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MATERIAIS DE CONSTRUÇÃO E TECNOLOGIA

DAS CONSTRUÇÕES

Materiais de Construção e Tecnologia das Construções

À medida que as tecnologias para materiais de construção avançam, os engenheiros também vão des-
cobrindo novas maneiras de aplicá-las nos sistemas construtivos, desde a concepção dos projetos até
o canteiro de obras.

O desenvolvimento e a implantação de novas tecnologias no setor da construção civil resulta em ganho


de produtividade e qualidade, otimização do tempo das obras e economia com a redução de retrabalhos
e desperdício de materiais.

Vale lembrar ainda que, passando o período de instabilidade da economia brasileira, a tendência é que
os negócios da construção civil também retomem o ritmo de alguns anos atrás.

Para isso, é preciso estar atento às novidades tecnológicas, principalmente as que já estão dissemina-
das no mercado externo e ainda não foram trazidas para o Brasil.

No post de hoje vamos apresentar algumas das novas tecnologias que estão sendo usadas, principal-
mente, nas construções em steel frame, que usa aço leve galvanizado — material reciclável —, painéis
estruturais em OSB Home e dispensam a utilização da água durante a obra.

Realidade aumentada

A realidade aumentada (RA) é uma técnica que pode ser usada para unir o mundo real com o virtual.

Essa tecnologia que permite a inserção de objetos virtuais no ambiente físico — mostrada ao usuário
em tempo real com o apoio de algum dispositivo tecnológico — vem substituindo de vez as maquetes
durante o projeto da construção em steel frame.

Com o uso da realidade aumentada, profissionais da construção civil não precisam mais usar cópias
impressas para tornar real a experiência dos modelos dos projetos.

A projeção em três dimensões permite ao cliente e futuro proprietário do imóvel de steel frame visualizar
cômodos e áreas externas prontas, bem antes do início da obra.

Apenas levar o cliente no canteiro de obras ou mesmo apresentar projetos em planta baixa pode causar
frustrações e não apresentar a verdadeira impressão sobre o ambiente.

O uso da realidade aumentada evita ainda que o cliente precise visitar o canteiro de obras com fre-
quência, podendo acompanhar a evolução do projeto de dentro do escritório da construtora.

Construção Steel Frame em módulos

A construção modular é considerada uma tendência forte para os próximos anos e tem sido cada vez
mais usada nos projetos de steel frame no exterior.

Essa tecnologia permite a construção de uma casa ou edifício fora do local da obra, ou seja, a pré-
fabricação acontece dentro das próprias empresas responsáveis pela construção.

Ela usa os mesmos materiais de obras e é projetada para os mesmos padrões que a construção con-
vencional. Depois de prontos, os módulos são levados até o canteiro de obras para serem unidos,
completando a construção.

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Essa tecnologia limita a perturbação ambiental, fornecendo os materiais de construção ao poucos — à


medida que são necessários — e transformando a construção em um exercício de logística.

Dentre as vantagens da construção em módulos estão as questões de sustentabilidade, a diminuição


do movimento de veículos pesados no local da obra e ainda o menor desperdício de materiais.

Os edifícios ou casas construídas em 70% por módulos permitem maior otimização do movimento das
mercadorias em “just in time”, tanto para a fabricação quanto para a entrega.

Em 2015, a construtora chinesa Broad Sustainable Building — presente nos Estados Unidos e no Reino
Unido — completou a construção de um arranha-céu de 57 andares em 19 dias úteis usando o método
da construção modular, que se encaixa perfeitamente para os projetos que precisam ser entregues em
um curto período de tempo.

Barreiras de ar e umidade

A umidade nas edificações pode ser proveniente de várias fontes, como a umidade ascensional, que
provém do solo devido a falhas ou à falta de barreiras, ou ainda a umidade que ascende pelas paredes,
provocada muitas vezes pela estrutura porosa dos materiais de construção.

Dessa forma, já existem várias tecnologias para evitar a ação da umidade do ar nas edificações, que
impedem a degradação progressiva das paredes, garantindo maior proteção ao acabamento.

Alguns produtos projetados para criar uma membrana impermeável à barreira de ar e umidade na
construção de paredes já estão sendo usados em larga escala no setor de construção dos Estados
Unidos.

O StoGuard, por exemplo, ao ser instalado na construção, é capaz de conferir uma camada adicional
de proteção contra os efeitos nocivos da umidade do ar.

Essas barreiras de ar impermeável são aplicadas a fluidos que oferecem proteção superior contra a
intrusão de umidade e vazamento de ar, proporcionando economia de energia significativa em climas
quentes e frios.

Elas são instaladas nas paredes da construção, independentemente da região ou do clima onde o
imóvel está localizado. O sistema oferece um controle contínuo sobre o ar e umidade que podem afetar
a edificação.

Madeira

O aço e o concreto tomaram conta da construção civil pelo mundo durante muitos anos. Porém, um
movimento de valorização da madeira vem crescendo em diversos países e as tecnologias que surgem
através dessa apreciação podem mudar o rumo das novas construções, facilitar projetos diversificados
e ainda preservar o meio ambiente.

A madeira é um material com inúmeras vantagens de uso, ela permite precisão de corte, tem uma per-
formance estrutural melhor, é versátil, diminui o tempo de construção, é sustentável, 100% renovável
e ainda gera uma economia em torno de 5% no custo total da obra. Com tantas vantagens e novas
tecnologias disponíveis, o interesse de engenheiros e arquitetos por essa matéria-prima vem aumen-
tando significativamente.

Softwares 3D, fabricação em CNC, grandes tecnologias de conexão, melhor performance e a madeira
engenheirada são exemplos do que há de novo no mercado de fomento a essa matéria-prima.

Uma das novidades que faz crescer a utilização de madeira nas construções é a tecnologia inovadora
que promete revolucionar o mercado de arquitetura e construção: a madeira laminada colada (MLC).
Com ela é possível fazer estruturas nunca imaginadas anteriormente.

A MLC é o resultado de um processo pelo qual as lâminas são coladas e dispostas de maneira que as
fibras fiquem paralelas entre si. Essa composição proporciona a fabricação de peças de grandes di-
mensões, concedendo maior liberdade de criação para projetos arquitetônicos.

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Além de elevada resistência contra envergamentos e torções, superior a de estruturas tradicionais da


matéria-prima, a madeira laminada colada é produzida com lâminas selecionadas e submetidas a um
rigoroso processo de limpeza e correções de superfície.
Com a MLC tudo torna-se mais acessível, em qualquer forma e tamanho, ela possibilita diversas apli-
cações, com excelentes resultados: vigas, pilares, decks, painéis, revestimentos, ou qualquer outra
necessidade do projeto.

Produção Nacional

No Brasil, a Rewood é uma das empresas que vem produzindo esse material. O engenheiro civil, mes-
tre em engenharia de materiais, Carlito Calil Neto, falou sobre os projetos entregues recentemente pela
empresa durante o 4º Simpósio Madeira e Construção, promovido pela Associação Paranaense de
Empresas de Base Florestal (Apre), a Universidade Federal do Paraná (UFPR), Universidade Tecno-
lógica Federal do Paraná (UTFPR) e Carpinteria. Ele citou obras brasileiras feitas com MLC como o
pergolado do Bondinho do Pão de Açúcar, no Rio de Janeiro, uma casa de mais de 400m2 na Serra da
Bocaina em São Paulo, entre outros.

“A média de tempo de produção da estrutura é em torno de 45 dias, dependendo do projeto e a mon-


tagem pode ser feita entre 20 e 70 dias. Uma redução significativa de tempo”, ressaltou Neto.

Além de permitir estabilidade dimensional, ser um material resistente e requerer um menor número de
ligações, a MLC também é altamente sustentável, já que a madeira utilizada é proveniente de florestas
plantadas e ainda retira grandes quantidades de CO2 da atmosfera.

“Porque a madeira é um recurso natural verdadeiramente renovável, procuramos sempre estimular


práticas florestais sustentáveis, que respeitem a essência renovável desta matéria-prima”, afirmou o
engenheiro.

Madeira de origem legal

Com o aumento do uso da madeira, foi criado em 2009 o programa Madeira é Legal, uma iniciativa de
empresas e entidades do setor madeireiro, da construção civil e da sociedade civil, com o apoio da
organização não-governamental WWF-Brasil.

A madeira legal é aquela que cumpre todos os requisitos previstos na lei quanto à documentação (emi-
tida pelos órgãos ambientais federal ou estaduais).

Já a madeira certificada é aquela que não só tem a documentação de acordo com a lei, mas também
passou por um processo de certificação como o FSC. Para que isso aconteça, o processo de certifica-
ção deve assegurar a manutenção da floresta, por meio do manejo florestal, previsto em Lei, bem como
o cumprimento da legislação trabalhista e a viabilidade econômica da atividade em longo prazo. Na
exploração racional das florestas há menos desperdício e é possível lucrar com a floresta por mais
tempo.

Materiais Cerâmicos

Os materiais cerâmicos podem ser divididos em 2 tipos:

Naturais

1. Argila

2. Rochas

Industrializados

1. Tijolos

2. Blocos e Telhas

3. Aglomerantes Minerais

4. Cerâmicas de Revestimento

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5. Louças Sanitárias

Características dos Materiais Cerâmicos

Dentre as principais características dos materiais cerâmicos podemos citar:

1. Alta estabilidade Térmica

2. Boa Resistência a Compressão e Cisalhamento

3. Fratura Frágil

4. Baixa condutividade térmica

Embora possuam boa resistência a compressão e cisalhamento, os materiais cerâmicos são conside-
rados frágeis por possuírem uma ausência de escorregamento. Vale lembrar que a cerâmica pode ser
usada em uma obra tanto para estrutura como para revestimento.

Fabricação da Cerâmica

Os processos de Fabricação da cerâmica são os seguintes

1. Extração da Argila

2. Mistura e homogeneização

3. Conformação da argila

4. Secagem

5. Queima em elevada temperatura

6. Estoque

Cerâmica Vermelha: Como o próprio nome sugere são os materiais constituídos de Cerâmica e que
possuem a cor avermelhada, dentre os da construção civil podemos citar tijolos, blocos, telhas, lajes e
etc.

Blocos

Os blocos possuem furos paralelos a uma das faces podendo ser de vedação (Suportam somente o
próprio peso e os furos são geralmente na horizontal) ou Estruturais (Suportam cargas previstas em
alvenaria, podendo ser com paredes maciças, vazadas ou perfurados e os furos são na vertical).

Propriedades

Resistência a Compressão: Como forma de verificar a resistência dos blocos cerâmicos, utiliza-se a
seguinte equação:

Fb = F/Ab

Onde:

Fb = Resistência a Compressão; F = Força aplicada; Ab = Área bruta;

A resistência a compressão deve ser maior que 1,5 MPa para blocos de vedação e maior que 3 MPa
para blocos estruturais, caso isso não ocorra o bloco não deve ser utilizado, pois estará comprometendo
a estrutura.

Absorção de Água: Outro ponto a ser levado em consideração em materiais cerâmicos é a sua ab-
sorção a água.. para isso utiliza-se a equação:

A(%) = (Msat – Mseco)/(Mseco) x 100

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Msat = Massa saturada; Mseco = Massa seca

Essa relação deve estar por volta de 8% a 22%, não ultrapassando e nem sendo menor que esses
valores.

Exigências de Desempenho

Blocos Cerâmicos:

1. Resistência a Compressão

2. Permeabilidade

3. Estabilidade dimensional

4. Compatibilidade com a Argamassa

Telhas Cerâmicas:

1. Retilineidade e planaridade

2. Tolerância dimensional

3. Absorção de água (Permeabilidade)

4. Características Visuais e sonoridade

Cerâmica Branca: Esses materiais são constituídos por um corpo branco e em geral são recobertos
por uma camada transparente e incolor.

Placa Cerâmica Para Revestimento

As placas cerâmicas para revestimento são compostos de argila e outros matérias primas inorgânicas,
geralmente são usadas para revestir os pisos e paredes. Elas possuem algumas propriedades as quais
podemos subdividir:

Superfície:

1. Abrasão

2. Risco

3. Coeficiente de Atrito

4. Manchas

5. Ataque Quimico

Base:

1. Absorção de Água

2. Resistência Mecânica

3. Expansão por umidade

Classificação de Qualidade

Podemos classificar as cerâmicas brancas em 3 classes;

Classe A: 95% das peças não possuem defeitos visíveis a 1m;

Classe B: Possuem defeitos visíveis a 1m;

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Classe C: Possuem defeitos visíveis a 3m;

PROPRIEDADES DA CERÂMICA BRANCA:

Absorção de água: A absorção de água é calculada igual ao dos blocos, essa propriedade deve ser
especificada pois está diretamente relacionada com a resistência mecânica. Entretanto, se nos blocos
a aborção de água não podia passar de 22% e nem ser menor que 8%, as da cerâmica branca é
diferentes e recebe classes.

Porcelanato = absorção menor que 0,5%

Grés = Absorção maior que 0,5% e menor que 3%

Semigrés = Absorção maior que 3% e menor que 6%

Semiporoso = Absorção maior que 6% e menor que 10%

Poroso = Absorção maior que 10%

Abrasão: A abrasão é outra propriedade importante das cerâmicas brancas, essa corresponde aos
desgastes que ocorrem na superfície esmaltada da placa. Ela é causada pela movimentação de pes-
soas e objetos, com isso podemos escolher um nível de abrasão dependendo da rotatividade de pes-
soas em determinado lugar. Para sua classificação usamos o GRUPO PEI.

0 = Baixíssima Abrasão; 1 = Baixa Abrasão; 2 = Média abrasão; 3 = Media alta; 4 = Alta abrasão; 5 =
Altíssima abrasão;

Resistência a Manchas: A resistência a manchas dita o quão fácil é possível realizar uma limpeza,
quanto mais lisa mais fácil será de limpar. Logo podemos classificar em:

5 = Máxima facilidade de limpeza; 4 = Removível com produto de limpeza fraco; 3 = Removível com
produto de limpeza forte.

Resistência ao Risco: Essa é uma característica muito importante dos materiais, afinal não queremos
colocar algo em nossas casas e que será facilmente riscada. Logo classificamos a resistência ao risco
conforma o nível de dureza dos materiais. Se você precisa de algo seja mais duro que o quartzo, por
exemplo, devemos então pegar um material de no mínimo dureza 7. Abaixo segue a escala:

Talco = 1; Gesso = 2; Calcita = 3; Fluorita = 4; Apatita = 5; Feldspato = 6; Quartzo = 7; Topázio = 8;


Corindon = 9; Diamante = 10;

Vale lembrar que a escala segue por “Mineral = Dureza”.

Resistência ao Escorregamento: Essa dita o quão áspero ou rugoso é um material. Quanto maior sua
resistência ao escorregamento, maior será o coeficiente de atrito. Para um piso ser considerado anti-
derrapante, seu coeficiente de atrito deve ser maior que 0,4;

Materiais de Vidro

Os benefícios do uso do vidro, como o aproveitamento da luminosidade, a possibilidade de maior eco-


nomia e conforto e mesma a beleza do acabamento proporcionado pelo material, têm sido cada vez
mais aproveitados na arquitetura e na construção civil.

Comumente utilizado em fachadas, coberturas, pisos, divisórias, portas, janelas, escadas e paredes,
além de ser usado como elemento de segurança em guarda-corpos, o vidro proporciona muita intera-
ção entre ambientes e garante amplitude, leveza e visibilidade.

A definição do tipo de vidro a ser utilizado em cada projeto depende de dois fatores primordiais: o
esforço ao qual o material será submetido e o efeito desejado pelo cliente em seu produto final. Porém,
os avanços e as inovações que têm alavancado as linhas de produção tanto em quantidade como em
qualidade de material têm garantido um número de possibilidades de aplicação cada vez maior ao
material.

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Um dos grandes exemplos do avanço do vidro e da ampliação de seus usos é o Burj Khalifa, em Dubai,
o prédio mais alto do planeta e uma das construções com mais tecnologia aplicada já desenvolvidas
pelo homem. Mesmo sujeito ao clima adverso do deserto, o edifício conta com mais de 28 mil painéis
de vidro, que dão ainda mais beleza e harmonia a uma estrutura fantástica, com 174.000 m² de vidros
Guardian.

Metais e produtos Siderúrgicos

Sua História

O primeiro metal descoberto foi o cobre, ainda na pré-história, no oriente médio. Com a descoberta
deste material e posteriormente de outros metais foi possível desenvolver ferramentas mais eficientes
que as de pedra. Com o uso do metal também foi possível fabricar a roda.

Hoje em dia ele é encontrado em nossa casa (ex: panelas, armários, talheres), nos automóveis, nas
embalagens de alimentos, etc.

Ele é sólido, não deixa passar luz (é opaco) e conduz bem a eletricidade e o calor, possuindo um brilho
especial chamado de metálico. Quando aquecido é maleável, podendo ser moldado em várias formas,
desde fios até chapas e barras. Os metais podem ser encontrados misturados no solo e nas rochas,
sendo chamados de minérios.

Composição

Os minérios são substâncias encontradas em solos e rochas de onde é possível extrair os metais.
Alguns metais, tais como o ferro e o cobre, são extraídos dos minérios já na forma a se utilizada. Outros,
como o aço e o bronze, precisam ser associados a outras substâncias (ex: aço = ferro + carvão).

Tipos de Metal

Existem muitos tipos de metais, chegando hoje ao total de sessenta e oito. Dentre eles existem alguns
bem diferentes, como o mercúrio (que é líquido) e o sódio (que é leve). Os mais conhecidos e utilizados
há muitos anos são o ferro, cobre, estanho, chumbo, ouro e a prata.

Os metais podem ser separados em dois grandes grupos: os ferrosos, compostos por ferro, e os não-
ferrosos.

Veja abaixo os principais tipos de metais e suas aplicações:

Tipos Aplicações

FERROSOS

Ferro utensílios domésticos, ferramentas, peças de automóveis estruturas de


edifícios, latas de alimentos e bebidas;

Aço latas de alimentos, peças de automóveis, aço para a construção civil;

NÃO-FERROSOS

Alumínio latas de bebidas, esquadrias;

Cobre cabos telefônicos e enrolamentos elétricos, encanamentos;

Metais pe- Chumbo baterias de carros, lacres;


sados
Níquel baterias de celular;

Zinco telhados, baterias

Mercú- lâmpadas fluorescentes, baterias


rio

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AÇO

Sua História

O ferro foi descoberto ainda na pré-história, porém, o aço, como conhecemos atualmente, só foi de-
senvolvido em 1856, alcançando grande repercussão no meio industrial. Isso porque o aço é mais
resistente que o ferro fundido e pode ser produzido em grandes quantidades, servindo de matéria-prima
para muitas indústrias.

Com o avanço tecnológico dos fornos e a crescente demanda por produtos feitos de ferro e aço, as
indústria siderúrgicas aumentaram a produção. No entanto, o crescimento deste setor trouxe também
um aumento da extração de madeira para produção de carvão e da emissão de gases poluentes na
atmosfera pela queima de carvão vegetal. Segundo a Worldsteel (associação global do ferro), a produ-
ção mundial de aço bruto, em 2014, foi de 1,66 bilhão de toneladas, correspondendo à um crescimento
de 1,2% em relação ao ano anterior.

O ferro e o aço são encontrados na agricultura (ceifadeiras, colheitadeiras, semeadores, arados, etc.),
nos transportes (caminhões, carros, navios, aviões etc.), na construção civil, na indústria automobilís-
tica, em embalagens, aparelhos domésticos e muitas outras utilidades.

As latas de aço e flandres são amplamente utilizadas no mercado nacional de embalagens principal-
mente para o armazenamento de alimentos, óleos lubrificantes, tampas metálicas e outros.

Composição

Para a obtenção das chapas de aço é necessário extrair da natureza o minério de ferro, denominado
hematita, e a partir de sua redução com carvão vegetal, produz-se uma chapa do metal com alto grau
de pureza.

As latas de aço produzidas com chapas metálicas, conhecidas como folhas de flandres, são compostas
por ferro e uma pequena parte de estanho (0,20%) ou cromo (0,007%), materiais que as protegem
contra a oxidação (ferrugem).

Reciclagem de aço

A reciclagem de aço remonta à própria história de utilização do metal. Reciclado, mantém suas propri-
edades como dureza, resistência e versatilidade. As latas normalmente jogadas no lixo podem retornar
a nós em forma de novas latas, ou como vários utensílios – arames, partes de automóvel, dobradiças,
maçanetas e muitos outros.

Nas áreas de armazenamento, as latas são prensadas para aumentar sua densidade e melhorar as
condições de transporte. São enviadas às indústrias siderúrgicas junto com as demais sucatas metáli-
cas, para se transformarem em tarugos ou folhas de flandres.

As latas de aço lançadas na natureza sofrem oxidação num prazo médio de 3 anos, transformando-se
em óxidos ou hidróxidos de ferro. Se recuperadas, podem ser recicladas infinitamente.

Produção

Para a obtenção dos metais através dos minérios é feita a redução deste minério, ou seja, a separação
do metal dos demais componentes. Este é o processo primário e é feito a altas temperaturas com
elevado consumo energético.

Reciclagem de Metal

A reciclagem do metal é considerada o processo secundário de obtenção deste material, e neste caso
é feita a fusão do metal já usado com um consumo de energia menor. Portanto, uma das mais impor-
tantes vantagens da reciclagem dos metais é a economia de energia, quando se compara sua produção
desde a extração do minério e o beneficiamento. Sua reciclagem ocorre em diferentes unidades indus-
triais dependendo do tipo e no caso dos metais pesados, o processo é mais complexo.

Os materiais ferrosos podem ser facilmente separados dos demais através de uma máquina com imã
que atrai os objetos de aço.

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Asfaltos e Alcatrões

Materiais betuminosos são associações de hidrocarbonetos solúveis em bissulfeto de carbono. São


subdivididos em duas categorias: os asfaltos e os alcatrões:

- Asfaltos: são obtidos através de destilação do petróleo. Podem ser naturais ou provenientes da refi-
nação do petróleo.

- Alcatrões: são obtidos através da refinação de alcatrões brutos, que por sua vez vêm da destilação
de carvão mineral.

O alcatrão praticamente não é mais utilizado em pavimentação desde que se determinou o seu poder
cancerígeno. Além disso, apresenta pouca homogeneidade e baixa qualidade para ser utilizado como
ligante em pavimentação.

Atualmente há a total predominância do ligante proveniente do petróleo na pavimentação, com o aban-


dono do alcatrão. Dessa forma fica aceitável a utilização dos termos betume e asfalto como sinônimos.

Materiais betuminosos utilizados em pavimentação

- Cimentos asfálticos de petróleo (CAP)

- Asfaltos diluídos (ADP)

- Emulsões asfálticas (EAP)

- Asfaltos modificados por polímero (AMP) e

- Asfaltos modificados por borracha (AMB)

Cimentos Asfálticos de Petróleo (CAPs)

- São o produto básico da destilação do petróleo

- São semi-sólidos a temperatura ambiente, necessitando de aquecimento para adquirir consistência


adequada para utilização

Os CAPs são constituídos por 90 a 95% de hidrocarbonetos e por 5 a 10% de heteroátomos (oxigênio,
enxofre, nitrogênio e metais – vanádio, níquel, ferro, magnésio e cálcio) unidos por ligações covalentes.
Os cimentos asfálticos de petróleos brasileiros têm baixo teor de enxofre e de metais, e alto teor de
nitrogênio, enquanto os procedentes de petróleos árabes e venezuelanos têm alto teor de enxofre.

A composição do CAP é bastante complexa, sendo que o número de átomos de carbono por molécula
varia de 20 a 120. A composição varia com a fonte do petróleo, com as modificações induzidas nos
processos de refino e durante o envelhecimento na usinagem e em serviço.

Uma análise elementar pode apresentar as seguintes proporções de componentes: carbono de 82 a


88%; hidrogênio de 8 a 11%; enxofre de 0 a 6%; oxigênio de 0 a 1,5% e nitrogênio de 0 a 1%.

A característica de termoviscoelasticidade desse material manifesta-se no comportamento mecânico,


sendo suscetível à velocidade, ao tempo e intensidade de carregamento, e à temperatura de serviço.
O comportamento termoviscoelástico é mais comumente assumido do que o termoviscoplástico, com
suficiente aproximação do real comportamento do material.

O CAP é um material quase totalmente solúvel em benzeno, tricloroetileno ou em bissulfeto de carbono,


propriedade utilizada como um dos requisitos de especificações.

Aglomerantes e Cimento

Aglomerantes são os materiais ligantes, em geral pulverulentos, que servem para solidarizar os grãos
de agregados inertes. São utilizados na obtenção das argamassas e concretos, na forma da própria
pasta e também na confecção de natas.

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Os aglomerantes hidráulicos são aqueles que endurecem pela ação exclusiva da água, como por exem-
plo a cal hidráulica e o cimento Portland, através de um processo chamado hidratação.

O calcário quando contém uma certa quantidade de argila antes de ser aquecido produz cal hidráulica.
Este material produz uma resistência intermediária entre a cal e o cimento. É considerado um aglome-
rante hidráulico, ou seja endurece pela ação da água, e foi muito utilizado nas construções mais antigas,
sendo posteriormente, substituído pelo cimento Portland. A cal pode ser utilizada como único aglome-
rante em argamassas para assentamento de tijolos ou revestimento de alvenarias ou em misturas para
a obtenção de blocos de solo/cal, blocos sílico/calcário e cimentos alternativos.

O cimento é um dos materiais de construção mais utilizados na construção civil, por conta da sua larga
utilização em diversas fases da construção. O cimento pertence a classe dos materiais classificados
como aglomerantes hidráulicos, esse tipo de material em contato com a água entra em processo físico-
químico, tornando-se um elemento sólido com grande resistência a compressão e resistente a água e
a sulfatos.

Os silicatos de cálcio são os principais constituintes do cimento Portland, as matérias primas para a
fabricação devem possuir cálcio e sílica em proporções adequadas de dosagem.

Os materiais que possuem carbonato de cálcio são encontrados naturalmente em pedra calcária, giz,
mármore e conchas do mar, a argila e a dolomita são as principais impurezas.

A ASTM C 150¹ define o cimento Portland como um aglomerante hidráulico produzido pala moagem do
clínquer, que consiste essencialmente de silicatos de cálcio hidráulicos, usualmente com uma ou mais
formas de sulfato de cálcio como um produto de adição. O clínquer possui um diâmetro médio entre 5
a 25 mm.

Com o passar do tempo as propriedades físico-químicos do cimento portland tem evoluído constante-
mente, inclusiva com o emprego de aditivos que melhoram as características do cimento.

Processo Produtivo do Cimento Portland

O processo produtivo do cimento portland se divide na produção do clínquer portland e na produção de


pozolana (argila ativada). As etapas do processo de produção do clínquer portland são:

• O calcário é extraído, britado e secado até uma umidade residual máxima de 2%

• São adicionados ao calcário areia e materiais inertes como, por exemplo, carepa de laminação,
esses materiais são analisados quimicamente, essa mistura proporcional é moída e se obtém a "fari-
nha"

• A farinha passa por um processo de homogeneização com ar comprimido e logo em seguida é


estocado em silos

• A farinha homogeneizada é colocada em um forno rotativo a uma temperatura aproximada de


1.450ºC, obtendo no final o clínquer portland

A produção da pozolana se divide em colocar a argila in natura no forno rotativo a uma temperatura de
750ºC, obtendo no final a argila calcinada (pozolana), transcorrido todo esse processo o clínquer a
pozolana mais gesso são moídos em proporções adequadas de dosagem de material, obtendo no final
o cimento portland.

O cimento portland Pozolânico é um aglomerante hidráulico, obtido da mistura homogênea e proporci-


onal do clínquer portland e materiais pozolânicos moídos em conjunto ou em separado. Durante o
processo de mistura é permitido adicionar formas de sulfato de cálcio e materiais carbonáticos nos
teores indicados pela norma NBR 5736.

O cimento portland composto com filler é um aglomerante hidráulico, obtido pela moagem do clínquer
portland. Durante o processo de moagem é permitido adicionar formas de sulfato de cálcio nos teores
indicados pela norma NBR 11578.

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O cimento portland composto com pozolana é um aglomerante hidráulico, obtido pela moagem do clí-
nquer portland mais a adição de formas de sulfato de cálcio. Durante o processo de moagem é permi-
tido adicionar materiais pozolânicos e carbonáticos nos teores indicados pela norma NBR 11578.

O cimento portland resistente a sulfatos é um aglomerante hidráulico que atente as condições de resis-
tência dos sulfatos, esse tipo de cimento é obtido pela moagem do clínquer portland ao qual se adiciona
quantidades proporcionais de formas de sulfato de cálcio. Durante o processo de moagem é permitida
a adição de escórias granuladas de alto-forno ou materiais pozolânicos e/ou materiais carbonáticos.

Agregados

Agregados para Construção Civil são materiais granulares, sem forma e volume definidos, de dimen-
sões e propriedades estabelecidas para uso em obras de engenharia civil, tais como, a pedra britada,
o cascalho e as areias naturais ou obtidas por moagem de rocha, além das argilas e dos substitutivos
como resíduos inertes reciclados, escórias de aciaria, produtos industriais, entre outros. Os agregados
são abundantes no Brasil e no mundo.

Os agregados podem ser naturais ou artificiais. Os naturais são os que se encontram de forma particu-
lada na natureza (areia, cascalho ou pedregulho) e os artificiais são aqueles produzidos por algum
processo industrial, como as pedras britadas, areias artificiais, escórias de alto-forno e argilas expan-
didas, entre outros.

A norma NBR 7211 da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) fixa as características exigí-
veis na recepção e produção de agregados, miúdos e graúdos, de origem natural, encontrados frag-
mentados ou resultantes da britagem de rochas. Dessa forma, define areia ou agregado miúdo como
areia de origem natural ou resultante da britagem de rochas estáveis, ou a mistura de ambas, cujos
grãos passam pela peneira ABNT de 4,8 mm e ficam retidos na peneira ABNT de 0,075 mm.

Define ainda agregado graúdo como pedregulho ou brita proveniente de rochas estáveis, ou a mistura
de ambos, cujos grãos passam por uma peneira de malha quadrada com abertura nominal de 152 mm
e ficam retidos na peneira ABNT de 4,8 mm. O rachão beneficiado define-se como o material obtido
diretamente do britador primário e que é retido na peneira de 76 mm. A areia de brita ou areia artificial,
segundo CUCHIERATO (2000), é o material passível de ser obtido em pedreiras a partir de instalações
de beneficiamento a úmido, apresentando uma granulometria entre 4,8 mm e 0,074 mm. A bica corrida
é o conjunto de britas, pedrisco e pó de pedra, sem graduação definida, obtido diretamente do britador,
sem separação granulométrica.

A mineração de agregados para a construção civil gera grandes volumes de produção, apresenta be-
neficiamento simples e, para melhor economicidade, necessita ser produzido no entorno do local de
consumo, geralmente áreas urbanas, devido ao baixo valor unitário. Este setor é o segmento da indús-
tria mineral que comporta o maior número de empresas e trabalhadores e o único a existir em todos os
estados brasileiros.

Tecnologia do Concreto e Controle Tecnológico

Um dos insumos mais utilizados na construção civil, sem dúvida, é o concreto, que deixou de ser a
simples mistura de cimento, água e areia. Hoje em dia ele recebe aditivos e novos traços que lhe
conferem características específicas para alcançar situações distintas.

O controle tecnológico se dá por meio de ensaios baseados nas NBR (Normas Brasileiras) da ABNT
(Associação Brasileira de Normas Técnicas):

• A NBR 12654 (Controle Tecnológico dos Materiais Componentes do Concreto) trata sobre os ensaios
que devem ser efetuados nestes materiais;

• A NBR 12655 (Concreto – preparo, controle e recebimento) estabelece a obrigatoriedade de uma


dosagem experimental para concretos com resistência igual ou superior a 15 Mpa;

Já na obra são observadas duas NBR, que são:

• A NBR 7223 que trata do recebimento do caminhão betoneira na obra, através do teste de consistên-
cia, também conhecido como ensaio de abatimento ou slump test;

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MATERIAIS DE CONSTRUÇÃO E TECNOLOGIA
DAS CONSTRUÇÕES

• A NBR 6118 que estabelece a retirada de corpos de prova do concreto entregue, para testar o Fck do
concreto.

Uma metodologia que é empregada em obras civis de todos os portes, hoje em dia, é a entrega do
concreto por uma empresa especializada, por meio de caminhões. As conhecidas “concreteiras” que
fornecem o concreto usinado.

Uma vez transportado ele pode ser bombeado por caminhões estacionários para grandes alturas, como
por exemplo, em edificações com diversos pavimentos.

Outro fator agregado à escolha pelo fornecimento por uma empresa de concreto, é que podemos es-
pecificar qual a resistência necessária, que pode ir de 05 Mpa a 40 Mpa. Não podemos esquecer na
praticidade, economia de tempo e controle do desperdício de materiais, com a adesão a esse tipo de
serviço.

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