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ENGENHARIA DE POÇO
DA UN-BC/ATP-N
MÓDULO I
1. ÍNDICE
1. Índice......................................................... 1
2. Apresentação................................................... 3
I) O PETRÓLEO
3. História do Petróleo........................................... 5
4. Composição do Petróleo......................................... 5
5. Origem do Petróleo............................................. 8
6. Geração e Acumulação do Petróleo............................... 9
II) RESERVATÓRIOS E AVALIAÇÃO DAS FORMAÇÕES
7. Mecanismos de Produção dos Reservatórios....................... 12
8. Etapas da Produção............................................. 14
9. Fluxo do Fluido no Meio Poroso................................. 14
10. Índice de Produtividade do Poço – IP........................... 17
11. Curva de Desempenho do Reservatório – IPR...................... 18
III) PROPRIEDADES DOS FLUIDOS
12. Densidade – d.................................................. 20
13. Grau API - °API................................................ 20
14. Viscosidade - µ................................................ 21
15. Razão Gás/Óleo – RGO........................................... 21
16. Fator Volume de Formação do Óleo – Bo.......................... 22
17. Pressão de Saturação – Psat..................................... 22
18. Basic Sediments and Water – BSW................................ 22
19. Salinidade da água............................................. 23
20. Teores de Ca++/Mg++ da água..................................... 23
IV) PERFURAÇÃO DE POÇOS
21. Geologia para Engenharia de Poço...............................
22. Geopressões....................................................
23. Perfuração Direcional..........................................
24. Revestimento e cimentação......................................
25. Brocas.........................................................
26. Segurança de Poços.............................................
27. Cabeça de Poço Submarina.......................................
28. Perfuração.....................................................
V) ELEVAÇÃO DE PETRÓLEO
29. Elevação Natural de Petróleo................................... 24
30. Elevação Pneumática – Gás Lift Contínuo........................ 26
31. Equipamentos de Gás Lift....................................... 27
32. Dimensionamento de um Sistema de Gás Lift Contínuo............. 31
33. Descarga de um poço com Gás Lift Contínuo...................... 32
34. Bombeio Centrífugo Submerso – BCS.............................. 35
35. Equipamentos do BCS............................................ 36
36. Dimensionamento do conjunto BCS................................ 39
VI) LAY-OUT DOS POÇOS CONVENCIONAIS DO ATP-N
37. Cabeça de Poço – Well Head..................................... 40
38. Revestimentos.................................................. 42
39. Sistema se Suspensão de Revestimentos em Sub-superfície........ 44
40. Suspensor de Revestimento – Casing Hanger...................... 45
41. Cabeça de Revestimento de Superfície – Casing Head............. 46
42. Carretel de Revestimento Intermediário – Casing Spool.......... 46
1. APRESENTAÇÃO
O presente curso tem a finalidade de transmitir, aos engenheiros de
outras especialidades que não Petróleo, informações básicas sobre a
Completação de Poços na UN-BC/ATP-N.
A ênfase do curso é eminentemente prática. Não se atém a rigores de
cálculo ou projeto. Busca tão somente transmitir os conceitos básicos da
engenharia de poços e dos fenômenos que ocorrem dentro do poço de
petróleo.
Além disto, seu foco é em poços convencionais e sondas de plataformas
fixas, já que estes são a quase totalidade dos poços do ATP-N. No entan-
to, este foco se restringe aos equipamentos de superfície e alguns proce-
dimentos operacionais, já que, em sub-superfície, praticamente não há
diferença entre completação convencional (seca) e completação submarina.
Embora a ênfase do curso seja a fase de completação do poço, dado o
desconhecimento e desnivelamento acerca da Engenharia de Poço e da pró-
pria Engenharia de Petróleo que pode haver por parte dos participantes, o
curso apresenta uma cuidadosa introdução à engenharia de petróleo e de
poço, com vistas a dar uma visão sistêmica do que é um poço de petróleo,
antes de tentar mostrar como completá-lo e mantê-lo produzindo.
O curso completo de Fundamentos da Engenharia de Poço da UN-BC/ATP-N é
constituído por dois módulos de 40 horas-aula cada, sendo 60 h teóricas e
20 h práticas.
No módulo I (Introdução), são apresentados:
- O petróleo;
- Os reservatórios;
- Avaliação das formações;
- Propriedades dos fluidos;
- Perfuração de poços;
- Elevação natural;
- Elevação artificial (BCS e GLC);
- O lay-out dos poços convencionais da UN-BC/ATP-N;
- Equipamentos de superfície;
- Equipamentos de sub-superfície;
- Amortecimento de poços.
Também fazem parte do módulo I uma aula de campo nas oficinas de Coluna e
de Arame e outra na oficina de Árvore de Natal Molhada da Petrobras.
No módulo II (Avançado), são apresentados:
- Avaliação e correção de cimentação primária;
- Perfilagens de produção;
- Canhoneio;
- Operações com arame;
- Operações com flexitubo;
- Operações com nitrogênio;
- Tratamentos químicos;
- Fraturamento;
- Contenção de areia;
- Indução de surgência;
- Prevenção e remoção de incrustações.
- Prevenção e controle de kicks;
Também fazem parte do módulo II, aulas de campo nas bases de uma cia. de
perfilagem e canhoneio; de uma cia. de flexitubo e nitrogênio e de uma
cia. de fraturamento e contenção de areia.
Antes de iniciarmos o curso, julgamos oportunas algumas considerações:
Uma definição de qualidade coloca esta como um confronto entre a
expectativa criada e o produto recebido. No atual estado da vida
profissional da grande maioria dos treinandos, a curva de conhecimento
acumulado já se encontra bastante desenvolvida. Assim, eventos como este
curso representam modestos acréscimos nesta curva. Entretanto, tais
acréscimos, embora aparentemente pequenos, podem representar grandes
ganhos para a eficiência e a segurança operacional. Logo, os treinandos
devem administrar suas expectativas de sorte a manter ao longo do curso o
interesse e a concentração.
O curso não é de apresentação de novidades, mas sim de nivelamento. Cada
participante deve estar atento a identificar suas lacunas de
conhecimento, se houver, e preenchê-las. Isto também constitui desafio ao
interesse e à concentração.
Como alguns treinandos podem possuir conhecimento acima do mínimo
necessário em vários dos tópicos abordados no curso, é natural e até
benvindo que estes procurem contribuir, ao longo das aulas, com suas
informações e opiniões. Esperamos que isto ocorra, logicamente, de uma
forma bem ordenada.
JC Calmeto
I. O PETRÓLEO
3. HISTÓRIA DO PETRÓLEO
O petróleo é conhecido desde a mais remota antiguidade. Isto porque,
sendo um fluido em equilíbrio precário na sub-superfície, tende a escapar
para a superfície sob a forma de exsudações, onde entrou em contacto com
o homem.
Exsudações petrolíferas existem em todos os continentes e até sob os
oceanos e mares. As exsudações têm auxiliado na descoberta de grande
número de jazidas de hidrocarbonetos, e sua localização é incluída no
processo exploratório desenvolvido por todas as companhias de petróleo.
A utilização do petróleo para os mais diversos fins pelas civilizações as
mais antigas está bem documentada na literatura. A Bíblia, por exemplo,
apresenta diversas citações, como a calafetagem da lendária Arca de Noé,
em preparação para sobreviver ao dilúvio.
Na Mesopotâmia e no Egito, o petróleo era utilizado como argamassa nas
construções, na pavimentação de estradas e para outras finalidades, como
no processo de embalsamento.
Também os chineses, ainda nos primeiros séculos da era cristã, já
perfuravam poços relativamente profundos em busca de sal, para uso
doméstico, e de petróleo, como fonte de energia para aquecimento e
iluminação.
A moderna indústria do petróleo, contudo, é considerada nascida a partir
da perfuração do primeiro poço com o objetivo específico de produção de
petróleo, pelo Coronel Drake, em 1859, na cidade de Titusville,
Pennsylvania. Naquela época, a principal utilização do petróleo era para
a fabricação de querosene, que fornecia uma chama brilhante, limpa e
abundante, em substituição ao óleo de baleia, então em processo de
escasseamento. O subproduto da destilação de petróleo para obtenção de
querosene era utilizado como combustível em caldeiras, em substituição à
lenha e ao carvão.
Somente mais tarde, com o advento do motor a explosão interna, e a
descoberta de jazidas gigantescas de petróleo, pelo Capitão Lucas em
1901, na localidade de Spindletop, no Texas, o petróleo se firmou como a
maior fonte de energia do mundo. Finalmente, com o advento da
petroquímica, em meados do século XX, o petróleo se tornou o produto mais
importante e cobiçado da história contemporânea.
4. COMPOSIÇÃO DO PETRÓLEO
O petróleo é uma mistura de hidrocarbonetos, na qual predominam os
alcanos. É a mais importante fonte de energia (através da queima dos
alcanos) e constitui a matéria prima da indústria petroquímica,
responsável pela manufatura de milhares de produtos de consumo diário,
tais como os plásticos, adubos, tintas, detergentes.
1. Alcanos ou parafinas
São hidrocarbonetos alifáticos saturados, de fórmula geral CnH2n+2.
4. Alcadienos ou diolefinas
São hidrocarbonetos alifáticos com duas duplas ligações, de fórmula
geral CnH2n-2, o que os torna, portanto, isômeros dos alcinos e
ciclenos
6. Ciclenos ou ciclolefinas
São hidrocarbonetos alicíclicos com uma dupla ligação na cadeia
fechada, de fórmula geral CnH2n-2, sendo isômeros dos alcinos e
ciclenos.
7. Ciclodienos ou ciclodiolefinas
São hidrocarbonetos que possuem o anel benzênico. O mais importante é
o benzeno, vindo em seguida o tolueno (metilbenzeno) e o xileno
(dimetilbenzeno).
5. ORIGEM DO PETRÓLEO
A origem do petróleo é um dos mistérios mais bem guardados pela natureza.
Séculos de especulações e experimentações propiciaram numerosas hipóteses
e teorias, muitas delas antagônicas.
As teorias que pretendem explicar a origem do petróleo podem ser
classificadas em inorgânicas e orgânicas.
As teorias inorgânicas atribuem ao petróleo uma origem sem a intervenção
de organismos vivos de qualquer espécie. Já as teorias orgânicas
atribuem aos organismos vivos papel fundamental no processo de geração do
petróleo.
Atualmente, a maioria dos geólogos e geoquímicos advogam a origem
orgânica para o petróleo, embora não contestem a existência de
hidrocarbonetos formados inorganicamente na Terra e no espaço exterior.
Pela Teoria Orgânica, a matéria orgânica depositada com os sedimentos é
convertida por processos bacterianos e químicos, durante o soterramento,
num polímero complexo, o querogênio, que contém pequena quantidade de
nitrogênio e oxigênio. Este processo é acompanhado pela remoção da água
e compactação dos sedimentos. O querogênio, por sua vez, é convertido em
hidrocarbonetos por craqueamento térmico a maiores profundidades, e
temperaturas relativamente elevadas.
Consideram-se como as principais evidências da origem orgânica do
petróleo:
µ . ∆L
que, na sua forma diferencial, fica:
Q = K A dP
µ dL
Para o fluxo radial, que é o modelo encontrado no escoamento do petróleo
desde os limites do raio de drenagem até o poço, a Lei de Darcy é dada
pela seguinte equação:
Q = K A dP onde r é o raio.
µ dr
Neste caso, a área de fluxo não é constante, mas sim dependente do raio,
eis que, quanto mais se aproxima do poço, menor fica esta área:
IP = 52,54 K h h
Bo µ ln(re/rw)
Q = IP . (Pest – Pwf)
ou:
IP = Q . nnas unidades Petrobras: m3/d .
(Pest – Pwf) ( kgf/cm2
Q = IP . (Pest – Pwf)
12. DENSIDADE - d
Densidade, tanto do óleo quanto da água da formação e do gás, é uma
grandeza adimensional, que expressa a relação entre as massas específicas
do fluido em questão e da água pura, para o caso de líquidos, ou do ar,
para o caso de gases.
Observa-se que a água pura tem ºAPI = 10. Óleos com ºAPI menor que 10 são
mais densos que a água pura.
Pela definição da Petrobras, óleos com ºAPI entre 14 e 20 são
classificados com pesados, e óleos com ºAPI menor ou igual a 14 são
classificados como extra-pesados.
Certamente o ºAPI varia de campo para campo bem como, dentro de um mesmo
campo, de reservatório para reservatório. Como ordem de grandeza,
podemos citar os °API dos campos de Cherne e Namorado (arenito Namorado)
além de alguns outros campos:
CAMPO ºAPI
Urucu 42
Roncador 29
Namorado (Cretáceo) 28
Cherne (Cretáceo) 20
Marlim Sul 16
Pampo (Eoceno) 14
Óleos com altos ºAPI são ricos em frações mais leves de hidrocarbonetos
e, portanto, comercialmente mais valorizados.
14. VISCOSIDADE - µ
É a propriedade que os fluidos têm em opor resistência ao escoamento.
Assim, quanto maior a viscosidade de um determinado fluido (líquido ou
gás), maior a dificuldade para o mesmo escoar.
Esta resistência ao escoamento é devida às interações entre as moléculas
do fluido, bem como às interações entre as moléculas do fluido e as
moléculas do conduto onde está se dando o fluxo. Sendo as ligações entre
moléculas de líquidos muito mais fortes que aquelas entre os gases, as
viscosidades dos líquidos são muito maiores que as viscosidades dos
gases.
Na Petrobras a unidade utilizada para viscosidade é o cP (centipoise).
Nos hidrocarbonetos, o aumento da viscosidade é função do tamanho das
moléculas, de modo que a viscosidade, normalmente (mas não
obrigatoriamente), aumenta nos óleos mais pesados.
A viscosidade é bastante afetada pela temperatura, aumentando muito à
medida em que esta diminui.
Pela classificação da Petrobras, são considerados óleos viscosos aqueles
com µ > 10 cP “in situ” ou 500 cP nas CNTP (1 atm, 20 ºC). São
considerados óleos extra-viscosos aqueles com µ > 100 cP “in situ” ou
10.000 cP nas CNTP.
Para conhecimento, a viscosidade média do óleo do campo de Namorado (Arn.
Namorado) é 1,5 cP “in situ” e 2,5 cP em condições Standard. A
viscosidade do óleo do campo de Cherne (Arn. Namorado) é 6,5 cP “in situ”
V. ELEVAÇÃO DE PETRÓLEO
- VGL CEGA:
- VGL DE ORIFÍCIO
A VGL de orifício, conforme o próprio nome indica, possui um orifício
por onde o gás ingressa na coluna, vindo do anular. Este orifício é
também normalmente chamado de “porta” ou de “choke”.
O diâmetro do orifício é determinado durante o dimensionamento do
sistema de gás lift, e a válvula é montada com o choke correspondente.
A VGL de orifício tem também uma “check-valve”, que impede o fluxo no
sentido coluna X anular. Esta check valve é necessária nos momentos
em que o anular do poço é despressurizado e a pressão no interior da
coluna fica maior que a pressão do anular.
A fig. 10 mostra uma VGL de orifício:
VGL DE PRESSÃO
A VGL de pressão, mais conhecida por VGL calibrada, também possui uma
“porta” por onde o gás ingressa na coluna, vindo do anular. E
analogamente à VGL de orifício, o diâmetro desta porta é determinado
durante o dimensionamento do sistema de gás lift, e a válvula é
montada com o choke correspondente.
Do mesmo modo, tem também uma “check-valve”, que impede o fluxo no
sentido coluna X anular. Esta check valve é necessária nos momentos
em que o anular do poço é despressurizado e a pressão no interior da
coluna fica maior que a pressão do anular.
O diferencial da VGL de pressão consiste em um fole, que pode ser
pressurizado com nitrogênio, e uma haste, que toca no choke e opera o
fechamento da válvula.
Assim, quando a pressão no anular exerce na haste uma força maior que
a força exercida pelo nitrogênio, a válvula permanece aberta.
Contudo, quando a pressão do anular cai abaixo de um valor
predeterminado, a força de fechamento (nitrogênio) suplanta a força de
abertura, a válvula se fecha e a injeção do gás na coluna passa a
acontecer apenas através dos MGLs mais inferiores.
A fig. 11 mostra uma VGL de pressão (a) aberta e (b) fechada:
- Passo 1:
Até que a válvula de topo, a 1000 m de profundidade (fig. 13-a) seja
descoberta, o gás deve ser injetado, vagarosamente, através do beam, para
o espaço anular do poço. À medida em que o gás é continuamente injetado
no anular, um aumento gradual na pressão do revestimento é necessário, a
fim de manter o fluxo de fluido, por um mecanismo de tubo em U, do anular
para dentro da coluna, através das válvulas abertas. Nenhum diferencial
de pressão ocorre no fundo do poço durante esta fase, uma vez que a
pressão da coluna à profundidade total (300 kgf/cm2 a -3000 m), excede a
pressão estática da formação (240 kgf/cm2 a -3000 m), o que é lógico, uma
vez que a coluna está totalmente cheia de fluido de completação
amortecendo o poço.
- Passo 2:
A válvula de topo foi descoberta pelo gás na fig. 13-b e o gás de injeção
penetra na coluna através dela, passando a gaseificar a coluna fluida.
Na superfície, pode-se notar de imediato um aumento na velocidade da
corrente de fluido que sai da coluna e logo apões a mistura de gás e
líquido passará a ser produzida na superfície. O gás continuamente
injetado no anular fará com que o nível de líquido continue baixando
paulatinamente, até que a 2ª válvula seja descoberta. O motivo do
abaixamento do nível de fluido no anular reside no fato de que a
gaseificação progressiva da coluna de fluido da coluna, acima a 1ª
válvula, provocará um desbalanceamento entre o anular e a coluna, de tal
modo que ao procurar uma condição de equilíbrio para o sistema (pressão
na coluna igual à pressão do anular, no mesmo nível de fluido) o nível de
fluido baixará no anular. Neste processo, a pressão do gás injetado se
manterá no nível da pressão de operação da válvula de topo, a qual deve
ter sido devidamente calibrada. À profundidade da válvula de topo, o
diferencial de pressão entre a coluna e o revestimento cada vez aumenta à
medida em que a gaseificação prossegue.
Com a válvula de todo descoberta e admitindo gás, a pressão no fundo do
poço, que era de 300 kgf/cm2 passa a ser de:
Pf = 0,05 kgf/cm2 . 1000 m + 0,01 kgf/cm2 . (3000 – 1000) m = 250 kgf/cm2
Como esta pressão ainda é maior que a pressão da formação, o poço ainda
não surge.
- Passo 3:
Tão logo a 2ª válvula, que está a 1500 m é descoberta (fig. 13-c), o gás
do anular passará a penetrar na coluna através das 1ª e 2ª válvulas. Com
o nível de fluido no anular logo abaixo da profundidade da 2ª válvula, é
evidente que a pressão da coluna é inferior à pressão do gás no anular, a
esta mesma profundidade, e o gás penetrará na coluna por esta válvula.
Ressaltam-se aqui a importância do correto espaçamento entre as válvulas
- Passo 4:
Na fig. 13-d a válvula de topo está fechada e a gaseificação da coluna de
fluido prossegue pela 2ª válvula. Antes da válvula de topo fechar, a
pressão do revestimento caiu levemente devido a uma maior demanda de gás
que a injetada e à menor pressão de operação da 2ª válvula. A 2ª válvula
deverá permanecer aberta até que a 3ª válvula seja descoberta.
Neste momento, a pressão no fundo do poço será:
Pf = 0,05 kgf/cm2 . 1500 m + 0,01 kgf/cm2 . (3000 – 1500) m = 225 kgf/cm2
Percebe-se que a pressão hidrostática já é menor que a pressão da
formação e, portanto, o poço já entrou em produção.
Sendo o IP do poço igual a 20 (m3/d)/(kgf/cm2), temos que a vazão de
produção, neste momento, é:
Q = IP . ∆P = 20 (m3/d)/(kgf/cm2) . (240 -225) kgf/cm2 = 300 m3/d
- Passo 5:
Na fig. 13-e a válvula de topo está fechada e as demais válvulas estão
abertas. O gás do anular já alcançou a 3ª válvula, a 1750 m, e está
penetrando na coluna através das 2ª e 3ª válvulas. Neste instante a
pressão da coluna à profundidade da 3ª válvula era menor que a pressão do
revestimento e o gás de injeção pode penetrar na coluna através da 3ª
válvula. Nesta condição o fluido da coluna é uma combinação entre o
fluido transferido do espaço anular do poço e o fluido produzido pela
formação.
- Passo 6:
Na fig. 13-f a 2ª válvula também fechou devido a uma pequena queda da
pressão do revestimento resultante de uma maior demanda de gás através
das 2 válvulas abertas. O gás injetado entra na coluna apenas pela 3ª
válvula. A capacidade de produção da instalação foi atingida para a
pressão de injeção de gás disponível. A pressão superficial do
revestimento estabilizará na pressão de operação da 3ª válvula e o poço
será mantido em produção normal.
Neste momento, a pressão no fundo do poço será:
Pf = 0,05 kgf/cm2 . 1750 m + 0,01 kgf/cm2 . (3000 – 1750) m = 212,5 kgf/cm2
A vazão de produção, será:
Q = IP . ∆P = 20 (m3/d)/(kgf/cm2) . (240 -212,5) kgf/cm2 = 550 m3/d
- MOTOR
O motor elétrico usado no sistema de BCS é de indução, trifásico, 2
polos, e gira na velocidade de aproximadamente 3500 rpm, em uma
freqüência de 60 Hz. Consiste de uma carcaça tubular, dentro da qual há
uma parte estacionária (estator) e uma parte giratória (rotor) solidário
ao eixo, que vai girar os impelidores da bomba. O estator é um conjunto
de enrolamentos longitudinais, através dos quais passa a corrente
primária (conectados ao cabo elétrico) e o rotor é um eixo seccional de
enrolamentos longitudinais, concêntrico ao estator. O campo elétrico
criado pela passagem de corrente elétrica pelo estator força o rotor a
girar.
O motor é cheio de óleo mineral dielétrico e boa condutividade térmica.
Esse óleo tem por principal finalidade, fazer a lubrificação dos mancais
do motor. Deve ser evitada a absorção de umidade por este óleo, pois ela
diminui as propriedades dielétricas.
O calor gerado pelo motor é transferido através do óleo para a carcaça do
motor, onde ocorre a troca de calor com o fluido produzido. Ou seja, a
refrigeração é feita pelo próprio fluido produzido que escoa no espaço
anular. A velocidade mínima de refrigeração adotada é 1 ft/s. Existem
situações em que isto é conseguido somente com a colocação de uma camisa
de refrigeração ao redor do motor, chamada “shroud”.
Os fabricantes de conjuntos BCS dispõem de diversas combinações de tensão
e corrente para uma mesma potência, o que facilita a compatibilização
entre a tensão disponível e a requerida.
A profundidade de assentamento do conjunto BCS é um dado importante na
escolha da tensão do motor. Como na partida a corrente é muito alta (3 a
5 vezes a corrente nominal), a queda de tensão no cabo também é alta e,
deste modo, se não for feita uma escolha adequada da tensão do motor,
este pode até não partir.
Em determinadas situações onde se requer uma potência muito alta, os
motores podem ser utilizados em série (“tandem”).
INTAKE/SEPARADOR DE GÁS
Não existindo gás livre na sucção da bomba, a admissão de fluidos é feita
através do “intake” conectado na parte inferior da bomba. Havendo gás
livre na sucção da bomba, é necessária a utilização de um separador de
gás, que em função da quantidade de gás a ser separada, pode ser de dois
tipos:
- Separador Estacionário: a separação de gás do líquido se dá mediante a
simples mudança brusca de direção do fluxo de fluidos ao entrar na
bomba;
- Separador Centrífugo: o gás é separado do líquido devido a diferentes
forças centrífugas a que são submetidos estes fluidos, quando são
admitidos no separador. O gás, com menor densidade, se mantém próximo
do centro, de onde é canalizado para o espaço anular, e de lá soobe,
por segregação gravitacional, até a superfície. O óleo, mais denso, é
centrifugado para a periferia do separador, de onde é canalizado para
dentro da bomba e então bombeado até a superfície.
BOMBA
A bomba utilizada no sistema NCS é uma bomba centrífuga de múltiplos
estágios. Cada estágio consiste em um impelidor (rotor) e um difusor
(estator). O difusor dirige o fluido succionado do impelidor inferior
para a admissão do impelidor imediatamente superior. O impelidor gira e
transmite energia na forma cinética para o fluido. A energia cinética é
então convertida na forma de pressão. O número de estágios determinará a
capacidade de elevação (“head”), bem como a potência necessária do motor.
A fig. 15 mostra uma bomba centrífuga, bem como uma cabeça de descarga.
Existem dois tipos de impelidores: flutuantes e fixos. Nas bombas com
impelidores flutuantes, os impelidores se movem axialmente ao longo do
eixo, o que não ocorre nas bombas com impelidores fixos. Sempre é
recomendada a operação na faixa de vazão definida pelo fabricante. Se a
vazão de bombeio de uma BCS com impelidores flutuantes for menor que o
limite superior da faixa de operação, haverá compressão na parte superior
dos impelidores (“upthrust”), enquanto que, se a vazão de bombeio for
menor que o limite inferior da faixa de operação, a compressão se dará na
parte inferior dos impelidores (“downthrust”). Uma operação fora da
faixa recomendada para a bomba, leva ao seu desgaste prematuro. A fig.
16 apresenta a faixa de operação para bombas de rotor flutuante,
ilustrando os “upthrust” e “downthrust”.
Não se deve também admitir gás na sucção da bomba além de 10% v/v , pois
a eficiência de recalque cai muito. Além deste limite, é necessária a
utilização de um separador de gás.
O comprimento máximo da carcaça da bomba é limitado a cerca de 8 m, para
não dificultar o transporte e montagem da mesma. Se o número de estágios
requerido é tal que exija uma carcaça maior, faz-se uma associação de
duas ou mais bombas em “tandem”.
CABEÇA DE DESCARGA
Permite a ligação da bomba com a coluna de produção. Em alguns casos,
ela é diretamente acoplada à bomba. No ATP-N, utilizamos a cabeça de
descarga do tipo “boldo n”, isto é, são fornecidas em separado da bomba.
BLOCO Y
É utilizado quando se deseja fazer perfilagens, canhoneios ou registros
de pressão de fundo, utilizando-se cabo elétrico, arame ou flexitubo, em
poços equipados com BCS. O bloco Y permite a utilização de uma coluna de
produção (chamada coluna de by-pass) paralela ao conjunto BCS, por onde
se faz o acesso ao fundo do poço.
38. REVESTIMENTOS
- CONDUTOR DE 30"
Serve apenas para vencer a camada inconsolidada (lama), de alto
potencial de desmoronamento, que existe no fundo do mar, conduzindo a
broca, verticalmente, até a uma profundidade em que a rocha já
apresenta alguma consistência.
É descido, a partir da mesa rotativa, até o fundo do mar e, por
gravidade/jateamento, enterrado em um pequeno furo (26" X 30 m)
previamente perfurado na lama inconsistente que ali existe. Quando
pára de descer, é então cravado pela ação mecânica de um bate-estacas
a diesel. A profundidade em que o mesmo é enterrado no fundo domar
é um pouco variável de poço para poço, mas gira em torno de 70 m.
O critério de parada da cravação é o da "nega", isto é, quando o mesmo
se nega a penetrar mais que um determinado comprimento para um
determinado número de golpes. Uma vez concluída a cravação, o
revestimento é cortado na altura do convés de produção (módulo das
cabeças de poços) da plataforma.
- LINER DE 7"
Eventualmente, devido às características do reservatório, pode
ser necessária a perfuração de mais uma ou até duas fases. De toda
maneira, estes novos revestimentos não são prolongados até a
superfície, sendo cimentados no poço e ancorados um pouco acima da
base do revestimento de produção de 9 5/8".
Havendo necessidade de apenas um liner, utiliza-se uma broca de 8 1/2"
para a perfuração e depois desce-se um revestimento de 7".
Havendo necessidade de mais dois liners, utiliza-se uma broca de 8
1/2" para a perfuração da fase superior, que é então revestida com 7"
ou com 7 5/8". A próxima fase é perfurada com 6 1/8". Tendo sido
descido o liner superior de 7", o inferior deve ser de 4 1/2" ou, no
máximo 5", sendo que, neste caso, já há um certo risco de
comprometimento da qualidade da cimentação. Tendo sido descido o
liner superior de 7 5/8", então o inferior pode ser de 5" ou até de 5
1/2".
Fig. 26:
Fig 9: Carretel
Carretel dede Fig. 27: Carretel
Fig 10: Carretel de
de Fig.
Fig 28:
11: Carretel
Carretel de
de
Revestimento
Revestimento Revestimento C-22
Revestimento C-22 Revestimento
Revestimento C-29
C-29
Fig.
Fig. 13:
30: Cabeça
Cabeça de
de Fig.
Fig. 14:
31: Cabeça
Cabeça de
de
Produção
Produção Produção
Produção TC-60
TC-60
MASTERS
Têm este nome (mestras), porque estão situadas em um ponto da ANC em que
controlam todo o fluxo do poço. Se forem fechadas, cessa todo o fluxo
através da ANC. Normalmente, as ANC vêm equipadas com duas válvulas
mestras: uma superior, com acionamento hidráulico, e que pode ser fechada
remotamente, e outra inferior, manual, e que só deve ser fechada em caso
de reparo na máster hidráulica.
WINGS
São válvulas laterais que também controlam o fluxo do poço. Permitem
que o fluxo do poço seja interrompido, enquanto equipamentos de arame,
cabo elétrico ou flexitubo são introduzidos no poço. Na linha de
surgência das ANC são instaladas duas válvulas wing, sendo que a de
SWAB
É uma válvula que fica localizada no topo da ANC, acima do ponto de
divergência do fluxo. Sua função é permitir, quando aberta,.a descida de
ferramentas dentro da coluna de produção.
NIPPLE F (SELETIVO)
Não possui “no-go”, isto é, a prórpia área selante serve de batente
localizador.
Podem ser instalados vários nipples seletivos de mesmo diâmetro numa
mesma coluna. Neste caso, o posicionamento desejado é feito pela
ferramente de descida e/ou tipo de trava a ser instalado.
Os principais nipples F utilizados no ATP-N são:
deste fluido, porém, acaba cortando o óleo que está sob ela, por ser mais
pesada, e fazendo com que este óleo suba até a superfície.
Embora este método seja eficiente, pois remove todo o óleo que existe
dentro do poço, o tempo dispendido para o amortecimento é muitas vezes
maior que a circulação reversa pura e simples.
AMORTECIMENTO NATURAL
Poços excessivamente depletados não podem ser amortecidos e mantidos
cheios, sem que haja um combate a perda. Na maioria das vezes, este
combate a perda é danosa à formação. Quando não, ainda assim é muito
caro, pois o barril de BR-carb, utilizado para este combate, custa em
média 80 dólares/barril. Portanto, sempre que possível, o combate a
perda deve ser evitado.
Quando, durante a intervenção, não há previsão de se fazer a circulação
de fluido no poço (por exemplo, para limpeza de areia do fundo do poço),
o mais vantajoso é não amortecê-lo, e trabalhar com o mesmo em seu nível
estático.
O amortecimento natural, portanto, se dá quando o próprio fluido
produzido pela formação é capaz de gerar uma pressão hidrostática maior
que a pressão da formação. Lógico que, neste caso, não há como a pressão
hidrostática ser maior, pois, quando se igualarem, o nível do poço
estabilizará, enm subindo e nem descendo. No entanto, haverá uma pressão
hidrostática igual à pressão da formação, e ainda haverá uma parte do
poço que permanecerá vazia. Assim, qualquer que for o ganho de fluido do
poço, o seu nível subiria e a pressão hidrostática, então, suplantaria a
pressão da formação e retornariam ao nível de equilíbrio.
O amortecimento natural só é recomendável para poços com baixa RGO (até
300 Nm3/m3). Se o nível estático for muito alto (acima de 100 m), deve-se
utilizar um aparelho para monitoramento deste nível, durante as manobras
de retirada de ferro do poço.
Este aparelho se chama SONOLOG, e funciona através da emissão de pulsos
sonoros no espaço anular do poço. Estes pulsos viajam até a interface
gás/líquido, onde uma parte é refletida (eco) e captada novamente na
superfície. Conhecendo-se a velocidade de propagação do som no meio
(pode ser ar ou gás natural), e medindo-se o tempo gasto para o pulso ir
e voltar até a interface, pode-se, com uma simples conta de
multiplicação, encontrar a profundidade do nível estático.
Para manobras de descida de coluna, não há necessidade de utilização do
Sonolog, visto que, nesta situação, o nível vai estar sempre subindo, a
cada seção imersa no fluido e, portanto, a formação vai estar sempre
absorvendo e nunca produzindo.
CAMAI
Fluido de completação preparado com água do mar, serve para amortecer o
poço durante as intervenções, com vistas à segurança do mesmo, e também
para permitir pressurização de equipamentos no fundo, bem como
circulação.
Normalmente pode ser preparado com NaCl até o peso de 10 lb/gal, quando
ocorre o saturamento. Acima deste peso, somente adensando com outros
sais. Nos poços do ATP-N, contudo, conforme já foi falado, as pressões
são muito baixas e, por isto, só utilizamos fluido com 8,6 lg/gal, que é
o peso mínimo (água do mar).
Os aditivos utilizados no CAMAI são: bactericida, inibidor de inchamento
de argila, preventor de emulsão.
Formações produtoras carbonáticas (coquinas, calcários, dolomitas, etc.)
não precisam do aditivo inibidor de inchamento de argilas. Contudo, os
campos de plataforma fixa não possuem formações carbonáticas, que, no
ATP-N, ocorrem no campo de Congro.
Lembrar que todo fluido colocado em poço de petróleo deve ser
absolutamento estéril. Havendo contaminação do reservatório por
bactérias sulfato-redutoras termofílicas, as mesmas utilizam o próprio
petróleo como fonte de energia (carbono) e a redução do sulfato como
fonte de oxigênio, produzindo sulfeto:
SO4-- Æ S-- + 2O2
O sulfeto reage com a água produzindo o ácido sulfídrico, gás altamente
venenoso e causa de inúmeras mortes na indústria do petróleo, inclusive
na Bacia de Campos:
2H2O + 2S-- Æ 2H2S + O2
Principais propriedades:
Salinidade 35.000 ppm
pH 7-8
Ca++ 160-400 ppm
Mg++ 437-1500 ppm
CASAM
Fluido de completação utilizado com a finalidade de preservar contra a
corrosão, os equipamentos que ficam no poço. É também chamado de “packer
fluid”.
Ao final da intervenção, após o assentamento do packer e a descida da
coluna de produção, ele é colocado dentro do poço, imediatamente antes do
encamisamento do TSR.
Em poços de gás lift, basta posicionar o CASAM entre o packer e o MGL
operador, já que, do MGL para cima, o fluido será deslocado pelo gás. Em
poços injetores ou com BCS + packer (este último não tem mais sido
utilizado nos poços do ATP-N desde 1995), o anular deve ser completamente
preenchido com o CASAM.
A composição média do CASAM 8,6 ppg utilizado nos poços do ATP-N é a
seguinte:
PRODUTO FUNÇÃO CONCENTRAÇÃO
Água do mar Diluente QSP
Cloreto de Potássio Inibidor inchamento de argila 3,5 lb/bbl
Bissulfito de sódio Seqüestrador de oxigênio 5,6 l/100 bbl
Glutaraldeído Bactericida 7,3 l/100 bbl
Ultrawet 70 Preventor de emulsão 32 l/100 bbl
Tetrahib Inibidor de corrosão 38 l/100 bbl
Principais propriedades:
Salinidade 35.000 ppm
pH 8-10
Ca++ 160-400 ppm
Mg++ 437-1500 ppm
BR-CARB
Pelo que foi visto neste capítulo, o BR-carb, por definição, não é um
fluido de completação, e sim um fluido de perfuração. No entanto, vem
tendo tão larga aplicação nos poços do ATP-N, que acabou incorporado ao
dia a dia das intervenções de workover nestes poços.
Sua aplicação é para efetuar o combate a perda e, assim, permitir o
completo preenchimento do poço, principalmente para circulações de
limpeza do fundo do poço.
A composição utilizada nos fluidos vai depender da intensidade da perda
de fluido para a formação. Em perdas fracas, pode-se utilizar, como
agente obturante, apenas a aragonita 2-44 µ, em concentrações de 40 ppg.
Em perdas mais severas, deve-se introduzir aragonitas .com granulometria
44-74 e 74-194 µ. Para perdas extremas, deve-se adicionar calcita média é
até grossa ao fluido. Neste caso, devido à dificuldade em se misturar e
manter esta calcita em suspensão, é necessário utilizar um batch-mixer
para o preparo do fluido, pois é requerida uma energia de mistura muito
maior que a se pode conseguir com os agitadores dos tanques da sonda.
Devido à existência dos sólidos obturantes neste fluido, o peso mínimo
que se consegue para ele é de 9,1 ppg, que normalmente é o que se usa nos
poços do ATP-N, para perdas moderadas. No caso mais raro de perdas muito
severas, torna-se necessário aumentar a concentração dos agentes
obturantes e, portanto, pode-se chegar a pesos da ordem de até 9,8 ppg.
A composição média do BR-CARB 9,1 ppg utilizado nos poços do ATP-N é a
seguinte:
PRODUTO FUNÇÃO CONCENTRAÇÃO
Água do mar Diluente QSP
Cloreto de potássio Inibidor inchamento de argila 3,5 lb/bbl
Bissulfito de sódio Seqüestrador de oxigênio 5,6 l/100 bbl
Glutaraldeído Bactericida 7,3 l/100 bbl
Ultrawet 70 Preventor de emulsão 32 l/100 bbl
Polifoam Anti-espumante 0,05 gal/bbl
Goma Xantana Gelificante 1,2 lb/bbl
HP amido Redutor de filtrado 8,0 lb/bbl
pH buffer Controlador de pH 1,0 lb/bbl
Peróxido de magnésio Quebrador enzimático 1,0 lb/bbl
Aragonita 2-44 µ Obturante 40 bl/bbl
Aragonita 44-74 µ Obturante 20 bl/bbl
Aragonita 74-194 µ Obturante 20 bl/bbl