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DESENHO TÉCNICO

Desenho Técnico

O desenho técnico é um ramo especializado do desenho, caracterizado pela sua normalização e pela
apropriação que faz dos seguintes conteúdos: Geometria Descritiva: vistas ortogonais, cortes, seções,
determinação de distâncias, áreas e planificação de sólidos.

Perspectivas: métodos ilustrativos de representação do espaço e de objetos

Perspectiva isométrica: método de representação paralela que se desenvolve a 30º, cujas medidas dos
eixos principais permanecem inalteradas.

Perspectiva cavaleira: método paralelo mais comumente representado a 15, 30, 45 e 60 graus, que
adota reduções para as diagonais da profundidade.

Perspectiva do arquiteto: método com dois pontos de fuga.

Desenho Geométrico: construções fundamentais e concordâncias.

Tal forma de representação gráfica é utilizada como base do projeto na arquitetura, no design e na en-
genharia.

O desenho técnico é a ferramenta necessária para a interpretação e representação de um projeto, por


ser o meio de comunicação entre a equipe de criação e a de fabricação (ou de construção); nesse
contexto ele pode ser interpretado como a linguagem gráfica que representa as formas, dimensões e
posicionamento de objetos e suas relações com o meio.

Escalas

As escalas são utilizadas para ampliar ou reduzir o objeto projetado, de acordo com a precisão dese-
jada. As escalas são trabalhadas da seguinte forma:

Escala de tamanho natural:

1:1

Escala de ampliação:

2:1

5:1

10:1

Assim tem-se: 20:1, 50:1, 100:1, após a multiplicação por 10.

Escala de redução:

1:2

1:5

1:10

Assim tem-se: 1:20, 1:50, 1:100, após a divisão por 10.

Vistas Ortográficas

Vistas ortográficas ou vistas ortogonais são as projeções de um objeto a partir de observadores situa-
dos no infinito, perpendiculares aos planos de projeção.

Quanto à disposição das vistas, dois modelos podem ser encontrados com maior facilidade: o método
europeu (que dispõe as vistas no primeiro diedro) e o método americano (que adota o 3º diedro).

Formato dos Papéis

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Usualmente são utilizados papéis especiais de dimensionamentos normalizados para a confecção do


desenho, entre eles os mais usados são os das séries A que tem suas medidas em milímetros, nas
dimensões:

A0 - 841 x 1189 = 999949 milímetros²

A1 - 594 x 841 = 499554 milímetros²

A2 - 420 x 594 = 249480 milímetros²

A3 - 297 x 420 = 124740 milímetros²

A4 - 210 x 297 = 62370 milímetros²

A5 - 148 x 210 = 31080 milímetros²

(Sendo milímetros² uma unidade de medida de área usada pelas normas técnicas internacionais.)

No seu contexto mais geral, o Desenho Técnico engloba um conjunto de metodologias e procedimentos
necessários para o desenvolvimento e comunicação entre projetos, conceitos e ideias e, no seu con-
texto mais restrito, refere-se às especificações técnicas de produtos e sistemas.

Desenho Auxiliado por Computador - CAD

Não é de se estranhar que, com o desenvolvimento da computação gráfica e dos sistemas de informa-
ção, os processos e métodos de representação gráfica, utilizados pelo Desenho Técnico no contexto
industrial, tenham também mudado profundamente. Passou-se rapidamente da régua T e do esquadro
às máquinas de desenhar, aos programas comerciais de desenho 2D assistido por computador (CAD)
e mais recentemente a uma tendência para a utilização generalizada de sistemas de modelação geo-
métrica 3D (CAM), com o advento da tecnologia (BIM) (Building Information Modeling.)

Nestas circunstâncias, na organização do ensino e na elaboração de textos de apoio na área de Dese-


nho Técnico põem-se particulares desafios na forma de conciliar, por um lado, o desenvolvimento de
capacidades de expressão e representação gráfica e a sua utilização em atividades criativas e, por
outro lado, a aquisição de conhecimentos de natureza tecnológica na área do Desenho Técnico.

No primeiro caso procura-se o desenvolvimento do pensamento criativo e de capacidades de visuali-


zação espacial, de transmitir ideias, formas e conceitos através de gráficos, ainda executados à mão
livre. Esta capacidade constitui uma qualificação de reconhecida importância no exercício da atividade
profissional do engenheiro.

No segundo caso trata-se do uso das técnicas emergentes de representação geométrica associadas
aos temas mais clássicos da descrição técnica de produtos e sistemas e suportadas num corpo esta-
bilizado de normalização técnica internacionalmente aceita. A produção de desenhos de detalhe e de
fabrico, incluindo as práticas clássicas de projeções, cortes, dimensionamento, tolerância e anotações
diversas, é ainda uma atividade imprescindível na confecção da documentação técnica e constituem,
em muitos casos, o suporte legal e comercial nas relações com fornecedores e construtores.

Importa reconhecer aqui as enormes potencialidades das tecnologias de modelação geométrica atual-
mente disponíveis em diversos programas comerciais. Protótipos virtuais são facilmente construídos e
visualizados.

As estruturas de dados associadas a estes modelos geométricos são facilmente convertidas para ou-
tras aplicações de engenharia e os projetos desenvolvidos podem ser verificados em termos de folgas,
interferências e atravancamentos em situações de movimento relativo entre componentes e analisados
do ponto de vista estrutural, escoamento de fluidos e transferência de calor.

Modalidades

Para cada área da tecnologia existe uma especialização diferente do desenho técnico, normalmente
envolvendo normatização específica. Alguns exemplos são os que seguem:

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Desenho mecânico - voltado ao projeto de máquinas, motores, peças mecânicas, etc. Executado em
milímetros.

Desenho arquitetônico - voltado ao projeto de arquitetura, desenho urbano, paisagismo, etc. Executado
em metros.

Desenho topográfico - voltado ao projeto de topografia, levantamentos topográficos, etc. Executado em


metros.

Desenho técnico de moda - voltado para desenhar a estrutura técnica das roupas sobre a numerologia
do peso.

Instrumentos de Desenho

Régua/Escala

A régua, na verdade, é um instrumento que serve para traçar linhas e não possui marcação de medidas.
O que chamamos de régua na verdade é a escala, que possui medidas e não deve ser utilizada para
desenhar.

Par de Esquadros

É o istrumento de desenho utilizado para traçar linhas oblíquas, paralelas e perpendiculares. Os es-
quadros são vendidos em pares porque um serve de apoio para o outro.

Um deles possui dois angulos de 45º, que é chamado de "esquadro de 45", e outro tem angulos de 30º
e 60º, que pode ser chamado de "esquadro de 30" ou "esquadro de 60".

Compasso

Com o compasso podemos construir linhas curvas, arcos e circunferencias, e também pode ser usado
para transportar medidas lineares e angulares.

O compasso possui uma 'ponta seca', que é uma ponta de apoio bem pontiaguda que serve para de-
terminar um ponto fixo no papel. A outra ponta é a do grafite, que vai desenhar a curva.

Transferidor

É o instrumento que mede angulos. Pode ser de meia volta (180º) ou de volta inteira (360º), que possui
uma escala angular.

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Tipos se Linhas

Escala Cartográfica

A escala cartográfica é um importante elemento presente nos mapas, sendo utilizada para representar
a relação de proporção entre a área real e a sua representação. É a escala que indica o quanto um
determinado espaço geográfico foi reduzido para “caber” no local em que ele foi confeccionado em
forma de material gráfico.

Sabemos que os mapas são reproduções reduzidas de uma determinada área. Mas essa redução não
ocorre de forma aleatória, e sim de maneira proporcional, ou seja, resguardando uma relação entre as
medidas originais e suas representações. A expressão numérica dessa proporção é a escala.

Por exemplo: se uma escala de um determinado mapa é 1:500, significa que cada centímetro do mapa
representa 500 centímetros do espaço real. Consequentemente, essa proporção é de 1 por 500.

Existem, dessa forma, dois tipos de escala, isto é, duas formas diferentes de representá-la: a escala
numérica e a escala gráfica. A numérica, como o próprio nome sugere, é utilizada basicamente por
números; já a gráfica utiliza-se de uma esquematização.

A escala numérica representa em forma de fração a proporção da escala, havendo, dessa maneira, o
seu numerador e o seu denominador. Confira:

Exemplo de escala numérica e os seus termos

No esquema acima, podemos notar que o numerador representa a área do mapa e o denominador a
área real. Convém, geralmente, deixar o numerador sempre como 1, para assim sabermos quanto cada
unidade do mapa equivale. Quando ela não possui a medida indicada (cm, m, km) em sua notação,
significa, por convenção, que ela está em centímetros. Caso contrário, essa unidade de medida precisa
ser apontada.

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Já a escala gráfica representa diretamente o espaço relacional e suas medidas.

Exemplos de escala gráfica

Nos esquemas acima, podemos perceber que cada intervalo entre um número e outro representa uma
distância específica, que é devidamente apontada pela escala. Esse tipo de escala possui o mérito de
aumentar e reduzir juntamente ao mapa. Assim, se eu transferir um mapa que estava em um papel
menor para um pôster grande, a escala continuará correta, o que não aconteceria com a escala numé-
rica, que, nesse caso, teria de ser recalculada.

Escalas

Fixa as condições exigíveis para o emprego de escalas e suas designações em desenho técnico e
documentos semelhantes.

Conceito

Escala é a relação entre as medidas do desenho de um objeto e seu tamanho real:

Ex: Um desenho na escala 1:50 cada dimensão representada no desenho será 50 vezes maior na
realidade, ou seja, cada 1 cm que medirmos no papel corresponderá a 50 cm na realidade.

Tipos de Escalas

Escala de Redução

Na escala de redução as medidas do desenho são menores que as medidas reais do objeto:

Ex: escala 1:100 (significa que as medidas reais foram reduzidas 100 vezes).

Escala de ampliação

Na escala de ampliação as medidas do desenho são maiores que as medidas reais do objeto:

Ex: escala 50:1 (significa que as medidas reais foram

Ampliadas 50 vezes).

Escala Real

Na escala real as medidas do desenhosão iguais às medidas reais do objeto

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Classificação das escalas

Escalas numéricas:

Indicam, sob a forma de fração, uma relação em que o numerador é igual à unidade e o denominador
é o fator de redução.

Ex: a fração 1:50 é a escala numérica que nos indica que uma parte do desenho representará 50 partes
do objeto real.

Escalas gráficas:

É uma figura geométrica, uma linha fragmentada ou uma régua graduada (escalímetro), que serve para
determinar, de forma imediata, a distância gráfica, uma vez sabida a distância real, e vice versa.

Construção de uma escala gráfica simples

Para construção de uma escala gráfica é necessário calcular o valor da divisão principal correspondente
no desenho.

Ex. Construir uma escala gráfica de 1/50 Divisão Principal = 1m

Cálculo do valor divisão principal correspondente no desenho

D R

1m 50m

Xm 1m

X= 1/50 = 0,02m = 2 cm

Então cada 2 cm no desenho corresponde à divisão principal de 1m.

Cotagem

A cotagem, no sentido mais estrito, é a representação gráfica no desenho das características de um


elemento, através de linhas, símbolos, notas e valor numérico numa unidade de medida. A cotagem
normaliza o intercâmbio das informações entre as diversas partes envolvidas no projeto.

De forma mais ampla, a cotagem pode significar a indicação das medidas, ou características, com a
utilização do letreiro técnico, sem indicação de unidade (por exemplo, a medida é descrita por 50, e
não por 50 mm).

Particularidades

Diferentes marcadores de extremidade: seta de 15º, linha obliqua à 45º e circular.

Limites da Linha de Cota

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As representações mais comuns são:

Setas desenhadas em ângulo de 15º

Linhas inclinadas à 45º

Círculos

Tipos de Linhas

Os três tipos de linhas mais usados em desenho técnico são:

Contínua: para o contorno e arestas visíveis,

Tracejada: linhas invisíveis e

Traço e ponto: para representar o centro dos furos, ou, os eixos de simetria e de revolução.

Espessura das linhas

As normas da ABNT prevêm dois tipos básicos de espessuras de linha:

Larga

Estreita

De um modo geral, em uma prancha de desenho, as linhas contínuas são largas e as tracejadas e traço
e ponto estreitas.

Como Apresentar o Projeto

Os escritórios de arquitetura têm estratégias próprias para convencer os clientes a respeito de seus
projetos. Para isso, promovem sessões com a apresentação de seus trabalhos, que incluem palestras,
projeção de imagens e introdução de conceitos. É importante que essas apresentações sejam didáticas
e criativas.

Antes de começar a apresentar o projeto, é imprescindível fazer uma introdução para destacar, em um
breve comentário, o que está sendo planejado pelo escritório. Pactuar desse briefing é fundamental
para que cliente e arquiteto aproximem-se da meta a ser atingida.

A cada projeto é importante também que seja definido um conceito, ou seja, a linha mestra que vai
nortear a mensagem contida no projeto. É uma maneira de garantir unidade ao trabalho que está sendo
apresentado.

Apresentação do Projeto

As apresentações devem ter o objetivo de captar a atenção dos participantes desde o início e ter dura-
ção de uma hora, em média. A parte falada da apresentação deve ser planejada, de modo que tenha
um timing envolvente.

A apresentação das imagens do projeto pode ser feita por meio de animações, filmes e fotos. A quan-
tidade de imagens deve variar entre quatro e seis, e incluir plantas, cortes, fachadas e quadros de área.

Atualmente, quase todos usam o programa Power Point para apresentação de imagens, mas o futuro
próximo aponta para tecnologias de novas mídias, com a sofisticação de apresentações em 3D.

Modos de Apresentar

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Para que uma apresentação não se transforme em um tédio, é interessante oscilar o tom de voz e
eventualmente lançar algumas perguntas, ainda que sejam apenas questionamentos, para testar a
atenção dos ouvintes. Fazer algumas brincadeiras também é aconselhável para que os participantes
relaxem.

É importante ser didático na hora de explicar o projeto, mostrando ilustrações, croquis, maquetes volu-
métricas e até fazendo mímicas ou "teatralizando" a apresentação. Também é fundamental estar se-
guro da compreensão das soluções apresentadas, perguntando se há dúvidas, ou mesmo pedindo para
o cliente reproduzir o que foi apresentado.

Mais uma vez, evite os termos técnicos. Entretanto, pode ser interessante ampliar o repertório de seu
cliente, utilizando novos termos, seguidos de uma breve explicação.

Documentação do Projeto

A documentação deve conter as informações necessárias para a compreensão das soluções apresen-
tadas aos clientes, nos seus diferentes estágios (estudo preliminar para o cliente, anteprojeto para
projetistas complementares e projeto executivo para os executores da obra).

A entrega do material apresentado deve dar condições de pleno entendimento do projeto.

Encerramento

As dúvidas e perguntas precisam ser tratadas de forma natural, pois isso representa o interesse do
cliente. Assim, se o cliente se mostrar inseguro com a compreensão, o arquiteto deve tentar nova abor-
dagem e não simplesmente repetir o que acabou de expor.

As eventuais dúvidas que surgirem também podem ser deixadas para serem discutidas após a apre-
sentação. Além disso, é bastante comum que se organize uma reunião extra para discutir diferentes
soluções.

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