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Instituto Superior Politécnico de Tete

DIVISÃO DE ENGENHARIAS

ENGENHARIA DE PROCESSAMENTO MINERAL

Disciplina: Metalurgia

Peneiramento industrial

Docente:

MSc. Paulo António Mandunde

Tete, Abril 2020


Discentes:

Abel Milambo

Custódio Machelene

Dalton Ubisse

Delvio Cinturão

Edilson Ricardo

Raice Querebo

Reni Hilário

Silvestre Matavele

Este trabalho referente a disciplina de Planificação


mineira é de carácter avaliativo a ser apresentado
ao MSc. Marcos Ginja no Instituto Superior
Politécnico de Tete para a obtenção do grau de
Licenciatura No curso de Engenharia de
Processamento Mineral.

Docente:

MSc. Paulo António Mandunde

Tete, Abril 2020


Índice
1. Introdução ....................................................................................................................................... 4
1.1. Objectivos ................................................................................................................................ 5
1.1.1. Geral ...................................................................................................................................... 5
1.1.2. Específicos ............................................................................................................................. 5
1.2. Metodologia ................................................................................................................................. 5
2. Revisão bibliográfica ....................................................................................................................... 6
2.1. Peneiramento industrial .......................................................................................................... 6
2.1.1. Crivo ...................................................................................................................................... 6
2.1.2. Peneiramento ....................................................................................................................... 6
2.2. Aplicações ................................................................................................................................ 7
2.3. Objectivos de peneiramento.................................................................................................... 7
2.4. Tipos de peneira....................................................................................................................... 7
2.4.1. Grelhas ou Grades (Glyzzly) .................................................................................................. 7
2.4.2. Grelhas vibratórias ................................................................................................................ 8
2.4.3. Peneiras rotativas ou revolventes (trommel) ....................................................................... 9
2.4.4. Peneiras fixas (Sieve bends - DSM) ....................................................................................... 9
2.4.5. Peneiras reciprocativas ....................................................................................................... 10
2.4.6. Peneiras vibratórias ............................................................................................................ 10
2.4.7. Peneiras inclinadas.............................................................................................................. 11
2.4.8. Peneiras horizontais ............................................................................................................ 11
2.5. Escalas granulométrica .......................................................................................................... 12
2.6. Tabela de escalas granulométrica .......................................................................................... 13
3. Conclusão ...................................................................................................................................... 14
4. Referências bibliográficas ............................................................................................................. 15
1. Introdução
O presente trabalho visa descrever o peneiramento industrial.

O peneiramento é um dos métodos mais antigos na área de processamento mineral e, até


hoje, é usado com aplicação comprovada numa variedade de indústrias e nas mais
diferentes áreas. Na área mineral, o peneiramento pode ser utilizado na separação por
tamanho, no desaguamento, na deslamagem, na concentração e em muitas outras
combinações dessas aplicações. Em tratamento de minérios, a separação por tamanho ou
o peneiramento foi concebida pelo homem no seu esforço para extrair da terra os metais
que precisava.

Em termos técnicos, o peneiramento é compreendido como um processo de classificação


de partículas por tamanho. Embora factores como forma e densidade das partículas sejam
significativos nesse processo, o tamanho da partícula ainda é o factor predominante na
classificação por tamanho. Em geral, o peneiramento, nas operações de laboratório, de
material fino compreende a faixa granulométrica desde 37 até 10µm (valire e wennen,
1980).
1.1. Objectivos

1.1.1. Geral
 Dar a conhecer sobre o peneiramento industrial.

1.1.2. Específicos
 Preparar uma dimensão perto da exigida, que deve ser alimentada a uma dada
concentração gravimétrica;
 Produzir o material graduado ou de uma dimensão própria do produto finito.

1.2. Metodologia
O trabalho foi realizado na base de uma pesquisa bibliográfica para a familiarização com
o tema e sua sistematização. Foi também usada uma pesquisa exploratória, com base em
dados secundários complementados com a revisão bibliográfica, uso de informações e
dados documentais em artigos de revistas especializadas, alguns deles encontrados nos
sites de internet, jornais (publicações).
2. Revisão bibliográfica
O processo de peneiramento fino pode ser usado tanto a seco quanto a húmido, todavia o
peneiramento do material fino, em laboratório, é feito a húmido e alimentação do minério
é feita, segundo uma polpa minério e agua. As partículas menores transportadas pelo
fluido passam pelas aberturas da tela. No caso das operações contínuas, tanto piloto como
industrial a separação se completa em um comprimento, relativamente curto, da tela da
peneira. As operações contínuas só são possíveis com a fracção grossa. Quando o liquido
não mais existe na tela, esta actua como um transportador vibratório no percurso, ate que
a nova adição de água seja efectuada para facilitar a remoção de partículas finas, ainda
remanescentes (carrisso, 2004).

2.1. Peneiramento industrial

2.1.1. Crivo
É uma superfície com muitas aberturas de dimensões que se encontram nessa superfície,
vai atravessar (passante ou seja serem retidos) nas superfícies. Os crivos finos são muito
frágeis, caos tem a tendência de serem bloqueados nas suas aberturas pelas partículas
passantes. A crivação é geralmente limitada ao material de dimensão maior que 250µm,
as partículas mais finas sendo recuperadas pela classificação.

2.1.2. Peneiramento
Consiste passar amostra de material com peso conhecido sucessivamente através de
peneiras cada vez mais finas, na passagem da quantidade retida em cada e na
determinação de percentagem em peso de cada fracção retida. As peneiras são agitas, para
expor todas partículas as aberturas.

Entende-se por peneiramento, a separacao de um material em duas ou mais classes,


estando estas limitadas umas superioras a outra inferiormente. As que passam são
denominadas undersize e o material é denominado oversize.

Os peneiramentos industrias são realizados normalmente, em fracções granulométrica de


ate 6mm. Entretanto é possível peneirar a seco com eficiência razoável em fracções de ate
1,7mm. A húmido o peneiramento é normalmente aplicado para ate 0,4mm, mais
recentemente tem sido possível peneirar partículas mais finas, da ordem de 50µm.
2.2. Aplicações
 Separação por tamanho (granulometria);
 Escalpe remoção de partículas a visa a primeira classificação antes do britador
primário (somente o OS alimenta o britador de mandíbulas);
 Protecção visa que as partículas maiores, sucatas (parafusos, metais), borracha,
não passem para o equipamento a frente, protegendo-o desses corpos estranhos;
 Humedecimento (carvão);
 Recuperação de meio denso;
 Concentração (tamanho ou forma ou moagem diferencial);
 Deslamagem;
 Lavagem (lava os finos de aderência aos granulados).

2.3. Objectivos de peneiramento

 Prevenir a entrada dos passantes no triturador à maxila, então conduz ao aumento


das suas capacidades e eficiência;
 Prevenir os materiais grossos de passar ao próximo estágio (fase) num circuito
fechado da trituração fina ou moagem;
 Preparar uma dimensão perto da exigida, que deve ser alimentada a uma dada
concentração gravimétrica;
 Produzir o material graduado ou de uma dimensão própria do produto finito;
 Alimentar a eficiência das operações de fragmentação.

2.4. Tipos de peneira

2.4.1. Grelhas ou Grades (Glyzzly)

Constituídas por barras metálicas dispostas paralelamente, mantendo um espaçamento


regular entre si. Estas consistem de um conjunto de barras paralelas espaçadas por um
valor pré-determinado, e inclinadas na direcção do fluxo da ordem de 35° a 45°. São
empregadas basicamente em circuitos de britagem para separação de blocos de 7,5 a 0,2
cm, em geral, sendo utilizados invariavelmente a seco. Sua eficiência é normalmente
baixa (60%), porque não havendo movimento da superfície não ocorre a estratificação,
que facilita a separação.
Um valor aproximado para a capacidade das grades é de 100 a 150t (toneladas) de
material por pé quadrado de área em 24h (horas), quando as barras estão distintas entre si de
2,54cm.

2.4.2. Grelhas vibratórias

São semelhantes às grelhas fixas, mas sua superfície está sujeita vibração. São utilizadas
antes da britagem primária.
2.4.3. Peneiras rotativas ou revolventes (trommel)

Estas peneiras possuem a superfície de peneiramento cilíndrico ou ligeiramente cónica, que


gira em torno do eixo longitudinal. O eixo possui uma inclinação que varia entre 4° e 10°,
dependendo da aplicação e do material nele utilizado. Podem ser operadas a húmido ou a
seco. A velocidade de rotação fica entre 35-40% da sua velocidade crítica (velocidade
mínima na qual as partículas ficam presas a superfície cilíndrica). Nessas condições, a
superfície efectiva utilizada no peneiramento está em torno de 30% da área total. As
principais vantagens dos trommels são sua simplicidade de construção e de operação, seu
baixo custo de aquisição e durabilidade. Actualmente, são substituídos, parcialmente, por
peneiras vibratórias que tem maior capacidade e eficiência, mas ainda são muito utilizados
em lavagem e classificação de cascalhos e areias.

2.4.4. Peneiras fixas (Sieve bends - DSM)

As peneiras fixas introduzidas pela Dutch State Mines, são utilizadas para desaguamento de
suspensões e para uma separação precisa de suspensões de partículas finas. Esta compreende
uma base formada por fios paralelos entre si, formando um ângulo d 90° com a alimentação.
A alimentação é feita por bombeamento na parte superior da peneira sendo distribuída ao
longo de toda a extensão da peneira. Possuem uma elevada capacidade de produção,
podendo-se utilizar como um vlaor médio para pré-dimensionamento, 100 m3/h por metro de
largura de leito para abertura de 1,0 a 1,5 mm.
2.4.5. Peneiras reciprocativas

Estas realizam um movimento alternado praticamente no mesmo plano da tela, tendo como
resultante uma forca positiva que faz com que partículas movam-se para frente. Devido a esse
movimento natural, as peneiras reciprocativas trabalham com uma pequena inclinacao, entre
10° e 15°. A amplitude de seu movimento varia entre 2 e 25 cm uma frequência de 800 a 60
movimentos por minute, respectivamente. São empregadas na classificação de carvões e de
outros materiais friáveis, porque reduzem a fragmentação eventual das partículas. De um
modo geral, as peneiras reciprocativas tem um campo de aplicação restrito, diante das
maiores vantagens apresentadas pelas peneiras vibratórias.

2.4.6. Peneiras vibratórias

O movimento vibratório é caracterizada por impulsos rápidos, normais à superfície, de


pequena amplitude (1,5 a 25 mm) e de alta frequência (600 a 3600 movimentos por minuto),
sendo produzidos por mecanismos mecânicos ou eléctricos: aquelas em que o movimento
vibratório é praticamente rectilíneo, num plano normal à superfície de peneiramento
(peneiras vibratórias horizontais), e aquelas em que o movimento é circular ou elíptico
neste mesmo plano (peneiras vibratórias inclinadas). Estas peneiras são as de uso mais
frequente em mineração, sendo muito empregados nos circuitos de britagem e de preparação
de minério para os processos de concentração. A sua capacidade varia entre 50 a 200
t/m2/mm de abertura/24h.
2.4.7. Peneiras inclinadas

Estas são dotadas de movimento circular tem ainda grande predominância, especialmente no
segmento de agregados, por ter uma capacidade e eficiência de classificação, associada ao
baixo custo de fabricação, por requerer somente um eixo para gerar o movimento. A
inclinação usual varia de 18° a 20°, sendo o mínimo prático de 15.

2.4.8. Peneiras horizontais

Usadas principalmente para peneiramento em via húmida ou malhas finas. Por ser horizontal,
não há carregamento de água com material retido e a menor velocidade permite maior tempo
de residência, melhorando a eficiência de classificação, condição apropriada para malhas
mais finas. Usam movimentos lineares, o que requer duas linhas de vibradores para gerar este
movimento, tornando-as mais caras que as peneiras inclinadas.
2.5. Escalas granulométrica

A determinação das faixas de tamanho das partículas é feita por meio de uma série de
aberturas de peneiras que mantém entre si uma relação constante. A primeira escala
granulométrica foi proposta por Rittinger.

An = A0 *Rn, onde:

An - abertura de ordem n;

A0 – abertura de referência (A0 = 1mm);

Rn – razão de escala (R= √2 = 1,414).


2.6. Tabela de escalas granulométrica
3. Conclusão

No peneiramento a seco, as partículas rolam sobre s superfície da tela e são expostas as


aberturas das mesmas por varias vezes, numa verdadeira disputa probabilística na tentativa de
encontrar a abertura da tela. Para assegurar a eficiência do peneiramento, o processo a seco
utiliza peneiras, cujas telas são mais longas que aquelas usadas no processo a húmido. Por
essa e outras razoes as peneiras usadas no peneiramento fino a seco são dimensionadas com
base em unidade de alimentacao por área unitária (t/h/m2), enquanto no processo a húmido
considera-se (t/h/m).

Relativamente ao peneiramento de minérios moídos finamente é de extraordinária


importância para o tratamento de minérios, pois, além de incluir uma das características
essenciais ao produto final, facilita o processo de separacao ou concentração. Na prática,
ocorre a classificação do minério, usualmente, em hidrociclones para os minérios finalmente
moídos. Neste trabalho foram abordados os procedimentos práticos de peneiramento em
escala de laboratórios, acompanhados de uma descrição sucinta dos tamanhos das amostras
utilizadas.
4. Referências bibliográficas
 Bothwell, M. A., Mular, A. L. Coarse Screening In: Mular, L. A., Halbe, D. N., Barratt,
D. J. (Ed.). Mineral Processing Plant Desing, Pratice and Control Proceedings.
Littleton, Colorado, USA: SME, 2002, p.894-915.

 Carrisso, R.C.C. e Correia, J.C.G. Classificação e peneiramento. In: Luz, A. B.,


Sampaio, J. A. e Almeida, S. L. M. (Ed.). Tratamento de minérios. 4a ed. Rio de
Janeiro: CETEM/MCT, 2004., p.197-240.

 Colman G. K. Selection Guidelines for size and type of Vibrating Screens in ore
Crushing Plants. In: Mular, A. L., BHAPPU, R. B. Mineral Processing Plant Design,
2nd Edition. Littleton, USA: SME, 1980, p.341-361.

 Goes, M. A. C.; Luz, A. B. e Possa, M. V. Amostragem. (Ed.). Luz, A. B., Sampaio, J.


A. e Almeida, S. L. M. (Ed.). Tratamento de minérios. 4a ed. Rio de Janeiro:
CETEM/MCT, 2004,. p.19-54.

 Kelly, E. G. e Sopottiswwod, D. J. Introduction to Mineral Processing. Nova York:


John Wiley Sons, 1982, p.169-197.

 Valire, S. B. e Wennen, J. E. Screening in Mineral Processing Operations. In: Mular,


A.L., Bhappu, R.B. Mineral Processing Plant Design, 2nd Edition. Littleton, USA:
SME, 1980, p.917-928.

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