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Sistemas de potência

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Sistemas de potência

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Sistemas de potência

( AULA 01)

1 – INTRODUÇÃO

SISTEMAS DE POTÊNCIA

INTRODUÇÃO

De acordo com a portaria 1.569 de 23/12/93 do DNAEE, o fator de potência


mínimo exigido é de 0,92 (a partir de março/96), medidos de acordo com a média
horária, impondo multas para os usuários que não estiverem de acordo com esta
portaria.

Outro aspecto que deve ser levado em consideração em uma rede elétrica de
baixa tensão é a qualidade da tensão fornecida aos seus usuários. As concessionárias
de energia elétrica adotam a faixa de ± 5 % em relação a tensão nominal como a
variação aceitável da tensão das redes elétricas de baixa.

Diante desta situação, desenvolveu-se um protótipo trifásico com controle


microprocessado que realize o chaveamento automático de grupos capacitivos
monofásicos de tal forma que mantenha a tensão eficaz eu o fator de potência de cada
fase da rede de baixa tensão dentro dos limites de qualidade de energia especificados
pela concessionária de energia elétrica ou pelo usuário.

Este sistema de controle deve ser bastante flexível para realizar as correções da
tensão eficaz e do fator de potência em tempo real, de acordo com o consumo de
energia elétrica.

Optou-se por usar a designação de “fator de potência”, porque se considera que


as cargas são lineares. Caso isso não seja verdadeiro, o que será medido e controlado
é o “fator de deslocamento”.As funções alternadas senoidais são particularmente
importantes para a análise de circuitos pois a maior parte dos sistemas de produção e
distribuição elétrica gera e transmite energia através de grandezas cuja evolução no
tempo se pode considerar senoidal; a sigla, normalmente utilizada para designar esta
forma de energia elétrica é “AC” e deriva da designação inglesa Alternating Current .

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(a) (b) (c)

Figura 1 – (a) Grandeza alternada senoidal; (b) Grandeza Alternada não senoidal (c)
Grandeza contínua

A grande vantagem da alimentação em AC, comparativamente à DC ( Direct Current )


onde as grandezas têm uma evolução constante no tempo, verifica-se na eficiência do
transporte de energia por esta se poder fazer a muito alta tensão; a tensão alternada
produzida numa central é elevada por um transformador que, conseqüentemente
diminui, aproximadamente, na mesma proporção a corrente; as perdas são assim
menores em alta tensão, do que seriam se a energia fosse transportada ao nível de
tensão a que é produzida. Esta foi a principal razão porque os sistemas AC se
impuseram face aos sistemas DC.

Definição

Uma grandeza alternada senoidal, , pode ser descrita pela expressão matemática:

sendo o valor instantâneo , a sua amplitude máxima , a fase ,


a freqüência angular que se expressa em radianos por segundo e a
fase inicial expressa em radianos.

A freqüência angular relaciona-se com a freqüência , expressa em ciclos por


segundo ou hertz (Hz), através de:

A freqüência pode ser expressa em função do período , através de:

Todos estes parâmetros da senóide estão graficamente representados na figura


seguinte

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Figura 2 – Representação gráfica de uma grandeza senoidal

Dadas duas grandezas senoidais com igual freqüência, descritas pelas expressões:

designa-se por defasagem entre as grandezas, a diferença de fases iniciais, .

Figura 3 – Representação gráfica do defasamento entre duas grandezas senoidais

De acordo com o exemplo dado, diz-se que a grandeza está avançada


radianos, relativamente a . A afirmação dual também é válida: a grandeza
está atrasada radianos, relativamente a .

Valor Eficaz

O conceito de valor eficaz de uma tensão ou corrente alternada senoidal está


diretamente ligado à potência transferida por esse par de grandezas; é através do
valor eficaz que se pode comparar a potência associada a grandezas AC com potências
associadas a grandezas DC. Fisicamente , o valor eficaz de uma corrente alternada é
o valor da intensidade de uma corrente contínua que produziria, numa resistência, o
mesmo efeito calorífico que a corrente alternada em questão. O caso particular de uma
grandeza alternada senoidal expressa por , a expressão anterior
conduz a:

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Poder-se-á assim escrever:

Graficamente, o valor eficaz está relacionado com a área sob a curva que representa a
evolução temporal do quadrado da grandeza, tal como se representa na figura
seguinte.

Figura 4 – Representação gráfica do cálculo do valor eficaz

O valor eficaz de uma grandeza altera-se com a amplitude, com perturbações na forma
da onda, mas não é afetado por variação da freqüência, nem da fase inicial.

Notação Complexa

A notação complexa é uma forma de representar grandezas alternadas senoidal


através de vetores que variam no tempo (vetores girantes). A notação complexa foi
introduzida por Steinmetz, em 1893, e veio simplificar a análise do regime permanente
de circuitos alimentados em AC. Pretende-se determinar qual o vetor representativo
da tensão descrita por

Partindo da função de Euler

onde representa a unidade imaginária, pode-se escrever:

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multiplicando ambos os membros da expressão por , obtém-se:

que será designado por vetor girante e representado por:

Comparando a expressão de com a da evolução temporal de , conclui-se


que corresponde à parte imaginária de . Em termos matemáticos tem-se:

Atendendo a que

o número complexo pode ser representado no plano complexo como um vetor


que, para , vale e que rodará com freqüência angular ao longo do
tempo (correspondente à multiplicação por )

Figura 5 – Representação gráfica de um vetor girante

O vetor designa-se por amplitude complexa de

Graficamente, a tensão descrita por será, em cada instante, a


projeção de sobre o eixo dos imaginários.

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REVISÃO DE TRIGONOMETRIA

Trigonometria (do grego trígonon - triângulo e metron - medida) é parte da


matemática, que nos oferece ferramentas para a resolução de problemas que
envolvem figuras geométricas, principalmente os triângulos, possibilitando o estudo de
seus ângulos, suas medidas e suas relações. Triângulo é uma figura geométrica de 3
lados, e 3 ângulos. Um ângulo qualquer é formado pela intersecção de duas retas ou
semi-retas. O ponto onde as retas se cruzam chama-se vértice e a medida do ângulo é
determinada pela abertura resultante das duas retas. Observe abaixo, os ângulos alfa
e beta:

Qual deles você diria que é o ângulo de maior medida? Para quem que um dia teve
noções de geometria, fica muito óbvio que o ângulo Beta é maior que o ângulo Alfa,
mas se você não tem certeza ou está em dúvida, saiba que a noção de tamanho do
ângulo não está relacionada com o comprimento das linhas que formam o ângulo, mas
sim a ABERTURA do mesmo. O ângulo alfa é mais agudo, mais fino, e portanto é
menor que Beta. Visualmente, é fácil distinguir que Beta é maior que alfa, mas será
que existe algum método um pouco mais seguro de medir um ângulo? Sim. O método
mais comum, é usando um transferidor, que normalmente nos fornece uma escala em
graus, mas nem sempre é possível utilizar um transferidor, principalmente quando se
trata de medição de ângulos relativos a astros na esfera celeste. Assim na antiguidade
foram criados instrumentos para medidas de ângulos entre os astros, que auxiliavam
principalmente nas navegações: O Astrolábio, a Balestilha e o Quadrante.

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A medida de ângulos, normalmente é feita em Graus, mas também são utilizadas as


unidades Grados(ou Gradientes) e Radianos. Um ângulo reto, (aquele formado por
retas perpendiculares) tem as seguintes medidas:

90 graus
100 grados
Pi / 2 Radianos (1,57 radianos)

Triângulos

Triângulo é um polígono de três lados. É o polígono que possui o menor número de


lados. Talvez seja o polígono mais importante que existe. Todo triângulo possui alguns
elementos e os principais são: vértices, lados, ângulos, alturas, medianas e bissetrizes.
Altura é um segmento de reta traçado a partir de um vértice de forma a encontrar o
lado oposto ao vértice formando um ângulo reto. BH é uma altura do triângulo.
Mediana É o segmento que une um vértice ao ponto médio do lado oposto. BM é uma
mediana. Bissetriz É a semi-reta que divide um ângulo em duas partes iguais. O
ângulo B está dividido ao meio e neste caso Ê = Ô. Ângulo Interno É o ângulo
formado por dois lados do triângulo. Todo triângulo possui três ângulos internos.
Ângulo Externo É o ângulo formado por um dos lados do triângulo e pelo
prolongamento do lado adjacente(ao lado). Quanto aos lados, os triângulos são
classificados em:

Equilátero – é o triângulo que tem os 3 lados iguais


Isósceles – é o triângulo que tem dois lados com medidas iguais
Escaleno – é o triângulo que tem os 3 lados com medidas diferentes

Quanto aos ângulos os triângulos são classificados em:

Acutângulo - Todos os ângulos internos são agudos, isto é, as medidas dos ângulos
são menores do que 90 graus.

Obtusângulo - Um ângulo interno é obtuso, isto é, possui um ângulo com medida


maior do que 90 graus.

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Retângulo - Possui um ângulo interno reto (90 graus).

Importante!!! A soma dos ângulos internos de qualquer triângulo é sempre


igual a 180 graus.

Semelhança de Triângulos

Duas figuras são semelhantes quando têm a mesma forma, mas não necessariamente
o mesmo tamanho. Geometricamente também é possível medir ângulos. Em um
triângulo retângulo, a medida de um determinado ângulo é o resultado da divisão do
seu cateto oposto pelo cateto adjacente.

Medidas Trigonométricas

Supondo-se que o vértice do ângulo é o centro de uma circunferência de raio


arbitrário, observamos que:

AC é o Seno do ângulo alfa.


OC é o Cosseno do ângulo alfa
OD e OA são o raio do círculo
trigonométrico e vale 1.
BD é a Tangente do ângulo alfa.
EF é a Cotangente do ângulo
alfa.
OB é a Secante do ângulo alfa.
OF é a Cossecante do ângulo
alfa.

Observando a figura acima e retirando dela o triângulo pequeno OAC, triângulo médio
OBD e o triângulo maior FOE

1. Quando o ponto A vai subindo a linha de 0 até 90º, o seno vai aumentando e o
cosseno vai diminuindo.
2. A tangente é a linha que vai do ponto D, na vertical, até o encontro com o
prolongamento do lado esquerdo do ângulo.
3. A cotangente é alinha que vai do ponto E, na horizontal, até o encontro com o
prolongamento do lado esquerdo do ângulo.
4. A secante é alinha que sai do centro O, vai por cima do lado esquerdo do
ângulo alfa até encontrar a tangente o que acontece no ponto B.
5. A cossecante é linha que sai do centro O, vai por cima do lado esquerdo do
ângulo alfa até encontrar a cotangente o que acontece no ponto F.

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Corrente Alternada

Corrente Alternada e Tensão Monofásica

A tensão e a corrente produzidas por fontes geradoras podem ser contínuas ou


alternadas. A corrente é contínua quando circula no circuito num único sentido, como
temos estudado até agora. Entretanto, se a corrente sai ora por um, ora por outro
borne, na fonte geradora, circula ora num, ora noutro sentido, no circuito, é corrente
alternada. A fonte geradora de corrente alternada chama-se alternador. Se
representássemos num gráfico os valores da corrente no eixo vertical e o tempo
horizontal, obteríamos uma curva, como a da figura abaixo, para representação da
variação da corrente alternada. Vemos aí que, no instante inicial, a corrente tem valor
nulo, crescendo até um valor máximo, caindo novamente a zero; neste instante, a
corrente muda de sentido, porém, seus valores são os mesmos da primeira parte. O
mesmo acontece com a tensão. A essa variação completa, em ambos os sentido,
sofrida pela corrente alternada, dá-se o nome de ciclo. O número de ciclos descritos
pela corrente alternada, na unidade de tempo, chama-se freqüência. Sua unidade é o
ciclo/segundo ou Hertz. É medida em instrumentos chamados freqüencimetros. As
freqüências mais comumente usadas são 50 c/s e 60 c/s. Durante um ciclo, a corrente
e a tensão tomam valores diferentes de instante a instante; esses são ditos valores
momentâneos ou instantâneos, dentre os quais cumpre destacar o valor máximo
(Imáx). Entretanto, na prática, não é o valor máximo o empregado e sim o valor
eficaz. Por exemplo, um motor absorve uma corrente de 5 A que é o valor eficaz.
Define-se como valor eficaz de uma corrente alternada ao valor de uma corrente
contínua que produzisse a mesma quantidade de calor numa mesma resistência (Lei de
Joule). Tanto o voltímetro como o amperímetro para corrente alternada medem
valores eficazes.

Resistência em Corrente Alternada

Os resistores atuam sobre a corrente alternada praticamente do mesmo modo que


sobre a contínua. A resistência que um resistor oferece à passagem da corrente
elétrica, contínua ou alternada, também chamada de impedância , é dada por:

Z = R ±jX , onde , se X >0 , temos uma reatância indutiva XL , ou se X<0 ,


temos uma reatância capacitiva XC.

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Se enrolarmos um condutor sobre um núcleo de ferro, constituímos um indutor ou


reator. Para a corrente contínua, a resistência a considerar é dada unicamente pela
resistência (ôhmica) do enrolamento do reator. Entretanto, para a corrente alternada,
deve-se considerar ainda outra resistência. É chamada reatância indutiva.

XL = .L = 2. .f0.L , = 2. .f0

Onde:

XL = reatância indutiva, em Ω

f0 = freqüência da corrente alternada, em Hz

L = indutância do indutor ou reator, em henrys

Duas superfícies condutoras separadas por um isolante (dielétrico) constituem um


capacitor. O capacitor não permite a passagem da corrente contínua, aparentando
porém, permitir a alternativa, e oferecendo à passagem desta uma resistência, à qual
damos o nome de reatância capacitiva. A reatância capacitiva de um capacitor é dada
por:

XC = 1/( .C) , = 2. .f0 , XC = 1/(2. .f0.C)

Onde:

XC = resistência capacitiva, em Ω

f0 = freqüência da corrente alternada, em Hz

C = capacitância, em microfarads (µ F)

A capacitância é uma grandeza que caracteriza cada capacitor; sua unidade na


prática se usa um submúltiplo, o microfarad (µ F), que vale a milionésima parte de
farad. Corrente Alternada:

O FATOR DE POTÊNCIA

Quando trabalhamos corrente alternada, naturalmente trabalhamos o fator de


potência , para isso abaixo trabalharemos uma revisão básica de trigonometria , para
termos acesso ao conhecimento de Potência Aparente(kVA ou VA), Potência Ativa (kW
ou W), Potência Reativa (kVAr ou Var) e Fator de Potência (adimensional).

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Defasagem entre Corrente e Tensão

A corrente alternada e a tensão variam em ambos os sentidos durante um


determinado intervalo de tempo, descrevendo um ciclo.

Representando graficamente esta variação, na Figura 14 , obtemos uma onda para a


corrente e outra para a tensão.

Tensão

Corrente

Figura 14 - Tensão avançada em relação à corrente

Os alternadores, fontes geradores de C.A, são máquinas rotativas; por analogia a


elas, o ciclo é dividido em 360º, representando uma circunferência retificadora. Os
valores instantâneos da corrente, ou da tensão, durante um ciclo, podem ser
representados pelas projeções do raio de um circulo, em suas diversas posições. Desse
modo, podemos representar a tensão e a corrente alternada por segmentos de reta
proporcionais aos seus valores instantâneos. Esta representação é denominada
geométrica. É muito usada pela facilidade que apresenta. Os valores máximos da
corrente e da tensão durante um ciclo podem ou não coincidir. Quando coincidem diz-
se que ambas estão em fase. Se não coincidem, estão defasadas. a diferença em
graus, entre os instantes em que ocorrem os valores máximos da corrente e da tensão
chama-se ângulo de fase ( ). Quando a corrente e a tensão estão defasadas pode
ocorrer que a corrente esteja adiantada ou atrasada em relação à tensão. Ao cosseno
do ângulo da fase dá-se o nome de fator de potência. A corrente alternada, passando
através de um resistor estará em fase com a tensão, isto é, o ângulo da fase é nulo
( = 0º). A este fato dá-se o nome de efeito resistivo ou ôhmico puro. Se passa por
um indutor, devido ao fenômeno de auto-indução da bobina, a corrente estará
atrasada em relação à tensão de um ângulo de 90º ( = 90º); temos, então, um efeito
indutivo. Num capacitor, a corrente se adianta da tensão de 90º. O efeito é capacitivo.

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Potência elétrica

Em sistemas elétricos, a potência instantânea desenvolvida por um dispositivo de


dois terminais é o produto da diferença de potencial entre os terminais e a corrente
que passa através do dispositivo. Isto é, P = V.I , onde I é o valor instantâneo da
corrente e V é o valor instantâneo da tensão. Se I está em ampères e V em volts, P
estará em watts. Num sistema de corrente contínua em que I e V se mantenham
invariantes durante um dado período, a potência transmitida é também constante e
igual ao produto . Nos sistemas em que I ou V são variáveis temporais, é possível
determinar a potência média desenvolvida durante um intervalo de tempo a partir da
integração temporal da potência instantânea:

Pi = V(t) . I(t)

onde I(t) é o valor da corrente no instante t e V(t) o valor da tensão no mesmo


instante.

Potência Ativa

No caso da corrente alternada (CA) senoidal, a média de potência elétrica


desenvolvida por um dispositivo de dois terminais pode ser determinada pela resolução
da integral anterior, de onde resulta o produto dos valores quadrados médios (ou RMS,
em inglês) ou eficazes da diferença de potencial entre os terminais e da corrente que
passa através do dispositivo com o cosseno do seu ângulo de desfasamento.

Isto é, PA = |PAP| . Cos PA = VEF . IEF.Cos

onde IEF é o valor eficaz da intensidade de corrente alternada senoidal, VEF é o valor
eficaz da tensão senoidal e é o ângulo de fase ou defasagem entre a tensão e a
corrente. O termo cos é denominado Fator de potência.

Se IEF está em ampères e VEF em volts, P estará em watts. Este valor também se
chama potência ativa.

A energia transferida num determinado intervalo de tempo corresponde ao integral


temporal da potência ativa. É esta a integração realizada pelos contadores de energia
utilizados na faturação de consumos energéticos de instalações.

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Potência Aparente

Se não se inclui o termo cos que haveria que contemplar, devido ao fato de que
a corrente e a tensão estejam defasados entre si, obtemos o valor do que se denomina
potência aparente ou teórica PR que se expressa em volt ampères (VA).

No qual entende-se como o conjugado do número complexo: PAP = PA + jPR


PAP = PA – jPR

É com base no valor desta potência (ou das correntes respectivas) que se faz o
dimensionamento das cablagens e sistemas de proteção das instalações elétricas. Na
contratação de fornecimento de energia eléctrica é normalmente especificada a taxa
de potência que depende da potência aparente máxima a ser disponibilizada pelo
fornecedor.

Potência Reativa

Existe também em CA outra potência, que é a chamada potência reativa cuja unidade
é var e é igual a:

PR = |PAP |. Sen

Numa instalação que apenas possua potência reativa, a potência média tem um valor
nulo, pelo que não é produzido nenhum trabalho útil. Diz-se portanto que a potência
reativa é uma potência devatada (não produz watts ativos). Na indústria elétrica se
recomenda que todas as instalações tenham um fator de potência (cos ) máximo,
com o qual será mínimo e portanto a potência reativa ou não útil será também mínima.
A integração temporal da potência reativa resulta numa energia reativa, que
representa a energia que circula de forma oscilante nas instalações mas não é
consumida por nenhum receptor. Em casos de consumidores especiais de energia
eléctrica (grandes consumidores), esta energia pode ser contabilizada em var-hora, e
faturada adicionalmente à energia ativa consumida, que essa energia armazenada
retorna para a fonte e não produz trabalho útil, um circuito com baixo fator de
potência terá correntes elétricas maiores para realizar o mesmo trabalho do que um
circuito com alto fator de potência. A potência ativa é a capacidade do circuito em
produzir trabalho em um determinado período de tempo. Devido aos elementos
reativos da carga, a potência aparente, que é o produto da tensão pela corrente do
circuito, será igual ou maior do que a potência ativa. A potência reativa é a medida da
energia armazenada que é devolvida para a fonte durante cada ciclo de corrente
alternada. O fluxo de potência em circuitos de corrente alternada tem três
componentes: potência ativa (PA), medida em watts (W); potência aparente (PAP),
medida em volt-ampères (VA); e potência reativa (PR), medida em volt-ampère-reativo
(VAr). O fator de potência pode ser expresso como: FP = Cos . No caso de formas
de onda perfeitamente senoidais, PAP, PA e PR podem ser representados por vetores
que formam um triângulo retângulo, também conhecido como triângulo de potências,
sendo que:

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Sistemas de potência

PAP
PR

PA

Figura 15: Triângulo retângulo que representa a relação


entre as potências aparente (PAP), ativa (PA) e reativa (PR).

Se é o ângulo de fase entre as de ondas de corrente e tensão, então o fator de


potência é igual a Cos , e:

PA
FP
PAP

Por definição, o fator de potência é um número adimensional entre 0 e 1. Quando o


fator de potência é igual a zero (0), o fluxo de energia é inteiramente reativo, e a
energia armazenada é devolvida totalmente à fonte em cada ciclo. Quando o fator de
potência é 1, toda a energia fornecida pela fonte é consumida pela carga.
Normalmente o fator de potência é assinalado como atrasado ou adiantado para
identificar o sinal do ângulo de fase entre as ondas de corrente e tensão elétricas.

O fator de potência é determinado pelo tipo de carga ligada ao sistema elétrico, que
pode ser:

Resistiva
Indutiva
Capacitiva

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Sistemas de potência

Onda de corrente (I) adiantada em relação à onda de tensão (V). A carga possui característica
capacitiva. FP>1 (adiantado)

Onda de corrente (I) atrasada em relação à onda de tensão (V). A carga possui característica
capacitiva. FP<1 (atrasado)

Se uma carga puramente resistiva é conectada ao sistema, a corrente e a tensão


mudarão de polaridade em fase, nesse caso o fator de potência será unitário (1), e a
energia elétrica flui numa mesma direção através do sistema em cada ciclo. Cargas
indutivas tais como motores e transformadores (equipamentos com bobinas) produzem
potência reativa com a onda de corrente atrasada em relação à tensão. Cargas
capacitivas tais como bancos de capacitores ou cabos elétricos enterrados produzem
potência reativa com corrente adiantada em relação à tensão. Ambos os tipos de carga
absorverão energia durante parte do ciclo de corrente alternada, apenas para devolver
essa energia novamente para a fonte durante o resto do ciclo. Por exemplo, para se
obter 1 kW de potência ativa quando o fator de potência é unitário (igual a 1), 1 kVA
de potência aparente será necessariamente transferida (1 kVA = 1 kW ÷ 1). Sob
baixos valores de fator de potência, será necessária a transferência de uma maior
quantidade de potência aparente para se obter a mesma potência ativa. Para se obter
1 kW de potência ativa com fator de potência 0,2 será necessário transferir 5 kVA de
potência aparente (1 kW = 5 kVA × 0,2). Freqüentemente é possível corrigir o fator de
potência para um valor próximo ao unitário. Essa prática é conhecida como correção
do fator de potência e é conseguida mediante o acoplamento de bancos de indutores
ou capacitores, com uma potência reativa Q contrário ao da carga, tentando ao
máximo anular essa componente. Por exemplo, o efeito indutivo de motores pode ser
anulado com a conexão em paralelo de um capacitor (ou banco) junto ao
equipamento. As perdas de energia aumentam com o aumento da corrente elétrica
transmitida. Quando a carga tem fator de potência menor do que 1, mais corrente é
requerida para suprir a mesma quantidade de potência útil. As concessionárias de
energia estabelecem que os consumidores, especialmente os que possuem cargas

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maiores, mantenham os fatores de potência de suas instalações elétricas dentro de um


limite mínimo, caso contrário serão penalizados com cobranças adicionais. Engenheiros
freqüentemente analisam o fator de potência de uma carga como um dos indicadores
que afetam a eficiência da transmissão e geração de energia elétrica.

UMA MANEIRA PRÁTICA DE CONVERSÃO DA FORMA


RETANGULAR PARA A FORMA POLAR E VICE-VERSA

Para que façamos esta conversão teremos que saber que toda a matemática
utilizada até agora é calcada no conjunto do números complexos , além estarmos
operando vetores. A forma retangular ou trigonométrica apresenta dois parâmetros
pela estrutura de Argand-Gauss, ou seja:

+ jXL

2º Quadrante 1º Quadrante

-R +R

3º Quadrante 4º Quadrante

- jXc

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Tabela de correção de quadrantes

Função Quadrante Correção

Z = R+ jX 1º -----------------

Z = - R + jX 2º c = 180º -

Z = - R - jX 3º c = 180º +

Z = R - jX 4º c = 360º -

Circuitos Série RL , RC, LC e RLC em Corrente Alternada

Num circuito série constituído por um resistor e um indutor, ou um resistor e um


capacitor, aplicamos uma tensão VCA de uma fonte geradora da CA, de freqüência f0.

Sendo I a corrente alternada que circula pelo circuito, a queda de tensão no


resistor será: VR = I x R , em fase com a corrente; e a queda de tensão no indutor
será: VL = I.XL , adiantada da corrente de 90º em relação a I. A tensão aplicada está
defasada de um ângulo da corrente, cujo valor é a soma vetorial entre VR e VL.
Colocando-se em série um capacitor no circuito , a queda de tensão será VC = I.XC ,
que está atrasada de 90º em relação à corrente I.

R R

I I
VCA L VCA C

(a) Circuito RL Série (b) Circuito RC Série

Figura 16 – Circuitos Série

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Sistemas de potência

Assim a tensão aplicada será: VL e VC estão sobre uma mesma reta, porém são
de sentido oposto. A impedância será: Z ou , em outras palavras, a resistência total,
oposta pelo circuito à passagem da corrente I.

1) No caso do circuito da Figura 16 (a) temos a impedância representada da


seguinte forma: Z= R + jXL
O cálculo da impedância será feito da conversão da coordenada retangular para a
forma polar, através da determinação do módulo e do ângulo de fase existente entre
os elementos , ou seja:

Forma Retangular Forma Polar (1º Quadrante)

Z R jX L Z Z
2
Z R2 XL
XL
arctg
R

Forma Polar Forma Retangular (1º Quadrante)

Z Z Z R jX L
Z Z Z Z .Cos j Z .Sen

2) No caso do circuito da Figura 16 (b) temos a impedância representada da


seguinte forma: Z= R – jXC
O cálculo da impedância será feito da conversão da coordenada retangular para a
forma polar, através da determinação do módulo e do ângulo de fase existente entre
os elementos , ou seja:

Forma Retangular Forma Polar (2º Quadrante)

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Z R jX L Z Z
Z ( R) 2 ( X L )2
XL
arctg
R

A correção do ângulo do quadrante será: c = 180º -

Forma Polar Forma Retangular (2º Quadrante)

Z Z Z R jX L
Z Z Z Z .Cos j Z .Sen

Para o terceiro quadrante e o quarto quadrante as mesmas regras prevalecerão:

Forma Retangular Forma Polar (3º Quadrante)

Z R jX C Z Z
Z ( R) 2 ( X C )2
XC
arctg
R

A correção do ângulo do quadrante será: c = 180º +

Forma Polar Forma Retangular (3º Quadrante)

Z Z Z R jX C
Z Z Z Z .Cos j Z .Sen

Forma Retangular Forma Polar (4º Quadrante)

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Z R - jX C Z |Z|
|Z| R2 ( X C )2
XC
Arctg
R

A correção do ângulo do quadrante será: c = 360º -

Forma Polar Forma Retangular (4º Quadrante)

Z Z Z R jX C
Z Z Z Z .Cos j Z .Sen

Exemplos de conversões:

1) Converter para a forma polar as seguintes grandezas

a) Z = 400 + j100

b) V = 280 – j80 V

c) I = - 40 + j5 A

Resoluções:

a)

Z 400 j100 Z Z
2
Z R2 XL (400) 2 100 2 160000 10000 170000 412,31
Z 412,31
XL 100
Arctg Arctg Arctg0,25 14,036º
R 400
14,036º Z 412,31 14,036º

Sistemas de Potência - Aula -1 Colégio e Cursos P&C Página 20

22
Sistemas de potência

b)

V 280 j80V V V
2 2
V VR VL 2802 ( 80) 2 78400 6400 84800 291,2V
V 291.2V
VC 80
Arctg Arctg Arctg 0,286 15,945º
VR 280
15,945º V 291,2 15.945º V V 291,2 344,055º V

c)

I 40 j5 A I I
2 2
I IR IL ( 40) 2 52 1600 25 1625 40,311A
I 40,311A
XL 5
Arctg Arctg Arctg 0,125 7,125º
R 40
7,125º I 40.311 7,125º A I 40,311 172,875º A

Vamos agora observar o circuito da figura 16(a) e determinar a sua impedância de


duas formas distintas: em função da reatância e em função da velocidade angular.

Impedância em função da Reatância

Como vimos anteriormente, ao fazermos a conversão de coordenadas polar para


retangular, utilizamos a impedância na forma retangular em função da reatância. No
caso do circuito RL :
2
|Z| R2 XL

Z = R + jXL

= Arctg XL/R

Z = |Z|

Sistemas de Potência - Aula -1 Colégio e Cursos P&C Página 21

23
Sistemas de potência

2
Z R2 XL

Impedância em função da velocidade angular

Quando trabalhamos com C.A. , é importante sabermos que não podemos nos
desvencilhar dos números complexos e suas operações , assim também não podemos
nos desvencilhar da freqüência e as suas conseqüências, tais como , por exemplo a
velocidade angular. Para isso, vamos a partir de agora encontrar o valor da impedância
em função da velocidade angular.

Sabemos que : XL = .L Z = R +j .L , logo o módulo da impedância será:

|Z| R2 ( .L) 2 R2 2
.L2
|Z| R2 2
.L2

= Arctg .L/R

Z = |Z|

Z R2 2
.L2

Exemplo:

1) Utilizando a figura 16(a) , determine a intensidade da corrente elétrica e a que de


tensão em R e em L. Para determinar o valor da queda em cada elemento, a Potência
Aparente, a Potência Ativa, a Potência Reativa e o Fator de Potência. Faça R = 200
e XL = +j80 e VF =380 V.

Resolução:

2
Z = 200 + j80 |Z| R2 XL |Z| 2002 802

|Z | 4000 + 6400

|Z | 46500 215 ,64


| Z=| arctg
215,64
80/20 = arctg 0,4 = 21,80º

Sistemas de Potência - Aula -1 Colégio e Cursos P&C Página 22

24
Sistemas de potência

|Z| = 215,64 21,80º

VF 380
i i = 1,76 A
|Z| 215 ,64

i 1,76 A

VF = VR + VL , a corrente elétrica no circuito série não sofre divisão, portanto o seu


ângulo de fase em relação à tensão é nulo, pois, fora da ressonância, a tensão segue o
mesmo ângulo de fase provocada pela carga, como veremos a seguir:

VR = i.R = 1,76 x 200 = 352 V VR = 352 V

VL = i . jXL = 1,76 x j80 = +j140,80 V

VF = 352 + j140,80 V

| VF | 3522 140,802 = 379,12


V

|VF| = 379,12 V 380 V |VF| = 380 V

= Arctg 140,8/352 = Arctg 0,4 = 21,80º

|VF| = 380 21,80º V


| VF | 123904 19824,64 | VF | 143728,64
Então, mostrando o que já havíamos previsto, o ângulo de fase entre a corrente e a
tensão neste caso é nulo , pelo fato de a tensão seguir o mesmo ângulo de fase da
carga, por causa da ressonância.

380 21,80º
i = 1,76 (21,80º - 21,80º) = 1,76 0º A ou simplesmente,
215,64 21,80º

i = 1,76 A

como encontramos anteriormente.

PAP = V.I

PAP = 380 21,8º.1,88 = 714,4 21,8º VA

PA = 714,14.Cos 21,8º = 714,14.0,928 = 663,07 W PA = 663,07 W

PR = 714,14.Sen 21,8º = 714,14.0,371 = j265,21 VAR PR = j265,21 VAR

PAP = PA + PR = 663,07 + j265,21 VA

Sistemas de Potência - Aula -1 Colégio e Cursos P&C Página 23

25
Sistemas de potência

FP = Cos

714,14 VA

21,80º
+j265,21 VAR 663,07 W

PA 663 ,07 FP = 0,928 FP = 92,8%


FP 0,928
PAP 714 ,14

Observando agora a figura 16(b) repetiremos o processo anterior e encontrar a


impedância do circuito RC série em função da reatância e da velocidade angular.

Impedância em função da reatância:

Z= R – jXC |Z| R2 ( X C )2

= Arctg (-XC/R)

Z =|Z|

Z R2 ( X C )2

Sistemas de Potência - Aula -1 Colégio e Cursos P&C Página 24

26
Sistemas de potência

Impedância em função da velocidade angular:


Sabemos que:

XC = 1/ .C Z=R–j1/ .C
1 1 R 2. 2
.C 2 1
|Z| R2 R2
( .C) 2 2
.C 2 2
.C 2

R 2. 2
.C 2 1 R 2. 2
.C 2 1
|Z|
2
.C 2 .C

R 2. 2
.C 2 1
|Z|
.C

= Arctg –(1/ .R.C)

R 2. 2
.C 2 1
Z
.C

2) Utilizando a figura 16(b) , determine a intensidade da corrente elétrica e a queda


de tensão em R e em C. Para determinar o valor da queda em cada elemento,
faça R = 200 e XC = -j80 e VF =380 V.

Resolução:

Z = 200 + j80 |Z| R2 ( X )2 |Z| 2002 ( 80)2

|Z | 4000 + 6400

|Z | 46500 215 ,64


| Z | 215,64

= arctg -80/200 = arctg -0,4 = -21,80º C = 360º - 21,80º


C = 338,20º

|Z| = 215,64 338,20º

VF 380
i i = 1,76 A i 1,76 A
|Z| 215 ,64

27
Sistemas de potência

VF = VR + VL , a corrente elétrica no circuito série não sofre divisão, portanto o seu


ângulo de fase em relação à tensão é nulo, pois, fora da ressonância, a tensão segue o
mesmo ângulo de fase provocada pela carga, como veremos a seguir:

VR = i.R = 1,76 x 200 = 352 V VR = 352 V

VL = i . jXL = 1,76 x j80 = -j140,80 V

VF = 352 - j140,80 V

| VF | 3522 ( 140,80)2 | VF | 123904 19824,64 | VF | 143728,64 =


379,12 V

|VF| = 379,12 V 380 V |VF| = 380 V

= Arctg -140,8/352 = Arctg -0,4 = -21,80º C = 360º - 21,80º C

= 338,20º

|VF| = 380 338,20º V

Então, mostrando o que já havíamos previsto, o ângulo de fase entre a corrente e a


queda de tensão neste caso é nulo , pelo fato de a tensão seguir o mesmo ângulo de
fase da carga, por não estar em ressonância. Dessa forma, confunde-se o fator de
potência , este falso valor, leva a crer que o fator de potência é máximo, pois, Cos 0º
= 1, ou seja, 100%, ou seja fator de potência 1, só existe mesmo na ressonância,
onde as reatâncias se anulam, como mostrado nos cálculos abaixo:

380 338,20º = 1,76 (338,20º - 338,20º) = 1,76 0º A ou simplesmente,


i
215,64 338,20º

i = 1,76 A

como encontramos anteriormente.

Calculando o fator de potência a partir do triângulo das potências:

PAP = V.I

PAP = 380 338,20º.1,76 = 668,8 338,20º VA

PA = 668,8.Cos 338,20º = 668,8.0,928 =620,45 W PA = 620,45 W

PR = 668,8.Sen 338,20º = 668,8.(-0,371) = -j248,12 VAR PR = -j248,12 VAR

PAP = PA + PR = 620,45 – j248,12 VA

Sistemas de Potência - Aula -1 Colégio e Cursos P&C Página 26

28
Sistemas de potência

FP = Cos

620,45 W

338.20º

- j248,12 VAR

668,80 VA

PA 620 ,45 FP = 0,928 FP = 92,8%


FP 0,928
PAP 668 ,80

Sistemas de Potência - Aula -1 Colégio e Cursos P&C Página 27

29
Sistemas de potência

(AULA 02)

1 – INTRODUÇÃO

Circuito LC Série

Assim como nos casos anteriores, o circuito LC série também na ressonância


anula o ângulo de fase da tensão em relação a corrente. Na ressonância, o valor da
reatância indutiva e da reatância capacitiva se igualam , ou seja, matematicamente se
anulam, XL + XC = 0. Nessa condição, não existirá diferença de fase entre tensão e
corrente. Fora da ressonância, acontece a mesma situação nos casos anteriores: a
tensão segue o ângulo de fase provocada pela carga. Provocando , evidentemente
defasagem entre tensão e corrente.

Analisemos agora o circuito da figura 17 , abaixo:

VF C

Figura 17: Circuito LC Série

Sendo o circuito, uma ligação série e a corrente que circula única, em


conseqüência a queda de tensão provocada pelos elementos associados é igual ao
valor da tensão da fonte. Este valor para corrente obtém-se através da impedância
por meio da reatância ou por meio da velocidade angular.

Sistemas de Potência - Aula -2 Colégio e Cursos P&C Página 1

30
Sistemas de potência

Impedância em função da reatância:

Z = 0 + jXL + jXC |Z| = 0 +j(XL – XC)


2 2 2
|Z| 02 (XL ( X C )2 ) XL XC

2 2
|Z| XL XC

= Arctg (XL – XC)/R , como R =0 = Arctg(XL – XC)/0 = Arctg

Se XL > XC = 90º

temos, então, duas condições:

Se XL < XC = -90º

Escrevendo na forma polar fica: Z = |Z|

2 2
Z XL XC

Para efetuarmos o cálculo da intensidade da corrente elétrica, utilizamos a fórmula:


VF
I e a tensão resultante da soma vetorial VF = jVL - jVC , que é na realidade o
|Z|
valor da fonte, o módulo desta soma:

2 2 2
| VF | VL ( VC ) 2 VL VC

= Arctg (VL – VC)/R , como R =0 = Arctg(VL – VC)/0 = Arctg

Se VL > VC = 90º

temos, então, duas condições:

Se VL < VC = -90º

Escrevendo na forma polar fica: VF = |VF|

2 2
VF VL VC

Sistemas de Potência - Aula -2 Colégio e Cursos P&C Página 2

31
Sistemas de potência

Impedância em função da velocidade angular:

Temos que XL = .L e XC = 1/ .C , partindo desses dois parâmetros, obtemos:

Z = j .L - j1/ .C

1 2 12
|Z| ( .L) 2 ( ) 2
.L2
.C 2
.C 2

2
.L2 . 2
.C 2 1 4
.L2 .C 2 1 4
.L2 .C 2 1
|Z| 2
.C 2 2
.C 2 2
.C 2

4
.L2.C2 1
|Z|
.C

1
.L
Arctg .C como R =0 no circuito LC , temos:
R
1
.L
Arctg .C Arctg
0

Se XL > XC = 90º

temos, então, duas condições:

Se XL < XC = -90º

Escrevendo na forma polar fica: Z= |Z|

4
.L2 .C 2 1
Z
.C

Exemplo:

3) Utilizando a figura 17 , determine a intensidade da corrente elétrica e de tensão


em L e em C. Para determinar o valor da queda em cada elemento, a potência

Sistemas de Potência - Aula -2 Colégio e Cursos P&C Página 3

32
Sistemas de potência

aparente, a potência ativa, a potência reativa e o fator de potência. Faça XL = j80


, XC = -j50 e VF =380 V.

Resolução:

2 2
|Z| XL XC

|Z| 802 ( 50) 2 6400 2500 8900 94,34

= 90º |Z| = 94,34 90º

380
i 4 ,03 A i = 4,03 A
94 ,34

VF = V L + V C

VL = i.XL = 4,03 x j80 = j322,4 V

VC = i.XC = 4,03 x(-j50) = -j201,5 V

VF = j322,4 – j201,5 V

VF 322,42 ( 201,5)2 103941,76 40602,25 144544,01 380,19 V

VF =380 90º V 380 90 º


i 4 ,03 (90 º 90 º ) 4 ,03 0º A
94 ,34 90 º
i = 4,03 A

Calculando o fator de potência a partir do triângulo das potências:

PAP = V.I

PAP = 380 90º.4,03 = 1531,4 90º VA

PA = 1531,4.Cos 90º = 1531,4.0 = 0 W PA = 0 W

PR = 1531,4.Sen 90º = 1531,4.(1) = j1531,4 VAR PR = j1531,4 VAR

PAP = PA + PR = 0 + j1531,4 VA

FP = Cos

+j1531,4 VAR

Sistemas de Potência - Aula -2 Colégio e Cursos P&C Página 4

33
Sistemas de potência

PA 0
FP 0 FP = 0 FP = 0%
PAP 1531 ,4

Predominância de carga de carga reativa (indutiva) , pois, XL > XC , ou seja, corrente


defasada em relação à tensão de 90º. Potência Ativa nula. Existe apenas Potência
Reativa. Ângulo de defasagem provocada pela carga(impedância). Se houvesse
ressonância as reatâncias e igualariam e o fator de potência seria máximo, ou seja =
0º, Cos 0º =1.

Na realidade temos: IF = 4,03 90º A

Circuito RLC – Série

O circuito RLC série apresenta características semelhantes aos exemplos


anteriores , o seu desenvolvimento torna-se simples. Basta utilizar todos os conceitos
dos circuitos anteriores, ou seja , calcular a impedância por meio somas vetoriais.

R L

VF C

Figura 18: Circuito RLC Série

Sistemas de Potência - Aula -2 Colégio e Cursos P&C Página 5

34
Sistemas de potência

Para esse tipo de circuito temos: VF = VR + VL + VC . Ou seja, a soma vetorial das


tensões será dada com o cálculo da corrente que circula no circuito . Como o circuito
é série , o mesmo é percorrido por uma só corrente . Esta corrente ao atravessar os
elementos provocará uma queda de tensão em cada um deles que terá sua soma igual
à tensão gerada pela fonte. A corrente elétrica no circuito série não sofre divisão,
portanto o seu ângulo de fase em relação à tensão é nulo, pois, fora da ressonância a
tensão segue o mesmo ângulo de fase provocada pela carga, sendo o ângulo da
tensão o mesmo da carga, isto fará com que o ângulo de fase em relação à corrente
se anule, como veremos a seguir:

Impedância em função da reatância:

Z = R + jXL - jXC Z = R + j(XL – XC)

|Z| R2 (XL X C )2 = Arctg(XL – XC)/R temos, então, três


condições:

Se XL > XC > 0º

Se XL = XC = 0º

Se XL < XC < 0º

Z R2 (X L X C )2

Impedância em função da velocidade angular:

1 2
XL = .L e XC = 1/ .C Z R jXL jX C |Z| R2 ( .L )2 ( )
.C

4
1 .L2 .C2 1
|Z| R2 ( 2
.L2 2
) R2 ( )
.C2 2
.C2

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35
Sistemas de potência

R 2 . 2 .C2 4
.L2 .C2 1 2
.C2 .(R 2 2
.L2 ) 1
|Z| 2 2 2 2
.C .C

2
.C 2 .(R 2 2
.L2 ) 1 2
.C 2 .(R 2 2
.L2 ) 1
|Z|
2
.C 2 .C

2
.C 2 .(R 2 2
.L2 ) 1
|Z|
.C

= Arctg(-1/ .R.C)

2
.C 2 .(R 2 2
.L2 ) 1
Z
.C

Exemplo:

4) Utilizando a figura 18, determine a intensidade da corrente elétrica e a queda de


tensão em R , em L e em C. Para determinar o valor da queda em cada elemento,
a potência aparente, a potência ativa, a potência reativa e o fator de potência. Faça R
= 200 , XC = -j80 , XL = j50 e VF =380 V.

Z = 200 – j80 + j50 Z = 200 – j30


|Z| 2002 ( 30) 2 40000 900

|Z| 40900 202,24 |Z| = 202,24

= Arctg(-30/200) = Arctg -0,15 = -8,53º C = 360º - 8,53º =


351,47º

Z = 202,24 351,47º

VF 380
IF 1,88 A IF = 1,88 A
|Z| 202 ,24

V F = V R + V L + VC

VR = i.R = 1,88 x 200 =376 V VR = 376 V

VL = i.jXL = 1,88 x j50 = j94 V VL = j94 V

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36
Sistemas de potência

VC = i.(-jXC) = 1,88 x(-j80) = -j150,4 V VC = -150,4 V

VF = 376 + j94 – j150,4 = 376 – j56,4 V VF = 376 – j56,4 V

| VF | 3762 ( 56,4) 2 141376 3180,96 144556,96 380,21 V

|VF| = 380 V

= Arctg -56,4/376 = Arctg -0,15 = -8,53 C = 360º - 8,53º =


351,47º

VF = 380 351,47º V

380 351 ,47 º


i 1,88 (351 ,47 º 351 ,47 º ) 1,88 0A , ou
202 ,24 351 ,47 º
simplesmente, i = 1,88 A.

Calculando o fator de potência a partir do triângulo das potências:

PAP = V.I

PAP = 380 351,47º.1,88 = 714.4 351,47º VA

PA = 714,14.Cos 351,47º = 714,14.0,998 = 712,71 W PA = 712,71 W

PR = 714,14.Sen 351,47º = 714,14.(-0,148) = -j105,7 VAR PR = -j105,7 VAR

PAP = PA + PR = 712,71 – j105,7 VA

FP = Cos

712,71 W

- j105,7 VAR

714,14 VA

PA 712 ,71
FP 0,998 FP = 0,998 FP = 99,8%
PAP 714 ,14

Resumo:

Tensão

Forma Retangular: V = VR jVX

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37
Sistemas de potência

Forma Polar: V = |V|

Módulo da Tensão: | V | ( VR ) 2 ( VX ) 2

Ângulo de Fase: = Arctg( VX/ VR)

Forma Trigonométrica: V = |V|.Cos j|V|.Sen

Intensidade da Corrente Elétrica:

Forma Retangular: I = IR jIX

Forma Polar: I = |I|

Módulo da Intensidade da Corrente Elétrica: | I | ( IR ) 2 ( I X )2

Ângulo de Fase: = Arctg( IX/ IR)

Forma Trigonométrica: I = |I|.Cos j|I|.Sen

Impedância:

Forma Retangular: Z = R jX

Forma Polar: Z = |Z|

Módulo da Impedância: | Z | ( R) 2 ( X) 2

Ângulo de Fase: = Arctg( X/ R)

Forma Trigonométrica: Z = |Z|.Cos j|Z|.Sen

Potência:

Potência Aparente: PAP = V.I , PAP = I2.Z ou ainda PAP = V2/Z

Forma Retangular: PAP = PA jPR

Módulo da Potência Aparente: | PAP | ( PA )2 ( PR )2

Ângulo de Fase: = Arctg( PR/ PA)

Forma Trigonométrica: PAP = |PAP|.Cos j|PAP|.Sen

Forma Polar: PAP =|PAP|

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38
Sistemas de potência

Potência Ativa: PA =|PAP|.Cos

Potência Reativa: PR = |PAP|.Sen

Fator de Potência: FP = Cos FP = (PA/PAP)

Exercícios

1) Utilizando a figura 16(a) , determine a intensidade da corrente elétrica e a queda


de tensão em R e em L. Para determinar o valor da queda em cada elemento, a
potência aparente, a potência ativa, a potência reativa e o fator de potência. Faça R
= 280 , XL = j100 e VF =220 V.

2) Utilizando a figura 16(b) , determine a intensidade da corrente elétrica e a queda


de tensão em R e em C. Para determinar o valor da queda em cada elemento, a
potência aparente, a potência ativa, a potência reativa e o fator de potência. Faça R
= 200 e XC = -j100 e VF =300 V.

3) Utilizando a figura 17 , determine a intensidade da corrente elétrica e de tensão


em L e em C. Para determinar o valor da queda em cada elemento, a potência
aparente, a potência ativa, a potência reativa e o fator de potência. Faça XL = j150
, XC = -j100 e VF =300 V.

4) Utilizando a figura 18, determine a intensidade da corrente elétrica e a queda de


tensão em R , em L e em C. Para determinar o valor da queda em cada elemento,
a potência aparente, a potência ativa, a potência reativa e o fator de potência. Faça
R = 300 , XC = -j200 , XL = j100 e VF =400 V.

5) Utilizando a figura 16(a) , determine a intensidade da corrente elétrica e a queda


de tensão em R e em L. Para determinar o valor da queda em cada elemento, a

Sistemas de Potência - Aula -2 Colégio e Cursos P&C Página 11

39
Sistemas de potência

potência aparente, a potência ativa, a potência reativa e o fator de potência. Faça R


= 300 , XL = j170 e VF =320 V.

6) Utilizando a figura 16(b) , determine a intensidade da corrente elétrica e a queda


de tensão em R e em C. Para determinar o valor da queda em cada elemento, a
potência aparente, a potência ativa, a potência reativa e o fator de potência. Faça R
= 250 e XC = -j150 e VF =350 V.

7) Utilizando a figura 17 , determine a intensidade da corrente elétrica e de tensão


em L e em C. Para determinar o valor da queda em cada elemento, a potência
aparente, a potência ativa, a potência reativa e o fator de potência. Faça XL = j150
, XC = -j100 e VF =300 V.

8) Utilizando a figura 18, determine a intensidade da corrente elétrica e a queda de


tensão em R , em L e em C. Para determinar o valor da queda em cada elemento,
a potência aparente, a potência ativa, a potência reativa e o fator de potência. Faça
R = 400 , XC = -j200 , XL = j200 e VF = 600 V.

9) Utilizando a figura 17 , determine a intensidade da corrente elétrica e de tensão


em L e em C. Para determinar o valor da queda em cada elemento, a potência
aparente, a potência ativa, a potência reativa e o fator de potência. Faça XL = j200
, XC = -j200 e VF =400 V.

10) Utilizando a figura 18, determine a intensidade da corrente elétrica e a queda de


tensão em R , em L e em C. Para determinar o valor da queda em cada elemento,
a potência aparente, a potência ativa, a potência reativa e o fator de potência. Faça
R = 300 , XC = -j100 , XL = j200 e VF = 400 V.

Sistemas de Potência - Aula -2 Colégio e Cursos P&C Página 12

40
Sistemas de potência

11) Utilizando a figura 16(a) , determine a intensidade da corrente elétrica e a queda


de tensão em R e em L. Para determinar o valor da queda em cada elemento, a
potência aparente, a potência ativa, a potência reativa e o fator de potência. Faça R
= 400 , XL = j300 e VF =350 V.

12) Utilizando a figura 16(b) , determine a intensidade da corrente elétrica e a queda


de tensão em R e em C. Para determinar o valor da queda em cada elemento, a
potência aparente, a potência ativa, a potência reativa e o fator de potência. Faça R
= 400 e XC = -j200 e VF =500 V.

Projeto

Projete um circuito cuja freqüência seja capaz de eliminar perdas de um circuito


RCL Série. Sabe-se que R= 400 , XL = +j200 e XC = -j300 . Determine a
intensidade da corrente , a queda de tensão em cada elemento do circuito, a
potência aparente, a potência ativa, a potência reativa e o fator de potência.

Fundamentação Teórica:

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Sistemas de potência

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42
Sistemas de potência

Desenvolvimento:

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Sistemas de potência

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Sistemas de potência

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Conclusão:

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46
Sistemas de potência

Circuitos Paralelo RL, RC, LC e RLC em CA

Num circuito paralelo, constituído por um resistor e um indutor, aplicamos uma


tensão VCA, de freqüência fo de uma fonte geradora de CA. Pelo resistor circula uma
corrente IR dada por:

VF
IR
|Z|

Na prática, costuma-se ligar capacitores em paralelos aos circuitos (que na


maioria das vezes são de comportamento indutivo) com o fim de se ter um fator de
potência próximo a unidade ( = 0º). Isto equivale tornar o circuito com
comportamento próximo ao resistivo ou ôhmico. Tal medida é interessante, uma vez
que a componente, defasada de 90º em relação à tensão, diminui, permitindo o
melhor aproveitamento das linhas de transmissão.

Para melhor compreensão dos circuitos RL e RC paralelos , vamos desenvolver as


suas equações a partir da impedância , tendo como referências a velocidade angular e
a freqüência da rede, que depende do país que utiliza, o Brasil , por exemplo, 60 Hz.
Na Figura 19(a) temos um circuito RL paralelo e na Figura 19(b) um circuito RC
paralelo. Baseado nos seus dados é que vamos desenvolver as fórmulas.

IF IR IL IF IR IC

VF R L VF R C

Figura 19 (a): Circuito RL Paralelo Figura 19(b): Circuito RC paralelo

47
Sistemas de potência

Vamos observar primeiro o circuito da figura 19(a) , que a impedância é determinada


pela soma dos inversos da resistência com a reatância , ou mesmo pelo produto do
valor do resistor pela reatância do indutor dividido pela soma do resistor com a
reatância indutiva, assim a impedância em função da reatância, fica

R.X L
Z = R // XL Z
R XL

2
(R.X L ) 2 R 2 .X L R.X L
|Z| 2 2
R XL R2 XL
2
R2 XL
2

= Arctg (R/XL )

R.X L
Z = |Z| Z
2
R2 XL

Calculando agora a impedância em função da velocidade angular, temos:

XL = .L Z = R // .L

R. .L
Z
R .L

(R. .L) 2 R 2. 2
.L2
Z
R 2 ( .L) 2 R2 2
.L2

R. .L
Z
R2 2
.L2

= Arctg R/ .L

Z = |Z|

Sistemas de Potência - Aula -2 Colégio e Cursos P&C Página 21

48
Sistemas de potência

R. .L
Z=
R2 2
.L2

Exemplo:

5) Utilizando a figura 19(a) determine o valor das correntes IF , IR , IL a Potência


Aparente, a Potência Ativa, a Potência Reativa e o Fator de Potência , sendo dada a
fonte VF = 150 V , R = 50 e XL = j40 .

R.X L
Z
R XL

2 2
R 2 .XL R 2 .XL R.XL
|Z| 2
R2 XL R2 XL
2
R2 XL
2

50.40 2000 2000 2000


|Z| 31,24
50 2
40 2
2500 1600 4100 64,031

|Z| = 31,24

= Arctg 50/40 = Arctg1,25 = 51,34º

Z = 31,24 51,34º

VF 150
IF 4 ,8 A IF = 4,8 A
Z 31,24

IF = IR + IL

VF 150
IR 3A IR = 3 A
R 50

VF 150
IL j3,75 A IL = j3,75 A
XL 40

IF =3 + j3,75 A
2 2
| IF | IR IL 32 3,752 9 14,063 23,063 4,8 A

|IF |= 4,8 A

= Arctg 3,75/3 = Arctg1,25 = 51,34º

IF = |IF| IF =4,8 51,34º A

Sistemas de Potência - Aula -2 Colégio e Cursos P&C Página 22

49
Sistemas de potência

Ou seja, num circuito paralelo , fora da ressonância, o valor do ângulo de fase da


corrente segue o valor do ângulo de fase provocado pela carga (impedância).

PAP = VF.IF = 150 0º.4,8 51,34º = 720 51,34º VA PAP = 720 51,34º VA

PA = |PAP|. Cos 51,34º = 720.0,625 = 449,78 W PA = 449,78 W

PR = |PAP|. Sen 51,34º = 720.0,781 = 562,22 VAR PR = 562,22 VAR

FP = Cos 51,34º

= 51,34º

PA 449 ,78
562,22 VAR 449,78 W 720 VA FP 0,625
PAP 720
FP = 62,5%

Vamos observar agora, o circuito da figura 19(b) , que a impedância é determinada


pela soma dos inversos da resistência com a reatância , ou mesmo pelo produto do
valor do resistor pela reatância do capacitor dividido pela soma do resistor com a
reatância capacitiva, assim a impedância em função da reatância, fica

R.X C
Z = R // XC Z
R XC

2
(R.X C ) 2 R 2 .X C R.X C
|Z|
2 2 2
R2 XC R2 XC R2 XC

Sistemas de Potência - Aula -2 Colégio e Cursos P&C Página 23

50
Sistemas de potência

R.X C
|Z|
2
R2 XC

= Arctg (-R.XC )

R.X C
Z = |Z| Z=
2
R2 XC

Calculando agora a impedância em função da velocidade angular, temos:

XC = 1/ .C Z = R // 1/ .C

R
Z ω.C
1
R
.C
R 2 R2
( ) 2
|Z| .C .C 2
1 1
R2 R2
( .C)2 2
.C 2

R R R
|Z| .C .C .C
R . .C 2
2 2
1 R . .C2
2 2
1 R . .C 2
2 2
1
2
.C2 2
.C 2 .C
R .C
|Z|
.C R 2. 2
.C2 1

R
|Z|
2 2
R .C 2 1

= Arctg - .C.R

Z = |Z|

R
Z=
2 2
R .C 2 1

Sistemas de Potência - Aula -2 Colégio e Cursos P&C Página 24

51
Sistemas de potência

Exemplo:
6) Utilizando a figura 19(b) determine o valor das correntes IF , IR , IL a Potência
Aparente, a Potência Ativa, a Potência Reativa e o Fator de Potência , sendo dada a
fonte VF = 150 V , R = 50 e XC = -j40 .

R.X C
Z = R // XC Z
R XC

R.X C
|Z|
2
R2 XC
50.40 2000 2000 2000
|Z|
50 2
( 40) 2
2500 1600 4100 64,031

| Z | 31,24

= Arctg -50/40 = Arctg-1,25 = -51,34º C = 306º -51,34 = 308,66º

Z = 31,24 308,66º

VF 150
IF 4 ,8 A IF = 4,8 A
Z 31,24

IF = IR + IL

VF 150
IR 3A IR = 3 A
R 50

VF 150
IL j3,75 A IL = -j3,75 A
XC 40

IF = 3 - j3,75 A
2 2
| IF | IR IC 32 ( 3,75)2 9 14,063 23,063 4,8 A

|IF |= 4,8 A

= Arctg -3,75/3 = Arctg-1,25 = -51,34º C = 360 - 51,34 =


308,66º

IF = |IF| IF =4,8 308,66º A

Ou seja, num circuito paralelo , fora da ressonância, o valor do ângulo de fase da


corrente segue o valor do ângulo de fase provocado pela carga (impedância).

PAP = VF.IF = 150 0º.4,8 308,66º = 720 308,66º VA PAP = 720 308,66º VA

PA = |PAP|. Cos 308,66º = 720.0,625 = 449,78 W PA = 449,78 W

PR = |PAP|. Sen 308,66º = 720.(-0,781) = 562,22 VAR PR = -562,22 VAR

Sistemas de Potência - Aula -2 Colégio e Cursos P&C Página 25


52
Sistemas de potência

FP = Cos 308,66º

= 308,66º 449,78 W

562,22 VAR 720 VA

449,78 FP =62,5%
FP 0,625
720

Circuito LC Paralelo

Todo circuito ressonante tem em comum a freqüência, seja ele série ou paralelo.
Mas, em relação à impedância cada circuito tem uma peculiaridade , conforme a
estrutura. O circuito LC paralelo apresenta diferentes valores de impedância tanto em
relação à reatância quanto em relação a velocidade angular. Pelo fato da tensão ser
constante neste tipo de associação, prevalece a Lei de Kirchhoff onde IF =IL + IC ,
portanto, observaremos no decorrer dos cálculos, que fora da ressonância o ângulo de
defasagem da corrente surge devido a carga, ou seja o ângulo de defasagem da
corrente acompanha o ângulo provocado pela carga. Como nos casos anteriores vamos
calcular a impedância em função da reatância e também em relação a velocidade
angular.

53
Sistemas de potência

IF IL IC

VF L C

Figura 20: Circuito LC Paralelo

Impedância em função da reatância:


2 2
X L .X C ( X L .X C ) 2 X L .X C
Z = XL // XC Z |Z|
XL X C XL
2
XC
2
XL
2
XC
2

X L .X C
|Z|
2 2
XL XC

= Arctg (XL + XC)/R , como R =0 = Arctg(XL + XC)/0 = Arctg

Se XL > XC = 90º

temos, então, duas condições:

Se XL < XC = -90º

Z= |Z|

X L .X C
Z
2 2
XL XC

Sistemas de Potência - Aula -2 Colégio e Cursos P&C Página 27

54
Sistemas de potência

Impedância em função da velocidade angular:

j .L L
j .C C
Z = XL // XC XL = .L e XC =1/ .C Z
1 j2 2
.L.C 1
j .L
j .C j .C

L j .C j .L
Z .
C 2
.L.C 1 1 2
.L.C

.L .L
|Z|
2
1 ( .L.C) 2 1 4
.L2 .C 2

.L
|Z|
4
1 .L2 .C 2

1
.L
Arctg .C como R =0 no circuito LC , temos:
R
1
.L
Arctg .C Arctg
0

Se XL > XC = 90º

temos, então, duas condições:

Se XL < XC = -90º

Como Z =|Z| , então Z, será:

.L
Z
4
1 .L2 .C 2

Exemplo:

7) Utilizando a figura 20 , determine a intensidade da corrente elétrica e de tensão


em L e em C. Para determinar o valor da queda em cada elemento, a potência
aparente, a potência ativa, a potência reativa e o fator de potência. Faça XL = j80
, XC = -j50 e VF =380 V.

Sistemas de Potência - Aula -2 Colégio e Cursos P&C Página 28

55
Sistemas de potência

Resolução:

80.50 4000 4000


|Z|
80 2
50 2
6400 2500 8900

4000
|Z| 42 ,4
94 ,34

Z = |Z|

Z = 42,9 90º

VF 380
IF 8,9 A
|Z| 42 ,4

IF =8,9 A

IF = IL + IC

VF 380
IL j4 ,75 A IL = j4,75 A
XL 80

VF 380
IC j7,6 A
XC 50

IF = j4,75 – j7,6 A

2 2
| IF | IL IC 4,752 ( 7,6) 2
| IF | 22,5625 57,76 80,3225 8,9

|IF| = 8,9 A

IF = 8,9 -90º A

VF = Z. IF = 42,4 90º.8,9 -90º 380 0º V VF =380 0º V o que comprova a


afirmação de que no circuito paralelo , a corrente segue o ângulo de fase da carga ,
fora da ressonância.

Calculando o fator de potência a partir do triângulo das potências:

PAP = VF.IF

PAP = 380 0º.8,9 -90º = 3382 -90º VA

PA = 3382.Cos -90º = 3382.0 = 0 W PA = 0 W

PR = 3382.Sen -90º = 3382(-1) = -j3382 VAR PR = -j3382 VAR

PAP = PA + PR = 0 – j3382 VA

Sistemas de Potência - Aula -2 Colégio e Cursos P&C Página 29


56
Sistemas de potência

FP = Cos

- j3382 VAR

PA 0 FP = 0 FP = 0%
FP 0
PAP 3382

Predominância de carga de carga reativa (capacitiva) , pois, XL < XC , ou seja, corrente


defasada em relação à tensão de - 90º. Potência Ativa nula. Existe apenas Potência
Reativa. Ângulo de defasagem provocada pela carga(impedância). Se houvesse
ressonância as reatâncias e igualariam e o fator de potência seria máximo, ou seja =
0º, Cos 0º =1.

Na realidade temos: IF = 8,9 -90º A

Circuito RLC Paralelo

Este circuito é também peculiar em relação aos outros circuitos. Vamos também
calcular a impedância em função da reatância e da velocidade angular. Assim como
nos outros casos observaremos que a corrente seguirá o mesmo ângulo de defasagem
provocada pela carga, fora da ressonância.

IF IR IL IC

R
VF L C

Sistemas de Potência - Aula -2 Colégio e Cursos P&C Página 30


Figura 21: Circuito RLC Paralelo

57
Sistemas de potência

Impedância em função da reatância:

X L .X C
ZLC = XL // XC Z LC
XL XC

R.X L .X C
R.Z LC XL X C
Z = R // ZLC Z Z
R Z LC X L .X C
R
XL X C

R.X L .X C
XL X C R.X L .X C
Z
R.( X L X C ) X L .X C R.( X L X C ) X L .X C
XL X C

R.X L .X C R.X L .X C
Z
R.X L R.X C X L .X C R R
X L .X C .( 1)
X C XL

R R
Z
R R 1 1
1 R( ) 1
XC XL XC XL

Sistemas de Potência - Aula -2 Colégio e Cursos P&C Página 32

58
Sistemas de potência

R
R 1 1
Z Z
R 1 1 1 1 1 1 1 1 1
( ) ( )
R XC XL R R XC XL R XC XL

1
|Z|
1 1 1 2
( )2 ( )
R XC XL

XL X C
arctg ( ).R
X L .X C

Z =|Z|

1
Z
1 1 1 2
( )2 ( )
R XC XL

Impedância em função da velocidade angular:

1
Sabemos que: XL = .L e XC =1/ .C e que Z e que
1 1 1
( )
R XC XL

1 1 1
Z Z
1 1 1 1 1 1 1
( .C ) ( .C)
R 1 .L R .L R .L
.C

1
|Z|
1 1
( )2 ( .C) 2
R .L

1
Arctg ( .C).R
.L

Z =|Z|

1
Z
1 1
( )2 ( .C) 2
R .L

Sistemas de Potência - Aula -2 Colégio e Cursos P&C Página 33

59
Sistemas de potência

(AULA 03)

1 – INTRODUÇÃO

Exemplo:

21) Utilizando a figura 21, determine a intensidade da corrente elétrica e a queda de


tensão em R , em L e em C. Para determinar o valor da queda em cada elemento,
a potência aparente, a potência ativa, a potência reativa e o fator de potência, faça R
= 200 , XL = j80 , XC = -j50 e VF =380 V.

1
Z
1 2 1 1 2
( ) ( )
200 j80 j50
1 1
Z
1 50 80 2 1 30
( ) ( )2
40000 4000 40000 4000
1 1
Z
1 900 1 9
40000 16000000 40000 160000

1 1 1
Z
4 9 13 13
160000 160000 160000

160000 400
Z 111,11
13 3,6

XL XC 80 50
Arctg ( ).R Arctg ( ).200
X L .X C 50 .( 80 )

30
Arctg ( ).200 Arctg(0,0075 ).200
4000
Arctg1,5 56 ,31º

Z= 111,11 56,31º

VF 380
IF 3,4 A
|Z| 111,11

VF 380
IR 1,9 A
R 200

Sistemas de Potência - Aula -3 Colégio e Cursos P&C Página 1

60
Sistemas de potência

VF 380
IC 7 ,6 A
XL 50

VF 380
IL 4 ,75 A
XC 80

IF = IR +j(IL –IL)

| IF | I R2 (I L IC )2 1,9 2 (4,75 7,6) 2


| IF | 1,9 2 ( 2,85) 2 3,61 8,1225 11,7329 3,4 A

|IF| =3,4 A

2,85 = 360º - 56,31º =


Arctg Arctg 1,5 56 ,31º C
1,9
303,69º

IF = |IF|

IF = 3,4 -56,31º A

VF = IF.|Z| = (3,4 -56,31º)x(111.11 56,31º) 380 (-56,31º+56,31º) V

VF =380 0º V

PAP = VF.IF = 380 0º.3,4 303.69º = 1292 303,69º VA

PAP = 1292 303,69º VA

PA = 1292xCos 303,69º = 1292x0,555 = 716,67 W

PA = 716,67 W

PR =1292xSen 303,69º = 1292x(-0,832) = -j1075 VAR

FP = Cos

716,67 W

J1075 VAR

1292 VA

Sistemas de Potência - Aula -3 Colégio e Cursos P&C Página 2

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Sistemas de potência

PA 716 ,67
FP Cos 0,555 FP 55 ,5%
PAP 1292

Exercícios

13) Utilizando a figura 19(a) determine o valor das correntes IF , IR , IL a Potência


Aparente, a Potência Ativa, a Potência Reativa e o Fator de Potência , sendo dada a
fonte VF = 250 V , R = 100 e XL = j80 .

14) Utilizando a figura 19(b) determine o valor das correntes IF , IR , IL a Potência


Aparente, a Potência Ativa, a Potência Reativa e o Fator de Potência , sendo dada a
fonte VF = 350 V , R = 150 e XC = -j80 .

15) Utilizando a figura 20 , determine a intensidade da corrente elétrica e de tensão


em L e em C. Para determinar o valor da queda em cada elemento, a potência
aparente, a potência ativa, a potência reativa e o fator de potência. Faça XL = j100
, XC = -j70 e VF =350 V.

16) Utilizando a figura 21, determine a intensidade da corrente elétrica e a queda de


tensão em R , em L e em C. Para determinar o valor da queda em cada elemento,

Sistemas de Potência - Aula -3 Colégio e Cursos P&C Página 3

62
Sistemas de potência

a potência aparente, a potência ativa, a potência reativa e o fator de potência, faça R


= 100 , XL = j90 , XC = -j70 e VF =370 V.

17) Utilizando a figura 19(a) determine o valor das correntes IF , IR , IL a Potência


Aparente, a Potência Ativa, a Potência Reativa e o Fator de Potência , sendo dada a
fonte VF = 350 V , R = 120 e XL = j60 .

18) Utilizando a figura 19(b) determine o valor das correntes IF , IR , IL a Potência


Aparente, a Potência Ativa, a Potência Reativa e o Fator de Potência , sendo dada a
fonte VF = 380 V , R = 200 e XC = -j50 .

19) Utilizando a figura 20 , determine a intensidade da corrente elétrica e de tensão


em L e em C. Para determinar o valor da queda em cada elemento, a potência
aparente, a potência ativa, a potência reativa e o fator de potência. Faça XL = j200
, XC = -j250 e VF =400 V.

20) Utilizando a figura 21, determine a intensidade da corrente elétrica e a queda de


tensão em R , em L e em C. Para determinar o valor da queda em cada elemento,
a potência aparente, a potência ativa, a potência reativa e o fator de potência, faça R
= 300 , XL = j190 , XC = -j170 e VF =370 V.

21) Utilizando a figura 19(a) determine o valor das correntes IF , IR , IL a Potência


Aparente, a Potência Ativa, a Potência Reativa e o Fator de Potência , sendo dada a
fonte VF = 350 V , R = 180 e XL = j100 .

Sistemas de Potência - Aula -3 Colégio e Cursos P&C Página 4

63
Sistemas de potência

22) Utilizando a figura 19(b) determine o valor das correntes IF , IR , IL a Potência


Aparente, a Potência Ativa, a Potência Reativa e o Fator de Potência , sendo dada a
fonte VF = 350 V , R = 250 e XC = -j180 .

23) Utilizando a figura 20 , determine a intensidade da corrente elétrica e de tensão


em L e em C. Para determinar o valor da queda em cada elemento, a potência
aparente, a potência ativa, a potência reativa e o fator de potência. Faça XL = j200
, XC = -j170 e VF =390 V.

24) Utilizando a figura 21, determine a intensidade da corrente elétrica e a queda de


tensão em R , em L e em C. Para determinar o valor da queda em cada elemento,
a potência aparente, a potência ativa, a potência reativa e o fator de potência, faça R
= 300 , XL = j190 , XC = -j180 e VF = 400 V.

25) Utilizando a figura 19(a) determine o valor das correntes IF , IR , IL a Potência


Aparente, a Potência Ativa, a Potência Reativa e o Fator de Potência , sendo dada a
fonte VF = 450 V , R = 150 e XL = j100 .

26) Utilizando a figura 19(b) determine o valor das correntes IF , IR , IL a Potência


Aparente, a Potência Ativa, a Potência Reativa e o Fator de Potência , sendo dada a
fonte VF = 380 V , R = 250 e XC = -j100 .

Sistemas de Potência - Aula -3 Colégio e Cursos P&C Página 5

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Sistemas de potência

27) Utilizando a figura 20 , determine a intensidade da corrente elétrica e de tensão


em L e em C. Para determinar o valor da queda em cada elemento, a potência
aparente, a potência ativa, a potência reativa e o fator de potência. Faça XL = j180
, XC = -j90 e VF =350 V.

28) Utilizando a figura 21, determine a intensidade da corrente elétrica e a queda de


tensão em R , em L e em C. Para determinar o valor da queda em cada elemento,
a potência aparente, a potência ativa, a potência reativa e o fator de potência, faça R
= 160 , XL = j100 , XC = -j170 e VF =390 V.

Sistemas de Potência - Aula -3 Colégio e Cursos P&C Página 6

65
Sistemas de potência

Projeto

Projete um circuito cuja freqüência seja capaz de eliminar perdas de um circuito


RCL Paralelo. Sabe-se que R= 400 , XL = +j200 e XC = -j300 . Determine
a queda de tesão , a intensidade da corrente em cada elemento do circuito, a
potência aparente, a potência ativa, a potência reativa e o fator de potência.

Fundamentação Teórica:

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Desenvolvimento:

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Conclusão:

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Sistemas de potência

Correção do Fator de Potência

Corrigir o fator de potência de uma carga significa melhorar a qualidade de energia.


Quando uma instalação apresenta muitas cargas reativas, mais precisamente cargas
reativas indutiva, essas cargas provocam um retardo da corrente em relação à
tensão. Ao cosseno da diferença de fase entre a tensão e a corrente , chamamos de
Fator de Potência. Para melhorarmos ou mesmo corrigirmos o Fator de Potência ,
multiplicamos o valor da potência ativa por uma fator que é a tangente de um ângulo
de fator de potência menor menos a tangente do qual desejamos vezes o valor da
potência ativa, resulta uma potência reativa que será eliminada, corrigindo desta
forma o fator de potência. Observe os procedimentos:

PR1 1 ângulo de fase do FP


PAP
original que será corrigido.
PR2

PA
2 ângulo de fase desejado
que corrigirá o FP.

Figura 22: Triângulo das Potências

72
Sistemas de potência

PR1
Tg 1 PR1 PA .Tg 1
PA

PR1 PA .Tg 1
PR PR1 PR 2
PR 2 PA .Tg 2

PR PA .Tg 1 PA .Tg 2

PR 2
Tg 2 PR 2 PA .Tg 2
PA

PR PA .( Tg 1 Tg 2 )

1 = Arccos FP1 Tg 1 = Tg (Arccos FP1)

2 = Arccos FP2 Tg 2 = Tg (Arccos FP2)

Exemplo:

22) Uma indústria consome uma potência de 900 kW com um fator de potência 0,67
em atraso. Determinar a potência reativa que devemos eliminar para que o fator de
potência passe para 0,92.

Resolução:

FP1 = 0,67 1 =Arccos 0,67 1 = 47,93º Tg 1 = Tg 47,93º = 1,108

Tg 1 = 1,108

Sistemas de Potência - Aula -3 Colégio e Cursos P&C Página 14

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Sistemas de potência

FP2 = 0,92 2 =Arccos 0,92 2 = 23,07º Tg 2 = Tg 23,07 = 0,426


FP2 = 0,92 2 =Arccos 0,92 2 = 23,07º Tg 2 = Tg 23,07 = 0,426
Tg = 0,426
2
Tg 2 = 0,426
PR = 900.(Tg 47,93º - Tg 23,07º) = 900.( 1,108 – 0,426) = 900.0,628 = 613,08 kVAR
PR = 900.(Tg 47,93º - Tg 23,07º) = 900.( 1,108 – 0,426) = 900.0,628 = 613,08 kVAR
PR = 613,08 kVAR
PR = 613,08 kVAR

Logo, devemos ligar em paralelo com a linha um capacitor de valor tal que elimine a
Logo, devemos ligar em paralelo com a linha um capacitor de valor tal que elimine a
potência reativa e o fator de potência será de 0,92 ou 92%.
potência reativa e o fator de potência será de 0,92 ou 92%.

Determinação da Tabela de Correção do Fator de Potência


Determinação da Tabela de Correção do Fator de Potência

Uma maneira muito utilizada para se corrigir Fator de Potência, é a utilização da


Uma maneira muito utilizada para se corrigir Fator de Potência, é a utilização da
tabela. Na realidade, já sabemos como construí-la. Basta observarmos o exercício que
tabela. Na realidade, já sabemos como construí-la. Basta observarmos o exercício que
resolvemos anteriormente.
resolvemos anteriormente.
Partindo-se do fator de potência original, calcula-se o ângulo através da função inversa
Partindo-se do fator de potência original, calcula-se o ângulo através da função inversa
cosseno e de pose desse arco calcular a tangente. Do mesmo modo procede-se com o
cosseno e de pose desse arco calcular a tangente. Do mesmo modo procede-se com o
cálculo do ângulo do fator desejado, para fazer a diferença entre esses dois valores
cálculo do ângulo do fator desejado, para fazer a diferença entre esses dois valores
para achar o fator de correção, que será multiplicado pela potência ativa do sistema o
para achar o fator de correção, que será multiplicado pela potência ativa do sistema o
qual queremos corrigir o fator de potência.
qual queremos corrigir o fator de potência.

PR PA .( Tg 1 Tg 2 )
PR PA .( Tg 1 Tg 2 )

1 = Arccos FP1 Tg 1 = Tg (Arccos FP1)


1 = Arccos FP1 Tg 1 = Tg (Arccos FP1)
2 = Arccos FP2 Tg 2 = Tg (Arccos FP2)
2 = Arccos FP2 Tg 2 = Tg (Arccos FP2)

Como vimos anteriormente, o fator ( Tg 1 – Tg 2) é o fator resultante da tabela


Como vimos anteriormente, o fator ( Tg 1 – Tg 2) é o fator resultante da tabela
abaixo:
abaixo:

Fator de Fator de Potência Desejado


Potência Fator de Fator de Potência Desejado
Original Potência
0,60 0,61 0,62 0,63 0,64 0,65 0,66 0,67 0,68 0,69 0,70 0,71 0,72 0,73 ... ... 1,00
Original 0,60 0,61 0,62 0,63 0,64 0,65 0,66 0,67 0,68 0,69 0,70 0,71 0,72 0,73 ... ... 1,

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74
Sistemas de potência

0,50 0.399 0,433 0,467 0,499 ... 1,732

0,51 0,50
0.354 0.399
0,388 0,433 0,467 0,499 ... 1,687 1,

0,52 0,51 0.354 0,388 ... 1,

. 0,52 ... .

. . .... .

. . .... .

1,00 . 1,00 .

1,00 1,

FP1 =0,50 1 = Arccos 0,50 1 = 60º Tg 1 = Tg 60º = 1,732


FP =0,50 1 = Arccos 0,50 1 = 60º Tg 1 = Tg 60º = 1,732
FP2 =0,60 1 2 = Arccos 0,60 2 = 53,13º Tg 2 = Tg 53,13º = 1,333
FP =0,60 = Arccos 0,60 = 53,13º Tg = Tg 53,13º = 1,333
Tg 1 – Tg2 2 = 1,732 – 21,333 = 0,399 2 2

Tg 1 – Tg 2 = 1,732 – 1,333 = 0,399

FP1 =0,50 1 = Arccos 0,50 1 = 60º Tg 1 = Tg 60º = 1,732


FP =0,50 1 = Arccos 0,50 1 = 60º Tg 1 = Tg 60º = 1,732
FP2 =0,61 1 2 = Arccos 0,61 2 = 52,41º Tg 2 = Tg 52,41º = 1,299
FP =0,61 = Arccos 0,61 = 52,41º Tg = Tg 52,41º = 1,299
Tg 1 – Tg2 2 = 1,732 – 21,299 = 0,433 2 2

Tg 1 – Tg 2 = 1,732 – 1,299 = 0,433

FP1 =0,50 1 = Arccos 0,50 1 = 60º Tg 1 = Tg 60º = 1,732


FP =0,50 1 = Arccos 0,50 1 = 60º Tg 1 = Tg 60º = 1,732
FP2 =0,62 1 2 = Arccos 0,62 2 = 51,68º Tg 2 = Tg 51,68º = 1,265
FP =0,62 = Arccos 0,62 = 51,68º Tg = Tg 51,68º = 1,265
Tg 1 – Tg2 2 = 1,732 – 21,265 = 0,467 2 2

Tg 1 – Tg 2 = 1,732 – 1,265 = 0,467

FP1 =0,50 1 = Arccos 0,50 1 = 60º Tg 1 = Tg 60º = 1,732


FP =0,50 1 = Arccos 0,50 1 = 60º Tg 1 = Tg 60º = 1,732
FP2 =0,63 1 2 = Arccos 0,63 2 = 50,95º Tg 2 = Tg 50,95 = 1,233
FP =0,63 = Arccos 0,63 = 50,95º Tg = Tg 50,95 = 1,233
Tg 1 – Tg2 2 = 1,732 – 21,233 = 0,499 2 2

Tg 1 – Tg 2 = 1,732 – 1,233 = 0,499

FP1 =0,51 1 = Arccos 0,51 1 = 59,34º Tg 1 = Tg 59,34º = 1,687


FP =0,51 1 = Arccos 0,51 1 = 59,34º Tg 1 = Tg 59,34º = 1,687
FP2 =0,60 1 2 = Arccos 0,60 2 = 53,13º Tg 2 = Tg 53,13º = 1,333
FP =0,60 = Arccos 0,60 = 53,13º Tg = Tg 53,13º = 1,333
Tg 1 – Tg2 2 = 1,687 – 21,333 = 0,354 2 2
,00
Tg 1 – Tg 2 = 1,687 – 1,333 = 0,354

Sistemas de Potência - Aula -3 Colégio e Cursos P&C Página 16


Sistemas de Potência - Aula -3 Colégio e Cursos P&C Página 16
75
Sistemas de potência

FP1 =0,51 1 = Arccos 0,51 1 = 59,34º Tg 1 = Tg 59,34º = 1,687

FP2 =0,61 2 = Arccos 0,61 2 = 52,68º Tg 2 = Tg 52,68º = 1,299

Tg 1 – Tg 2 = 1,687 – 1,299 = 0,388

Tipos de Ligações dos Capacitores Para Correção do Fator


de Potência:

São diversos os tipos de ligações de capacitores para correção do fator de


potência. No sistema Monofásico, coloca-se em paralelo com a rede elétrica, ou seja,
entre fase e neutro. No sistema Bifásico, coloca-se um Capacitor entre cada fase e o
neutro. Já a ligação no Sistema Trifásico existe dois tipos:

Ligação em Estrela ou em Triângulo, como exibidos nas figuras abaixo. Observar que
Capacitores para esse fim, são capacitores de Potência ... muitos não são tão
disponíveis comercialmente. Normalmente estes Capacitores são encomendados.

Ligação Monofásica:

Carga
Rede C

Ligação Bifásica:

F1
Carga

Sistemas de Potência - Aula -3 Colégio e Cursos P&C Página 17

76
Sistemas de potência

Rede C1

Carga
C2

F2

Ligação Trifásica:

Estrela

F1

F2 C2

Carga 2 Carga 1

C1

Rede

Carga

3 C3

F3

Sistemas de Potência - Aula -3 Colégio e Cursos P&C Página 18


77
Sistemas de potência

Triângulo:

F1

Rede

C1 C3

Carga 1 Carga 3

Carga 2
F2

C2

F3

Sistemas de Potência - Aula -3 Colégio e Cursos P&C Página 19

78
Sistemas de potência

Corrente Alternada e Tensão Trifásica

Quando uma linha é formada por três condutores com as tensões entre um e
outro iguais, porém defasadas de 120º, temos uma rede trifásica. A representação da
corrente alternada ou tensão trifásica é a que se vê nas figuras acima.

Quando ligamos a uma linha trifásica três fontes receptoras, ou três elementos de uma
fonte receptora, temos um circuito trifásico. Conforme a maneira de efetuarmos as
ligações temos um circuito estrela ou triângulo (Υ ou ∆). Circuito estrela ou Υ. As três
extremidades dos finais dos elementos são ligadas entre

si, e as três iniciais à linha.

Como se pode ver na figura abaixo, a corrente que passa pela linha, é a mesma que
passa pelos elementos, isto é, à corrente de linhas é igual a corrente de fase . O ponto
comum aos três elementos chama-se neutro. Se deste ponto se tira um condutor,
temos o condutor neutro, que em geral é ligado à terra. A tensão aplicada a cada
elemento (entre condutores de fase e

neutro) é chamada tensão de fase e a entre dois condutores de fase tensão de linha.

A relação entre elas é, pois cada elemento tem sua polaridade que deve ser
conservada na ligação. A distribuição de energia elétrica é feita em geral em sistemas
trifásicos, cujas redes podem ser ligadas em estrela ou triângulo.

Na rede em Y, o neutro é ligado à terra, obtendo-se duas tensões uma entre fase e
neutro e outra entre fases 3 vezes maior.

Exemplo: V= 127 V f= entre qualquer fase e neutro e V = 127 3 = 220V - entre


fases.

Quando a rede é em triângulo, podemos retirar um condutor do centro de cada fase,


obtendo-se duas tensões, sendo uma o dobro da outra.

Exemplo: 110 e 220 V.

Em geral, as cargas monofásicas (lâmpadas e pequenos motores) são ligadas à tensão


mais baixa e as trifásicas (força, aquecimento industrial etc.) à mais alta. As cargas
monofásicas, num circuito trifásico, devem ser distribuídas igualmente entre as fases,
para que uma não fique sobrecarregada em detrimento das outras.

Dimensionamento de Capacitores

1 V2
Xc = ( Reatância Capacitiva ) , = 2. .f PR = ; Logo: C =
C XC

PR
2 f. V 2
Sistemas de Potência - Aula -3 Colégio e Cursos P&C Página 20

79
Sistemas de potência

Tabela do Fator de Multiplicação

FP 1 Fator de potência final – FP 2

0,8 0,82 0,84 0,86 0,88 0,9 0,92 0,94

0,3 2,430 2,482 2,534 2,586 2,640 2,695 2,754 2,817

0,32 2,211 2,263 2,315 2,367 2,421 2,476 2,535 2,598

0,34 2,016 2,068 2,120 2,173 2,226 2,282 2,340 2,403

0,36 1,842 1,894 1,946 1,998 2,052 2,107 2,166 2,229

0,38 1,684 1,736 1,788 1,841 1,894 1,950 2,008 2,071

0,4 1,541 1,593 1,645 1,698 1,752 1,807 1,865 1,928

0,42 1,411 1,463 1,515 1,567 1,621 1,676 1,735 1,798

0,44 1,291 1,343 1,395 1,448 1,501 1,557 1,615 1,678

0,46 1,180 1,232 1,284 1,337 1,391 1,446 1,504 1,567

0,48 1,078 1,130 1,182 1,234 1,288 1,343 1,402 1,465

0,5 0,982 1,034 1,086 1,139 1,192 1,248 1,306 1,369

0,52 0,893 0,945 0,997 1,049 1,103 1,158 1,217 1,280

0,54 0,809 0,861 0,913 0,965 1,019 1,074 1,133 1,196

0,56 0,729 0,781 0,834 0,886 0,940 0,995 1,053 1,116

0,58 0,655 0,707 0,759 0,811 0,865 0,920 0,979 1,042

0,6 0,583 0,635 0,687 0,740 0,794 0,849 0,907 0,970

0,62 0,515 0,567 0,620 0,672 0,726 0,781 0,839 0,903

0,64 0,451 0,503 0,555 0,607 0,661 0,716 0,775 0,838

0,66 0,388 0,440 0,492 0,545 0,599 0,654 0,712 0,775

0,68 0,328 0,380 0,432 0,485 0,539 0,594 0,652 0,715

0,7 0,270 0,322 0,374 0,427 0,480 0,536 0,594 0,657

0,72 0,214 0,266 0,318 0,370 0,424 0,480 0,538 0,601

0,74 0,159 0,211 0,263 0,316 0,369 0,425 0,483 0,546

Sistemas de Potência - Aula -3 Colégio e Cursos P&C Página 21

80
Sistemas de potência

0,76 0,105 0,157 0,209 0,262 0,315 0,371 0,429 0,492


0,76 0,105 0,157 0,209 0,262 0,315 0,371 0,429 0,492
0,78 0,052 0,104 0,156 0,209 0,263 0,318 0,376 0,439
0,78 0,052 0,104 0,156 0,209 0,263 0,318 0,376 0,439
0,8 0,000 0,052 0,104 0,157 0,210 0,266 0,324 0,387
0,8 0,000 0,052 0,104 0,157 0,210 0,266 0,324 0,387
0,82 0,000 0,052 0,105 0,158 0,214 0,272 0,335
0,82 0,000 0,052 0,105 0,158 0,214 0,272 0,335
0,84 0,000 0,053 0,106 0,162 0,220 0,283
0,84 0,000 0,053 0,106 0,162 0,220 0,283
0,86 0,000 0,054 0,109 0,167 0,230
0,86 0,000 0,054 0,109 0,167 0,230
0,88 0,000 0,055 0,114 0,177
0,88 0,000 0,055 0,114 0,177
0,9 0,000 0,058 0,121
0,9 0,000 0,058 0,121
0,92 0,000 0,063
0,92 0,000 0,063
0,94 0,000
0,94 0,000

REDUÇÃO DA CORRENTE
REDUÇÃO DA CORRENTE
Aumentar o fator de potência reduz a corrente do sistema
Aumentar o fator de potência reduz a corrente do sistema
Cos
1
V I2 . cos 2 = V I1 . cos 1 I2 = I1 . Cos
V I2 . cos 2 = V I1 . cos 1 I2Cos
= I1 .1 1

Cos 1

Com a redução do ângulo 1 para 2 o fator de potência aumenta e a corrente diminui


Com a redução do ângulo 1 para 2 o fator de potência aumenta e a corrente diminui
. O Fator de potência é inversamente proporcional a corrente
. O Fator de potência é inversamente proporcional a corrente

REDUÇÃO DAS PERDAS R . I2 :


REDUÇÃO DAS PERDAS R . I2 :
As perdas são inversamente proporcionais ao quadrado do fator de potência.
As perdas são inversamente proporcionais ao quadrado do fator de potência.
Cos
P = R . I12 - R . 2I22 = R . 2I12 [ 1 – (2 1 2
)Cos]
P = R . I1 - R . I2 = R . I1 [ 1 – Cos 2 (
1
)2]
Cos 2

1 Cos2
P%=[1–( )Cos] .1 100
Cos
P % = [ 1 –2 ( ) 2 ] . 100
Cos 2

Redução das perdas % - FP2


FP1 Redução das perdas % - FP2
FP1
0,7 0,8 0,9 1
0,7 0,8 0,9 1
0,40 67,35 75,00 80,25 84,00
0,40 67,35 75,00 80,25 84,00

Sistemas de Potência - Aula -3 Colégio e Cursos P&C Página 22


Sistemas de Potência - Aula -3 Colégio e Cursos P&C Página 22
81
Sistemas de potência

0,45 58,67 68,36 75,00 79,75

0,45
0,50 58,67
48,98 68,36
60,94 75,00
69,14 79,75
75,00

0,50
0,55 48,98
38,27 60,94
52,73 69,14
62,65 75,00
69,75

0,55
0,60 38,27
26,53 52,73
43,75 62,65
55,56 69,75
64,00

0,60
0,65 26,53
13,78 43,75
33,98 55,56
47,84 64,00
57,75

0,65
0,70 13,78
0,00 33,98
23,44 47,84
39,51 57,75
51,00

0,70
0,75 0,00 23,44
12,11 39,51
30,56 51,00
43,75

0,75
0,80 12,11
0,00 30,56
20,99 43,75
36,00

0,80
0,85 0,00 20,99
10,80 36,00
27,75

0,85
0,90 10,80
0,00 27,75
19,00

0,90
0,95 0,00 19,00
9,75

0,95 9,75

Para um aumento do fator de potência FP1 = 0,50 para FP2 = 0,90 teremos uma
redução
Para umdas I2 de
perdas doR .fator
aumento de69,14%
potência FP1 = 0,50 para FP2 = 0,90 teremos uma
redução das perdas R . I2 de 69,14%
Correção Passiva do Fator de Potência
Correção Passiva do Fator de Potência
Os sistemas elétricos são sujeitos a presença de componentes harmônicos
que geram interferências eletromagnéticas,
Os sistemas elétricos distorção
são sujeitos das formas
a presença de onda e redução
de componentes do
harmônicos
fator de potência.
que geram Para evitar
interferências estes problemas
eletromagnéticas, e adequar
distorção dasoformas
reator de
eletrônico as normas
onda e redução do
vigentes
fator de épotência.
necessária a correção
Para do fator
evitar estes de potência.
problemas e adequar o reator eletrônico as normas
Vcc Tensão
vigentes é necessária de saída
a correção do (em
fatorV).
de potência.
Vcc Tensão de saída (em V).
Freqüência angular da rede (em rad/s).

Freqüência angular da rede (em rad/s).


Freqüência angular de ressonância do filtro (em rad/s).

Freqüência angular de ressonância do filtro (em rad/s).


Cf Capacitor do filtro de entrada (em F).

Cf Capacitor do filtro de entrada (em F).

ω Lf
i Lf1 (t ) i Lf1 (t )
ωVpL
i Lf1 (t ) Corrente
iLf1 i Lf1 (t ) parametrizada no indutor Lf na primeira etapa.
f
Vp
iLf1 Corrente parametrizada no indutor Lf na primeira etapa.
Sistemas de Potência - Aula -3 Colégio e Cursos P&C Página 23

Sistemas de Potência - Aula -3 Colégio e Cursos P&C Página 23


82
Sistemas de potência

Lf Indutor do filtro de entrada (em H).

Desta forma a corrente do indutor parametrizada é expressa pela equação

ω ω ωο 2 Vcc
i Lf1 (t ) (cos(ω t ) cos(ωο t )) ωο sen(ωο t )
ωο 2 ω 2
ω 2
Vp
Observando o comportamento da tensão do capacitor Cf, se observa que
ela decresce cossenoidalmente de –Vcc até zero invertendo seu sentido e crescendo em
sentido contrário até Vcc, esta tensão nesta etapa é dada pela equação

ωο
vCf1 (t ) 2
Vp (ωο sen(ω t ) ω sen(ωο t )) Vcc cos(ωο t )
ωο ω2
vCf1 Tensão no capacitor Cf (em V).

Quando a tensão do capacitor Cf atinge o valor de Vcc o tempo se iguala a


t1, finalizando esta etapa de operação.
t1 Tempo de transição entre a primeira e a segunda etapa (em s).

iLf2 Corrente no indutor Lf na segunda etapa (em A).

Preator
Iccmed = 0, 23333 A
Vcc
Preator Potência de saída do retificador (em W).

Desta forma a indutância de Lf


Vp Iccmed
Lf = 1,13 H
ω Iccmed
A freqüência angular de ressonância do filtro é obtida através da equação
1
ωο
Lf Cf
Logo o valor de Cf
1
Cf 2
0,993 F
ωο L f
O valor do capacitor comercial utilizado foi de 1 F.
Preator
Co = 97, 22 F
f (VComax 2 -VComin 2 )
Co Capacitor de filtro (em F).

VComax Tensão máxima do capacitor Co (em V).

VComin Tensão mínima do capacitor Co (em V).

Sistemas de Potência - Aula -3 Colégio e Cursos P&C Página 24

83
Sistemas de potência

f Freqüência da rede (60 Hz).

ICo1 Corrente que circula por Co

ICo2 Corrente que circula por Co

A corrente que circula por Co


i Co1 (t ) Icc
iCo2 i Lf2 (t ) - Icc

Desta forma o valor da corrente eficaz em Co é dada pela equação


I Coef 166 mA
ICoef Corrente eficaz em Co (em A).

Assim o valor comercial do capacitor do filtro de saída foi de 100 F, valor


este obtido a fim de se atender o valor da especificação da corrente eficaz do mesmo.
Analisando o circuito da figura 5.6 é possível determinar a tensão de pico
no capacitor Cf, VpCf,

Vef 2
VpCf 2
1- L f Cf
VpCf Tensão de pico no capacitor Cf (em V).

Vef Tensão eficaz da rede (em V).

Freqüência angular da rede (em rad/s).

Para uma tensão eficaz nominal da rede elétrica de 220V, utilizando os


valores previamente calculados, a tensão de pico no capacitor Cf fica em 370,65 V. Já
para uma tensão eficaz de 240V a tensão de pico em Cf fica em 404,35 V. Neste último
caso, a tensão do conversor CC/CC deveria ser muito alta, o que elevaria bastante a
potência aplicada na lâmpada, o que é inconcebível tanto pelo elevado consumo das
baterias, como pela redução do tempo de vida útil da lâmpada.
A taxa de distorção harmônica total foi de 19,09 % e o fator de potência
ficou em 0,942. O protótipo não se adequou a norma IEC61000-3-2, contudo
contemplou a norma brasileira NBR-13593 que exige apenas um fator de potência no
mínimo de 0,92.

Sistemas de Potência - Aula -3 Colégio e Cursos P&C Página 25

84
Sistemas de potência

Tabela para determinar a potência dos capacitores

FP Fator de potência corrigido

Atual
0,80 0,81 0,82 0,83 0,84 0,85 0,86 0,87 0,88 0,89

0,982 1,008 1,034 1,060 1,086 1,112 1,139 1,165 1,192 1,220
0,50

0,937 0,962 0,989 1,015 1,041 1,067 1,094 1,120 1,147 1,175
0,51

0,893 0,919 0,945 0,971 0,997 1,023 1,050 1,076 1,103 1,131
0,52

0,850 0,876 0,902 0,928 0,954 0,980 1,007 1,033 1,060 1,088
0,53

0,809 0,835 0,861 0,887 0,913 0,939 0,966 0,992 1,019 1,047
0,54

Sistemas de Potência - Aula -3 Colégio e Cursos P&C Página 26

85
Sistemas de potência

0,769 0,795 0,821 0,847 0,873 0,899 0,926 0,952 0,979 1,007
0,55

0,730 0,756 0,782 0,808 0,834 0,860 0,887 0,913 0,940 0,968
0,56

0,692 0,718 0,744 0,770 0,796 0,822 0,849 0,875 0,902 0,930
0,57

0,655 0,681 0,707 0,733 0,759 0,785 0,812 0,838 0,865 0,893
0,58

0,619 0,645 0,671 0,697 0,723 0,749 0,776 0,802 0,829 0,857
0,59

0,583 0,609 0,635 0,661 0,687 0,713 0,740 0,766 0,793 0,821
0,60

0,549 0,575 0,601 0,627 0,653 0,679 0,706 0,732 0,759 0,787
0,61

0,516 0,542 0,568 0,594 0,620 0,646 0,673 0,699 0,726 0,754
0,62

0,483 0,509 0,535 0,561 0,587 0,613 0,640 0,666 0,693 0,710
0,63

0,451 0,474 0,503 0,529 0,555 0,581 0,608 0,634 0,661 0,689
0,64

0,419 0,445 0,471 0,497 0,523 0,549 0,576 0,602 0,629 0,657
0,65

0,388 0,414 0,440 0,466 0,492 0,518 0,545 0,571 0,598 0,626
0,66

0,358 0,384 0,410 0,436 0,462 0,488 0,515 0,541 0,568 0,596
0,67

Sistemas de Potência - Aula -3 Colégio e Cursos P&C Página 27

86
Sistemas de potência

0,328 0,354 0,380 0,406 0,432 0,458 0,485 0,511 0,536 0,566
0,68

0,299 0,325 0,351 0,377 0,403 0,429 0,456 0,482 0,509 0,537
0,69

0,270 0,296 0,322 0,348 0,374 0,400 0,427 0,453 0,480 0,508
0,70

0,242 0,268 0,294 0,320 0,346 0,372 0,399 0,425 0,452 0,480
0,71

0,214 0,240 0,266 0,292 0,318 0,344 0,371 0,397 0,424 0,452
0,72

0,186 0,212 0,238 0,264 0,290 0,316 0,343 0,369 0,396 0,424
0,73

0,159 0,185 0,211 0,237 0,263 0,289 0,316 0,342 0,369 0,397
0,74

0,132 0,158 0,184 0,210 0,236 0,262 0,289 0,315 0,342 0,370
0,75

0,105 0,131 0,157 0,183 0,209 0,235 0,262 0,288 0,315 0,343
0,76

0,079 0,105 0,131 0,157 0,183 0,209 0,236 0,262 0,289 0,317
0,77

0,052 0,078 0,104 0,130 0,156 0,182 0,209 0,235 0,262 0,290
0,78

0,026 0,052 0,078 0,104 0,130 0,156 0,183 0,209 0,236 0,264
0,79

0,000 0,026 0,052 0,078 0,104 0,130 0,157 0,183 0,210 0,238
0,80

Sistemas de Potência - Aula -3 Colégio e Cursos P&C Página 28

87
Sistemas de potência

0,000 0,026 0,052 0,078 0,104 0,131 0,157 0,184 0,212


0,81

0,000 0,026 0,052 0,078 0,105 0,131 0,158 0,186


0,82

0,000 0,026 0,052 0,079 0,105 0,132 0,160


0,83

0,000 0,026 0,053 0,079 0,106 0,134


0,84

0,000 0,027 0,053 0,080 0,108


0,85

0,000 0,026 0,053 0,081


0,86

0,000 0,027 0,055


0,87

0,000 0,028
0,88

0,000
0,89

Tabela para determinar a potência dos capacitores

FP Fator de potência corrigido

Atua
0,90 0,91 0,92 0,93 0,94 0,95 0,96 0,97 0,98 0,99 1,00
l

1,24 1,27 1,306 1,33 1,36 1,40 1,44 1,48 1,52 1,58 1,73
0,50
8 6 7 9 3 0 1 9 9 2

Sistemas de Potência - Aula -3 Colégio e Cursos P&C Página 29

88
Sistemas de potência

1,20 1,23 1,261 1,29 1,32 1,35 1,39 1,43 1,48 1,54 1,68
0,51
3 1 2 4 8 5 6 4 4 7

1,15 1,18 1,217 1,24 1,28 1,31 1,35 1,39 1,44 1,50 1,64
0,52
9 7 8 0 4 1 2 0 0 3

1,11 1,14 1,174 1,20 1,23 1,27 1,30 1,34 1,39 1,45 1,60
0,53
6 4 5 7 1 8 9 7 7 0

1,07 1,10 1,133 1,16 1,19 1,23 1,26 1,30 1,35 1,41 1,55
0,54
5 3 4 6 0 7 8 6 6 9

1,03 1,06 1,093 1,12 1,15 1,19 1,22 1,26 1,31 1,37 1,51
0,55
5 3 4 6 0 7 8 6 6 9

0,99 1,02 1,054 1,08 1,11 1,15 1,18 1,22 1,27 1,33 1,48
0,56
6 4 5 7 1 8 9 7 7 0

0,95 0,98 1,101 1,04 1,07 1,11 1,15 1,19 1,23 1,29 1,44
0,57
8 6 6 7 9 3 0 1 9 9 2

0,92 0,94 0,979 1,01 1,04 1,07 1,11 1,15 1,20 1,26 1,40
0,58
1 9 0 2 6 3 4 2 2 5

0,88 0,91 0,943 0,97 1,00 1,04 1,07 1,11 1,16 1,22 1,36
0,59
5 3 4 6 0 7 8 6 6 9

0,84 0,87 0,907 0,93 0,97 1,00 1,04 1,08 1,13 1,19 1,33
0,60
9 7 8 0 4 1 2 0 0 3

0,81 0,84 0,873 0,90 0,93 0,97 1,00 1,04 1,09 1,15 1,29
0,61
5 3 4 6 0 7 8 6 6 9

0,78 0,81 0,840 0,87 0,90 0,93 0,97 1,01 1,06 1,12 1,26
0,62
2 0 1 3 7 4 5 3 3 6

0,74 0,77 0,807 0,83 0,87 0,90 0,94 0,98 1,03 1,09 1,23
0,63
9 7 8 0 4 1 2 0 0 3

Sistemas de Potência - Aula -3 Colégio e Cursos P&C Página 30

89
Sistemas de potência

0,71 0,74 0,775 0,80 0,83 0,87 0,90 0,95 0,99 1,06 1,20
0,64
7 5 6 8 2 9 0 8 8 1

0,68 0,71 0,743 0,77 0,80 0,84 0,87 0,91 0,96 1,02 1,16
0,65
5 3 4 6 0 7 8 6 6 9

0,65 0,68 0,712 0,74 0,77 0,80 0,84 0,88 0,93 0,99 1,13
0,66
4 2 3 5 9 6 7 5 5 8

0,62 0,65 0,682 0,71 0,74 0,77 0,81 0,85 0,90 0,96 1,10
0,67
4 2 3 5 9 6 7 5 5 8

0,59 0,62 0,652 0,68 0,71 0,74 0,78 0,82 0,87 0,93 1,04
0,68
4 2 3 5 9 6 7 5 5 9

0,56 0,59 0,623 0,65 0,68 0,72 0,75 0,79 0,84 0,90 1,04
0,69
5 3 4 6 0 7 8 6 6 9

0,53 0,56 0,594 0,62 0,65 0,69 0,72 0,76 0,81 0,87 1,02
0,70
6 4 5 7 1 8 9 7 7 0

0,50 0,53 0,566 0,59 0,62 0,66 0,70 0,74 0,78 0,84 0,99
0,71
8 6 7 9 3 0 1 9 9 2

0,48 0,50 0,538 0,56 0,60 0,63 0,67 0,71 0,76 0,82 0,96
0,72
0 8 9 1 5 2 3 1 1 4

0,45 0,48 0,510 0,54 0,57 0,60 0,64 0,68 0,73 0,79 0,93
0,73
2 0 1 3 7 4 5 3 3 6

0,42 0,45 0,483 0,51 0,54 0,58 0,61 0,65 0,70 0,76 0,90
0,74
5 3 4 6 0 7 8 6 6 9

0,39 0,42 0,456 0,48 0,51 0,55 0,59 0,63 0,67 0,73 0,88
0,75
8 6 7 9 3 0 1 9 9 2

0,37 0,39 0,429 0,46 0,49 0,52 0,56 0,60 0,65 0,71 0,85
0,76
1 9 0 2 6 3 4 2 2 5

Sistemas de Potência - Aula -3 Colégio e Cursos P&C Página 31

90
Sistemas de potência

0,34 0,37 0,403 0,43 0,46 0,50 0,53 0,57 0,62 0,68 0,82
0,77
5 3 4 6 0 7 8 6 5 9

0,31 0,34 0,376 0,40 0,43 0,47 0,51 0,55 0,59 0,65 0,80
0,78
8 6 7 9 3 0 1 9 9 2

0,29 0,32 0,350 0,38 0,41 0,44 0,48 0,52 0,57 0,63 0,77
0,79
2 0 1 3 7 4 5 3 3 6

0,26 0,29 0,324 0,35 0,38 0,42 0,45 0,49 0,54 0,60 0,75
0,80
6 4 5 7 1 8 9 7 9 0

0,24 0,26 0,298 0,32 0,36 0,39 0,43 0,47 0,52 0,58 0,72
0,81
0 8 9 1 5 2 3 1 1 4

0,21 0,24 0,272 0,30 0,33 0,36 0,40 0,44 0,49 0,55 0,69
0,82
4 2 3 5 9 6 7 5 5 8

0,18 0,21 0,246 0,27 0,30 0,34 0,38 0,42 0,46 0,52 0,67
0,83
8 6 7 9 3 0 1 9 9 2

0,16 0,19 0,220 0,25 0,28 0,31 0,35 0,39 0,44 0,50 0,64
0,84
2 0 1 3 7 4 5 3 3 6

0,13 0,16 0,194 0,22 0,25 0,29 0,32 0,36 0,41 0,47 0,62
0,85
6 4 5 7 1 8 9 7 7 0

0,10 0,13 0,167 0,19 0,23 0,26 0,30 0,34 0,39 0,45 0,59
0,86
9 7 8 0 4 1 2 0 0 3

0,08 0,11 0,141 0,17 0,20 0,23 0,27 0,31 0,36 0,42 0,56
0,87
3 1 2 4 8 5 6 4 4 7

0,05 0,08 0,114 0,14 0,17 0,21 0,24 0,28 0,33 0,39 0,54
0,88
6 4 5 7 1 8 9 7 7 0

0,02 0,05 0,086 0,11 0,14 0,18 0,22 0,26 0,30 0,36 0,51
0,89
8 6 7 9 3 0 1 9 9 2

Sistemas de Potência - Aula -3 Colégio e Cursos P&C Página 32

91
Sistemas de potência

0,00 0,02 0,058 0,08 0,12 0,15 0,19 0,23 0,28 0,34 0,48
0,90
0 8 9 1 5 2 3 1 1 4

0,00 0,030 0,06 0,09 0,12 0,16 0,20 0,25 0,31 0,45
0,91
0 1 3 7 4 5 3 3 6

0,000 0,03 0,06 0,09 0,13 0,17 0,22 0,28 0,42


0,92
1 3 7 4 5 3 3 6

0,00 0,03 0,06 0,10 0,14 0,19 0,25 0,39


0,93
0 2 6 3 4 2 2 5

0,00 0,03 0,07 0,11 0,16 0,22 0,36


0,94
0 4 1 2 0 0 3

0,00 0,03 0,07 0,12 0,18 0,32


0,95
0 7 9 6 6 9

0,00 0,04 0,08 0,14 0,29


0,96
0 1 9 9 2

0,00 0,04 0,10 0,25


0,97
0 8 8 1

0,00 0,06 0,20


0,98
0 0 3

0,00 0,14
0,99
0 3

1,00

Sistemas de Potência - Aula -3 Colégio e Cursos P&C Página 33

92
Sistemas de potência

(AULA 04)

1 – INTRODUÇÃO

CORREÇÃO DINÂMICA DO FATOR DE POTÊNCIA

O projeto consiste de um sistema de controle microprocessado, sensores de


corrente e tensão, display, circuitos de disparo e circuito de potência. Os sensores de
tensão e corrente entregam sinais para um circuito que contém filtros analógicos
(visando retirar as componentes de alta freqüência). Esses sinais são discretizados por
um conversor analógico-digital, multiplexando as entradas. O microcontrolador
(AduC841, da Analog DeviceTM) calcula os valores de amplitude e fase de cada fase da
rede, usando algoritmos de transformada de Fourier. Com o valor calculado, o
microcontrolador decide se conecta ou desconecta o próximo banco capacitivo na rede
em função da lógica de controle.

O sistema permanece monitorando o fator de potência e a tensão eficaz a cada


ciclo da rede, e corrigindo-o cada vez que for necessário. Admite, porém, um tempo de
estabilização em ciclos da rede, evitando a entrada ou a saída de bancos capacitivos
em transitórios da carga (valor esse configurável pelo usuário).

Além disso, o sistema tem comunicação serial de dados, armazenamento de dados


em memória não-volátil e um relógio de tempo real, com bateria própria, para
armazenar as datas e horário em que ocorreram eventos principais, com o objetivo de
realizar uma monitoração posterior de todo o comportamento do sistema.

Na figura 23, vemos o diagrama de blocos do sistema completo.

Sistemas de Potência - Aula -4 Colégio e Cursos P&C Página 1

93
Sistemas de potência

ZL TCR
R ZL Carga
TCR TCS
S R RL Carga
TCS TCT VariávelRL
T S
N T TCT MonoVariável
e
N Trifásica
Mono e
Trifásica
TPR TPS TPT
TPR TPS TPT

Filtros de Tensão e Corrente


Filtros de Tensão e Corrente G. R G. S G. T
G. R S G. S G. T
Circuito S
Microcontrolador de Circuito
Microcontrolador Disparo de
Disparo

CR1 ...CR8 CS1 ...CS8 CT2 ...CT8


CR1 ...CR8 CS1 ...CS8 CT2 ...CT8
Computador IHM: Teclado e Display de Cristal Líquido
Computador IHM: Teclado e Display de Cristal Líquido

Figura 23 - Diagrama de blocos do sistema de correção de tensão eficaz e/ou fator de potência.
Figura 23 - Diagrama de blocos do sistema de correção de tensão eficaz e/ou fator de potência.

O circuito de acionamento dos bancos capacitivos é feito por meio de relés de estado
O circuito
sólido (SCRs), de acionamento
garantindo a entradados
dosbancos
bancoscapacitivos
em zero deérede.
feito Aumenta-se
por meio de com
relésisso
de estado
a vida sólido (SCRs),
útil dos SCR's garantindo
e também ados
entrada dos bancos
capacitores, em zero
evitando uma decorrente
rede. Aumenta-se
elevada no com isso
a vida útil dos SCR's e também dos capacitores, evitando uma
acionamento. O desligamento dos bancos é feito em zero de corrente, pois o SCR corrente elevada no
desliga acionamento.
naturalmente em O desligamento dos bancos
zero de corrente. Com issoé afeito em zeronos
comutação deSCR's
corrente,
é ZVSpois
na o SCR
partida desliga
e ZCS no naturalmente
bloqueio. em zero de corrente. Com isso a comutação nos SCR's é ZVS na
partida e ZCS no bloqueio.

Na figura 24b vemos um diagrama de blocos que mostra os circuitos eletrônicos


envolvidos: Na figurainterface
controle, 24b vemos um diagrama (IHM)
homem-máquina de blocos que mostra
e fontes. os circuitos
Na figura 24a vemos eletrônicos
envolvidos:
um diagrama controle,
de blocos que interface
mostra a homem-máquina (IHM) ede
aquisição e as camadas fontes. Na figura
software 24a vemos
de controle
um diagrama
do Conversor de blocoseque
Analógico-digital mostradaa DFT.
o calcula aquisição e as camadas de software de controle
do Conversor Analógico-digital e o calcula da DFT.

Sistemas de Potência - Aula -4 Colégio e Cursos P&C Página 2


Sistemas de Potência - Aula -4 Colégio e Cursos P&C Página 2

94
Sistemas de potência

24a -Detecção das amplitudes e fases da corrente e tensão

24b - Placas que compõem o sistema eletrônico

Figura 24 – Circuito detector de zero de tensão e de corrente.

Sistemas de Potência - Aula -4 Colégio e Cursos P&C Página 3

95
Sistemas de potência

O bloco de controle é o responsável por fazer as aquisições e comandar os


bancos capacitivos, além de enviar as informações relevantes do sistema para um
display. Para isso utilizamos um barramento I2C (serial) de alta velocidade de
transferência de dados. No bloco de interface IHM o usuário pode visualizar duas telas
contendo as informações de amplitude de tensão, corrente e fator de potencia, além
dos estados dos bancos capacitivos. O esquema básico de filtragem (4a. ordem) do
sinal para que seja anti “aliasing” é mostrado na figura 25 .

Figura 25 – Filtro passivos de sinal

Sistemas de Potência - Aula -4 Colégio e Cursos P&C Página 4

96
Sistemas de potência

A rotina de controle é simples. No inicio é recomendado ao usuário inicializar a


rotina de check-up dos bancos capacitivos para ver se todos os bancos estão
funcionando adequadamente. Caso algum banco não funcione, será marcado como
“banco em falha”. O usuário determina os limites de controle do fator de potência e de
tensão eficaz de cada fase. Determina ainda se quer que o sistema funcione no modo
de controle automático ou no modo de controle manual.

Além de corrigir a tensão eficaz, o sistema de controle se preocupa com a taxa de


utilização de cada banco capacitivo. Para isso, utiliza a lógica de controle conhecida
como FIFO - First In First Out - fazendo com que o primeiro banco a entrar em ação
seja também o primeiro banco a ser desligado. Este sistema possibilita a rotação do
banco capacitivo, distribuindo a taxa de utilização entre todos os bancos, aumentando
desta forma a vida útil e evitando o uso excessivo dos primeiros bancos do sistema. A
rotina de estabilização do sinal só comanda a entrada de um banco se e somente se o
valor da medição estabilizou-se por um certo tempo, estabelecido em ciclos de rede
pelo usuário, evitando a entrada do banco capacitivo quando houver transitórios na
rede. O diagrama de blocos básico do software de controle é mostrado na figura 26.

Sistemas de Potência - Aula -4 Colégio e Cursos P&C Página 5

97
Sistemas de potência

INICIO
INICIO

ESTABELECE
ESTABELECE
COMUNICAÇÃO
COMUNICAÇÃO
SERIAL
SERIAL

ATUALIZAR
DADOSATUALIZAR
DADOS

MEDE A TENSÃO
MEDE A TENSÃO
E A CORRETNE
E A CORRETNE
NAS 3 FASES
NAS 3 FASES

CALCULA OS ATUALIZA
CALCULA
VALORES DE OS DADOSATUALIZA
VALORES
CONTROLE DE DADOS
SERIAL/DISPLAY
CONTROLE SERIAL/DISPLAY

FP DENTRO
FP DENTRO COMUTA BANCO
DOS LIMITES COMUTA BANCO
DOS LIMITES

S
S

Atualiza dados
S VSrms
Atualiza dados V rms
Serial/Display limites
Serial/Display limites

Figura 26 - Diagrama de Controle


Figura 26 - Diagrama de Controle

RESULTADOS EXPERIMENTAIS
RESULTADOS EXPERIMENTAIS

Foi construído um equipamento trifásico, com 1 grupo de capacitores monofásicos


por fase para Foi construído
corrigir umautomática
de forma equipamento trifásico,
a tensão come 1o grupo
eficaz de potência.
fator de capacitores monofásicos
Cada
por fase para
grupo é formado por 8corrigir de forma
capacitores automáticadea tensão
monofásicos 11,4uF eficaz e o Este
- 440V. fator protótipo
de potência. Cada
grupo uma
possui também é formado
carga dopor
tipo8 RL
capacitores
composta monofásicos
de: 3 motoresdemonofásicos
11,4uF - 440V.
de 1/3Este
CV, protótipo
3 motorespossui também
trifásicos uma
de 1 CV e 3carga do resistivas
cargas tipo RL composta
de 600W.de: 3 motores monofásicos de 1/3 CV,
3 motores trifásicos de 1 CV e 3 cargas resistivas de 600W.

Sistemas de Potência - Aula -4 Colégio e Cursos P&C Página 6


Sistemas de Potência - Aula -4 Colégio e Cursos P&C Página 6

98
Sistemas de potência

Neste protótipo podemos variar a carga e a fase em que a carga será colocada
para verificar a dinâmica da correção. Procurou-se desenvolver um protótipo que
mostrasse que, à medida que a carga fosse ligada por meio de chaves, os bancos
capacitivos fossem sendo acionados, mantendo a tensão eficaz e o fator de potência
dentro dos limites impostos pelo usuário. As figuras 27 e 28 mostram
respectivamente a parte externa e a parte interna do equipamento desenvolvido.

Figura 27 – Foto da parte externa do protótipo.

O primeiro experimento foi o de acionar, de forma crescente e em malha aberta,


os capacitores dos três grupos. Nesta situação, toda a carga RL do equipamento foi
utilizada de forma equilibrada nas fases da rede de baixa tensão e, se manteve
constante durante todo o experimento.

Sistemas de Potência - Aula -4 Colégio e Cursos P&C Página 7

99
Sistemas de potência

Figura 28 - Foto interna do equipamento desenvolvido.

As figuras 28 e 29 mostram que tanto a tensão eficaz das três fases quanto o
fator de potência também das três fases, sem o acionamento de capacitores, estão
fora da faixa aceitável, ou seja: 209 V à 231 V para a tensão eficaz e 0,92 indutivo à
0,92 capacitivo para o fator de potência.

O gráfico da figura 29 representa a evolução das tensões de fase em função da


quantidade de capacitores acionados em cada grupo. Observa-se neste gráfico que as
tensões eficazes da fases R, S e T entram para a faixa aceitável após o acionamento
do quarto, quinto e terceiro capacitores, respectivamente.

Sistemas de Potência - Aula -4 Colégio e Cursos P&C Página 8

100
Sistemas de potência

Figura 29 - Tensões de fase em função do número de capacitores acionados.

O gráfico da figura 30 mostra a trajetória do fator de potência de cada fase em


função da quantidade de capacitores acionados em cada grupo. Observa-se neste
gráfico que o fator de potência das três fases entram para a faixa aceitável após o
acionamento do quarto capacitor de cada grupo e que o fator de potência das três
fases saem desta faixa aceitável após o acionamento do ultimo capacitor de cada
grupo.

Figura 30 – Fator de potência em função do número de capacitores acionados.

Sistemas de Potência - Aula -4 Colégio e Cursos P&C Página 9

101
Sistemas de potência

Nesta situação de carga, o equipamento desenvolvido e operando na correção


automática de tensão eficaz e fator de potência acionaria sete capacitores de cada
grupo para garantir tensão eficaz de fase o mais próxima da nominal (220 V) e fator
de potência dentro da faixa aceitável (0,92 indutivo à 0,92 capacitivo).

O comportamento das correntes de linha é apresentado através do gráfico da


figura 9 onde pode-se constatar um acentuado decrescimento destas correntes a
medida que se incrementa o número de capacitores acionados por grupo. Este
decrescimento somente é observado até o valor do fator de potência atingir valor
próximo do unitário. Estas correntes voltam a crescer quando o fator de potência
começa a se tornar cada vez mais capacitivo.

Figura 31 – Comportamento das correntes de linha em função do número de capacitores acionados.

No segundo experimento toda a carga RL do equipamento foi utilizada de


forma desequilibrada nas fases da rede de baixa tensão como mostra a primeira linha
da tabela 1 (sem acionamento de capacitores). Observa-se que ambos, tensão eficaz
e fator de potência de todas as três fases, estão fora das regiões aceitáveis.

A segunda linha da tabela 1 foi gerada quando o equipamento foi acionado de


forma automática somente para a correção do fator de potência. Para colocar o fator
de potência das três fases dentro da região aceitável foi necessário acionar quatro
capacitores na fase R, cinco capacitores na fase R e dois capacitores na fase T porém,
a tensão eficaz da fase S encontra-se fora da região aceitável.

Sistemas de Potência - Aula -4 Colégio e Cursos P&C Página 10

102
Sistemas de potência

Colocando o equipamento a funcionar de modo automático para corrigir tensão


eficaz e também fator de potência, terceira linha da tabela 1, foi necessário acionar
cinco capacitores na fase R, sete capacitores na fase S e três capacitores na fase T.
Nesta situação, tanto a tensão eficaz quanto o fator de potência das três fases foram
colocados dentro das regiões aceitáveis.

Tabela 1 - Acionamento dos capacitores monofásicos de forma automática.

Nº de Tensão de Fase Fator de


Capacitores Eficaz (V)
Acionados Potência

R S T R S T R S T

0 0 0 205,5 197,5 207,4 0,57i 0,56i 0,80i

4 5 2 211,5 206,6 211,4 0,99i 0,97i 0,99i

5 7 3 212,6 209,6 213,1 0,99c 0,98c 0,97c

Além disso, vemos nas figuras 32, 33, 34 e 35 os gráficos que podem ser
gerados pelo programa “for Windows” desenvolvido para receber os dados vindos do
microcontrolador, mostrando em tempo de atualização de 1 segundo.

A figura 32 nos mostra o fator de potência e a tensão eficaz das três fases e suas
respectivas regiões aceitáveis.

Figura 32 – Mostradores de fator de potência e tensão eficaz.

Sistemas de Potência - Aula -4 Colégio e Cursos P&C Página 11

103
Sistemas de potência

Na figura 33 são apresentados além da tensão eficaz de cada fase os capacitores


acionados dos três grupos enquanto que na figura 34 é mostrado também as
correntes de linha. Por último, a figura 35 apresenta o diagrama fasorial contendo os
seguintes fasores: as tensões de fase e as correntes de linha.

Nas figuras 36 e 37 temos uma visão geral da interface entre o usuário e o


equipamento, permitindo-o

configurar,, armazenar e visualizar os principais dados do sistema de controle.

Figura 33 - Mostradores de tensão eficaz e capacitores acionados nos três grupos.

Sistemas de Potência - Aula -4 Colégio e Cursos P&C Página 12

104
Sistemas de potência

Figura 34 - Mostradores de tensões de fase e correntes de linha.

Figura 35 – Diagrama fasorial da tensão de fase e da corrente de linha das três fases.
Sistemas de Potência - Aula -4 Colégio e Cursos P&C Página 13

105
Sistemas de potência
Figura 35 – Diagrama fasorial da tensão de fase e da corrente de linha das três fases.

Figura 36 – Tela principal do programa.

Sistemas de Potência - Aula -4 Colégio e Cursos P&C Página 14

Figura 37 – Menu de configurações do equipamento.

106
Este sistema permite a correção automática da tensão eficaz e do fator de potência de
Sistemas de potência
Figura 37 – Menu de configurações do equipamento.

Este sistema permite a correção automática da tensão eficaz e do fator de potência de


uma rede elétrica de baixa tensão, mantendo tanto a tensão eficaz quanto o fator de
potência dentro da faixa especificada pelo usuário ou pela concessionária de energia
elétrica, proporcionando também o aumento da vida útil dos capacitores, pela melhor
taxa da utilização de cada banco e pelo acionamento em zero de tensão, o que lhe
confere uma característica de menor corrente de partida do que os sistemas
convencionais (usando contactoras).

O uso de micro controladores para o controle torna o sistema flexível, de baixo


custo, configurável por software, permitindo monitorar a falha de algum banco,
sinalizando qual o banco que está com problemas. Além disso, é possível, por meio do
display de cristal líquido ou através de um computador conectado ao equipamento,
obter as informações
Sistemas de Potência - aAula
qualquer
-4 momento sobre
Colégio as condições
e Cursos P&C de uma rede elétrica
Página de
15
baixa tensão.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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[2] - Lander, Cyril W. - Industrial Eletronics: Therys and Aplications - Mc. Graw Hill,
1988.

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1981.

[4] - Wood, P. Switching Power Converters - Van Nostrand, 1981.

[5] - Reis, L.O.Matos. Switching Capacitor Banks without Inrush Current - COBEP’95.

[6] - Semikron Semiconductors - User’s Guide.

[7] - WEG- Catalog of the Automatic Bank for Corretion of Power Factor. Jaraguá do
Sul - Brasil.

[8] - BELUK Gmbh - Catalog of the BLC-MC Regulation of Power Factor. Munich -
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INEP-UFSC,Jun 1993.

[10] - Bonacorso, N.G.; Microcontrolled Didactic Module of Power Electronics.-


COBEP’95.

[11] – Noll, V.; Fassheber, C.Jr.; Bonacorso, N.G.; Schmidt, I. e Souza, A.A. Correção
Ativa de Fator de Potência Trifásico Usando Microcontrolador. Revista de Automação e
Tecnologia da Informação, v.2, n.1, janeiro/junho de 2003.

[12] - Fassheber, C. F. J. Utilização de Capacitores para Melhoria da Qualidade de


Energia Elétrica nos Circuitos de BT. Seminário Internacional de Construção e
Manutenção de Sistemas de Distribuição e Subtransmissão de Energia Elétrica - III
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display de cristal líquido ou através de um computador conectado ao equipamento,
obter as informações a qualquer momento sobre as condições de uma rede elétricaSistemas
de de potência

baixa tensão.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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[12] - Fassheber, C. F. J. Utilização de Capacitores para Melhoria da Qualidade de


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CIERTEC

[13] - Fassheber, C.F.J. Qualidade do fornecimento de energia elétrica nos


transformadores de baixa tensão. Trabalho Técnico CQDE –2003. Publicação Interna
da CELESC.

Sistemas de Potência - Aula -4 Colégio e Cursos P&C Página 16

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