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3.1. INTRODUÇÃO
A necessidade cada vez mais imperiosa na busca pelo petróleo, fez com que, ao longo dos
anos, novas fronteiras fossem desafiadas e alcançadas e uma dessas fronteiras é justamente a
exploração e produção de petróleo em superfícies submersas seja em rios, lagos e no mar.
Em 1907, Gulf Oil Company concebeu com sucesso o primeiro protótipo de uma plataforma no
lago Caddo. Foram construídas plataformas para perfuração e colocados dutos de escoamento
para posterior processamento. Por mais de 40 anos A Gulf Oil Company produziu mais de 13
milhões de barris de óleo em Caddo Lake, LA.
No lago Pelto, Louisina, Texas Company fundeou algumas balsas em águas rasas e construiu
plataformas com torres de perfuração, no entanto nenhum petróleo foi encontrado, sendo então
retiradas as tubagens e as balsas afundadas e movendo-as para outra locação, reduzindo
consideravelmente o tempo de construção de uma plataforma em outro local, nascendo então a
primeira unidade móvel de produção.
Em Creole, Louisiana, à uma milha (1800 m), Pure Oil Company em parceria com a Superior
Company, perfurou um poço a 9400 ft (2865 m), produzindo cerca de 4 milhões de barris, tendo
sido construída uma estrutura de 30000 ft² (2787 m²) em pilares a 14 ft (4,2 m) de profundidade.
Nos anos 40, após a constatação de que era demasiado caro a construção de plataformas
usando estacas de madeira, a Superior Company contratou J. Ray McDermott para construir
uma estrutura tubular em aço, o qual foi feito num estaleiro e depois transportada para a locação,
nascendo assim a indústria de pré-fabricação.
A Superior Company teria o crédito de ter a primeira plataforma öffshore¨ (fora da costa), se ela
não tivesse perfurado um poço seco. O crédito então vai para uma pequena empresa
independente chamada Kerr-McGee, que perfurou um poço a 10 milhas (18,5 Km) da costa da
Louisiana numa profundidade de 18 ft ft (5,5 m) e produziu 500 bbl/ d em 1947.
No começo dos anos 80, o governo brasileiro estimulou a exploração e produção offshore, já
iniciada na segunda metade da década de 60, através de sua estatal, Petrobrás, o que contribuiu
significativamente para o incremento da produção de petróleo no Brasil bem como da
supremacia brasileira em tecnologia de E&P submarina.
3.3. COMPLETAÇÃO
Quando o sistema de cabeça do poço, fica no fundo mar, SST, denomina-se Completação
Molhada ou Submarina (Wet Completion).
Este sistema necessita de um conjunto de válvulas para controle da produção do poço, bem
mais sofisticado, Árvore de Natal Submarina, SST (Subsea Tree). A manutenção do
equipamento e o acesso ao poço são bem mais complicados e dispendiosos.
Devido às configurações disponíveis para os risers, tanto rígidos quanto flexíveis, a completação
submarina permite a utilização de unidades flutuantes de produção com maiores movimentos
tais como, semi-submersíveis e FPSO’s.
Diz-se que um poço é de completação seca se a árvore de natal fica localizada acima da
superfície do mar, na UEP. Este tipo de poço permite que sua intervenção seja feita por meio de
uma sonda de superfície instalada na própria plataforma produtora. A conexão da árvore de natal
ao poço, dá-se através de um riser rígido, ancorado nos equipamentos instalados no fundo do
mar, ou no caso de plataformas fixas, na estrutura da mesma.
Na completação submarina, a cabeça do poço e sua árvore de natal ficam no fundo do mar. Em
águas profundas, este equipamento é instalado com o auxílio de ROV (Remote Operated
Vehicle), já que não é viável a utilização de mergulhadores em profundidades superiores a
300m.
Para conduzir os fluidos da SST até a plataforma são utilizados risers rígidos ou flexíveis.
Árvore de Natal é um conjunto de conectores e válvulas usadas para controlar o fluxo dos fluidos
produzidos ou injetados, instalada em cima da cabeça do poço.
Existe uma gama muito grande de configurações de SST, pois obedecem às condições dos
vários tipos de completação e conceitos de exploração, no entanto possuem o mesmo conceito e
finalidade. Como vemos nas ilustrações acima, existe uma diferença muito grande de design de
uma árvore de natal para uso em superfícies secas em comparação à árvore de natal para
instalação submarina, pois, esta, a começar pelo nome, quando projetada e instalada em poços
submarinos é chamada de Árvore de Natal Submarina, Subsea Tree - SST.
De uma forma mais genérica, atualmente podemos classificar as Subsea Trees quanto ao
serviço e configuração.
Quanto ao serviço:
→Subsea Tree de Produção
→Subsea Tree de Injeção
Quanto à configuração
→Convencional ou Vertical
→Horizontal
É constituída por um bloco forjado, onde são montadas as válvulas de bloqueio manuais e
hidráulicas. Na sua parte inferior é montado o conector hidráulico, com um perfil externo que
permite a conexão da mesma no alojador de alta pressão (Base Adaptadora de Produção-BAP),
podendo ter o diâmetro nominal de 18 ¾” ou 16 ¾”. Na sua parte superior é montado o manifold
da Subsea Tree (tree manifold), de onde partem todas as linhas de controle das funções da
árvore e chegam as linhad de controle da plataforma.
Possui perfil interno nos bores 4” e 2” para assentamento de plugs e perfil externo para
travemento da ferramenta de instalação e para o conector da capa da árvore quando utilizada
(tree cap).
As cabeças de poço submarinas suportam os revestimentos dos poços, resistem aos esforços
do riser e fornecem vedação para o BOP. Na fase de produção, servem de alojamento,
travamento e vedação para o suspensor de coluna e para a árvore de natal. Modernamente, as
cabeças de poços são preparadas para receber a base adaptadora de produção-BAP.
Tais deficiências se manifestavam principalmente nas ferramentas que, expostas a uma longa
viagem dentro do riser de perfuração, ficavam impregnadas de argila e cascalho,
comprometendo seus mecanismos de funcionamento. Esses e outros fatores de menor
importância provocavam um considerável aumento no tempo das operações e seu atrelado
custo, o que culminava por tornar inviável a utilização desses sistemas.
Dispõe ainda de: uma luva helicoidal interna ao alojador, a qual proporciona a orientação do
suspensor; um funil up, para orientação no assentamento da árvore; e, por último, um berço
(craddle) para ancoragem e apoio das linhas de fluxo, permitindo a retirada da árvore sem que
seja necessário desconectar as linhas de fluxo e controle.
BAP - FMC
É o equipamento responsável pela interface entre a coluna de produção e a Subsea Tree. Tal
suspensor é ancorado e travado na base adaptadora de produção – BAP nas árvores tipo
DL/GLL, (Diver Less/Guide Line Less) fazendo vedação para o anular. É ainda dotado de
alojamento para o tampão mecânico ou coletor de detrito, descidos com unidades de arame.
O sistema de conexão vertical foi desenvolvido com o objetivo de substituir o método Lay-away,
pois elimina a necessidade da operação simultânea entre a plataforma de instalação e o navio
de lançamento de linhas, além de permitir a conexão totalmente submarina da primeira e
segunda ponta
Lay-away é a técnica de instalação submarina onde a subsea tree e suas respectivas linhas ( de produção,
de anular, de controle etc.) são descida já conectadas e assim conjuntamente instaladas no leito marinho,
posteriormente, faz-se a conexão dessas linhas à unidade de superfície.
Tal módulo, tem a finalidade de conectar as linhas de produção, acesso ao anular e controle à
base adaptadora de produção – BAP, possibilitando o escoamento da produção, a injeção de
gás para operação de gás lift, a passagem de fluido hidráulico de controle da árvore e, por
último, a injeção de produtos químicos (usualmente inibidores de hidrato). Recebeu este nome
devido ao seu método de instalação (por barco e verticalmente), possibilitando uma melhor
logística para operação e movimentação de sondas e barcos de lançamento de linhas.
Componentes Básicos
A Subsea Tree, quando da sua instalação pode ser Diver Assisted ou Diverless. Na diver
assisted, mergulhadores ajudam a acoplar os dutos submarinos à árvore bem como atuam nas
demais manobras de instalação. Os trabalhos dos mergulhadores são norteados pelo limite
humano de resistência à profundidade ou quando as condições técnicos não permitem.
A diverless é usada quando a profundidade é superior a 300 m e podendo ser do tipo Guideline e
Guidelineless, ou seja com cabos-guia e sem cabos-guia.
A escolha sobre que tipo de Subsea tree será instalada depende de vários fatores. Estes fatores
devem ser considerados sob os aspectos técnicos e de custos para que se obtenha a
maximização dos resultados necessários ao andamento do projeto,são eles:
Existe dois tipos de árvores de natal submersas, a vertical e a horizontal que são empregadas
segundo a necessidade operacional e/ou de custos.
As árvores de natal convencionais são utilizadas desde 1961 no GOM e a primeira horizontal foi
instalada no Mar do Norte em 1993.
Ambas parecem ter um aspecto similar, se utilizam de equipamentos quase idênticos (válvulas
etc.) e operam com controles similares, como pode ser observado nas figuras abaixo:
CONVENCIONAL HORIZONTAL
→Válvulas Master e Swab no furo vertical do →Não há válvulas no furo do poço (Vertical
poço Bore free)
→PSV e tampão externo (Tree Cap) atuam →Plugs do topo atuam como barreiras de
como barreiras de segurança segurança
Este tipo de árvore é instalada em poço injetor submarino, onde se tem a finalidade de injetar
água ou gás, oriunda da Unidade de Produção, e condicionados para a sua respectiva injeção.
Tal procedimento, de forma generalizada e numa explicitação simplificada, objetiva a
manutenção dos valores da pressão no reservatório, melhoria do processo de drenagem desse
reservatório e reposição dos fluidos produzidos, objetivando assim evitar fenômenos de
subsidência.
3.8.1 RISERS
Riser é o equipamento de ligação entre o poço e a plataforma. Quando o riser tem função de
perfuração é denominado riser de perfuração, outros tipos de riser são os de completação e
produção.
O riser é composto por um conjunto de tubos com funções diversas que vão desde o transporte
de óleo, gás natural, água ou petróleo bruto até linhas de controle e acionamento hidráulico ou
elétricos de vávulas e dispositivos de segurança (Umbilical).
Quanto à sua constituição estrutural, os risers podem ser classificados em Rígidos e
Flexíveis.
Os risers rígidos podem ser sub-divididos em: Verticais e em forma de catenária ( SCR – Steel
Catenary Riser).
Catenária, curva obtida pela suspensão, por suas extremidades, de uma linha completamente flexível,
quando submetida apenas a seu próprio peso. Um cabo ou linha, submetido a uma carga uniformemente
distribuída ao longo do seu comprimento, assumirá uma configuração deformada dada por uma catenária.
Os risers rígidos são formados por tubos de aço, enquanto que os flexíveis são compostos por
uma série de camadas de diversos materiais, incluindo uma ou mais armaduras metálicas de
forma helicoidal.
O riser rígido de produção é um tubo de aço para transporte de óleo, enquanto que, o propósito
do riser de perfuração é proteger a coluna de perfuração e permitir o retorno da lama do poço
para a plataforma. Ambos são constituídos de um longo tubo suspenso do fundo do mar pela
unidade flutuante (plataforma).
Estruturalmente um riser rígido pode ser considerado uma viga-coluna, isto é, uma peça que
resiste às cargas através de resistências à flexão e à tração.
Em poços submarinos a produção de óleo e gás é usualmente controlada por operação remota
da árvore de natal submarina. Para o escoamento desta produção ou para a injeção de gás e
água, utilizam-se os risers flexíveis, devido às severas condições operacionais em águas
profundas que, em determinados casos, inviabilizam a utilização de risers de produção rígidos.
Quanto ao seu uso podem ser classificados em estáticos ou dinâmicos. Os estáticos são
assentados no fundo do mar para escoamento de óleo, gás e para injeção de gás e água, são
conhecidos como ¨flowlines¨.
Os risers estáticos se conectam aos dinâmicos que, por sua vez, ligam o fundo do mar aos mais
diversos tipos de plataformas e sistemas flutuantes.
A estrutura dos risers flexíveis varia de fabricante para fabricante e devido ao fato de serem
construídos para atender necessidades específicas do cliente, isto é, serem fabricados sob
medida (Taylor made). Os principais fabricantes são: Coflexip (FR), Flexibras (BR), Wellstream
(USA) e Furukawa (JP).
A característica básica deste tipo de riser é que suas camadas podem deslizar livremente umas
em relação às outras. O bom funcionamento do riser é garantido pela pressão de contato entre
as camadas, que faz com elas fiquem unidas mas não ¨presas¨.
1- Carcass
Estrutura de tiras metálicas intertravadas.
Constitui a parte mais interna que entra em
contato com os fluidos, é uma proteção
para a Inner line nos esforços mecânicos
durante os lançamentos de pig, pigging
operations.
2- Inner Line
Camada de polímero para isolando o
carcass.
3- Armadura de Pressão
Estrutura de tiras metal em helicóide,
proporcionando resistência aos esforços
mecânicos radiais.
4- Armadura de Tensão
Par de estruturas de tiras de metal,
proporcionado resistências aos esforços
axiais.
5- Camadas extras ou adicionais
Camadas de polímeros para isolamento
térmico e proteção ambiental bem como
proporcionar uma proteção adicional aos
Figura 3.8.5.a : Riser flexível e suas várias camadas esforços mecânicos.
Podem ser classificados ainda em dois tipos: de parede rugosa – Rough Bore e de parede lisa –
Smooth Bore.
Os Rough Bore possuem uma carcaça inter-travada como camada mais interna e são utilizados
para transporte de gases ou fluidos que contenham gases. Sua utilização se justifica neste caso,
posto que uma queda abrupta na pressão interna da linha (riser), pode causar o colapso da
estrutura, porém com a mesma reforçada com a carcaça, pode-se evitar o colapso.
O riser Smooth Bore é utilizado para transporte de fluidos que não causam difusão de gases
através da camada termoplástica, que, nestes tipo de risers flexíveis é a camada mais interna,
não existindo carcaça intertravada.
São fabricados pela Dunlop, Taurus, Goodyear e Uniroyal Manouli, sendo sua aplicação mais
restrita quanto ao uso offshore.
O uso mais freqüente para este tipo de riser é na transferência de óleo de FPSO´s ou FSO´s
para navios os navios aliviadores, Tankers.
Este tipo de riser flexível apresenta como principal característica a vulcanização dos seus
componentes de aço em uma matriz de elastômero. As camadas impermeabilizantes são
constituídas por elastômeros reforçados com fibras plásticas embebidas no mesmo, ao contrário
dos Unbounded, onde são empregadas camadas homogêneas de polímeros.
Adicionalmente e para um melhor controle operacional, o projeto deve também agregar funções
para uma parada de segurança em caso de falhas, perdas na pressão hidráulica ocasionadas
por vazamentos ou mal funcionamento, falha no suprimento de energia elétrica dentre outros e
deve também possuir um sistema de parada emergencial ligado ao sistema de segurança
operacional da UEP. Um exemplo disso é o emprego dos sistema de fail-safe das válvulas da
SST, que fecham em caso de perda de pressão hidráulica.
Como cada vez mais se aumentam as distâncias entre a UEP- Unidade Estacionária de
Produção-(Topside Production Facilities) e as instalações submarinas, devido não somente às
profundidades de exploração, bem como do desenvolvimento de múltiplos campos petrolíferos e
poços.
Sistemas antigos de controle de poços que usam o controle hidráulico direto das válvulas de
uma SST por exemplo, têm-se tornado cada vez menos viável devido às limitações operacionais
decorrentes do aumento dos sistemas e dimensões dos risers e também pelo uso de umblicais
multiplexados, pois necessitam de uma pressurização muito maior para atender à demanda
operacional e complexidade dos sistema.
Todo o sistema desde o projeto até à operação é controlado por normas específicas que atestam
a fabricação, operacionalidade e a segurança.
A HPU fornece alta e baixa pressão hidráulica, sendo normalmente utilizado bombas elétricas,
no entanto, podendo ter como alternativa algumas vezes bombas pneumáticas. Possui ainda
tanques de suprimento e retorno de fluido hidráulico, bombas, um sistema de auto-limpeza
(Clean-Up System), válvulas de controle de nível e pressão e todas as facilidades ligadas ao
sistema de Shut Down (ESD) da UEP, que atua enviando sinal de fechamento das válvulas da
SST e parada do sistema.
Dois tipos de fluidos hidráulicos são normalmente utilizados nas HPU´s: fluidos à base de água
ou sintéticos à base de óleo mineral. Os fluidos sintéticos têm sido mais utilizados recentemente
em sistemas híbridos de controle eletro-hidráulico.
Os fluidos à base de água são, entretanto, os que têm a sua aplicação e uso mais extensivos na
grande maioria dos sistemas submarinos. É constituído etileno-glicol (de 10% a 40%), agindo
como anticongelante, e tendo sua viscosidade variando normalmente entre 2 ºC e -10 ºC.
São os mais usados, não somente pelo custo, mas também por permitir, quando ocorrer, se
efetuar um bleed ou drenagem para o mar, pois o mesmo é biodegradável, atendendo assim às
normas ambientais, hoje em dia severas, ao contrário dos fluidos à base de óleo mineral onde o
sistema ao se utilizar deste tipo de fluido deve ter um sistema de retorno, circuito fechado, o que
acarretaria a adição de mais um umbilical elevando custos.
Um PLC (Programmable Logic Controller) a ligado a um computador deve ser integrado com o
Sistema de Controle Central da UEP, como também pode ser uma unidade independente.
3. 9.2 UMBILICAIS
As linhas elétricas de suprimento de força e monitoramento podem ser encapsuladas juntas com
as linhas hidráulicas ou montadas separadamente.
Para se evitar potenciais falhas ou colapsos, os umbilicais são fabricados num comprimento
contínuo, sem emendas ou junções. Os maiores problemas encontrados com os umbilicais estão
ligados à permeabilidade quanto ao metanol, incompatibilidade de fluidos e danos mecânicos
durante a fabricação e instalação.
Os umbilicais com tubos de aço inox são empregados com larga vantagem quando utilizado nas
grandes distâncias entre a UEP e os equipamentos submarinos, bem como em águas profundas
e ultra profundas. Estes umbilicais possuem uma grande vantagem e performance operacional
mais que satisfatória em altas pressões operacionais, alta voltagem requerida para os cabos
elétricos e seu uso contínuo, sujeitando o umbilical aos constantes esforços mecânicos que
podem ocasionar fadiga de material, no entanto, alguns problemas relacionados à corrosão e
terminações (end fittings) ainda carecem de melhores soluções e aprimoramento técnico.
O HPU System, controla todas as funções do sistema de produção submarina, e como tal,
somente as funções concernentes com o controle operacional, válvulas de segurança e
monitoramento dos parâmetros operacionais e dados de poço, bem como as operacções
concernentes aos manifolds submarinos e outros equipamentos. portanto não sendo usado para
as manobras de conexão e desconexão de risers ou operações de intervenção nas subsea trees.
- DHSV’s
- Subsea Chokes
- Válvulas (Master´s, Wing´s, XOV, PXOV)
- Monitoração das características de fluido produzido, pressões e posicionamento
de válvulas
A operação das válvulas da SST ou o ajuste de chokes é condicionado à ação nos atuadores
pelo fluido hidráulico pressurizado. O volume normal de fluido relacionado à atuação das
válvulas na SST é da ordem de 1 a 4 litros, e para a DHSV, alguns mililitros, portanto a atuação
está condicionada à capacidade de suprimento, pressão e volume, do fluido hidráulico e à forma
como é feito o processo de retorno ou bleed do fluido.
As pressões típicas de operação para as válvulas da SST são de 3000 PSI (200 barg) e 5000
PSI, podendo em alguns casos ser bem maior, chegando a 9000 PSI e 12000 PSI para atuação
de DHSV´s.
São necessários um suprimento de pressão mais elevado para a abertura das válvulas do que
para o fechamento das mesmas, e as pressões máximas normalmente utilizadas são:
- Aberturas das válvulas da SST → 750 PSI a 2200 PSI ( 50 a 140 barg)
- Fechamento das válvulas da SST → 600 PSI a 1000 PSI ( 20 a 65 barg)
- DHSV open → 2500 PSI a 9200 PSI ( 160 a 600 barg)
- DHSV closed → 500 PSI a 4500 PSI ( 32 a 290 barg
3.10.1 SPARCS
O sistema SPARCS foi desenvolvido pela Kvaerner FSSL para providenciar uma solução de
baixo custo dos sistemas de controle para os campos marginais.
A comunicação com a UEP é via transmissão de sinal (acústico), a energia elétrica e força
hidráulica necessárias para as manobras operacionais e funções de monitoramento, são
fornecidos por geradores submarinos.
→ A energia elétrica é fornecida pelo turbo-gerador instalado num ponto da linha de água de
injeção. Este gerador converte a energia cinética da água de injeção, fornecendo assim uma
energia elétrica contínua para a unidade de controle. Um suprimento alternativo de energia
elétrica é fornecido por um gerador termo-elétrico fixado à linha de produção de óleo.
→ Um sistema de bateria, que é requerido, como reserva, para possíveis picos de demanda.
São baterias dotadas de células ácidas de eletrólitos. Um condicionador de energia é
instalado entre o gerador submarino e o sistema de baterias, fazendo com que a unidade de
controle sempre tenha prioridade no fornecimento de energia sobre todos os outros
componentes.
→Sistema de Transponder Acústico, que atua como escravo para a unidade de superfície, pois
opera sob seu comando, entretanto, inicia uma transmissão se um mal funcionamento de algum
equipamento submarino vir a ocorrer.
Todos os itens acima mencionados, que já foram alvo das mais avançadas pesquisas e
desenvolvimento, já foram testados com absoluto sucesso.
A ICB foi desenvolvida pela John Brown Engineers and Constructors. A bóia abriga todos os
sistemas auxiliares necessários à operação e monitoramento do poço. O controle total do
sistema de produção submarino fica localizado na UEP via radio link para a bóia.
Os dados do poço são medidos e analizados pelo sistema de controle da bóia e qualquer ação
que se fizer necessária é tomada autonomamente, sem um explícito comando da UEP.
O sistema é projetado para controlar e monitorar todas as funções da árvore de natal, bem como
os parâmetros críticos de processo submarino e todos os sistemas de segurança de fogo e gás e
parada de emergência.
Estrutura metálica apoiada no leito marinho sobre uma base própria, que acomoda válvulas e
acessórios que permitem que este esteja conectado à SST e/ou outros sistemas de produção,
tubagens e risers.
Portanto, um manifold submarino é a ligação a SST e a UEP no que concerne às várias linhas
(risers) de produção, escoamento, injeção de água e de gás etc.
Portanto cada campo, por suas peculiaridades, não somente técnicas, como também
econômico-financeiras e até mesmo por conveniência operacional, têm configurações próprias
de acordo de acordo e respeitando as necessidades técnico-operacionais.
Podemos dizer então que cada sistema submarino é projetado e construído sob medida, “Taylor-
made”, para atender às necessidades do campo a ser explorado.
Dentro do sistema submarino de produção, temos dois tipos de configurações de manifolds que
são:
- Geralmente têm um número fixo de conexões para as SST’s, mas também pode ser
configurada uma expansão
- Dimensões estruturais grandes, comparada ao cluster manifold
- Sem flexibilidade no posicionamento dos poços
- Alto investimento e alto custo
- Requer grandes embarcações para instalação
- Estruturas de proteção
- Sistemas de controle
- Árvores de Natal e cabeças de poços
- Manifolds
- Headers (distribuidores)
- Bases estruturais
- Fundação
Como por exemplo os separadores submarinos de produção instalados em fase de testes nos
novos projectos em Angola.
A idéia para o uso destes separadores, está justamente na profundidade elevada, onde se
transporta o separador e outros equipamentos inerentes a esta operação para o fundo mar, tais
como bombas de injeção de água etc, com o intuito de se não somente otimizar a produção,
fazendo com que se chegue à UEP, somente os fluidos que mais interessam ou seja o óleo e o
gás, como também dom o intuito de se reduzir o peso nas UEP´s flutuantes.
Não nos esqueçamos que um FPSO tem uma limitação de peso devido ao seu volume de carga
que deve ser considerado quando da instalação da planta de processo, pois assim reduzindo-se
peso, pode-se aumentar ainda mais o volume de óleo que se pode armazenar até ser exportado,
para um navio petroleiro, por exemplo.
Com a adoção do processo de Subsea Separation temos ainda a inovação tecnológica dos mais
diversos equipamentos, tais como bombas, compressores, que para seu uso têm de ser
adaptados e apor que não dizer, ter os conceitos de projeto e design totalmente refeitos para uso
em ambiente tão hostil.
Temos ainda todo o processo de perfuração e intervenção nos poços que serão certamente
revistos e inovados.
Também, os FPSO’s que operarem a grandes profundidades, poderão não operarem na sua
locação ancorados, pois o peso do sistema de ancoragem se refletirá na segurança e flutuação
do mesmo, e assim esses mesmos FPSO’s deverão dispor de sistema de Posicionamento
Dinâmico, que demanda instalação de vários thursters para o perfeito posicionamento e
estabilização.
Quanto aos sistemas de controle das SST´s e manifolds, a tendência cada vez mais crescente é
a da substituição dos sistemas que se utilizam de fluido hidráulico para o sistema de suprimento
de energia elétrica, para a atuação de válvulas e outros controles pois assim, este sistema não
estaria sujeito às condições adversas do fundo do mar e principalmente pelo tempo de resposta
que seria em muito reduzido.