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Tete, 2016
ALOISO ARMANDO MACUCULE
TETE, 2016
Declaração
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Tete, 2016
i
LISTA DE SIMBOLO TDM – telefones de As- Arsénio
moçambique
Ba-Bário
Km- Kilometros
mm- Melimetros
ii
AGRADECIMENTOS
Em primeiro lugar agradece a DEUS omnipotente realizador de todos sonhos, criador de todas
coisas visíveis e invisíveis que acompanhou todos meus passos deste o começo da minha
vida, minha carreira estudantíl entre outros!Aos Pais Armando Ernesto Macucule e Rosa
Miguel Ndava Macucule vai a palavra deAgradecimento e de apreço pelo apoio e esforço que
desprenderam,não só para criar condições para que eu tivesse uma boa formação académica,
mas tambémpara que eu me tornasse na pessoa que sou hoje, que DEUS multiplique os
vossos anos de vida, realize os vossos sonhos e vos encham de benções ʺEu vos amo tanto e
voces são o meu sucesso, o caminho e a verdade´´!Agradece ao Engenheiro Neves Jemusse
supervisor deste trabalho de conclusão de curso pela disponibilidade em orientar-me na
realização deste trabalho com total dedicação e simpatia ´´um abraço´´. Ao Engenheiro
Marcos Djinja pelo apoio incansável, irmanidade, companheirismo e o sucesso desta
monografia desde os pontos de vista em conformidade a melhorias ate o sucesso final, a ti um
forte abraço. Ao Nelson Zimila, vao os cincerros votos de gratidão.
Ao senhor Vasco Fernando, pelo apoio incansável, pela força que me deu na luta e procura do
estágio profissional junto ao Engenheiro Jaime Miambo pelas dicas na realização do trabalho,
por ter sido um orientador paciente e amigo e também na contribuição solidária e infinita na
conduta exequível para o estagio profissional. Vocês tornaram o meu rizo no quotidiano.
Agradece ao tio Acácio Alberto Mondlane, amigo, companheiro de guerra, desde a recepção a
entrada em sua morada até para sempre, pela força, apoio, dedicação e tudo que tem me
ajudado continue assim. Um forte abraço.
Minha namorada Nichola Francisco Covane pela incansável dedicação moral,
companheirismo, apoio, um forte abraço e DEUS guie-te em verdade e felecidades.
Um forte abraço ao pessoal da ICVL pela oportunidade no desenvolvimento e consolidação
das teorias em praticas que me concederam sob realização do estágio profissional. Meu
obrigado ao Engenheiro Octávio Rareque por ter sido presente, instrutor e severo durante o
estágio em reuniões, conselhos, debates o que realmente tornou-me um novo homem e
preparado para as demais batalhas, pela prontidão e disponibilidade. Á todos os docentes,
funcionários, colegas e amigos do ISPT e de outros lugares comungados em confraternidade e
não só, amigos que comigo conviveram durante os anos da minha formação, vai um abraço de
imensa gratidão.
iii
DEDICATÓRIA
A DEUS, que guiou meus passos para a conquista de mais esta etapa, este trabalho à minha
família com amor, admiração, gratidão, carinho, presença e incansável apoio ao longo do período
de elaboração desta monografia. A minha filha Winnie da Táfiny Aloiso Macucule vão as minhas
calorosas e melhores oferendas.
iv
EPÍGRAFE
LISTA DE FIGURAS
Figure 1: Localização geográfica do distrito de Moatize.................................................................6
v
Figure 2: Polígono irregular demonstrando a área em estudo (benga).............................................6
Figure 3: Mapa: Vias de acesso e de comunicação da região de estudo..........................................7
Figure 4:Esboço geologico da região de Moatize, ( L. Vasconcelos, 2005 ).................................14
Figure 5: Representação da Geologia da área de Tete-Moatize com os pontos de amostragem nas
camadas André, Grande Falésia e Sousa Pinto..............................................................................17
Figure 6: tipos de carvao, reservas e usos......................................................................................19
Figure 7: Frações sólidas obtidas em um peneiramento (modificado em 2015)............................23
Figure 8 :Diagrama de um processo de concentração....................................................................26
Figure 9: representação geral do mecanismo de funcionamento de um classificador..................30
Figure 10: Esquema típico de um hidrociclone e suas dimensões.................................................36
Figure 11: Esquema do escoamento interno de um hidrociclone...................................................38
Figure 12: Perfil de velocidade tangencial no interior do hidrociclone.........................................39
Figure 13: Perfil de velocidade radial no interior do hidrociclone.................................................40
Figure 14: Perfil de velocidade Vertical ou Axial no interior do hidrociclone..............................41
Figure 15: Local de velocidade vertical zero.................................................................................42
Figure 16: Curvas de partição típicas de hidrociclones..................................................................49
Figure 17: Curvas de partição que descrevem a qualidade de separação.......................................50
Figure 18: Esquema das três formas de descarga do underflow no hidrociclone..........................53
Figure 19: Circuito do carvão fino.................................................................................................57
LISTA DE TABELAS
Table 1: Minerais mais frequentes no carvão.................................................................................13
vi
Table 2 : As seis camadas de carvão da Série Produtiva de Moatize e suas características gerais.
........................................................................................................................................................15
Table 3: Relações geométricas de famlias de hidrociclone............................................................34
Table 4: Guia para evitar o problema do “Bypass”........................................................................50
Table 5: Resumos de dados operacionais e objectivos da planta,..................................................61
Table 6: Resultados de teor de cinzas ( Ash )................................................................................63
Table 7: demostração comparativa de teor de cinzas e rendimendo( lucro ) do carvão mineral. . .65
Table 8:Amostragem de um dia útel de produção, Fonte: O Autor, 2015.....................................66
Table 9: recuperação actual da empresa.........................................................................................68
Table 10: variação de teor de cinzas no produto dos grossos, finos e ultrafinos. Fonte: O Autor,
2015................................................................................................................................................69
Table 11: proposta do trabalho em estudo......................................................................................71
LISTA DE IMAGENS
Imagem 1: Hidrociclones usados na planta. ( ICVL )....................................................................58
Imagem 2: Interior do hidrociclone de deslamagem......................................................................58
Imagem 3: Carvão mineral disperso no floor.................................................................................59
Imagem 4: Bomba do carvão fino e ultrafino.................................................................................60
Imagem 5: Fornos usados para analise de Cinza............................................................................62
LISTA DE GRAFICOS
grafico 1: Circito das cinzas...........................................................................................................64
grafico 2: Yield by ash...................................................................................................................66
grafico 3: balanço de carvão na planta...........................................................................................67
grafico 4: Balanço do carvão recuperado.......................................................................................68
RESUMO
Por apresentar baixo custo, estrutura simples, considerável capacidade de processamento, grande
versatilidade, e capacidade de classificar minérios em amplas faixas de tamanhos incluindo – se a
vii
separação de particulas ultrafinas, os hidrociclones estão presente em diversas áreas além da
indústria mínero – metalúrgica, como por exemplo, as indústrias de petróleo, alimentíca e
cerâmica. Os hidrociclones são equipamentos muito utilizados para separação de partículas
dispersas (líquidas ou sólidas) de uma fase líquida contínua. O presente trabalho teve objectivo
de optimizar, recuperar, avaliar e classificar o minério de carvão disperso na planta de
beneficiamento em conformidades com as especificações estabelecidas e exigidas pela empresa.
Porém estes estudos são realizados apartir de curvas de partição e modelos empíricos, que por
conseguinte as alterações são feitas com o objectivo único e fundamental de aumentar a produção
e rendimento económico empresarial, onde por sua vez verificam – se perdas consideráveis do
produto para o rejeito apartir do seu bombeamento ao fine coal reject dewatering screen. Antes
porém o autor dá a proposta de recuperar para alimentador do hidrociclone de deslamagem e
subsequentemente ser classificado.
Este estudo, baseou – se na simulação em laboratório, onde para tal, na planta de processamento
mineral foram colhidas amostras nas reservas de alimentação do produto (material) em questão
para finalmente o seu devido estudo.
viii
ABSTRACT
The hidrocyclone present low cost, simple structure, considerable suspension of processing
capacity, small size, versatility, and ability to sort minerals in wide ranges of sizes including the
separation of ultrafine particles, hydrocyclones also they are present in several areas beyond
industry mining - metals, such as the petroleum,ceramics and so on. The hydrocyclones are
equipment widely used for the separation of dispersed particles (liquid or solid) of a continuous
liquid phase. This research was aim to optimize, recovery, evaluate and rank the dispersed coal
ore in the beneficiation plant in compliance with established specifications and required by the
company. But these studies are carried out starting from partition and empirical models curves,
which however changes are made with the fundamental objective of increasing production and
corporate economic performance, which in turn check, Considerable product are be lost to the
reject fine coal dewatering screen. So the Author give the proposal to centralize (model) draining
the product todesliming hydrocyclone feeder tank, so to subsequently be classified.
The poor performance and inefficiency of thedesliming hydrocyclone can contribute to the non-
viability of the process under study, so that there is need to optimize their geometrical
characteristics thus theories are supported in virtue to maximize production and ensure a smooth
functioning.
This study, was based in the simulation lab, where to do so, the mineral separation plant samples
were collected on the product power reserves in the floor (material) as well as the question to
finally their proper study.
ix
ÍNDICE
Declaração.........................................................................................................................................i
LISTA DE SIMBOLO..................................................................................................................ii
EPÍGRAFE...................................................................................................................................v
LISTA DE FIGURAS..................................................................................................................vi
LISTA DE TABELAS................................................................................................................vii
LISTA DE IMAGENS...................................................................................................................vii
LISTA DE GRAFICOS..............................................................................................................vii
RESUMO......................................................................................................................................viii
ABSTRACT....................................................................................................................................ix
1. INTRODUÇÃO.....................................................................................................................1
1.1. Formulação do problema................................................................................................2
1.2 Justificativa....................................................................................................................3
1.3 Objectivos:..........................................................................................................................3
1.3.1 Objectivo geral:.......................................................................................................................3
1.3.2 Objectivos específicos....................................................................................................4
1.4 Hipóteses........................................................................................................................4
1.5 Caracteristicas gerais da área de estudo.........................................................................5
1.5.1 Localização, Superfície..............................................................................................5
1.5.2 População...................................................................................................................7
1.5.3 Vias de Acesso e Comunicação..................................................................................7
1.5.4 Actividades Sócio – Económicas...............................................................................7
1.6 Aspectos fisiográficosda área de estudo........................................................................8
1.6.1 Hidrografia.................................................................................................................8
1.6.2 Relevo.........................................................................................................................8
1.6.3 Clima..........................................................................................................................9
1.6.4 Vegetação...................................................................................................................9
1.6.5 Solos...........................................................................................................................9
1.6.6 Infra- estruturas..........................................................................................................9
1.6.7 Recursos Minerais....................................................................................................11
2 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA........................................................................................14
2.1 Geologia local..............................................................................................................14
2.1.1 Enquadramento geológico da bacia carbonífera de Moatize....................................15
2.2.1 Coque metalúrgico....................................................................................................18
2.2.2 Carvão Térmico........................................................................................................18
2.3 Qualidade do Carvão Mineral......................................................................................19
2.4 Formação e composição...............................................................................................19
2.5 Técnicas de Processamento Mineral............................................................................20
2.6 Carvão Mineral.............................................................................................................20
2.7 Teor de corte................................................................................................................21
2.8 Amostragem.................................................................................................................21
2.9 Cominuição..................................................................................................................21
2.10 Análise do processo de separação................................................................................22
2.11 Classificação................................................................................................................22
2.11.1 Classificação propriamente dita...............................................................................23
2.11.2 Peneiramento............................................................................................................23
2.12 Optimização.................................................................................................................24
2.13 Comissionamento.........................................................................................................26
2.14 Balanço de Massas.......................................................................................................26
2.15 Breve abordagem dos ciclones.....................................................................................28
2.15.1 Eficiência dos ciclones.............................................................................................28
2.15.2 Funcionamento do Ciclone.......................................................................................28
2.15.3 Características geométricas e fluidodinâmicas em ciclones e hidrociclones...........28
2.15.4 Diferença entre ciclones e hidrociclones..................................................................28
2.16 Introdução aos hidrociclones........................................................................................29
2.16.1 Vantagens e desvantagens dos hidrociclones...........................................................31
2.16.2 Família dos hidrociclones.........................................................................................33
2.16.3 Aplicação dos hidrociclones.....................................................................................34
2.16.4 Descrição dos hidrociclones.....................................................................................35
2.16.5 Princípio de funcionamento dos hidrociclones.........................................................37
2.17 As principais respostas na separação em hidrociclones...............................................43
2.17.1 Divisão do fluxo.......................................................................................................43
xi
2.17.2 Consumo energético.................................................................................................44
2.17.4 Vazões volumétricas.................................................................................................45
2.17.5 Razão de líquido (RL)...............................................................................................45
2.17.6 Eficiência total de separação ( η )............................................................................46
2.17.8 Eficiência granulométrica (G)..................................................................................46
2.17.9 Eficiência granulométrica reduzida (G’)...................................................................47
2.17.12 Medida da eficiência de classificação em hidrociclones......................................48
2.18 Efeito da geometria e de variáveis operacionais no desempenho de hidrociclones.....51
2.18.1 Geometria.................................................................................................................51
3 METODOLOGIA DE REALIZAÇÃO DO TRABALHO.................................................55
3.1 Trabalhos de campo.....................................................................................................55
3.2 Análises de laboratório....................................................................................................56
3.3 Pesquisas bibliográficas...................................................................................................56
4 APRESENTAÇÃO, ANÁLISE E INTERPRETAÇÃO DOS DADOS.................................57
4.1 Fluxograma da região do estudo......................................................................................57
4.2 Alimentação do Hidrociclone de Deslamagem (Disliming Cyclone).............................57
4.3 Resumos de dados operacionais e objectivos da planta...............................................61
Fonte: RTCM Benga Project, Trainee Manual ( ICVL )........................................................61
4.4 Análise de Cinza (Ash)................................................................................................62
4.6 Resultados de teor de cinzas do laboratório.....................................................................63
4.7 Circuit Ashes....................................................................................................................64
4.8 Demostração comparativa de teor de cinzas e rendimendo( lucro ) do carvão mineral. .65
4.9 Amostragem de um dia útel de produção ( amostragem selectiva )............................66
4.10 Recuperação actual da empresa.......................................................................................68
4.11 Variação de teor de cinzas no produto dos grossos, finos e ultrafinos............................69
4.12 Avaliação do desempenho do hidrociclone ( disliming cyclone )...............................69
5 CONCLUSÕES E RECOMENDAÇÕES...............................................................................72
5.1 Conclusões.......................................................................................................................72
5.2 Recomendações...............................................................................................................73
6 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS....................................................................................74
Bibliografias................................................................................................................................74
xii
1. INTRODUÇÃO
Hidrociclones pertencem a um importante grupo de equipamentos destinados a separação sólido-
líquido e líquido-líquido em campo centrífugo. O ciclone líquido tornou-se conhecido como
ciclone hidráulico ( hidraulic cyclone ) através da prevalência de aplicações nas quais a água e o
meio fluido, e do ciclone hidráulico foi abreviado para hidrociclone.
A separação das particulas sólidas diversas em suspensão é uma operação unitária essencial em
muitos campos da tecnologia de separação mecânica. Equipamentos tipicos utilizados são os
filtros, centrifugadoras e hidrociclones. Comparados às centrifugadoras, que necessitam de uma
enorme quantidade de energia nas operações em altas velocidades de rotação, hidrociclones
operam de forma mais econômica, sendo que a quantidade de energia a ser fornecida, deve
superar somente a queda de pressão. Outra vantagem do hidrociclone é a sua alta confiabilidade
operacional, visto que eles são de simples construção, sem partes móveis, porcosseguintes
hidrociclones são amplamente utilizados para separar as partículas de um líquido a altas taxas de
transferência por causa de suas vantagens como baixo custo, estrutura simples, alta capacidade e
pequeno volume, baixos custos de manutenção e estrutura de apoio.
A empresa tem bombeado o material para o dewater screen reject coal ( peneiras desaguadoras)
cujo os mesmos são destinados para o rejeito o que vem a ser dispendioso e desvantagioso na
avaliação econômica da própria empresa pois constitui uma perda irrecuperável
1
indispensávelforamfeitas analises, que abarca uma série de testes laboratoriais o que torna esta
premissa objecto da presente monografia.
2
1.2 Justificativa
1.3 Objectivos:
3
1.3.2 Objectivos específicos
Bombear o material disperso no floor da planta de processamento para o alimentador do
hidrociclone de deslamegem (disliming cyclone feed sump) cujo e discartado para o
rejeito apartir da peneira desaguadora (fine coal reject dewater screen);
Identificar as variáveis relevantes no processo de hidrociclonagem para maior
recuperação do carvão e redução de danos ambientais contido no floor da indústria de
beneficiamento;
Identificar especificações óptimas do spigot no mercado para maior durabilidade na
recuperação do carvão mineral;
Estudar as propriedades e composição mineralógica do material bombeado que de alguma
maneira desistabiliza o funcionamento do hidrociclone de deslamagem;
Apresentar melhorias na classificação do carvão, funcionamento, recuperação,
modelagem, dimensionamento, e posteriorimente aumentar a produção.
1.4 Hipóteses
O carvão contido na aréa do chão flotation and fines area floor transbordante da flotation
feed e fine product da industria da ICVL é facilmente beneficiável por hidrociclonagem
devido algumas propriedades que o mesmo possui, destacando a granulometria fina,
ultrafina, e grau de liberalização;
Para hidrociclones, inspecções regulares devem ser realizados abordando medições
internas, limpeza, observando o hidrociclone e outros instrumentos que podem detectar
pobre separação ou total falta de desempenho resultante de qualquer escorregamento ou
ruptura da alimentação de ciclone bombeado nas correias de transmissão;
Visto que o teor de cinzas anteriormente exigido pelo mercado alterou de 10 para 13.5, o
carvão em estudo e facilmente recuperavel devido a suas caracteristicas sendo evitavel o
seu desgaste no regeito adoptando o modo recirculation ao deliming feed sump;
Se o Feed(alimentador) está em queda, em seguida, ele pode entrar em colapso, entrando
nas bombas de alimentação de hidrociclone causando regularmente, ponto de corte, e
variações na qualidade do produto;
4
Não devem ser feitas Mudanças rápidas de dimensionamento de alimentação,pois
reduzem a eficiência de separação;
Em uso de impulsor da bomba aberto ou fechado, existe um limite para o material que
pode ser passado através das pás do impulsor, portanto deve ser fornecida uma protecção
adequada para parar os materiais estranhos, tais como o ferro vagabundo, madeira
quebrada e outros orgânicos importam que entram na bomba;
É limitado ao Norte pelos distritos de Chiúta e Tsángano, a Este pela República do Malawi, a Sul
pelo distrito de Tambara, Guro, Changara e município de Tete através do rio Zambeze e Mutarara
através do rio Mecombedzi e a Oeste pelos distritos de Chiúta e Changara. (MAE, 2005:2)
]Com uma superfície de 8.455 km2. Administrativamente o distrito tem três Postos
Administrativos: Moatize, Kambulatsitsi e Zóbuè que, por sua vez, estão subdivididos em nove
localidades, a saber: Moatize, Benga, Mpanzu, Msungo, Kambulatsitsi, Mecungas, Zóbuè,
Capridzanje e Ncodeze. (JOSÉ, et al, 2011:12)
5
Figure 1: Localização geográfica do distrito de Moatize
A área da concessão mineira pertence a ICVL, esta localizada na província de Tete, distrito de
Moatize posto administrativo de capanga, povoado de Benga.
1.5.2 População
6
Segundo dados estatísticos do INE (Instituto Nacional de Estatística) de 2007, Moatize possuia
cerca de 100 habitantes em cada 10-15km 2 e um universo de 143.663 habitantes, com uma
densidade populacional na ordem de 17 habitantes por km 2, e ainda uma população
maioritariamente feminina. (MAE, 2005, p2e15).
1.6.1 Hidrografia
A Hidrografia da região é constítuida pelo rio zambeze (rio principal) com uma bacia
hidrográfica de 3.000 em território moçambicano, desaguando no Oceano ĺndico
(MUCHANGOS, 1999). A bacia carbonífera de Moatize e cortada pelos rios Revúbuè, seu
afluente na margem esquerda, sentido NE-SW em direcção ao rio Zambeze, e o rio Moatize que
corre na direcção ESE-WNW ao longo do qual há excelentes exposições de algumas camadas de
carvão. Também existem outros rios menores (rio Murongodzi) que só posssuem água corrente
nos tempos chuvosos (JOSÉ e SAMPAIO, 2012).
A bacia carbonífera de Moçambique está englobada na bacia hidrográfica do rio Zambeze a qual,
em território nacional, se estende no sentido Oeste-Este do Zumbo (na fronteira com Zâmbia e
Zimbabwe) até à sua foz no Oceano índico (Chinde), e da Zâmbia/Malawi ao Zimbabwe, no
sentido Norte-sul. (VASCONCELOS, 1995:3)
1.6.2 Relevo
Em termos e relevo, a bacia situa-se num graben com uma largura variando de 2.5km a 8 Km e
uma extensão de mais de 20km, estando a superfície, plana e levemente ondulada, situada a
altitude ente 140m e 220m acima do nível do mar. (VASCONCELOS, 1995:3)
1.6.3 Clima
No que respeita ao clima, Moatize está numa zona de clima tropical semi-árido quente e seco,
com precipitação média anual de 500-600 mm. (Interim Report on the Possibilities on Mining
and Preparing the coking-coals of the Moatize Deposit, Mozambique, 1977)
8
Os dois tipos de clima observam duas estações distintas, a estação chuvosa e seca. A precipitação
média anual na estação mais próxima (cidade de Tete) é cerca de 644mm, enquanto a
evapotranspiração potencial media anual está na ordem de 1.626mm. (MAE, 2005:2)
1.6.4 Vegetação
A vegetação é tipo savana e é caracterizada por ser arbustiva e rasteira com árvores espalhadas
dos tipos embondeiro e pau- preto (ébano). AS zonas de floresta estão ausentes na bacia,
ocorrendo algumas flora típica de savana. A agricultura é tipo subsistência-machambas familiar –
Predominando as culturas do milho, feijão e abóbora. (VASCONCELO, 1995:3)
1.6.5 Solos
Os solos desta região são classificados em solos castanho acinzentados, castanhos avermelhados
pouco profundos sobre rochas calcárias e derivados de rochas basálticas podendo ser
avermelhadas, castanho-avermelhados ou pretos. Apresentam uma profundidade variável e
apresentam boa capacidade de retenção de nutrientes e água, fendilhados quando secos, plásticos
e pegajosos quando molhados ( MAE, 2005). Ocorrem ainda pequenas mannchas de solos
aluvionares em terraços dos rios Rovúbuè e Zambeze.
Existe 1 ramal de linha férrea que saindo de Moatize atravessa de Kambulatsitsi até ao Rio
Mecombedzi, limite com o distrito de Mutarara. (MAE, 2005:5)
10
Todavia, as equipas de manutenção e os 75 comités de água existentes têm envidado esforços no
sentido de adquirirem peças para reposição.
O distrito possui 89 escolas (das quais, 76 do ensino primário nível 1), e está servido por 10
unidades sanitárias, que possibilitam o acesso progressivo da população aos serviços do Sistema
Nacional de Saúde, apesar de a um nível bastante insuficiente como se conclui dos seguintes
índices de cobertura média:
Uma unidade sanitária por cada 16 mil pessoas;
Uma cama por 1.300 habitantes; e
Um profissional técnico para cada 2.100 residentes no distrito.( MAE, 2005)
Moatize é caracterizado por importantes jazigos de carvão ( do tipo hulha ), e inúmeras jazidas de
titanomagnetites vanadíferas ( ferro, titânio e vanádia ). Os jazigos de carvão fazem parte de uma
extensa área que se estende de Chingodzi ao rio Mecombezi, situada a Sul da região montanhosa
do distrito, localizando-se os jazigos mais importantes na chamada Bacia Carbonífera de
Moatize-Minjova.
O jazigo de Moatize foi objecto de exploração mineira desde princípios do século passado,
começando a exploração do carvão em pequena escala e a céu aberto. Os trabalhos subterrâneos
principiaram em 1940, com uma produção anual de 10.000 toneladas. Em meados de 1950, a
produção anual atingiu 25.000t e em 1975 o pico máximo de 575.000 toneladas. Em 1977, a
Carbomoc E.E., tomou conta do jazigo e caracterizou com mais pormenor os 6 complexos
carboníferos da Bacia de Moatize. Este carvão tem 7.000 calorias, com uma percentagem volátil
de 22%. O carvão pode dar coque, indispensável à indústria de alta metalurgia.
O carvão de Moatize é tão bom como os melhores da Europa e é da mesma formaçao do de
Witbank, da República da África do Sul.
O facto de se encontrar ferro perto do carvão, como acontece em Moatize, constitui uma posição
de riqueza excepcional e um caso raro no mundo.
É também notável a presença de filos de quartzo-carbona, todos constituídos por sílica e calcite de
excelente qualidade. Os filos quartzo-carbonatados, unicamente constituídos por calcite e sílica
situam-se nos arredores da Vila de Moatize. As jazidas de ferro e chumbo, essencialmente
constituídos por magnetite, hematite e apatite, localizam-se no Monte Muande, situando-se nas
11
proximidades do Rio Zambeze, junto ao limite ocidental do distrito.
A jazida de corindo, localiza-se na região de Canchoeira, próximo da EN 103 – Moatize/Zóbuè.
A jazida de fluorite, localiza-se no Monte Muambe.
Há ocorrências de minerais polimetálicos de cobre, ouro, prata, volfrâmio e chumbo
(essencialmente constituídos por calcopirite aurífera e argentífera Shelite e galena), em Capanga
nos arredores da Vila de Moatize.
Existem, ainda, minerais radioactivos (constituídos por davitite, samarsquite, estibitanlite e
pecholenda) e de rutilo na região de Mabvudzi, praticamente no limite entre o distrito de Moatize
e Chíuta.
No respeitante aos materiais de construção, salienta-se a existência de calcários cristalinos,
rochas gabro-dioríticas e especialmente de anortositos (rocha ornamental de beleza rara), bem
como de argilas, areias e saibro, o que confere a este distrito a total auto-suficiência em recursos
minerais no domínio da construção civil.
Os calcários cristalinos fazem parte do Monte Muande, estendendo-se até ao Rio Zambeze.
As rochas gabro-dioríticas e os anortositos em geral, abundam praticamente em toda a região
montanhosa do distrito. As jazidas de granito castanho castanho “Plagioclásio”, actualmente em
exploração pela empresa “MARLIN GRANITE MOZAMBIQUE LIMITADA”, situam-se em
Inhangoma.
Existem no distrito 3 nascentes termais:
A 1ª foi assinalada nos arredores da Vila de Moatize no Bairro Chipanga.
A 2ª localiza-se em Chitiwitiwi, sobre a base do Monte Mwambe.
A 3ª nascente termal é a de Nhaondwe, de elevada temperatura, 80°C, que merecem ser
devidamente estudadas, visando o seu aproveitamento para fins terapêuticos
eturísticos.Esta nascente localiza-se nas proximidades do Rio Zambeze, junto ao
limiteocidental do distrito com Changara.
Table 1: Minerais mais frequentes no carvão.
Detríticos Autigénicos
12
Argilas Caulinite, illite Sericite, Smectite - Illite, Clorite
Carbonatos - Siderite, Anquerite, -
Dolomite, Dolomite,
Anquerite,
Calcite
Calcite
Sulfuretos - Pirite, Pirite, Pirite
Marcassite, Marcassite,
Melnikovite Esfalerite,
Galena,
Calcopirite
Sílica Quartzo Quartzo, Quartzo,
Calcedónia
Calcedónia
Óxidos e Rútilo Hematite, Goethite, Goethite,
Hidróxidos Lepidocrocite Lepidocrocite
Limonite
Fosfatos Apatite Apatite, Fosforite - -
Silicatos Zircão, - - -
Feldspato,
Turmalina, Mica
Sulfatos - - Sulfatos -
hidratados de
ferro, Gesso
Fonte: (Stach et al, 1982)
A composição inorgânica dum carvão é muito variada, já que são numerosos os minerais
quepodem ocorrer misturados na matéria orgânica, quer como minerais singenéticos, quer como
epigenéticos. Na Tabela abaixo, estão representados os minerais que ocorrem com
maiorfrequência nos carvões (Vasconcelos, 2002).
2 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA
13
Figure 4:Esboço geologico da região de Moatize, ( L. Vasconcelos, 2005 )
A área de estudo encontra se num graben da bacia carbonífera de Moatize, encaixada nas rochas
pré-câmbricas do ciclo Moçambicano.
O graben é limitado a nordeste e a sudoeste por falhas de bordadura com direcção NW-SE,
fazendo parte duma bacia de maior extensão que vai desde Tete até Minjova.
Segundo o (Lopo António Ferreira Trigoso de Sousa e Vasconcelos, 1995, p33), “o graben de
Moatize tem extensão aproximada de 35km de comprimento por 2 km de largura, e por sua vez é
drenado pelos rios Rovubuè, Moatize e Murongodzi, com acidente orográfico mais importante o
monte M´Pandi de 320,80m de altura, situado na margem sudoeste do graben e representa
umbraquianticlinal das rochas do embasamento”. As rochas pré-câmbricas da região de Moatize,
são uma grande referência à geologia regional da bacia carbonífera. Sendo que essas são
representadas por Supergrupo do Karroo, que tais rochas assentam normalmente em discordância
sobre o pré-câmbrico ou o contacto por falha. Os sedimentos do supergrupo do Karroo são
arenitos de granulometria variada, conglomerado, siltitos, argilitos e xistos argilosos. (Lopo
António Ferreira Trigoso de Sousa e Vasconcelos, 1995).
14
2.1.1 Enquadramento geológico da bacia carbonífera de Moatize
A bacia pertence ao Supergrupo do Karroo. A sequência estratigráfica tem seis camadas de
carvão principais, designadas de baixo para cima como: Sousa Pinto, Chipanga, Bananeiras,
intermédia, Grande Falésia e André. (JOSÉ, 2011:12)
Table 2 : As seis camadas de carvão da Série Produtiva de Moatize e suas características gerais.
Espessura
Camadas Características gerais
Média (m)
O topo da Série Produtiva apresenta variações laterais
ANDRÉ 1
variáveis, de percentagens de constituintes minerais
muito elevadas. O carvão é homogéneo e rico em
vitrinite na base.
Irregular; na parte inferior é limitada por uma alternância
GRANDE 12
monótona de argilitos e grés. Apresenta conteúdos em
FALÉSIA
cinzas que variam entre 27 a 30%.
Grandes variações laterais; argilitos negros com dois
INTERMÉDIA 22
leitos finos de carvão. O tecto é de argilito cada vez mais
gresoso para a base com uma sequência de FU - fining
upward (diminuição do tamanho do grau para o topo).
É formado por dois complexos separados um do outro
BANANEIRAS 9+18
por argilitos negros gresosos. Na parte inferior é limitada
por uma alternância de argilitos cinzentos e grés
diversos. Esta parte é homogénea e contém lentes de
carvão brilhante com espessura acima de 1m. A parte
superior é limitada por argilitos negros com muitas
intercalações de estéreis.
15
completa aflorante mostra uma arquitectura cíclica de
tendência de FU, com linhas de corrente na base de
corpos de arenitos lenticulares.
Fonte: Chagunda, (2006).
A camada Chipanga é a mais espessa de todas e a única que foi explorada. Sobreposta à
Formação de Moatize encontra-se a Formação de Matinde. (JOSE, 2011:12)
A bacia carbonífera de Moatize está orientada no sentido NW-SE e está rodeada por gabros e
anortositos da Suite Tete, de idade Mesoproterozóica (1600-1000 M.a), o limite NE da bacia é
uma falha normal de cerca de 30 km de comprimento, orientada NW-SE. O limite SW é tanto por
inconformidade, como também por contacto de falha, como é o caso da Falha do Monte M’pandi.
(REAL, 1978 apud JOSÉ, 2011:5).
Segundo Real (1966) na região de Moatize, superiormente à série produtiva, começa outra série
sedimentar constituída por grão grosseiro ao médio, grés arcósico e pequenas camadas
lenticulares de calhau rolado e estratificação cruzada (apud JOSÉ, 2011).
O depósito de carvão de Moatize é constituído por rochas de origem sedimentar, tais como,
siltitos e arenitos que são as litologias correspondentes a rocha estéril. O minério é composto por
três camadas horizontaliza das principais de carvão com a seguinte nomenclatura: a Bananeiras, a
Chipanga e a camada Souza Pinto, sendo apresentadas da camada mais rasa, para a mais
profunda. Série Produtiva- esta é de grande interesse por nela estar englobada a importante
camada de carvão. Esta série é caracterizada por possuir xistos, grés carbonosos, argilitos negros,
por vezes piritosos. A idade desta série é de pérmico Inferior, que, provavelmente se corresponde
com o andar Ecca. (REAL, 1978 apud 20011:)
Entre as camadas de carvão existe novamente a presença de material estéril compostos por siltitos
e arenitos o chamado “interburden”.
17
Geralmente nos processos industriais, o ferro gusa é considerado como uma liga de ferro e
carbono, contendo de 2,11 a 5,00 % de carbono e outros elementos ditos residuais, como silício,
manganês, fósforo e enxofre.
O gusa é vertido diretamente a partir do cadinho do alto forno para contentores para formar
lingotes, ou usado diretamente no estado líquido em aciarias ou fundições. Os lingotes são então
usados para produzir ferro fundido e aço, ao extrair-se o carbono em excesso. [Google (notícias,
livros e acadêmico)]
18
2.3 Qualidade do Carvão Mineral
Para definir a qualidade do Carvão Mineral, são necessários se referir três pontos chavescomo
sendo: o poder calorífico do carvão (Q); o teor de cinzas em sua composição (A) e oteor de
enxofre na sua composição (S).
Este recurso mineral é constituído essencialmente por matéria orgânica, em quantidades sempre
superiores a 50%, e matéria inorgânica (fracção não combustível). Durante o processo
diagenético, o carvão, por incarbonização crescente, pode ser ainda uma fonte de hidrocarbonetos
líquidos e/ou, gasosos dependendo do grau de incarbonização atingido.
Realsar que não so e usada a hidrociclonagem para a separação dos finos e ultrafinos na ICVL
mas tambem os sieve bends(peneiras fixas) e osthickener cyclones em que os três equipamentos
19
juntos ao hidrociclone de deslamagem alimentam a flotação e para posteriorimente as operações
subsequentes.
(CAVES, 2002) defende que em termos gerais, o teor associado a essa tonelagem é chamado de
teor de corte. Em termos económicos, o conceito de teor de corte representa o teor pelo qual se
separa o que é minério do que é estéril.
As variáveis tecnológicas dizem respeito aos processos que são utlizados para o desenvolvimento
e extração do minério e de seu beneficiamento. Qualquer mudança tecnológica que venha a
baratear a energia usada no processo terá um forte impacto sobre o teor de corte.
2.8 Amostragem
Amostra é uma parcela representativa de tudo que se deseja amostrar que é examinado com o
propósito de tirarmos conclusões sobre todos, cuja sua retirada, garanta que não se perca (m) a (s)
característica (s) de interesse.
2.9 Cominuição
A fragmentação consiste na redução das dimensões dos blocos ou partículas componentes do
minério. A fragmentação compreende diversos estágios, desde a mina até sua adequação ao
processo industrial subsequente. A operação de redução de tamanho tem três finalidades
principais:
21
Obviamente, a liberação é um pré-requisito para uma perfeita separação, embora em muitos casos
a ideia de uma liberação completa não seja praticável.
2.11 Classificação
A classificação, de uma forma geral, consiste na separação de partículas com base nas dimensões
físicas das mesmas. Os processos de classificação são divididos em peneiramento e classificação
propriamente dita. DUTRA, R. (2008).
2.11.2 Peneiramento
O peneiramento é um processo mecânico de separação de partículas que se utiliza de uma
superfície perfurada para tal, as partículas com dimensões superiores à da abertura considerada
tendem a ficar retidas na superfície, e as com dimensões inferiores tendem a atravessar a mesma.
Os mecanismos envolvidos compreendem basicamente estratificação e segregação. Os
equipamentos tradicionalmente utilizados são as peneiras vibratórias, rotativas e estáticas. No
peneiramento a humido adiciona se agua ao material a ser peneirado com o proposito de facilitar
a passagem dos finos atraves da tela de peneiramento. O material retido na tela da peneira é
denominado oversize e o passante, undersize. DUTRA, R. (2008).
22
Figure 7: Frações sólidas obtidas em um peneiramento (modificado em 2015)
2.12 Optimização
Optimização é o processo no qual se procura arranjar a melhor maneira de realizar uma
actividade para se obter resultados melhores em relação aos da actualidade do mesmo processo.
(GOLDANI, 1976).
Para optimizar uma determinada unidade, é necessário que se monitore o circuito, ou que se faça
o comissionamento do mesmo para poder analisar e identificar problemas no processo.
Identificados os problemas, torna-se imperioso a avaliação das possíveis soluções, são estas que
vão guiar a realização de testes (laboratoriais ou no terreno). Com os resultados destes testes,
cabe ao metalúrgico avaliar se pode ou não ser implementada permanentemente a mudança.
(DASTMANN e UNKELBERG, 1988).
Pode-se ainda definir um problema de otimização de sistemas das seguintes maneiras (SECCHI,
2001):
Segundo Lobato (2008), a otimização tem como vantagens: dimiminuir o tempo dedicado ao
projeto, possibilitar o tratamento simultâneo de uma grande quantidade de variáveis e
restrições de defícil visualização gráfica, possibilitar a obtenção de algo melhor com menor
custo. Como limitações, tem-se o aumento do tempo computacional quando o número de
variáveis de projecto cresce, o surgimento de funções descontínuas que apresentam lenta
convergência, ou de funções com vários mínimos locais onde o mánimo global raramente é
obtido.
24
Projetos de plantas e/ou de equipamentos;
Escalonamento de reposição e manutenção de equipamentos;
Operação de equipamentos e/ou plantas;
Ajuste de modelos a dados experimentais de uma planta;
Minimização de inventário;
Alocação de recursos ou serviços entre diferentes processos;
Planejamento e escalonamento de instalação de plantas.
Ressalta-se que alguns dos objetivos definidos em problemas de otimização podem ser
conflitantes entre si, portanto necessita-se muito cuidado para o estabelecimento do objetivo a ser
alcançado.
2.13 Comissionamento
Comissionamento é um conjunto de procedimentos e técnicas de engenharia executados de forma
integrada a uma unidade industrial ou todo o conjunto de unidades de uma planta, visando torná-
la operacional, dentro dos requisitos estabelecidos a quando do seu estabelecimento.
(BENDIKSEN 2005)
Todavia o processo de optimização é controlado e subsidiado por uma vasta gama de controles no
processo que exigem comparações em termos de resultados obtidos a cada mudança de variável
do processo, sendo necessária a realização de balanços.
Na usina de benefeciamento do carvão mineral da ICVL são realizadas dois tipos de balanço
nomeadamente:
Alimentação ( A) CONCENTRAÇÃO
Rejeito ( R )
Segundo (MEYER e HEMLEY, 1967), uma vital característica de separação de mineral é que
eles nunca são perfeitos, alguns dos produtos com valor estão sempre na secção dos rejeitos, e
alguns dos rejeitos estão sempre na secção dos produtos valorizáveis. Para descrever
adequadamente o nível de separação na maioria das vezes são considerados dois parâmetros:
Recuperação e Qualidade.
Recuperação mede ou calcula o quão o separador extraiu o material com valor na secção de
entrada, e que é definida pela seguinte formula:
C
𝑹𝒆𝒄𝒖𝒑𝒆𝒓𝒂çã𝒐 (%)= ∗𝟏𝟎𝟎% (1)
A
Onde:
As perdas são similarmente definidas pela quantidade do produto com valor nos resíduos.
Alternativamente, pode ser conveniente considerar a perda como uma “recuperação” do produto
com valor nos resíduos, dado que este descreve consistentemente a distribuição do produto com
valor nas secções de saída.
Segundo (ENZWEILER, 2010 Apud LOBO, 2012), uma das análises analítica mais usada para o
controle de produção, é baseada na fluorescência por espectrometria de Raios X(XRF). Esta
surgiu na década 50, e torna-se na mais preferida devido ao curto tempo de obtenção de
26
resultados, tem a facilidade ou capacidade de ler a maioria dos elementos da tabela periódica,
manuseio de amostras sólidas.
o funcionamento do ciclone e o que faz o material particulado ser separado de correntes gasosas.
A eficiência desse equipamento é de aproximadamente 99% e o único gasto é o de energia com o
exaustor, o que faz o ciclone ser também muito econômico. ( Ciclones Industriais, 2012. )
27
para partículas e fluido, disposta no topo do equipamento, permite a descarga da corrente fluida
com concentração de particulados finos para o filtro (CREMASCO,2012).
A diferença entre o ciclone e hidrociclone é que o primeiro é utilizado para promover à separação
de partículas em uma corrente gás-sólido, e o segundo para à separação de partículas em uma
corrente líquido-sólido.
Os separadores ciclônicos são classificados em função dos fluidos e/ou sólidos que manipulam.
Se a fase contínua é um gás ou vapor, o dispositivo é denominado ciclone, se a fase contínua for
um líquido o mesmo é denominado hidrociclone, entretanto, o princípio de funcionamento e as
principais características de ambos são muitos semelhantes. Os hidrociclones foram patenteados
pela primeira vez em 1891 por Bretney (Chiné e Concha, 2000) para a separação sólido/líquido
na indústria de mineração, e desde então se tornaram um importante processo unitário.
( Wickpedia, enciclopedia livre 2015 ).
Existem vários tipos de equipamentos que permitem a separação de partículas, cabendo destacar
os separadores centrífugos (centrífugas, ciclones e hidrociclones) e os gravitacionais(câmara de
poeira e elutriadores). Todos eles guardam um principio em comum: a decantação, que se refere à
deposição do sólido ou a sua captura, tendo como conhecimento sua velocidade terminal
(CREMASCO, 2012).
Hidrociclones e Ciclones são equipamentos muito utilizados por mineradoras para separar sólidos
de líquidos através de força centrífuga. Seu funcionamento se deve à alimentação tangencial na
parte cilíndrica do mesmo. Com isso forma-se um movimento em espiral descendente, arrastando
as partículas maiores e mais pesadas para saída inferior do equipamento denominada underflow.
Já as partículas menores e menos densas são arrastadas para o centro do equipamento, onde
forma-se um movimento em espiral ascendente e estas saem por um orifício denominado
overflow. As vazões do underflow e overflow são obtidas pelo diâmetro dos mesmos e pela
pressão em que o equipamento é submetido para operar. Todo hidrociclone opera em conjunto
com uma bomba centrífuga que é responsável por manter essa "pressão de trabalho" do
mesmo.Fonte : O autor, 2015.
28
2.16 Introdução aos hidrociclones
Em hidrociclones de deslamagem na planta de beneficiamento da ICVL, essa separação é
realizada tomando-se como base a velocidade das particulas quando atravessam o meio fluido.
Porconseguinte neste campo de actuação, a CHPP para o processamento mineral o meio fluido
utilizado e a água em que normalmente esta classificaçÃo a húmido e aplicada para população de
granulometria muito fina, onde o peneiramento não representa uma forma eficiente para o seu
desempenho.
Os hidrociclones desta forma são constituidos de uma coluna de separação, onde o fluido ascende
ou descende dependendo da velocidade uniforme. As particulas intoduzidas no equipamento de
separação têm sua trajectória determinada por suas velocidades terminais, podendo ser obtido
duas especificações: o overflow contendo particulas com velocidade terminal menor que a
velocidade do fluido e o underflow com velocidade terminal maior que a do fluido, conforme
observado na figura.
Os classificadores podem ser divididos em varios grupos dependendo do seu mecanismo, fluido
utilizado, etc. Os mecanismos de funcionamento podem ser: mecÂnico, não-mecanico,
gravitacional e centrífugo.
No presente trabalho é utilizado o hidrociclone (disliming cyclone), o qual possui como princípio
básico a separação centrífuga.
29
Os hidrociclones são equipamentos simples e de fácil construção, sendo basicamente constituidos
de uma região cilíndrica acoplada a uma região cônica. As dimensões geométricas de cada parte
sao importantes no processo de separação, pois estão relacionadas com a capacidade e o poder de
classificação destes equipamentos. Ela possui uma entrada tangencial por onde a polpa é
almentada. Ha duas especificações minerais dos quais são colectados o produto fino, denominado
underflow, e o produto ultrafino denominado overflowna planta de beneficiamento e tratamento
do minerio na ICVL.
Estudos realizados por SILVA (1989) destacam que o primeiro hidrociclone foi feito em 1891.
Entretanto, sua utilizaçÃo industrial só teve inincio apóis a 2ᵃ guerra mundial, nas indústrias de
extração e processamento de minérios. Desde entao, vÊm sendo usados de maneira diversificada
nas indústrias quimicas, metalúrgicas, têxtil, petroquimica, alimento, bioengenharia, e outros
diversos ramos (SILVA, 1989; DAI et al., 1999; CHU et al., 2002).
Este equipamento por sua vez é classificado em família, grupo de relações geométricas que estão
diretamente ligado com o desempenho do hidrociclone. O emprego de uma determinada família
de hidrociclones geralmente é restrito a necessidade de equipamentos com um alto poder
classificador (baseado no tamanho das partículas coletadas no underflow) ou com um grande
poder concentrador. Além disso, podem ser extremamente eficientes na separação de partículas
com tamanho situado entre ( 5-400 )μm ( SVAROVSKY, 1990 ).
Hidrociclones não possuem partes móveis e o movimento espiralado necessário é realizado pelo
próprio fluído (SVAROVSKY, 2000). Segundo Svarovsky (2000), os hidrociclones possuem as
seguintes vantagens:
30
Versatilidade na aplicação em que podem ser usados para clarificar líquidos, concentrar
suspensões, classificar sólidos, lavar sólidos, separar líquidos imiscíveis, remover gases
de líquidos ou classificar sólidos de acordo com densidade ou forma;
São simples, de barata aquisição, instalação e execução, e exigem pouco em estrutura de
manutenção e apoio;
São pequenos em relação a outros separadores, poupando espaço e também fornecendo
baixos tempos de residência, o que lhes confere uma vantagem em termos de velocidade
de controle sobre classificadores sedimentares, por exemplo;
A existência de elevadas forças de cisalhamento no fluxo é uma vantagem na
classificação de sólidos porque rompe quaisquer aglomerados, e também no tratamento
suspensões tixotrópicas e plásticos de Bingham.
Uma vez instaladas e em operacão, são de certa forma inflexíveis, fornecendo baixos
turndown ratios devido a forte dependência de seu desempenho de separação em relação
a vazão e a concentração da alimentação, eles também sao inflexíveis devido a sua
sensibilidade geral para instabilidades na vazão de alimentação e concentração de sólidos;
Há limitações no desempenho de separação da nitidez de separação, a faixa de diâmetro
de corte operacional, o desempenho de desidratação ou o poder de clarificação; algumas
destas características podem ser melhoradas em arranjos multiestágio, mas com custos
adicionais de energia e investimento;
São suscetíveis à abrasão;
A existência de cisalhamento pode por vezes torna-se uma desvantagem, porque a
floculação não pode ser utilizada para melhorar a separação, como no caso dos
espessantes por gravidade ( visto que a maioria dos flocos não resiste ao cisalhamento).
Em função da versatilidade que os hidrociclones apresentam, que é possível a sua aplicação nos
mais variados processos de separação sólido-líquido; TRAWINSKI apud LINS, F. (2004), lista
seguintes finalidades dos hidrociclones:
33
Classificação selectiva – por meio de uma configuração de hidrociclones em série, é
possível obter-se um conjunto de produtos com granulometria definida;
E dentre outros diversos.
Devido a essas aplicações, os hidrociclones tornaram-se atualmente, equipamentos bastantes
utilizados tanto na separação sólido-líquido quanto na separaçãolíquido-líquido, podendo ser
encontrados em diversos sectores industriais.
Materiais mais utilizados em revestimentos de hidrociclones:
Cerâmica
Metálicos
Borracha
Tipo;
Tamanho;
Velocidade;
Tipo de descarga;
Material a processar – minério;
Dureza do minério;
Granulometria da alimentação;
Granulometria do produto;
Diâmetro dos corpos moedores;
Operação a húmido ou a seco;
Densidade dos corpos moedores;
Presença de pedaços de corpos moedores;
Pratica de recarga de corpos moedores.
Contudo a planta CHPP da ICVL compreende dados utilizados em suas operações como pressão
de( 102 ) kpa e sendo aconselhável o uso da pressão de 80kpa para melhor eficiência.
Restrição no bico e a abertura localizador vortex, regula o tamanho de separação. Tanto a pressão
e força centrífuga produz um núcleo de ar no hidrociclone, onde as partículas mais finas vão
deixar o hidrociclone fora do tubo de descarga e o tamanho maior partículas podem descarregar
fora do espigão (underflow). (fonte: O autor)
35
2.16.5 Princípio de funcionamento dos hidrociclones
Diferentemente dos hidrociclones centrífugos. Nessa particularidade nao têm partes móveis e o
vôrtice necessário é produzido pelo bombeamento do fluido tangencialmente ao corpo cilíndrico
estacionário. Se partículas entram no hodrociclone com escoamento e sendo sua densidade
diferente daquela do líquido, elas serão separadas devido á acção centrífuga gerada pelo fluido
em rotação.
A força centrifuga gerada pelo vórtice externo actua nas particulas de maior tamanho e
densidade, transportando-as de encontro à parede do hidrociclone, num movimento em forma
espiralitica descendente entrando na seção cônoca. Nesta seção, as partículas de maiores e mais
densas descendente adentrando em seu caminho espiral descendente, saindo pelo orifício inferior
(underflow). As partículas de menor tamanho e densidade são carregadas para o centro, num
escoamento em espiral ascendente, abandonando o equipamento pelo orifício superior (overflow)
como ilustrado na figura 11. (NEZHATI et al., 1987).
36
Figure 11: Esquema do escoamento interno de um hidrociclone
Fonte :( MACHAVA,2010 ).
Segundo KELSALL et al., (1952), foi identificado que a velocidade tengencial tem dois
comportamentos diferentes, um na porção mais interna e outro na parte mais próxima à parede do
hidrociclone. O interior envolve ovortex finder, que, tendo alcançado o máximo, a velocidade
tangencial diminui em direção as paredes do vortex finder e as paredes do hidrociclone conforme
a figura 12.
37
Figure 12: Perfil de velocidade tangencial no interior do hidrociclone
A componente radial é gerada pela parte do fluido que não pode ser descarregada pelo apex,
formando um fluxo interno na direção do vertex finder para seu descarregamento.Ela é
responsavel pela força de arraste, a qual se contrapõe a força centrífuga.
De acordo com KELSALL (1952) a velocidade nas paredes alcança o máximo, descrecendo no
sentido do centro do hidrociclone como observado na figura de velocidade radial..
38
Figure 13: Perfil de velocidade radial no interior do hidrociclone
A componente vertical ou axial é a responsável pela descarga das partículas no hidrociclone. Esta
velocidade vertical diminui no sentido das paredes do hidrociclone e aumenta em direção ao
centro de acordo com a figura da velocidade vertical ou axial. Todas as partículas localizadas
próximo as paredes tendem a direcionar-se para o apex, formando uma camada limite, cuja
espessura depende da concentração de sólidos da alimentação (BLOOR et al., 1980;
LAVERACK, 1980).
39
Figure 14: Perfil de velocidade Vertical ou Axial no interior do hidrociclone
Dessa forma, presume-se que exista uma região de interface, desconsiderando os efeitos de
turbulência, onde a velocidade vertical do líquido é nula (LZVV). Esse plano é chamado de local
de velocidade vertical zero (LZVV) conforme a figura 15.
40
Figure 15: Local de velocidade vertical zero.
O diâmetro das partículas, para as quais o raio de equilíbrio é coincidente com LZVV e que têm a
mesma chance de ser coletada no overflow, é chamado de tamanho de corte ou d50
(SVAROVSKY, 1984).
Um fator importante que deve ser lavado em consideração no escoamento interno dos
hidrociclones e a formação de um núcleo central gasoso (air core). O movimento de rotação do
líquido cria uma zona central de baixa pressão, que normalmente resulta na formação de uma
superfície livre de líquido, ao redor do eixo do hidrociclone. Se uma das saídas, ou ambas,
encontram-se abertas para atmosfera, o núcleo gasoso central será formado por ar, caso contrário,
o núcleo gasoso pode ainda existir, formado por vapor ou gases dissolvidos no líquido. Este
núcleo gasoso central pode ser suprimido evitando-se a comunicação direta das correntes de saída
com a atmosfera e por meio do controle da pressão nas tubulações que levam ao orifício do
vortex finder, overflow e ao orifício do apex, underflow. Geralmente, a ausência do núcleo
central gasoso produz um aumento na queda de pressão, para uma mesma vazão de alimentação,
assim como uma queda na eficiência de separação (FLINTOFF et al., 1987; RIETEMA, 1961B;
SILVA, 1989).
Estudos realizados por SILVA (1989), mostram que os hidrociclones com diâmetros entre 1 e
250 cm tem diâmetro de corte, para a maioria dos sólidos, variando de 2 a 250μm. A vazão de
alimentação varia entre 0,1 a 7200m3/h, a queda de pressão varia de 34 a 600 kpa.
41
2.17 As principais respostas na separação em hidrociclones
A primeira resposta apresentada, comumente citada nos trabalhos, é a capacidade, que nada mais
é do que a vazão de alimentação do hidrociclone (Qa). As demais respostas sao apresentadas na
sequência.
A divisão de um hidrociclone é definida, de acordo com Chu et al ( 2000) como a razão entre as
vazões volumétricas das correntes de underflow (Qu) e overflow (Qo):
equação 1.
Qu
S= Qo
Segundo Belaidi e Thew ( 2003), uma das principais vantagens associadas a operacões em
hidrociclones e a sua facilidade de controle, geralmente por válvulas externas.
42
conforme denominação de alguns autores, coeficiente de perda de energia (CHU et al., 2000;
2002). O número de Euler é um número adimensional que expressa a relação entre uma queda de
pressão local e a energia cinética por volume. Logo, menores valores de número de Euler
implicam uma menor perda de carga para uma mesma vazão (menor consumo energético) ou
maior capacidade para uma mesma queda de pressão.
Equação 2.
− ΔP
Eu = ρ á gua. v2c¿
Equação 3.
4 Qa
VC = П D C2
Equação 4.
1 1
Cva = ρs ó lidos 1 e Cvu = ρs ó lidos 1
ρl (
.
Cw a )
– 1 +1
ρl (.
Cw u )
– 1 +1
Nas quais o subscrito ‘’a’’ indica a corrente de alimentação e o subscrito ‘’u’’ indica a corrente
de underflow, Cv são concentrações volumétricaas de sólidos nas correntes; Cw são
43
concentrações mássicas de sólidos nas correntes; ρs ó lidosé a densidade dos sólidos e ρla
densidade do líquido.
As vazões volumétricas das correntes de underflow e alimentação são calculadas através das
concentrações mássicas, de acordo com as seguintes expressões:
Equação 5.
Wu Wa
Qu = ρu e Qa = ρa
em que o subscrito “a” indica a corrente de alimentação e o subscrito “u” indica a corrente de
underflow; Q são vazões volumétricas; Wsão vazões mássicas; ρ representam densidades, que são
obtidas pelas expressões a seguir;
equação 6
ρl ρl
ρa= 1−Cwa .(1−
ρl
) e ρu= 1−Cwu .(1−
ρl
)
ρ solidos ρ solidos
Segundo Silva ( 1989), no hidrociclone, parte da massa sólida não é separada devido somente a
acção centrífuga, pois o equipamento também age como um divisor do escoamento,tal com o
uma conexão “T” em tubulações, ou seja, a corrente inicialmente alimentada da origem as outras
correntes: do underflow e do overflow. A esse fenómeno dá-se a denominação de efeito “T”,
correlacionando-o directamente com a razão de líquido ( R L). A razão de líquido relaciona a
vazão volumétrica do fluído que sai na corrente de underflow com a que entra na corrente de
alimentação descontando as respectivas concentrações volumétricas, conforme apresentado na
sequência.
Equação 7.
Qu.(1−Cv u)
RL = Qa.(1−Cv a)
44
2.17.6 Eficiência total de separação ( η )
Equação 8.
Cwu .Wu
η= Cwa . Wa
’
A eficiência de separação reduzida (η ), por sua vez, considera apenas aqueles sólidos coletados
no underflow pelo efeito exclusivo do campo centrífugo (CHU et l., 2002; VIEIRA, 2006). Deste
modo, a influência da divisão de fluxo ( efeito T ) é desconhecida e subtraídada eficiência total
Equação 9.
η−R L
η ’= 1−R L
A eficiência granulométrica (G), também conhecida por eficiência por tamanho, é uma grandeza
relacionada ao poder de separação do hidrocilone em relação a um tamanho específico de
partícula e é tipificada com características de probabilidade. A curva de eficiência granulométrica
é também chamada curva de distribuição de probablilidade porque a curva é a probabilidade de
que partículas com certo tamanho possam ser separads na corrente de underflow apartir da
alimentação em um hidrociclone (CHU et al., 2004). Considerando os diferentes tamanhos de
partículas existentes na suspensão a ser tratada, a eficiência granulométrica pode ser relacionada
45
com a eficiência total (η) e com a variação dos tamanhos de partículas após a hidrociclonagem e
é obtida pelo produto da eficiência total pela relação entre a distribuição de frequência das
partículas das correntes de underflow pela corrente de alimentação.
Equação 10.
dXu
d (dp)
1. G = η dXa
d (dp)
2.17.9 Eficiência granulométrica reduzida (G’)
Assim como a eficiência total reduzida, a eficiência granulométrica reduzida é resultante apenas
da atuação do campo centrífugo aplicado na separação das partículas por tamanho. Logo, o efeito
da razão do líquido é também desconsiderado, como mostra a equação.
Equação 11.
G−RL
G’ = 1−RL
O diâmetro de corte reduzido (d50’) é o diâmetro da partícula que e classificada com uma
eficiência granulométrica reduzida de 50%. Assim, da mesma forma que as variáveis reduzidas
supracitadas relacionam-se a processos nos quais se considera apenas a atuação do campo
centrífugo, o diâmetro de corte reduzido se relaciona so poder de classificação de um
hidrociclone nesta situação.
46
2.17.11 Nitidez de separação
47
Figure 16: Curvas de partição típicas de hidrociclones
Porém, somente os valores de d50 e d50c não descrevem adequadamente a qualidade de separação,
uma vez que diferentes tipos de separações podem apresentar o mesmo valor de d 50 e d50ccomo
pode ser observado na figura17. Estudos, como o trabalho de (TERRA, 1938 e CHAVES, 1996),
sugeriram que a eficiência de classificação pode ser estimada pela seguinte relação;
48
Figure 17: Curvas de partição que descrevem a qualidade de separação.
Por causa do efeito de by-pass discutido no item anterior, geralmente é desejável limitar
aproporção de água que reporta ao underflow a menos de 40 %, aproximadamente. A Tabela 4
apresenta a eficiência do equipamento com relação à percentagem de sólidosreportados no
underflow, podendo ser usada como um guia geral para evitar o problemado curto-circuito
(NAPIER-MUNN et al., 1996).
Table 4: Guia para evitar o problema do “Bypass”
% de água no Eficiência
Underflow
>50% muito pobre
40-50% Pobre
30-40% Razoável
20-30% Bom
10-20% Submetido pela densidade do
underflow e efeito de roping;
<10% Realizável somente com a válvula do underflow para
produzir o produto para transportar ou armazenar
Fonte: (NAPIER-MUNN, 1996).
49
A operação de hidrociclones pode ser influenciada por inúmeras variáveis, como a geometria do
equipamento e até mesmo variáveis que podem ser controladas em operação. Em operações
industriais pouco se constatam alterações desses parâmetros, pois as variações podem implicar
em mudanças no projeto do equipamento. Entretanto os hidrociclones utilizados em escala piloto
permitem modificações de alguns parâmetros (SAMPAIO et al. 2007).
2.18.1 Geometria
Os parâmetros relacionados com sua geometria considerados importantes são os
seguintes:
Diâmetro do hidrociclone;
Área do inlet;
Comprimento da seção cilíndrica e ângulo de cone;
Diâmetro do vortex finder;
Diâmetro do apex.
50
igual ao seu diâmetro Dc. O aumento de Lc eleva o tempo de residência e, em conseqüência, se
obtém uma classificação mais fina.
Para um hidrociclone com seção cilíndrica de diâmetro fixo, a diminuição do ângulo da seção
cônica aumenta o comprimento da seção cilíndrica, induzindo um aumento do tempo de
residência. Nesse caso, a classificação também será mais fina.
O diâmetro do vortex finder situa-se entre 35 e 40 % do diâmetro interno do hidrociclone,
entretanto não se trata de uma regra absoluta. As dimensões deste
parâmetro exercem uma influência significativa sobre a:
eficiência da classificação e capacidade (kg/h) do hidrociclone;
pressão, cujo valor pode reduzir ou aumentar.
O comprimento do vortex finder deve ser suficiente para que sua base seja horizontalmente
posicionada abaixo do injetor. Desse modo, evita-se curto-circuito de partículas, isto é, passagem
direta das partículas ao overflow, sem sofrer classificação.
Frequentemente, os hidrociclones pequenos, com diâmetros menores que 250 mm, usados nos
estudos em escala piloto, possuem o ângulo do cone da ordem de 120, enquanto os maiores
possuem um ângulo de, aproximadamente, 200.
É aconselhável que o apex, ponto de maior desgaste do equipamento, possua um diâmetro menor
que um quarto do diâmetro do vortex finder.
O aumento do diâmetro do apex diminui o diâmetro de classificação. A relação inversa é mais
limitada, pois as partículas maiores só podem ser descarregadas pelo apex. Se o diâmetro do
apexfor muito pequeno, deverá ocorrer um acúmulo de material grosso nocone, aguardando a sua
descarga. Conseqüentemente, partículas que já foram rejeitadaspelo vortex finder podem retornar
e serão descarregadas, o que aumentará o diâmetro daclassificação granulométrica.
Quando a operação resulta na descarga do underflow, segundo o formato de cordão (roping),
denota uma sobrecarga do apex com partículas grossas ou, de modoinadvertido, seu
estrangulamento. Nesta situação, essas partículas são forçadas a sairpelo overflow, prejudicando,
de forma expressiva, a eficiência da classificação. Por outro lado, a descarga em forma de
guarda-chuva é característica de um apex muitoaberto. Finalmente, o operador percebe a
operação eficiente do hidrociclone, quando ounderflow descarrega na forma de um cone de
ângulo pequeno, ou chuveiro, que é aposição adequada à classificação perfeita. As três situações
podem ser observadas nafigura 18.
51
Figure 18: Esquema das três formas de descarga do underflow no hidrociclone
52
O aumento da percentagem de sólidos na alimentação tende a aumentar o diâmetro de corte.
Logo, quanto maior o valor desta variável, as partículas mais grossas enfrentarão mais obstáculos
para atravessar a zona de partículas mais finas e decantam na zona de centrifugação.
A distribuição granulométrica do minério determina a relação entre a fração retida e a passante na
malha de classificação, ou seja, os sólidos residuais no overflow, que influenciarão no diâmetro
de classificação. Quanto maior for a quantidade de lamas na alimentação, mais viscosa será a
polpa e, consequentemente maior será o diâmetro de classificação.
A pressão da alimentação é uma variável que deve-se reservar um certo cuidado com o aumento
da pressão na alimentação do hidrociclone, por diversas razões. Na prática, aumenta-se a pressão
quando a velocidade de rotação (rpm) da bomba é elevada. O aumento da pressão provoca um
acréscimo na capacidade (kg/h) do hidrociclone, que implica no aumento da velocidade
tangencial e, que por consequência, estende o mesmo efeito à velocidade angular. O resultado é
um campo centrífugo com maior intensidade.
Portanto, prover maior valor à pressão de alimentação significa oferecer maior chance de
decantação centrífuga às partículas menores, diminuindo o diâmetro de corte (SAMPAIO et al.
2007).
53
3 METODOLOGIA DE REALIZAÇÃO DO TRABALHO
Trabalhos de campo
Análises de laboratório
Pesquisas bibliográficas
Trabalho de escritório
Desta forma o trabalho foi resultado de uma investigação de campo na usina de beneficiamento
da ICVL – Tete, suportadas por análises laboratoriais das amostras que serão colhidas e
trabalhadas para o teste.
54
acumular informações, ela deve ser controlada e sistemática, possibilitando um contacto pessoal e
estreito do investigador com o fenómeno pesquisado.
A pesquisa de laboratorio é um procedimento de investigação mais difícil, porem mais ixacto. Ela
descreve e analisa o que será ou ocorrerá em situações controladas. Exige instrumental
específico, preciso, e ambientes adequados. O objectivo da pesquisade laboratório depende
daquilo que se propôs alcançar, deve ser previamente estabelecido e relacionado com
determinada ciência ou ramo de estudo ( BEST, 1972 ).
Para Manzo (1971), a bibliografia pertinente "oferece meios para definir, resolver, não somente
problemas já conhecidos, como também explorar novas áreas onde os problemas não se
cristalizaram suficientemente" e tem por objectivos permitir ao cientista "o reforço paralelo na
análise de suas pesquisas ou manipulação de suas informações" Esta fase consistiu na aquisição
e recolha de todo material necessário para a concretização do trabalho incluindo a revisão
bibliográfica através da leitura de obras, relatórios artigos publicados, mapas geológicos.
55
4 APRESENTAÇÃO, ANÁLISE E INTERPRETAÇÃO DOS DADOS
4.1 Fluxograma da região do estudo
Primeiramente são apresentados os resultados das análises sob pontos de fluxograma da região do
estudo, mineralógicas egranulométrica da amostra global. E finalmente são discutidos a
hidrociclonagem, a modelagem e o desempenho do equipamento.
56
Imagem 1: Hidrociclones usados na planta. ( ICVL )
Para realização dos ensaios de hidrociclonagem foi utilizada uma bancada de ensaio, em circuito
fechado, com o objetivo de permitir a realização de ensaios de classificação com hidrociclones de
acordo com as suas especificações.
57
Na separação e classificação em hidrociclone de dislamegem da planta da ICVL classifica o
material em finos e ultrafinos onde por sua vez os finos para as peneiras fixas ( Sieve Bends ) e
ultrafinos para flotação ( flotation jameson cell ).
A Engenharia e muito vasta mas porém são bem vindos os pontos de vista em qualquer sector
indústrial e empresarial de baixos custos, lucros extraordinarios, e uma vida útel bastante longa e
remunerravel. Todavia como as imagens ilustram, as perdas devem-se ao transbordo dos tanques
de flotação (flotation feed sump) e o producto dos finos ( fine product ).
58
Imagem 4: Bomba do carvão fino e ultrafino.
Sendo necessárias as alteraçães geométricas com vista a remodelar a planta para a posterior
classificação foram colhidas algumas amostras e dados que auxiliaram no sustentamento e
suporte do autor de modo a trazer melhorias na sociedade, no mercado do carvão mineral, a
propria entidade empresarial, aos trabalhadores garantindo longos anos de vida com o emprego e
a Engenharia na comissão científica. Apresentam-se no capitulo asseguir uma breve analise de
dados e discursão da matéria.
59
4.3 Resumos de dados operacionais e objectivos da planta
Plano Objectivos
termico 28/ ± 2
Recuperação Coque 35 20
Térmico 10 10
Para análise de Cinza (ASH) são usados cadinhos de cerâmica e as temperaturas variam de
680℃a700℃, onde a margem de erro é±20℃;
61
Table 6: Resultados de teor de cinzas ( Ash )
Tempo Alimenta Coque Grosso Teor de Alimentação Rejeito Produto Alimentaç Rejeito da Produto %da % da
ção do cinzas do reflax do dos ão da flotação da produ
produç
coque do reflax finos flotaçÃo flotação ção
térmico do ão do
coque
termico
(5-7)h 29.9 10.6 12.9 24.9 11.9 53.2 11.1 36.7 44.3 6.2 33% 16
%
(13-15)h 31 12.5 15.6 27.2 38.3 47.7 9.2 14.9 29.8 7.1 41% 11
%
(17-19)h 35.5 11.9 15.1 28.2 25.3 53 10.2 28.2 48.3 6.9 46% 5%
(21-23)h 29.6 13.9 16.9 28.1 29.4 51.5 12.2 27.6 50.9 8.5 41% 3%
(01-3)h 26% 5%
62
(3-5)h 0% 0%
Average 30.6 12.4 26.9 24 49.7 11.1 29.9 44.6 7.1 37% 9%
Circuit Ashes
20
15
11.4 11.4 12.5 12.2 12.4
10 11.1 10.4 10.2 10.2
9.2 9.5
5
0
#REF! Coking
Coarse Coking Flotation Product Fines Product
YIELD BY ASH
Times Plant REFLUX CLASSIFIER FLOTATION CELL
Feed Reflu Produ Rejec Reflu Reflux Flotatio Produ Rejec Flotat Flota
Ash x ct t x Combusti n Feed ct t ion tion
Feed Yield ble Yield Com
Recovery busti
ble
63
Reco
very
5:00 30.5 11.9 11.3 53.2 98% 99% 36.7 5.9 44.3 20% 29%
9:00 28.1 15.3 10.9 43.0 86% 91% 42.2 7.1 49.9 18% 29%
13:00 33.5 38.3 9.7 47.7 25% 36% 14.9 6.7 29.8 64% 71%
17:00 32.1 25.3 11.4 53.0 67% 79% 28.2 8.0 48.3 50% 64%
21:00 28.8 29.4 12.3 51.5 56% 70% 27.6 8.0 50.9 54% 69%
1:00 28.2 16.6 9.5 56.3 85% 92% 33.8 8.5 33.8 0% 0%
Yield by ash
64
1200% 45.0
42.2
40.0
1000% 36.7
33.8 35.0
800% 30.0
28.2 27.6
25.0
600%
20.0
400% 14.9 15.0
10.0
200%
5.0
0% -
0 1 2 3 4 5 6 7
#REF! #REF!
Flotation Yield Flotation Combustible Recovery
Reflux Feed Flotation Feed
Em conformidade com razões diversas o plano que apresenta a tabela 4, nem sempre consegue-se
almejar mas porém ha vezes que passam as metas e ha vezes que não chega por razões diversas
como: paragens da planta por corte de energia, ávarias mecânicas, sistematicas em fim. A seleção
dos dados a seguir foi durante o tempo em realização do estágio profissional e constatou-se que.
BALANCING
Plant Feed
Coking Coal (ton) Thermal (ton)
(ton)
Day 7392 2825 882
Night 5,596 2,044 231
24 Hrs 12988 4869 1,113
Do carvão que é alimentado na planta 92,4 % do coque, isto e, nao ha razões de queixa na mina
talvez advertir para mudanças de planos de modo a aumentar a produção porque mesmo com o
carvão térmico as metas tem se atingido e passado, o que quer dizer que se se, trabalhar mas pode
se crescer na produção.
thermal
used
not used
coking coal
0% 10% 20% 30% 40% 50% 60% 70% 80% 90% 100%
Fonte: O autor
Segundoos dados revelam que na produção a empresa so consegue aproveitar 38% do carvão
mais exigido e comprado no mercado (coking coal) alimentado na indústria cosequentimente,
outro material fica disperso e perde-se durante o seu processamento. Porém a Engenharia por sua
vez vem por este meio estabilizar o processamento, rendimento e garantir metodos eficazes.
66
Table 9: recuperação actual da empresa.
YIELD
Coking Thermal
Day 38% 12%
Night 37% 4%
Total 38% 8%
cokingproduct t h ermalproduct
Coking yield = * 100% Thermal yield = * 100%
totalplantfeed totalplantfeed
2825 882
Coking yield = * 100% = 38% Coking yield = * 100% = 12%
7392 7392
Sob ponto de vista economico, conclui-se que muito carvão e depositado na barragem de rejeito e
cosequentimente torna-se um prejuizo, não so com a empresa mas tambem com a sociedade no o
alargamento da barragem do rejeito, futuras gerações moçambicana no ambito de ma gerencia
dos recursos minerais. Embora salientem alguns estudos que o carvão da região em estudo
apresenta altas e boas qualidades.
Thermal
used
not used
Coking
0% 10% 20% 30% 40% 50% 60% 70% 80% 90% 100%
Fonte: O autor
67
Table 10: variação de teor de cinzas no produto dos grossos, finos e ultrafinos. Fonte: O Autor, 2015.
ASH PRODUCT
Os dados do hidrociclone oferecidos pela empresa de fabrico mench australlian conciliando com
o balanço massico apresentado na figura 8, pode-se observar que:
DADOS
balanço de massa:
Nr de hidrociclones: 3
feed overflow
Diametro do hidrociclone: 900mm
80 650 14 72
Pressão: 102 kpa
12.3 570 19.4 58
d50: 1mm
velocidade da polpa: 2.8 m/s
estrutura da tabela underflow
66 578
68
Consumo energético (usando aequação 2 ):
∆ P∗2 102000∗2
Eu = = = 26,0204 J * 3 = 78,0612 J
ρagua∗Vc 2 1000∗7.84
Situação actual:
X -------------------- 65 kpa
C
X = 42.0588 t / h &R = .
A
42.0588
logo: = 52.5735 %
80
Com o estudo em causa, a empresa pode ser sugerida a mudar o plano de produção devido ao
aumento subito do rendimento, porém:
69
Desempenho do hidrociclone
Capacidade de 82,5% 42,058 % ˃˃ 42,058 %
recuperação
Recuperação / produção
coque 35 % 38 % ˃˃ 38 %
O carvão térmico termina no circuito dos grossos e este não e tão procurado no mercado
internacional comparado ao coque razão que a sua recuperação mantem, e trabalha-se com o
mais exigido.
70
5 CONCLUSÕES E RECOMENDAÇÕES
5.1 Conclusões
O tratamento desse material poderá ser de extrema importância e vantajoso, pois permitira
a redução de espaço físico que o mesma demanda, aumentando a vida útil da barragem ou ainda o
seu reaproveitamento;
A hidrociclonagem pode trazer uma produção súbita tendo enormes vantagens por acarretarem
baixos custos e optimos em processamento,
O uso do hidrociclone com as condições vitais da empresa não tem sido devidamente visto que
ela só produz 52, 57% enquanto estabelece condições de chegar a 82,5%, porém precisa-se
subsidiar com o material colectado no floor para o devido uso do mesmo,
71
5.2 Recomendações
Perante situações de ponto de vista técnico e gerais enfrentadas no terreno durante o período de
práticas profissionais realizadas no departamento da CHPP, planta de processamento do carvão
mineral na empresa ICVL, o autor é obrigado a tirar suas ilações de carácter técnico, com vista a
desenvolver suas competências e evoluir a produção da empresa em condições seguras para o
desenvolvimento cada vez mais desejável e deste modo tornar o meio ambiente saudável, uma
vez que o Homem nas suas actividades deve pautar sempre pelo uso racional dos recursos de que
dispõe.
Que as bandas transportadoras ( conveyor – belt ) excepto a 701 ( reject conveyor ) da planta de
beneficiamento do CHPP da ICVL – Minas de Moatize – Benga, tenham no mínimo 1.5metros de
altura de modo a dinamizar o processamento do carvão mineral na usína, proporcionando menos
riscos de rupturas e desgastes nas conveyors, assim favorecendo a contenção ou minimização de
gastos de água na remoção do spilleg;
Adoptar set points para o Reflax classifier (classificador dos finos) de modo a estabelecer uma
recuperação máxima do seu produto cujo em algumas ocasiões tem se descarregado quantidades
do carvão com especificações desejadas para a desaguadora (fine coal reject dewatering screen );
72
6 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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