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CURVAS DE NÍVEL
Desenhe uma linha base do comprimento exato da linha A-B (19,2 cm). Marque na
linha base os pontos em que cada curva de nível corta a linha de seção: por exemplo, 9mm
de A marque o ponto correspondente à interseção da cota de 700m. Da linha base erga uma
perpendicular correspondente ao comprimento da altura do terreno e uma vez que é
importante igualar a escala vertical e a escala horizontal, a perpendicular de comprimento
17,5mm’ deve ser erguida correspondendo à cota de 700m (Fig. 1) N.B Muito trabalho pode
ser poupado se as seções forem desenhadas em um papel milimetrado. Muitos dos mapas
nesse livro estão desenhados em uma escala de 1’’ (2,5cm)= 500m e em alguns casos
1.000m para facilitar os desenhos de seção e simplificar os cálculos.
Fig. I. Parte da seção ao longo da linha A-B do Mapa I mostrando o método de construção da
superfície do terreno (ou perfil).
Fig. 2. Seção mostrando uma camada com mergulho. O ângulo de mergulho é medido a partir do
plano horizontal que intercepta a camada.
Fig. 3. Camadas inclinadas em uma pedreira. Observe as relações entre as orientações das linhas de
mergulho e de direção.
Map 1. Os afloramentos geológicos são mostrados no canto noroeste do mapa. Pode ser
visto que as camadas são horizontais como os fronteiras geológicas coincidem com, ou são
paralelas, as curvas de nível do solo. Complete o afloramento geológico ao longo de todo o
mapa. Qual a espessura de cada camada? Faça uma coluna vertical mostrando as camadas
em uma escala de 1cm = 100m. Desenha uma seção ao longo da linha A-B.(Curvas de nível
em metros).
Mapa 2. As linhas contínuas são os limites (boundaries) geológicos separando os
afloramentos do dipping strata (mergulho estatigráfico?), beds (camadas) P, Q, R, S, T e U.
Examine o mapa e observe que os limites geológicos não estão paralelos às curvas de nível
mas, na verdade, interceptam elas. Isto mostra que as beds (camadas) estão dipping
(mergulhando). Antes de construir strike lines, podemos deduzir a direção do dip (megulho)
das beds (camadas) pelo fato de que os afloramentos traçam um 'V' vale abaixo? Desenhe
strike lines para cada interface geológica e calcule a direção e valor do mergulho. .(Curvas
de nível em metros).
LINHAS DE CONTORNO ESTRUTURAL (STRIKE LINES)
A cota de um contato geológico pode ser encontrada onde o mesmo intercepta uma
curva de nível. Por exemplo, o contato entre as camadas S e T corta a curva de 700m em
três pontos. Esses pontos estão na linha de contorno estrutural de 700m , que pode ser
desenhada através deles. Uma vez que estes mapas retratam simplesmente superfícies
planas inclinadas, as linhas de contorno vão ser contínuas, paralelas e - se os mergulhos
forem constantes- igualmente espaçadas.
= 100m em 250m
Fig. 4. (a) Plano mostrando linhas de contorno estrutural e (b) seção mostrando a relação entre
mergulho e gradiente.
Linhas perpendiculares são então desenhadas a partir da linha base, com comprimento
correspondente à altura das linhas de contorno estrutural (Fig. 5).
Fig. 5. Seção para mostrar o método de traçar contatos geológicos de forma precisa.
Nota de rodapé: Uma certa confusão pode ocorrer no que respeita ao uso do termo contato
geológico, uma vez que ele pode ser utilizado tanto para a interface entre duas camadas como para o
afloramento dessa interface. Esse parece ser um termo de emprego satisfatório, entretanto, uma vez
que os mesmos estão relacionados isso pode levar a uma certa ambiguidade.
Fig. 6. (a) Bloco diagrama e (b) mapa com linhas de contorno estrutural para ilustrar as relações entre
mergulho verdadeiro e o mergulho aparente.
No mapa 3 pode ser visto que a linha de contorno estrutural 1.100m do contato D-E
coincide com a linha de contorno 1.000 do contato C-D. Assim, ao longo dessa linha de
direção, o topo da camada D está a 100m mais alto que a base. Esta tem uma espessura
vertical de 100m. Essa seria a espessura da camada que poderia ser recortada por uma
perfuração executado no ponto X.
ESPESSURA VERTICAL E ESPESSURA REAL
Fig. 7. Corte mostrando a relação entre a espessura vertical (VT) e a espessura verdadeira (T) de
uma camada com mergulho.
LARGURA DE AFLORAMENTO
Fig. 8. Cortes mostrando as diferentes larguras de afloramentos de uma camada com espessura
constante com mergulhos fortes e fracos.
Nota-se que no caso de camadas horizontais os contatos geológicos são
paralelos às curvas de níveis. Em camadas inclinadas os contatos geológicos
interceptam as curvas de níveis, e nos terrenos topograficamente irregulares quanto
maior for o mergulho, mais a largura do mesmo se aproxima da espessura da camada.
No caso limite de uma camada vertical, os contatos são linhas retas e não possuem
relação com a topografia. (grifo nosso)
É muito difícil construir a escala vertical igual a escala horizontal em uma situação
em que 1’’ em um mapa em milhas é, 1’’ = 5280’. É necessário, portanto, introduzir um
exagero vertical em que, se a escala vertical de 1’’ = 1000’ for a escolhida, esse exagero
será aproximadamente de 5 vezes e meia (O USGS emprega frequentemente um exagero
vertical de três vezes). Quando consideramos uma área do tamanho desse mapa observa-
se que os planos de acamamento não tem mergulhos uniformes mas são levemente
dobrados. As camadas não podem ser inseridas em uma seção por meio da construção de
strike lines; deve ser usada a espessura correta, tal como apresentado na coluna
estratigráfica na legenda do mapa, e se determinando um mergulho que permita adequar o
corte a largura correta do afloramento (veja acima).
Nota de rodapé: Esses mapas estão sendo substituídos por mapas na escala de 1:50.000
com curvas de níveis intervaladas de 50m. Uma escala vertical de 1cm – 100m poderia ser
adequado para a construção de uma seção com um exagero vertical de 5 vezes, ou poderia
ser em alguns casos utilizadas a metade dessa escala. (Para alguns mapas na escala de
1:25.000 pode ser seguida essa indicação).
Nota: uma vez que o mapa retrata uma camada de carvão, com uma espessura da ordem
de 2m, na escala de 2,5cm = 500m sua espessura é tal que pode ser satisfatoriamente
representada no mapa por uma simples linha cheia. Não há necessidade em desenhar strike
lines para o topo e para a base da camada – nessa escala elas são essencialmente
idênticas.
Observe a cota da camada nos pontos A, B e C onde ela aflora. Ligue com uma linha reta o
ponto mais alto da camada de carvão, C (600m) até o ponto mais baixo na camada, A
(200m). Divida a linha A-C em quatro partes iguais (de 600m – 200m = 400m). Como o
declive da camada é constante, podemos encontrar um ponto em AC onde a camada está
na cota de 400m (o ponto médio). Sabemos também que no ponto B a camada está na cota
de 400m. A linha reta desenhada entre esses dois pontos é a linha de contorno de 400m.
Em um estrato inclinado como esse, todas as strike lines são paralelas. Construa a strike
line de 200m passando pelo ponto A, outras por 300m, 500m e 600m – a última, passando
pelo ponto C. Tendo agora estabelecido ambos: direção e espaçamento das strike lines,
complete as camadas sobre todo o mapa.
Mapa 4. Calcule a direção e o mergulho de uma camada de carvão a qual aflora nos pontos A, B e
C. Em que profundidade essa camada pode ser encontrada em uma perfuração realizada no ponto
“D”? Complete os afloramentos da camada de carvão. Uma outra camada situada de 200m
dependendo do parâmetro que estiver utilizando) abaixo dessa camada de em consideração afloraria
na área do mapa?
INSERÇÃO DE AFLORAMENTOS
Nessas condições, os pontos não podem ser unidos por linhas retas. Devemos ter
em mente que onde as camadas existem entre duas strike lines, e.g. os 300m e 400m,ela
só pode aflorar nos locais onde o terreno também tem cotas situadas entre 300m e 400m,
i.e. entre as curvas de nível de 300m e 400m (Fig. 9). O afloramento de um contato
geológico não pode, no mapa, interceptar uma linha de contorno estrutural ou uma curva de
nível exceto nos locais onde elas se intersectam na mesma cota.
Fig.9. A interseção de um contato geológico em um mapa com curvas de níveis e linhas de contorno
estrutural.
PROFUNDIDADE EM PERFURAÇÕES
Uma exceção a essa afirmativa pode ser encontrada nas bordas da Bacia de
Londres, onde as camadas do Terciário Inferior repousam discordantemente sobre o Chalk,
estabelecendo uma pequena diferença em termos de direção e de mergulho, embora
comparativamente, a sucessão de camadas, do outro lado do Channel, mostre uma
expressiva discordância, a qual representa um longo período de tempo, uma vez que se
sabe que na Grã-Bretanha, os dois estágios superiores do Chalk e o estágio inferior do
Terciário não são encontrados.
Quando a subsidência contínua e, por exemplo, o mar avança cada vez mais sobre a
área onde ocorrem os terrenos antigos, as camadas, sucessivamente são depositadas e
elas podem ter uma extensão geográfica maior, de modo que uma camada se estende além
dos limites da camada anterior a ela, a recobrindo de forma total (overlap). Nessa
configuração (Fig. 11) pode ter lugar uma discordância com ou sem “overstep”. A
camada Y recobre de forma total a camada X.
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Mapa 7. Encontre o plano da discordância. Deduza a direção e o mergulho das duas séries
de camadas que são separadas pela discordância. Construa uma seção geológica ao longo
da linha do canto noroeste do mapa até o canto sudeste. Haveria a possibilidade da camada
de carvão ser encontrada em perfurações situadas nos pontos A, B e C? Se a camada de
está carvão presente, calcule sua profundidade abaixo da superfície do terreno; se ela não
ocorre, sugira uma explicação para essa ausência.
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Camada X. (De modo inverso, quando uma sucessão de camadas se deposita sobre
uma área, progressivamente menor, em razão de um soerguimento gradativo tem-se um
off-lap (ausência da camada). (Raramente esse tipo de situação pode ser deduzida da
análise de um mapa geológico e não será discutida).
Fig 10. Bloco diagrama de uma inconformidade angular Fig. 11. Bloco diagrama de
uma inconformidade com overlap.
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4. FALHAS
Falhas:
Falhas são fraturas que deslocam as rochas. As camadas de um dos lados da falha
podem se deslocar verticalmente centenas ou mesmo milhares de metros, em relação às
camadas situadas no lado oposto da mesma. Em outro tipo de falha as rochas podem
deslocar – se horizontalmente por muitos quilômetros. Na natureza as falhas podem se
apresentar como uma superfície plana ao longo do qual se tem um deslocamento ou pode
ser representada por uma zona de rocha brechada. Para os objetivos da confecção de
mapas essas situações podem ser representadas como um plano, o qual, geralmente,
estabelece uma angularidade com a vertical. Este ângulo ( Fig. 12) é chamado de “hade”
(ângulo complementar ao ângulo de mergulho) da falha. O deslocamento vertical de um
plano de estratificação é chamado de “throw” (separação vertical) da falha.
Fig12: seção de estratos deslocados por uma falha normal (após a erosão se produz um próximo
nível da superfície do solo).
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Fig. 13. Seção através de uma camada deslocada por uma falha reversa/inversa (reversed).
Note que devido à erosão as camadas mais jovens são removidas do lado da falha
que se moveu para cima, mas são preservadas no lado que se moveu para baixo
(downthrow). Uma falha desloca e desorganiza as camadas. Esse efeito de deslocamento,
combinado à erosão, causam descontinuidade ou deslocamento nos afloramentos das
camadas.
Fig. I 4. Seções para exibir a eliminação progressiva de uma falha escarpa (fault scarp) por erosão
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Onde o plano de falha é paralelo à direção das camadas vê-se tanto uma repetição
de afloramentos ( Fig. I 5 a) onde a sucessão de camadas na superfície é A, B, C, A, B, C
ou a supressão delas (Fig. I 5 b) quando a sucessão de camadas vistas em superfície tem o
arranjo A, B, C, E, F, G.
Fig 15: Bloco diagramas de uma strike fault normal (a) com a direção do mergulho oposto à direção
da inclinação, causando repetição de parte da sucessão dos afloramentos e (b) com as direções do
mergulho e de inclinação similares, causando uma supressão de parte da sucessão dos
afloramentos.
Figura 17. Seção mostra um “pequeno angulo” (alta inclinação) reservada à falha e sua importância
aos problemas na mineração.
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Mapa 8. Desenhe strike lines para os contatos superior e inferior superfícies do arenito
(pontilhado). Qual é o valor do throw da falha? Desenhe strike lines do plano de falha. É
uma falha normal ou inversa? Qual é a espessura do arenito?
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Mapa 9. A linha F-F é o afloramento de um plano de falha. A outra linha espessa no mapa
representa afloramentos de uma camada de carvão. Sombreie as áreas onde o carvão pode
ser atravessado por uma perfuração (as áreas onde ela não foi removida pela erosão).
Indique as áreas nas quais qualquer perfuração poderia interceptar duas vezes a camada de
carvão. Que tipo de falha é esta? Desenhe uma seção ao longo da linha X-Y.
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NOTA SOBRE O MAPA 9: A área na qual uma perfuração recorta duas vezes a camada
de carvão é definida pelas linhas de interseção do plano de falha com a camada de carvão
(Figura 17). As superfícies definirão uma interseção onde elas estiverem na mesma cota
em que se encontra a camada de carvão (onde as strike lines da camada de carvão e os
strike lines dos planos de falha tiverem a mesma cota).
Cavalgamentos (thrust faulting) que possuem um “hade” elevado bem como os efeitos do
falhamento sobre camadas dobradas serão tratados em capítulos posteriores.
Figura 18. Bloco diagrama de uma falha wrench (=tear). Note que o efeito nos afloramentos é similar
ao falha do mergulho normal (cf. Figura 16).
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FALHAS PÓSTUMAS
Mapa 10. A parte oeste do mapa compreende um problema de 3 pontos nos permitindo desenhar
strike lines nos intervalos de 10’ da base de uma camada de minério de ferro. Assumindo que o topo
dessa camada está 20m acima, por que o furo B penetra apenas 15m de ironstone? A leste da falha
(uma falha normal de baixo “hade”), trace as strike likes e as renumere então com 10m a menos (já
que a falha é mostrada como tendo um deslocamento para baixo de 10m para leste). Marque os
afloramentos de minério de ferro nos dois lados da falha. Marque também as áreas onde a camada
de minério de ferro pode ser trabalhada à céu aberto com uma remoção máxima do pacote de
ardósias sobrejacente menor que 40m.
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Mapa 11: Calcule a direção e o mergulho das camadas abaixo e acima do plano de
discordância. Construa uma secção ao longo da linha X-Y. As linhas F1-F1 e F2-F2 são os
afloramentos de dois planos de falha. Qual falha ocorreu mais cedo no tempo geológico?
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DOBRAMENTO
ANTICLINAIS E SINCLINAIS
Nos locais onde as camadas dobradas tem concavidade voltadas para cima elas
constituem um anticlinal (anti = oposto: clino = inclinação). As camadas mergulham para
sentidos opostos, nessa estrutura em forma de arco); nos locais onde as camadas tem
concavidade voltadas para baixo a estrutura é chamada sinclinal (syn = juntos: Clino =
declive. As camadas mergulham em sentido convergente relativamente umas às outras
(Fig. 19). No caso mais simples, as camadas de cada lado de uma dobra, ou seja, os
limbos ou flancos da dobra possuem o mesmo valor de mergulho e nesse caso a dobra é
dita ser simétrica. Neste caso, um plano que representa a bissetriz da dobra, denominado
plano axial, é vertical.
Fig 20: Bloco diagrama de um anticlinal Fig 21: Bloco diagrama de um sinclinal
simétrica (uma dobra na vertical) simétrica (uma dobra na vertical)
DOBRAS ASSIMÉTRICAS
Em muitos casos, os esforços na crosta terrestre geram dobras não simétricas, como
as descritas anteriormente. Se as camadas em um flanco da dobra mergulham mais
fortemente do que as camadas do outro flanco a dobra é assimétrica. A diferença de
mergulho nos dois flancos da dobra definirão as larguras de seus afloramentos, os quais
serão mais estreitos quanto mais forte for o mergulho do flanco (Fig 22). (Ver também a Fig.
8). Agora, o plano axial, bissetriz da dobra não é mais vertical, mas está inclinado e a dobra
é chamada de dobra inclinada.
DOBRAS ISOCLINAIS
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DOBRAS CONCÊNTRICAS
DOBRAS SIMILARES
MAPA 12: Desenhe strike lines para a superfície superior e inferior da camada de ardósia hachurada
no mapa. A direção da camada é, aproximadamente, norte-sul ou leste-oeste? Indique no mapa as
posições de eixos de anticlinal e de sinclinal. Desenhe uma seção ao longo da linha X-Y
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Uma strike line é desenhada pela união dos pontos em que o limite de um contato
geológico (ou plano da estratificação) tem a mesma cota. Por definição essa superfície tem
a mesma cota ao longo de toda a extensão da strike line. Claramente, se nós juntarmos os
pontos X e Y (Fig.27) nós construiremos uma strike line para o plano de estratificação nela
apresentado, de tal forma que não somente os pontos X e Y estão na mesma cota, mas o
plano de estratificação está também na mesma cota, ao longo da linha X-Y. Entretanto se
juntarmos os pontos W e X, embora eles estejam na mesma cota, nós não podemos
construir uma linha de contorno estrutural, para o plano de estratificação, porque a cota não
é a mesma ao longo da linha W-X; esta é dobrada com concavidade para baixo, formando
um sinclinal. Assim, se tentarmos desenhar um padrão de strike line, o qual se constate
estar errado, nós devemos procurar uma outra direção, aproximadamente em ângulos retos,
em relação a nossa primeira tentativa. Deve-se notar também que a tentativa de visualizar
as estruturas também deve ser feita. Por exemplo, no mapa 12 os lados do vale fornecem,
em essência, uma sessão que sugere uma estrutura sinclinal, especialmente se o mapa for
virado de cabeça pra baixo e olhado a partir do norte.
Fig 27 – Bloco diagrama ilustrando a direção das strikes lines em estratos dobrados.
NOTA DO MAPA 13: Observe que o lado norte do vale, visto como uma seção, imediatamente dá o
contorno das estruturas – um virada sinclinal e anticlinal revirados ou reversos. MAPA 13: Desenhe
as linhas de contorno estrutural de todos os contatos geológicos e deduza as direções e mergulhos
das camadas. Que tipos de dobras estão presentes no mapa? Construa uma seção ao longo de uma
linha leste-oeste. Desenhe os traços axiais, ou seja, os afloramentos dos planos axiais das dobras.
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Mapa 14: Este mapa inclui todas as características estruturais até agora introduzidas,
dobras, uma falha e uma discordância. Escreva uma breve história geológica da área
mostrada no mapa, indicando a ordem dos eventos que produzem essas características
estruturais. Construa uma seção ao longo da linha X-Y.
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Nas dobras estudadas até agora, a crista do anticlinal ou a quilha do sinclinal, i.e.
o eixo da dobra, tem tido uma postura horizontal e, consequentemente, as linhas de
contorno estrutural desenhadas sobre as camadas de um flanco de dobra tem sido paralela
às strikes lines das camadas do outro flanco da dobra. (Eles têm sido também paralelas ao
plano axial, e nos casos nos quais o plano axial era vertical, paralelo traço axial (=
afloramento do plano axial). Claramente, as dobras possuem geralmente extensões
bastante limitadas e podem mergulhar em uma das extremidades até as camadas
desaparecerem (Fig. 28).
Os efeitos da erosão sobre as dobras com mergulho podem ser observadas nas
Figs. 29 e 30. Os afloramentos dos contatos geológicos (nas strike lines) dos dois flancos de
uma dobra não são paralelos.
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Enquanto as strike lines são paralelas as camadas em cada flanco da dobra, estes
dois flancos convergem, encontrando-se no plano axial (Figura 31).
Figura 29. Bloco diagrama de uma plunging syncline. Figura 30. Bloco diagrama de uma plunging
anticline.
Assim como a inclinação das camadas (mergulho) podem ser calculados pelo
espaçamento das strike lines medidos no sentido do mergulho, o plunge de uma dobra pode
ser calculado a partir do espaçamento das strike lines medido no sentido do plunge, i.e. ao
longo do eixo. O plunge da dobra, mostrado na Figura 31, pode ser expresso como tendo
um gradiente, 1 em 5. Se a escala do diagrama é 1” = 1000”, o espaçamento da strike line
ao longo do eixo de 0.5”. (O mergulho do plano de acamamento de cada flanco é de 1 em
3: verifique se isto é assim mesmo).
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Mapa 15. O mapa mostra partes de afloramentos de uma camada de carvão. Ela também
foi encontrada em uma profundidade de 300 pés (91,44 metros) nas perfurações em vários
pontos marcados com X. Complete os afloramentos da camada de carvão. Determine a
profundidade na qual ela seria encontrado em poços (shaft) localizados em Y e Z. Também
insira o afloramentos de outra camada que está aproximadamente 300 pés (91,44 metros)
acima (verticalmente) na sucessão das camadas. Qual é o valor do plunge do eixo da
dobra?
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Mapa 16. São os eixos das duas dobras coincidentes? Desenhe uma seção ao longo da
linha X-Y.
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Mapa 17. Insira um eixo de dobra. Qual é o throw e a idade relativa das falhas, F1 e F2?
Note os efeitos do falhamento nos flancos das dobras e nos planos axiais. Desenhe uma
seção ao longo da linha X-Y. Sombreie a área onde um poço (shaft) realizado sobre a
camada de calcário encontraria a camada de carvão.
DOBRAMENTO “RECORRENTE” (POSTHUMOUS FOLDING) (após ter cessado uma
primeira fase de dobramento)
Após uma camada ser depositada em uma área ela pode ser soerguida, dobrada e
erodida como foi visto no capítulo anterior. Uma subsidência subsequente pode levar à
deposição de novas camadas discordantemente sobre as camadas pré-existentes. Podem
ainda os processos de soerguimento e dobramento serem recorrentes , situação na qual
esse segundo período de dobramento é dito recorrente (posthumous) - caso os eixos das
dobras das camadas mais jovens sejam paralelos e aproximadamente coincidentes com
aqueles das dobras das camadas mais velhas. A orientação dos dois conjuntos de dobras
pode ter paralelismo e os eixos das dobras coincidirem, como pode ser visto na Fig.32, ou
eles podem ser paralelos mas não coincidentes. Uma vez que o dobramento tem duas
idades a orientação dos dois conjuntos de dobras pode ter direções bastante diferentes e
nesse caso ele é dito ser um dobramento superposto ou dobramento cruzado e não é
assim incluído entre os dobramentos posthumous, mas normalmente há uma tendência do
dobramento inicial exercer um “controle” sobre o dobramento posterior mais recente, de tal
forma que muito comumente as orientações dos dois conjuntos terem direções paralelas ou
sub-paralelas.
DOBRAMENTO POLIFÁSICO
Fig. 34. Bloco diagrama mostrando camadas dobradas (uma camada pontilhada é usada para
destacar) deslocada por uma falha normal.
Fig. 35. Bloco diagrama mostrando camadas semelhantes às da Fig. 34, deslocada por uma falha de
rasgamento.
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Mapa 18. Que tipo de falha ocorre no mapa? Existe deslocamento vertical? Faça uma seção
ao longo de uma linha que intercepte a falha. Indique no mapa os eixos de anticlinais e
sinclinais.
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Mapa 19. São mostrados afloramentos somente na parte norte do mapa. Trace linhas de
contorno estrutural para os contatos e componha o mapa à sul da falha, assumindo que a
mesma é uma falha normal com deslocamento vertical de 200 pés para Norte. Qual é o
valor do plunge da dobra?
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ESTRUTURAS COMPLEXAS
NAPPES
O plano axial desse tipo de estrutura aproxima-se da horizontal mas ele pode ser
curvado como na figura 36. Frequentemente os intensos esforços laterais que levam à
formação de dobras recumbentes podem também causar a ruptura dos estratos produzindo
uma falha inversa de “baixo ângulo” (fazendo um ângulo suave com a horizontal, mas na
verdade tendo um alto ângulo de hade: veja a definição de hade). Uma dobra de
cavalgamento recumbente é assim uma nappe (Fig. 37ª).
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Mapa 20. Alguns afloramentos são mostrados ma área do mapa, suficientes para traçar
linhas de contorno estrutural. Complete todo o mapa e faça uma seção ao logo de uma linha
Norte – Sul. Componha uma história geológica dessa área.
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Um cavalgamento é uma falha que tem um plano com baixo valor de mergulho, ao
longo do qual acontece movimentos, e os estratos sobre este plano sofreram deslocamentos
horizontais por grandes distâncias, em movimentos crustais intensos, relativamente às
camadas situadas abaixo dele. As camadas cavalgantes podem se deslocar por distâncias
de vários quilômetros e podem, por exemplo com é o caso das rochas Moinian do Assynt
(Sutherland) acima do Cavalgamento Moine serem muito diferentes das outras rochas do
mesmo distrito. Por outro lado, a camada acima do plano de cavalgamento pode ser
semelhante àqueles situadas abaixo desse plano, porem frequentemente o que acontece é
que rochas mais antigas podem cavalgar rochas mais novas, Dessa forma, é possível
encontrar rochas precambrianas recobrindo (em razão de cavalgamento) rochas
cambrianas.
Fig. 37 (a) Corte em dobra recumbente a qual se movimentou como uma nappe e em (b) uma seção
mostrando estrutura imbricada a qual ocorre abaixo desse plano de cavalgamento.
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Mapa 21. Construa uma seção geológica ao longo da linha X – Y e elabore uma história
geológica para a área.
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Mapa 22. Considere que o fundo do vale (planície de inundação) é praticamente horizontal,
uma vez que o rio é maduro e tem um gradiente suave na cota de 150m. Os afloramentos
dos contatos geológicos são retilíneos nos locais onde os mergulhos são fortes. Complete o
mapa e elabore uma seção para mostrar as estruturas geológicas presentes.
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Fig. 38, Seção mostrando as interrelações clivagem/acamamento uma dobra revirada com clivagem
plano axial.
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ROCHAS IGNEAS
As rochas ígneas podem ser divididas de acordo com o modo como ocorrem,
compreendendo rochas extrusivas e rochas intrusivas. As rochas ígneas intrusivas
podem ser adicionalmente classificadas de acordo com suas formas, estando sob o ponto
de vista estrutural, enquadradas em dois grupos denominados intrusões transgressivas,
secantes ou discordantes e intrusões concordantes.
INTRUSÕES CONCORDANTES
SILLS O tipo principal de intrusão nessa categoria são sills, “camadas” que
variam em espessura desde metros até centímetros, composto por material ígneo,
geralmente diabásio ou basalto, ou felsitos, os quais são paralelos ao acamamento de
rochas sedimentares nas quais eles foram intrudidos. Apenas raramente a intrusão causa
uma perturbação observável nos estratos, de tal forma que o sill torna-se estruturalmente
uma parte da sucessão estratigráfica: se subsequentemente à intrusão as camadas são
basculadas ou dobradas o sill será basculado com o mesmo valor de rotação e mergulho
das camadas onde ele se encerra, ou será dobrado juntamente com elas.
Para se diferenciar um sill das camadas nas quais eles se encaixam, além da sua
petrologia, deve ser considerado o fato de que ele é mais jovem do que as camadas que o
incluem: ele teria se intrudido após as camadas haverem se depositado e se consolidado,
talvez após um longo período de tempo, subsequente à formação das mesmas.
Consequentemente, a camada na qual o sill intrudiu-se pode já ter sido falhada, de tal forma
que se encontram camadas deslocadas por uma falha, a qual não deslocaria o sill.
Naturalmente, se o falhamento teve lugar após a intrusão do sill haverá o deslocamento de
ambos, sill e camadas.
Embora um sill normalmente seja concordante ele pode mudar a sua posição
estratigráfica, ocorrendo em um determinado nível da sequência estratigráfica em uma dada
localidade, mas em um outro nível dessa mesma sequência em outra localidade.
Frequentemente essas mudanças de níveis ou de posição estratigráfica acontecem como
degraus, isto é, as mudanças são abruptas, sendo que o material que está sendo intrudido
pode se colocar segundo linhas de fraqueza na rocha, tais como juntas ou planos de falhas
preexistentes (Fig. 39).
Fig. 39. Bloco diagrama mostrando sill que intrudiu camadas inclinadas. Observe que o sill muda de
nível abruptamente.
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Como os sills são formados por rochas resistentes, frequentemente eles são
encontrados capeando o topo de colinas, como por exemplo o que se vê na borda do “Fife-
Kinross”. Um sill pode levar a um forte escarpamento como aquele que se encontra
sustentando o “Stirling Castle” ou como o sill que ocorre ao longo do “Northumberland
“(constituído pelo “Sill Great Whin”) da qual a escarpa de “Hadrian” faz parte.
Esses são produtos expelidos por vulcões ativos e na Gran Bretânia existem muitos
exemplos dessas rochas formadas em períodos antigos de ocorrência de vulcanismo.
Analisando apenas as informações fornecidas pelos mapas pode ser muito difícil distinguir
um fluxo de lava de um sill, especialmente quando o fluxo é formado por rochas
classificadas como basaltos: o tipo de rocha não é um critério relevante. Se a lava é
extrudida sobre uma superfície de erosão ela pode se depositar sobre camadas de idades
distintas, produzindo efeitos como aqueles vistos em discordâncias. Se ela extravasa sobre
a superfície dos mares ou sobre sedimentos que sofreram levantamento recentes e não
foram erodidos, ela pode ter uma postura concordante a essas camadas e estruturalmente
se assemelham a um sill. Evidências de campo indicando que o contato superior de um
fluxo de lava está intemperisado enquanto aquele de um sill não tem essa característica e
mais ainda o fato de que o sill imprime metamorfismo termal sobre os sedimentos que os
recobrem são informações que não podem ser extraídas ou deduzidas dos mapas.
INTRUSÕES DISCORDANTES
Mapa 23. Construa seções geológicas sobre o mapa, as quais permitam mostrar a forma
das rochas ígneas e de outras feições estruturais presentes. Deduza as idades relativas das
rochas ígneas, no limite das possibilidades constantes no mapa .
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Mapa 24. Complete o mapa geológico. Construa uma seção geológica Norte – Sul para
mostrar as estruturas. Escreva uma história geológica da área, incluindo comentários sobre
as idades relativas das rochas ígneas.
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São grandes corpos de materiais intrusivos. São de origem plutônica, colocados nos
níveis profundos da crosta e agora expostos, após um prolongado processo de erosão, e
que tem como rochas mais comuns os granitos. Variam, em suas configurações em mapa,
de corpos aproximadamente circulares, à massas de formas irregulares (stocks). Também
variam enormemente em tamanho, sendo as intrusões maiores (batólitos) superiores à
dezenas de quilômetros de extensão. De forma frequente essas intrusões discordantes são
alongadas e geralmente paralelas à direção das dobras ou de outras feições estruturais,
porém, em todos os casos, as suas bordar são verticais ou tem fortes inclinações, e cortam
discordantemente as camadas sedimentares nas quais se colocam. Circundando grandes
intrusões ígneas rochas sedimentares ditas encaixantes são alteradas pelo calor dessas
intrusões. Essas áreas são conhecidas com auréolas metamórficas.
Fig. 40. Seção Geológica mostrando um cone vulcânico e lavas capeando colinas.
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Mapa 25. Descreva a estrutura geológica da área do mapa e construa uma seção geológica
ao longo da linha X-Y.
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