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Campus Universitário de Viana

Universidade Jean Piaget de Angola


Criado pelo Decreto Nº 44-A/01 do Conselho de Ministros, em 06 de Julho de 2001

Faculdade de Ciências e Tecnologias

ESTUDO DAS PERAÇÕES ESPECIAIS DA PERFURAÇÃO

Licenciatura: Engenharia de petróleo.

Opção: Pesquisa e Produção de petróleo.

Orientador: Prof. Eng.º Artur Penelas, MSc.

Viana, novembro de 2022


Campus Universitário de Viana

Universidade Jean Piaget de Angola


Criado pelo Decreto Nº 44-A/01 do Conselho de Ministros, em 06 de julho de 2001

Faculdade de Ciências e Tecnologias

OPERAÇÕES ESPECIAIS DA PERFURAÇÃO.

Nomes dos estudantes:

Délcio José dos Santos

Domingas Vicente Ferreira

Laura da Fonseca Luciano

Mukeke Malata Makangila

Ndongala Milénio Garcia

Licenciatura: Engenharia de petróleo.

Opção: Pesquisa e Produção de petróleo.

Docente: Prof. Eng.º Artur Penelas, MSc.

Viana, novembro de 2022


RESUMO

O presente trabalho tem como objectivo geral, estudar as operações especias da perfuração e
objetivos específicos, Conhecer cada operação especial da perfuração e abordar de cada
operação, de forma singular. Nele foram abordados questões como: controlo, causas,
indícios e segurança de um poço em kick. Também abordou-se sobre a pescaria, onde foi
esclarecida que ela está dividida em pescaria de elementos tubulares, pescaria de
ferramentas descidas a cabo e pescaria de pequenos objectos que é feita usando materiais
apropriados como o magneto, subcesta e a cesta de circulação reversa. De uma forma
resumida, também abordou-se sobre os tópicos ligados a testemunhagem que é uma das
operações que pode ser concretizada com o auxílio de barrilete convencional, a cabo ou
pelo método de testemunhagem lateral. E em forma de finalização, falou-se de blowouts,
sistema de segurança do poço em blowouts e dos demais aspectos, ligados ao assunto. Para
a sua elaboração, foi usada a metodologia qualitativa com recurso ao método descritivo e
bibliográfico. Os objetos de estudo para o presente trabalho são as operações especias da
perfuração. Artigos relacionados com a temática em estudo, foram usados como
instrumentos de investigação. A informação recolhida foi processada e tratada recorrendo
as ferramentas da microsoft nomeadamente word.

Palavras-chaves: Perfuração-Pescaria-Testemunhagem-Kick-Blowout
ABSTRACT

Sumário
RESUMO..........................................................................................................................................5
ABSTRACT......................................................................................................................................6
INTRODUÇÃO..............................................................................................................................10
0.1.PROBLEMÁTICA................................................................................................................11
0.2. OBJECTIVOS......................................................................................................................11
Objetivo Geral.........................................................................................................................11
Objetivos específicos...............................................................................................................11
0.3. JUSTIFICATIVA.................................................................................................................11
0.4. DELIMITAÇÃO DO ESTUDO...........................................................................................12
0.5. DEFINIÇÃO DE CONCEITOS...........................................................................................12
CAPÍTULO I - FUNDAMENTAÇÃO TÉCNICO-CIENTÍFICA..................................................13
CONTROLO DE KICK..............................................................................................................14
CAUSAS DE KICK................................................................................................................14
Figura 1.1-a e 1.1-b - Resultado de um kick....................................................................................15
INDÍCIOS DE KICK..................................................................................................................16
CONTROLE DO POÇO EM KICK............................................................................................16
PESCARIA.................................................................................................................................16
PESCARIA DE ELEMENTOS TUBULARES.......................................................................17
PESCARIA DE FERRAMENTAS DESCIDAS A CABO......................................................17
TESTEMUNHAGEM.................................................................................................................17
Testemunhagem com Barrilete convencional..........................................................................18
Fig. 1.5.1- Barrilete convencional (Alibaba.com)....................................................................18
Testemunhagem a cabo...........................................................................................................18
Testemunhagem lateral............................................................................................................18
BLOWOUTS...............................................................................................................................18
Fig 1.6- Blowout em uma sonda..............................................................................................19
SISTEMA DE SEGURANÇA DO POÇO..................................................................................19
Fig. 1.7-a e 1,7-b - Blowout preventer (Muanha, 2021).............................................................19
........................................................................................................................................................20
Figura F1.7-c – Blowout Preventer Anular (Souza, 2020).....................................................20
CAPÍTULO II- OPÇÕES METODOLÓGICAS DO ESTUDO.......................................................II
II.1. MÉTODO DE INVESTIGAÇÃO.........................................................................................II
II.2. HIPÓTESE............................................................................................................................II
II.3. OBJECTO DE ESTUDO......................................................................................................II
II.4. INSTRUMENTO DE INVESTIGAÇÃO..............................................................................II
II.5. PROCESSAMENTO E TRATAMENTO DA INFORMAÇÃO...........................................II
CAPÍTULO III – EXECUÇÃO DO PROJECTO............................................................................III
III.1. APRESENTAÇÃO DOS RESULTADOS.........................................................................III
MEMÓRIA DE CÁLCULOS..................................................................................................III
CONCLUSÃO................................................................................................................................IV
Bibliografia......................................................................................................................................V
INTRODUÇÃO

A indústria do petróleo tem crescido gradativamente devido à alta demanda pelos


seus derivados englobando grande parte da economia mundial. Com o passar do tempo,
foram-se aprimorando as técnicas tanto de perfuração quanto de segurança e de
monitoramento de poços com intuito de minimizar possíveis incidentes. Uma dessas
técnicas é a de Controle de Poço que tem como um dos objetivos o monitoramento da
pressão hidrostática no fundo do poço para que ela seja sempre maior do que a pressão dos
poros de formação (Controle Primário). Caso o Controle Primário do poço falhe, pode
gerar um kick, que é um fluxo indesejado de fluido da formação que entra no interior do
poço, quando o poço está aberto, a pressão no seu interior reduzirá devido à expansão
descontrolada do gás, causando uma crescente redução da pressão hidrostática ocasionando
um blowout. Quanto mais rápido o kick for detectado, mais fácil será seu controle,
evitando acontecer um blowout. Para isso, todo o poço é equipado com o BOP – Blowout
Preventer, que são válvulas designadas a fechar o poço a qualquer momento quando
ocorrer um kick que serão detalhadas neste estudo.
O presente trabalho estruturou-se dos seguintes capítulos: O primeiro capítulo,
denomina-se por Fundamentação Teórica, nele abordamos em primeira instância sobre
controlo, causas, indícios de um kick, segurança de um poço em kick, pescaria,

testemunhagem, blowouts, e sistema de segurança do poço.

. No segundo capítulo, apresentamos a opções metodológicas do estudo, desde


método de investigação, objecto de estudo, instrumento de investigação a processamento e
tratamento da informação.
No terceiro e último capítulo, fez-se a conclusão destacando-se os pontos mais
relevantes da nossa pesquisa.
0.1.PROBLEMÁTICA

As novas tecnologias empregadas na perfuração, devem contribuir de uma maneira


ou de outra, de forma a minimizar os acidentes e otimizar o processo de perfuração. Assim,
como estudantes de engenharia de petróleo, foi-se constatando que as operações especiais
permitem que ferramentas não permaneçam perdidas no poço, elas promovem a redução de
ocorrência de kick e/ou blowout. Sendo assim, coloca-se o seguinte questionamento:

Enquanto parte integrante da perfuração, qual é a finalidade do uso das operações


especiais?

0.2. OBJECTIVOS

Objetivo Geral
 Estudar as operações especiais da perfuração

Objetivos específicos
 Conhecer cada operação especial da perfuração;
 .Abordar de cada operação, de forma singular.

0.3. JUSTIFICATIVA

O tema é justificável pelo grande facto de que, desde que o mundo petrolífero foi
ganhando motórias evoluções concernente a novas tecnologias, tornou-se possível
obtenção de amostra real de rocha de subsuperfície, chamado testemunho, com alterações
mínimas nas propriedades naturais da rocha e conseguiu-se não só controlar a Invasão de
um poço de petróleo por fluidos da formação que está sendo perfurada, como também, um
influxo descontrolado de fluido de formação que possui pressão suficiente para causar danos aos
equipamentos da sonda e lesões às pessoas que trabalham nela e pescar objetos que de forma
acidental, acabam por ficar presos no poço; Coisa que não aconteceria (da mesma maneira) com a
inexistência de tais operações especiais em estudo.
0.4. DELIMITAÇÃO DO ESTUDO

O presente estudo, delimita-se em estudar as operações especiais da perfuração,


específicamente o controle de kick, blowout, a pescaria e a testemunhagem.

0.5. DEFINIÇÃO DE CONCEITOS

KICK: É a Invasão de um poço de petróleo por fluidos da formação que está sendo
perfurada, ou de alguma outra já perfurada (Iramina, 2016).

Pescaria: é a operação realizadas para a recuperação de objectos caídos em poços.


(Balbino, 2019).

Blowout: é o influxo descontrolado de fluido de formação que possui pressão


suficiente para causar danos aos equipamentos da sonda e lesões às pessoas que trabalham
nela. (Iramina, 2016).
CAPÍTULO I - FUNDAMENTAÇÃO TÉCNICO-CIENTÍFICA

Algumas operações são ditas especiais, pois são utilizadas com uma finalidade
especial e podem ou não ocorrer na perfuração de um poço de petróleo. Assim, elas não
são realizadas

(Balbino, 2019) define pescaria como sendo operações realizadas para a


recuperação de objectos caídos em poços tubulares e “peixe” é o nome dado a estes
objectos.

(Souza, 2020) afirma que o “Blowout” é um fluxo descontrolado de


hidrocarbonetos que saem de um poço petrolífero e chegam até superfície, geralmente, o
“Blowout” pode ocorrer por decorrência de falhas humanas ou de equipamentos em
alguma operação realizada de forma incorreta, na qual controle do poço foi perdido. O
Blowout pode ocorrer mediante qualquer operação realizada no poço durante o seu tempo
de produção. Um Blowout não ocorre de forma inesperada, trata-se de um conjunto de
acontecimentos somados. Os primeiros sinais referem-se à densidade da lama: com o
ingresso de óleo e gás, o fluido tende a diminuir sua densidade por se misturar com
hidrocarbonetos naturalmente mais leves que a água.
1.1. CONTROLO DE KICK

Uma das mais importantes funções do fluido de perfuração é exercer uma pressão no
poço superior à pressão dos fluidos contidos nos poros das formações perfuradas pela
broca. Se, por algum motivo, a pressão no poço se tornar menor que a pressão de uma
formação e se esta possuir permeabilidade suficiente, deverá haver fluxo do fluido da
formação para o interior do poço. A esse fluxo, dá-se o nome de kick e diz-se que o
controle primário do poço foi perdido. Como a operação para a remoção do fluido
invasor, que também recebe o nome de kick, envolve riscos operacionais,
possibilidade de perda do poço e perda de tempo produtivo, as equipes das sondas
devem estar treinadas para evitá-lo. Porém, se ele ocorre, essas equipes devem estar
preparadas e as sondas equipadas para uma pronta detecção, contenção e remoção
desse fluido invasor para fora do poço. Se a equipe da sonda falhar na sua detecção,
contenção ou remoção do poço, o fluxo de fluido da formação pode ficar fora de
controle, incorrendo em uma situação denominada de blowout. (SANTOS, 2013, p.
17)
O kick é definido como sendo o fluxo da formação para o interior do poço que
acontece quando a pressão no poço se torna menor que a pressão de uma formação caso
esta possua uma permeabilidade suficiente capaz de permitir a passagem do fluido para o
interior do poço. Uma das condições para o acontecimento de um kick, é a perda do
controle primário do poço

Segundo (Iramina, 2016), o kick pode ser definido como sendo a Invasão de um
poço de petróleo por fluidos da formação que está sendo perfurada, ou de alguma outra já
perfurada, porém não isolada do poço. É um evento indesejável, sempre. A dificuldade
para controlar um kick, cresce com o aumento da diferença entre a pressão hidrostática no
poço e a pressão de poros da formação e com o aumento do volume de fluido que invade o
poço, o volume ganho.

1.1. CAUSAS DE KICK

« Dentre as causas comuns da ocorrência do kick podemos citar: Peso (densidade) de


lama insuficiente, Abastecimento incorreto do poço durante a manobra, Perda de
circulação, Pistoneio e o gás dos cascalhos perfurados» (Iramina, 2016, P.3).

 PESO (DENSIDADE) DE LAMA INSUFICIENTE

Normalmente o peso insuficiente da lama, surge por desconhecimento da pressão


de poros das formações. Para este caso, existe a necessidade de métodos para “avisar” a
proximidade de ocorrência de kicks.

 ABASTECIMENTO INCORRETO DO POÇO DURANTE A MANOBRA


Esta é uma das causas predominantes de kick. Ao se retirar a coluna de perfuração do
poço, o volume de aço retirado deve ser substituído por um volume equivalente de lama,
mantendo a mesma pressão hidrostática no fundo do poço de acordo ao (Muanha, 2021).

 PERDA DE CIRCULAÇÃO

Perda de fluido para os vazios ou fraturas abertas nas formações (parcial ou total) e são
induzidas por velocidade excessiva de descida da coluna ou por densidade do fluido muito alta ou
ainda por propriedades reológicas do fluido inadequadas (Muanha, 2021).

 PISTONEIO

«É o fenómeno que causa queda de pressão hidrostática no fundo do poço no acto da


retirada da coluna de perfuração». (Muanha, 2021, P.5)

Quando movimenta-se a coluna para cima, durante as manobras, a pressão em todo o


poço é reduzida. Para compensar a redução da pressão, o fluido deve ter em média
densidade de 0,3 a 0,5 lb/gal, acima do necessário para se opor à formação (margem de
manobra).

 GÁSES DOS CASCALHOS PERFURADOS

Quando se perfura os cascalhos, alguns gases se expandem à medida que os cascalhos vão subindo
pelo anular (fluido cortado por gás). Este é um factor que implica na diminuição da densidade do
fluido que retorna ao poço. A redução da pressão no fundo do poço, porém, é normalmente
pequena, já que aquela redução da densidade ocorre na sua maior parte próximo à superfície.

Figura 1.1-a e 1.1-b - Resultado de um kick (Muanha, 2021)

1.2. INDÍCIOS DE KICK

(Iramina, 2016) declara que há vários indícios que identificam uma potencial situação de
kick. Quando previamente reconhecidos e interpretados, eles permitem que sejam tomadas
providências apropriadas para se evitar o ganho de grande volume de fluido. Os principais
indícios de kick são:

 Aumento de volume de lama nos tanques de lama;


 Aumento de vazão de retorno;
 Poço em fluxo com as bombas desligadas;
 Diminuição da pressão de bombeio (circulação) e aumento da velocidade da
bomba;
 Poço aceitando menos lama que o volume de aço retirado;
 Poço devolvendo mais lama que o volume de aço descido no seu interior.

1.3. CONTROLE DO POÇO EM KICK

As principais informações do kick são as pressões lidas nos manômetros


quando o poço é fechado, e o volume ganho nos tanques. Estando o poço fechado, o
engenheiro prepara um plano para restabelecer o controle do poço, que consiste na
circulação do fluido invasor para fora do poço e, quando necessário, na elevação do
peso da lama para conter a pressão da formação e evitar novo kick. (Iramina, 2016)

Há uma série de indícios que alertam a equipa de perfuração para a presença de um kick ou
um kick iminente. Nem todos os sinais são, necessariamente, observados em qualquer instância,
mas alguns servem de alerta.

1.4. PESCARIA

O termo “ peixe ” é utilizado é utilizado na indústria de petróleo para designar


qualquer objecto estranho que tenha caído

(Balbino, 2019) define pescaria como sendo operações realizadas para a recuperação de
objectos caídos em poços tubulares e “peixe” é o nome dado a estes objectos.

PESCARIA DE ELEMENTOS TUBULARES


As principais causas de pescaria de elementos tubulares são desenroscamento da coluna,
quebra da coluna no poço e prisão da coluna. No caso da prisão da coluna, o primeiro
passo é determinar o ponto de prisão para recuperar a porção livre da mesma. Após a
determinação deste ponto, uma carga explosiva é descida e posicionada em frente a
conexão, logo acima do ponto de prisão. Em seguida, a coluna é submetida a uma torção à
esquerda (sentido de desenroscamento) e a carga é explodida. Com o impacto, a conexão
se desenrosca e a coluna é retirada do poço. Desce-se, então, uma coluna de pescaria
contendo na extremidade inferior, uma ferramenta agarradora e percurssores para permitir
impacto no “peixe” para ou para cima.

1.4.1. PESCARIA DE FERRAMENTAS DESCIDAS A CABO

Algumas vezes ao se operar com ferramentas descidas a cabo, pode ocorrer a


ruptura deste e, consequentemente, levar a operação de pescaria. Nestes casos, usa-se um
arpão para pescar o cabo. Nestes casos, usa-se um arpão para pescar cabos. O arpão é
descido ao poço com uma coluna de tubos de perfuração. O cabo partido se enrosca às
garras do arpão, enquanto se gira a coluna de perfuração.

1.4.2. PESCARIA DE PEQUENOS OBJECTOS

Pequenos objectos como mordentes de chave flutuante, cones e rolamentos de brocas,


parafusos, porcas, etc. Podem cair no poço. As principais ferramentas usadas para
recuperá-los são:

 MAGNETO
 SUBCESTA

 CESTA DE CIRCULAÇÃO REVERSA.

1.5. TESTEMUNHAGEM

É o processo de obtenção de uma amostra real de rocha de subsuperfície, chamado


testemunho, com alterações mínimas nas propriedades naturais da rocha. Com a análise
deste testemunho, obtem-se informações referentes à geologia, engenharia de reservatório,
completação e perfuração, tais como litologia, textura, porosidade, permeabilidade,
saturação do óleo e da água, etc.

Testemunhagem com Barrilete convencional


A testemunhagem com barrilete convencional consiste na descida de uma broca
vazada, conhecida como coroa e dois barriletes, um externo, que gira com a coluna e
outro interno, onde se alojará o testemuno. Durante esta operação, à medida que a
coroa avança, o cilindro de rocha não perfurado, é encamisado pelo barrilete interno
e posteriormente trazido à superfície. Neste processo é possível obter testemundo de
9, 18 ou 27 metros, conforme a composição da coluna. (Triggia et al, 2001)
Fig. 1.5. - Barrilete convencional (Alibaba.com)

1.5.1. TESTEMUNHAGEM A CABO

Na estemunhagem com barrilete convencional, ao final de cada corte de um


testemunho é necessário trazer a coluna à superfície através de uma manobra, o que
aumenta o tempo e o custo da operação. Assim, foi desenvolvida a estemunhagem a cabo,
onde o barrilete interno pode ser removido até a supefície sem a necessidade de se retirar
toda coluna (Attilio Alberto Triggia et al, 2001).

Testemunhagem lateral
(Attilio Alberto Triggia et al, 2001) Afirma que algumas vezes acontecem mudanças
inesperadas na coluna estratigráfica e pode haver a necessidade de testemunhar alguma
formação já antes perfurada. Nestes casos, emprega-se o método de testemunhagem
Lateral

1.6. BLOWOUTS

Um blowout pode ser definido como um influxo descontrolado de fluido de


formação que possui pressão suficiente para causar danos aos equipamentos da sonda e
lesões às pessoas que trabalham nela. (Iramina, 2016).

Um blowout não aparece repentinamente, ele se desenvolve gradualmente à


medida que que a pressão hidrostática do fluido de perfuração cai até o nível exigido
para conter os fluidos de formação. Estes fluidos entram então no furo do poço
(kick). Se este kick não for detectado o poço começa a fluir a uma taxa fora de
controle, ocorrendo então o que chamamos de “blowout” (Iramina, 2016).

Fig 1.6 a e 1.6 b- Blowout em uma sonda (Muanha,


2021)

1.7. SISTEMA DE SEGURANÇA DO POÇO

A fim de se evitar uma invasão descontrolada de fluidos da formação para o


poço (Souza, 2020) afirma que criou-se os equipamentos de segurança de poço.

Fig. 1.7-a e 1,7-b - Blowout preventer (Muanha,


2021).

Em todos os poços petrolíferos pode surgir um kick a qualquer instante,


sendo pela densidade do fluido diminuir ou devido à uma pressão superior à pressão
hidrostática. Em decorrência desta possibilidade, todo os poços são equipados com
equipamentos especialmente projetados para as situações de kick. (Souza, 2020)
Segundo (Souza, 2020), Os Preventores são válvulas que podem ser operadas
hidráulica ou manualmente de modo a fechar o poço a qualquer momento caso
ocorra um kick. Com o poço fechado, o engenheiro responsável deve apresentar um
plano para o mesmo, por meio da circulação de influxo e pela troca do fluido de
perfuração inicial (mais leve) por um fluido mais pesado. 6. B.O.P (BLOWOUT
PREVENTER) O BOP é o equipamento que permite com que o poço petrolífero
tenha sua produção cessada, garantindo a segurança da operação de perfuração bem
como, evitando com que ocorram desastres ambientais e perda de vidas da equipe de
trabalho.

O Blowout Preventer é um equipamento que possui um grupamento de


válvulas, podendo ser ainda classificados como anular ou de gavetas e possuindo
suas especificações para perfuração em operações terrestres e submarinas. Os
preventores são acionados sempre que houver ocorrência de um kick, fluxo
indesejável do fluido contido numa formação para dentro do poço. Se este fluxo não
for controlado eficientemente poderá se transformar num blowout, ou seja, poço
fluindo totalmente sem controle, acidentes pessoais, perda parcial ou total do
reservatório, poluição e dano ao meio ambiente, etc. (THOMAS, 2001, p.67 apud
Souza, 2020).

Figura F1.7-c – Blowout Preventer Anular (Souza, 2020)


CAPÍTULO II- OPÇÕES METODOLÓGICAS DO ESTUDO

II.1. MÉTODO DE INVESTIGAÇÃO

Para elaboração deste estudo, usou-se a metodologia qualitativa com recurso ao


método descritivo e bibliográfico.

II.2. HIPÓTESE

Segundo Carvalho as “hipóteses são suposições colocadas como respostas plausíveis e


provisórias para o problema de pesquisa” (2009, p. 124).

Desta feita foram formuladas as seguintes hipóteses:

H1: Pode-se dizer que as operações especiais, enquanto parte integrante da perfuração,
podem ter a finalidade de previnir acidentes e incidentes frequentes na perfuração.

H2: Tais operações também podem otimizar a perfuração, proporcionando maior segurança
aos profissionais no seu local de trabalho.

II.3. OBJECTO DE ESTUDO

Os objetos de estudo para o presente trabalho são as operações especiais de perfuração.

II.4. INSTRUMENTO DE INVESTIGAÇÃO

Para o estudo em questão, artigos relacionados com a temática em estudo, foram usados como
instrumentos de investigação.

II.5. PROCESSAMENTO E TRATAMENTO DA INFORMAÇÃO

A informação recolhida foi processada e tratada recorrendo as ferramentas da


Microsoft nomeadamente Word.
CAPÍTULO III – EXECUÇÃO DO PROJECTO

III.1. APRESENTAÇÃO DOS RESULTADOS

MEMÓRIA DE CÁLCULOS.

Consta de um imã permanente que


MAGNETO aprisiona os fragmentos ferrosos.
Pode ser descido a cabo ou
conectada na extremidade da coluna.

É semelhante a um substituto, com


compartimento para retenção de
SUBCESTA pequenos fragmentos metálicos,
removidos do fundo do poço por
circulação do fluido de perfuração
que sedimentam devido a redução da
velocidade de ascensão. É
posicionada logo acima da broca.
Esta cesta é dotada de uma válvula
CESTA DE acionada por uma esfera lançada da
CIRCULAÇÃO superfície que desvia o fluxo do
REVERSA interior da coluna para o seu
exterior. A cesta é descida alguns
centímetros acima do fundo do poço
e o fluxo impulsiona o “peixe” para
o interior da cesta.

Fonte: Elaborado pelo Autor (2023)


CONCLUSÃO

Partindo da situação problemática que permitiu dar início a presente pesquisa, assim
como a determinação dos referentes teóricos, no qual se constataram os principais autores
sobre o tema estudado, não obstante da metodologia a base dos métodos e técnicas
fundamentais, determinando o contributo que as operações especiais da perfuração oferecem
na perfuração de petróleo, permitiu-se chegar à seguinte conclusão:

O uso das operações especiais de perfuração é indispensáveis, pois permitem que


situações peigosas e/ou acidentes de trabalho, não ocorram (com maior frequência),
proporcionando assi, uma operação segura tanto para os profissionais, o meio ambiente
quanto para as maquinarias.

O custo final de um kick e/ou blowout pode alcançar facilmente vários milhões de
dólares, mas o dinheiro gasto não é tão importante comparado com outros danos provocados.
Ele desperdiça recursos não-renováveis valiosos, pode provocar danos irreparáveis ao meio-
ambiente, arruinar equipamentos e o mais importante, pode colocar em perigo a segurança e
a vida dos profissionais envolvidos.
Em qualquer situação de perigo, como ocorre num blowout, a segurança e o bem-estar dos
profissionais da sonda torna-se um fator de grande preocupação, seguido pela sonda e por
último o poço em si. Não se pode substituir uma vida perdida, e sem equipamentos a serem
operados dificilmente o poço será trazido para uma situação de controle.
Bibliografia
Balbino, Alisson André Silva. 2019. Operações especiais da perfuração. 02 de Abril de
2019.
Bunde, Mateus. https://www.todoestudo.com.br/portugues/estilistica.
www.todoestudo.com.br. [Online] Todo Estudo. [Citado em: 17 de Dezembro de 2022.]
https://www.todoestudo.com.br/portugues/estilistica.
Iramina, Wilson Siguemasa. 2016. CONTROLE DE KICK E BLOWOUT. Engenharia de
Minas e de Petróleo, Escola Politécnica da Universidade de São Paulo. São Paulo : s.n., 2016.
p. 42, Escolar.
Muanha, Adiel Armando Manuel. 2021. SISTEMA DE CONTROLE DO POÇO. Ciências e
Tecnologia, Universidade Jean Piaget. Luanda : s.n., 2021. Escolar.
SANTOS, OTTO LUIZ ALCÂNTARA. 2013. Segurança de poço. São Paulo : Edgard
Blücher Ltda, 2013. ISBN 978-85-212-0716-0.
Souza, João Artur Bastos de. 2020. ANÁLISE DO FUNCIONAMENTO DO B.O.P NA
PREVENÇÃO. 2020. Escolar.

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