AULA 3

NOÇÕES BÁSICA DE
DESENHO TÉCNICO

PROFESSOR: MARCELO PINHEIRO

 OBJETIVO DA DISCIPLINA DE NOÇÕES BÁSICAS DE DESENHO
TÉCNICO

É capacitar o aluno a ler e interpretar plantas e desenhos técnicas,

habilitando a analisar e interpretar os desenhos com precisão e clareza,
desenvolvendo a capacidade de visualização espacial e representação de
elementos do projeto técnicos.
 DEFINIÇÃO

É uma forma de expressão gráfica que tem por finalidade a representação da forma,
dimensão e posição de objetos.

É definido como linguagem gráfica universal da engenharia e da arquitetura. São

utilizadas figuras planas (bidimensionais) para representar formas espaciais.
 DIFERENÇA ENTRE DESENHO ARTÍSTICO E DESENHO TÉCNICO

A principal diferença entre o desenho artístico e o desenho técnico é que, enquanto um não tem
compromisso com a realidade — o desenho artístico — o outro precisa representar fielmente as
coisas como realmente são.

´Várias interpretações Única interpretação

O Grito – Edvard Munch, 1983

Origem do Desenho Técnico

• Século XVII o matemático francês Gaspar Monge crio um chamado de Geometria

Descritiva.
• Século XIX, com a explosão mundial do desenvolvimento industrial, foi necessário normalizar a
forma de utilização da Geometria Descritiva para transformá-la numa linguagem gráfica que, no
contexto internacional, simplificasse a comunicação e viabilizasse o intercambio de informações
tecnológicas.
• A International Organization for Standardization – ISO - normalizou a forma de utilização da
Geometria Descritiva como linguagem gráfica da engenharia e da arquitetura, chamando-a de
Desenho Técnico.
• A capacidade de entender uma forma espacial, a partir de uma figura plana, é chamada
de visão espacial.

Desenho Técnico – 2018

 Tipos de Desenho Técnico
O desenho técnico pode ser dividido em dois grupos:

Desenho projetivo: São aqueles provenientes de projeções do objeto, em um ou mais

plano, correspondentes às vistas ortográficas (figuras de projeções ortogonais sobre
planos, a fim de representar a forma detalhadamente) e as perspectivas (figuras de
projeção sobre um único plano, que permitem uma melhor visualização do objeto);

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Desenho não-projetivo: São desenhos advindos de cálculos algébricos são
representados por gráficos, diagramas, esquemas, organogramas, etc.
 O desenho projetivo é utilizado em todas as modalidades da Engenharia e da
Arquitetura, e por causa das diferentes modalidades aparece também com
outros nomes:

Desenho Mecânico

Desenho de Máquinas

Desenho de Estruturas
O desenho projetivo aparece com vários nomes que
correspondem à alguma utilização específica: Desenho Arquitetônico

Desenho Elétrico/Eletrônico

Desenho de Tubulações

Entre outras.

Apesar dessa diferenciação possuem as mesmas bases de apresentação e, por isso, não
prejudicam na comunicação.
Normas Técnicas
NBR 10067 – Princípios Gerais de Representação em Desenho Técnico
NBR 10126 – Cotagem em Desenho Técnico
NBR 8402 – Execução de Caracteres para Escrita em Desenhos
Técnicos NBR 8403 – Aplicação de Linhas em Desenho Técnico
NBR 10068 – Folha de Desenho Layout e Dimensões
NBR 13142 – Desenho Técnico – Dobramento de Cópias
NBR 10582 – Apresentação da Folha para Desenho
Técnico
NBR 12296 – Representação de Área de Corte por Meio
de Hachuras em Desenho Técnico

Outras normas podem ser utilizadas para desenhos

específicos: arquitetura, elétrica, hidráulica

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• As normas que regulam o Desenho Técnico são normas editadas pela ABNT e estão em consonância
com as normas internacionais aprovadas pela ISO.
Instrumentos

Lápis e lapiseiras: grafite HB, F ou H para traçar rascunhos e traços finos, e uma grafite HB
ou B para traços fortes. Diâmetro 0,5 ou 0,3 mm;

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Instrumentos

Esquadros: São usados em pares: um de 45° e outro de 30° ou 60°.

Permitem obter vários ângulos comuns nos desenhos, bem como traçar retas paralelas e
perpendiculares.

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Instrumentos

Esquadros: São usados em pares: um de 45° e outro de 30° ou 60°.

Permitem obter vários ângulos comuns nos desenhos, bem como traçar retas paralelas e
perpendiculares.

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Instrumentos

Compasso: Usado para traçar circunferências e para transportar

medidas.

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Instrumentos

Transferidor: Usado para traçar retas anguladas e medir

ângulos

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Instrumentos
Escalímetro: Conjunto de réguas com várias escalas. Seu uso reduz o tempo de execução do
projeto. Escalas típicas: 1:20, 1:25, 1:50, 1:75, 1:100, 1:125.
A escala 1:100 corresponde a 1 m = 1 cm, e pode ser usado como uma régua comum (1:1)

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Instrumentos
Folhas: O formato usado é o baseado na norma NBR 10068, denominado A0 (A-zero). Trata-
se de uma folha com 1 m². Os formatos seguintes são proporcionais: o formato A1 tem
metade da área do formato A0, e assim sucessivamente.

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Instrumentos
Dobragem: Toda folha com formato acima do A4 possui uma forma recomendada de
dobragem. Esta forma visa que o desenho seja armazenado em uma pasta, que possa ser
consultada com facilidade sem necessidade de retirá-la da pasta, e que a legenda esteja visível
com o desenho dobrado.

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Caligrafia Técnica
Exemplos de caracteres
usados

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Caligrafia Técnica

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Caligrafia Técnica
Linhas: O tipo e espessura da linha indica qual a sua função.
Contínua estreita
Contínua larga
Tracejada estreita
Tracejada larga
Traço e ponto estreita
Traço e ponto larga

Traço e dois pontos estreita

Traço e dois pontos larga
Contínua a mão livre
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estreita
Caligrafia Técnica
Linhas: O tipo e espessura da linha indica qual a sua função.

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Margem e Quadro

As margens superior e inferior seguem o valor da margem direita

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Legenda
A legenda não informa somente detalhes do desenho, mas também o nome da empresa, dos
projetistas, data, logomarca, versão do projeto, etc. Em folhas grandes, quando se dobra o
desenho, a legenda sempre deve estar visível.

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Legenda
A posição da legenda deve estar dentro do quadro para desenho situado
no canto inferior direito.
 O comprimento da legenda deve ser de 178 mm para os formatos A4, A3 e A2, e de
175 mm para os formatos A1 e A0.
 O espaço para desenho e disposição da legenda deve seguir uma das duas formas abaixo.

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Legenda

 Exemplo:

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