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PERFURAÇÃO

DIRECIONAL
Grupo: Gabriel, Mariana e Rodrigo
Contextualizando

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O aumento da Complexidade Impulso no Corresponde a
escassez de geométrica desenvolvimento mais de 75% das
de tecnologias
recursos naturas Necessidade de operações no
de extração de
aumento da litoral brasileiro
petróleo
produtividade
Introdução
Perfuração direcional é Começou a ser
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utilizada para delimitar um desenvolvido quando a
conjunto de métodos e indústria de petróleo
ferramentas empregadas com passou a explorar campos
finalidade de promover ganho offshore, nos Estados
de ângulo no poço perfurado Unidos em 1960

3 O método também era


O emprego dos poços
empregado na recuperação 4
direcionais tornou possível
de poços obstruídos por
a recuperação de
prisões de colunas ou
hidrocarbonetos que não
quebras de equipamentos
seriam prospectados por
poços verticais.
Aumentando o número de
reservas de petróleo que
podem ser exploradas.
Vantagens de Poços Direcionais

Aumentar a produção de poços Perfuração de poços de alivio para


de petróleo, proporcionando controlar poços em blowout.
uma maior área de contato entre
o poço e o reservatório. Perfurar em um reservatório
abaixo de uma formação de
difícil perfuração (domos salinos
Perfurar um reservatório onde é
e falhas).
difícil ou impossível o acesso
vertical.

Permitir o agrupamento de vários


poços em um único local, de
modo a minimizar os impactos
ambientais e reduzir custos de
locação com sondas marítimas.
Problemas Encontrados em Poços
Direcionais
Quanto maior for a inclinação do A limpeza ineficiente também constitui
poço, a ação da gravidade e das um fator preocupante em poços
tensões promovem o contato inclinados. Podendo provocar a formação
entre a coluna e a parede do poço, de um leito de cascalho na parte inferior
provocando o aparecimento de das paredes do poço. Diminuindo o
forças de fricção. diâmetro efetivo do poço, podendo
ocasionar na prisão da coluna e
Formação de chavetas, devido ao consequentemente perda do poço. Desse
atrito constante entre a coluna e o modo, o desenvolvimento dessa
lado alto da parede do poço, atividade seria inatingível sem a
provocando o surgimento de uma evolução das técnicas de
cavidade que obstrui a passagem acompanhamento direcional e dos
da coluna de perfuração métodos de deflexão. Permitindo um
rigoroso controle da trajetória da broca,
até o objetivo.
Tipos de Poços Direcionais:
Tipo I (build and hold) – o ponto de desvio é raso e o trecho inclinado prossegue até atingir o
objetivo;
Tipo II (build, hold and drop)– o ponto de desvio é também raso e o trecho inclinado prossegue
até se conseguir o afastamento lateral projetado. O poço é trazido para a vertical e assim
prossegue até atingir o objetivo;
Tipo III (build)– semelhante ao Tipo I, porém o objetivo é atingido na fase de crescimento de
inclinação. O KOP é feito a maiores profundidades.
Métodos de Deflexão:
Técnicas de desvio intencional da trajetória de um poço podendo ter a finalidade de :

Controlar um poço em blowout através de perfuração de poços de


alívio;
Atingir formações produtoras que estejam abaixo de locações
inacessíveis, como rios, lagos, cidades, etc.;
Desviar a trajetória do poço de acidentes geológicos como domos
salinos e falhas;
Perfurar vários poços de um mesmo ponto, como é o caso da produção
através de plataformas marítimas;
Desviar poços que tiveram o trecho final perdido por problemas
operacionais, como, por exemplo, a prisão da coluna de perfuração ou
pescaria.
Whipstock:

Primeiro método de deflexão desenvolvido pela indústria


petrolífera;
É uma ferramenta na forma de uma cunha de aço
temperado, com uma extremidade em forma de ponta e
uma ranhura côncava que guia a broca de encontro à
parede do poço.
Atualmente, tem seu uso restrito apenas para operações
de sidetrack.
JETTING (JATEAMENTO):

É uma técnica indicada para desviar poços em formações muito


macias e arenosas. Nestas operações são utilizadas brocas
tricônicas configuradas para que um dos jatos tenha um
diâmetro maior.
A força hidráulica do fluido de perfuração “desgasta” o poço na
direção do jato de maior diâmetro, desviando a trajetória do
poço.
Motor de Fundo:

Sua principal função é a transmissão de rotação à broca, de forma independente da rotação da


coluna. A deflexão é obtida por meio de um sub torto (bent sub), posicionado acima do motor;
A grande desvantagem desse sistema é a limitada capacidade de ganho de ângulo e a necessidade de
manobras constantes para substituição do bent sub, aumentando o tempo de permanência da sonda.
Sistema Steerable:

É composto por um motor é um ferramenta de medição direcional, geralmente o MWD. Esse sistema
opera em dois modos: Orientado e Rotativo. No método orientado, o motor é posicionado na
superfície pelo MWD, até que ela atinja a inclinação desejada. Depois um pequeno trecho é
perfurado pela ação da broca e então a coluna é descida. Uma vez que a inclinação e a direção
desejada sejam alcançadas, a coluna inteira é rotacionada e a operação prossegue mantendo a
trajetória. Essa parte da operação compreende o período de perfuração rotativa.
ROTARY STEERABLE TOOL (RST):
Ferramenta defletora que é conectada imediatamente
acima da broca, na qual permite a alteração com taxa
controlada na trajetória do poço em qualquer direção e
inclinação, sem que seja necessário parar a rotação da
coluna.
Sistema “Push the Bit” - Operam através de pistões
posicionados logo acima da broca, na qual empurram a
parte inferior da coluna no sentido desejado e com
intensidade necessária para obter a alteração da trajetória
programada.
Sistema “Point the Bit” - Operam através de um sistema de
anéis excêntricos, na qual é criada uma flexão no eixo
principal da ferramenta, que resulta na orientação da broca
na direção oposta.
Turbinas:

As turbinas hidráulicas são equipamentos projetados unicamente para transformar a energia


hidráulica proveniente do fluido de perfuração em velocidade e torque. Apesar da eficiência na
transmissão de rotação, as turbinas têm uso restrito em formações muito duras e abrasivas
Coluna de Perfuração:

Em poços direcionais, a coluna possui uma deflexão da trajetória


do poço. Isso é alcançado por meio do diferente posicionamento
dos componentes básicos da coluna.
As diferentes composições permitem ganhar, perder ou manter
ângulo. Composição para ganhar ângulo (princípio da alavanca
ou efeito fulcrum): O efeito de ganho de ângulo se baseia no
efeito alavanca proporcionado pelo estabilizador próximo à
broca.
Quando aumentamos o peso aplicado à broca, o ponto de contato
entre a coluna e a parede do poço é empurrado para baixo,
aumentando a inclinação
Acompanhamento de poços direcionais:
As intempéries, que acomete a perfuração vertical,
também acomete a perfuração direcional, causando
movimento da broca em direções contrárias àquelas
pretendidas. Isso se dá devido a malformações,
disposição de camadas e fatores de cunho
operacional. O acompanhamento direcional se faz
essencial na fase de perfuração, esse
acompanhamento garante o conhecimento da rota
que a broca está fazendo, permite correções de
curso, garantindo a segurança de não ocorrer
colisões entre poços e garante a rota mais eficaz
para objetivo geológico programado.
Ferramentas de obtenções de dados:

Durante a perfuração é feita a obtenção de dados a respeito da posição espacial da


broca no reservatório e a trajetória que a perfuração está fazendo. Existem no mercado
diversos equipamentos para obtenção dos surveys (dados), que ofertam diferentes níveis
de precisão e de custo de obtenção e operação, sua escolha tem de levar em conta os
critérios técnicos e econômicos do projeto.

Equipamentos Magnéticos de Registro


Equipamentos Giroscópicos de Registro
Sistema de Navegação Inercial (INS)
Steering Tool
Equipamento de Medição Contínua Sem Cabo (MWD)
Equipamentos Magnéticos de Registro:
Esses tipos de equipamentos não podem ser colocados em operação próximos ou em
poços revestidos, devido a interferência causada pelas do revestimento.

Magnetic Single Shot (MSS): É a ferramenta de orientação mais simples da perfuração


direcional. É composta por uma bússola magnética, um inclinômetro e uma câmera
fotográfica que registra os dados em um filme individual. Após o registro da foto, o MSS
é retirado do poço a cabo.
Equipamento Magnético de Registro Múltiplo (MMS): Um equipamento de registro
simultâneo semelhante ao MSS. Porém, possui a capacidade de realizar e registrar
múltiplas aquisições. É geralmente empregado para investigar todo o poço depois da
perfuração e permite um menor tempo de perfuração, pois os registros são tomados em
uma única corrida.
Equipamentos Giroscópicos de Registro
Os instrumentos giroscópicos possuem a grande vantagem de não serem influenciados por
campos magnéticos, permitindo a investigação dentro ou próximo de poços revestidos.
Tem uso restrito, pois necessitam interromper o processo de perfuração para serem
corridos, gerando um maior tempo operacional e, com isso, um maior custo final. Os
principais equipamentos giroscópicos:

Gyroscopic Single Shot (GSS): Esse equipamento registra e grava a direção do poço em
um filme em forma de disco. O registro direcional é feito por uma bússola giroscópica.
Gyroscopic Multi Shot (GMS): Essa ferramenta pode ser operada a cabo ou pode ser
lançada no poço através da coluna de perfuração, sendo que, na segunda opção, os
registros são tomados durante sua manobra de retirada. Essa ferramenta é diferenciada
do GSS pela capacidade de múltiplos registros.
Sistema de Navegação Inercial (INS)

É considerado o sistema de registro direcional mais preciso do mercado, composto


por três giroscópios equipados com acelerômetros. O sistema permite determinar a
posição e a velocidade de um corpo em movimento tridimensional, e também
encontrar o norte magnético pela rotação da terra. Devido ao design deste sensor,
essa ferramenta é capaz de trabalhar em poços de inclinações elevadas. O INS é
alocado a cabo e é utilizado em operações que demandam um alto grau de precisão.
Steering Tool

O Steering Tool é um equipamento de registro direcional composto por um sensor


magnético de direção e um sensor gravitacional de inclinação (probe). Essa
ferramenta transmite os dados para a superfície em tempo real, através de um cabo
elétrico. A desvantagem da transmissão de dados ser feita a partir de um cabo é que
não será possível rotacionar a coluna enquanto esta ferramenta estiver em uso. Outro
problema é a fragilidade do cabo à rompimentos.
Equipamento de Medição Contínua Sem
Cabo (MWD)
O MWD é uma das principais ferramentas de aquisição de dados da atualidade.
Permite obter dados de inclinação e orientação da ferramenta defletora em tempo
real, sem a necessidade de cabo. A transmissão dos dados é feita por meio de pulsos
de pressão do fluido de perfuração. Os pulsos de pressão são gerados por meio da
ação de válvulas que modulam o fluxo do fluido de perfuração. Quando a válvula é
fechada, o fluxo é interrompido, aumentando a pressão que é detectada na
superfície. Quando a válvula permite o escoamento do fluxo, promove uma queda da
pressão que é captada na superfície. Esses pulsos são captados por sensores de
pressão, e interpretados por softwares.
PERFURAÇÃO
DIRECIONAL
Grupo: Gabriel, Mariana e Rodrigo

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