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MÓDULO I
1- Introdução. 03
2 – Histórico. 04
3 – Conceitos. 05
6 – Utensílios. 14
7- Convenções e Normas. 17
8 – Figuras Geométricas. 24
11 – Sólidos Geométricos. 30
12 – Sólidos de Revolução. 32
13 – Sólidos Truncados. 34
14 – Sólidos Vazados. 35
MÓDULO II
16 – Perspectiva. 38
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MÓDULO III
19 – Desenhos em Cortes. 66
21 – Escalas. 75
22 – Cotagem. 78
MÓDULO IV
23 - O Projeto Arquitetônico. 85
26 – Simbologias em Cortes. 99
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DESENHO TÉCNICO – MÓDULO I
OBJETIVO:
O objetivo deste curso é que ao final o aluno tenha condições de ler e interpretar
corretamente um Desenho Técnico, conhecendo as normas de elaboração e suas
simbologias usadas. Enxergar esse ferramental como uma poderosa forma de comunicação.
1 - INTRODUÇÃO
A arte de representar um objeto ou fazer sua leitura por meio do desenho técnico é
tão importante quanto à execução de uma tarefa. Pois é esta modalidade de desenho que
fornece todas as informações precisas e necessárias para a construção de uma determinada
peça, equipamento ou edificação.
Fig. 1
5
2 - HISTÓRICO
A comunicação gráfica é tão antiga quanto o homem e tem, ao longo dos tempos,
um desenvolvimento paralelo ao desenvolvimento da tecnologia. Desde a antiguidade o
homem se expressa e se comunica usando símbolos. O homem primitivo usava a pintura
para retratar aspectos da sua vida quotidiana. Os desenhos mais antigos de que há
conhecimento datam de 12.000 a. C. Sem dúvida que o desenho precedeu a escrita na
comunicação dos conhecimentos.
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Quando alguém quer transmitir um recado, pode utilizar a fala ou passar seus
pensamentos para o papel na forma de palavras escritas. Quem lê a mensagem fica
conhecendo os pensamentos de quem a escreveu. Quando alguém desenha acontece o
mesmo: Passa seus pensamentos para o papel na forma de desenho. A escrita, a fala e o
desenho representam idéias e pensamentos.
Figura 4
3 – CONCEITOS
7
O Desenho Técnico tal como entendemos hoje, nasceu como aplicação dos
princípios e fundamentos da Geometria Descritiva. A Geometria Descritiva se deve a
Gaspard Monge (1746 – 1818). Como professor da Escola Politécnica da França, Monge
desenvolveu o conceito de projeção, em particular de projeção geométrica plana. O método
permite representar com precisão objetos tridimensionais em superfícies planas.
Independentemente da instrumentação utilizada, a Geometria Descritiva, que é um dos
ramos da Geometria, constitui a base do Desenho Técnico.
A Geometria é a parte da matemática que trata do estudo do espaço e das figuras que
podem ocupá-lo, e cujas subdivisões principais e que nos interessam são:
1- A Geometria Plana – Como o seu próprio nome indica, trata das figuras traçadas sobre
um plano.
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8
Fig. 5
Fig. 6
Uma nova estrutura, uma nova máquina, um novo mecanismo, uma nova peça
nasce da idéia de um engenheiro, de um arquiteto ou de um técnico, em geral sob a forma
de imagens no seu pensamento. Essas imagens são materializadas através de outras imagens
que são os desenhos. Estes são compreendidos em:
4.2 – Esboço.
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4.1 - Desenho Artístico – São os desenhos preliminares onde não houve a necessidade do
uso das normas técnicas de desenhos. Incluso neste tipo de desenho, aqueles produzidos
pelos grandes artistas, onde é evidenciado seu gosto e sua técnica na pintura de quadros e
telas.
Figura 7
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4.2 - Esboço – O esboço cotado é a linguagem comum do técnico. A fim de evitar
um palavreado inútil, o técnico emprega quase invariavelmente o método do esboço, para
expressar suas idéias. Portanto, ao desenhista, que trabalha quase sempre em estreita
interdependência com o técnico, cumpre conhecer esta linguagem, para interpretar
imediatamente aquilo que lhe é apresentado.
Fig. 9 – Esboço em
Fig. 8 – Esboço em Vistas – Vistas de
Perspectiva Planta, Elevação e Perfil
11
Seqüência Recomendada para Elaboração de Um Esboço:
4º - Execução do Esboço.
8º - Verificação Final.
* Ao Traçar-se uma Linha Entre Dois Pontos, Fixar o Olhar sobre o Ponto Terminal.
* Começar fazendo linhas finas. Após definidas sua forma e contornos, cobrir com traços
fortes.
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4.3 - Desenho Técnico – O desenho técnico constitui-se no único meio conciso, exato e
inequívoco para comunicar a forma dos objetos. Daí a sua importância para a tecnologia. É
uma forma de representação gráfica utilizada por profissionais de uma mesma área, como,
por exemplo, na mecânica, na marcenaria, na construção civil e deve transmitir com
exatidão todas as características do objeto que representa. Para conseguir isso, o desenhista
deve seguir regras estabelecidas previamente, chamadas de normas técnicas. Assim, todos
os elementos do desenho técnico obedecem às normas técnicas, ou seja, são normalizados.
Cada área ocupacional tem seu próprio desenho técnico, de acordo com as normas
específicas. Observe alguns exemplos.
Fig. 10 - Exemplo de
Desenho Técnico
Mecânico.
Desenho Técnico de
Desenho Técnico de
Marcenaria - Fig. 12
Arquitetura – Fig. 11
13
Nesses desenhos, as representações foram feitas por meio de traços, símbolos,
números e indicações escritas, de acordo com as normas técnicas.
Este desenho definitivo, que tanto poder ser feito manualmente como no
computador, deve atender rigorosamente a todas as normas técnicas que dispõe sobre o
assunto. E, assim, chega pronto as mãos do profissional que vai executar a peça ou o
projeto. Esse profissional deve ler e interpretar o desenho técnico, quando consegue ler e
interpretar corretamente o desenho, ele é capaz de imaginar exatamente como será a peça,
antes mesmo de executá-la. Para tanto é necessário conhecer as normas técnicas em que o
desenho se baseia e os princípios de representação da geometria descritiva.
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Fig. 13 – Desenho
Técnico de Edificações.
Para que haja uma perfeita interpretação do Desenho Técnico, sua construção deve
contemplar algumas particularidades que devem estar embasadas nas Normas de Desenho
Técnico. A saber:
15
Fig. 14 – Exemplo de Desenho
Técnico Mecânico.
6 – UTENSÍLIOS
6.1 – LÁPIS E LAPISEIRA – Ambos possuem vários graus de dureza: Uma grafite mais dura
permite pontas mais finas, mas traços muito claros. Uma grafite mais macia cria traços mais
grossos, porém mais escuros.
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6.2 – ESQUADROS – São usados separadamente ou em pares: um de 45 graus e outro de
30/60 graus. A combinação de ambos permite obter vários ângulos comuns nos desenhos,
bem como traçar retas paralelas e perpendiculares.
Fig. 15 – Jogo de
Esquadros.
Para traçar retas paralelas, segure um dos esquadros, guiando o segundo através do
papel. Caso o segundo esquadro chegue à ponta do primeiro, segure o segundo e ajuste o
primeiro para continuar o traçado.
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6.3 – COMPASSO – Usado para traçar circunferências e para transportar medidas. O
compasso tradicional possui uma ponta seca e outra ponta com grafite. A ponta seca é
fixada no papel servindo de apoio para giro da ponta móvel. Observar a maneira correta de
segurar o compasso.
Fig. 17 - Compasso
6.4 – ESCALÍMETRO – Conjunto de réguas com várias escalas usadas em engenharia. Seu uso
elimina o uso de cálculos para converter medidas, reduzindo o tempo de execução do
projeto. O tipo mais usado é o triangular, com escalas típicas de: 1:2, 1:2.5, 1:3, 1:4, 1:5,
1:7.5, 1:10, etc.
Fig. 18 – Escalímetro.
Fig. 19 – Transferidor
de Graus
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6.6 – CURVAS FRANCESAS – Quando não é possível traçar linhas curvas com o auxílio do
compasso, devemos utilizar as curvas francesas.
Fig. 20 – Curvas
Francesas.
7 – CONVENÇÕES E NORMAS
A0
A2
Fig. 21 A1
A4
A3
A4
19
Formatos Dimensões (mm) Margens (mm)
A0 841 x 1189 Esq. 25. Sup., Inf. e Dir. 10
A1 594 x 841 Esq. 25. Sup., Inf. e Dir. 10
A2 420 x 594 Esq. 25. Sup., Inf. e Dir. 10
A3 297 x 420 Esq. 25. Sup., Inf. e Dir. 7
A4 210 x 297 Esq. 25. Sup., Inf. e Dir. 7
Na maioria dos casos, estes valores são suficientes para que a impressora “agarre” a
folha, mas para alguns dispositivos de impressão estes valores podem ser reduzidos para 10
mm, nos formatos A0, A1e A2, e 7 mm nos formatos A3 e A4. A margem para furação deve
ter 25 mm e localizar-se na margem à esquerda da legenda.
Margem superior
Legenda
Margem inferior
Fig. 23 – Margem
e moldura
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7.3 – LEGENDAS – A legenda é um espaço, que contém um ou mais campos, delimitada por
um retângulo (Fig. 24). Localiza-se no canto inferior direito dos formatos A3, A2, A1 e A0, ou
ao longo da largura da folha de desenho do formato A4. Nos formatos A0, A1 e A2 seu
comprimento deve ter 175 mm. E nos formatos A3 e A4, 178 mm. A norma internacional ISO
7200 define apenas as dimensões máximas da legenda e as informações obrigatórias e
facultativas que esta deve incluir. Nos desenhos industriais, as legendas variam em função
das necessidades internas da empresa. Essas legendas devem conter obrigatoriamente:
2 - Título do Desenho.
3 - Escala.
4 - Número do Desenho.
7 - Indicação da Revisão.
Fig. 24 - Legenda
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7.4 – TIPOS DE LINHAS – Em desenho técnico existe a necessidade de utilizar tipos de linhas
diferentes de acordo com o elemento a ser representado. Por exemplo, a aresta visível de
uma peça deve ser representada de forma distinta de uma aresta invisível.
A norma ISO 128:1982 define tipos de linhas e respectivas espessuras. A utilização correta
dos tipos de linhas facilita a interpretação dos desenhos e sua compreensão. Existem duas
espessuras possíveis para o traço: grosso e fino. A relação de espessuras entre o traço grosso
e o traço fino não deve ser inferior a 2:1. A espessura do traço deve ser escolhida de acordo
com a dimensão do papel e o tipo de desenho, dentro da seguinte gama:
As espessuras devem ser as mesmas para todas as vistas desenhadas na mesma escala.
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Linha de
Cota
Linha
Auxiliar
Linha para
Contornos
Invisíveis
Linha para
Contornos
Visíveis
Linha de
Centro
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7.5 – CALIGRAFIA TÉCNICA – Toda informação inscrita num desenho, sejam algarismos ou
outros caracteres, deve ser apresentada em escrita normalizada. Isto é válido, quer para a
realização de um esboço a mão livre, quer para a realização de um desenho técnico em
papel ou mesmo num sistema CAD. Com a utilização de CAD, o projetista ou desenhista tem
a sua vida facilitada, porque todos os programas contêm estilos de texto normalizados, os
quais podem ser facilmente selecionados. A utilização da escrita normalizada tem como
objetivos básicos a uniformidade, a legibilidade e a reprodução de desenhos sem perda de
qualidade. A Norma NBR 8402 trata deste assunto. A gama de alturas normalizadas “h” é a
seguinte:
Características Razão
Altura das Letras Maiúsculas - h (10/10) h
Altura das Letras Minúsculas - c (7/10) h
Espaço Entre Caracteres - a (2/10) h
Espaço Mínimo Entre Linhas - b (14/10) h
Espaço Mínimo Entre Palavras - e (6/10) h
Espessura das Linhas - d (1/10) h
Fig. 28 – Caligrafia
Técnica
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7.6 – DOBRAMENTO DO PAPEL – As cópias dos desenhos maiores que A4 (297x210 mm),
devem ser dobradas e colocadas em pastas (quando for o caso). Depois de dobrada, a folha
de desenho deve ter as dimensões do formato A4, com a legenda no canto inferior direito,
perfeitamente visível, de acordo com a norma NBR 13142.
Legenda
Fig. 29 – Dobramento de
folhas.
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8 - FIGURAS GEOMÉTRICAS – Desde o início da história, o homem tem se preocupado com a
forma, a posição e o tamanho de tudo que o rodeia. Essa preocupação deu origem a
Geometria que estuda as formas, os tamanhos e as propriedades das figuras geométricas.
Logo, figura geométrica é um conjunto de pontos. Veja abaixo algumas representações de
figuras geométricas.
Fig. 30
8.1 - Ponto – É a figura geométrica mais simples. É possível ter uma idéia do que é o ponto
observando:
Fig. 31 – Ponto
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8.2 – Linha – Podemos entender que linha é o conjunto de todas as posições que ocupa
sucessivamente um ponto ao mover-se. Pode ser curva ou reta. Para o nosso entendimento
estudaremos somente as linhas retas.
Fig. 32
8.2.1 - Linhas retas – A linha reta ou simplesmente reta não tem início nem fim. Ela é
ilimitada. As setas nas extremidades indicam que a reta continua indefinidamente nos dois
sentidos.
Fig. 33
8.2.2 - Semi-reta – A semi-reta sempre tem origem, mas não tem fim. Observe a figura
abaixo. O ponto A é o ponto de origem das semi-retas.
Fig. 34
8.2.3 - Segmento de reta – Se ao invés de um ponto A são tomados dois pontos diferentes.
Ponto A e ponto B obtêm-se um pedaço limitado da reta. Esse pedaço limitado da reta é
chamado segmento de reta e os pontos A e B são chamados extremidades do segmento de
reta.
A B
Fig. 35
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De acordo com sua posição no espaço, a reta pode ser:
Inclinada
Vertical
Horizontal
Fig. 36
É uma superfície sobre a qual podemos assentar completamente uma reta em todas
as direções. É possível ter uma idéia de plano observando o tampo de uma mesa, uma
parede ou o piso de uma sala.
Fig. 37 - Planos
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Para Identificar o plano usamos letras gregas. É o caso das letras: α (alfa), β (beta) e
γ (gama), que podemos ver nos planos representados nas figuras acima.
Semiplano β1 Semiplano β 2
A
B
De acordo com sua posição no espaço, o plano pode ser:
Vertical.
Horizontal.
Inclinado.
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10 – FIGURAS GEOMÉTRICAS PLANAS
O plano não tem início nem fim. Ele é ilimitado. Mas é possível tomar porções
limitadas do plano. Essas porções recebem o nome de Figuras Planas ou polígonos. As
figuras planas têm várias formas. O nome das figuras planas varia de acordo com sua forma.
10.1 – Círculo – Figura geométrica ou superfície plana limitada pela circunferência traçada
eqüidistante de um ponto interior. Ver fig. 39.
Área= π.r²
Π= 3,1416
r= Raio
Fig. 39 - Círculo
10.2 – TRIÂNGULO – Figura geométrica formada por três lados e três ângulos.
Área= (b.h)/2
b= Base
Fig. 40 - Triângulo
h= Altura
10.3 – QUADRADO – Figura geométrica que tem quatro lados iguais formando ângulos
retos.
Área= l²
l= Lado
Fig. 41 - Quadrado
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10.4 - HEXÁGONO – Figura geométrica formada por seis ângulos e seis lados.
Fig. 42 - Hexágono
10.5 – RETÂNGULO – Figura geométrica formada por quatro ângulos retos e lados paralelos,
sendo dois lados iguais e dois diferentes.
Área= b.h
Fig. 43 - Retângulo b= Base; h= Altura
10.6 – PARALELOGRAMO – Figura geométrica formada por quatro lados iguais e paralelos
formando ângulos agudos e ângulos obtusos.
Área= b.h
10.7 – TRAPÉZIO – Figura geométrica formada por dois lados paralelos e dois inclinados.
Área= (B+b)/2.h
b= Base menor
10.8- LOSANGO – Figura geométrica formada por quatro lados iguais e paralelos dois a dois
h= Altura
e ângulos opostos iguais .
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Área= (D.d)/2
D= Diagonal maior
Fig. 46 - Losango
d= Diagonal menor
11 – SÓLIDOS GEOMÉTRICOS
O Sólido Geométrico é formado por figuras planas que se sobrepõem umas às outras.
11.1 - Prisma – Como todo sólido geométrico, o prisma tem comprimento, largura e altura.
Existem diferentes tipos de prisma. É formado pelos seguintes elementos: Base Inferior,
Base Superior, Faces, Arestas e Vértices.
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Fig. 48 - Prisma Fig. 49 - Prisma
Quadrado. Retangular.
11.2 - Pirâmide – A pirâmide é outro tipo de sólido geométrico e é formada por um conjunto
de planos que decrescem infinitamente. Tem os seguintes elementos: Base, Arestas,
Vértices e Faces.
Fig. 50 – Pirâmide.
Existem diferentes tipos de pirâmide. Cada tipo recebe o nome da figura plana que
lhe deu origem.
11.3 – Cubo – Também conhecido por hexaedro regular. É um paralelepípedo cujas bases e
faces são quadradas, necessariamente iguais entre si: As três dimensões do cubo são iguais
(comprimento, largura e altura).
Fig. 51 – Cubo.
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12 – Sólido de Revolução
X Eixo
A B
Fig. 52 – Sólido de
revolução.
Linha geratriz
Figura geradora
D C
Y
Os sólidos de revolução são vários. Entre eles destacamos: O cilindro, o cone e a esfera.
Fig. 53 – Cilindro.
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12.2 - Cone – É o sólido de revolução cuja figura geradora é o triangulo.
Fig. 54 – Cone.
Fig. 55 – Esfera.
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Quando um sólido geométrico é cortado por um plano, resultam novas figuras
geométricas: Os Sólidos Geométricos Truncados. Veja alguns exemplos de sólidos truncados,
com seus respectivos nomes:
Os sólidos geométricos que apresentam partes ocas são chamados sólidos geométricos
vazados. As partes extraídas dos sólidos geométricos, resultando na parte oca, em geral
também correspondem aos sólidos geométricos que já conhecemos.
Vamos observar a figura abaixo, notando que, para obter o cilindro vazado com um furo
quadrado, foi necessário extrair um prisma quadrangular do cilindro original.
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Fig. 57 – Sólidos geométricos vazados.
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Imaginando o rebite decomposto em partes mais simples, você verá que ele é
formado por um cilindro e uma calota esférica (esfera truncada).
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A próxima ilustração mostra o desenho de um modelo que também deriva de um
prisma. Com a retirada de formas geométricas, têm-se um modelo mais complexo.
16 – PERSPECTIVA –
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A fotografia mostra um objeto do mesmo modo como ele é visto pelo olho humano,
pois transmite a idéia de três dimensões: comprimento, largura e altura.
O desenho, para transmitir essa mesma idéia, precisa recorrer a um modo especial
de representação gráfica: a PERSPECTIVA. Ela representa graficamente as três dimensões de
um objeto em um único plano, de maneira a transmitir a idéia de profundidade e relevo.
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2.1 – PERSPECTIVA CÔNICA – Sua formação dar-se a partir de pontos escolhidos pelo
executante conforme sua observação do objeto. Devido a sua forma construtiva, todas as
medidas não mantêm as mesmas proporções do objeto desenhado.
Exemplo do Traçado da
Perspectiva Cônica
Exemplo de Perspectiva
Cônica
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2.2 – PERSPECTIVA CAVALEIRA – A origem do nome cavaleira é duvidosa, afirmando uns que
provém do nome dado a um tipo de construção alta – o cavalier – que existia em certas
fortificações militares do século XVI e de onde se tinha sobre a própria fortificação uma visão
“do alto” – que seria semelhante à dada pela perspectiva cavaleira. Outros dizem que o
nome está relacionado com o ponto de vista alto de um cavaleiro, e ainda outros que deriva
dos trabalhos do matemático italiano Cavalieri.
Fig. 56
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Propriedades – Na perspectiva cavaleira, verificam-se as seguintes propriedades:
* Seguimentos e retas paralelas são representados por seguimentos e retas paralelos (trata-
se de uma projeção cilíndrica);
Ângulo é a região do plano limitada por duas semi-retas com a mesma origem ou
que se encontra em um ponto comum (vértice). Ver fig. 57.
Para se medir o ângulo, deve-se dividir a circunferência em 360 partes iguais, onde
cada uma dessas partes corresponde a 1 grau. Ver fig. 62.
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Fig. 57
Fig. 62
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Fig. 59
Linha Isométrica – Qualquer reta paralela a um eixo isométrico é uma linha isométrica. E
dessa forma as linhas não paralelas aos eixos isométricos são denominadas linhas não
isométricas. Fig. 60.
A reta v (inclinada) é
considerada uma linha não
isométrica.
Fig. 60
45
Traçado da perspectiva isométrica do prisma
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2º Fase – A partir dos pontos marcados, trace duas linhas isométricas que se cruzam. Assim
ficará determinada a face da frente do nosso modelo.
3º Fase – Trace agora duas linhas isométricas que se cruzam a partir dos pontos onde você marcou o
comprimento e a largura. Assim ficará determinada a face superior do modelo.
4º Fase – E, finalmente, você encontrará a face lateral do modelo. Para tanto, basta traçar
duas linhas isométricas a partir dos pontos onde você indicou a largura e a altura.
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5º Fase (Conclusão) – Apague os excessos das linhas de construção, isto é, das linhas e dos
eixos isométricos que serviram de base para a representação do modelo. Depois, é só
reforçar os contornos da figura e está concluído o traçado da perspectiva isométrica do
prisma retangular.
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Trata-se de um prisma retangular com um elemento paralelo: o rebaixo. O rebaixo
é um elemento paralelo porque suas linhas são paralelas aos eixos isométricos: a e d são
paralelas ao eixo y; b, e e g são paralelas ao eixo x; c e f são paralelas ao eixo z.
Esses elementos são oblíquos porque tem linhas que não são paralelas aos eixos
isométricos.
Nas figuras anteriores, os seguimentos de reta: AB, CD, EF, GH, IJ, LM, NO, PQ e RS
são linhas não isométricas que formam os elementos oblíquos.
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17 – PROJEÇÃO ORTOGONAL OU PROJEÇÃO ORTOGRÁFICA
Na indústria, em geral, o profissional que vai produzir uma peça não recebe o
desenho em perspectiva, mas sim sua representação em projeção ortográfica.
Fig. 61
Para entender bem como é feita a projeção ortográfica você precisa conhecer três
elementos:
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O Modelo.
O Observador.
O Plano de projeção.
O observador – É a pessoa que vê, analisa, imagina ou desenha o modelo. Para representar
o modelo em projeção ortográfica, o observador deve analisá-lo cuidadosamente em várias
posições. As ilustrações a seguir mostram o observador vendo o modelo de frente, de cima e
de lado.
51
Em projeção ortográfica deve-se imaginar o observador localizado a uma distância
infinita do modelo. Por essa razão, apenas a direção de onde o observador está vendo o
modelo será indicada por uma seta, como mostra a ilustração abaixo:
Plano de projeção
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Os planos de projeção podem ocupar várias posições no espaço. Em desenho
técnico usamos dois planos básicos para representar as projeções de modelos: um plano
vertical e outro horizontal que se cortam perpendicularmente.
Esses dois planos, perpendiculares entre sí, dividem o espaço em quatro regiões
chamadas diedros.
Diedros – Cada diedro é a região limitada por dois semiplanos perpendiculares entre sí. Os
diedros são numerados no sentido anti-horário, isto é, no sentido contrário ao do
movimento dos ponteiros do relógio.
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O método de representação de objetos em dois semiplanos perpendiculares entre
sí, criado por Gaspar Monge, é também conhecido como método mongeano. Atualmente, a
maioria dos países que utilizam o método mongeano adotam a projeção ortográfica no 1º
diedro. No Brasil, a ABNT recomenda a representação no 1º diedro.
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O símbolo abaixo indica que o desenho técnico está representado no 1º diedro.
Este símbolo aparece no canto inferior direito da folha de papel dos desenhos técnicos,
dentro da legenda.
Quando o desenho técnico estiver representado no 3º diedro, você verá este outro
símbolo.
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A linha perpendicular que vai do ponto tomando como modelo ao plano de
projeção é chamada linha projetante.
A projeção ortográfica de uma figura plana depende da posição que ela ocupa em
relação ao plano.
Para obter a projeção ortográfica de retângulo ABCD no plano vertical, você deve
traçar projetantes a partir dos vértices A, B, C, D.
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Ligando os pontos A1, B1, C1, e D1, que são as projeções dos pontos A, B, C, e D,
fica definida a projeção ortográfica do retângulo ABCD no plano vertical. O retângulo
A1B1C1D1 é idêntico ao retângulo ABCD.
Quando a figura plana é oblíqua ao plano de projeção, sua projeção ortográfica não
é representada em verdadeira grandeza. Acompanhe o próximo exemplo para entender
melhor.
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Pode aconteder, também, de a figura plana ficar perpendicular ao plano de
projeção.
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No Brasil, onde se adota a representação no 1º diedro, além do Plano Vertical
(elevação) e do Plano Horizontal (planta), utiliza-se um 3º plano de projeção: O Plano Lateral
(perfil). Este plano é ao mesmo tempo, perpendicular ao plano vertical e ao plano horizontal.
Ver figura 58.
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Vista Frontal
Este prisma é limitado externamente por seis faces retangulares: duas são paralelas
ao plano de projeção (ABCD e EFGH); quatro são perpendiculares ao plano de projeção
(ADEH, BCFG, CDEF e ABGH).
Imagine que o modelo foi retirado e você verá, no plano vertical, apenas a projeção
ortográfica do prisma visto de frente. Dá origem a vista ortográfica chamada vista frontal.
Vista Superior
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A vista frontal não nos dá a idéia exata das formas do prisma. Para isso
necessitamos de outras vistas, que podem ser obtidas por meio da projeção do prisma em
outros planos do 1º diedro. Imagine a projeção ortográfica do mesmo prisma visto de cima
por um observador na direção da seta, como aparece na próxima figura.
Vista lateral
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Para completar a idéia do modelo, além das vistas frontal e superior uma terceira
vista é importante: a vista lateral esquerda.
Como o prisma está em posição paralela ao plano lateral, sua projeçãp ortográfica
resulta num retângulo idêntico às faces ADEH e BCFG, paralelas ao plano lateral.
Retirado o modelo você verá no plano lateral a projeção ortográfica do prisma visto
de lado, isto é, a vista lateral esquerda.
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Você acabou de analisar os resultados das projeções de um mesmo modelo em três
planos de projeção. Ficou sabendo que cada projeção recebe um nome diferente, conforme
o plano em que aparece separadamente:
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Imagine que o modelo tenha sido retirado e veja como ficam apenas as suas
projeções nos três planos:
Mas, em desenho técnico, as vistas devem ser mostradas em um único plano. Para
tanto, usamos um recurso que consiste no rebatimento dos planos de projeção horizontal e
lateral. Veja como isso é feito no 1º diedro :
* o plano vertival, onde se projeta a vista frontal, deve ser imaginado sempre numa posição
fixa;
* para rebater o plano horizontal, imaginamos que ele sofre uma rotação de 90 graus para
baixo, em torno do eixo de intersecção com o plano vertical (figura a e figura b). O eixo de
interseção é a aresta comum aos dois semiplanos.
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Para receber o plano de projeção lateral imaginamos que ele sofre uma rotação de
90 graus, para a direita, em torno do eixo de interseção com o plano vertical (figura c e
figura d).
65
Finalmente, veja como fica a representação, em projeção ortográfica, do modelo
prisma retangular que tomamos como modelo:
* a projeção C, que se encontra no plano lateral, chama-se projeção lateral ou vista lateral
esquerda.
Observe este exemplo, onde temos as vistas rebatidas nos planos e a retirada do
modelo com a supressão das linhas projetantes.
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66
19 - DESENHOS EM CORTES
Temos feito até aqui somente a representação simples das diferentes vistas de um
objeto, demonstrando no traçado gráfico, as arestas externas por meio de traços cheios, e as
arestas internas, ou seja, as invisíveis, por meio de traços interrompidos.
Fig. 63 Fig. 64
Para que estes detalhes internos fiquem muito bem esclarecidos, se torna
necessário fazer uma representação gráfica mais clara, para que tal objeto fique de todo
bem compreendido por parte da pessoa encarregada de interpretar o desenho. Essa
representação será o CORTE. Corte significa divisão, separação. Em desenho técnico, o corte
de uma peça é sempre imaginário. Fig. 65.
67
Fig. 65
Fig. 66
Fig. 67
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68
Quando esse plano atravessa a peça no seu comprimento, se dará o CORTE
LONGITUDINAL e, no sentido da largura da peça, se dará o CORTE TRANSVERSAL. Fig. 68 e
fig. 69.
Fig. 69
69
Fig. 72
Fig. 73
Fig. 74 Fig. 75
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70
O corte total ocorre quando a peça é cortada imaginariamente em toda sua
extensão. Ver figuras 76 e 77.
Fig. 77
Fig. 76
Fig. 78
Fig. 79
71
Quando uma peça é simétrica, não há necessidade de empregar o corte total para
mostrar seus detalhes internos. O meio-corte apresenta a vantagem de indicar em uma só
vista, as partes internas e externas da peça. Fig. 80, 80ª, 80b e 80c.
Fig. 80 - Peça
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72
Fig. 82 – Peça com eixo de simetria na vertical. O
meio corte é representado à direita.
1.4 – HACHURAS
Fig. 83 Fig. 84
73
Com o uso dos programas de computador, tornou-se mais fácil sua elaboração. A
figura 85 ilustra algumas convenções de hachuras, porém estas representações variam
muito dependendo da área, empresa, etc.
Fig. 86
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74
Assim, a linha utilizada em desenho técnico para indicar o centro desses elementos
é chamada de linha de centro, representada por uma linha estreita de traço e ponto.
Fig. 87
Observe que a linha de centro aparece nas três vistas do desenho. Na vista superior,
onde o furo é representado por um círculo, o centro do furo é determinado pelo cruzamento
de duas linhas de centro. Sempre que for necessário usar duas linhas de centro para
determinar o centro de um elemento, o cruzamento é representado por dois traços. Quando
o espaço é pequeno, pode-se representar a linha de centro por uma linha contínua estreita.
Fig. 88
2.2 - Linha de simetria – Em desenho técnico, quando o modelo é simétrico também deve
ser indicado pela linha estreita traço e ponto, que você já conhece. Neste caso, ela recebe o
nome de linha de simetria.
A linha de simetria indica que são iguais as duas metades em que o modelo fica
dividido. Essa informação é muito imortante para o profissional que vai executar o objeto
representado no desenho técnico. Veja a aplicação da linha de simetria no desenho técnico
do prisma com furo passante retangular.
75
Fig. 89 – Representação da Linha de Simetria
O prisma com furo passante retangular é simétrico em relação aos dois eixos
horizontal e vertical. Na vista frontal, as duas linhas de simetria estão indicadas. Na vista
superior, está representada a linha de simetria vertical. Na vista lateral esquerda, está
representada a linha de simetria horizontal.
Um objeto, uma peça ou uma construção, que se deva representar, geralmente não
pode ser desenhada em tamanho natural. As dimensões de uma casa, por exemplo, não
cabem em uma folha de papel, assim como as peças do maquinismo de um relógio de pulso
não podem ser detalhadas em tamanho natural, por serem muito pequenas. Temos,
portanto que recorrer a um processo de ampliação ou redução, conforme o caso que nos
apresenta. A este processo damos o nome de ESCALA, que na verdade é desenhar o objeto
em questão reduzindo ou ampliando proporcionalmente suas medidas. O escalímetro é
fundamental quando das transformações das medidas para as diversas escalas ou mesmo
para tomada de medidas nos desenhos sem indicação da cota.
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76
Fig. 90 – Foto do Titanic. Sem usar do recurso da Escala seria
impossível seu desenho caber na folha do papel.
77
Exemplo: Uma peça que tem 2360 mm de comprimento, na escala de redução de
1:20, o desenho ficará com 118 mm.
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78
Escalas Usuais:
Escala de Redução – 1:1,5; 1:2; 1:2,5; 1:3; 1:5; 1:10; 1:20 – Ex. leitura: um por um e meio; um
por dois; um por dois e meio...
Escala de Ampliação – 2:1; 5:1; 10:1; 20:1 – Ex. leitura: dois por um; cinco por um...
a- Linha de Cota.
b- Linha Auxiliar.
c- Cota.
Linha de Cota – São linhas contínuas finas, com setas, traços inclinados ou pontos nas
extremidades demarcando o espaço a ser cotado ou dimensionado. Nessas linhas são
colocadas as cotas que indicam as medidas do objeto desenhado. As setas indicadas nas
extremidades não devem ser demasiadamente grandes, tampouco pequenas demais. Ver
figuras 74 e 74a.
79
Fig. 42a – Linha de cota com Fig. 42b – Linha de cota com Fig. 42c – Linha de cota com
seta nas extremidades. linha inclinada a 45 graus nas ponto nas extremidades.
extremidades.
Linha Auxiliar – É uma linha contínua estreita que limita a linha de cota. As linhas auxiliares
não devem tocar a peça desenhada.
Linha auxiliar
Cota – São numerais que indicam as medidas básicas da peça e as medidas de seus
elementos. As medidas básicas são: Comprimento, largura e altura.
As cotas devem ser colocadas de modo que o desenho seja lido da esquerda para a
direita e de baixo para cima, paralelo à dimensão cotada. Fig. 44.
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80
Fig. 44 – Indicação da Cota
Quando a cota cobre toda peça trata-se de uma cota total. E quando a cota cobre
partes da peça trata-se de cotas parciais.
Cota Total
Cotas Parciais
81
Exemplos de Cotagem – As cotas guardam uma pequena distancia acima das linhas de cota.
As linhas auxiliares também guardam uma pequena distancia das vistas do desenho. Fig. 46
e 47. Evitar sempre que possível colocar cotas em linhas tracejadas.
Fig. 46
Fig. 47
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82
Cotagem de Elementos Esféricos – Os elementos esféricos têm sua geometria em forma de
esfera. A cotagem destes elementos é feita pela medida de seus diâmetros ou de seus raios.
Figura 49.
Cotagem de Elementos Angulares – Existem peças que têm elementos angulares. Elementos
angulares são formados por ângulos. O ângulo é medido com o goniômetro pela sua
abertura em graus.
83
Cotagem Em Espaços Reduzidos – Para cotar em espaços reduzidos, é necessário colocar as
cotas conforme as figuras 51A e 51B. Quando não houver lugar para setas, estas serão
substituídas por pequenos traços oblíquos.
Cotagem Por Coordenadas – A cotagem aditiva em duas direções pode ser simplificada por
cotagem por coordenadas. A peça fica relacionada a dois eixos e suas cotas são indicadas em
uma tabela ao invés de indicá-las diretamente sobre a peça desenhada.
Fig. 52
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84
Cotas fora de escala – As cotas fora de escala devem ser sublinhadas com uma linha reta
com a mesma largura do algarismo inscrito na cota. Fig. 53.
Fig. 53
Fig. 54
85
DESENHO TÉCNICO – EDIFICAÇÕES
23 – O PROJETO ARQUITETÔNICO
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86
24 – ELEMENTOS DE UM PROJETO ARQUITETÔNICO
Exemplo:
Plantas e Escalas:
PLANTAS ESCALAS
Situação 1:1000, 1:500, etc.
Locação e Coberta 1:100, 1:200.
Planta Baixa 1:50, 1:100, 1:75.
Cortes 1:50, 1:100, 1:75.
Fachada 1:50, 1:100, 1:75.
87
Planta de Situação – Nesta planta são representados todos os elementos necessários para
situar o terreno onde a edificação será construída. Deve conter os dados disponíveis para
situar da melhor forma possível o terreno. A seguir são listados alguns dos dados que, se
disponíveis, devem constar nas plantas de situação.
- Escala;
- Cotas gerais;
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88
Na NBR 6492/94 verifica-se, ainda, a recomendação de outros dados que, se
disponíveis, devem constar nas plantas de situação.
Planta
Devemos imaginar deefeito
para Locação e Coberta
de desenho, esse plano horizontal a 1,50m de altura
do piso do pavimento que está sendo desenhado e o sentido de observação em direção ao
Esc. 1:200
89
piso, é de cima para baixo. Tudo que é cortado por este plano deve ser desenhado com
linhas grossas, e o que está abaixo deve ser desenhado em vista com linhas finas.
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90
Planta Baixa
Escala 1:50
91
Passos para montagem da planta baixa
- Inicialmente deve ser estimado o tamanho total do desenho (com base na escala escolhida
para sua representação) e verificado como os diversos desenhos componentes do projeto
serão distribuídos nas pranchas, determinando, também, o tamanho das folhas que serão
utilizadas e quais desenhos serão colocados em cada uma delas. Caso o desenho esteja
sendo confeccionado em CAD este processo pode ser realizado ao final do trabalho.
- Determinação das paredes: São demarcadas as paredes da edificação através das linhas
horizontais, verticais, inclinadas e curvas que as representam.
- Representação da posição dos vãos e das dimensões das esquadrias. As portas são
representadas abertas, devendo aparecer o arco que demarca sua abertura e também as
dimensões principais deverão ser representadas: h (altura) x l (largura) x p (peitoril).
- Representação dos desníveis: degraus, rampas, soleiras, balcões, demais detalhes em vista
e principais detalhes em projeção.
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Seguindo os conceitos do desenho da planta baixa, tudo que é cortado, ou melhor,
atingido pelo plano de corte, deve ser desenhado com linhas grossas, e o que está fora dele,
desenhado em vista com linhas finas.
93
Corte AB
Escala 1:50
- Demarcação dos limites inferior e superior do corte (contra piso, laje de forro, etc.).
- Indicação das vigas de fundação e estrutura geral (lajes e vigas de cada pavimento).
- Eixos do projeto;
- Sistema estrutural;
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94
- Caracterização dos elementos de projeto:
- Escala;
FACHADA FRONTAL
ESCALA..... 1:50
95
25 – SIMBOLOGIAS EM PLANTA BAIXA
PAREDES
Convenciona-se para paredes altas (que vão do piso ao teto) traço grosso contínuo,
e para paredes a meia altura, com traço médio contínuo, indicando a altura correspondente.
Obs.
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96
1 - Vãos mais usuais -0,80; 0,90.
PORTA DE CORRER
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PORTA DE ENROLAR (PLANTA BAIXA)
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PORTA VAI E VEM (PLANTA BAIXA)
PEITORIL – Altura que vai do piso até a base inferior das janelas.
As medidas que colocamos na planta baixa em relação às especificações das portas e janelas
é a LARGURA.
PEÇAS SANITÁRIAS
99
CHUVEIRO (PLANTA BAIXA)
26 - SIMBOLOGIAS EM CORTES
PORTAS (CORTE)
Obs. O pé direito é a altura que vai do piso até o teto, é variável e depende dos códigos
municipais.
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100
JANELA ALTA E JANELA BAIXA (CORTE)
Alguns objetos quando desenhados em cortes, suas alturas a partir do piso serão:
- Pia: 80 cm.
- Balcão: 80 cm.
- Chuveiro: 1,80 m.
05 – OUTRAS SIMBOLOGIAS
06 – COTAS DO PROJETO
101
Planta Baixa
Cortes
- Cotar só na vertical;
- Cotar o pé-direito;
Fachadas
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102
- Não recebe linhas de cotas.
Situação
Locação e Coberta
- Cotar recuos;
07 – LINHAS CONVENCIONAIS
Paredes em vistas, linhas de piso, vista do peitoril, textura de piso, portas, janelas – Traços
finos e contínuos.
Observações:
1- Todas as anotações dos desenhos deverão ser feitas com caligrafia técnica.
2- Indicar em todos os desenhos a escala usada.
Ex:
103
PLATA BAIXA PAVTO TÉRREO
ESCALA 1:50
1- Planta baixa;
2- Cortes;
3- Fachadas;
4- Locação e coberta;
5- Situação.
Ex.
03/04 – Cortes.
04/04 – Fachadas.
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104
Existe algumas técnicas que ajudam a desenvolver os desenhos:
Veja esse exemplo. O qual pode ser desenvolvido em uma superfície de papel ou na tela do
computador em programa específico.
1º Passo
- A partir do esboço, começar pela planta baixa, desenhando as paredes externas e suas
respectivas espessuras de 15 cm.
2º Passo
3º Passo
4º Passo
- Cotar;
- Indicar posições dos cortes (sempre passar um corte por bwc, cozinha, escada);
5º Passo
105
A partir da planta baixa e de acordo com a indicação do plano do corte:
- Traçar o embasamento;
- Desenhar os elementos em vista, ou seja, os que não foram atingidos pelo plano do corte;
6º Passo
7º Passo
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32 – REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:
1 - FRENCH, Thomas E. Desenho Técnico. 19. ed. Porto Alegre: Globo, 1978.
2 - SILVA, Arlindo et al. Desenho Técnico Moderno. 4. ed. Rio de Janeiro: LTC, 2006.
5 – SILVA, Gilberto Soares da. Curso de Desenho Técnico. São Paulo: Sagra. DC Luzzatto, 1978.
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