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DESENHO TÉCNICO

Definição: - O desenho técnico é a linguagem gráfica que permite representar formas,


posicionamentos e dimensões de objetos de maneira objetiva, pois é balizada por
normas e convenções internacionais.

Como em um idioma, a linguagem do desenho técnico obedece a regras para que a


comunicação seja perfeitamente compreendida, tornando esta linguagem universalizada.

Vários organismos internacionais, participantes da ISO (Internacional Organization for


Standardization), entre elas a ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas)
elaboram, adotam e difundem normas no sentido de estabelecer as mesmas premissas
para desenvolvimento de projetos e produtos.

Assim as normas e convenções estabelecem condições que devem ser observadas na


execução dos desenhos técnicos.

CLASSIFICAÇÃO DOS DESENHOS TÉCNICOS

Os desenhos técnicos se classificam segundo os seguintes critérios:

1- Quanto ao aspecto geométrico

A) Desenho projetivo – Desenho resultante de projeções do objeto sobre um ou


mais planos, criando correspondência entre as projeções nestes planos, que se
fazem coincidir com o do próprio desenho.

- Vistas Ortogonais – Figuras resultantes de projeções cilíndricas


ortogonais do objeto, sobre planos convenientemente escolhidos, de modo
que representem com exatidão as formas e detalhes dos objetos projetados.

- Perspectivas – Figuras resultantes de projeções cilíndricas ou cônicas


sobre um plano, conferindo uma percepção de profundidade na
representação do objeto.

B) Desenho não projetivo – Desenho não subordinado à correspondência, por


meio de projeção entre as figuras que o constituem e o que é por ele
representado. Compreende grande variedade de representações gráficas, como:
ábacos, diagramas, esquemas, fluxogramas, gráficos, organogramas etc.

2- Quanto ao grau de elaboração

- Esboço – Representação gráfica dos estágios iniciais de elaboração de um


projeto podendo servir de representação de elementos existentes ou para
execução.

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- Desenho Preliminar – Representação gráfica empregada nos estágios
intermediários da elaboração do projeto e que está sujeita às modificações.
Corresponde ao anteprojeto.

- Desenho Definitivo – Desenho da solução final do projeto, revisado,


contendo os elementos necessários à sua compreensão e execução.
Também denominado Desenho de execução.

3- Quanto ao grau de pormenorização

- Desenho de detalhe – Desenho de componente isolado ou de parte de um


todo.

- Desenho de conjunto – Desenho que mostra todos os componentes


reunidos na forma da concepção funcional do todo. Os elementos que
compõem o conjunto podem ser representados em perspectiva, montados
ou expandidos, orientando a sequência de montagem.

4- Quanto às técnicas para desenhar

- Desenho a mão livre ou com instrumentos convencionais – Usando


lápis ou outro tipo de elemento que impressione graficamente com ou sem o
apoio de instrumentos de para desenhar – réguas, esquadros, compassos
etc.

- Desenho Computacional – Desenho com assistência de “softwares”


específicos de desenho – CAD – COMPUTER AIDED DESIGN. Pro-
Engineer, Catia, Auto CAD, Solid Edge, SolidWorks etc.

5- Denominações específicas de desenhos

- Desenho Mecânico

- Desenho de Máquinas

- Desenho de Estruturas

- Desenho Arquitetônico

- Desenho Elétrico/Eletrônico

- Desenho de Tubulações

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NORMAS TÉCNICAS

As condições gerais que devem ser observadas na execução dos desenhos técnicos são
fixadas pela Norma Geral de Desenho Técnico, NBR 10647 – DESENHO TÉCNICO –
NORMA GERAL - Associação Brasileira de Normas Técnicas. Outras normas são
específicas para aplicações em desenho. Exemplo:

NBR 10067 – PRINCÍPIOS GERAIS DE REPRESENTAÇÃO EM DESENHO TÉCNICO

NBR 8196 – DESENHO TÉCNICO – EMPREGO DE ESCALAS.

E outras para:
• Formato do Papel
• Legenda
• Letras e Algarismos
• Tipos de Linhas
• Cotagem etc.

Normas internacionais também são utilizadas, como por exemplo, as normas ISO
(International Standards Organization), Organização Internacional de Normalização, e as
normas DIN (Deutsch Industrien Normen).

1- Formato do Papel

Os papéis utilizados para o Desenho Técnico são padronizados e obedecem a NBR


10068 – FOLHA DE DESENHO LAY-OUT E DIMENSÕES com medidas em milímetros:

Formato Tamanho da Folha não Tamanho do Papel Margem


Recortada entre as Margens
4 A0 1720 x 2420 1628 x 2378 20
2 A0 1230 x 1720 1189 x 1682 15
A0 880 x 1230 841 x 1189 10
A1 625 x 880 594 x 841 10
A2 450 x 625 420 x 594 10
A3 330 x 450 297 x 420 10
A4 240 x 330 210 x 297 7

O formato A0 é o básico com área de 1 m² (841 x 1189 = 1 m²). A margem esquerda é


sempre de 25 mm, para facilitar o arquivamento em pastas.

2- Legenda

Toda folha deve levar em seu canto inferior direito um retângulo destinado à legenda, que
tem a finalidade de dar as informações necessárias para identificação e classificação do
desenho. Devem constar: nome da empresa, o título do desenho, os responsáveis, as
datas, a escala e todas as indicações necessárias à sua exata identificação e
interpretação.

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Quando necessário, no caso de desenhos de conjunto, sobre a legenda aparece à lista de
peças, numeradas, feito de baixo para cima e com o número da parte identificada no
conjunto.

Um modelo completo de legenda é apresentado a seguir. É comum cada empresa ter


seu modelo próprio com indicações especiais que lhe convém.

Nome Visto Data


Des.
(Nome da Empresa)
Verif.
Aprov.
Escala Substitui a:
(Título do Desenho) Substituído por:
Código:

Os valores do comprimento (L) e da altura (H) variam conforme o formato do papel.

Formato do L H
Papel
A0 – A1 – A2 175 50
A3 – A4 120 35
A4 – A5 – A6 90 25

Para o desenvolvimento desta disciplina será adotado uma legenda simplificada como a
mostrada na seqüência.

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3- Escala

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5- Tipos de Linhas

Os vários tipos de linhas e onde e como devem ser empregadas estão relacionadas no
quadro a seguir:

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No caso de haver superposição de linhas deve-se representar apenas uma delas,
obedecida a seguinte ordem de precedência: arestas visíveis, arestas invisíveis, linhas de
corte, linhas de centro e linhas de extensão.

Nos cruzamentos de linhas devem ser observadas as seguintes indicações:

a- Linhas em um mesmo plano

b- Linhas em planos diferentes

Para o traçado destas linhas há a necessidade de materiais e instrumentos adequados.


Segue-se uma relação mínima e alguma orientação sobre o seu uso.

Pranchetas: Deve estar sempre limpa antes de se iniciar o trabalho. Se necessário pode-
se recorrer à fita adesiva para fixação do papel na mesma.

Lápis: Há dezoito tipos de lápis, desde os extremamente duros até os bem macios.
Os duros, em ordem decrescente, são: 9H, 8H, 7H, 6H, 5H, 4H. Os médios são: 3H, 2H,
H, F, HB e B. Já os macios são: 2B, 3B, 4B, 5B, 6B, 7B.

Para traços iniciais utiliza-se o lápis H, por poder ser apagado sem estrago para o papel,
desde que o traçado seja leve. Para apresentação final deve-se usar o lápis HB.

Esquadros: São indispensáveis o uso dos esquadros sem escalas gravadas de 60º e de
45º. Os traços devem sempre ser feitos da esquerda para a direita e de baixo para cima.

Escala (Régua): Deve ser de boa qualidade, graduada em milímetros, possibilitando um


bom dimensionamento do desenho.

Compasso: O uso de um compasso normal é indispensável e a sua manutenção requer


cuidado uma vez que suas pontas devem sempre estar limpas (ponta seca) e afiadas
corretamente (grafite).
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6- Cotagem

Cotar um desenho é inserir os valores dimensionais e informações que possibilitem seu


perfeito entendimento.

As cotas necessárias à caracterização da forma e da grandeza do objeto devem ser


indicadas de maneira inequívocas nas posições que melhor associem os valores
dimensionais.

Além das cotas, o desenho pode conter informações necessárias ao bom entendimento
de todos os detalhes apresentados, através do uso de frases em anotações onde melhor
atenda à compreensão.

Sempre procurar atender as seguintes recomendações:

• Deve ser evitada a repetição de cotas.


• Cada cota deve ser indicada na vista que melhor representa o elemento cotado.
• A unidade dimensional é sempre o milímetro.
• Quando for usada outra unidade no desenho esta deverá aparecer após o valor, na
cota.
• Cotar sempre as dimensões totais: comprimento, largura e profundidade.
• O valor dimensional deve ser escrito sobre a linha de cota e centrado.
• Para dimensões verticais o valor estará do lado esquerdo da linha de cotas.
• Linhas de cotas não podem cruzar arestas do desenho.

As linhas de cota são representadas por linhas finas e setas em suas extremidades, tendo
estas a largura igual a um terço de seu comprimento, mostrando que é alongada no
sentido do comprimento. 3a
a

As linhas de cotas são limitadas por linhas de chamadas ou arestas, nas quais as setas
tocam e que compreendem a dimensão que se quer identificar e que estará paralela à
linha de cota.

Orientações para cotagem em desenho técnico:

a- Linha de extensão, de cota, algarismos e setas

Valor da cota (O valor da cota A linha de chamada


(sobre e não toca a linha) passa a ponta da
Linha de cota centrado) seta

Linha de chamada A linha de chamada


não toca a aresta

A distância da
linha de cota à
aresta deve ficar
entre 7 e 10 mm

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b- Cotas em espaços reduzidos

2 3 7 10
2 2 2 2

c- Cotas em diâmetros

d- Cotas em ângulos

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e- Cotas em raios

f- Cotas em chanfros

g- Cotas de corda, arco e ângulo

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h- Cotas em superfícies esféricas

i- Cotas diversas

j- Cotas escalonadas
17
27
34

17
37
54
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Exemplos de Cotagem

a- Desenho com cotas e indicações freqüentemente usadas

R3
Chanfro 3x45°

Ø50
Ø26
Ø16

15
62
54 49
70 43 227

b- Cotas em desenhos de perspectiva

Nos desenhos em perspectiva, as cotas devem ser escritas como se estivessem contidas
no plano pelas linhas do desenho e de extensão.

Persp. Cavaleira Persp. Isométrica


c- Cotas em estruturas metálicas (medidas em centímetros)

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EXERCÍCIOS SOBRE COTAGEM

1- Cotar a perspectiva isométrica abaixo, supondo que a escala desse desenho seja 1:2

2- Cotar o desenho abaixo considerando a escala 1:5

3- Cotar o desenho abaixo considerando a escala 1:2,5

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II- CONICIDADE, INCLINAÇÃO E CONVERGÊNCIA
1- Conicidade

Nas superfícies cônicas (cones e troncos de cones) há interesse em definir conicidade e


ângulo de conicidade.

Cone Circular Reto

2- Inclinação

Para as superfícies inclinadas em relação a um eixo tomado como referência há interesse


em se definir a inclinação, o que é feito através da relação:

3- Convergência

Nos casos em que aparecem pirâmides (ou tronco de pirâmides) é interessante se usar o
conceito de convergência para cotagem.

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Exemplos de uso de Conicidade, Inclinação e Convergência:

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III- PERSPECTIVAS

O desenho em perspectiva pretende representar o objeto através de uma única vista.

Perspectivas:
- Cilíndrica
Axonométrica Ortogonal
Isométrica
Dimétrica
Trimétrica
Axonométrica Oblíqua (Cavaleira)
- Cônica
Com um ponto de fuga
Com dois pontos de fuga
Com três pontos de fuga

1- Perspectiva Cilíndrica

Seu objetivo é, com apenas uma vista, colocar em evidência as três dimensões do objeto.

Na perspectiva cilíndrica as linhas sobre as quais são marcadas as profundidades, as


projetantes, ou seja, as linhas que saem do objeto e vão até o quadro perpendicularmente
ao plano, uma vez que o observador se encontra no infinito, são paralelas entre si.

A- Perspectiva Axonométrica Ortogonal (Iso, di e trimétrica)

Na perspectiva axonométrica ortogonal o objeto (vamos sempre considerá-lo como sendo


um cubo, para efeito didático) tem suas faces colocadas inclinadas em relação ao quadro
(papel onde será traçada a perspectiva).
Se a posição do cubo for tal que as três arestas formem com o quadro ângulos iguais, a
perspectiva será chamada de isométrica (ξ = η = ζ); se apenas duas arestas formarem
ângulos iguais, a perspectiva será chamada de dimétrica (ξ = η ≠ ζ), e se as três arestas
formarem ângulos diferentes com o quadro, então a perspectiva será chamada de
trimétrica (ξ ≠ η ≠ ζ ).

Na projeção sobre o quadro as três direções ortogonais aparecem formando ângulos


entre si tal que a soma das direções será sempre igual a 360º.

As projetantes são sempre perpendiculares ao quadro.

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As medidas sobre as três direções básicas podem ser mantidas em Verdadeira Grandeza
(V.G.) ou sofrerem algum tipo de redução. A NB-8 fornece um quadro onde aparecem: a
proporção entre os lados e os respectivos coeficientes de redução em cada direção e os
ângulos utilizados entre as direções X, Y e Z.

Dentre todas as alternativas possíveis, a mais usada é a isométrica com a proporção


entre os lados de 1:1:1, isto é, sem nenhuma redução, apesar do próximo quadro nos
indicar valores diferentes que não são usados na prática.

Segue-se o quadro citado:

Coeficientes de
Redução Ângulos dos Eixos
SISTEMAS x:y:z das escalas dos Eixos Nº
x y z ξ η ζ
ISOMÉTRICOS 1:1:1 0,816 0,816 0,816 120º00’ 120º00’ 120º00’ 1

4:3:4 0,883 0,663 0,883 126º50’ 106º20’ 126º50’ 2

DIMÉTRICOS 3:2:3 0,905 0,603 0,905 128º35’ 102º50’ 128º35’ 3


2:1:2 0,943 0,471 0,943 131º25’ 97º10’ 131º25’ 4

7:6:8 0,811 0,695 0,927 114º46’ 106º59’ 138º15’ 5


TRIMÉTRICOS 6
5:4:6 0,806 0,645 0,967 108º13’ 101º10’ 150º37’

Perspectiva Axonométrica Ortogonal de um cubo representando todas as 6 posições


possíveis mostradas no quadro acima.

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B- Perspectiva Axonométrica Oblíqua (Cavaleira)

Na perspectiva cavaleira o objeto (novamente o cubo) é colocado com uma de suas faces
paralela ao quadro e as projetantes são paralelas entre si e igualmente inclinadas em
relação ao quadro (observador no infinito).

Na perspectiva essas projetantes são traçadas formando ângulos de 30º, 45º, 60º, 120º,
135º, 150º, 210º, 225º, 240º, 300º, 315º ou 330º com a horizontal.

A face paralela ao quadro terá suas medidas no desenho em Verdadeira Grandeza (V.G.).
Na direção inclinada que da a idéia da profundidade as proporções são de 2:3 para 30°,
1:2 para 45° e 1:3 para 60°. Quando se adota a redução de 1:2 a perspectiva assim
obtida é chamada de Cabinet.

No traçado da perspectiva cavaleira deve-se obedecer a duas regras práticas, sendo que
a primeira tem precedência sobre a segunda:

1º - Colocar a face mais irregular (ou que contenha círculos) paralela ao quadro;

2º - Colocar a face maior paralela ao quadro.

Perspectiva Axonométrica Oblíqua (Cavaleira) de um cubo segundo todos os ângulos


possíveis.

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C- Considerações Finais sobre Perspectivas

a- Perspectivas em Corte

A perspectiva de um objeto, qualquer que seja o tipo adotado, muitas vezes não mostra
certos detalhes que são importantes. É usual nestes casos, se traçar à perspectiva de
apenas parte do objeto, a metade ou três quartas partes. Exemplo:

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b- Perspectivas constando de mais de uma vista do objeto (ou de parte dele)

Vista posterior

c- Perspectivas de peças que apresentam arredondamentos

2- Perspectiva Cônica

Na perspectiva cônica as projetantes não são paralelas entre si, mas convergentes para
pontos previamente determinados e chamados de pontos de fuga. Sua finalidade é
representar um objeto tal qual ele é visto pelo observador colocado nesse ponto de fuga.
Podem existir: um, dois ou até três pontos de fuga, sendo que a com dois é a mais
utilizada.

Geometricamente é a figura resultante da intersecção do cone formado pelos raios visuais


que vão do observados ao objeto, com o plano vertical de projeção. Sendo assim as
distâncias obtidas quase nunca estão em V.G., o que torna esse procedimento inaplicável
ao desenho técnico, embora visualmente seja mais agradável por aproximar-se da
realidade, sendo muito utilizado em arquitetura.

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21
A norma geral de desenho recomenda utilizar a perspectiva cônica quando a finalidade do
desenho exigir do objeto uma imagem mais fiel do que a obtida pelas perspectivas
cilíndricas.

A seguir estão cubos representados com um, dois e três pontos de fuga e uma
representação prática do que realmente se representa.

EXERCÍCIOS SOBRE PERSPECTIVAS

1- Desenhar uma perspectiva cavaleira a partir das três vistas ortogonais abaixo.
Determinar a escala do desenho.

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3-) Passar a perspectiva dada para isométrica.

4-) Passar a perspectiva dada para isométrica.

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IV-) VISTAS ORTOGONAIS
Vistas ortogonais são as projeções do objeto sobre os planos horizontais e verticais (que
formam o triedro) que são convenientemente colocadas em relação a ele. Esse processo
é o que satisfaz às necessidades do desenho técnico por ser de traçado simples e que
fornece com precisão todos os detalhes do objeto.

Ao se desejar desenhar as projeções ou vistas ortogonais de um objeto deve-se,


primeiramente, imaginá-lo dentro de um paralelepípedo envolvente de modo que o maior
número de faces do objeto seja paralelo as faces desse paralelepípedo. Um exemplo vem
a seguir.

Geralmente são necessárias apenas três vistas (frente, superior e uma lateral) para
representar o objeto, sendo que dificilmente precisar-se-á utilizar das seis vistas: frente,
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superior, lateral direita, lateral esquerda, inferior e posterior. Deve-se apenas utilizar do
número de vistas estritamente necessário.
A vista de frente deve ser a principal e, portanto, a escolha deve ser criteriosa. A escolha
deve levar em conta:
- a vista que mostra a forma característica do objeto;
- a posição de trabalho do objeto;
- a posição que mostra a maior dimensão do objeto;
- a posição que resulte o menor número de linhas ocultas.

O objeto pode ser colocado em 1º ou em 3º diedro, de acordo coma NB-8. Isso pode
causar confusão considerando-se que as vistas do 1º diedro ficam invertidas em relação
às vistas do 3º diedro.

A partir do momento em que são fixadas as vistas frontal e o diedro, sendo ele qual for, o
posicionamento das demais vistas está definido, não podendo ser, em hipótese alguma,
ser modificado. É indispensável à correta identificação quando a peça for desenhada em
3º diedro. Normalmente costuma-se chamar o 1º diedro de padrão europeu e o 3º diedro
de padrão americano e seus símbolos correspondentes são:

No desenho que foi usado como exemplo, traçado em 1º diedro, teria o seguinte aspecto
se feito em 3º diedro:

Exemplo Prático
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Traçar as projeções ortogonais (vistas) do objeto representado em perspectiva isométrica.

Resolução:
- um simples exame mostra serem necessárias três vistas;
- a frente escolhida será assinalada com uma seta;
- a escala escolhida foi de 1:2,5 que foi considerada a mais interessante no caso.

Observações:
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1- Os espaços entre as vistas e entre elas e as margens são uniformes.
2- As cotas estão distribuídas de maneira uniforme pelas três vistas.
3- As linhas ocultas foram traçadas.
4- As linhas de centro foram traçadas.
5- Não se repetiram as cotas.
6- O número de vistas é absolutamente o necessário.
7- O desenho foi feito observando-se o primeiro diedro.

1- Traçado de Perspectivas a partir das Vistas Ortogonais

É o problema inverso do tratado até aqui, isto é, dadas as vistas ortogonais de um objeto,
deve-se traçar a sua perspectiva. Naturalmente é um problema cuja solução é muito mais
difícil porque exige a visualização do objeto no espaço, o que nem sempre é feito de
imediato. Recomenda-se bastante treino, devido à importância desse tipo de problema.

Exemplo:

EXERCÍCIOS PROPOSTOS

1-

2-

27
3-

4-

5-
28
6- 7-

8- 9-

10- 11-

12- 13-

14- 15-
29
16- 17-

18- 19-

20- 21-

22- 23-
30
24- 25-

26- 27-

28- 29-

2- Traçado da 3ª Vista a partir de duas Vistas


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