Você está na página 1de 11

DIVISÃO DE ENGENHARIA

CURSO DE LICENCIATURA EM ENGENHARIA DE PROCESSAMENTO


MINERAL
Disciplina: Geologia Metalúrgica
Turma: A
3ºAno

TEMA: Xisto

Discente: Jennifer Cuna

Docente:
MSc. Gilberto R. Goba Sabonete, Eng.

TETE, ABRIL DE 2023


ÍNDICE

1. INTRODUÇÃO.........................................................................................................3

2. Mineralogia e geologia...............................................................................................4

2.1. Mineralogia:........................................................................................................4
2.2. Geologia..............................................................................................................4
3. Lavra e Processamento...............................................................................................5

3.1. Lavra...................................................................................................................5
3.2. Processamento:...................................................................................................6
3.3. As técnicas de processamento de xisto podem ser divididas em duas
categorias:......................................................................................................................6
4. Usos e funções de Xisto.............................................................................................7

5. Exemplo em Moçambique.........................................................................................9

6. CONCLUSÃO.........................................................................................................10

7. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS.....................................................................11
1. INTRODUÇÃO

O xisto é uma rocha sedimentar que contém um complexo orgânico de composição


indefinida, chamado querogênio, disseminado em seu meio natural. Não podendo ser
facilmente extraído pelos solventes comuns, esta matéria orgânica confere ao xisto um
potencial energético que pode ser aproveitado através de diversos processos, tais como a
retortagem, combustão ou gaseificação.

A importância atribuída aos xistos advém, exatamente, da possibilidade de se produzir


do óleo dele extraído, devidamente beneficiado, e pelos processos convencionais de
refinação, os mesmos derivados do petróleo de poço: nafta, gasolina, óleo diesel, óleo
combustível e o gás liquefeito de petróleo. Entretanto esse trabalho debruçará a
geologia, mineralogia, lavra, processamento, funções e usos de xistos.
2. Mineralogia e geologia

2.1. Mineralogia:

Xisto é termo geologicamente impróprio, mas de uso generalizado para designar uma
rocha sedimentar que contém querogênio disseminado em sua matriz mineral.

As rochas oleígenas originam-se pela decomposição conjunta de sedimentos em matéria


orgânica em ambiente anaeróbico, de águas estagnadas, isto ocorre devido a existência
de abundante fauna que consome o oxigênio dissolvido nas águas. A matéria orgânica é
convertida por processos bacterianos e químicos, durante o soterramento das camadas,
num polímero complexo, o querogênio, que contém pequena quantidade de nitrogênio e
oxigênio. Os principais ambientes de decomposição de xistos são grandes lagos, mares
de águas rasas, lagunas e pântanos.

O querogênio não pode ser extraído pelos solventes comuns do petróleo, mas pode ser
transformado em óleo e gás quando a rocha é submetida a temperaturas relativamente
elevadas, operação conhecida por retortagem ou pirólise.

A fração mineral da rocha pode incluir argila, minerais, carbonados e sílica, dependendo
do ambiente de deposição. Pelo fato de se tratar de rochas sedimentares e estas
necessitarem de aquecimento para a liberação da matéria orgânica.

2.2. Geologia

A pesquisa geológica do xisto segue uma sistemática tradicionalmente utilizada na


prospecção e exploração de depósitos minerais estratiformes.

Os serviços começam através da identificação de rochas portadoras de quantidades


significativas de matéria orgânica, por meio dos trabalhos de fotointerpretação,
mapeamento da faixa de ocorrência dos membros oleígenos e etapas de reconhecimento
do campo, visando a busca das informações a respeito das topografia do terreno, modo
de ocorrência do xisto, espessuras, tectonismo etc., além de coletas de amostras de
superfície para estabelecimento preliminar dos teores. Uma vez identificadas áreas mais
favoráveis, inicia-se a pesquisa pioneira, envolvendo mapeamento em escala 1:25 mil e
execução de furos de sonda esparsos e isolados, com objetivo de selecionar, dentro da
faixa de ocorrência, áreas mais promissoras ao aproveitamento econômico do xisto, bem
como estabelecer os parâmetros básicos que nortearão a execução dos serviços
seguintes.

Nesta etapa pioneira da pesquisa é importante a amostragem continua dos furos de


sonda para coleta das amostras das camadas atravessadas, que serão encaminhadas aos
laboratórios especializados para determinação dos teores de óleo, gás e água pelo ensaio
Fischer, além dos teores de enxofre e composição química e mineralógica das rochas.

Nas áreas selecionadas pela pesquisa pioneira, executam-se serviços de exploração


geológica, com a implantação de malhas regulares de sondagem, inicialmente com furos
espaçados de 1600 por 800 metros, sendo sucessivamente adensados, chagando-se até
ao detalhe de 50 por 50 metros para exploração.

3. Lavra e Processamento

3.1. Lavra

A mineração de xisto, assim como a lavra de qualquer bem mineral, pode ser
desenvolvida a céu aberto ou subterrâneo. Para a decisão da melhor alternativa
consideram-se aspectos técnicos e, fundamentalmente, econômicos. A mineração
subterrânea pode desenvolver-se por métodos de lavra tradicionais ou para promover a
retortagem in situ. A lavra tradicional, utilizando métodos semelhantes aos
procedimentos para mineração de carvão, caracteriza-se pela extração do xisto do
subsolo para processamento na superfície. A lavra para retortagem in situ tem como
consequência a retirada apenas do xisto necessário para a abertura de galerias, onde
serão instalados equipamentos para a coleta e transporte de gás e/ou óleo para a
superfície.

A lavra a céu aberto implica a remoção de todo o material estéril, de forma a permitir a
retirada do xisto para posterior processamento.

A mineração subterrânea apresenta as seguintes vantagens e desvantagens, quando


comparada com a mineração a céu aberto:

 Menor volume de material a ser manuseado


 Menor impacto ambiental
 Menor produtividade por empregado
 Maior risco de acidente
 Menor aproveitamento da jazida.

3.2. Processamento:

A Unidade de Tratamento de Minério (U-220) do Módulo Industrial do Xisto é uma


instalação convencional de britagem e peneiramento que tem por objetivo produzir um
minério granulado, bitolado entre 85 mm e 11mm, que alimenta o processo de
retortagem para extração do óleo contido no xisto.

A britagem é realizada em três estágios, sendo a primária em britador giratório e a


secundária e a terciária em britador de cone. As operações de Peneiramento para
classificação dos produtos das britagens são realizadas a seco, nos três estágios iniciais,
e a úmido no peneiramento de escalpe e final.

O produto granulado é empilhado em duas pilhas de homogeneização e estocagem,


dividindo a atividade do Tratamento de Minério em 2 regimes de operação. Sendo uma
até as pilhas de estocagem (planta de britagem) e outro a partir da retomadora de
minério (planta de alimentação das retortas).

3.3. As técnicas de processamento de xisto podem ser divididas em duas


categorias:

 Técnicas de superfície (ex situ): quando o xisto é retirado do solo e processado


em instalações de superfície e
 Técnica de subsuperfície (in situ): quando o xisto é retirado do solo e processado
no próprio ou local da jazida.

Quanto ao processo, visando ao aproveitamento da energia ou material contidos no


xisto, existem três grupos que são:

 Processo de retortagem ou pirólise;


 Processo de gaseificação;
 Processo de combustão;
4. Usos e funções de Xisto

O xisto betuminoso (também conhecido como folhelho ou xisto argiloso) é uma fonte
de combustível. Quando submetido a altas temperaturas, produz petróleo de xisto – um
petróleo não convencional de composição semelhante à do petróleo convencional do
qual se extrai nafta, óleo combustível, gás liquefeito, óleo diesel e gasolina.

Na construção, os xistos de xisto são às vezes usados como blocos de construção


planos, por exemplo, como revestimento de pisos. Mostrar u de alta qualidade. a.
pedreiras de Fischbach (Taunus). Boas variedades fora da Alemanha vêm, por exemplo,
de Fåvang na Noruega ou até 1964 como chapas Fexer do Fextal na Suíça.

Na Idade Média, a xisto ardósia era usada para produzir pedras de moer que raramente
precisavam ser afiadas.

Como rocha é conhecido mais ou menos solidificado, que ocorre naturalmente


microscópico tipicamente heterogéneos misturas de grãos minerais, fragmentos de
rocha, orgânicos precipitações ou inorgânicos ou resíduos de seres vivos. A proporção
de mistura desses constituintes flutua apenas um pouco dentro de um determinado corpo
de rocha, de modo que, quando vista com uma vista livre, geralmente parece uniforme
(homogênea).

A maioria das rochas da crosta terrestre (e também dos outros planetas terrestres) são
rochas de silicato (componentes principais quartzo, feldspatos, anfibólios, piroxênios),
apenas uma pequena parte das rochas consiste principalmente em carbonatos ou outras
classes ou grupos de substâncias minerais.

Um volume maior de uma determinada rocha, que está localizado na crosta terrestre ou
emerge no campo, é comumente referido como formação rochosa (não deve ser
equiparada ao termo de formação similar, mas muito mais precisamente definido na
litoestratigrafia).

O geológica conceito rocha é mais amplo do que o coloquial e também inclui que ocorre
naturalmente de metal – ligas, vidro vulcânicos, gelo, solta areia ou carvão a. O estudo
de rochas, petrologia, é uma subárea de geociências. Exemplos de diferentes tipos de
rochas podem ser encontrados na lista de rochas.

As rochas consistem essencialmente em minerais, dos quais apenas cerca de trinta têm
uma participação significativa na formação de rochas, razão pela qual são chamadas de ‘
minerais formadores de rochas ‘. Acima de tudo, são silicatos como feldspato, quartzo,
xisto, anfibólio ou olivina, mas carbonatos como calcita ou dolomita também são
componentes importantes das rochas. Além desses lotes principais (os componentes
minerais que compõem mais de 10% da massa total), a maioria das rochas também
contém os chamados lotes secundários(Componentes que compõem entre 10 e 1%) ou
acessórios (componentes que contêm apenas <1%). Os acessórios para uma rocha
geralmente são de mesmo nome. Além disso, uma certa proporção de água está sempre
presente, como água cristalina ou água de poros.

A estrutura de uma rocha é principalmente sua textura – a posição espacial e a


distribuição dos minerais em uma rocha, que resulta das propriedades e da relação dos
minerais formadores de rochas entre si – e a estrutura, que se relaciona às propriedades
geométricas dos componentes individuais da rocha, Isso inclui tamanho relativo e
absoluto, a forma dos cristais ou grãos minerais e o tipo de estrutura dos grãos. A Terra
e os internos planetas do sistema solar acúmulo de grandes massas, espacialmente
coerentes de rochas diante. No entanto, eles são visíveis e acessíveis apenas na
superfície da crosta terrestre, especialmente em montanhas que surgem de processos
tectônicos de formação de montanhas.

Na medicina, a formação de cálculos biliares, cálculos salivares e cálculos renais


também é conhecida como litogênese.

A estrutura de uma rocha é principalmente sua textura – a posição espacial e a


distribuição dos minerais em uma rocha, que resulta das propriedades e da relação dos
minerais formadores de rochas entre si – e a estrutura, que se relaciona às propriedades
geométricas dos componentes individuais da rocha, Isso inclui tamanho relativo e
absoluto, a forma dos cristais ou grãos minerais e o tipo de estrutura dos grãos. A Terra
e os internos planetas do sistema solar acúmulo de grandes massas, espacialmente
coerentes de rochas diante. No entanto, eles são visíveis e acessíveis apenas na
superfície da crosta terrestre, especialmente em montanhas que surgem de processos
tectônicos de formação de montanhas. Na medicina, a formação de cálculos biliares,
cálculos salivares e cálculos renais também é conhecida como litogênese.

5. Exemplo em Moçambique

O governo moçambicano afastou o risco de um eventual impacto negativo para o gás


natural moçambicano, face à extração do gás de xisto, um novo potencial na área
energética, que está a revolucionar o mercado mundial de gás.

Alguns mercados de energia, como o norte-americano, estão a sofrer uma transformação


radical devido ao desenvolvimento de novas tecnologias, sobretudo a extração de gás de
xisto através de um processo controverso conhecido como "fratura hidráulica"
("fracking"), que foi limitado ou banido em alguns países, devido ao alegado efeito
pernicioso ao ambiente.

Recentemente, a norte-americana Anadarko Petroleum elevou para o dobro (30 triliões


de pés cúbicos de gás natural) as estimativas sobre as reservas de gás em prospeção no
norte de Moçambique, afirmando tratar-se de uma das mais importantes descobertas de
gás nos últimos dez anos.
6. CONCLUSÃO

O presente trabalho pretende dar informação técnica básica sobre o xisto, sua origem,
formação, características, propriedades, mineração, tratamento, processamento, enfim
os processos envolvidos na sua industrialização. Podemos observar que apesar das
grandes jazidas de minério de xisto em território nacional, exige-se um amplo estudo
geológico para com a viabilidade de extração do mesmo. Ainda se faz necessário um
amplo estudo tecnológico e o desenvolvimento de tecnologia para um melhor
aproveitamento do xisto, que é uma importante fonte de energia.

O xisto produz vários produtos como a gasolina óleo combustível, nafta e GLP, mesmos
derivados do petróleo e com a mesma qualidade. Além destes produtos, do xisto ainda
se extraem uma grande quantidade de subprodutos que podem vir a suprir outras
matéria primas em escassez ou no desenvolvimento de novos produtos.
7. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

 Botelho da Costa, J. (1992) Estudo e Classificação das Rochas por Exame


Macroscópico, Lisboa: Fundação Calouste Gulbenkian.

Você também pode gostar