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Desenho Técnico Aplicado à

Arquitetura, Urbanismo e
Paisagismo

Prof. Emanuel C. Tischer.


Tipos de Desenho
O desenho não é necessariamente sempre um fim em si mesmo,
podendo vir a assumir uma função ou caracterizar-se como mediação
para outro fim. Entre as várias modalidades possíveis de desenho,
incluem-se:
 Desenho geométrico - estudo padronizado e normatizado do
desenho em duas dimensões, voltado à representação plana de entes
geométricos para a simples exibição ou resolução geométrica de
problemas de Matemática.
 Desenho projetivo - estudo padronizado e normatizado do
desenho em duas dimensões acerca de entes de três dimensões. É
composto de variações como o desenho técnico (representação de
elementos tridimensionais em duas dimensões, voltado
primordialmente para a exibição em si), geometria (representação de
elementos tridimensionais em duas dimensões, voltado
principalmente para a resolução gráfica de problemas de Geometria).
Tipos de Desenho
 Desenho arquitetônico - desenho voltado especialmente ao
projeto de arquitetura.
 Ilustração - um tipo de desenho que pretende expressar
alguma informação, normalmente acompanhado de outras
mídias, como o texto.
 Croquis ou esboço - um desenho rápido, normalmente feito à
mão sem a ajuda de demais instrumentos que não propriamente
os de traçado e o papel, feito com a intenção de discutir
determinadas idéias gráficas ou de simplesmente registrá-las.
Normalmente são os primeiros desenhos feitos dentro de um
processo para se chegar a uma pintura ou ilustração mais
detalhada.
 Modelo vivo - ilustração feita a partir de cópia do natural,
tendo-se como tema o corpo ou a situação vivida por um modelo.
Criando um Desenho Técnico
O desenho é uma forma de linguagem usada pelos
artistas. Desenho técnico é usado pelos projetistas para
transmitir uma idéia de produto, que deve ser feita da
maneira mais clara possível.
Mesmo preso por procedimentos e regras, um desenho
técnico necessita que o projetista use sua criatividade
para mostrar, com facilidade, todos os aspectos da sua
idéia, sem deixar dúvidas.
Do outro lado, uma pessoa que esteja lendo um desenho
deve compreender seus símbolos básicos, que são usados
para simplificar a linguagem gráfica, permitindo que
haja o maior número de detalhes possível.
Normatização
Para transformar o desenho técnico em uma
linguagem gráfica foi necessário padronizar seus
procedimentos de representação gráfica. Essa
padronização é feita por meio de normas técnicas
seguidas e respeitadas internacionalmente. As
normas técnicas são resultantes do esforço
cooperativo dos interessados em estabelecer códigos
técnicos que regulem relações entre produtores e
consumidores, engenheiros, empreiteiros e clientes.
Cada país elabora suas normas técnicas e estas são
acatadas em todo o seu território por todos os que
estão ligados, direta ou indiretamente, a este setor.
Normatização
No Brasil as normas são aprovadas e editadas pela
Associação Brasileira de Normas Técnicas – ABNT,
fundada em 1940. Para favorecer o desenvolvimento
da padronização internacional e facilitar o
intercâmbio de produtos e serviços entre as nações, os
órgãos responsáveis pela normalização em cada país,
reunidos em Londres, criaram em 1947 a Organização
Internacional de Normalização (International
Organization for Standartization – ISO) Quando uma
norma técnica proposta por qualquer país membro é
aprovada por todos os países que compõem a ISO,
essa norma é organizada e editada como norma
internacional.
Normatização
As normas técnicas que regulam o desenho técnico são normas
editadas pela ABNT, registradas pelo INMETRO (Instituto
Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial)
como normas brasileiras -NBR e estão em consonância com as
normas internacionais aprovadas pela ISSO;
A execução de desenhos técnicos é inteiramente normalizada
pela ABNT. Os procedimentos para execução de desenhos
técnicos aparecem em normas gerais que abordam desde a
denominação e classificação dos desenhos até as formas de
representação gráfica, como é o caso da NBR 5984 – NORMA
GERAL DE DESENHO TÉCNICO (Antiga NB 8) e da NBR 6402
– EXECUÇÃO DE DESENHOS TÉCNICOS DE MÁQUINAS E
ESTRUTURAS METÁLICAS (Antiga NB 13), bem como em
normas específicas que tratam os assuntos separadamente,
conforme os exemplos seguintes;
Normas
NBR 10647 – Desenho técnico – Norma Geral.
NBR 10068 – Folha de desenho – leiaute e dimensões.
NBR 10582 – Conteúdo da folha para desenho técnico.
NBR 13142 – Dobramento de cópia de desenho técnico.
NBR 8196 – Emprego de escala em desenho técnico.
NBR 8402 – Execução de caracteres para escrita em
desenho técnico.
NBR 8403 – Aplicação de linhas em desenhos – Tipos de
linhas – Larguras de Linhas.
NBR 10126 – Cotagem em desenho técnico.
NBR 6492 – Representação de projetos de arquitetura.
NBR 12298 – Hachuras .
Desenho Digital
Atualmente o usos de ferramentas de CAD
(Computed Aided Design – desenho
auxiliado por computador) tornou obsoleto
o uso de pranchetas e salas de desenhos nas
empresas. Um dos programas mais
conhecidos é o AutoCAD, criado pela
empresa Autodesk, bastante difundido no
mercado.
Instrumentos Utilizados
Lápis/lapiseiras
Borracha
Esquadros
Escalímetro
Compasso
Gabaritos
Régua Paralela/Régua “T”
Prancheta
Grafia Arquitetônica
Sempre que possível o desenho deve estar bem
paginado, dentro de pranchas padronizadas com
margens e carimbo com as informações necessárias.
Deve estar limpo e sem rasuras. Conter traços
homogêneos, com espessuras diferenciadas que
identifiquem e facilitem a compreensão dos elementos
desenhados. Textos com caracteres claros que não
gerem dúvidas ou dupla interpretação. Dimensões e
demais indicações que permitam a boa leitura e
perfeita execução da obra. Sempre que possível seguir
uma norma de desenho estabelecida (NBR 6492).
Elementos Arquitetônicos
 AS LINHAS
As linhas são os principais elementos do desenho
arquitetônico. Além de definirem o formato, dimensão e
posicionamento das paredes, portas, janelas, pilares, vigas e
etc, determinam as dimensões e informam as características
de cada elemento projetado. Sendo assim, estas deverão
estar perfeitamente representadas dentro do desenho.
Nas plantas, cortes e fachadas, para sugerir profundidade, as
linhas sofrem uma gradação no traçado em função do plano
onde se encontram. As em primeiro plano serão sempre
mais grossas e escuras, enquanto as do segundo e demais
planos visualizados serão menos intensas.
Elementos Arquitetônicos
 AS LINHAS
TRAÇO GRAFITE TIPO DE LINHA USO
Principais/ Cortes/ perfis/ corte
HB / FH
secundárias através de espaços

Elevações/ arestas/
HB / FH Secundárias intersecções de planos
Construções/ linhas de
Grades/ layouts/
FH / 2H / 4H layout linhas em
representação planos/ texturas
Elementos Arquitetônicos
 AS LINHAS
Traço forte - As linhas grossas e escuras são utilizadas para representar, nas
plantas baixas e cortes, as paredes e todos os demais elementos interceptados
pelo plano de corte. No desenho a lápis podemos desenhá-la com o grafite
0.9, traçando com a lapiseira bem vertical, podendo retraçá-la diversas vezes
caso necessário. Com o uso de tinta nanquim a pena pode ser 0.6;

Traço médio - As finas e escuras representam elementos em vista ou tudo


que esteja abaixo do plano de corte, como peitoris, soleiras, mobiliário,
ressaltos no piso, etc. É indicado o uso do grafite 0.5, num traço firme, com a
lapiseira um pouco inclinada, procurando gira-la em torno de seu eixo, para
que o grafite desgaste homogeneamente mantendo a espessura do traço
único. Para o desenho a tinta pode-se usar as penas 0.2 e 0.3.
Elementos Arquitetônicos
 AS LINHAS

Textos e outros elementos informativos podem ser representados


com traços médios. Títulos ou informações que precisem de
destaque poderão aparecer com traço forte.

Traço fino - Nas paginações de piso ou parede (azulejos,


cerâmicas, pedras, etc), as juntas são representadas por linhas finas.
Também para linhas de cota, auxiliares e de projeção. Utiliza-se
normalmente o grafite 0.3, ou o grafite 0.5 exercendo pequena
pressão na lapiseira. Para tinta, usa-se as penas 0.2 ou 0.1.
Elementos Arquitetônicos
 AS LINHAS

Textos e outros elementos informativos podem ser representados


com traços médios. Títulos ou informações que precisem de
destaque poderão aparecer com traço forte.

Traço fino - Nas paginações de piso ou parede (azulejos,


cerâmicas, pedras, etc), as juntas são representadas por linhas finas.
Também para linhas de cota, auxiliares e de projeção. Utiliza-se
normalmente o grafite 0.3, ou o grafite 0.5 exercendo pequena
pressão na lapiseira. Para tinta, usa-se as penas 0.2 ou 0.1.
Elementos Arquitetônicos
 AS LINHAS

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