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TETE
OUTUBRO, 2019
UNIVERSIDADE CATÓLICA DE MOÇAMBIQUE
TETE
OUTUBRO, 2019
Índice
1. ITRODUÇÃO ................................................................................................................ 4
2.2. Hidrociclones.............................................................................................................. 9
1.1.Breve Introdução
A primeira fase do processamento de areias pesadas compreende basicamente várias etapas
para a obtenção de um produto com uma boa qualidade para a segunda fase de separação
mineral e a um investimento relativamente reduzido. Dentre essas etapas tem-se: o
peneiramento em telas vibratórias, deslamagem em hidrociclones e concetração em espirais.
As três etapas são de extrema importância devido a utilização de água como meio facilitador
da separação, entre o material pesado do leve (mineral minério do rejeito), a este tipo de
separação denomina-se separação à húmido. Nas três etapas do processamento primário das
areias pesadas tem-se obtido dois resultados em cada etapa, ou seja, para cada etapa teria-se
mineral concentrado e mineral rejeitado. Neste caso existem vários factores que fazem com
que haja perdas do mineral pesado no rejeito, ou seja, existem alguns factores que
influenciam no sucesso ou no insucesso de cada etapa de separação mineral.
A presente pesquisa foca-se no estudo dos produtos rejeitados, visto que eles devem conter
a mínima quantidade de material pesado possível, podendo assim ter o mínimo número de
perdas, neste sentido em importante que se garanta que todos os parâmetros que influênciam
negativamente e positivamente estejam bem controlados, podendo assim, ter nenhuma ou o
pouca quantidade de perdas de material pesado na empresa. Os estudos foram feitos na
empresa Kenmare, onde duraram três (3) meses, a empresa localiza-se a 160 km da cidade
de Nampula.
O trabalho faz abordagens dos factores quem determinam a boa recuperação do material
pesado, sendo que, estes factores quando mal utilizados levam a perdadas segnificativas do
mesmo material.
1.2.Delimitação do tema
O tema corresponde a um estudo feito nos pontos de rejeições das etapas de peneiramento
em telas vibradoras, hidrociclones deslamadores e nas espirais concentradoras, que
ocorreram na primeira fase de processamento das areias pesadas, podendo assim, avaliar as
perdas e verificar os factores que as causaram e melhorar a recuperação em cada etapa da
primeira fase de separação de minerais pesados.
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1.3.Formulação do problema
Na empresa Kenmare Moma Mining existem duas fases de concentração dos minerais
pesados nomeadamente WCP's (A e B) e MSP, sendo que na WCP-A e WCP-B fazem-se as
concentrações de minerais pesados à húmido, e na MSP faz-se a separação do concentrado
obtido nas WCP's, que levam aos três produtos finais nomeadamente Ilemanite (FeTiO3),
Rutilo (TiO2) e Zircão (ZrSiO4).
A primeira fase de concetração dos minerais pesados constitui uma etapa importante para
obtenção do produto final da mesma fase, assim sendo, é de extrema importância garantir a
máxima recuperação para que se chegue à meta planeada (mandar concentrado de mineral
pesado para a ultima fase). Portanto verifica-se que na empresa Kenmare Moma Mining
(WCP-B), a recuperação do mineral pesado é comprometida pelo bom funcionamento dos
equipamentos envolvidos nesta fase de separação mineral (desde os equipamentos principais
até os auxiliares).
Com o problema arrolado pretende-se responder a seguinte questão: Quais são os factores
que influenciam no mau funcionamento dos equipamentos de separação e concentração de
minerais pesados, que levam a perda dos mesmos para a rejeição na WCP-B?
1.4.Justificativa
Quando um material é rejeitado, significa que não tem importância para a empresa. Neste
caso, deve se garantir que só se rejeite raizes e pedregulhos nas telas vibradoras; lama nos
hidrociclones e quartzo nos espirais concetradores. Deve se garantir que haja uma boa
separação nas telas vibradoras, isso porque, quando não se rejeitar o excesso de lama e
pedregulhos (bolas de argila) logo nesta fase, teremos muitos bloqueios nos equipamentos,
desgaste dos mesmos e não teremos uma boa recuperação do mineral pesado.
O excesso de lama nas 3 etapas resulta em rejeição do material útil ou perda do material
pesado. Para além de favorecer o bom uso dos equipamentos, garantir a boa recuperabilidade
possivél ou seja evitar perdas dos minerais pesados também e garantir-se a minimização de
custos desnecessarios à Kenmare.
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1.5.Objectivos da investigação
1.6.Hipóteses
a) Avaliação dos equipamentos usados para a separação dos minerais pesados, visto que
são neles onde ocorrem a separação de mineral minério do mineral de ganga, e são
neles onde ocorrem as perdas do mineral útil.
b) Melhoria na alimentação dos equipamentos da primeira fase da separação de minerais
pesados, principalmente nas peneiras vibradoras, porque é lá onde não tem havido
alimentação constante por falta de regularização da capacidade das mesmas
(capacidade não definida) e tem havido excesso de lama. Sabe-se que a lama presente
atrapalha a separação dos minerais e terminando por arrastar consigo o mineral
pesado para o oversize.
1.7.Estrutura do projecto
O presente trabalho é composto por cinco capítulos dos quais estão divididos da seguinte
forma:
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Capítulo III- Metodologia de investigação, instrumentos básicos ou técnicas de
recolha de dados e limitações de estudo.
Capítulo IV- Cronograma de actividades.
Capítulo V- Referências bibliográficas.
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2. QUADRO CONCEPTUAL E TEÓRICO
Segundo Sampaio, Luz & França (2010), Os métodos de tratamento de minérios que
envolvem classificação e peneiramento apresentam como objetivo em comum, a separação
de um certo material em duas ou mais frações, com partículas de tamanhos distintos.
2.1.Peneiras vibratórias
O movimento vibratório é caracterizado por impulsos rápidos, normais à superfície, de
pequena amplitude (1,5 a 25 mm) e de alta frequência (600 a 3.600 movimentos por minuto),
sendo produzidos por mecanismos mecânicos ou elétricos (Sampaio et al, 2010).
As peneiras vibratórias podem ser divididas em duas categorias: aquelas em que o movimento
vibratório é praticamente retilíneo, num plano normal à superfície de peneiramento (peneiras
vibratórias horizontais); e aquelas em que o movimento é circular ou elíptico neste mesmo
plano (peneiras vibratórias inclinadas). Estas peneiras são as de uso mais frequente em
mineração, sendo muito empregadas nos circuitos de britagem e de preparação de minério
para os processos de concentração. A sua capacidade varia entre 50 a 200 t/m2/mm de
abertura/24 h (Sampaio et al, 2010).
onde:
0,5 a < d < a - que em termos probabilísticos têm menor chance de passar que as demais
partículas menores que a malha; e
a < d < 1,5 a - que embora não passantes, são as que mais entopem as telas das peneiras.
2.2.Hidrociclones
Os hidrociclones, como os classificadores mecânicos, têm a sua maior aplicação em circuitos
fechados de moagem, diferindo desses últimos pela maior capacidade. O princípio básico de
separação empregado nos hidrociclones é a sedimentação centrífuga. O desempenho desses
é influenciado por suas dimensões, pelas variáveis operacionais e pelas propriedades físicas
dos sólidos e da polpa alimentada (Sampaio et al, 2010).
Segundo Oliveira, Silva & Sampaio, (s.a), Os hidrociclones são alimentados com polpa de
minério, resultando como produtos o underflow e o overflow. O primeiro contém a maior
parte das partículas grossas que foram alimentadas e o segundo engloba a maioria das
partículas finas, que foram classificadas.
Basicamente um hidrociclone consiste de uma parte cilíndrica seguida de uma parte cônica
que possui, em seu vértice, uma abertura, denominada apex, pela qual descarrega o
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underflow. A alimentação é introduzida tangencialmente à seção cilíndrica, em que há um
tubo coaxial denominado vortex finder, pelo qual é descarregado o overflow (Carrisso, 2004).
Para Trawinski (s.a, citado em Sampaio et al, 2010), As principais aplicações para os
hidrociclones, dentre as quais, são citadas:
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Entretanto, os hidrociclones usados em escala piloto permitem modificações de alguns
parâmetros. Aqui serão discutidos apenas os parâmetros considerados importantes na
operação de hidrociclones: diâmetro do hidrociclone, diâmetro e comprimento do vortex
finder, área do injetor (inlet), diâmetro do apex, comprimento da parte cilíndrica e ângulo de
cone (Mular, 2003).
Diâmetro do Hidrociclone
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Altura da seção cilíndrica - Aumentando a altura, diminui o diâmetro de corte.
(AI) = 0,05 D2
Diâmetro e altura do vortex finder - O diâmetro do vortex finder situa-se entre 35 e 40%
do diâmetro interno do hidrociclone, entretanto não se trata de uma regra absoluta. As
dimensões deste parâmetro exercem uma influência significativa sobre a:
Diâmetro do apex - Os hidrociclones pequenos, com diâmetros menores que 250 mm,
usados nos estudos em escala piloto, possuem o ângulo do cone da ordem de 12 , enquanto
o
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Quando a operação resulta na descarga do underflow, segundo o formato de cordão, denota uma
sobrecarga do apex com partículas grossas ou, de modo inadvertido, seu estrangulamento. Nesta
situação, essas partículas são forçadas a sair pelo overflow, prejudicando, de forma expressiva, a
eficiência da classificação. Por outro lado, a descarga em forma de guarda-chuva (spray) é
característica de um apex muito aberto. Finalmente, o operador percebe a operação eficiente do
hidrociclone, quando o underflow descarrega na forma de um cone de ângulo pequeno, ou chuveiro,
que é a posição adequada à classificação perfeita. As três situações estão esquematizadas na Figura
1.
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Pressão na alimentação;
Viscosidade e densidade da polpa.
Portanto, prover maior valor à pressão de alimentação significa oferecer maior chance de
decantação centrífuga às partículas menores, diminuindo o diâmetro de corte. No entanto,
operações com demasiado valor da pressão (superiores a 7,0 atm) resultam em excessivos
custos operacionais e de manutenção da bomba de polpa, o que é indesejado.
3. Espirais concetradoras
O concentrador espiral é construído na forma de um canal helicoidal de seção transversal
semicircular (Figura 2). Muito embora sejam comercializadas espirais com características
diferentes diâmetro e passo da espiral, perfil do canal e modo de remoção do concentrado,
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conforme o fabricante e o fim a que se destina, os mecanismos de separação atuantes são
similares (Sampaio et al, 2010).
Quando a espiral é alimentada, a velocidade da polpa varia de zero na superfície do canal até
um valor máximo na interface com o ar, devido ao escoamento laminar. Ocorre também uma
estratificação no plano vertical, usualmente creditada à combinação de sedimentação
retardada e consolidação intersticial, sendo também provável que haja a ação de esforços
cisalhantes. O resultado final é que no plano vertical, os minerais pesados estratificam-se na
superfície do canal, com baixa velocidade, e os minerais leves tendem a estratificar-se na
parte superior do fluxo, nas regiões de maiores velocidades. A trajetória helicoidal causa
também um gradiente radial de velocidade no plano horizontal, que tem um efeito menor na
trajetória dos minerais pesados e substancial na dos minerais leves. Estes, devido à força
centrífuga, tendem a uma trajetória mais externa (Sampaio et al, 2010).
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No processamento mineral, a espiral concentradora é utilizada com sucesso, na concentração
de minérios. Contudo, para a utilização deste equipamento, algumas propriedades físicas dos
minerais devem ser consideradas, sobretudo a densidade, o tamanho e o formato dos grãos
minerais (Aplan, 2003; Sampaio e Tavares, 2005).
Para Lins, (2004, citado em Braga & Sampaio, s.a), A energia potencial contida na polpa,
associada à força centrífuga decorrente do movimento circular da polpa, respondem pela
eficiência no processo de separação. Isso decorre da forma helicoidal de sua calha
semicircular, que propicia a esse equipamento uma eficiência de separação imbatível na faixa
granulométrica de sua aplicação. Entretanto, para que ocorra a separação como processo de
concentração, é necessário que a diferença entre as densidades do mineral valioso e da ganga
seja igual ou superior a 1,0. Valores inferiores a 1,0 dificultam bastante a separação em
espirais concentradoras, como por exemplo, a separação dos minerais calcita e fluorita.
Nos dias atuais, a espiral concentradora substitui, com sucesso, a mesa oscilatória na maior
parte das aplicações industriais. A razão disso está ligada aos seguintes fatores:
A espiral não possui partes móveis, entretanto, baixos custos de capital e
manutenção;
A sua construção, com materiais leves e duráveis, facilita o manejo do equipamento
e demanda pequenos espaços para instalações.
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4. METODOLOGIA DE INVESTIGAÇÃO
a) Quanto a abordagem o tipo de pesquisa é quantitativa porque envolve manipulação
de resultados quantificáveis a fim de obter conclusões possíveis de expressar
numericamente;
b) Quanto a natureza o tipo de pesquisa é aplicada porque tem como objectivo gerar
conhecimentos para aplicação prática, dirigidos à solução de problemas específicos;
c) Quanto aos objectivos o tipo de pesquisa é exploratória porque objectiva criar
familiaridade com o problema a fim de torna-lo explícito e criar hipóteses;
d) Quanto aos procedimentos o tipo de pesquisa é bibliográfica porque irá basear-se no
levantamento de referências teóricas já analisadas e publicadas, e será ao mesmo
tempo quanto aos procedimentos pesquisa de campo porque além da pesquisa
bibliográfica envolve a colecta de amostras e análise de resultados.
Os instrumentos a serem usados para a recolha de dados de campo serão copo para a colecta
de amostra, sacos pláticos e baldes para reservar as amostras, balança para pesar amostras,
rádio para perguntar a pressão e nível de água, marcadores para marcar os sacos e baldes,
diferenciando uma amostra da outra, fita isoladora para isolar os sacos. Para o registo dos
valores a serem encontrados nas leituras a realizar será usado um caderno tipo A4 e uma
esferográfica.
4.2.Limitações de Estudo
Durante o desenvolvimento dos trabalhos de pesquisa e estudos na área de trabalho teve-se
como dificuldades o acesso imediato dos resultados do laboratórios, a estudante tinha de
esperar pelo supervisor (ela não tinha acesso ao sistema de busca dos recultados das
amostras), havia muitas paragens da planta, o que resultava em não recolha de amostras,
(paravam a plata, para fazerem manutenções, por vezes levavam dias para terminarem).
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5. Cronograma De Actividades
5.1.Cronograma de Actividades
Actividades Meses
Pesquisa do tema
Pesquisa bibliográfica
Colecta de dados
Apresentação e
discussão de dados
Elaboração do trabalho
Entrega do trabalho
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6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
a) ANDERY, P. Fundação Instituto Tecnológico do Estado de Pernambuco - IFEP
Recife, 1980
b) BRAGA, P., SAMPAIO, J. Capítulo 16 – ensaios em espirais concentradoras.
Brasil, s.a.
c) CARRISSO, R. C. C. e CORREIA, J. C. G. Classificação e Peneiramento. In: Luz,
A. B.; Sampaio, J. S e Almeoida, S. L. M. (Ed). Tratamento de Minérios. 4a ed. Rio
de Janeiro: CETEM, 2004. p.197-237.
d) MANUAL DE BRITAGEM, 4 ed. São Paulo: Fábrica de Aço Paulista. 1985. p. 5.02-
5.043.
e) MULAR, A. L. e JULL, N. A. Cyclone classifiers, pumps and pump boxes for
grinding circuits. In Mular, A. L. e Bhappu, R. B. (Ed.) Mineral processing plant
design. 2nd Edition. Society of Mining Engineers. New York, 1980.
f) MULAR, A. L. Size sepation. In: Fuerstenau, M. C. Han, K. N. (Ed.) Principles of
mineral processing. SME, 2003, p.119-172.
g) OLIVEIRA, G., SAMPAIO. J., SILVA. A. Capítulo 7 – ensaios de classificação
em hidrociclone. Brasil, s.a.
h) SAMPAIO, J. et al (2010). Tratamento de Minérios. 5a edição, Brasil.
i) TRAWINSKI, H. Teoria, aplicações e emprego prático dos hidrociclones - AKW do
Brasil Equipamentos para Mineração Ltda. (s.n.t.).
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