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Concepção de

Sistemas Estruturais
em MLC
Eng. Caio Ferreira
Quem somos
Conheça nossa equipe

Caio Ferreira
Diretor de Engenharia

Engenheiro Civil pela EESC-USP. Especialista em Soluções Estruturais em


Madeira como Engenheiro Estrutural com experiência de 7 anos em
renomadas empresas do ramo como Tecverde e Rewood.

Wellington Souza
Diretor de Marketing e Relacionamento com o Cliente

Gestão da Tecnologia da Informação e Telecomunicações pela Faculdade


Dom Bosco Curitiba. Atua na área de Marketing e Relacionamento com o
cliente na MAF Engenharia.
Sobre a empresa
Com o que trabalhamos

A MAF nasceu do sonho de oferecer ao mercado soluções inteligentes de


engenharia em madeira integrado ao uso da tecnologia.

Acreditamos ser a madeira a nossa protagonista, pois com ela é possível a execução de construções
rápidas, com excelente desempenho habitacional e de baixa pegada de carbono.

A MAF Engenharia trabalha com o desenvolvimento de projetos executivos e estruturais em madeira.


Nosso comprometimento com a mudança da nossa realidade nos incentiva a buscar soluções
construtivas energeticamente eficientes para construirmos juntos um futuro melhor.

Nossa missão é oferecer soluções inovadoras de engenharia por meio da tecnologia com projetos
intuitivos e acessíveis aos clientes e construtoras.
Para você e sua obra
Serviço de projeto estrutural executivo em madeira

Desenvolvemos todo o projeto executivo para sua obra em madeira, desde a concepção até os
detalhamentos de interfaces com os demais sistemas de sua obra! Confira nossa relação de serviços:

Estrutura em madeira

Design, dimensionamento, detalhamento, especificação, e otimização de toda estrutura em madeira


com definição de todas soluções de cobertura, fechamento, vedação, acabamento e manutenção
alinhadas a sua ARQUITETURA com garantia de CUSTO-BENEFÍCIO e FUNCIONALIDADE para sua obra.
Para você e sua obra
Serviço de projeto estrutural executivo em madeira

O nosso escopo de serviços contemplam os seguintes itens:

• Design da estrutura em 3D conforme requisitos do cliente.


• Definição de espécie de madeira com bitolas dimensionadas pela equipe de
engenharia garantindo economia na compra de matéria prima.
• Definição de solução de fixação de peças com conexões metálicas, parafusos,
pregos e chumbadores.
• Soluções de acabamento e manutenção conforme requisitos de sua obra.
• Definição e detalhamento de solução e de fixação para cobertura, vedação
e instalações (telhas, vidros, fachadas, interfaces com outros sistemas estruturais,
elétrico, hidráulico).
• Pranchas de projeto executivo contendo locação e lançamento da estrutura,
detalhamento construtivos e de uniões, detalhamento de conexões metálicas e
fixações da estrutura, detalhamento de soluções para todas as interfaces com a sua
obra.
• Lista de peças de madeira, conexões metálicas e fixações para a estrutura.
• Consultoria online e por vídeo chamada.
O que é a MLC?

A MLC é um material engenheirado a partir da matéria-prima


madeira e adesivos químicos que utiliza duas técnicas principais: a
técnica de colagem e a técnica de laminação, por isso o nome da
técnica é madeira laminada colada.

Esse material estrutural é fabricado por união de elementos como a


madeira e adesivos industriais e um dos seus destaques principais é
as tonalidades que podem ser trabalhadas na MLC. Muitas vezes
utilizam-se pinus e eucaliptos, dando a coloração bege ou
castanho-claro, sendo uma das tonalidades mais utilizadas.
A primeira técnica em MLC foi construída a mais de 100 anos pelo
Otto Karl Frederich Hetzer e desde então vem se estudando cada
vez mais essa técnica.
Otto Karl Frederich Hetzer
História da MLC

A MLC surgiu no século passado, em


Wiemar, Alemanha, a partir dos
testes iniciais de Otto Karl Frederich
Hetzer, que desenvolveu essa
técnica de construção e obteve a
primeira patente. Em 1906, Hetzer
patenteou na Alemanha as
construções de MLC na forma curva
e, desde então, tal técnica
(inicialmente chamada de
Estruturas Hetzer) vem sendo
utilizada por diversos países.
Imagens do artigo em inglês: W. Rug · 100 Jahre Hetzer-
Patent
História da MLC

As aplicações de MLC destinavam-se


primeiramente a sistemas estruturais
interiores; no entanto, o desenvolvimento
de adesivos à prova de água permitiu que a
MLC passasse a ser utilizada com
sucesso em estruturas expostas a
intempéries, viabilizando a construção de
coberturas, pontes e elementos
estruturais, como
vigas, colunas, dormentes e cruzetas
(ICIMOTO et al., 2016).
Edifício mais alto do mundo na Noruega em MLC e CLT
rewood.com.br
MLC no Brasil

Essa técnica revolucionaria ainda é relativamente


pouco utilizada no Brasil, porém há uma alta na
demanda por construções em madeira nos
últimos anos, muito puxada pela evidência que as
obras em MLC tiveram no mercado da arquitetura
nos últimos anos (e décadas)

Primeiro edifício do Brasil em MLC


Dengo Chocolates (São Paulo)
Características da MLC para uso
estrutural
Algumas características da MLC:
• Material com baixa pegada de carbono
• Maior resistência mecânica
• Mais resistente, durável e menos permeável
a água devido às laminações e linhas de
cola
• Mais resistentes à torções e empenamentos
devido à variação de umidade da peça
• Resistente a substâncias químicas e
agressivas.
• Resistência natural ao fogo pela
carbonização (permite maiores tempos de
fuga)
• Benefícios a saúde e ao meio ambiente.
Aspectos na construção civil

Algumas possibilidades ao se trabalhar com MLC:


• Formas livres que facilitam grande flexibilidade e
curvaturas;
Material leve de fácil trabalhabilidade
• Possibilidade de realizar cortes/usinagens
• Industrializável
• Aceita tingimento
• Uso interno e externo (com atenção às soluções de sistema
construtivo, proteção da madeira e ciclo de manutenção)
• Vãos superiores a 20 metros (limitação na logística de
peças) Pontes em MLC CALIL MADEIRAS
• Menor quantidade de ligações quando a comparado a
outros sistemas em madeira
• Aceita diversos sistemas construtivos e estruturais mistos
Aspecto em saúde e meio ambiente

Construir em madeira é contribuir com a


diminuição da emissão de Gases do Efeito
Estufa.

O MLC é produzido a partir de madeira de


reflorestamento, que captam CO2 da
atmosfera durante seu crescimento.

Construções em madeira trazem qualidade de


vida, seja pela estética ou pelo seu conforto
térmico, acústico, sensorial ou qualidade e
controle da umidade do ar que um sistema
construtivo em madeira pode proporcionar.
Produção do MLC

fonte: urbem
Produção do MLC
Madeira Engenheirada – MLC
Madeira Engenheirada – MLC
Madeira Engenheirada – MLC
Obras MLC
Obras MLC
Obras MLC
Obras MLC
Obras MLC
Obras MLC
Obras MLC
Obras MLC
Obras MLC
Obras MLC
Obras MLC
Obras MLC
Obras MLC
Memorial Parque das Cerejeiras
Crisa Santos Arquitetos | Execução Rewood
São Paulo | SP

Participação
Projeto estrutural e executivo
Casa da Porta Amarela
Flavia Menezes Arq | Execução Rewood
Ubatuba | SP

Participação
Projeto estrutural e executivo
Casa AGJ
Bernardes Arquitetura | Execução Rewood
Guarujá | SP

Participação
Projeto estrutural e executivo
Casa Mortari
MFMM Arquitetura | Execução Rewood
Fazenda Boa Vista – Porto Feliz | SP

Participação
Projeto estrutural e executivo
Casa Audax
Marcos Sonego | Execução Rewood
Criciúma | SC

Participação
Projeto estrutural e
executivo
Cervejaria Vista Corona
Metamoorfose Studio | Execução Rewood
Avenida Faria Lima – São Paulo | SP

Participação
Projeto estrutural e executivo
Casa ITT
Atelier O’Reilly | Execução Rewood
Cotia | SP

Participação
Responsabilidade técnica, projeto estrutural e executivo
Parque Intervales
Fundação Florestal | Execução Rewood
Ribeirão Grande | SP

Participação
Projeto estrutural e executivo
Bar Hoegaarden Greenhouse HGE
Metamoorfose Studio | Execução Rewood
Avenida Faria Lima – São Paulo | SP

Participação
Projeto estrutural e executivo
Pergolado Praia
Execução Rewood
Recife | PE

Participação
Projeto estrutural e executivo
FETIASP
Larx Engenharia e Arquitetura | Execução Rewood
Praia Grande | SP

Participação
Projeto estrutural e executivo
Fundação Florestal – Sede do MUCJI
23sul | Execução Rewood
Peruíbe | SP

Participação
Responsabilidade técnica, projeto estrutural e executivo
CasaCor São Paulo 2015
FGMF | Execução Rewood
São Paulo | SP

Participação
Projeto estrutural e executivo
CasaCor São Paulo 2018/2019
Marton Estudio | Execução Rewood
São Paulo | SP

Participação
Responsabilidade técnica, projeto estrutural e executivo
Cacau Show Itapevi
Athie Wohnrath | Execução Rewood
Itapevi | SP

Participação
Concepção estrutural e projeto executivo
Garagem Trancoso
MK27 | Execução Rewood
Trancoso | BA

Participação
Responsabilidade técnica, projeto estrutural e executivo
Casa RV
Jacobsen Arquitetura| Execução Rewood
Fazenda Boa Vista – Porto Feliz | SP

Participação
Projeto estrutural e executivo
Telhado Borboleta
Felipe Caboclo | Execução Rewood
Fazenda Boa Vista – Porto Feliz | SP

Participação
Projeto estrutural e executivo
Casa Julieta
Steck Arquitetura | Execução Rewood
Indaiatuba | SP

Participação
Projeto estrutural e executivo
Centro Cultural Coreano
Patalano Arquitetura | Execução Rewood
Avenida Paulista – São Paulo | SP

Participação
Responsabilidade técnica, projeto estrutural e
executivo
Casa Anima
247 | Execução Rewood
Rio Claro | SP

Participação
Concepção estrutural e desenvolvimentos de soluções sobre
estrutura MLC
Madeira Laminada Cruzada – CLT
Breve introdução
O CLT é uma placa de madeira colada em
grandes dimensões.

São bastante resistentes a esforços em


seu plano, e seu uso permite a construção
de edifícios em madeira

O CLT é utilizado principalmente como laje ou


parede (pode ser utilizado como cobertura e
outros usos também)

fonte: crosslam
Madeira Laminada Cruzada – CLT
Breve introdução
Madeira Laminada Cruzada – CLT
Breve introdução
Madeira Laminada Cruzada – CLT
Breve introdução
Madeira Laminada Cruzada – CLT
Breve introdução
Edifícios em madeira – MLC e CLT
Murray Grove – Londres (2009)

9 Pavimentos
Edifícios em madeira – MLC e CLT
Brock Commons – Vancouver (2017)

18 Pavimentos
Edifícios em madeira – MLC e CLT
Brock Commons – Vancouver (2017)
Edifícios em madeira – MLC e CLT
Brock Commons – Vancouver (2017)

18 Pavimentos
Edifícios em madeira – MLC e CLT
Brock Commons – Vancouver (2017)

18 Pavimentos
Edifícios em madeira – MLC e CLT
HOHO – Viena (2020)

22 Pavimentos
Edifícios em madeira – MLC e CLT
25 King Street– Brisbane (2019)

10 Pavimentos
Edifícios em madeira – MLC e CLT
25 King Street– Brisbane (2019)

10 Pavimentos
Edifícios em madeira – MLC e CLT
25 King Street– Brisbane (2019)
Edifícios em madeira – MLC e CLT
International House Sydney– (2016)

7 Pavimentos
Edifícios em madeira – MLC e CLT
International House Sydney– (2016)

7 Pavimentos
Edifícios em madeira – MLC e CLT
MJOSTARNET– Noruega (2019)

18 Pavimentos
100% em madeira (o maior até
Edifícios em madeira – MLC e CLT
MJOSTARNET– Noruega (2019)
Edifícios em madeira – MLC e CLT
MJOSTARNET– Noruega (2019)
Edifícios em madeira – MLC e CLT
DENGO – Brasil (2020)

3 Pavimentos
100% em madeira)
Edifícios em madeira – MLC e CLT
DENGO – Brasil (2020)

fonte: urbem
Edifícios em madeira – MLC e CLT
DENGO – Brasil (2020)

fonte: urbem
Conexões para MLC

As conexões para MLC são os pontos chave para o


desempenho estrutural de uma construção em
MLC.
Geralmente são os elos frágeis da estrutura e também
vão determinar toda resistência à esforços horizontais
e deslocamentos devido ao vento.

São 3 principais tipos de conexões:

• Ligações com conexões metálicas


• Ligações Parafusadas
• Ligações Pregadas (convencionais)
Conexões metálicas para MLC
Base de pilares
Conexões metálicas para MLC
Base de pilares
Conexões metálicas para MLC
Base de pilares
Conexões metálicas para MLC
Base de pilares
Conexões metálicas para MLC
Base de pilares
Conexões metálicas para MLC
Base de pilares
Conexões metálicas para MLC
Base de pilares
Conexões metálicas para MLC
Base de pilares
Conexões metálicas para MLC
Base de pilares
Conexões metálicas para MLC
Base de pilares
Conexões metálicas para MLC
Base de pilares
Conexões metálicas para MLC
Base de pilares

Bases Rotuladas (baixa semi-rigidez)


Conexões metálicas para MLC
Base de pilares

Bases Engastadas (média - alta semi-rigidez)


Conexões metálicas para MLC
Base de pilares

Bases Excêntricas
Conexões metálicas para MLC
Base de pilares

Chapas especiais
Conexões metálicas para MLC
Base de pilares
Semi-rigidez – cálculo

Kz = curva momento curvatura da conexão entre 2 membros (barras)


𝑀
𝐾𝑧 =
M 𝜃

Rígido (engaste perfeito)


Rotulado (rotação livre)
Semi-rígido (serviço)
Semi-rígido (último)

𝜃
Conexões metálicas para MLC
Conexões metálicas para vigas
Conexões metálicas para MLC
Conexões metálicas para vigas
Conexões metálicas para MLC
Conexões metálicasChapa
para vigas
T
Conexões metálicas para MLC
Conexões metálicas para vigas
Conexões metálicas para MLC
Conexões metálicas para vigas
Conexões metálicas para MLC
Conexões metálicas para vigas
Conexões metálicas para MLC
Conexões metálicas para vigas
Conexões metálicas para MLC
Conexões metálicas para vigas
Conexões metálicas para MLC
Conexões metálicas para vigas
Conexões metálicas para MLC
Conexões metálicas para vigas
Conexões metálicas para MLC
Conexões metálicas para vigas
Conexões metálicas para MLC
Conexões metálicas para vigas
Conexões metálicas para MLC
Conexões metálicas para vigas
Conexões metálicas para MLC
Conexões metálicas para vigas
Conexões metálicas para MLC
Conexões metálicas para vigas
Conexões metálicas para MLC
Conexões metálicas para vigas
Conexões metálicas para MLC
Conexões metálicas para vigas
Conexões metálicas para MLC
Conexões metálicas para ancoragem
Conexões metálicas para MLC
Conexões metálicas para ancoragem
Conexões metálicas para MLC
Conexões metálicas para ancoragem
Conexões metálicas para MLC
Conexões metálicas para ancoragem
Conexões metálicas para MLC
Conexões metálicas para ancoragem
Conexões metálicas para MLC
Conexões metálicas para ancoragem
Conexões metálicas para MLC
Conexões metálicas para ancoragem
Conexões metálicas para MLC
Conexões metálicas para ancoragem
Conexões metálicas para MLC
Conexões metálicas para edifícios
Conexões metálicas para MLC
Conexões metálicas para edifícios
Conexões metálicas para MLC
Conexões metálicas para edifícios
Conexões metálicas para MLC
Conexões metálicas para edifícios
Conexões metálicas para MLC
Conexões metálicas para edifícios
Conexões metálicas para MLC
Conexões parafusadas para MLC
Conexões metálicas para MLC
Conexões parafusadas para MLC
Conexões metálicas para MLC
Conexões parafusadas para MLC
Conexões metálicas para MLC
Conexões parafusadas para MLC
Conexões metálicas para MLC
Conexões parafusadas para MLC
Conexões metálicas para MLC
Conexões parafusadas para MLC
Conexões metálicas para MLC
Conexões parafusadas para MLC
Conexões metálicas para MLC
Conexões parafusadas para MLC
Conexões metálicas para MLC
Conexões parafusadas para MLC
Conexões metálicas para MLC
Conexões parafusadas para MLC
Conexões metálicas para MLC
Conexões parafusadas para MLC
Conexões metálicas para MLC
Conexões parafusadas para MLC
Conexões metálicas para MLC
Conexões parafusadas para edifícios
Conexões metálicas para MLC
Conexões parafusadas para edifícios
Conexões metálicas para MLC
Conexões parafusadas para edifícios
Conexões metálicas para MLC
Conexões parafusadas para edifícios
MLC em situação de incêndio
MLC em situação de incêndio
MLC em situação de incêndio
MLC em situação de incêndio
MLC em situação de incêndio
MLC em situação de incêndio
MLC em situação de incêndio
Concepção de estruturas em MLC
Concepção de estruturas em MLC

Procedimento

1. Definição de espécie por aplicabilidade e especificação


2. Definição de condições de uso e exposição
3. Avaliação do projeto arquitetônico
4. Concepção estrutural
Concepção de estruturas em MLC

1. Definição de espécie por aplicabilidade e especificação


MLC de Pinus ou Eucalipto? Madeira bruta? Madeira laminada? Qual espécie?

• Local de uso:
• uso interno, externo, sob chuvas, em contato com umidade
• Forma de uso:
• com ligações metálicas galvanizadas, ligações metálicas inox, entalhes
• Fatores estéticos ou especificações:
• especificação e disponibilidade de espécie, tom, resistência a água
• Resistência e deformabilidade:
• limite de altura de elementos
Concepção de estruturas em MLC

1. Definição de espécie por aplicabilidade e especificação

Local de uso
• Para uso externo, onde haverá exposição das peças a chuvas ou altas
umidades, recomenda-se o uso do Pinus, devido ao processo de
autoclave.
• O autoclave é um processo de impregnação de produtos químicos sob
pressão na madeira que previne apodrecimento e ataque de fungos,
insetos e outros agentes agressivos
• Por que não o eucalipto? Por sua maior densidade, não absorve 100% do
autoclave e pode então sofrer ataques de cupins e apodrecimento
Concepção de estruturas em MLC

1. Definição de espécie por aplicabilidade e especificação

Local de uso
• Para uso interno, tanto o Pinus quanto o eucalipto se adaptam bem,
com o eucalipto sendo uma espécie economicamente mais viável por ser
mais rígida e exigir peças menores
• Atenção nos detalhes de conectores de base que devem sempre
garantir o não contato entre os elementos em madeira com o concreto ou
materiais que retenham umidade
As ligações devem permitir que a madeira respire e não devem reter
umidade nem água
Concepção de estruturas em MLC

1. Definição de espécie por aplicabilidade e especificação


Forma de uso
• Dependendo das condições ambientais, prever conectores inox ou de
alumínio (atmosfera altamente corrosiva). Conexões em geral devem
ser todas galvanizadas à fogo.
Fatores estéticos ou especificações
• Conforme projeto arquitetônico, deve-se avaliar a presença de beirais ou
projeções que protejam a madeira, na ausência desse, deve-se avaliar os
clicos de manutenção junto ao cliente para que seja garantida durabilidade
Resistência e deformabilidade
• Conforme especificação de limites para dimensões de seções (pé-direito
livre)
Concepção de estruturas em MLC

2. Definição de condições de uso e exposição

As características físico-mecânicas da madeira são ajustadas conforme 3


condições de uso e exposição
1. Classificação pela classe de carregamento (permanente, longa duração,
média duração, curta duração, instantânea) – ocorre perda de resistência e
aumento de deformabilidade quanto maior é a duração do carregamento
considerado
2. Classificação pela umidade de equilíbrio dos elementos no ambiente
empregado – ocorre perda de resistência e aumento de deformabilidade
em ambientes com maior umidade de equilíbrio
3. Classificação pela qualidade e controle da madeira utilizada – maior
controle na seleção de lamelas e inspeção das peças estruturais diminui a
varibilidade de características, aumentando a resistência e
deformabilidade de cálculo
Concepção de estruturas em MLC

2. Definição de condições de uso e exposição

Essas condições de uso e exposição traduzem-se no cálculo estrutural na


forma de coeficientes de modificação – Kmod
Os coeficientes de modificação (kmod) ajustam os valores de resistência e
rigidez da madeira empregada conforme a equação abaixo:

Onde a interação entre as 3 condicões de uso e exposição se traduz em um


único coeficiente Kmod
Concepção de estruturas em MLC

2. Definição de condições de uso e exposição


Kmod1 – Classe de carregamento e tipo de material empregado
Concepção de estruturas em MLC

2. Definição de condições de uso e exposição


Kmod2 – Classe de umidade da madeira
Concepção de estruturas em MLC

2. Definição de condições de uso e exposição


Kmod2 – Classe de umidade da madeira
Concepção de estruturas em MLC

2. Definição de condições de uso e exposição


Kmod3 – Qualidade da madeira
Define-se Kmod3 pelo tipo, qualidade e controle da madeira
• Para madeira não classificada - Kmod3 = 0,3 a 0,8
• Para madeira classificada - Kmod3 = até 1

• ÚLTIMA REVISÃO DA NORMA – EXCLUI-SE KMOD3 DE


CLASSIFICAÇÃO – MADEIRA SEMPRE DEVE SER ENSAIADA E
CLASSIFICADA EM LOTES DE RESISTÊNCIA
Concepção de estruturas em MLC

3. Avaliação do projeto arquitetônico

Ao receber o projeto arquitetônico, avalia-se a compatibilidade da estrutura com a


aplicação da madeira. Dentre outros, avaliam-se os seguintes itens:
• Tipologia construtiva (estruturas térreas, multipavimento, piso em barroteamento,
vigas biapoiadas, contínuas, balanços, atirantamento, treliças, obras de arte)
• Materiais e acabamento – definição de cargas e proteções mecânicas à intempéries
• Propostas arquitetônicas – adequação de sistemas e soluções às propostas (relocação
de pilares, inserção de tirantes, estruturas mistas aço-madeira para vencer grandes vãos
com pequenas alturas)
Concepção de estruturas em MLC

4. Concepção estrutural
Após avaliação da proposta arquitetônica, desenvolve-se a concepção estrutural.
A concepção estrutural parte de premissas de tipologias estruturais, com por
exemplo:
• Estruturas em vigas biapoiadas sobre pilares contraventados por cabos ou
paredes estruturais
• Estruturais aporticadas, com ligações rígidas entre vigas e pilares
• Estruturas treliçadas, estruturas em arcos
A partir da concepção, gera-se o modelo estrutural e define-se o comportamento
estrutural deste modelo.
Concepção de estruturascomuns
Seções e nomenclatura em MLC

Seções comumente utilizadas para Peças MLC para estruturas em geral

• Ripa (Subestrutura de cobertura)


2cm x 5cm a 2cm x 10cm
• Caibro (Subestrutura de cobertura)
6cm x 6cm
• Tábua (Cunhas, Tabeiras)
3cm x 10cm a 3cm x 30cm
• Sarrafo (Barrotes, Terças, Tabeiras)
5cm x 15cm a 8cm x 35cm
• Viga (Vigas de piso, vigas de cobertura)
8cm x 20cm a 20cm x 100cm
• Pilar
16cm x 16cm a 25cm x 25cm (aceita retangulares)
Concepção de estruturascomuns
Seções e nomenclatura em MLC

Tipologias e pré-dimensionamento

https://rewood.com.br/materiais
Concepção de estruturascomuns
Seções e nomenclatura em MLC

Tipologias e pré-dimensionamento

https://rewood.com.br/materiais
Concepção de estruturascomuns
Seções e nomenclatura em MLC

Tipologias e pré-dimensionamento

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Tipologias e pré-dimensionamento

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Seções e nomenclatura em MLC

Tipologias e pré-dimensionamento

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Seções e nomenclatura em MLC

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Concepção de estruturascomuns
Seções e nomenclatura em MLC

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Concepção de estruturascomuns
Seções e nomenclatura em MLC

https://rewood.com.br/materiais
Exemplo
Seçõesde Concepção em
e nomenclatura MLC
comuns
Exemplo
Seçõesde Concepção em
e nomenclatura MLC
comuns
Exemplo
Seçõesde Concepção em
e nomenclatura MLC
comuns
Exemplo
Seçõesde Concepção em
e nomenclatura MLC
comuns
Exemplo
Seçõesde Concepção em
e nomenclatura MLC
comuns
Exemplo
Seçõesde Concepção em
e nomenclatura MLC
comuns
Exemplo
Seçõesde Concepção em
e nomenclatura MLC
comuns
Exemplo
Seçõesde Concepção em
e nomenclatura MLC
comuns
Exemplo
Seçõesde Concepção em
e nomenclatura MLC
comuns
Exemplo
Seçõesde Concepção em
e nomenclatura MLC
comuns
Exemplo
Seçõesde Concepção em
e nomenclatura MLC
comuns
Exemplo
Seçõesde Concepção em
e nomenclatura MLC
comuns
Exemplo
Seçõesde Concepção em
e nomenclatura MLC
comuns
Exemplo
Seçõesde Concepção em
e nomenclatura MLC
comuns
Exemplo
Seçõesde Concepção em
e nomenclatura MLC
comuns
Exemplo
Seçõesde Concepção em
e nomenclatura MLC
comuns
Exemplo
Seçõesde Concepção em
e nomenclatura MLC
comuns
Exemplo
Seçõesde Concepção em
e nomenclatura MLC
comuns
Exemplo
Seçõesde Concepção em
e nomenclatura MLC
comuns
Exemplo
Seçõesde Concepção em
e nomenclatura MLC
comuns
Exemplo
Seçõesde Concepção em
e nomenclatura MLC
comuns
Exemplo
Seçõesde Concepção em
e nomenclatura MLC
comuns
Exemplo
Seçõesde Concepção em
e nomenclatura MLC
comuns
Referências
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 7190: Projetos de estruturas de madeira. Rio de Janeiro, 1997.
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 8681: Ações e segurança nas estruturas - Procedimento. Rio de Janeiro, 2004.
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 8400: Cálculo de equipamento para levantamento e movimentação de cargas.
Rio de Janeiro, 1984.
EUROPEAN COMMITTEE FOR STANDARDIZATION.EN 1995-1-1 (2004) (English): Eurocode 5: Design of timber structures - Part 1-1:
General - Common rules and rules for buildings [Authority: The European Union Per Regulation 305/2011, Directive 98/34/EC, Directive
2004/18/EC]
Chapas e Conectores para madeira. Rothoblaas Solutions for Building Technology. Catálogo de Produtos.
Parafusos e conectores para madeira. Rothoblaas Solutions for Building Technology. Catálogo de Produtos.

Sites de empresas referências de conteúdos e imagens:


www.rewood.com.br
www.crosslam.com.br
https://urbembr.com/
https://www.itaconstrutora.com.br/
https://www.rothoblaas.pt/
Curiosidades
Testes em residências e edifícios wood frame:

Incêndio:
https://www.youtube.com/watch?v=G-J86Ka9MkQ

Terremoto:
https://www.youtube.com/watch?v=hSwjkG3nv1c

Tornados, ciclones e furacões:


https://www.youtube.com/watch?v=BigK9H4rmf8
Obrigado!
Contato

Blog MAF:
https://mafengenharia.net/blog

www.mafengenharia.net/redes-sociais
caio@mafengenharia.net

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