando significativamente na quantidade e distribuição, quer
durante o ano, quer de ano para ano, e a temperatura média esta na ordem dos 26.5ºC. As média
anuais máximas e mínimas são de 32.5 e 20.5º C respectivamente. (MAE, 2005:2)

1.6.4 Vegetação

A vegetação é tipo savana e é caracterizada por ser arbustiva e rasteira com árvores espalhadas
dos tipos embondeiro e pau- preto (ébano). AS zonas de floresta estão ausentes na bacia,
ocorrendo algumas flora típica de savana. A agricultura é tipo subsistência-machambas familiar –
Predominando as culturas do milho, feijão e abóbora. (VASCONCELO, 1995:3)

1.6.5 Solos

Os solos desta região são classificados em solos castanho acinzentados, castanhos avermelhados
pouco profundos sobre rochas calcárias e derivados de rochas basálticas podendo ser
avermelhadas, castanho-avermelhados ou pretos. Apresentam uma profundidade variável e
apresentam boa capacidade de retenção de nutrientes e água, fendilhados quando secos, plásticos
e pegajosos quando molhados ( MAE, 2005). Ocorrem ainda pequenas mannchas de solos
aluvionares em terraços dos rios Rovúbuè e Zambeze.

1.6.6 Infra- estruturas


Moatize é acessível por estrada, sendo por isso atravessado por 3 estradas Nacionais (EN 103-
Moatize/Zóbuè; EN 222-matena Cassacatiza; EN223-Mussacama Calómuè) e por 2 estradas
Regionais (ER 450- Madamba/Mutarara; ER 456-Matema/ Furancungo, Via Cazula). (MAE,
2005:5).

Existe 1 ramal de linha férrea que saindo de Moatize atravessa de Kambulatsitsi até ao Rio
Mecombedzi, limite com o distrito de Mutarara. (MAE, 2005:5)

As estradas vicinais ocupam uma extensão de 787Km, cuja reabilitação, conservação e


manutenção está a cargo das comunidades e suas lideranças (reabilitados e construídos 402Km).
Estas, ligam as sedes dos Postos às das Localidades e destas aos centros de produção e
9
comercialização. O distrito funciona com um sistema de transportes e comunicações
multifacetado, desde os ferroviários, passando pelos rodoviários até ao telefone, telégrafo e rádio.
A Água Rural e a ADPP são as principais instituições que se têm engajado na construção e
reabilitação de furos e poços, que são as principais fontes de abastecimento de água no distrito.
Os poços e furos são providos de bombas de várias espécies. Estima-se existirem cerca de 37
furos e 7 poços inoperacionais.
Existem povoados que se encontram distantes das fontes de água mais próximas entre 15 a
18Km. A Água Rural, é a instituição que apoia em peças sobressalentes. Os animadores do sector
de águas no distrito actuam sob tutela da Administração Distrital.
Tudo quanto se observa em termos de participação comunitária nos assuntos de água, resume-se
ao pagamento para uso de água das fontes efectuado aos fiscais localmente organizados, portanto,
uma espécie de compra.
Os trabalhos de optimização dos três sistemas unificados estão numa fase bastante avançada.
Na fase experimental foi possível fazer chegar a água ao Povoado de Chipanga, tendo sido
captados e distribuídos 63.026 m³.
Por se terem verificado dificuldades na utilização das condutas adutoras pertencentes à
CARBOMOC, pelo facto desta empresa estar a bombear água para seus próprios fins, decidiu-se
pela construção de um by-pass nos furos 1 e 2, à conduta adutora metálica pertencente ao
Conselho Municipal. Este trabalho está em curso. Foi concluído o by-pass do furo 1.
Está em curso o trabalho de correcção dos postes das linhas de transporte de energia eléctrica.
Em relação ao depósito dos CFM, todas as ligações foram efectuadas. Estes depósitos ainda não
começaram a beneficiar as zonas previstas no caderno de encargos, carecendo ainda de
concertações.
Água Peri-urbana contem dos 26 fontenários existentes na Vila, 13 estão operacionais,
encontrando-se os restantes a ser reabilitados.No mesmo período, foram reabilitadas 3 fontes de
água e revitalizados os respectivos comités de gestão.
Ainda no tocante à água peri-urbana, apenas há registo de abertura de uma fonte de água em
Minjova, área do PA de Kambulatsitsi, enquadrada no Projecto de Desenvolvimento Comunitário
Integrado, financiado pelo Governo e executado pelo INAS.
Água Rural nas áreas rurais existem 134 fontes de água, estando 104 operacionais e 30
inoperacionais as avarias registam-se com maior frequência nas solas e vedantes.

10
Todavia, as equipas de manutenção e os 75 comités de água existentes têm envidado esforços no
sentido de adquirirem peças para reposição.
O distrito possui 89 escolas (das quais, 76 do ensino primário nível 1), e está servido por 10
unidades sanitárias, que possibilitam o acesso progressivo da população aos serviços do Sistema
Nacional de Saúde, apesar de a um nível bastante insuficiente como se conclui dos seguintes
índices de cobertura média:
Uma unidade sanitária por cada 16 mil pessoas;
Uma cama por 1.300 habitantes; e
Um profissional técnico para cada 2.100 residentes no distrito.( MAE, 2005)

1.6.7 Recursos Minerais

Moatize é caracterizado por importantes jazigos de carvão ( do tipo hulha ), e inúmeras jazidas de
titanomagnetites vanadíferas ( ferro, titânio e vanádia ). Os jazigos de carvão fazem parte de uma
extensa área que se estende de Chingodzi ao rio Mecombezi, situada a Sul da região montanhosa
do distrito, localizando-se os jazigos mais importantes na chamada Bacia Carbonífera de
Moatize-Minjova.

O jazigo de Moatize foi objecto de exploração mineira desde princípios do século passado,
começando a exploração do carvão em pequena escala e a céu aberto. Os trabalhos subterrâneos
principiaram em 1940, com uma produção anual de 10.000 toneladas. Em meados de 1950, a
produção anual atingiu 25.000t e em 1975 o pico máximo de 575.000 toneladas. Em 1977, a
Carbomoc E.E., tomou conta do jazigo e caracterizou com mais pormenor os 6 complexos
carboníferos da Bacia de Moatize. Este carvão tem 7.000 calorias, com uma percentagem volátil
de 22%. O carvão pode dar coque, indispensável à indústria de alta metalurgia.
O carvão de Moatize é tão bom como os melhores da Europa e é da mesma formaçao do de
Witbank, da República da África do Sul.
O facto de se encontrar ferro perto do carvão, como acontece em Moatize, constitui uma posição
de riqueza excepcional e um caso raro no mundo.
É também notável a presença de filos de quartzo-carbona, todos constituídos por sílica e calcite de
excelente qualidade. Os filos quartzo-carbonatados, unicamente constituídos por calcite e sílica
situam-se nos arredores da Vila de Moatize. As jazidas de ferro e chumbo, essencialmente
constituídos por magnetite, hematite e apatite, localizam-se no Monte Muande, situando-se nas

11
proximidades do Rio Zambeze, junto ao limite ocidental do distrito.
A jazida de corindo, localiza-se na região de Canchoeira, próximo da EN 103 – Moatize/Zóbuè.
A jazida de fluorite, localiza-se no Monte Muambe.
Há ocorrências de minerais polimetálicos de cobre, ouro, prata, volfrâmio e chumbo
(essencialmente constituídos por calcopirite aurífera e argentífera Shelite e galena), em Capanga
nos arredores da Vila de Moatize.
Existem, ainda, minerais radioactivos (constituídos por davitite, samarsquite, estibitanlite e
pecholenda) e de rutilo na região de Mabvudzi, praticamente no limite entre o distrito de Moatize
e Chíuta.
No respeitante aos materiais de construção, salienta-se a existência de calcários cristalinos,
rochas gabro-dioríticas e especialmente de anortositos (rocha ornamental de beleza rara), bem
como de argilas, areias e saibro, o que confere a este distrito a total auto-suficiência em recursos
minerais no domínio da construção civil.
Os calcários cristalinos fazem parte do Monte Muande, estendendo-se até ao Rio Zambeze.
As rochas gabro-dioríticas e os anortositos em geral, abundam praticamente em toda a região
montanhosa do distrito. As jazidas de granito castanho castanho “Plagioclásio”, actualmente em
exploração pela empresa “MARLIN GRANITE MOZAMBIQUE LIMITADA”, situam-se em
Inhangoma.
Existem no distrito 3 nascentes termais:
 A 1ª foi assinalada nos arredores da Vila de Moatize no Bairro Chipanga.
 A 2ª localiza-se em Chitiwitiwi, sobre a base do Monte Mwambe.
 A 3ª nascente termal é a de Nhaondwe, de elevada temperatura, 80°C, que merecem ser
devidamente estudadas, visando o seu aproveitamento para fins terapêuticos
eturísticos.Esta nascente localiza-se nas proximidades do Rio Zambeze, junto ao
limiteocidental do distrito com Changara.
Table 1: Minerais mais frequentes no carvão.

GRUPO 1º Estágio de Incarbonização: 2º Estágio de Incarbonização:


MINERAL Singenéticos Epigenéticos
Transportados De Depositados em Alteração de
pela água e fracturas e minerais
Neoformação
vento cavidades primaries

Detríticos Autigénicos

12
Argilas Caulinite, illite Sericite, Smectite - Illite, Clorite
Carbonatos - Siderite, Anquerite, -
Dolomite, Dolomite,
Anquerite,
Calcite
Calcite
Sulfuretos - Pirite, Pirite, Pirite
Marcassite, Marcassite,
Melnikovite Esfalerite,
Galena,
Calcopirite
Sílica Quartzo Quartzo, Quartzo,
Calcedónia
Calcedónia
Óxidos e Rútilo Hematite, Goethite, Goethite,
Hidróxidos Lepidocrocite Lepidocrocite
Limonite
Fosfatos Apatite Apatite, Fosforite - -
Silicatos Zircão, - - -
Feldspato,
Turmalina, Mica
Sulfatos - - Sulfatos -
hidratados de
ferro, Gesso
Fonte: (Stach et al, 1982)

A composição inorgânica dum carvão é muito variada, já que são numerosos os minerais
quepodem ocorrer misturados na matéria orgânica, quer como minerais singenéticos, quer como
epigenéticos. Na Tabela abaixo, estão representados os minerais que ocorrem com
maiorfrequência nos carvões (Vasconcelos, 2002).

2 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA

2.1 Geologia local


Os depósitos de carvão em Tete estão associados ao super grupo do Karoo.

Bacia de Moatize → Rochas sedimentares (siltitos e arenitos → estéril).

13
Figure 4:Esboço geologico da região de Moatize, ( L. Vasconcelos, 2005 )

A área de estudo encontra se num graben da bacia carbonífera de Moatize, encaixada nas rochas
pré-câmbricas do ciclo Moçambicano.
O graben é limitado a nordeste e a sudoeste por falhas de bordadura com direcção NW-SE,
fazendo parte duma bacia de maior extensão que vai desde Tete até Minjova.
Segundo o (Lopo António Ferreira Trigoso de Sousa e Vasconcelos, 1995, p33), “o graben de
Moatize tem extensão aproximada de 35km de comprimento por 2 km de largura, e por sua vez é
drenado pelos rios Rovubuè, Moatize e Murongodzi, com acidente orográfico mais importante o
monte M´Pandi de 320,80m de altura, situado na margem sudoeste do graben e representa
umbraquianticlinal das rochas do embasamento”. As rochas pré-câmbricas da região de Moatize,
são uma grande referência à geologia regional da bacia carbonífera. Sendo que essas são
representadas por Supergrupo do Karroo, que tais rochas assentam normalmente em discordância
sobre o pré-câmbrico ou o contacto por falha. Os sedimentos do supergrupo do Karroo são
arenitos de granulometria variada, conglomerado, siltitos, argilitos e xistos argilosos. (Lopo
António Ferreira Trigoso de Sousa e Vasconcelos, 1995).

14
2.1.1 Enquadramento geológico da bacia carbonífera de Moatize
A bacia pertence ao Supergrupo do Karroo. A sequência estratigráfica tem seis camadas de
carvão principais, designadas de baixo para cima como: Sousa Pinto, Chipanga, Bananeiras,
intermédia, Grande Falésia e André. (JOSÉ, 2011:12)

Table 2 : As seis camadas de carvão da Série Produtiva de Moatize e suas características gerais.

Espessura
Camadas Características gerais
Média (m)
O topo da Série Produtiva apresenta variações laterais
ANDRÉ 1
variáveis, de percentagens de constituintes minerais
muito elevadas. O carvão é homogéneo e rico em
vitrinite na base.
Irregular; na parte inferior é limitada por uma alternância
GRANDE 12
monótona de argilitos e grés. Apresenta conteúdos em
FALÉSIA
cinzas que variam entre 27 a 30%.
Grandes variações laterais; argilitos negros com dois
INTERMÉDIA 22
leitos finos de carvão. O tecto é de argilito cada vez mais
gresoso para a base com uma sequência de FU - fining
upward (diminuição do tamanho do grau para o topo).
É formado por dois complexos separados um do outro
BANANEIRAS 9+18
por argilitos negros gresosos. Na parte inferior é limitada
por uma alternância de argilitos cinzentos e grés
diversos. Esta parte é homogénea e contém lentes de
carvão brilhante com espessura acima de 1m. A parte
superior é limitada por argilitos negros com muitas
intercalações de estéreis.

Rica em carvão e baixo em teor de cinzas. O muro é de


CHIPANGA 36
argilitos cinzentos e o tecto de grés argiloso. A secção
basal desta camada é a que tem vindo a ser explorada.
Apresenta uma forte variação de fácies, e encontra-se
SOUSA PINTO 14
intercalada em argilitos cinzentos. O estéril comporta
pelitos com espessuras até 2m. A sequência sedimentar

15
completa aflorante mostra uma arquitectura cíclica de
tendência de FU, com linhas de corrente na base de
corpos de arenitos lenticulares.
Fonte: Chagunda, (2006).

A camada Chipanga é a mais espessa de todas e a única que foi explorada. Sobreposta à
Formação de Moatize encontra-se a Formação de Matinde. (JOSE, 2011:12)

A bacia carbonífera de Moatize está orientada no sentido NW-SE e está rodeada por gabros e
anortositos da Suite Tete, de idade Mesoproterozóica (1600-1000 M.a), o limite NE da bacia é
uma falha normal de cerca de 30 km de comprimento, orientada NW-SE. O limite SW é tanto por
inconformidade, como também por contacto de falha, como é o caso da Falha do Monte M’pandi.
(REAL, 1978 apud JOSÉ, 2011:5).

Sobreposta à Formação de Moatize encontra-se a formação de Matinde. As formações de


Moatize e Matinde são respectivamente equivalentes ao Dwyka Superior/Ecca Inferior e ao Ecca
Médio/Superior da Bacia. As camadas de carvão de Moatize, estam inceridas no karroo
justificando-se assim a importância desta unidade geológica.

Segundo Real (1966) na região de Moatize, superiormente à série produtiva, começa outra série
sedimentar constituída por grão grosseiro ao médio, grés arcósico e pequenas camadas
lenticulares de calhau rolado e estratificação cruzada (apud JOSÉ, 2011).

O depósito de carvão de Moatize é constituído por rochas de origem sedimentar, tais como,
siltitos e arenitos que são as litologias correspondentes a rocha estéril. O minério é composto por
três camadas horizontaliza das principais de carvão com a seguinte nomenclatura: a Bananeiras, a
Chipanga e a camada Souza Pinto, sendo apresentadas da camada mais rasa, para a mais
profunda. Série Produtiva- esta é de grande interesse por nela estar englobada a importante
camada de carvão. Esta série é caracterizada por possuir xistos, grés carbonosos, argilitos negros,
por vezes piritosos. A idade desta série é de pérmico Inferior, que, provavelmente se corresponde
com o andar Ecca. (REAL, 1978 apud 20011:)

Entre as camadas de carvão existe novamente a presença de material estéril compostos por siltitos
e arenitos o chamado “interburden”.

As camadas de carvão apresentam características distintas quanto a sua composição química e


aproveitamento econômico.
16
Figure 5: Representação da Geologia da área de Tete-Moatize com os pontos de amostragem nas camadas
André, Grande Falésia e Sousa Pinto.

Fonte: L. Vasconcelos, A Muchangos & E. Siquela, 2009, pág.348.

2.2 A planta da ICVL produz dois tipos de carvão respectivamente:


 Carvão coque ( metalúrgico )
 Carvão térmico

2.2.1 Coque metalúrgico


O carvão é matéria-prima indispensável para a produção de coque metalúrgico a ser usado em
altos-fornos, podendo ainda ser usado, em menor escala, no fabrico de briquetes, cimento,
agregados leves e como fonte de produtos químicos fundamentais na preparação de explosivos,
fertilizantes, medicamentos, produção de cimento, betão, corantes, tintas e até perfumes, e isto só
para falar de algumas aplicações. (o autor, 2015)
O coque é um tipo de combustível derivado da hulha (carvão betuminoso). Começou a ser
utilizado na Inglaterra do século XVIII. O coque obtém-se do aquecimento da hulha (ou carvão
betuminoso), sem combustão, num recipiente fechado. Pode ser utilizado na produção de ferro-
gusa (alto forno), sendo adicionado junto com a carga metalica.
O gusa é o produto imediato da redução do minério de ferro pelo coque ou carvão e calcário num
alto forno. O gusa normalmente contém até 5% de carbono, o que faz com que seja um material
quebradiço e sem grande uso direto.

17
Geralmente nos processos industriais, o ferro gusa é considerado como uma liga de ferro e
carbono, contendo de 2,11 a 5,00 % de carbono e outros elementos ditos residuais, como silício,
manganês, fósforo e enxofre.
O gusa é vertido diretamente a partir do cadinho do alto forno para contentores para formar
lingotes, ou usado diretamente no estado líquido em aciarias ou fundições. Os lingotes são então
usados para produzir ferro fundido e aço, ao extrair-se o carbono em excesso. [Google (notícias,
livros e acadêmico)]

2.2.2 Carvão Térmico


O carvão térmico é um dos derivados do carvão betuminoso por possuir quantidades de betumes,
que por sua vez tem a capacidade de produzir a energia e por conseguinte usadas em usinas
termoeletricas e industrias, tem em refêrencia o uso de carvão térmico na provincia de tete na
indutria de refinação do tabaco (Mozambique Leaf Tabaco). ( O autor, 2015 )

Figure 6: tipos de carvao, reservas e usos.

Fonte: ( World Coal Institute (WCI) – disponível em www.worldcoal.org, 2006. )

18
2.3 Qualidade do Carvão Mineral
Para definir a qualidade do Carvão Mineral, são necessários se referir três pontos chavescomo
sendo: o poder calorífico do carvão (Q); o teor de cinzas em sua composição (A) e oteor de
enxofre na sua composição (S).

2.4 Formação e composição


O carvão é uma rocha sedimentar combustível formada pela decomposição parcial de matéria
vegetal, soterrada originalmente em bacias pouco profundas, livre do contacto do ar e em muitos
casos, sob a influência de aumento de pressão e temperatura (Santana, 2002).

Este recurso mineral é constituído essencialmente por matéria orgânica, em quantidades sempre
superiores a 50%, e matéria inorgânica (fracção não combustível). Durante o processo
diagenético, o carvão, por incarbonização crescente, pode ser ainda uma fonte de hidrocarbonetos
líquidos e/ou, gasosos dependendo do grau de incarbonização atingido.

Na fracção orgânica do carvão, o Carbono, Hidrogênio, Oxigénio, Nitrogenio e Enxofre são


elementos químicos essenciais, parte combustível do carvão; a fracção inorgânica, composta
essencialmente de Silício, Alumínio, Ferro, Cálcio, Potássio, Sódio, Titánio, Magnésio, formam a
quase totalidade das cinzas quando o carvão é queimado. A matéria orgânica do carvão é
derivada principalmente de restos das plantas que sofreram várias fases de decomposição nos
pântanos turfeiros e alteração física e química depois do soterramento. (Ting cit. in Chagunda,
2006).

2.5 Técnicas de Processamento Mineral

Técnicas de Processamento Mineral São várias as técnicas de processamento usadas e variam


de acordo com o tipo de minerais que se deseja separar. De um modo geral, as técnicas de
processamento usadas são: cominuição, peneiramento, hidrociclonagem, concentração
gravimétrica, separação magnética, electrostática, espessamento, filtração e flotação, onde serão
apresentados os conceitos e aplicações da separação por hidrociclonagem que é a técnica usada
para separar mineraisfinos e ultrafinos e a razão do estudo na planta de beneficiamento da ICVL.

Realsar que não so e usada a hidrociclonagem para a separação dos finos e ultrafinos na ICVL
mas tambem os sieve bends(peneiras fixas) e osthickener cyclones em que os três equipamentos

19
juntos ao hidrociclone de deslamagem alimentam a flotação e para posteriorimente as operações
subsequentes.

Tratamento de minérios é um conjunto de operações mecânicas utilizadas para obter produtos a


partir de um minério, sem modificar as suas propriedades químicas, ou seja, consiste em separar
através de métodos físicos as substâncias minerais de modo a torná-las aceitáveis à demanda do
mercado. (CAVES, 2002).

2.6 Carvão Mineral


Carvão é uma rocha sedimentar combustível oriunda de matéria orgânica. Os processos que
convertem a matéria orgânica em combustíveis (ação de microorganismos, pressão, temperatura e
tempo), através de distintos e consecutivos estágios, são chamados de carbonificação. Os estágios
de formação do carvão são os seguintes: vegetação, turfa, linhito (baixo grau de carbonificação),
carvão e antracito (alto grau de carbonificação).(OSÓRIO et al., 2008).

2.7 Teor de corte


Segundo (MEYER, HEMLEY, 1967) Teor de corte é o teor mínimo da substância útil que
permite a sua extracção, exploração e processamento económico.

(CAVES, 2002) defende que em termos gerais, o teor associado a essa tonelagem é chamado de
teor de corte. Em termos económicos, o conceito de teor de corte representa o teor pelo qual se
separa o que é minério do que é estéril.

As variáveis tecnológicas dizem respeito aos processos que são utlizados para o desenvolvimento
e extração do minério e de seu beneficiamento. Qualquer mudança tecnológica que venha a
baratear a energia usada no processo terá um forte impacto sobre o teor de corte.

2.8 Amostragem
Amostra é uma parcela representativa de tudo que se deseja amostrar que é examinado com o
propósito de tirarmos conclusões sobre todos, cuja sua retirada, garanta que não se perca (m) a (s)
característica (s) de interesse.

Amostragem consiste na retirada de quantidades “moduladas” de material (incrementos) de um


todo que se deseja amostrar (população), para a composição da amostra primária ou global, de tal
forma que esta seja representativa em relação à população da qual foi extraída. (MEYER,
HEMLEY, 1967)
20
Segundo GÓES, LUZ e POSSA (2004, p. 19) uma amostragem mal conduzida pode resultar em
prejuízos vultosos ou em distorções de resultados com consequências técnicas imprevisíveis. A
amostragem é, sem dúvida, uma das operações mais complexas e passíveis de introduzir erros,
deparadas pelas indústrias da mineração e metalurgia. Uma boa amostragem não é obtida tendo-
se como base apenas o juízo de valor e a experiência prática do operador.

2.9 Cominuição
A fragmentação consiste na redução das dimensões dos blocos ou partículas componentes do
minério. A fragmentação compreende diversos estágios, desde a mina até sua adequação ao
processo industrial subsequente. A operação de redução de tamanho tem três finalidades
principais:

 Adequar o tamanho dos materiais para sua utilização imediata ou ao processamento


posterior.
 Adequar o produto às especificações do mercado.
 Individualizar minério de diferentes espécies minerais para possibilitar a sua separação,
Isto vai:
 Possibilitar que as espécies mineralógicas possam ser separadas umas das outras, sem
empregar meios químicos. Para isso é necessário que as partículas estejam fisicamente
separadas.
 Permitir que uma partícula possa representar só uma espécie mineralógica, ou seja, ser
uma partícula livre ou monomineralógica.
 Promover a liberação das partículas de minérios, isto é, a condição de estarem livre as
espécies minerais presentes numa associação.

2.10 Análise do processo de separação


Segundo DUTRA, Ricardo (2008), o tratamento de minérios se preocupa basicamente com a
separação de partículas minerais, baseando-se nas variações relativas de tamanho e composição.
Essa separação é obtida pela passagem do fluxo de partículas através de uma peça apropriada de
um equipamento denominado separador. Nesse processo, uma força adequada é aplicada nas
partículas e, devido às diferentes propriedades apresentadas (tamanho, formato, densidade, etc...)
elas são afectadas de forma e intensidade diferenciadas, resultando na separação pretendida.

21
Obviamente, a liberação é um pré-requisito para uma perfeita separação, embora em muitos casos
a ideia de uma liberação completa não seja praticável.

A separação depende basicamente de factores como : propriedades dos minerais, características


do separador, nível de produção e grau de recuperação. Destacou também um dos factores
relacionados ao equilíbrio da separação, a eficiência da separação.

2.11 Classificação
A classificação, de uma forma geral, consiste na separação de partículas com base nas dimensões
físicas das mesmas. Os processos de classificação são divididos em peneiramento e classificação
propriamente dita. DUTRA, R. (2008).

2.11.1 Classificação propriamente dita


Classificação é o processo de separação que se baseia na velocidade de sedimentação das
partículas imersas num meio fluido. Os mecanismos envolvidos compreendem basicamente
fenómenos ligados à mecânica dos fluidos. Na hidro-classificação, os equipamentos mais usados
são os cones estáticos, os hidrociclones, os classificadores espirais e outros hidro-classificadores.
DA LUZ, (2004).

2.11.2 Peneiramento
O peneiramento é um processo mecânico de separação de partículas que se utiliza de uma
superfície perfurada para tal, as partículas com dimensões superiores à da abertura considerada
tendem a ficar retidas na superfície, e as com dimensões inferiores tendem a atravessar a mesma.
Os mecanismos envolvidos compreendem basicamente estratificação e segregação. Os
equipamentos tradicionalmente utilizados são as peneiras vibratórias, rotativas e estáticas. No
peneiramento a humido adiciona se agua ao material a ser peneirado com o proposito de facilitar
a passagem dos finos atraves da tela de peneiramento. O material retido na tela da peneira é
denominado oversize e o passante, undersize. DUTRA, R. (2008).

Princípio do Peneiramento: O sólido alimentado (A) é movimentado sobre a peneira; as partículas


que passam pelas aberturas constituem os finos (F) e as que ficam retidas são os grossos (G)
(Figura). O objetivo da operação é indicado pelo seu próprio nome: eliminação de finos,
separação de grossos ou “corte” do material visando sua posterior concentração.

22
Figure 7: Frações sólidas obtidas em um peneiramento (modificado em 2015)

Fonte: Gomide, 1980

Geralmente dcé escolhido em função do fim desejado na separação, [Gomide, 1980].

A classificação e o peneiramento têm como objectivo comum, a separação de um material em


duas ou mais frações, com partículas de tamanhos distintos No peneiramento, existe uma
separação, segundo o tamanho geométrico das partículas, enquanto que na classificação, a
separação é realizada tomando-se como base a velocidade que os grãos atravessam um meio
fluido. No processamento mineral, o meio fluido mais utilizado é a água. A classificação a
húmido é aplicada, habitualmente, para populações de partículas com granulometria muito fina,
onde o perneiramento não funciona de forma eficiente. CARRISSO, R. e CORREIRA, J.C.
(2004).

2.12 Optimização
Optimização é o processo no qual se procura arranjar a melhor maneira de realizar uma
actividade para se obter resultados melhores em relação aos da actualidade do mesmo processo.
(GOLDANI, 1976).

A optimização em plantas de processamento é um factor de extrema importância, pois ajuda a


fazer face às dificuldades de processamento excelente e as limitações dos equipamentos.

Segundo a definição, deseja-se alcançar a melhoria de um determinado processo. Nesta vertente,


optimiza-se para fazer um incremento na nossa produção; este incremento deve ser
comparativamente aos resultados da actualidade significativo e que justifique a mudança
efectuada no acto de optimizar. (TEIXEIRA, 2012)
23
Tal como outros processos, a optimização segue regras, obedecendo passos para se alcançar a
resposta.

Para optimizar uma determinada unidade, é necessário que se monitore o circuito, ou que se faça
o comissionamento do mesmo para poder analisar e identificar problemas no processo.
Identificados os problemas, torna-se imperioso a avaliação das possíveis soluções, são estas que
vão guiar a realização de testes (laboratoriais ou no terreno). Com os resultados destes testes,
cabe ao metalúrgico avaliar se pode ou não ser implementada permanentemente a mudança.
(DASTMANN e UNKELBERG, 1988).

Pode-se ainda definir um problema de otimização de sistemas das seguintes maneiras (SECCHI,
2001):

 Campo da matemática dedicado ao desenvolvimento de métodos eficientes de


determinação de máximos e mínimos de funções de uma ou mais variáveis;
 A ciência que determina as melhores soluções para certos problemas físicos, problemas
que são descritos por modelos matemáticos;
 Busca da melhor solução (solução ótima) dentre as diversas soluções possíveis de um
problema, seguindo um critério estabelecido previamente.

Segundo Lobato (2008), a otimização tem como vantagens: dimiminuir o tempo dedicado ao
projeto, possibilitar o tratamento simultâneo de uma grande quantidade de variáveis e
restrições de defícil visualização gráfica, possibilitar a obtenção de algo melhor com menor
custo. Como limitações, tem-se o aumento do tempo computacional quando o número de
variáveis de projecto cresce, o surgimento de funções descontínuas que apresentam lenta
convergência, ou de funções com vários mínimos locais onde o mánimo global raramente é
obtido.

A otimização pode ser aplicada de inúmeras maneiras em processos e plantas químicas


(SECCHI, 2001). Tipicos projectos onde a otimização tem sido empregada incluem:

 Determinação do melhor local para construção de uma planta;


 Escalonamento de tanques para aramazenagem de matéria-prima e de produtos;
 Dimensionamento e layout de pipelines;

24
 Projetos de plantas e/ou de equipamentos;
 Escalonamento de reposição e manutenção de equipamentos;
 Operação de equipamentos e/ou plantas;
 Ajuste de modelos a dados experimentais de uma planta;
 Minimização de inventário;
 Alocação de recursos ou serviços entre diferentes processos;
 Planejamento e escalonamento de instalação de plantas.

Ressalta-se que alguns dos objetivos definidos em problemas de otimização podem ser
conflitantes entre si, portanto necessita-se muito cuidado para o estabelecimento do objetivo a ser
alcançado.

2.13 Comissionamento
Comissionamento é um conjunto de procedimentos e técnicas de engenharia executados de forma
integrada a uma unidade industrial ou todo o conjunto de unidades de uma planta, visando torná-
la operacional, dentro dos requisitos estabelecidos a quando do seu estabelecimento.
(BENDIKSEN 2005)

Mas segundo (MORRISON, 1977) Comissionamento é o processo de garantia de que todos os


sistemas, equipamentos e dispositivos de uma determinada unidade (ou planta) industrial foram
ou sejam instaladas, testadas, operadas e mantidas de acordo com o desejado do proprietário.

Todavia o processo de optimização é controlado e subsidiado por uma vasta gama de controles no
processo que exigem comparações em termos de resultados obtidos a cada mudança de variável
do processo, sendo necessária a realização de balanços.

Na usina de benefeciamento do carvão mineral da ICVL são realizadas dois tipos de balanço
nomeadamente:

2.14 Balanço de Massas


Também chamado de balanço de material, baseia-se no princípio de conservação de massas (a
massa não pode ser criada nem destruída, porém pode ser transformada), ou seja, o somatório de
tudo que entra num sistema deve ser igual ao somatório de tudo que sai desse mesmo sistema.
(DAUCE, 2013)
25
Concentrado ( C )

Alimentação ( A) CONCENTRAÇÃO

Rejeito ( R )

Figure 8 :Diagrama de um processo de concentração

Fonte: Autor, 2015.

Segundo (MEYER e HEMLEY, 1967), uma vital característica de separação de mineral é que
eles nunca são perfeitos, alguns dos produtos com valor estão sempre na secção dos rejeitos, e
alguns dos rejeitos estão sempre na secção dos produtos valorizáveis. Para descrever
adequadamente o nível de separação na maioria das vezes são considerados dois parâmetros:
Recuperação e Qualidade.

Recuperação mede ou calcula o quão o separador extraiu o material com valor na secção de
entrada, e que é definida pela seguinte formula:

C
𝑹𝒆𝒄𝒖𝒑𝒆𝒓𝒂çã𝒐 (%)= ∗𝟏𝟎𝟎% (1)
A

Onde:

A- massa da alimentação (tph)

C- massa do concentrado (tph)

As perdas são similarmente definidas pela quantidade do produto com valor nos resíduos.
Alternativamente, pode ser conveniente considerar a perda como uma “recuperação” do produto
com valor nos resíduos, dado que este descreve consistentemente a distribuição do produto com
valor nas secções de saída.

Para se avaliar as quantidades em termos de composição mineralógica, deve-se fazer avaliação


analítica dos minerais.

Segundo (ENZWEILER, 2010 Apud LOBO, 2012), uma das análises analítica mais usada para o
controle de produção, é baseada na fluorescência por espectrometria de Raios X(XRF). Esta
surgiu na década 50, e torna-se na mais preferida devido ao curto tempo de obtenção de
26
resultados, tem a facilidade ou capacidade de ler a maioria dos elementos da tabela periódica,
manuseio de amostras sólidas.

As finalidades do balanço de massas (Wills 2006).

 Dimencionamento dos equipamentos;


 Controle de processos na produção;
 Optimização dos processos;
 Medição de resultados:
 Medição de produção.

2.15 Breve abordagem dos ciclones


2.15.1 Eficiência dos ciclones

. A eficiência do ciclone depende do diâmetro do tubo e do tamanho das partículas, pois se as


partículas forem muito pequenas e o diâmetro do tubo não for grande o suficiente, o processo
pode gerar alta perda de carga e baixa eficiência. Os ciclones para separação gás/líquido são
amplamente utilizados para o “desengargalamento.

2.15.2 Funcionamento do Ciclone

o funcionamento do ciclone e o que faz o material particulado ser separado de correntes gasosas.
A eficiência desse equipamento é de aproximadamente 99% e o único gasto é o de energia com o
exaustor, o que faz o ciclone ser também muito econômico. ( Ciclones Industriais, 2012. )

2.15.3 Características geométricas e fluidodinâmicas em ciclones e hidrociclones

Ciclone e hidrociclone são equipamentos normalmente destinados à separação de particulados


presentes em uma corrente gasosa, no caso de ciclones, ou contidos em uma corrente liquida
(hidrociclones). Tais equipamentos apresentam-se na sua forma clássica uma construção cone-
cilíndrico. Esses dispositivos, sem peças móveis, constituem-se de uma entrada lateral e duas
saídas orientadas no eixo central do equipamento. Uma saída de partículas, então separadas da
corrente fluida, situa-se à base do aparato e que dá acesso a um coletor de sólidos. Outra saída

27
para partículas e fluido, disposta no topo do equipamento, permite a descarga da corrente fluida
com concentração de particulados finos para o filtro (CREMASCO,2012).

2.15.4 Diferença entre ciclones e hidrociclones.

A diferença entre o ciclone e hidrociclone é que o primeiro é utilizado para promover à separação
de partículas em uma corrente gás-sólido, e o segundo para à separação de partículas em uma
corrente líquido-sólido.

Os separadores ciclônicos são classificados em função dos fluidos e/ou sólidos que manipulam.
Se a fase contínua é um gás ou vapor, o dispositivo é denominado ciclone, se a fase contínua for
um líquido o mesmo é denominado hidrociclone, entretanto, o princípio de funcionamento e as
principais características de ambos são muitos semelhantes. Os hidrociclones foram patenteados
pela primeira vez em 1891 por Bretney (Chiné e Concha, 2000) para a separação sólido/líquido
na indústria de mineração, e desde então se tornaram um importante processo unitário.
( Wickpedia, enciclopedia livre 2015 ).

Existem vários tipos de equipamentos que permitem a separação de partículas, cabendo destacar
os separadores centrífugos (centrífugas, ciclones e hidrociclones) e os gravitacionais(câmara de
poeira e elutriadores). Todos eles guardam um principio em comum: a decantação, que se refere à
deposição do sólido ou a sua captura, tendo como conhecimento sua velocidade terminal
(CREMASCO, 2012).

Hidrociclones e Ciclones são equipamentos muito utilizados por mineradoras para separar sólidos
de líquidos através de força centrífuga. Seu funcionamento se deve à alimentação tangencial na
parte cilíndrica do mesmo. Com isso forma-se um movimento em espiral descendente, arrastando
as partículas maiores e mais pesadas para saída inferior do equipamento denominada underflow.
Já as partículas menores e menos densas são arrastadas para o centro do equipamento, onde
forma-se um movimento em espiral ascendente e estas saem por um orifício denominado
overflow. As vazões do underflow e overflow são obtidas pelo diâmetro dos mesmos e pela
pressão em que o equipamento é submetido para operar. Todo hidrociclone opera em conjunto
com uma bomba centrífuga que é responsável por manter essa "pressão de trabalho" do
mesmo.Fonte : O autor, 2015.

28
2.16 Introdução aos hidrociclones
Em hidrociclones de deslamagem na planta de beneficiamento da ICVL, essa separação é
realizada tomando-se como base a velocidade das particulas quando atravessam o meio fluido.
Porconseguinte neste campo de actuação, a CHPP para o processamento mineral o meio fluido
utilizado e a água em que normalmente esta classificaçÃo a húmido e aplicada para população de
granulometria muito fina, onde o peneiramento não representa uma forma eficiente para o seu
desempenho.

Os hidrociclones desta forma são constituidos de uma coluna de separação, onde o fluido ascende
ou descende dependendo da velocidade uniforme. As particulas intoduzidas no equipamento de
separação têm sua trajectória determinada por suas velocidades terminais, podendo ser obtido
duas especificações: o overflow contendo particulas com velocidade terminal menor que a
velocidade do fluido e o underflow com velocidade terminal maior que a do fluido, conforme
observado na figura.

Figure 9: representação geral do mecanismo de funcionamento de um classificador

Fonte: ( SAMPAIO et al., 2007 ).

Os classificadores podem ser divididos em varios grupos dependendo do seu mecanismo, fluido
utilizado, etc. Os mecanismos de funcionamento podem ser: mecÂnico, não-mecanico,
gravitacional e centrífugo.

No presente trabalho é utilizado o hidrociclone (disliming cyclone), o qual possui como princípio
básico a separação centrífuga.

29
Os hidrociclones são equipamentos simples e de fácil construção, sendo basicamente constituidos
de uma região cilíndrica acoplada a uma região cônica. As dimensões geométricas de cada parte
sao importantes no processo de separação, pois estão relacionadas com a capacidade e o poder de
classificação destes equipamentos. Ela possui uma entrada tangencial por onde a polpa é
almentada. Ha duas especificações minerais dos quais são colectados o produto fino, denominado
underflow, e o produto ultrafino denominado overflowna planta de beneficiamento e tratamento
do minerio na ICVL.

Os hidrociclones, também conhecidos como ciclone hidráulico, ciclone de líquido, cones de


separaçÃo e separadores centrífugos, constituem uma classe importante de equipamentos
destinados principalmente à separação de suspensões sólido-líquido (SILVA, 1989; CASTILHO
e MEDRONHO, 2000; SOUZA et al., 2000). Todavia, eles também tÊm sido usados para a
separação se sólido-sólido (KLIMA e KIM, 1998), líquido-líquido (SMYTH e THEW, 1996) e
gás-liquido (MARTI, 1996).

Estudos realizados por SILVA (1989) destacam que o primeiro hidrociclone foi feito em 1891.
Entretanto, sua utilizaçÃo industrial só teve inincio apóis a 2ᵃ guerra mundial, nas indústrias de
extração e processamento de minérios. Desde entao, vÊm sendo usados de maneira diversificada
nas indústrias quimicas, metalúrgicas, têxtil, petroquimica, alimento, bioengenharia, e outros
diversos ramos (SILVA, 1989; DAI et al., 1999; CHU et al., 2002).

Este equipamento por sua vez é classificado em família, grupo de relações geométricas que estão
diretamente ligado com o desempenho do hidrociclone. O emprego de uma determinada família
de hidrociclones geralmente é restrito a necessidade de equipamentos com um alto poder
classificador (baseado no tamanho das partículas coletadas no underflow) ou com um grande
poder concentrador. Além disso, podem ser extremamente eficientes na separação de partículas
com tamanho situado entre ( 5-400 )μm ( SVAROVSKY, 1990 ).

2.16.1 Vantagens e desvantagens dos hidrociclones

Hidrociclones não possuem partes móveis e o movimento espiralado necessário é realizado pelo
próprio fluído (SVAROVSKY, 2000). Segundo Svarovsky (2000), os hidrociclones possuem as
seguintes vantagens:

30
 Versatilidade na aplicação em que podem ser usados para clarificar líquidos, concentrar
suspensões, classificar sólidos, lavar sólidos, separar líquidos imiscíveis, remover gases
de líquidos ou classificar sólidos de acordo com densidade ou forma;
 São simples, de barata aquisição, instalação e execução, e exigem pouco em estrutura de
manutenção e apoio;
 São pequenos em relação a outros separadores, poupando espaço e também fornecendo
baixos tempos de residência, o que lhes confere uma vantagem em termos de velocidade
de controle sobre classificadores sedimentares, por exemplo;
 A existência de elevadas forças de cisalhamento no fluxo é uma vantagem na
classificação de sólidos porque rompe quaisquer aglomerados, e também no tratamento
suspensões tixotrópicas e plásticos de Bingham.

As desvantagens, ainda segundo Svarovsky (2000), são apresentadas na sequência:

 Uma vez instaladas e em operacão, são de certa forma inflexíveis, fornecendo baixos
turndown ratios devido a forte dependência de seu desempenho de separação em relação
a vazão e a concentração da alimentação, eles também sao inflexíveis devido a sua
sensibilidade geral para instabilidades na vazão de alimentação e concentração de sólidos;
 Há limitações no desempenho de separação da nitidez de separação, a faixa de diâmetro
de corte operacional, o desempenho de desidratação ou o poder de clarificação; algumas
destas características podem ser melhoradas em arranjos multiestágio, mas com custos
adicionais de energia e investimento;
 São suscetíveis à abrasão;
 A existência de cisalhamento pode por vezes torna-se uma desvantagem, porque a
floculação não pode ser utilizada para melhorar a separação, como no caso dos
espessantes por gravidade ( visto que a maioria dos flocos não resiste ao cisalhamento).

Dependendo das relações geométricas entre as principais dimensões de um tipo (família) de


hidrociclone é possível adequá-la a execução de várias actividades industriais. O emprego de uma
determinada família de hidrociclone geralmente é restrito à necessidadade de equipamentos com
um alto poder classsificador (baseado no tamanho das partículas coletadas no underflow) ou com
um alto poder concentrador. Ademais, os hidrociclones podem ser extremamente eficientes na
separação de partículas com tamanho situado entre 5 a 400μm. É em função dessa versatilidade
31
que os hidrociclones podem ser utilizados nos mais variados processos de separação sólido-
líquido ou líquido-líquido, entre os quais, citam se (i) indústria de petróleo, por exemplo, em
situações como no tratamento do descarte de fluído de perfuração ou como equipamentos de
separação óleo/água; espessamento de suspensões sólido-líquido; deslamagem (eliminação das
partículas mais finas; classificação seletiva; recuperação de sólidos de efluentes turvos;
fracionamento; pré-concentração de suspensões; recuperação de líquidos ( reciclo das águas de
processos industrias).

A forma e o tamanho de um hidrociclone têm um efeito decisivo na estrutura do escoamento da


fase contínua e, portanto, na separação ou classificação da fase dispersa (PETTY; PARKS, 2001).
Logo, várias alterações geométricas têm sido estudadas em hidrociclones e ciclones de diferentes
famílias com o objetivo de melhorar o desempenho do equipamento (CHINÉ; CONCHA, 2000;
SOUZA et al., 2000; PETTY; PARKS, 2001; MAINZA et al., 2004; VIEIRA et al., 2005;
WANG; YU, 2006; VIEIRA et al., 2007; OLIVEIRA et al., 2009; VIEIRA et al., 2010;
DHODAPKAR; HEUMANI, 2011; VIEIRA et al., 2011). Em um contexto de otimização,
dependendo da família de hidrociclones utilizada, cuja escolha depende dos interesses técnicos e
econômicos, podem-se utilizar hidrociclones com alto poder concentrador ou classificador.
Aspectos como o consumo de energia, concentração e desempenho devem sempre ser observados
em relação a viabilidade do equipamento. Industrialmente falando, seria de grande valia um
hidrociclone com grande poder de classsifcação (alto desempenho), com baixo consumo
energéticos e apresentar correntes de underflow diluídas. Assim, em face das características
contraditórias, mas inerentes ao processo de hidrociclonagem, torna-se necessário aplicar técnicas
apropriadas de otimização, a fim de satisfazer as necessidades reais e específicas de cada
processo.

2.16.2 Família dos hidrociclones

Os hidrociclones são agrupados em famílias. Uma família de hidrociclone consiste em um


conjunto específico de separadores que mantém entre si uma proporção constante e exclusiva de
suas principais dimensões geométricas com o diâmetro da parte cilíndrica (VIEIRA, 2006). Tal
proporcionalidade existente entre as dimensões geométricas é importante no processo de
separação, pois está diretamente relacionada com a capacidade de separação destes
equipamentos. Dentre as famílias clássicas podem ser citadas: Rietema, Bradley, Krebs, Demco,
32
Mosley, AKW, dentre outros. Segundo Vieira (2006), famílias de hidrociclones, dotadas de uma
região cilíndrica relativamente grande, são equipamentos que oferecem uma maior capacidade de
processamento, enquanto as que têm a altura da parte cônica de maior dimensão induzem a uma
maior eficiência de coleta. As principais relações geométricas referentes a algumas famílias de
hidrociclones são apresentadas na Tabela.Com base na geometria genérica apresentada abaixo:

Table 3: Relações geométricas de famlias de hidrociclone

Fonte :( VIEIRA, 2006; CRUZ, 2008 )

2.16.3 Aplicação dos hidrociclones

Em função da versatilidade que os hidrociclones apresentam, que é possível a sua aplicação nos
mais variados processos de separação sólido-líquido; TRAWINSKI apud LINS, F. (2004), lista
seguintes finalidades dos hidrociclones:

 Espessamento - elimina a maior parte da água de uma polpa;


 Deslamagem - elimina as partículas mais finas. Isto é normalmente necessário para os
processos de separação magnética a húmido, filtração, etc;
 Classificação - frequentemente utilizado no fechamento de circuito de moagem onde o
underflow do hidrociclone retorna ao moinho;
 Fracionamento;
 Pré-concentração;
 Recuperação do líquido;

33
 Classificação selectiva – por meio de uma configuração de hidrociclones em série, é
possível obter-se um conjunto de produtos com granulometria definida;
 E dentre outros diversos.
Devido a essas aplicações, os hidrociclones tornaram-se atualmente, equipamentos bastantes
utilizados tanto na separação sólido-líquido quanto na separaçãolíquido-líquido, podendo ser
encontrados em diversos sectores industriais.
Materiais mais utilizados em revestimentos de hidrociclones:

 Cerâmica
 Metálicos
 Borracha

Fatores que influenciam a escolha do revestimento:

 Tipo;
 Tamanho;
 Velocidade;
 Tipo de descarga;
 Material a processar – minério;
 Dureza do minério;
 Granulometria da alimentação;
 Granulometria do produto;
 Diâmetro dos corpos moedores;
 Operação a húmido ou a seco;
 Densidade dos corpos moedores;
 Presença de pedaços de corpos moedores;
 Pratica de recarga de corpos moedores.

2.16.4 Descrição dos hidrociclones


O hidrociclone consiste numa câmara cilíndrica, com um determinado diâmetro (Dc) interno ao
revestimento, acoplada a um cone invertido, equipado com uma entrada tangencial de
alimentaçÃo, denominada intel, com um determinado diâmetro ( Di) e duas saídas, uma
localizada no centro e no topo da parte cilíndrica, que e chamado vortex finder, de diametro Do; e
34
outra no fundo do cone, denominado apex e com diÂmetro Du. A distancia comprendida entre as
extremidades inferior do vortex finder e superior do apex caractreriza outra dimensão
denominada altura livre h. O comprimento da seção cilíndrica e Lc e o comprimento total do
ciclone e L. ( RAJAMANI e DEVULAPALLI, 1994 ). A figura 10 representa um esquema típico
de um hidrociclone e suas dimensões.

Figure 10: Esquema típico de um hidrociclone e suas dimensões.

Fonte: (TAVARES, 2005)

Segundo SVAROVSKY (2000), os hidrociclones apresentam normalmente diâmetros da parte


cilíndrica variando de 1 a 250 cm, operando com vazõesde alimentação que variam de 0,1 a 7.200
m3/h e queda de pressão de 30 a 600 kpa.

Contudo a planta CHPP da ICVL compreende dados utilizados em suas operações como pressão
de( 102 ) kpa e sendo aconselhável o uso da pressão de 80kpa para melhor eficiência.

Restrição no bico e a abertura localizador vortex, regula o tamanho de separação. Tanto a pressão
e força centrífuga produz um núcleo de ar no hidrociclone, onde as partículas mais finas vão
deixar o hidrociclone fora do tubo de descarga e o tamanho maior partículas podem descarregar
fora do espigão (underflow). (fonte: O autor)

35
2.16.5 Princípio de funcionamento dos hidrociclones

O hidrociclone é um separador baseado na diferença de densidade dos fluidos envolvidos e utiliza


a sedimentação centrífuga como princípio de separação, em que as partículas em suspensão são
submetidas a um campo centrífugo que provoca sua separação.

A separação consiste essencialmente em alimentar a polpa, sob pressão, tangencialmente à


câmera cilíndrica. Cria-se entao um escoamento espiralado no interior do hidrociclone, com
fluido descendo por sua parede externa (vórtice externo ) e submetido ao longo do eixo de
simetria (vórtice interno ) ( SVAROVSKY, 1990 ).

Diferentemente dos hidrociclones centrífugos. Nessa particularidade nao têm partes móveis e o
vôrtice necessário é produzido pelo bombeamento do fluido tangencialmente ao corpo cilíndrico
estacionário. Se partículas entram no hodrociclone com escoamento e sendo sua densidade
diferente daquela do líquido, elas serão separadas devido á acção centrífuga gerada pelo fluido
em rotação.

Pela intensidade dos campos centrífugos, há a formação de um núcleo de ar no eixo central no


corpo do equipamento, que se estende desde o vortex finder até o apex.para que ocorra a
formação desse núcleo, o campo centrífugo deve ser muitas vezes mais intenso do que o campo
gravitacional.

A força centrifuga gerada pelo vórtice externo actua nas particulas de maior tamanho e
densidade, transportando-as de encontro à parede do hidrociclone, num movimento em forma
espiralitica descendente entrando na seção cônoca. Nesta seção, as partículas de maiores e mais
densas descendente adentrando em seu caminho espiral descendente, saindo pelo orifício inferior
(underflow). As partículas de menor tamanho e densidade são carregadas para o centro, num
escoamento em espiral ascendente, abandonando o equipamento pelo orifício superior (overflow)
como ilustrado na figura 11. (NEZHATI et al., 1987).

36
Figure 11: Esquema do escoamento interno de um hidrociclone

Fonte :( MACHAVA,2010 ).

Os perfis da velocidade podem ser divididos em três componentes principais:


 Tangencial
 Radial
 Vertical ou axial

A componente tangencial é responsável pela origem da força centrífuga, e o balanço de forças


para a classificação e a força de arraste gerada pela velocidade radial. Ela é a componente mais
importante dentro do hidrociclone, conferindo movimento de rotação da polpa, onde é mínima no
centro do hidrociclone e aumenta proporcionalmente com o raio (BERGSTROM e VOMHOFF,
2006; KELSALL et al., 1952).

Segundo KELSALL et al., (1952), foi identificado que a velocidade tengencial tem dois
comportamentos diferentes, um na porção mais interna e outro na parte mais próxima à parede do
hidrociclone. O interior envolve ovortex finder, que, tendo alcançado o máximo, a velocidade
tangencial diminui em direção as paredes do vortex finder e as paredes do hidrociclone conforme
a figura 12.

37
Figure 12: Perfil de velocidade tangencial no interior do hidrociclone

Fonte ( TAVARES, 2005 ).

A componente radial é gerada pela parte do fluido que não pode ser descarregada pelo apex,
formando um fluxo interno na direção do vertex finder para seu descarregamento.Ela é
responsavel pela força de arraste, a qual se contrapõe a força centrífuga.

De acordo com KELSALL (1952) a velocidade nas paredes alcança o máximo, descrecendo no
sentido do centro do hidrociclone como observado na figura de velocidade radial..

O balanço de forças de classificação se apresenta entre as forças centrífugas e as radiais geradas


pelo fluido, sendo que nas paredes do hidrociclone e próximo ao inlet a velocidade radial é
grande e a velocidade tangencial é moderada. Como consequência, as partículas mais grossseiras
são direcionadas às paredes do hidrociclone, enquanto que as partículas finas são sujeitas às
forças centrífugas de baixa magnitude, sendo direcionadas ao centro do hidrociclone (KELLY et
al., 1982).

38
Figure 13: Perfil de velocidade radial no interior do hidrociclone

Fonte: ( TAVARES, 2005 )

A componente vertical ou axial é a responsável pela descarga das partículas no hidrociclone. Esta
velocidade vertical diminui no sentido das paredes do hidrociclone e aumenta em direção ao
centro de acordo com a figura da velocidade vertical ou axial. Todas as partículas localizadas
próximo as paredes tendem a direcionar-se para o apex, formando uma camada limite, cuja
espessura depende da concentração de sólidos da alimentação (BLOOR et al., 1980;
LAVERACK, 1980).

39
Figure 14: Perfil de velocidade Vertical ou Axial no interior do hidrociclone

Fonte: (TAVARES, 2005).

No interior do hidrociclone observa-se o movimento descendente do líquido junto à parede do


separador e um fluxo ascendente junto ao eixo de simetria do equipamento.

Dessa forma, presume-se que exista uma região de interface, desconsiderando os efeitos de
turbulência, onde a velocidade vertical do líquido é nula (LZVV). Esse plano é chamado de local
de velocidade vertical zero (LZVV) conforme a figura 15.

40
Figure 15: Local de velocidade vertical zero.

Fonte: (TAVARES, 2005).

O diâmetro das partículas, para as quais o raio de equilíbrio é coincidente com LZVV e que têm a
mesma chance de ser coletada no overflow, é chamado de tamanho de corte ou d50
(SVAROVSKY, 1984).

Um fator importante que deve ser lavado em consideração no escoamento interno dos
hidrociclones e a formação de um núcleo central gasoso (air core). O movimento de rotação do
líquido cria uma zona central de baixa pressão, que normalmente resulta na formação de uma
superfície livre de líquido, ao redor do eixo do hidrociclone. Se uma das saídas, ou ambas,
encontram-se abertas para atmosfera, o núcleo gasoso central será formado por ar, caso contrário,
o núcleo gasoso pode ainda existir, formado por vapor ou gases dissolvidos no líquido. Este
núcleo gasoso central pode ser suprimido evitando-se a comunicação direta das correntes de saída
com a atmosfera e por meio do controle da pressão nas tubulações que levam ao orifício do
vortex finder, overflow e ao orifício do apex, underflow. Geralmente, a ausência do núcleo
central gasoso produz um aumento na queda de pressão, para uma mesma vazão de alimentação,
assim como uma queda na eficiência de separação (FLINTOFF et al., 1987; RIETEMA, 1961B;
SILVA, 1989).

Estudos realizados por SILVA (1989), mostram que os hidrociclones com diâmetros entre 1 e
250 cm tem diâmetro de corte, para a maioria dos sólidos, variando de 2 a 250μm. A vazão de
alimentação varia entre 0,1 a 7200m3/h, a queda de pressão varia de 34 a 600 kpa.
41
2.17 As principais respostas na separação em hidrociclones

Para uma boa caracterização daseparaçãosólido-líquido em hidrociclones e um melhor


entendimento do processo, faz se necessário apresentar as variáveis importantes, ou índices de
desempenho, associadas ao estudo do desempenho do equipamento. Tais variáveis são
mencionadas por alguns autores, fazendo-se necessário defini-lás para uma melhor compreensão
dos trabalhos.

A primeira resposta apresentada, comumente citada nos trabalhos, é a capacidade, que nada mais
é do que a vazão de alimentação do hidrociclone (Qa). As demais respostas sao apresentadas na
sequência.

2.17.1 Divisão do fluxo

A divisão de um hidrociclone é definida, de acordo com Chu et al ( 2000) como a razão entre as
vazões volumétricas das correntes de underflow (Qu) e overflow (Qo):

equação 1.

Qu
S= Qo

Segundo Belaidi e Thew ( 2003), uma das principais vantagens associadas a operacões em
hidrociclones e a sua facilidade de controle, geralmente por válvulas externas.

Um dos parâmetros de controle mais importantes é a razao de queda de pressão ( PDR-Pressure


Drop Ratio), definida como razão entre a queda de presssão do overflow e a queda do
underflow. Para uma tarefa específica e para uma dada concentração de alimentação, a PDR deve
ser mantida dentro de um intervalo definido para alcançar uma separação adequada. Isso, de
acordo com os autores, determina a taxa de divisão de fluxo.

2.17.2 Consumo energético

O consumo energético de um hidrociclone é avaliado através do cálculo do número de Euler


( CHU et al., 2000; 2002; VIEIRA, 2006; t al.,VIEIRA et al 2010; 2011; SILVA et al., 2012), ou,

42
conforme denominação de alguns autores, coeficiente de perda de energia (CHU et al., 2000;
2002). O número de Euler é um número adimensional que expressa a relação entre uma queda de
pressão local e a energia cinética por volume. Logo, menores valores de número de Euler
implicam uma menor perda de carga para uma mesma vazão (menor consumo energético) ou
maior capacidade para uma mesma queda de pressão.

Equação 2.

− ΔP
Eu = ρ á gua. v2c¿

Sendo densidade da água, −ΔPa queda de pressão no equipamento e VC a velocidade na seção


cilíndrica, calculada pela razão entre a vazão volumétrica na corrente de alimentação (Qa) e a
área da seção cilíndrica ( calculada através do diâmetro- DC):

Equação 3.

4 Qa
VC = П D C2

2.17.3 Concentrações volumétricas

As concentrações volumétricas são calculadas apartir do conhecimento prévio das concentrações


mássicas e das densidades do fluído e do material particulado, conforme mostram as equações a
seguir:

Equação 4.

1 1
Cva = ρs ó lidos 1 e Cvu = ρs ó lidos 1
ρl (
.
Cw a )
– 1 +1
ρl (.
Cw u )
– 1 +1

Nas quais o subscrito ‘’a’’ indica a corrente de alimentação e o subscrito ‘’u’’ indica a corrente
de underflow, Cv são concentrações volumétricaas de sólidos nas correntes; Cw são

43
concentrações mássicas de sólidos nas correntes; ρs ó lidosé a densidade dos sólidos e ρla
densidade do líquido.

2.17.4 Vazões volumétricas

As vazões volumétricas das correntes de underflow e alimentação são calculadas através das
concentrações mássicas, de acordo com as seguintes expressões:

Equação 5.

Wu Wa
Qu = ρu e Qa = ρa

em que o subscrito “a” indica a corrente de alimentação e o subscrito “u” indica a corrente de
underflow; Q são vazões volumétricas; Wsão vazões mássicas; ρ representam densidades, que são
obtidas pelas expressões a seguir;

equação 6

ρl ρl
ρa= 1−Cwa .(1−
ρl
) e ρu= 1−Cwu .(1−
ρl
)
ρ solidos ρ solidos

2.17.5 Razão de líquido (RL)

Segundo Silva ( 1989), no hidrociclone, parte da massa sólida não é separada devido somente a
acção centrífuga, pois o equipamento também age como um divisor do escoamento,tal com o
uma conexão “T” em tubulações, ou seja, a corrente inicialmente alimentada da origem as outras
correntes: do underflow e do overflow. A esse fenómeno dá-se a denominação de efeito “T”,
correlacionando-o directamente com a razão de líquido ( R L). A razão de líquido relaciona a
vazão volumétrica do fluído que sai na corrente de underflow com a que entra na corrente de
alimentação descontando as respectivas concentrações volumétricas, conforme apresentado na
sequência.

Equação 7.

Qu.(1−Cv u)
RL = Qa.(1−Cv a)
44
2.17.6 Eficiência total de separação ( η )

A eficiência total de separação (η) considera todos os sólidos coletados no underflow,


independente do modo como o hidrociclone esteja separando as partículas, seja pelo arraste que o
líquido proporciona ( efeito T), ou pela atuação efetiva do campo centrífugo. Desta forma, a
expressão para o cálculo da eficiência total de separação é obtida através do produto da
concentração mássica pela vazão mássica na corrente de underflow dividido pelo mesmo produto
na corrente de alimentação (CHU et al., 2002; VIEIRA, 2006), conforme apresentado na
equação.

Equação 8.

Cwu .Wu
η= Cwa . Wa

2.17.7 Eficiência de separação reduzida (η’)


A eficiência de separação reduzida (η ), por sua vez, considera apenas aqueles sólidos coletados
no underflow pelo efeito exclusivo do campo centrífugo (CHU et l., 2002; VIEIRA, 2006). Deste
modo, a influência da divisão de fluxo ( efeito T ) é desconhecida e subtraídada eficiência total

(η), como mostra a equação a seguir:

Equação 9.

η−R L
η ’= 1−R L

2.17.8 Eficiência granulométrica (G)

A eficiência granulométrica (G), também conhecida por eficiência por tamanho, é uma grandeza
relacionada ao poder de separação do hidrocilone em relação a um tamanho específico de
partícula e é tipificada com características de probabilidade. A curva de eficiência granulométrica
é também chamada curva de distribuição de probablilidade porque a curva é a probabilidade de
que partículas com certo tamanho possam ser separads na corrente de underflow apartir da
alimentação em um hidrociclone (CHU et al., 2004). Considerando os diferentes tamanhos de
partículas existentes na suspensão a ser tratada, a eficiência granulométrica pode ser relacionada
45
com a eficiência total (η) e com a variação dos tamanhos de partículas após a hidrociclonagem e
é obtida pelo produto da eficiência total pela relação entre a distribuição de frequência das
partículas das correntes de underflow pela corrente de alimentação.

Equação 10.

dXu
d (dp)
1. G = η dXa
d (dp)
2.17.9 Eficiência granulométrica reduzida (G’)

Assim como a eficiência total reduzida, a eficiência granulométrica reduzida é resultante apenas
da atuação do campo centrífugo aplicado na separação das partículas por tamanho. Logo, o efeito
da razão do líquido é também desconsiderado, como mostra a equação.

Equação 11.

G−RL
G’ = 1−RL

2.17.10 Diâmetro de corte (d50) e


diâmetro de corte reduzido (d50’)

O diâmetro de corte (d50) representa uma referência ao poder de classificação de hidrociclones.


De acordo com a curva de eficiência granulométrica, o tamanho de partícula relacionado a
eficiência granulométrica de 50% e um tamanho com 50% de probabilidade de ser separado, que
é denominado diâmetro de corte. Logo, partículas maiores que o diâmetro de corte terão maiores
probabilidades de serem coletadas com uma eficiência granulométrica superior a 50%; enquanto
as menores provavelmente serão coletadas com uma eficiência abaixo deste patamar.

O diâmetro de corte reduzido (d50’) é o diâmetro da partícula que e classificada com uma
eficiência granulométrica reduzida de 50%. Assim, da mesma forma que as variáveis reduzidas
supracitadas relacionam-se a processos nos quais se considera apenas a atuação do campo
centrífugo, o diâmetro de corte reduzido se relaciona so poder de classificação de um
hidrociclone nesta situação.

46
2.17.11 Nitidez de separação

Segundo Chu et al., (2004), a nitidez de separação ou nitidez de classificação depende da


inclinação da curva de eficiência granulométrica. Um modo bem comum de medi-lá é fazer a
razão entre dois tamanhos, correspondendo a dois diferentes percentuais (simétricos em tornode
50%) na curva de eficiência granulométrica ( SVAROVSKY, 2000). Quanto maior a nitidez de
separação, melhor a separação ou classificação do processo. Em seu trabalho, Chu et al. (2004)
definiram a nitidez de separação como H’ , sendo d30c e d70c depois diâmetros de partículas
(30/70)

correspondendo, respectivamente, a 30 e 70% na curva de eficiência granulométrica reduzida.

2.17.12 Medida da eficiência de classificação em hidrociclones

A eficiência de separação de partículas em um hidrociclone depende da geometria do mesmo, das


propriedades físicas do sólido e do fluído e das condições de operação (SILVA e MEDRONHO,
1988).

As curvas de partição são a melhor maneira de descrever o desempenho dos classificadores em


termos de separação de tamanhos ou recuperação dos sólidos. Elas permitem determinar a
percentagem de massa da alimentação, contida em cada classe de tamanhos, que é direcionada
para um dos produtos ( underflow ou overflow). Uma curva de distribuição típica é mostrada na
figura 16, sendo também denominada curva de distribuição, de desempenho, de seletividade, de
eficiência ou, ainda, curva de tromp.

47
Figure 16: Curvas de partição típicas de hidrociclones

Fonte: (TAVARES, 2005).

Uma característica presente em quase todos os classificadores é o curto-circuito, também


comumente chamado de by-pass, o qual corresponde à fração de partículas da alimentação que
não sofrem classificação e dirigem-se diretemente ao underflow (FRACHON E
CILLIERS,1999). O processo de classificação é representado pela curva de partição real e
corrigida, essa última obtida desprezando o efeito de curto-circuito ou by-pass

Porém, somente os valores de d50 e d50c não descrevem adequadamente a qualidade de separação,
uma vez que diferentes tipos de separações podem apresentar o mesmo valor de d 50 e d50ccomo
pode ser observado na figura17. Estudos, como o trabalho de (TERRA, 1938 e CHAVES, 1996),
sugeriram que a eficiência de classificação pode ser estimada pela seguinte relação;

48
Figure 17: Curvas de partição que descrevem a qualidade de separação.

Fonte: (TAVARES, 2005).


Observa-se ainda na realidade de qualquer que seja o processo de classificação, a curva de
partição não passa pela origem, apresentando o efeito de by-pass.

Por causa do efeito de by-pass discutido no item anterior, geralmente é desejável limitar
aproporção de água que reporta ao underflow a menos de 40 %, aproximadamente. A Tabela 4
apresenta a eficiência do equipamento com relação à percentagem de sólidosreportados no
underflow, podendo ser usada como um guia geral para evitar o problemado curto-circuito
(NAPIER-MUNN et al., 1996).
Table 4: Guia para evitar o problema do “Bypass”

% de água no Eficiência
Underflow
>50% muito pobre
40-50% Pobre
30-40% Razoável
20-30% Bom
10-20% Submetido pela densidade do
underflow e efeito de roping;
<10% Realizável somente com a válvula do underflow para
produzir o produto para transportar ou armazenar
Fonte: (NAPIER-MUNN, 1996).

2.18 Efeito da geometria e de variáveis operacionais no desempenho de hidrociclones

49
A operação de hidrociclones pode ser influenciada por inúmeras variáveis, como a geometria do
equipamento e até mesmo variáveis que podem ser controladas em operação. Em operações
industriais pouco se constatam alterações desses parâmetros, pois as variações podem implicar
em mudanças no projeto do equipamento. Entretanto os hidrociclones utilizados em escala piloto
permitem modificações de alguns parâmetros (SAMPAIO et al. 2007).

2.18.1 Geometria
Os parâmetros relacionados com sua geometria considerados importantes são os
seguintes:
 Diâmetro do hidrociclone;
 Área do inlet;
 Comprimento da seção cilíndrica e ângulo de cone;
 Diâmetro do vortex finder;
 Diâmetro do apex.

O diâmetro de corte é, na prática, determinado predominantemente pelas dimensões do


hidrociclone. Essas variáveis exercem maior influência no diâmetro de corte da classificação, e o
diâmetro interno da seção cilíndrica determina a capacidade do equipamento. A classificação
em granulometrias finas requer a utilização de hidrociclones com pequenos diâmetros. Assim,
quanto maior o diâmetro do hidrociclone, maior será o corte granulométrico da classificação,
porque esses equipamentos proporcionam menor aceleração às partículas, isto é, a força de
aceleração é inversamente proporcional ao diâmetro do hidrociclone.

A área do Inlet (AI) determina a velocidade de entrada e, consequentemente, a velocidade


tangencial, que também varia com o raio da seção cilíndrica. No dimensionamento do
hidrociclone é comum usar, para cálculo da área do inlet (AI) de um hidrociclone com diâmetro
D, a seguinte equação:
Equação 12.
(AI ) = 0,05D2
O comprimento da seção cilíndrica e ângulo de cone são os parâmetros que afetam o tempo de
residência da polpa no hidrociclone. É comum, o uso do comprimento da seção cilíndrica Lc

50
igual ao seu diâmetro Dc. O aumento de Lc eleva o tempo de residência e, em conseqüência, se
obtém uma classificação mais fina.
Para um hidrociclone com seção cilíndrica de diâmetro fixo, a diminuição do ângulo da seção
cônica aumenta o comprimento da seção cilíndrica, induzindo um aumento do tempo de
residência. Nesse caso, a classificação também será mais fina.
O diâmetro do vortex finder situa-se entre 35 e 40 % do diâmetro interno do hidrociclone,
entretanto não se trata de uma regra absoluta. As dimensões deste
parâmetro exercem uma influência significativa sobre a:
 eficiência da classificação e capacidade (kg/h) do hidrociclone;
 pressão, cujo valor pode reduzir ou aumentar.
O comprimento do vortex finder deve ser suficiente para que sua base seja horizontalmente
posicionada abaixo do injetor. Desse modo, evita-se curto-circuito de partículas, isto é, passagem
direta das partículas ao overflow, sem sofrer classificação.
Frequentemente, os hidrociclones pequenos, com diâmetros menores que 250 mm, usados nos
estudos em escala piloto, possuem o ângulo do cone da ordem de 120, enquanto os maiores
possuem um ângulo de, aproximadamente, 200.
É aconselhável que o apex, ponto de maior desgaste do equipamento, possua um diâmetro menor
que um quarto do diâmetro do vortex finder.
O aumento do diâmetro do apex diminui o diâmetro de classificação. A relação inversa é mais
limitada, pois as partículas maiores só podem ser descarregadas pelo apex. Se o diâmetro do
apexfor muito pequeno, deverá ocorrer um acúmulo de material grosso nocone, aguardando a sua
descarga. Conseqüentemente, partículas que já foram rejeitadaspelo vortex finder podem retornar
e serão descarregadas, o que aumentará o diâmetro daclassificação granulométrica.
Quando a operação resulta na descarga do underflow, segundo o formato de cordão (roping),
denota uma sobrecarga do apex com partículas grossas ou, de modoinadvertido, seu
estrangulamento. Nesta situação, essas partículas são forçadas a sairpelo overflow, prejudicando,
de forma expressiva, a eficiência da classificação. Por outro lado, a descarga em forma de
guarda-chuva é característica de um apex muitoaberto. Finalmente, o operador percebe a
operação eficiente do hidrociclone, quando ounderflow descarrega na forma de um cone de
ângulo pequeno, ou chuveiro, que é aposição adequada à classificação perfeita. As três situações
podem ser observadas nafigura 18.

51
Figure 18: Esquema das três formas de descarga do underflow no hidrociclone

(SAMPAIO et al. 2007).

A descarga do underflow segundo o formato de cordão (roping) ou guarda – chuvainfluencia de


forma negativa a eficiência de corte em hidrociclones e principalmente ocurto-circuito ou bypass.
A descarga em forma de cordão é observada quando adensidade do underflow é elevada. Já a
descarga de guarda-chuva é encontrada em polpas excessivamente diluídas. Através de estudo
realizados por (PLITT et. al., 1987).

2.18.2 Variáveis operacionais


As variáveis operacionais são aquelas que podem ser manipuladas, alterando-as por razões
diversas. Aquelas mais importantes para operação de hidrociclones são as seguintes:
 Percentagem de sólido na alimentação;
 Distribuição granulométrica do minério;
 Formas das partículas na alimentação;
 Pressão de alimentação;
 Viscosidade e densidade da polpa;
 Separação dos fluidos e densidades dos produtos
 Capacidade do hidrociclone

52
O aumento da percentagem de sólidos na alimentação tende a aumentar o diâmetro de corte.
Logo, quanto maior o valor desta variável, as partículas mais grossas enfrentarão mais obstáculos
para atravessar a zona de partículas mais finas e decantam na zona de centrifugação.
A distribuição granulométrica do minério determina a relação entre a fração retida e a passante na
malha de classificação, ou seja, os sólidos residuais no overflow, que influenciarão no diâmetro
de classificação. Quanto maior for a quantidade de lamas na alimentação, mais viscosa será a
polpa e, consequentemente maior será o diâmetro de classificação.
A pressão da alimentação é uma variável que deve-se reservar um certo cuidado com o aumento
da pressão na alimentação do hidrociclone, por diversas razões. Na prática, aumenta-se a pressão
quando a velocidade de rotação (rpm) da bomba é elevada. O aumento da pressão provoca um
acréscimo na capacidade (kg/h) do hidrociclone, que implica no aumento da velocidade
tangencial e, que por consequência, estende o mesmo efeito à velocidade angular. O resultado é
um campo centrífugo com maior intensidade.
Portanto, prover maior valor à pressão de alimentação significa oferecer maior chance de
decantação centrífuga às partículas menores, diminuindo o diâmetro de corte (SAMPAIO et al.
2007).

53
3 METODOLOGIA DE REALIZAÇÃO DO TRABALHO

Em virtude com as análises concernentes a temática proposta, serão pautados na investigação do


tema para delimitação de óptimos resultados com vista a trazer melhorias para o mundo
académico e científico.O trabalho apresentado é resultado de uma pesquisa de campo e ao mesmo
tempo experimental, suportada por consultas bibliográficas, entrevistas, observações bem como
consulta de alguns documentos da empresa.A metodologia empregada no trabalho em questão
envolveu amostragem, preparação, caracterização da amostra e execução dos testes tecnológicos.
Realçar alguns conteúdos para a realização do trabalho basear-se-á nas seguintes etapas:

 Trabalhos de campo
 Análises de laboratório
 Pesquisas bibliográficas
 Trabalho de escritório

Desta forma o trabalho foi resultado de uma investigação de campo na usina de beneficiamento
da ICVL – Tete, suportadas por análises laboratoriais das amostras que serão colhidas e
trabalhadas para o teste.

O trabalho de escritório consistirá no processamento de dados, organização e síntese dos


resultados a obter.

As amostras utilizada no presente trabalho provém da usina de beneiciamento do carvão mineral,


de Fabrica ( ICVL ), situada em Benga, Minas de Moatize, provincia de Tete, tendo sido oriundo
de ensaios laboratoriais BUREAU VERITAS á este da cidade de tete.

3.1 Trabalhos de campo


A observação do campo e uma técnica de colecta de dados para conseguir informações
utilizando os sentidos na obtenção de determinados aspectos de realidade. Não consiste apenas
em ver, eouvir, mas também de examinar factos ou fenómenos que se deseja analisar
(MARCONI &LAKATOS, 2008).

A observação ajuda o pesquisador a identificação e obtenção de provas a respeito de


objectivossobre os quais os indivíduos não têm consciência, tem como objectivo registar e

54
acumular informações, ela deve ser controlada e sistemática, possibilitando um contacto pessoal e
estreito do investigador com o fenómeno pesquisado.

3.2 Análises de laboratório

A pesquisa de laboratorio é um procedimento de investigação mais difícil, porem mais ixacto. Ela
descreve e analisa o que será ou ocorrerá em situações controladas. Exige instrumental
específico, preciso, e ambientes adequados. O objectivo da pesquisade laboratório depende
daquilo que se propôs alcançar, deve ser previamente estabelecido e relacionado com
determinada ciência ou ramo de estudo ( BEST, 1972 ).

3.3 Pesquisas bibliográficas

Para Manzo (1971), a bibliografia pertinente "oferece meios para definir, resolver, não somente
problemas já conhecidos, como também explorar novas áreas onde os problemas não se
cristalizaram suficientemente" e tem por objectivos permitir ao cientista "o reforço paralelo na
análise de suas pesquisas ou manipulação de suas informações" Esta fase consistiu na aquisição
e recolha de todo material necessário para a concretização do trabalho incluindo a revisão
bibliográfica através da leitura de obras, relatórios artigos publicados, mapas geológicos.

55
4 APRESENTAÇÃO, ANÁLISE E INTERPRETAÇÃO DOS DADOS
4.1 Fluxograma da região do estudo

Neste capítulo são apresentados e discutidos os resultados dos estudos realizados.

Primeiramente são apresentados os resultados das análises sob pontos de fluxograma da região do
estudo, mineralógicas egranulométrica da amostra global. E finalmente são discutidos a
hidrociclonagem, a modelagem e o desempenho do equipamento.

Figure 19: Circuito do carvão fino

Fonte: RTCM Benga Project, Trainee Manual ( ICVL )

4.2 Alimentação do Hidrociclone de Deslamagem (Disliming Cyclone)

A alimentação e feita pelas peneiras vibratórias de deslamagem (Ensaios de Hidrociclonagem)

56
Imagem 1: Hidrociclones usados na planta. ( ICVL )

Fonte: O autor, ICVL 2015.

Para realização dos ensaios de hidrociclonagem foi utilizada uma bancada de ensaio, em circuito
fechado, com o objetivo de permitir a realização de ensaios de classificação com hidrociclones de
acordo com as suas especificações.

Imagem 2: Interior do hidrociclone de deslamagem.

Fonte: O autor, ICVL 2015.

57
Na separação e classificação em hidrociclone de dislamegem da planta da ICVL classifica o
material em finos e ultrafinos onde por sua vez os finos para as peneiras fixas ( Sieve Bends ) e
ultrafinos para flotação ( flotation jameson cell ).

O material em estudo e o disperso na parte superficial da planta de beneficiamento do carvão da


ICVL, visto que milhares e milhares de toneladas perdem-se para o rejeito durante o seu
processamento. Porém como ilustram as imagens 1 e 2 abaixo:

Imagem 3: Carvão mineral disperso no floor

Fonte: O autor, ICVL

A Engenharia e muito vasta mas porém são bem vindos os pontos de vista em qualquer sector
indústrial e empresarial de baixos custos, lucros extraordinarios, e uma vida útel bastante longa e
remunerravel. Todavia como as imagens ilustram, as perdas devem-se ao transbordo dos tanques
de flotação (flotation feed sump) e o producto dos finos ( fine product ).

Porém o método que o Autor propõe e de desviar o bombeamento do material disperso na


superficíe da planta, isto e., além de alimentar o reject coal dewater screen passa a alimentar o
disliming cyclone feed sump pois além de apresentar baixos custos, maior vida útel e rendimento
extraordinario este e o único equipamento na indústria de beneficiamento da ICVL favorável que
pode classificar incondicionalmente o material disperdiçado obtendo um produto limpo e com
especificações desejadas do mercado.

58
Imagem 4: Bomba do carvão fino e ultrafino.

Fonte: planta de processamento, ICVL

Sendo necessárias as alteraçães geométricas com vista a remodelar a planta para a posterior
classificação foram colhidas algumas amostras e dados que auxiliaram no sustentamento e
suporte do autor de modo a trazer melhorias na sociedade, no mercado do carvão mineral, a
propria entidade empresarial, aos trabalhadores garantindo longos anos de vida com o emprego e
a Engenharia na comissão científica. Apresentam-se no capitulo asseguir uma breve analise de
dados e discursão da matéria.

59
4.3 Resumos de dados operacionais e objectivos da planta

Table 5: Resumos de dados operacionais e objectivos da planta,

Plano Objectivos

C & E seam D seam

Alimentação da planta 8000 7500

Produto coque 2800 1500

Produto térmico 800 750

alimentação ≤ 34.9 ≤ 45.09

cinzas coque 13.3/ ± 2

termico 28/ ± 2

Recuperação Coque 35 20

Térmico 10 10

Alimentação por hora 800 t/h 750 t/h

Horas do funcionamento da planta ≥ 20

Densidade do underflow do espessador 1.15 – 1.2

Uso da água bruta ≤ 30 %

Fonte: RTCM Benga Project, Trainee Manual ( ICVL ).


4.4 Análise de Cinza (Ash)
Na análise de cinza é extremamente importante primeiro verificar as balanças, depois de
controlar, são pesados e analisados as amostras de verificação que são (SABS008D; ROUND
RUBEN, estas e as amostras vindas das minas ou de salas de preparação devem ser pesados
sempre em duplo para que o resultado reflita a confiabilidade através da repetibilidade entre os
dois cadinhos com mesmas amostras. esses resultados são obtidos depois das amostras passarem
por um forno com temperaturas no mínimo 680℃ e no máximo 700℃, com uma margem de erro
de±20℃ durante 3 horas, o forno dispara e começa a reduzir a temperatura, isto é o controle do
forno é automático, tira se as amostras deixa se arrefecer em temperatura do ambiente, depois
60
pesa se a massa final e lança se no LIMS, caso o resultado estiver fora dos parâmetro
estabelecido e fora da repetibilidade é conveniente que o analista faça um estudo para ver onde
foi gerado o erro e como eliminar o mesmo, implicando desde modo, fazer novamente toda
analise, com o conhecimento do supervisor obedecendo o princípio e reforçar o cuidado e criando
condições para obtenção de resultado confiável.

Imagem 5: Fornos usados para analise de Cinza

Fonte:O autor, loboratorio de moçambiquebureau veritas 2015

4.5 Análises Imediatas


NA sala de análises imediatas compreende a determinação de Humidade (Moisture); cinza (ash);
Material Volátil (MV) e poder calorífico (GCV) do carvão mineral, com objectivo de conhecer os
parâmetros para classificar, fornecer bases para a comercialização assim como avaliar o
beneficamente do carvão mineral, e tudo deve ser feito segundo os procedimentos estabelecidos
garantido a qualidade e resultados confiáveis. ”É de salientar que todas análises devem ser
realizadas na base seca segundo o Certificado usado no Laboratório’’.

Para análise de Cinza (ASH) são usados cadinhos de cerâmica e as temperaturas variam de
680℃a700℃, onde a margem de erro é±20℃;

4.6 Resultados de teor de cinzas do laboratório

61
Table 6: Resultados de teor de cinzas ( Ash )

RESULTADOS DE TEOR DE CINZAS DO LABORATÓRIO

Amostragem fixada em 2 horas

Tempo Alimenta Coque Grosso Teor de Alimentação Rejeito Produto Alimentaç Rejeito da Produto %da % da
ção do cinzas do reflax do dos ão da flotação da produ
produç
coque do reflax finos flotaçÃo flotação ção
térmico do ão do
coque
termico

(5-7)h 29.9 10.6 12.9 24.9 11.9 53.2 11.1 36.7 44.3 6.2 33% 16
%

(7-9)h 31 11.2 11.8 11.4 5.5 36% 11


%

(9-11)h 27.1 12.1 13.8 26 15.3 43 11.4 42.2 49.9 7 38% 11


%

(11-13)h 29 12.3 16.3 10.4 41% 12


%

(13-15)h 31 12.5 15.6 27.2 38.3 47.7 9.2 14.9 29.8 7.1 41% 11
%

(15-17)h 36 12 15.9 10.2 6.4 40% 10


%

(17-19)h 35.5 11.9 15.1 28.2 25.3 53 10.2 28.2 48.3 6.9 46% 5%

(19-21)h 28.7 14 16.6 12.5 7.5 41% 6%

(21-23)h 29.6 13.9 16.9 28.1 29.4 51.5 12.2 27.6 50.9 8.5 41% 3%

(23-01)h 27.9 13.9 10.6 12.4 7.9 28% 3%

(01-3)h 26% 5%

62
(3-5)h 0% 0%

Average 30.6 12.4 26.9 24 49.7 11.1 29.9 44.6 7.1 37% 9%

Fonte: loboratorio de Moçambique bureau veritas .

4.7 Circuit Ashes

Circuit Ashes
20
15
11.4 11.4 12.5 12.2 12.4
10 11.1 10.4 10.2 10.2
9.2 9.5
5
0

#REF! Coking
Coarse Coking Flotation Product Fines Product

grafico 1: Circito das cinzas

Fonte: O autor, 2016

4.8 Demostração comparativa de teor de cinzas e rendimendo( lucro ) do carvão mineral

Table 7: demostração comparativa de teor de cinzas e rendimendo( lucro ) do carvão mineral

YIELD BY ASH
Times Plant REFLUX CLASSIFIER FLOTATION CELL
Feed Reflu Produ Rejec Reflu Reflux Flotatio Produ Rejec Flotat Flota
Ash x ct t x Combusti n Feed ct t ion tion
Feed Yield ble Yield Com
Recovery busti
ble
63
Reco
very

5:00 30.5 11.9 11.3 53.2 98% 99% 36.7 5.9 44.3 20% 29%

9:00 28.1 15.3 10.9 43.0 86% 91% 42.2 7.1 49.9 18% 29%

13:00 33.5 38.3 9.7 47.7 25% 36% 14.9 6.7 29.8 64% 71%

17:00 32.1 25.3 11.4 53.0 67% 79% 28.2 8.0 48.3 50% 64%

21:00 28.8 29.4 12.3 51.5 56% 70% 27.6 8.0 50.9 54% 69%

1:00 28.2 16.6 9.5 56.3 85% 92% 33.8 8.5 33.8 0% 0%

Fonte: RTCM Benga Project, Trainee Manual ( ICVL ), O Autor 2015

Yield by ash

64
1200% 45.0
42.2
40.0
1000% 36.7
33.8 35.0
800% 30.0
28.2 27.6
25.0
600%
20.0
400% 14.9 15.0
10.0
200%
5.0
0% -
0 1 2 3 4 5 6 7

#REF! #REF!
Flotation Yield Flotation Combustible Recovery
Reflux Feed Flotation Feed

grafico 2: Yield by ash

Fonte : O autor, 2016

Em conformidade com razões diversas o plano que apresenta a tabela 4, nem sempre consegue-se
almejar mas porém ha vezes que passam as metas e ha vezes que não chega por razões diversas
como: paragens da planta por corte de energia, ávarias mecânicas, sistematicas em fim. A seleção
dos dados a seguir foi durante o tempo em realização do estágio profissional e constatou-se que.

4.9 Amostragem de um dia útel de produção ( amostragem selectiva )

Table 8:Amostragem de um dia útel de produção, Fonte: O Autor, 2015.

BALANCING
Plant Feed
Coking Coal (ton) Thermal (ton)
(ton)
Day 7392 2825 882
Night 5,596 2,044 231
24 Hrs 12988 4869 1,113

800 t ------------- 100%

882 t ------------- thermal coal


65
882t∗100 %
Thermal coal = = 110.25 %
800t

Do carvão que é alimentado na planta 92,4 % do coque, isto e, nao ha razões de queixa na mina
talvez advertir para mudanças de planos de modo a aumentar a produção porque mesmo com o
carvão térmico as metas tem se atingido e passado, o que quer dizer que se se, trabalhar mas pode
se crescer na produção.

thermal

used
not used

coking coal

0% 10% 20% 30% 40% 50% 60% 70% 80% 90% 100%

grafico 3: balanço de carvão na planta

Fonte: O autor

Segundoos dados revelam que na produção a empresa so consegue aproveitar 38% do carvão
mais exigido e comprado no mercado (coking coal) alimentado na indústria cosequentimente,
outro material fica disperso e perde-se durante o seu processamento. Porém a Engenharia por sua
vez vem por este meio estabilizar o processamento, rendimento e garantir metodos eficazes.

4.10 Recuperação actual da empresa

66
Table 9: recuperação actual da empresa.

YIELD
Coking Thermal
Day 38% 12%
Night 37% 4%
Total 38% 8%

cokingproduct t h ermalproduct
Coking yield = * 100% Thermal yield = * 100%
totalplantfeed totalplantfeed

2825 882
Coking yield = * 100% = 38% Coking yield = * 100% = 12%
7392 7392

Sob ponto de vista economico, conclui-se que muito carvão e depositado na barragem de rejeito e
cosequentimente torna-se um prejuizo, não so com a empresa mas tambem com a sociedade no o
alargamento da barragem do rejeito, futuras gerações moçambicana no ambito de ma gerencia
dos recursos minerais. Embora salientem alguns estudos que o carvão da região em estudo
apresenta altas e boas qualidades.

Thermal

used
not used
Coking

0% 10% 20% 30% 40% 50% 60% 70% 80% 90% 100%

grafico 4: Balanço do carvão recuperado

Fonte: O autor

4.11 Variação de teor de cinzas no produto dos grossos, finos e ultrafinos

67
Table 10: variação de teor de cinzas no produto dos grossos, finos e ultrafinos. Fonte: O Autor, 2015.

ASH PRODUCT

Coarse Fines Flotation


Day 14.4 10.6 6.5
Night 15.0 11.4 8.1
24 Hrs 14.7 11.0 7.2

4.12 Avaliação do desempenho do hidrociclone ( disliming cyclone )

Os dados do hidrociclone oferecidos pela empresa de fabrico mench australlian conciliando com
o balanço massico apresentado na figura 8, pode-se observar que:
DADOS
balanço de massa:
Nr de hidrociclones: 3
feed overflow
Diametro do hidrociclone: 900mm
80 650 14 72
Pressão: 102 kpa
12.3 570 19.4 58
d50: 1mm
velocidade da polpa: 2.8 m/s
estrutura da tabela underflow

66 578

Alimentação Polpa 11.4 512


em (t/h) em(t/h)
Calculo da recuperação:
Percentage Vazão da
m de agua em Situação planejada
solidos(%) (m3/h
C 66
R= = = 82.5%
A 80

A pressão geralmente usado no durante o processamento, na ICVL em hidrociclones de


deslamagem varia de ( 60 – 70 )kpa logo não havendo necessidades de se redimensionar o
equipamento sendo este útel, pois apresenta o limite igual a 102kpa.

68
Consumo energético (usando aequação 2 ):

Situação planeada ou dimensionada:

∆ P∗2 102000∗2
Eu = = = 26,0204 J * 3 = 78,0612 J
ρagua∗Vc 2 1000∗7.84

Situação actual:

∆ P∗2 ( 70−60 )∗1000∗2


Eu = = = 16, 5816 J * 3 = 49,7448 J
ρagua∗Vc 2 1000∗7.84

Sob ponto de vista superficial, usando a recuperação e o consumoenergético e possivel avaliar


– se o funcionamento e a recuperacao feita em dias uteis de trabalho fazendo:

66 t / h -------------- 102 kpa

X -------------------- 65 kpa

C
X = 42.0588 t / h &R = .
A

42.0588
logo: = 52.5735 %
80

Com o estudo em causa, a empresa pode ser sugerida a mudar o plano de produção devido ao
aumento subito do rendimento, porém:

De uma forma resumida podemos agrupara as informações primordiais da avaliação do sistema


por meio de cálculos de como optimizar a classificação e recuperação do minério de carvão em
hidrociclones de deslamagem:

Table 11: proposta do trabalho em estudo.

Alimentação da planta & produção


Plano Actual Proposto
planta 8000 t / h 7392 t / h ˃ 10000 t / h
coque 2800 t / h 2825 t / h ˃ 3000 t / h
térmico 800 t / h 882 t / h ˃ 900 t / h

69
Desempenho do hidrociclone
Capacidade de 82,5% 42,058 % ˃˃ 42,058 %
recuperação
Recuperação / produção
coque 35 % 38 % ˃˃ 38 %
O carvão térmico termina no circuito dos grossos e este não e tão procurado no mercado
internacional comparado ao coque razão que a sua recuperação mantem, e trabalha-se com o
mais exigido.

70
5 CONCLUSÕES E RECOMENDAÇÕES
5.1 Conclusões

Em conformidade com objectivo traçado no âmbito do presente trabalho de conclusão de curso (


Monografia ), e de acordo com os trabalhos realizados na usina de beneficiamento do carvão
mineral, e em sectores consubstânciados a ICVL coal Mozambique em Benga, Minas de Moatize,
olhando para os dados,suas discussões e analises, conclui-se que:

É possivel permitir a adopção de metodos de exploração mais selectivo, podendo os minérios


serem tratados sob boas condições de recuperação e baixo custo apartir dos hidrociclones;

O tratamento desse material poderá ser de extrema importância e vantajoso, pois permitira
a redução de espaço físico que o mesma demanda, aumentando a vida útil da barragem ou ainda o
seu reaproveitamento;

O planejamento empresarial precisa adoptar melhorias podendo ate encarnar em aumentar o


padrão produtivo com vista a aumentar o crecimento emprersarial,

A hidrociclonagem pode trazer uma produção súbita tendo enormes vantagens por acarretarem
baixos custos e optimos em processamento,

O uso do hidrociclone com as condições vitais da empresa não tem sido devidamente visto que
ela só produz 52, 57% enquanto estabelece condições de chegar a 82,5%, porém precisa-se
subsidiar com o material colectado no floor para o devido uso do mesmo,

A planta perde quantidades consideráveis durante o seu processamento ao rejeito, portanto o


autor baseou-se na criação de mecanismos para a recuperação máxima na planta usando o
hidrociclone.

A dimensionar o equipamento da flotação para a recuperação ou reflotação do rejeito de flotação


e estabelecer em especificações do teor exigidas pela empresa pois as amostras laboratoriais
mostram pequenas diferenças nos mesmos;

71
5.2 Recomendações

Perante situações de ponto de vista técnico e gerais enfrentadas no terreno durante o período de
práticas profissionais realizadas no departamento da CHPP, planta de processamento do carvão
mineral na empresa ICVL, o autor é obrigado a tirar suas ilações de carácter técnico, com vista a
desenvolver suas competências e evoluir a produção da empresa em condições seguras para o
desenvolvimento cada vez mais desejável e deste modo tornar o meio ambiente saudável, uma
vez que o Homem nas suas actividades deve pautar sempre pelo uso racional dos recursos de que
dispõe.

Nestes termos, recomenda-se:

Que as bandas transportadoras ( conveyor – belt ) excepto a 701 ( reject conveyor ) da planta de
beneficiamento do CHPP da ICVL – Minas de Moatize – Benga, tenham no mínimo 1.5metros de
altura de modo a dinamizar o processamento do carvão mineral na usína, proporcionando menos
riscos de rupturas e desgastes nas conveyors, assim favorecendo a contenção ou minimização de
gastos de água na remoção do spilleg;

Recomenda-se que se faça uma caracterização tecnológica do carvão a ser flotado,


(flotation feed) de forma a fornecer subsídios suficientes para a optimização do rendimento
do circuito de flotação podendo assim que se instalem células de flotação associadas as
existentes para permitir estágios de limpezas e maximizar o rendimento do circuito pois as
amostras laboratoriais mostram pequenas diferenças nos mesmos chegando a atingir um ash (22-
30)%;

Adoptar set points para o Reflax classifier (classificador dos finos) de modo a estabelecer uma
recuperação máxima do seu produto cujo em algumas ocasiões tem se descarregado quantidades
do carvão com especificações desejadas para a desaguadora (fine coal reject dewatering screen );

72
6 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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