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Desenho técnico

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Desenho técnico

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Desenho técnico

DESENHO TÉCNICO
( AULA 01)
1 – INTRODUÇÃO
Transmissão de um recado (mensagem, pensamento) Fala (linguagem), gestos
e desenhos.

O desenho é a representação gráfica da comunicação

Essa representação gráfica trouxe grandes contribuições para a


compreensão da História.

As atuais técnicas de representação foram criadas com o passar do


tempo, à medida que o homem foi desenvolvendo seu modo de vida, sua
cultura. Veja algumas formas de representação da figura humana, criadas em
diferentes épocas históricas.

Desenho das cavernas de Skavberg (Noruega) do período mesolítico (6000 -


4500 a.C.). Representação esquemática da figura humana. O desenho é a
representação gráfica da comunicação.

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Representação egípcia do túmulo do escriba Nakht, século XIV a.C.


Representação plana que destaca o contorno da figura humana.

Nu, desenhado por Miguel Ângelo Buonarroti (1475-1564). Aqui, a


representação do corpo humano transmite a idéia de volume.

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O desenho artístico e o técnico

Esses exemplos de representação gráfica são considerados desenhos


artísticos. Embora não seja artístico, o desenho técnico também é uma forma
de representação gráfica, usada, entre outras finalidades, para ilustrar
instrumentos de trabalho, como máquinas, peças e ferramentas. E esse tipo de
desenho também sofreu modificações, com o passar do tempo.

O desenho técnico é um tipo de representação gráfica utilizado por


profissionais de uma mesma área, como, por exemplo, na mecânica, na
marcenaria ou na eletricidade.

Observe os desenhos abaixo:

Cabeça de Criança, Paloma, de Pablo Picasso.

de Rosalba Carreira

Estes são exemplos de desenhos artísticos. Os artistas transmitiram


suas idéias e seus sentimentos de maneira pessoal sem o compromisso de
retratar fielmente a realidade. O desenho artístico reflete o gosto e a
sensibilidade do artista que o criou.

O desenho técnico, ao contrário do artístico, deve transmitir com


exatidão todas as características do objeto que representa. Para conseguir
isso, o desenhista deve seguir regras estabelecidas previamente, chamadas
de normas técnicas. Assim, todos os elementos do desenho técnico obedecem
a normas técnicas, ou seja, são normalizados. Cada área ocupacional tem seu
próprio desenho técnico, de acordo com normas específicas. Observe alguns
exemplos:

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Desenho Técnico Elétrico

Desenho Técnico de um Esquema Eletrônico

Desenho técnico da montagem usando uma ponte de terminais.

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Desenho técnico de um esquema eletrônico.

Desenho técnico da montagem usando uma placa de circuito impresso.

Como é elaborado um desenho técnico

Nesses desenhos, as representações foram feitas por meio de traços,


símbolos, números e indicações escritas, de acordo com normas técnicas.

No Brasil, a entidade responsável pelas normas técnicas é a ABNT -


Associação Brasileira de Normas Técnicas.

 Elaboração da peça:

• Esboço (desenho técnico à mão livre), também chamado de


rascunho. O esboço serve de base para a elaboração do desenho

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preliminar. O desenho preliminar corresponde a uma etapa


intermediária do processo de elaboração do projeto, que ainda
pode sofrer alterações.

• Depois de aprovado, o desenho que corresponde à solução final


do projeto será executado pelo desenhista técnico. O desenho
técnico definitivo , também chamado de desenho para execução,
contém todos os elementos necessários à sua compreensão.

• O desenho para execução, que tanto pode ser feito na


prancheta, como no computador, deve atender rigorosamente a
todas as normas técnicas que dispõem sobre o assunto.

• O desenho técnico chega pronto às mãos do profissional que vai


executar a peça. Esse profissional deve ler e interpretar o
desenho técnico para que possa executar a peça. Quando o
profissional consegue ler e interpretar corretamente o desenho
técnico, ele é capaz de imaginar exatamente como será a peça,
antes mesmo de executá-la. Para tanto, é necessário conhecer as
normas técnicas em que o desenho se baseia e os princípios de
representação da geometria descritiva.

Geometria descritiva: a base do desenho técnico

O desenho técnico, tal como nós o entendemos hoje, foi


desenvolvido graças ao matemático francês Gaspar Monge
(1746-1818). Os métodos de representação gráfica que existiam
até aquela época não possibilitavam transmitir a Idéia dos objetos
de forma completa, correta e precisa.

Monge criou um método que permite representar, com


precisão, os objetos que tem três dimensões (comprimento,
largura e altura) em superfícies planas, como, por exemplo, uma
folha de papel, que tem apenas duas dimensões (comprimento e
largura).

Esse método, que passou a ser conhecido como método


mongeano, é usado na geometria descritiva. E os princípios da
geometria descritiva constituem a base do desenho técnico. Veja
a seguir:

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Figuras geométricas

Na geometria estudamos a forma, tamanho e a posição de um corpo,


que é tudo aquilo que ocupa lugar no espaço.

Figuras geométricas elementares

Ponto

O ponto é a figura geométrica mais simples. Não tem dimensão,


isto é, não tem comprimento, nem largura, nem altura. No desenho, o ponto é
determinado pelo cruzamento de duas linhas. Para identificá-lo, usamos letras
maiúsculas do alfabeto latino, como mostram os exemplos:

Linha

Podemos ter uma idéia do que é linha, observando os fios que unem os
postes de eletricidade ou o traço que resulta do movimento da ponta de um
lápis sobre uma folha de papel. A linha tem uma única dimensão: o
comprimento.

Você pode imaginar a linha como um conjunto infinito de pontos


dispostos sucessivamente. O deslocamento de um ponto também gera uma
linha.

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Linha reta ou reta

Para se ter a idéia de linha reta, observe um fio bem esticado. A reta é
ilimitada, isto é, não tem início nem fim. As retas são identificadas por letras
minúsculas do alfabeto latino. Veja a representação da uma reta:

Linha Poligonal ou quebrada

São linhas formadas por segmentos (pedaços) de retas interligadas em


diferentes direções.

Linha mista

É a linha formada por segmentos de linhas retas e linhas curvas.

Semi-reta

Tomando um ponto qualquer de uma reta, dividimos a reta em duas


partes, chamadas semi-retas. A semi-reta sempre tem um ponto de origem,
mas não tem fim.

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Segmento de reta

Tomando dois pontos distintos sobre uma reta, obtemos um pedaço


limitado de reta. A esse pedaço de reta, limitado por dois pontos, chamamos
segmento de reta. Os pontos que limitam o segmento de reta são chamados de
extremidades. No exemplo a seguir temos o segmento de reta CD, que é
representado da seguinte maneira: CD.

Plano

Podemos ter uma Idéia do que é o plano observando uma parede ou o


tampo de uma mesa.

Você pode imaginar o plano como sendo formado por um conjunto de


retas dispostas sucessivamente numa mesma direção ou como o resultado do
deslocamento de uma reta numa mesma direção. O plano é ilimitado, isto é,
não tem começo nem fim. Apesar disso, no desenho, costuma-se representá-lo
delimitado por linhas fechadas:

Para identificar o plano usamos letras gregas. É o caso das letras: α


(alfa), β (beta) e γ (gama), que você pode ver nos planos representados na
figura anterior.

O plano tem duas dimensões, normalmente chamadas comprimento e


largura. Se tomamos uma reta qualquer de um plano, dividimos o plano em
duas partes, chamadas semiplanos.

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DESENHO TÉCNICO
( AULA 02)

Posições da reta e do plano no espaço


A geometria, ramo da Matemática que estuda as figuras geométricas,
preocupa-se também com a posição que os objetos ocupam no espaço.

A reta e o plano podem estar em posição vertical, horizontal ou


inclinada.

Um tronco boiando sobre a superfície de um lago nos dá a idéia de uma


reta horizontal. Porque uma reta acompanha a linha do horizonte.

O pedreiro usa o prumo para verificar a verticalidade das paredes. O fio


do prumo nos dá a idéia de reta vertical.

Um plano é vertical quando tem pelo menos uma reta vertical;

É horizontal quando todas as suas retas são horizontais. Quando não é


horizontal nem vertical, o plano é inclinado. Veja as posições da reta e do
plano.

Reta vertical, horizontal e inclinada

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Retas concorrentes

São quando duas retas situadas num mesmo plano, ao serem


prolongadas, se encontram formando um ponto comum às duas.

Retas paralelas

Quando duas retas, por mais que sejam prolongadas (infinito), nunca se
encontram.

Retas perpendiculares

São as retas que quando se encontram, formam ângulos adjacentes


iguais, também chamados de retos (90º).

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Ângulo

Ângulo é a figura geométrica formada por duas semi-retas de mesma


origem. A medida do ângulo é dada pela abertura entre seus lados.

Bissetriz

Semi-reta que divide um ângulo pela metade.

Medida do ângulo

Uma das formas para se medir o ângulo consiste em dividir a


circunferência em 360 partes iguais. Cada uma dessas partes corresponde a 1
grau (1º).

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A medida em graus é indicada pelo numeral seguido do símbolo de grau.

Exemplo: 45º (lê-se: quarenta e cinco graus).

Ângulo reto

É o ângulo formado por duas retas perpendiculares e mede exatamente


90º.

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Ângulo agudo

É o ângulo menor que o ângulo reto, ou seja, menor que 90º.

Ângulo obtuso

É o ângulo maio que o ângulo reto, ou seja, maior que 90º.

Ângulo raso

Este ângulo mede exatos 180º, ou seja, a metade exata de uma


circunferência (360º).

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Ângulos adjacentes

São dois ângulos que possuem o mesmo vértice e um lado comum.


Eles podem ou não ter a mesma medida.

Ângulos opostos pelo vértice

Dois ângulos são postos pelo vértice quando os lados de um deles são
formados pelo prolongamento dos lados do outro. Suas medidas são sempre
iguais.

Ângulos complementares

Quando a soma das medidas de dois ângulos resultarem 90º. Diz-se


que um é complemento do outro.

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Ângulos suplementares

Ocorre quando a soma de dois ângulos totalizam 180º (ângulo raso).


Diz-se que um é suplemento do outro.

Figuras Geométricas Planas

Uma figura qualquer é plana quando todos os seus pontos situam-se no


mesmo plano. A seguir você vai recordar as principais figuras planas. Algumas
delas você terá de identificar pelo nome, pois são formas que você encontrará
com muita freqüência em desenhos técnicos.

Observe a representação de algumas figuras planas de grande interesse


para nosso estudo:

As figuras planas com três ou mais lados são chamadas polígonos.

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• Quadrado é o quadrilátero (polígono de quatro lados) que tem quatro


lados e quatro ângulos iguais.

• Retângulo é o quadrilátero que tem quatro ângulos retos e lados iguais


e paralelos dois a dois.

• Paralelogramo é o quadrilátero que tem os lados paralelos dois a dois,


porém não formando ângulos retos.

• Trapézio é o quadrilátero que tem apenas dois lados paralelos. Um


trapézio pode ser isósceles, escaleno ou retângulo.

• Losango é o quadrilátero que tem os lados iguais e os ângulos opostos


iguais.

• Triângulo é uma figura geométrica formada por três lados e três


ângulos cuja soma é sempre 180º.

• Os triângulos se classificam quanto aos lados em:

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Os triângulos se classificam quanto aos ângulos em:

• Polígonos é qualquer figura formada por uma linha poligonal fechada.


Os polígonos podem ser regulares ou irregulares.

• Regulares é quando todos os lados e ângulos são iguais:

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• Irregulares é quando os lados e ângulos são deferentes:

Nomes dos polígonos, de acordo com a quantidade de lados:

• 3 lados: Triângulo

• 4 lados: Quadrilátero

• 5 lados: Pentágono

• 6 lados: Hexágono

• 7 lados: Heptágono

• 8 lados: Octógono

• 9 lados: Eneágono

• 10 lados: Decágono
Os polígonos que possuem mais de 10 lados podem ser chamados de
polígono de 11 lados, polígono de 12 lados, etc.

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• Circunferência é uma figura plana formada por uma linha curva


fechada, cujos pontos que forma esta linha, distam igualmente de um
ponto chamado centro.

• Círculo é a porção limitada pela circunferência.

• Elementos da circunferência

• Raio é o segmento de reta que liga o centro a qualquer ponto da


circunferência.

• Corda é o segmento de reta que liga dois pontos da circunferência.

• Diâmetro é a corda que passa pelo centro da circunferência sendo,


portanto, o dobro do raio.

• Arco é a porção da circunferência limitada por dois pontos, ou seja,


pela corda.

• Flecha é o segmento de reta que une o ponto médio do arco ao ponto


médio da corda.

• Secante é a linha que passa pelo interior da circunferência, contando-a


em dois pontos.

• Tangente é a linha que, passando externamente à circunferência, toca


em um ponto da mesma.

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• Elementos da circunferência

• Circunferências Concêntricas são as circunferências que tem o


mesmo centro.

• Circunferências Excêntricas são as circunferências que não tem o


mesmo centro.

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• Segmento Circular é a porção do círculo limitada pela corda e pelo


arco.

• Coroa Circular é a porção do círculo compreendida entre duas


circunferências concêntricas.

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DESENHO TÉCNICO
( AULA 03)
Sólidos Geométricos
Você já sabe que todos os pontos de uma figura plana localizam-se no
mesmo plano. Quando uma figura geométrica tem pontos situados em
diferentes planos, temos um sólido geométrico.

Analisando a ilustração abaixo, você entenderá bem a diferença entre uma


figura plana e um sólido geométrico.

Os sólidos geométricos tem três dimensões: comprimento, largura e


altura. Embora existam infinitos sólidos geométricos, apenas alguns, que
apresentam determinadas propriedades, são estudados pela geometria.

Os sólidos que você estudará neste curso tem relação com as figuras
geométricas planas mostradas anteriormente.

Os sólidos geométricos são separados do resto do espaço por


superfícies que os limitam. E essas superfícies podem ser planas ou curvas.

Dentre os sólidos geométricos limitados por superfícies planas,


estudaremos os prismas, o cubo e as pirâmides. Dentre os sólidos geométricos
limitados por superfícies curvas, estudaremos o cilindro, o cone e a esfera,
que são também chamados de sólidos de revolução.

É muito importante que você conheça bem os principais sólidos


geométricos porque, por mais complicada que seja, a forma de uma peça
sempre vai ser analisada como o resultado da combinação de sólidos
geométricos ou de suas partes.

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Prisma

O prisma é um sólido geométrico limitado por polígonos. Você pode


imaginá-lo como uma pilha de polígonos iguais muito próximos uns dos outros,
como mostra a ilustração:

O prisma pode também ser imaginado como o resultado do


deslocamento de um polígono. Ele é constituído de vários elementos. Para
quem lida com desenho técnico é muito importante conhecê-los bem. Veja
quais são eles nesta ilustração:

Note que a base desse prisma tem a forma de um retângulo. Por isso ele
recebe o nome de prisma retangular. Dependendo do polígono que forma sua
base, o prisma recebe uma denominação específica. Por exemplo: o prisma
que tem como base o triângulo, é chamado prisma triangular.

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Desenho técnico

Quando todas as faces do sólido geométrico são formadas por figuras


geométricas iguais, temos um sólido geométrico regular.

O prisma que apresenta as seis faces formadas por quadrados


iguais recebe o nome de cubo.

Pirâmide

A pirâmide é outro sólido geométrico limitado por polígonos. Você pode


imaginá-la como um conjunto de polígonos semelhantes, dispostos uns sobre
os outros, que diminuem de tamanho indefinidamente. Outra maneira de
imaginar a formação de uma pirâmide consiste em ligar todos os pontos de um
polígono qualquer a um ponto P do espaço.

O nome da pirâmide depende do polígono que forma sua base. Na


próxima figura, temos uma pirâmide quadrangular, pois sua base é um
quadrado. O número de faces da pirâmide é sempre igual ao número de lados
do polígono que forma sua base mais um. Cada lado do polígono da base é
também uma aresta da pirâmide. O número de arestas é sempre igual ao
número de lados do polígono da base vezes dois.

O número de vértices é igual ao número de lados do polígono da base mais


um. Os vértices são formados pelo encontro de três ou mais arestas. O vértice
principal é o ponto de encontro das arestas laterais.

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Sólidos de Revolução

Alguns sólidos geométricos, chamados sólidos de revolução, podem ser


formados pela rotação de figuras planas em torno de um eixo. Rotação significa
ação de rodar, dar uma volta completa. A figura plana que dá origem ao sólido
de revolução chama-se figura geradora. A linha que gira ao redor do eixo
formando a superfície de revolução é chamada linha geratriz.

O cilindro, o cone e a esfera são os principais sólidos de revolução.

Cilindro

O cilindro é um sólido geométrico, limitado lateralmente por uma


superfície curva. Você pode imaginar o cilindro como resultado da rotação de
um retângulo ou de um quadrado em torno de um eixo que passa por um de
seus lados. No desenho, está representado apenas o contorno da superfície
cilíndrica. A figura plana que forma as bases do cilindro é o círculo. Note que o
encontro de cada base com a superfície cilíndrica forma as arestas.

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Cone

O cone também é um sólido geométrico limitado lateralmente por uma


superfície curva. A formação do cone pode ser imaginada pela rotação de um
triângulo em torno de um eixo que passa por um dos seus catetos. A figura
plana que forma a base do cone é o círculo. O vértice é o ponto de encontro de
todos os segmentos que partem do círculo. No desenho está representado
apenas o contorno da superfície cônica. O encontro da superfície cônica com a
base dá origem a uma aresta.

Esfera

A esfera também é um sólido geométrico limitado por uma superfície


curva chamada superfície esférica. Podemos imaginar a formação da esfera a
partir da rotação de um semicírculo em torno de um eixo, que passa pelo seu
diâmetro.

O raio da esfera é o segmento de reta que une o centro da esfera a


qualquer um de seus pontos. Diâmetro da esfera é o segmento de reta que
passa pelo centro da esfera unindo dois de seus pontos.

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Sólidos Geométricos Truncados

Quando um sólido geométrico é cortado por um plano, resultam novas


figuras geométricas: os sólidos geométricos truncados. Veja alguns exemplos
de sólidos truncados, com seus respectivos nomes

Sólidos Geométricos Vazados

Os sólidos geométricos que apresentam partes ocas são chamados


sólidos vazados. As partes extraídas dos sólidos geométricos, resultando na
parte oca, em geral também correspondem aos sólidos geométricos que você
já conhece. Observe a figura, notando que, para obter o cilindro vazado com
um furo quadrado, foi necessário extrair um prisma quadrangular do cilindro
original.

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Comparando Sólidos Geométricos

As relações entre as formas geométricas e as formas de alguns objetos


da área da Mecânica são evidentes e imediatas. Você pode comprovar esta
afirmação analisando os exemplos a seguir.

Há casos em que os objetos tem formas compostas ou apresentam


vários elementos. Nesses casos, para entender melhor como esses objetos se
relacionam com os sólidos geométricos, é necessário decompô-los em partes
mais simples.

Analise cuidadosamente os próximos exemplos. Assim, você aprenderá


a enxergar formas geométricas nos mais variados objetos. Examine este rebite
de cabeça redonda e imaginando o rebite decomposto em partes mais simples,
você verá que ele é formado por um cilindro e uma calota esférica (esfera
truncada).

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Desenho técnico

Existe outro modo de relacionar peças e objetos com sólidos


geométricos.

Observe, na próxima figura, como a retirada de formas


geométricas de um modelo simples (bloco prismático) da origem a outra forma
mais complexa.

Nos processos industriais o prisma retangular é o ponto de partida para


a obtenção de um grande número de objetos e peças.

A próxima figura é o desenho de um modelo que também deriva


de um prisma retangular.

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Semi-reta

Tomando um ponto qualquer de uma reta, dividimos a reta em


duas partes, chamadas semi-retas. A semi-reta sempre tem um ponto de
origem, mas não tem fim.

Segmento de reta

Tomando dois pontos distintos sobre uma reta, obtemos um


pedaço limitado de reta. A esse pedaço de reta, limitado por dois pontos,
chamamos segmento de reta. Os pontos que limitam o segmento de reta são
chamados de extremidades. No exemplo a seguir temos o segmento de reta
CD, que é representado da seguinte maneira: CD.

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