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Master Engenharia

em Geotecnia

Disciplina:
Geotecnia Aplicada à Rejeitos de
Mineração

23 e 24/09/2019
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Apresentação
 DISCIPLINA
– Geotecnia Aplicada à Rejeitos de Mineração
 PROFESSOR
Washington Pirete da Silva: Engenheiro Civil (FUMEC/2007), Mestre em
Geotecnia (UFOP/2010). Experiência nas atividades de Geotecnia Aplicada a
Mineração, com 16 anos atuando na área de geotecnia (técnico e engenheiro),
sendo 23 anos trabalhando na área de Mineração. Atualmente trabalhando como
apoio técnico nas empresas de projeto de geotecnia.
Principais atividades: Monitoramento e inspeção em estruturas geotécnicas,
gerenciamento de projetos geotécnicos por demanda operacional, projetos de
estruturas de longo prazo (novos empreendimentos), estudos experimentais de
desaguamento e testes de aterros experimentais com rejeito filtrado e espessado.
Ao longo de sua vida profissional, trabalhou nas empresas Ferteco Mineração,
VALE S.A e atualmente é engenheiro geotécnico de apoio técnico nas empresas
BVP Engenharia e TetraTech.
 Contatos:
(31) xxxxx-xxxx
wpiret@yahoo.com.br 2
Apresentação
 CONTEÚDO DA DISCIPLINA:
• Aula 1: Visão sistêmica de uma unidade de mineração e Acompanhamento de Análise de
Cava de Céu Aberto;
• Aula 2: Estudos de Pilhas de Disposição de Estéril;
• Aula 3: Barragens e Diques de Mineração (rejeitos, sedimentos e água), Beneficiamento de
Minério, Processo, Tipos de Rejeitos e Balanço de Água;
• Aula 4: Métodos de Disposição e Transporte de Rejeitos, Reologia dos Rejeitos, Filtragem de
Rejeito e Aterro experimental de rejeito Filtrado;
• Aula 5: Métodos Alternativas de Disposição de Rejeitos, Pilha de Disposição de Rejeito
Filtrado;
• Aula 6: Investigação Geotécnica (ensaios de campo e laboratório), resultados de ensaios de
campo e laboratório, parâmetros geotécnicos e instrumentação;
• Aula 7: Estudos de Projetos Conceitual, Básico, Executivo, “As Built”, “As Is’, “Design
Review”, “Peer Review”, “Engineer Of Record” – EOR, Auditorias, Descomissionamento e
Descaracterização;
• Aula 8: Principais causas de rupturas; Modos de Falhas de Ruptura, Fenômeno de
Liquefação e Metodologias aplicadas para Análise de Liquefação
• Aula 9: Legislação de Barragens, Plano de segurança de barragens e Avaliação Final.
Apresentação
 CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO
o Participação em sala de aula, assiduidade e conteúdo nos exercícios. Estes
exercícios serão desenvolvidos em sala de aula (20 Pontos):
o Listas de Exercícios (20 Pontos)
o Trabalhos de Grupo: Tema ministrado na sala de aula (20 Pontos)
o Prova para avaliação dos conhecimentos adquiridos – (40 Pontos 27/06).

 CONTEÚDO PROGRAMÁTICO:
o Barragens e Diques de Mineração;
 Definições e Termos;
 Principais Componentes de uma Barragem;
 Tipos de Barragens de Mineração;
o Beneficiamento de Minério
 Definições e Termos;
 Etapas do Processo Mineral (Minério de Ferro);
 Rotas de Processo e Características de Rejeito
 Balanço de Água nas Usinas;
Geotecnia Aplicada à Rejeitos de Mineração
Aula 3 – Barragens e Diques de Mineração

Estéril

Sedimentos
Minério ROM Pilha de Disposição de Estéril

Efluente

Barragem / Dique de contenção de Sedimentos


Produtos

Efluente

Barragem de Rejeito
Geotecnia Aplicada à Rejeitos de Mineração
Aula 3 – Barragens e Diques de Mineração

Definições e Termos

Barragens de mineração: barragens, barramentos, diques, reservatórios, cavas exauridas


com barramentos construídos, associados às atividades desenvolvidas com base em direito
minerário, utilizados para fins de contenção, acumulação ou decantação de rejeito de
mineração ou descarga de sedimentos provenientes de atividades em mineração, com ou sem
captação de água associada, compreendendo a estrutura do barramento e suas estruturas
associadas. As barragens podem estar localizadas em um curso permanente ou temporário de
água;
Barragens para disposição de rejeitos: estruturas utilizadas para reter (conter), de forma
planejada, projetada e controlada, grandes volumes de rejeitos advindos do processo de
beneficiamento de minério;
Alteamento de barragens: quaisquer incrementos de altura do maciço de barragens, a partir
de um maciço inicial existente, projetados e construídos para aumento de capacidade
volumétrica, elevação de lâmina de água, aumento de altura de amortecimento de cheias, ou
outro motivo, tornando necessário ou desejável tal procedimento;
Barragens construídas com rejeito: barragens formadas com rejeitos, que possuem
características geotécnicas que permitem que sejam utilizados para a construção ou
alteamento da estrutura principal de contenção;

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Fonte: NBR 13.028 e Portaria 70.389 .
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Aula 3 – Barragens e Diques de Mineração

Definições e Termos

Métodos para alteamento de barragens: alteamento da barragem a partir do eixo do maciço


inicial existente, podendo ser projetado e construído por meio de três formas: métodos de
alteamento a jusante, linha de centro e montante.
Barragens construídas com rejeito: barragens formadas com rejeitos, que possuem
características geotécnicas que permitem que sejam utilizados para a construção ou
alteamento da estrutura principal de contenção;

Sistema de disposição de rejeitos em barragem: Conjunto formado pelos subsistemas


necessários à disposição dos rejeitos, como barragem, diques intermediários, diques selas,
pilhas, adutoras e estações de bombeamento;
Empilhamento drenado: tipo específico de estrutura construída hidráulica ou mecanicamente
com rejeitos, que se configura como uma pilha permeável, sem formação de reservatório
permanente durante toda a sua vida útil e após sua desativação, podendo ser implantado em
fundo de vale, encosta ou outra área.;
Descomissionamento: Encerramento das operações com a remoção das infraestruturas
associadas, mas não se limitando, a espigotes, tubulações, exceto aquelas destinadas à
garantia da segurança da estrutura;

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Fonte: NBR 13.028 e Portaria 70.389 .
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Aula 3 – Barragens e Diques de Mineração

Definições e Termos

Desativação da barragem: processo de estabelecer uma configuração para a barragem e seu


entorno, com o objetivo de alcançar a estabilidade fisica, química, ecológica, social e
sustentável, ambientalmente adequada após o uso. Esta configuração pode ser alcançada
durante ou após a operação das minas;

Barragem de mineração descaracterizada: estrutura que não recebe, permanentemente,


aporte de rejeitos e/ou sedimentos oriundos de sua atividade fim, a qual deixa de possuir
características ou de exercer função de barragem, de acordo com projeto técnico,
compreendendo, mas não se limitando, às seguintes etapas concluídas:
I. Encerramento das operações com a remoção das infraestruturas associadas, tais como, mas
não se limitando, a espigotes, tubulações, exceto aquelas destinadas à garantia da segurança
da estrutura;

II. Adoção de medidas efetivas para reduzir ou eliminar o aporte de águas superficiais e
subterrâneas para o reservatório, não sendo permitido o trânsito de cheias no reservatório, no
dimensionamento do sistema extravasor;

III. Execução de medidas que visem garantir a estabilidade física, química e biológica de longo
prazo das estruturas que permanecerem no local; e,

IV. Acompanhamento pelo período necessário para verificar a eficácia das medidas adotadas para
descaracterização.
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Fonte: NBR 13.028 e Portaria 70.389 .
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Aula 3 – Barragens e Diques de Mineração

Definições e Termos

Definição de Barragem, LEI Nº 12.334 – Set/2010: “Barragem: qualquer estrutura em um


curso permanente ou temporário de água para fins de contenção ou acumulação de
substâncias líquidas ou de misturas de líquidos e sólidos, compreendendo o barramento e as
estruturas associadas.”
Parágrafo único. Esta Lei aplica-se a barragens destinadas à acumulação de água para
quaisquer usos, à disposição final ou temporária de rejeitos e à acumulação de resíduos
industriais que apresentem pelo menos uma das seguintes características:

I - altura do maciço, contada do ponto mais baixo da fundação à crista, maior ou igual a
15m (quinze metros);

II - capacidade total do reservatório maior ou igual a 3.000.000m³ (três milhões de metros


cúbicos);

III - reservatório que contenha resíduos perigosos conforme normas técnicas aplicáveis;

IV - categoria de dano potencial associado, médio ou alto, em termos econômicos,


sociais, ambientais ou de perda de vidas humanas, conforme definido no art. 6o.

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Geotecnia Aplicada à Rejeitos de Mineração
Aula 3 – Barragens e Diques de Mineração

Definições e Termos - LEI ESTADUAL 23291

LEI 23291, DE 25/02/2019 - Art. 1º – Fica instituída a política estadual de segurança de


barragens, a ser implementada de forma articulada com a Política Nacional de Segurança de
Barragens – PNSB –, estabelecida pela Lei Federal nº 12.334, de 20 de setembro de 2010, e
com as Políticas Nacional e Estadual de Meio Ambiente e de Proteção e Defesa Civil.
Parágrafo único – Esta lei aplica-se a barragens destinadas à acumulação ou à disposição
final ou temporária de rejeitos e resíduos industriais ou de mineração e a barragens de água
ou líquidos associados a processos industriais ou de mineração, que apresentem, no mínimo,
uma das características a seguir:
I – altura do maciço, contada do ponto mais baixo da fundação à crista, maior ou igual a
10m (dez metros);
II – capacidade total do reservatório maior ou igual a 1.000.000m³ (um milhão de metros
cúbicos);

III – reservatório com resíduos perigosos;


IV – potencial de dano ambiental médio ou alto, conforme regulamento.

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Geotecnia Aplicada à Rejeitos de Mineração
Aula 3 – Barragens e Diques de Mineração
Principais Componentes da Barragem
1 - Fundação

2 - Drenagem Interna
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3 - Maciço

4 - Crista
4
5 - Ombreiras (Direita
e Esquerda)
5
6 - Vertedouro ou 3
Extravasor 5
7 - Reservatório 6

3
2
11
1
Geotecnia Aplicada à Rejeitos de Mineração
Aula 3 – Barragens e Diques de Mineração
Principais Componentes da Barragem

Principais Aspectos do
Reservatório

 Local de armazenamento de
água, contenção de sedimentos e
rejeitos;

 Necessário para o trânsito de


cheias;
Reservatório
 Necessário para clarificação e
sedimentação das partículas de
sólidos Maciço

 Regularização de vazão Extravasor


(reserva ou volume de água para
abastecimento);

 Balanço hídrico;

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Geotecnia Aplicada à Rejeitos de Mineração
Aula 3 – Barragens e Diques de Mineração
Principais Componentes da Barragem

Tipos do Maciço da Barragem

 Constituído por:
o Solo Compactado;
o Enrocamento;
o Concreto (convencional,
Maciço
armado e compactado a rolo);
o Rejeito compactado. Saída da
Drenagem Interna
 Drenagem Superficial
o Descida de água (escada);
o Canaletas e Sarjetas.
Barragem Homogênea de Terra

 Drenagem Interna
o Filtro Vertical Filtro
Vertical
Dreno
o Tapete Drenante (base e de Pé

encosta); Tapete Drenante

“Cut-Off” – Trincheira de Vedação


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Geotecnia Aplicada à Rejeitos de Mineração
Aula 3 – Barragens e Diques de Mineração
Principais Componentes da Barragem

1
Sistema Extravasor
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1 – Canal de aproximação;
2 – Emboque;

3 – Canal Rápido; 3

4 – Bacia de Dissipação.

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Geotecnia Aplicada à Rejeitos de Mineração
Aula 3 – Barragens e Diques de Mineração
Barragens de Mineração
Barragem de Mineração: considerada como sendo a estrutura principal de contenção que
envolve o sistema de disposição de rejeitos. No interior da estrutura de disposição de rejeitos
pode haver também estruturas internas de retenção de sólidos e fluidos.
Dique: considerado como pequenas barragens, e muito utilizado para contenção de sedimentos
de pilha de estéril e/ou área de operação, também utilizado como sela topográfica e estruturas
internas no reservatório de uma barragem.
As barragens de mineração podem ser construídas com terra (solo), enrocamento, concreto, ou
mesmo construídas com o próprio rejeito, ciclonado ou não (aterro hidráulico).

Os tipos de barragens de mineração:


I.Barragens para disposição rejeitos, sedimentos e/ou lamas (incluindo diques de
fechamento/sela ou estruturas de retenção para rejeitos espessados);

II.Barragens para contenção de sedimentos gerados por erosão hidráulica;


III.Barragens para acumulação de água industrial para o beneficiamento do minério.
IV.Barragens para acumulação de líquidos contaminados;
V.Barragens para coleta de percolado e barragens de polimento;
VI.Barragens para fechamento de cavas exauridas em cavas de mineração. 15
Geotecnia Aplicada à Rejeitos de Mineração
Aula 3 – Barragens e Diques de Mineração
Tipos de Barragens de Mineração
Solo com maciço de aterro compactado – Contenção de Rejeitos

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Geotecnia Aplicada à Rejeitos de Mineração
Aula 3 – Barragens e Diques de Mineração
Tipos de Barragens de Mineração

Solo com maciço em concreto


Captação de Água ou Contenção de Sedimentos

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Aula 3 – Barragens e Diques de Mineração
Tipos de Barragens de Mineração
Diques em Enrocamento em Blocos

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Aula 3 – Barragens e Diques de Mineração
Tipos de Barragens de Mineração

Barragem de Rejeitos – Aterro Hidráulico

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Geotecnia Aplicada à Rejeitos de Mineração
Aula 3 – Barragens e Diques de Mineração
Tipos de Barragens de Mineração
Diques Interno em Barragem de Rejeito

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Aula 3 – Barragens e Diques de Mineração
Tipos de Barragens de Mineração
Barragem para Captação de Água

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Geotecnia Aplicada à Rejeitos de Mineração
Aula 3 – Barragens e Diques de Mineração
Tipos de Barragens de Mineração

Disposição em Rejeito em Cava


(Até a elevação de vertimento)

Disposição em Rejeito em Cava


com barramento
(acima da elevação de vertimento)
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Geotecnia Aplicada à Rejeitos de Mineração
Aula 3 – Barragens e Diques de Mineração
Tipos de Barragens de Mineração

Dique de Sedimentos

Pilha de
Estéril

Reservatório

Dique

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Geotecnia Aplicada à Rejeitos de Mineração
Aula 3 – Barragens e Diques de Mineração
Tipos de Barragens de Mineração

Concreto Compactado a Rolo - CCR

Dique

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Geotecnia Aplicada à Rejeitos de Mineração
Aula 3 – Barragens e Diques de Mineração
Tipos de Barragens de Mineração
Concreto Compactado a Rolo - CCR

Dique

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Geotecnia Aplicada à Rejeitos de Mineração
Aula 3 – Beneficiamento de Minério

Estéril

Sedimentos
Minério ROM Pilha de Disposição de Estéril

Efluente

Barragem / Dique de contenção de Sedimentos


Produtos

Efluente

Barragem de Rejeito
Geotecnia Aplicada à Rejeitos de Mineração
Aula 3 – Beneficiamento de Minério
Definições e Termos

BENEFICIAMENTO MINERAL?

 Etapa do processo da mineração, que segue o fluxo de tratamento mineral,


com o objetivo de prepara-lo para separação ou extração da substancia de
valor nele contido (por exemplo, metal) ou retirada de um produto final de
valor comercial.

 Beneficiamento trata-se de um conjunto de operações unitárias necessárias


ou convenientes para possibilitar a utilização industrial dos bens minerais.

USINA DE BENEFICIAMENTO
PROCESSO DE LAVRA Produto
Beneficiamento
Minério (ROM)
Seco ou Úmido
Rejeito

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Geotecnia Aplicada à Rejeitos de Mineração
Aula 3 – Beneficiamento de Minério
Definições e Termos

MINÉRIO E GANGA?

Hematita – Fe2O3
MINERAL – MINÉRIO:
Magnetita – Fe3O4
Mineral que contém o metal
ou substância útil do minério Galena – PbS (Chumbo)
Calcopirita – CuFeS2 (Cobre)

GANGA:
Quartzo – SiO2;
Minerais não aproveitáveis Gibbisita – Al2O3
do minério

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Geotecnia Aplicada à Rejeitos de Mineração
Aula 3 – Beneficiamento de Minério
Definições e Termos

BENEFICIAMENTO MINERAL

Separar os materiais de valor dos materiais sem valor comercial, gerando um


produto comercializável chamado de concentrado e um produto descartável
chamado de rejeito (mas considerado como resíduo do processo de mineração).

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Geotecnia Aplicada à Rejeitos de Mineração
Aula 3 – Beneficiamento de Minério
Conceitos Básicos
Usina de Tratamento de Minérios: conjunto de operações unitárias, aplicadas aos bens minerais, que visam
modificar a granulometria, a concentração relativa das espécies minerais presentes ou a forma, sem contudo
modificar a identidade química ou física dos minerais.

Processo de Concentração de Minérios: as operações de concentração caracterizam-se pela separação


seletiva de minerais, baseando-se nas diferenças de propriedades entre o mineral-minério e os minerais de
ganga. Entre estas propriedades se destacam: peso específico (ou densidade), suscetibilidade magnética,
condutividade elétrica, propriedades físico-químicas de superfícies, cor, radioatividade, forma, etc.

Etapas do Processo Operações Unitárias / Estruturas Função Principal


Cominuição Britagem e Moagem Redução de Tamanho
Classificação a
Peneiras Separação por tamanho
Umidade Natural

Classificação - Polpa Hidrociclones, classificador espiral e peneiras Separação por tamanho

Concentração Jigues, Concentradores Magnéticos, Flotação Separação entre o minério e a ganga.

Separação Sólido
Espessadores, Filtragem e Hidrociclones Recuperação de Água e manuseio
Líquido
Contenção de Rejeitos e
Disposição de Rejeitos Barragens de Rejeitos
Recuperação de água.
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Geotecnia Aplicada à Rejeitos de Mineração
Aula 3 – Beneficiamento de Minério
Processo Mineral • Separação por Meio Denso;
• Britagem;
• Moagem;

• Peneiramento;
• Classificação;

• Seleção Manual;
• Separação Gravimétrica;
• Separação Magnética;
• Separação Eletrostática;
• Flotação;
• Lixiviação;

• Sedimentação;
• Filtragem;
• Centrifugação;
• Secagem.

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Geotecnia Aplicada à Rejeitos de Mineração
Aula 3 – Beneficiamento de Minério
Cominuição
Britagem Moagem

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Geotecnia Aplicada à Rejeitos de Mineração
Aula 3 – Beneficiamento de Minério
Cominuição

Britagem – Primeiro estágio do processo de fragmentação


Operação que visa a fragmentação dos blocos de proveniente da lavra de minério da Mina
(metro para centímetro).
Britagem Primária: Alimentação do ROM – Estrutura localizada próximo ou dentro da Cava,
operação a seco e circuito aberto.
Britagem Secundária – Recebe o produto da britagem primária (entre 15 a 30 cm),
operação normalmente a seco com circuito fechado ou aberto.
Britagem Terciária – Geralmente, é o último estágio de britagem, no entanto, existem
usinas com mais de três estágios, cujo fato está ligado às características de fragmentação do
material, ou à granulometria do produto final.

Tabela: Classificação dos estágios de britagem

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Geotecnia Aplicada à Rejeitos de Mineração
Aula 3 – Beneficiamento de Minério
Cominuição

Britagem

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Geotecnia Aplicada à Rejeitos de Mineração
Aula 3 – Beneficiamento de Minério
Cominuição
Moagem – A moagem é o último estágio do processo de fragmentação. Neste, as partículas
são reduzidas pela combinação de impacto, compressão, abrasão e atrito, a um tamanho
adequado à liberação do mineral de interesse, geralmente, a ser concentrado nos processos
subsequentes.

Moinho Cilíndrico

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Geotecnia Aplicada à Rejeitos de Mineração
Aula 3 – Beneficiamento de Minério
Classificação e Peneiramento
Classificação e Peneiramento – A classificação e peneiramento apresentam como objetivo
em comum, a separação de um certo material em duas ou mais frações, com partículas de
tamanhos distintos.
No caso do peneiramento, existe uma separação, levando-se em conta o tamanho geométrico
das partículas, enquanto que para o método de classificação, a separação é realizada
tomando-se como base o conceito da velocidade em que os grãos atravessam um certo meio
fluido.

Peneira Vibratória Classificador Espiral Hidrociclones

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Geotecnia Aplicada à Rejeitos de Mineração
Aula 3 – Beneficiamento de Minério
Classificação e Peneiramento
Peneiramento – É a operação de separação de uma população de partículas em duas ou mais
frações de tamanhos diferentes, mediante a comparação de seu tamanho com um gabarito de
abertura fixa e pré-determinada.
As partículas podem passar ou ficar retida na malha da peneira, sendo o material passante
chamado de “undersize” e o material retido de “oversize”.
Objetivo principal é evitar a entrada de partículas finas (undersize) em um dado equipamento,
por exemplo, um britador, aumentando sua eficiência e/ou capacidade.
Outro ponto importante é a preparação de um produto final com o tamanho de partícula definido
pela especificação, como por exemplo, produto de pedreiras.

Peneira
Vibratória

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Geotecnia Aplicada à Rejeitos de Mineração
Aula 3 – Beneficiamento de Minério
Classificação e Peneiramento
Peneiramento
Podem ser usados: Grelhas; peneiras fixas, peneiras vibratórias horizontais ou inclinadas e/ou
peneiras rotativas
O peneiramento pode ser:
 A seco quando é realizado com o material na sua umidade natural (que não pode, entretanto,
ser muito elevada);
 A úmido quando o material é alimentado na forma de polpa ou recebe água adicional através
de sprays.

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Geotecnia Aplicada à Rejeitos de Mineração
Aula 3 – Beneficiamento de Minério
Classificação e Peneiramento
Classificação em Meio Fluído
Separação de partículas por tamanho nas faixas granulométricas finas baseada nas diferenças
de comportamento dos minerais em um meio fluído que, usualmente, é a água.
São obtidos dois produtos:
Underflow → maior proporção das partículas grosseiras;
Overflow → maior proporção das partículas finas.

Classificadores Mecânicos Hidrociclone


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Geotecnia Aplicada à Rejeitos de Mineração
Aula 3 – Beneficiamento de Minério
Classificação e Peneiramento
Hidrociclone
Constituído por uma parte cilíndrica e outra cônica e três orifícios.
As partes são segmentadas permitindo diversas combinações no conjunto final com dimensões
internas diversas sendo responsáveis pelo desempenho do ciclone.
 Entrada da polpa → Inlet
 Orifício de saída superior (finos) → vortex
 Orifício de saída inferior (grossos) → apex

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Geotecnia Aplicada à Rejeitos de Mineração
Aula 3 – Beneficiamento de Minério
Classificação e Peneiramento
Hidrociclone

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Geotecnia Aplicada à Rejeitos de Mineração
Aula 3 – Beneficiamento de Minério
Classificação e Peneiramento
Hidrociclone
No hidrociclone há um processo de separação por tamanho que se diferem pela distribuição, uma
predominantemente grossa (denominada underflow) e outra predominantemente fina (denominada
overflow).
As partículas mais grossas e mais densas afundam mais depressa no campo centrífugo, ocupando
o volume do ciclone próximo as paredes. As partículas finas também tendem a ser projetadas em
direção às paredes, mas quando chegam lá encontram esse espaço já ocupado pelas partículas
grossas. Em outras palavras, as partículas grossas empurram as partículas mais finas para o
centro do ciclone. Estas encontram o fluxo ascendente e são descarregadas na parte superior do
aparelho, denominado vortex finder, vindo a constituir o overflow. Devido ao atrito, as partículas
grossas perdem velocidade e também pela ação da gravidade são arrastadas para baixo e são
descarregadas pela abertura inferior (denominada apex), constituindo o underflow

Fonte: Michelle 42
Marques
Geotecnia Aplicada à Rejeitos de Mineração
Aula 3 – Beneficiamento de Minério
Classificação e Peneiramento
Classificador Mecânico

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Geotecnia Aplicada à Rejeitos de Mineração
Aula 3 – Beneficiamento de Minério
Concentração
Dentro do processo de beneficiamento, a etapa de concentração de minérios ocorre quando é
preciso separar os minerais de interesse dos que não o são comercializados.
Para que essa separação ocorra, é preciso que os minerais de interesse não estejam
fisicamente agregados àqueles que não serão utilizados no processo de produção.

Jigue

Concentrador Gravítico Separação Magnética Flotação

Mesa Plana Rolo Induzido Flotação por espumas (mais


Correia Cruzada utilizado)
Processo de Jigagem
Mesa Oscilatória Tipo Carrossel o Flotação Direta

Espiral Alta Intensidade a o Flotação Reversa


Hidrociclones úmido
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Geotecnia Aplicada à Rejeitos de Mineração
Aula 3 – Beneficiamento de Minério
Concentração
TEOR X RECUPERAÇÃO
TEOR DE MINÉRIO: Mede a pureza do produto (medida qualitativa);

RECUPERAÇÃO: Mede a quantidade de elemento valioso que se conseguiu obter no


processo de concentração do minério (medida quantitativa).
LIBERABILIDADE: Individualização das espécies a separar em partículas livres.
Partícula livre: uma única espécie mineral
Partícula mista: mais de um espécie mineral

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Geotecnia Aplicada à Rejeitos de Mineração
Aula 3 – Beneficiamento de Minério
Concentração

Minério de Ferro = Mineral Minério + Ganga

Hematitas + Goethitas + Magnetita Quartzo + Caulinita + Gibbita + Óxidos de Manganês + ...


Mina

Mina

Ganga
Minerais naturalmente individualizados
Fe

Minerais naturalmente mistos


Fe
Ganga

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Geotecnia Aplicada à Rejeitos de Mineração
Aula 3 – Beneficiamento de Minério
Concentração
Liberação do minério

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Geotecnia Aplicada à Rejeitos de Mineração
Aula 3 – Beneficiamento de Minério
Concentração
Separação Gravimétrica
Quartzo/SiO2
Jigue
Hematita /Fe

Esfera Metálica

Separação entre dois ou mais minerais de


densidades diferentes por meio da ação da força
gravitacional. O processo de separação baseia- Rejeito
se no movimento relativo destes minerais em
resposta a força de gravidade, conjugada com
outras forças de diferentes origens. Concentrado

A concentração é obtida pela estratificação das partículas, baseada no movimento


de pulsação da água que gera correntes verticais. A estratificação faz com que as
partículas se arranjem em camadas, com densidade crescente de cima para baixo.
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Geotecnia Aplicada à Rejeitos de Mineração
Aula 3 – Beneficiamento de Minério
Concentração
Separação Magnética

Concentração Magnética: É o processo que explora as diferenças na susceptibilidade magnética dos


minerais presentes na polpa para promover a sua separação.
A concentração magnética é uma das operações unitárias utilizada para concentração de minérios finos
(abaixo de 1,0 mm).

Os minerais são classificados como:


Minerais Ferromagnéticos: minerais atraídos fortemente pelo campo magnético (magnetita).
Minerais Paramagnéticos: minerais atraídos fracamente pelo campo magnético (hematita).
Minerais Diamagnéticos: minerais repelidos pelo campo magnético (quartzo e caulinita).
Atraído Atraído Atraído
Fortemente Fracamente Fracamente

repelido

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Geotecnia Aplicada à Rejeitos de Mineração
Aula 3 – Beneficiamento de Minério
Concentração
Formação de um Não magnéticos
Distribuição Ação do campo leito coeso próximo formam um fluxo Injeção de água
Separação Injeção de água para remoção
uniforme do fluxo magnético atrai os à superfície da contínuo que são
Magnética de alimentação minerais de ferro matriz descartados remove médios de concentrado

1 2 3 4 5 6

2
3

Quartzo/SiO2
Hematita/Fe2O3

6 5
DESCARGA 4
REJEITO DESCARGA CONCENTRADO DESCARGA MÉDIO 50
Geotecnia Aplicada à Rejeitos de Mineração
Aula 3 – Beneficiamento de Minério
Concentração
Separação Magnética

WD – Rolos com baixo campo


magnético até 2.000 Gauss.

Minerais Ferromagnéticos - Magnetita

WDRE – Rolos com campo magnético


médio até 7.000 Gauss.

Minerais Ferromagnéticos – Magnetita


Relictual

Concentrador de alta intensidade magnética com campo


variando de 7.000 a 15.000 Gauss. Aplicado para minérios
paramagnéticos.(WHC / JONES / G3600)

9.000 a 13.000 Gauss: Hematitas

Maior que 13.000 Gauss: Goethitas

51
Geotecnia Aplicada à Rejeitos de Mineração
Aula 3 – Beneficiamento de Minério
Concentração - Flotação
A flotação é um tipo de processo físico de separação de misturas heterogêneas. Essa técnica
consiste em adicionar bolhas de ar ao meio para que as partículas em suspensão no líquido
aglutinem-se a essas bolhas. A espuma formada pode então ser removida, arrastando consigo as
partículas de impurezas.
Esse processo é o contrário do que acontece na sedimentação, pois, neste último método de
separação de misturas, as partículas em suspensão vão se depositando no fundo do recipiente
pela ação da gravidade e são posteriormente retiradas por decantação, por exemplo. Já a flotação
leva as partículas à superfície da mistura. A palavra flotation (flotação em inglês), inclusive,
transmite a ideia de “flutuação”.

Lopes, G. M, 2009
52
Geotecnia Aplicada à Rejeitos de Mineração
Aula 3 – Beneficiamento de Minério
Concentração - Flotação

O método de flotação, usado extensivamente para outros minerais metálicos, tem sido
bastante aplicado para minérios de ferro não-magnéticos. Pode ser usado como único
processo de concentração ou como um estágio de concentração final para obtenção de
produto com alto teor.
No minério de ferro, o processo de flotação o ar é borbulhado por meio de uma polpa de
minério de ferro em granulometria adequada. São adicionados reagentes de flotação que
modificam as superfícies dos óxidos de ferro ou do principal componente da ganga
(normalmente, sílica) para que as partículas sejam capazes de aderirem –se nas bolhas de
ar e sejam conduzidas à superfície, onde elas serão removidas na forma de espuma.
A flotação de minério de ferro pode ser realizada por duas rotas: direta e reversa, sendo:
Flotação Direta: Na flotação direta o óxido de ferro é flotado, usando reagentes aniônicos
como sulfonato de petróleo ou ácidos graxos.
Flotação Reversa: A sílica é flotada com o auxílio de reagentes catiônicos (aminas) e
depressores (amido).

Lopes, G. M, 2009
53
Geotecnia Aplicada à Rejeitos de Mineração
Aula 3 – Beneficiamento de Minério
Concentração - Flotação

No minério de ferro, atualmente, a rota estabelecida industrialmente é a flotação catiônica


reversa de minério de ferro. Nesta, a sílica sob a forma de quartzo é flotada por coletores
catiônicos do tipo amina e o minério de ferro sob a forma de hematita, predominantemente,
permanece na polpa auxiliado pelo depressor amido de milho.
Neste contexto, a flotação seletiva entre quartzo e hematita aplicada no beneficiamento de
minério de ferro, utiliza o amido como depressor da hematita e a amina como coletor do
quartzo, sendo:
 O amido altamente eficiente na depressão da hematita. Ele adsorve-se preferencialmente
sobre a hematita, em relação ao quartzo;
 A densidade de adsorção da amina sobre o quartzo é maior que a densidade de adsorção
deste reagente sobre a superfície da hematita;
 Os óxidos de ferro são deprimidos por amidos e seus derivados com mecanismos de
depressão, como os listados abaixo:
o Hidrofilização das superfícies ;
o Maior afinidade dos reagentes pelos óxidos de ferro do que pelo quartzo;
o Interação da amilose com o coletor.

Lopes, G. M, 2009 Maeda, J.M.M, 2014 54


Geotecnia Aplicada à Rejeitos de Mineração
Aula 3 – Beneficiamento de Minério
Concentração - Flotação
Equipamentos para Flotação: Na prática industrial são utilizadas as células mecânica de flotação.
A coluna de flotação tem grande aplicação no beneficiamento do minério de ferro no Brasil.

Célula mecânica de flotação.

55
Geotecnia Aplicada à Rejeitos de Mineração
Aula 3 – Beneficiamento de Minério
Concentração – Coluna de Flotação

56
https://www.youtube.com/watch?v=4lMsE7XV-RU
Geotecnia Aplicada à Rejeitos de Mineração
Aula 3 – Beneficiamento de Minério
Concentração - Flotação
Para a partícula de quartzo flotar como rejeito depende do sucesso de uma série de eventos independentes:
 A partícula deve entrar em contato com o coletor e este adsorver sobre sua superfície.
 A partícula coletada deve colidir com um número de bolha suficiente para torná-la leve a ponto de flutuar:
 A partícula não pode desprender-se das bolhas do percurso ascendente.
 A partícula deve permanecer dentro da espuma e escorrer para a calha de rejeito

Solução
Polpa

Minerais de Fe Depressor
57
Quartzo Coletor
Geotecnia Aplicada à Rejeitos de Mineração
Aula 3 – Beneficiamento de Minério
Deslamagem – Destaque no processo de Concentração

A deslamagem geralmente antecede a flotação reversa de minério de ferro e tem como


objetivo realizar à eliminação de lamas indesejáveis no processo de flotação ou separação
magnética, isto é, eliminação de parte das partículas finas, sem uma conotação de
separação granulométrica precisa ou eficiente.
A influência de partículas muito finas nos processos de flotação é cada vez mais
investigada, tendo em vista a necessidade de se recuperar as frações mais finas de
minério geradas nos processos de tratamento anteriores à flotação que irão afetar a
eficiência desse processo.
De acordo com Somasundaran (1980), as partículas podem ser classificadas de acordo
com seus tamanhos:
 Coloides: Partículas com até 1µm de tamanho;
 Ultrafinos: Partículas que não separadas por processos não gravíticos convencionais e
seu tamanho está entre 1 e 10 µm de tamanho;
 Finos: Partículas que não são facilmente separados por processos gravíticos e
possuem tamanho entre 10 e 100 µm;
 Lamas: Mistura de coloides e ultrafinos.

Referencia do tamanho da partícula: 1 µm x 0,001mm ou 1 x 10-6m 58


Geotecnia Aplicada à Rejeitos de Mineração
Aula 3 – Beneficiamento de Minério
Deslamagem – Destaque no processo de Concentração

Os hidrociclones são os equipamentos mais utilizados no processo de deslamagem, estes


equipamentos apresentam pequenos diâmetros, usando a característica da diminuição do
diâmetro que proporciona um corte mais fino, visto que o objetivo da operação é retirar as
partículas finas, para o processo de concentração de flotação ou separação magnética.
Coloides e Ultrafinos

Alimentação
Representação esquemática de um hidrociclone.
Fonte: CORREA (2010) 59
Geotecnia Aplicada à Rejeitos de Mineração
Aula 3 – Beneficiamento de Minério
Deslamagem – Destaque no processo de Concentração

Vortex

Alimentação

Apex 60
Geotecnia Aplicada à Rejeitos de Mineração
Aula 3 – Beneficiamento de Minério
Deslamagem – Destaque no processo de Concentração

Vortex

 Devido a diferença de densidade entre os


Alimentação minerais existe a probabilidade das
partículas finas serem direcionadas para
UF e de partículas grossas serem
arrastadas para overflow.
 Essa diferença acaba aproximando as
massas das partículas e causando um
“curto circuito”, ou seja, acontece um
partição de massa sem controle de
granulometria tanto no UF quanto no OF.

Quartzo/SiO2 - Rejeito Flotação - Grosso


Fe - Hematita
Lamas

Apex 61
Geotecnia Aplicada à Rejeitos de Mineração
Aula 3 – Beneficiamento de Minério
Desaguamento
As operações de desaguamento mecânico são dependentes da granulometria dos sólidos
das partículas do mineral, o diagrama abaixo apresenta um exemplo:

Tipos de equipamento de desaguamento em função do tamanho de partícula


62
Geotecnia Aplicada à Rejeitos de Mineração
Aula 3 – Beneficiamento de Minério
Desaguamento
O espessamento realizado por meio da sedimentação é um dos processos de separação
sólido-líquido baseados na diferença entre as densidades dos constituintes de uma
suspensão.
Os espessadores têm como produto de interesse o sólido e são caracterizados pela
produção de material espessado, com alta concentração de sólidos.
Este equipamento é muito utilizado para recuperação de água na usina no processo de
deslamagem ou para aumentar o percentual de sólidos x densidade da polpa para
alimentação no processo de filtragem.

63
Geotecnia Aplicada à Rejeitos de Mineração
Aula 3 – Beneficiamento de Minério
Desaguamento
High Rate
Equipamento Convencional High Density Deep Cone
High Capacity

Foto

Esquema

Área (m²) +++++ ++++ +++ ++

Altura Lateral 3,0 a 4,0 m 3,0 a 4,0 m > 6,0m > 11,0m

% Sólidos UF ++ ++ ++++ +++++

Vazão de OF +++++ +++++ ++++ ++

Pasta Não Não Não Sim

64
Geotecnia Aplicada à Rejeitos de Mineração
Aula 3 – Beneficiamento de Minério
Desaguamento

Filtro a Disco Foto: Filtro a Disco Filtro Horizontal de Correia

Peneira Vibratória Filtro Prensa


65
Geotecnia Aplicada à Rejeitos de Mineração
Aula 3 – Beneficiamento de Minério
Desaguamento
Disco Horizontal de Prensa Prensa Disco
Filtro Hiperbárico
Convencional Correia Horizontal Vertical(*) Cerâmico

Foto

Concentração
Magnética SIM
(-1,0 +0,15mm)
Concentração
Magnética SIM SIM SIM SIM SIM SIM
(-0,15mm)

Flotação SIM SIM SIM SIM SIM SIM

Lamas SIM SIM SIM SIM

Rejeito Total SIM SIM SIM SIM

* Filtro prensa vertical com injeção de calor.

66
Geotecnia Aplicada à Rejeitos de Mineração
Aula 3 – Beneficiamento de Minério
Exemplo de um Fluxograma Simplificado
Abaixo um exemplo de fluxograma simplificado de um beneficiamento de minério de ferro:

Pilha de Homogeneização
Britagem/Peneiramento 1º,2ºe 3º

Peneiramento a Úmido e
Britagem Quaternária

Jigagem
Espessamento de
Lamas

Lamas
Água

Rejeito de Flotação
Jigue Concentração
Magnética
Água

Sinter Feed
Grosso Rejeito de Rejeito da Conc.
Pellet Flotação Água Sinter Feed
Magnética
Feed Fino
Fonte: Michelle Marques 67
Geotecnia Aplicada à Rejeitos de Mineração
Aula 3 – Beneficiamento de Minério
Exemplo de um Fluxograma com moagem
Abaixo um exemplo de fluxograma de beneficiamento de minério de ferro com moagem:

68
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Aula 3 – Beneficiamento de Minério
Rotas de Processo

IFR – Itabirito Friável HC – Hematita IDO – Itabirito


Rico Compacta Dolomítico

HF – Hematita
IF – Itabiritos Friáveis Friável Canga

IS - Itabiritos Semi HP – Hematita


Pulverolenta Jaspelito
compactos

Hematitas
IC – Itabiritos HMN – Hematita
Ocre
Itabiritos

Outros
Compactos Manganesífera

IGO – Itabiritos HGO – Hematitas


Goethiticas -
Goethiticos

HA – Hematita
IAG –Itabirito Argiloso Anfibolítica -

IMN –Itabirito HAL – Hematita


Manganesífero Aluminosa -

Outros tipos...... Outros tipos -

% Fe 25% a
% Fe > 60% % Fe > 35%
60% 69
Fonte: Michelle Marques
Geotecnia Aplicada à Rejeitos de Mineração
Aula 3 – Beneficiamento de Minério
Rotas de Processo

Circuito a Úmido
Umidade Natural
(Sem Concentração)

Tipo de
Minério

Circuito a Úmido
(Concentração total ou Moagem
parcial)

70
Fonte: Michelle Marques
Geotecnia Aplicada à Rejeitos de Mineração
Aula 3 – Beneficiamento de Minério
Rotas de Processo
Umidade Natural ROM: Minérios de Alto Teor de Fe
(Hematitas, IFR, Canga)
Características Referência

% Fe ROM >58%

% SiO2 ROM >7,5%

Granulado *
Britagem Primária

Sinter Feed 100%

Pellet Feed 0%

Britagem e Rejeito 0%
Peneiramento
Secundário
Recuperação em Massa 100%

* A geração de granulado depende das características do


ROM, Mercado e etc

Britagem e
Peneiramento
Terciário

71
Fonte: Michelle Marques Sinter Feed Granulado
Geotecnia Aplicada à Rejeitos de Mineração
Aula 3 – Beneficiamento de Minério – Rotas de Processo – Minério de Ferro

Circuito a Úmido (Sem Concentração) ROM: Minérios de Alto Teor de Fe (Hematitas,


IFR, Canga)
Características Referência

% Fe ROM > 61%

% SiO2 ROM >5,0%


Britagem Primária Granulado 3% a 20%

Sinter Feed 20% a 80%

Pellet Feed 8% a 15%


Britagem e
Peneiramento
Secundário Rejeito 5% a 20%

Recuperação em Massa 80% a 95%

Espessamento de * A geração de granulado depende das características do


Lamas Britagem e ROM, Mercado e etc
Peneiramento
Água
Terciário

Lamas

Água

Pellet Espessamento e Sinter Granulado 72


Feed Filtragem Feed Fonte: Michelle Marques
Geotecnia Aplicada à Rejeitos de Mineração
Aula 3 – Beneficiamento de Minério – Rotas de Processo – Minério de Ferro

ROM: Minérios de Teor Médio a Alto de Fe


Circuito a Úmido (Com concentração)
(Itabiritos Friáveis)

Características Referência

% Fe ROM ** 45% a 60%


Pilha de Homogeneização
Britagem/Peneiramento 1º,2ºe 3º % SiO2 ROM 12 a 30%

Granulado *
Peneiramento a Úmido e
Britagem Quaternária Sinter Feed 30% a 38%

Jigagem Pellet Feed 30% a 38%

Rejeito 25% a 40%


Espessamento de
Lamas Recuperação em Massa 60% a 75%

* A geração de granulado depende das características do


Lamas
ROM, Mercado e etc
Água ** Para que os minérios sejam concentrados é necessários
Rejeito de um certo grau de liberação em as partículas de Fe e
Jigue Flotação Concentração Quartzo
Magnética
Água

Sinter Feed
Grosso Rejeito de Rejeito da Conc.
Pellet Flotação Água Sinter Feed
Magnética
Feed Fino Fonte: Michelle Marques 73
Geotecnia Aplicada à Rejeitos de Mineração
Aula 3 – Beneficiamento de Minério – Rotas de Processo – Minério de Ferro
ROM: Minérios de baixo teor de Fe (Itabiritos
Moagem* Friáveis e Compactos)

Características Referência
Britagem
Primária
% Fe ROM 30% a 45%

% SiO2 ROM 33% a 55%

Britagem e Granulado -
Peneiramento
Terciário Sinter Feed -

Britagem Pellet Feed 30% a 55%


Secundária
Rejeito 45% a 70%
Deslamagem Classificação
Recuperação em Massa 30% a 55%

Lamas * A rota de moagem pode variar de acordo com o tipo de


1ª Flotação Moagem 1ª minério visando atender aos parâmetros de qualidade e
recuperação de cada projeto.

2ª Flotação
Moagem 2ª

Pellet
Rejeito
Feed
Flotação Fonte: Michelle Marques 74
Geotecnia Aplicada à Rejeitos de Mineração
Aula 3 – Beneficiamento de Minério – Rotas de Processo – Minério de Ferro

Características dos Rejeitos

Rejeito de
Rejeito da Flotação ou
Concentração Teor de Fe: 15 a 25% Teor de Fe: 8 a 50% Concentração
Magnética / Magnética
Espirais
(-0,15mm +
(-1,0 + 0,15mm) 0,010mm)

Usina de
Concentração
(Sinter Feed)

Lamas Rejeito de Jigue


(-0,010mm) (-8,0 +1,0mm)
Teor de Fe: 38 a 50% Teor de Fe: 15 a 50%

75
Fonte: Michelle Marques
Geotecnia Aplicada à Rejeitos de Mineração
Aula 3 – Beneficiamento de Minério – Rotas de Processo – Minério de Ferro

Características dos Rejeitos

Rejeito de
Flotação ou
Lamas Concentração
Moagem Magnética
(-0,010mm)
(-0,15mm +
0,010mm)

76
Fonte: Michelle Marques
Geotecnia Aplicada à Rejeitos de Mineração
Aula 3 – Beneficiamento de Minério – Rotas de Processo – Minério de Ferro

Características dos Rejeitos

Usina a
Úmido sem
Concentração

Lamas
(-0,010mm)

77
Fonte: Michelle Marques
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Aula 3 – Beneficiamento de Minério – Rotas de Processo – Minério de Ferro
Características dos Rejeitos (Teor de Ferro nos Rejeitos)

LOCALIZAÇÃO
HISTÓRICO DO TEOR DE FERRO NOS REJEITOS DO QUADRILÁTERO

1940 - 1960 1970 - 1980 1990 2000 2010


Minas Gerais HEMATITAS – 68% Fe HEMATITAS & ITABIRITOS – 67% a 48% ITABIRITOS – 48% a 38% Fe
68 %Fe

Belo
ES
Horizonte
Vitória
Tubarão
Britagem Britagem 40 %Fe
Britagem
RJ OCEANO Peneiramento Peneiramento
ATLÂNTICO Peneiramento
Concentração Magnética Moagem e Flotação
Concentração Gravítica e Flotação
Sepetiba

QUADRILÁTERO
FERRÍFERO

Mariana

FONTE: PENA, I e MARQUES, M., (2011).


Mapa Geológico do QF (adapted of
Alkimin and Marshak, 1998).

78
Geotecnia Aplicada à Rejeitos de Mineração
Aula 3 – Beneficiamento de Minério – Rotas de Processo – Minério de Ferro

Características dos Rejeitos

Granulometria % de
Características %Fe Manuseio
Predominante Sólidos
Rejeito de Jigue 15% a 50% -8,0 + 1,0mm >85% Granel

Rejeito da Concentração Magnética 15% a 25% -1,0 + 0,15mm 10% a 85% Granel ou
Polpa
Rejeito das Espirais Concentradoras 15% a 25% -1,0mm 10% a 85% Granel ou
Polpa
Rejeito de Flotação 8% a 50% -0,15mm 30% a 85% Granel ou
Polpa
Rejeito da Concentração Magnética 8% a 12% -,015mm 15% a 85% Granel ou
(Flotação) Polpa
Lamas 38% a 62% -0,010mm 1% a 55% Polpa ou
Pasta

Fonte: Michelle Marques 79


Geotecnia Aplicada à Rejeitos de Mineração
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Características dos Rejeitos

LAMA

REJEITO
TOTAL

S.M JIGUE

Espiral

FLOTAÇÃO

80
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Características dos Rejeitos

LAMA

S.M JIGUE

Espiral

FLOTAÇÃO

81
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Características dos Rejeitos

LAMA

REJEITO
TOTAL

FLOTAÇÃO

82
Fonte: Michelle Marques
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Características dos Rejeitos

LAMA

FLOTAÇÃO

83
Fonte: Michelle Marques
Geotecnia Aplicada à Rejeitos de Mineração
Aula 3 – Beneficiamento de Minério
Características dos Rejeitos

Tamanho das
partículas
aumentada
250 vezes

Tamanho das
partículas
aumentada
250 vezes

Rejeito
Arenoso
84
Fonte: Michelle Marques
Geotecnia Aplicada à Rejeitos de Mineração
Aula 3 – Beneficiamento de Minério
Circuitos de Rejeitos
Granulometria
Características %Fe % de Sólidos Manuseio
Predominante
Rejeito da Concentração Magnética 15% a 25% -1,0 + 0,15mm 10% a 85% Granel ou Polpa

Rejeito das Espirais Concentradoras 15% a 25% -1,0mm 10% a 85% Granel ou Polpa

Diluição do Filtragem
Ciclonagem Espessador
Equipamento /Empilhamento

% de Sólidos: 10 a 25 % de Sólidos: 45 a 60 % de Sólidos: 45 a 60 % de Sólidos: ~85%

 O rejeito das espirais e concentração magnética possuem o mesmo comportamento nas etapas de separação sólido/líquido.

Fonte: Michelle Marques 85


Geotecnia Aplicada à Rejeitos de Mineração
Aula 3 – Beneficiamento de Minério
Circuitos de Rejeitos
Granulometria
Características %Fe % de Sólidos Manuseio
Predominante
Rejeito de Flotação 8% a 50% -0,15mm 30% a 85% Granel ou Polpa

Rejeito da Concentração Magnética (Flotação) 8% a 12% -,015mm 15% a 85% Granel ou Polpa

Diluição do Filtragem
Ciclonagem Espessador
Equipamento /Empilhamento

% de Sólidos: 30 a 50 % de Sólidos: 45 a 55 % de Sólidos: 45 a 65 % de Sólidos: ~85%

 O rejeito proveniente da operação unitária de flotação não pode ser bombeado em função da grande presença de
espumas. Para que esse fluxo seja bombeável é necessário primeiramente alimentá-lo em um espessador , ou utilizar
um reagente anti-espumante.
 O rejeito de flotação / concentração magnética possuem boa drenabilidade.
Fonte: Michelle Marques 86
Fonte: Michelle Marques
Geotecnia Aplicada à Rejeitos de Mineração
Aula 3 – Beneficiamento de Minério
Circuitos de Rejeitos
Granulometria
Características %Fe % de Sólidos Manuseio
Predominante
Lamas 38% a 62% -0,010mm 1% a 55% Polpa ou Pasta

Diluição do Espessador Espessador Hi Filtragem


Equipamento Hi Capacity Density / Pasta /Empilhamento

% de Sólidos: 1 a 6 % de Sólidos: 20 a 45 % de Sólidos: 35 a 55 % de Sólidos: ?

 O percentual de sólidos máximo atingível em um espessador depende das características de cada minério.
 A solução de filtragem para as lamas ainda não é algo viável economicamente .e possui grande risco técnico.

Fonte: Michelle Marques 87


Geotecnia Aplicada à Rejeitos de Mineração
Aula 3 – Beneficiamento de Minério
Balanço de Água
ID Fluxo m³/h

1 ROM 450

2 Produtos 275
ROM
3 Rejeito 1.880

4 Lamas 898
Captações
5 Descarga / Utilidades 630

Descarga + Utilidades 6 Consumos Externos Sem Recuperação 290


USINA Lama
7=
Rejeito Total de Saída de Água 3.972
(2+3+4+5+6)

8 = (7 -1) Necessidade de Reposição 3.522

9=(3+4+5) Água direcionada para Barragem 3.408


Perdas Externas
Produtos
10 % Recuperável na Barragem 80%

11= (9 x 10) Água Recuperada na Barragem 2.724

12 = (8-11) Água Nova -Capitações 798

88
Geotecnia Aplicada à Rejeitos de Mineração
Aula 3 – Beneficiamento de Minério
Balanço de Água

Índices Físicos

Rejeito Saturado

O grau de saturação é igual a 100% nos materiais saturados é quando


os mesmos estão totalmente preenchidos pela água.
Pesos e volumes em um elemento de solo não saturado

e = Vv / Vs → Vv = Vs x e Densidade dos grãos → Gs → Peso específico relativo dos sólidos do solo

Vs = Ws / Gs → sendo, Vs → vol. de sólidos e Ws → Peso dos sólidos do solo


% sólidos = Ws / W
e = Vv / Vs → sendo, e → índice de vazios e Vv → volume de vazios
45% sólidos
Estimativa de índice de vazios dos rejeitos de Fe
Vv = Vs x e → (Ws / Gs) x e p/ calculo de água liberada nos Reservatórios
W = Ws + Ww
Peso específico aparente seco Rejeito Arenosos – e = 0, 90
100 = 45 + Ww
γd = Ws / V Rejeito Total – e = 1,0
Ww = 55% água
Lama – e = 1,50
89
Geotecnia Aplicada à Rejeitos de Mineração
Aula 3 – Beneficiamento de Minério
Balanço de Água

Dados dos Rejeitos para Dimensionamento da Água Recirculada


Peso
Horas Massa Peso Índice de
Produção Produção Específico Água Liberada
Operadas da Sólidos Específico Vazios
Rejeitos Rejeitos Sólidos dos Rejeitos
Rejeito Usina Polpa Polpa (gp) Disposto
(Gs)
(m3/h
(h) (t/h) ( t/ano ) % ( tf/m3 ) ( tf/m3 )
operacional)

Disposição Rejeito Arenoso 7.800 1.538,46 12.000.000 45% 2,95 1,42 0,9 1.410,98

Peso
Horas Massa Peso Índice de
Produção Produção Específico Água Liberada
Operadas da Sólidos Específico Vazios
Rejeitos Rejeitos Sólidos dos Rejeitos
Rejeito Usina Polpa Polpa (gp) Disposto
(Gs)
(m3/h
(h) (t/h) ( t/ano ) % ( tf/m3 ) ( tf/m3 )
operacional)

Disposição de Lama 7.800 384,62 3.000.000 30% 3,80 1,28 1,5 745,63

Peso
Horas Massa Peso Índice de
Produção Produção Específico Água Liberada
Operadas da Sólidos Específico Vazios
Rejeitos Rejeitos Sólidos dos Rejeitos
Rejeito Usina Polpa Polpa (gp) Disposto
(Gs)
(m3/h
(h) (t/h) ( t/ano ) % ( tf/m3 ) ( tf/m3 )
operacional)

Disposição de Rejeito Total 7.800 1.923,08 15.000.000 41% 3,12 1,385 1,0 2.150,99

Nota: Recuperação de água (Descargas e Utilidades) – 90% de recuperação de água no Pond ou Dique da Usina

90
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Aula 3 – Beneficiamento de Minério
Balanço de Água
Calculo das vazões das águas retida e liberada
Disposição Rejeito Arenoso
45% sólidos = Ws / W → (0,45 = 1.538,46t/h / W) → Wpolpa = 3.418,80t/h →
Ww = (W – Ws) → (Ww = 3.418,80t/h – 1.538,46t/h) → 1.880,34t/h ou 1.880,34m3/h Água na polpa

Volume de Vazios – Volume Retido nos Rejeitos


Vv = Vs x e → (Ws / Gs) x e → (1.538,46t / 2,95t/m3) x 0,9 → Vv = 469,36m3 Volume de água retida no rejeitos
Volume de Água Liberada → (1.880,34m3 – 469,36m3) →→ 1.410,98m3/h Água na polpa

Disposição de Lama
30% sólidos = Ws / W → (0,3 = 384,62t/h / W) → Wpolpa = 1.282,07t/h →
(Ww = 1.282,07t/h – 384,62t/h) → 897,45t/h ou 897,45m3/h Água na polpa
Volume de Vazios – Volume Retido nos Rejeitos
Vv = Vs x e → (Ws / Gs) x e → (384,62t / 3,80t/m3) x 1,5 → Vv = 151,82m3 Volume de água retida
Volume de Água Liberada → (897,454m3 – 151,82m3) →→ 745,63m3/h Água na polpa

Disposição Rejeito Total


41% sólidos = Ws / W → (0,41 = 1.923,08t/h / W) → Wpolpa = 4.690,44t/h →
Ww = (W – Ws) → (Ww = 4.690,44t/h – 1.923,08t/h) → 2.767,36t/h ou 2.767,36m3/h Água na polpa

Volume de Vazios – Volume Retido nos Rejeitos


Vv = Vs x e → (Ws / Gs) x e → (1.923,08t / 3,12t/m3) x 1,0 → Vv = 616,37m3 Volume de água retida
Volume de Água Liberada → (2.767,36m3 – 616,37m3) →→ 2.150,99m3/h Água na polpa
91
Geotecnia Aplicada à Rejeitos de Mineração
Aula 3 – Beneficiamento de Minério
Balanço de Água
Disposição em Barragem Rejeito Arenoso e de Lama
ID Fluxo m³/h

1 ROM 450

2 Produtos 275
450 275
3 Rejeito 1.880

4 Lamas 898

798 567 5 Descarga / Utilidades 630

90% 63 Consumos Externos Sem


3.522 2.724 6 290
152 Recuperação
630
898
7=
(2+3+4+5+6)
Total de Saída de Água 3.972
746
8 = (7 -1) Necessidade de Reposição 3.522
1.411
290 Água direcionada para
9=(3+4+5)
Barragem e Dique/Pond
3.408
469
1.880
10 % Recuperável na Barragem 80%

Água Recuperada na
11= (9 x 10)
Barragem
2.724

12 = (8-11) Água Nova -Captações 798

92
Geotecnia Aplicada à Rejeitos de Mineração
Aula 3 – Beneficiamento de Minério
Balanço de Água
Disposição em Barragem Rejeito Total

ID Fluxo m³/h

1 ROM 450

2 Produtos 275
450 275
3 Rejeito 2.767

5 Descarga / Utilidades 630


794
567 Consumos Externos Sem
6
Recuperação
290
616
3.522 2.718 90%
7=
2.767 (2+3+4+5+6)
Total de Saída de Água 3.962
630
2.151 63 8 = (7 -1) Necessidade de Reposição 3.512

Água Direcionada para


290 9=(3+4+5) 3.397
Barragem e Dique/Pond

10 % Recuperável na Barragem 80%

Água Recuperada na
11= (9 x 10)
Barragem
2.718

12 = (8-11) Água Nova -Captações 794

93
Geotecnia Aplicada à Rejeitos de Mineração
Aula 3 – Beneficiamento de Minério
Balanço de Água
Exercícios - Dimensionamento da Água Recirculada

Horas Peso Índice de


Produção Produção Umidade Água Liberada dos
Operadas da Específico Vazios
Rejeitos Rejeitos do Filtro Rejeitos
Rejeito Usina Sólidos (Gs) Disposto

(h) (t/h) ( t/ano ) % ( tf/m3 ) (m3/h operacional)

Filtragem Rejeito Arenoso 7.800 2.051,28 16.000.000 15% 2,95 0,75

Horas Massa Peso Peso Índice de Água


Produção Produção
Operadas Sólidos Específico Específico Vazios Liberada dos
Rejeitos Rejeitos Rejeitos
Rejeito da Usina Polpa Sólidos (Gs) Polpa (gp) Disposto
(m3/h
(h) (t/h) ( t/ano ) % ( tf/m3 ) ( tf/m3 ) operacional)

Disposição de Lama 7.800 512,82 4.000.000 30% 3,80 1,28 1,5

Peso
Horas Massa Peso Índice de
Produção Produção Específico Água Liberada
Operadas da Sólidos Específico Vazios
Rejeitos Rejeitos Sólidos dos Rejeitos
Rejeito Usina Polpa Polpa (gp) Disposto
(Gs)
(m3/h
(h) (t/h) ( t/ano ) % ( tf/m3 ) ( tf/m3 )
operacional)

Disposição de Rejeito Total 7.800 2.564,10 20.000.000 41% 3,12 1,385 1,0

Nota: Recuperação de água (Descargas e Utilidades) – 90% de recuperação de água no pond ou dique da Usina
94
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Aula 3 – Beneficiamento de Minério
Balanço de Água
Dados dos Rejeitos para Dimensionamento das Águas Recirculada e Retida

Filtragem de Rejeito Arenoso


85% sólidos = Ws / W → (xxxx = xxxxxxt/h / W) → Wúmido = xxxxxxt/h
Ww = (Wu – Ws) → (Ww = xxxxxt/h – xxxxxxt/h) → xxxxt/h ou xxxxm3/h (Água retida na Pilha de Rejeito)

Disposição de Lama
30% sólidos = Ws / W → (xxxx = xxxxxx2t/h / W) → Wpolpa = xxxxxxxxt/h → Massa total da polpa

(Ww = xxxxxxxt/h – xxxxxxt/h) → xxxxxxxt/h ou xxxxxxxm3/h Água na polpa

Volume de Vazios – Volume Retido nos Rejeitos


Vv = Vs x e → (Ws / Gs) x e → (xxxxxxt / xxxxxt/m3) x 1,5 → Vv = xxxxxxm3 Volume de água retida
Volume de Água Liberada → (xxxxxxx – xxxxxxxm3) →→ xxxxxxxm3/h Água na polpa

Disposição Rejeito Total

41% sólidos = Ws / W → (xxxxxx = xxxxxxxxt/h / W) → Wpolpa = xxxxxxxt/h →


Ww = (W – Ws) → (Ww = xxxxxxxt/h – xxxxxxxt/h) → xxxxxxxt/h ou xxxxxxxm3/h Água na polpa

Volume de Vazios – Volume Retido nos Rejeitos


Vv = Vs x e → (Ws / Gs) x e → (xxxxxxxt / xxxxxxxt/m3) x xxxxxx → Vv = xxxxxm3 Volume de água retida
Volume de Água Liberada → (xxxxxxxxm3 – xxxxxxxxm3) →→ xxxxxxxxxm3/h Água na polpa

95
Geotecnia Aplicada à Rejeitos de Mineração
Aula 3 – Beneficiamento de Minério
Balanço de Água

Disposição em Barragem de Rejeito Total

ID Fluxo m³/h

1 ROM 450

2 Produtos 275
450 275
3 Rejeito Total

4 Descarga / Utilidades 630

Consumos Externos Sem


5
Recuperação
290
90%

630
6=
Total de Saída de Água
(2+3+4+5+6)

7 = (6 -1) Necessidade de Reposição

290 Água direcionada para


8 = (3+4+5)
Barragem e Dique/Pond

9 % Recuperável na Barragem

Água Liberada da Barragem e


10 = (8 x 9)
do Dique/Pond

11 = (7-10) Água Nova -Captações

96
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Aula 3 – Beneficiamento de Minério
Balanço de Água
Dados dos Rejeitos para Dimensionamento das Águas Recirculada e Retida

Disposição em Pilha de Rejeito Filtrado (rejeito arenoso) e Barragem de Lama (30% sólidos)

ID Fluxo m³/h

1 ROM 450

2 Produtos 275
450 275
3 Rejeito (Lama)

4 Descarga / Utilidades 630

5 Pilha de Rejeito Filtrado

90% Consumos Externos Sem


6
Recuperação
290
630
7=
Total de Saída de Água
(2+3+4+5+6)

8 = (7 -1) Necessidade de Reposição

Água Direcionada para


290 9=(3+4+5) Barragem Lama, PDR e
Dique/Pond

10 % Recuperável na Barragem

Água Liberada da Barragem e


11= (9 x 10)
do Dique/Pond

12 = (8-11) Água Nova -Captações

97
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Aula 3 – Beneficiamento de Minério
Balanço de Água
Dados dos Rejeitos para Dimensionamento das Águas Recirculada e Retida
Disposição em Pilha de Rejeito Filtrado do Rejeito Total
ID Fluxo m³/h

1 ROM 450

2 Produtos 275
450 275
3 Pilha de Rejeito Filtrado

4 Descarga / Utilidades 630

Consumos Externos Sem


6
Recuperação
290
90%
630 7=
Total de Saída de Água
(2+3+4+5+6)

8 = (7 -1) Necessidade de Reposição

Água Direcionada para


9=(3+4+5) Barragem Lama, PDR e
290 Dique/Pond

10 % Recuperável na Barragem

Água Liberada do
11= (9 x 10)
Pond/Dique

12 = (8-11) Água Nova -Captações

98
Geotecnia Aplicada à Rejeitos de Mineração
Aula 3 – Beneficiamento de Minério
Balanço de Água
Dados dos Rejeitos para Dimensionamento das Águas Recirculada e Retida

Disposição em Pilha de Rejeito Filtrado (rejeito arenoso) e Barragem de Lama (50% sólidos)

ID Fluxo m³/h

1 ROM 450

2 Produtos 275
450 275
3 Rejeito (Lama)

4 Descarga / Utilidades 630

771 5 Pilha de Rejeito Filtrado

90% Consumos Externos Sem


6
Recuperação
290
630
7=
Total de Saída de Água
(2+3+4+5+6)

8 = (7 -1) Necessidade de Reposição

Água Direcionada para


290 9=(3+4+5) Barragem Lama, PDR e
Dique/Pond

10 % Recuperável na Barragem

Água Liberada da Barragem e


11= (9 x 10)
do Dique/Pond

12 = (8-11) Água Nova -Captações

99

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