O documento apresenta uma introdução sobre desenho técnico, definindo-o como uma forma de representação gráfica que representa objetos de acordo com as necessidades da engenharia e arquitetura. Descreve os instrumentos e materiais usados no desenho técnico, como papel, lápis e borracha. Explica técnicas como o traçado de linhas retas, circunferências e elipses.
O documento apresenta uma introdução sobre desenho técnico, definindo-o como uma forma de representação gráfica que representa objetos de acordo com as necessidades da engenharia e arquitetura. Descreve os instrumentos e materiais usados no desenho técnico, como papel, lápis e borracha. Explica técnicas como o traçado de linhas retas, circunferências e elipses.
O documento apresenta uma introdução sobre desenho técnico, definindo-o como uma forma de representação gráfica que representa objetos de acordo com as necessidades da engenharia e arquitetura. Descreve os instrumentos e materiais usados no desenho técnico, como papel, lápis e borracha. Explica técnicas como o traçado de linhas retas, circunferências e elipses.
Maycoln.oliveira@ifsudestemg.edu.br 1.1 - Introdução Definição de Desenho Técnico O desenho técnico é uma forma de expressão gráfica que tem por finalidade a representação de forma, dimensão e posição de objetos de acordo com as diferentes necessidades requeridas pelas diversas modalidades de engenharia e também da arquitetura. 1.1 - Introdução Utilizando-se de um conjunto constituído por linhas, números, símbolos e indicações escritas normalizadas internacionalmente, o desenho técnico é definido como linguagem gráfica universal da engenharia e da arquitetura. 1.1 - Introdução Geometria Descritiva A Geometria Descritiva foi criada por Gaspar Monge (1746-1818), matemático francês e ministro da Marinha de Napoleão, para projetos de fortes militares, que envolviam problemas geométricos dimensionais: 1.1 - Introdução • Obs.: A Comissão Técnica da International Organization for Standardization (ISO) normalizou a forma de utilização da Geometria Descritiva como a linguagem gráfica da engenharia e da arquitetura, chamando-a Desenho Técnico. 1.1 - Introdução • O treinamento em leitura de desenho técnico inclui não somente o conhecimento de certos princípios básicos de representação em uma ou mais vistas, como também o desenvolvimento da habilidade de visualizar o processo de fabricação da peça. O profissional precisa desenvolver a compreensão de convenções ou normas universais, símbolos, sinais e outras técnicas usados na descrição de peças simples ou de mecanismos complexos; 1.1 - Introdução Deve, também, desenvolver algumas habilidades fundamentais no traçado de croqui, cotados de forma que, com lápis e papel, dados suficientes possam ser registrados no esboço, relativos a dimensões, anotações ou outros detalhes necessários à construção da peça. 1.1 - Introdução Portanto, o desenho técnico possui as seguintes características: • ƒ Exatidão; • ƒ Regras estabelecidas previamente – normas técnicas; • ƒ Traços, símbolos, números e indicações Traços, símbolos, números e indicações • escritas; • ƒ Linguagem gráfica universal da engenharia • e arquitetura; • ƒF Figuras planas (bidimensionais) para representar forma espaciais; • ƒ Deve ser feito da maneira mais clara possível; • ƒ Exercita a capacidade de percepção mental das formas espaciais. 1.1 - Introdução Tipos de Desenho Técnico O desenho técnico é dividido em dois grandes grupos: • Desenho projetivo – são os desenhos resultantes de projeções do objeto em um ou mais planos de projeção e correspondem às vistas ortográficas e às perspectivas. • Desenho não-projetivo – na maioria dos casos corresponde a desenhos resultantes dos cálculos algébricos e compreendem os desenhos de gráficos, diagramas etc.. 1.1 - Introdução Os desenhos projetivos compreendem a maior parte dos desenhos feitos nas indústrias e alguns exemplos de utilização são: • Projeto e fabricação de máquinas, equipamentos e de estruturas nas indústrias de processo e de manufatura (indústrias mecânicas, aeroespaciais, químicas, farmacêuticas, petroquímicas, alimentícias etc.). • Projeto e construção de edificações com todos os seus detalhamentos elétricos, hidráulicos, elevadores etc.. 1.1 - Introdução • Projeto e construção de rodovias e ferrovias mostrando detalhes de corte, aterro, drenagem, pontes, viadutos etc.. • Projeto e montagem de unidades de processos, tubulações industriais, sistemas de tratamento e distribuição de água, sistema de coleta e tratamento de resíduos. 1.1 - Introdução • Representação de relevos topográficos e cartas náuticas. • Desenvolvimento de produtos industriais. • Projeto e construção de móveis e utilitários domésticos. • Promoção de vendas com apresentação de ilustrações sobre o produto. 1.1 - Introdução Antes do aparecimento dos computadores pessoais no início da década de 1980 e do lançamento dos programas de computadores auxiliares em desenhos quase todos os desenhos eram executados manualmente, usando instrumentos ou à mão livre. 1.2 – INSTRUMENTOS E MATERIAIS DE DESENHO Para fazer desenhos, basta dispor de papel, lápis e borracha. 1) Papel O papel pode ser na maioria dos casos qualquer um. Os desenhos geralmente são feitos seguindo padrões e normas específicas (que serão estudados futuramente), e para cada tipo de desenho requer um padrão de papel. 1.2 – INSTRUMENTOS E MATERIAIS DE DESENHO Porém existe um tipo de papel que auxilia o desenho rápido à mão livre: o papel milimetrado e o papel isométrico, ambos são papeis quadriculados. a) Papel milimetrado: Dispõe de marcas metradas, na parte posterior a face do desenho, estas marcas são suficientemente escuras para aparecer na face do desenho para auxílio do desenhista. 1.2 – INSTRUMENTOS E MATERIAIS DE DESENHO b) Papel Isométrico: É utilizado para fazer desenhos em perspectiva isométrica. Atualmente é muito usado para esboços rápidos para posteriormente passados para desenhos definitivos. 1.2 – INSTRUMENTOS E MATERIAIS DE DESENHO 2) Lápis ou lapiseira A maioria dos desenhista atualmente usam lapiseiras para desenhar. Somente quando é um desenho artístico usa-se lápis especial. A grande vantagem das lapiseiras em relação ao lápis é que não precisam ser apontadas, basta a substituição do grafite. Existem vários tipos de grafites, com variação de dureza, espessura, cor e etc. 1.2 – INSTRUMENTOS E MATERIAIS DE DESENHO Tabela dos grafites com relação de dureza, grau e aplicação. Dureza Grau Aplicação Dura 9H, 8H, 7H, 6H, 5H, 4H Precisão Média 3H, 2H, H, HB, B Uso geral Macia 2B, 3B, 4B, 5B, 6B, 7B Trabalhos artísticos 1.2 – INSTRUMENTOS E MATERIAIS DE DESENHO 3) Borracha A borracha é o mais simples instrumento de escolhas para os desenhos, característica primordial: não manchar os desenhos. 1.2 – Técnicas de Desenho 1.2.1 - Traçado de linhas Um desenho à mão livre deve começar pelo traçado de linhas de construção. As linhas de construção devem ser finas e fracas e servem de guias para as linhas que serão traçadas a seguir. Todas as outras linhas deve ser fortes, nítidas e de espessura uniforme e podem ser traçadas por cima das linhas de construção. Veja o exemplo a seguir: Uma linha num desenho técnico pode significar várias coisas, por isso devemos estar sempre atentos aos detalhes de cada traço contido num desenho. As linhas continuas mostram as arestas visíveis dos objetos que são grossas, enquanto as linhas finas correspondem as arestas ocultas, eixos e linhas de construção. A figura a seguir mostra alguns tipos de linhas típicos em desenhos técnicos: 1.2.2 – Traçados de linhas retas Para traças uma linha reta, comece por assinalar as duas extremidades da reta. Em seguida, coloque a ponta do lápis em uma das extremidades. Mantendo o olhar fixo no ponto em direção ao qual a linha vai ser traçada, desenhe a linha reta em um movimento único. Finalmente escureça a linha. Linhas compridas Para traçar uma linha excepcionalmente comprida, desenhe vários trechos parcialmente superpostos e depois escureça a linha. Obs.: Se a linha ficar torta você provavelmente está segurando o lápis com força excessiva. No caso de pessoas destras as linhas geralmente são traçadas da esquerda para direita, e de cima para baixo. Nas linhas inclinadas encontra-se um pouco de dificuldade, por isso se o papel puder ser girado para uma posição que facilite o traçado será de muita valia. 1.2.3 – Traçado de circunferência Várias técnicas diferentes podem ser usadas para traçar uma circunferência. a) Método Tramela de papel No método da tramela, usa-se uma tira de papel para assinalar os pontos da circunferência. Em uma borda da reta de um pedaço de papel, marque dois pontos cujo afastamento seja igual ao raio da circunferência. Mantendo um desses pontos no centro gire o papel e marque dois pontos cujo o afastamento seja igual ao raio da circunferência; em seguida ligue esses pontos por arcos. A figura a seguir ilustra essa técnica. b) Método do quadrado No método do quadrado, o primeiro passo consiste em traçar um quadrado circunscrito à circunferência que se pretende desenhar. Em seguida, são marcados os pontos médios dos lados do quadrado. Esses pontos são usados como quadrantes da circunferência. Finalmente, traça-se uma circunferência que passe pelos pontos quadrantes e sejam tangentes aos lados do quadrado. Obs.: Note que se traçarmos as diagonais do quadrado e traçarmos uma distância do quadrado e marcamos uma distância igual a do raio sobre essas diagonais, teremos mais quatro pontos para guiar o traçado da circunferência. Veja na figura a seguir: Na figura abaixo vemos um o traçados de circunferência e arcos de circunferência em um desenho em perspectiva oblíqua. 1.2.4 – Traçado de Elipse O método retângulo é utilizado para traçar uma elipse. Este método é semelhante ao método do quadrado para a circunferência. No primeiro passo construa um retângulo circunscrito à elipse e assinale os pontos médios dos lados do retângulo. Trace uma elipse que passe pelos pontos médios e que seja tangente aos lados do retângulo. Método do retângulo para construção da elipse: Futuramente, veremos que em um desenho em perspectiva, uma circunferência tem o aspecto de elipse. Para traçar a elipse construa primeiro um paralelogramo circunscrito. A elipse deve passar pelos pontos médios do paralelogramo e ser tangente aos lados do paralelogramo. A figura a seguir mostra um exemplo do traçado de uma elipse em uma perspectiva isométrica. Proporções Embora os desenhos à mão livre não sejam feitos em escala, é importante manter as proporções relativas entre as principais dimensões do objeto. Para isso, estime as proporções entre as dimensões principais do obejto e as assinale-as no papel através de um retângulo traçado de leve. Vide figura a seguir: Obs.: É importante adquirir a capacidade de dimensão. Como por exemplo dividir uma reta ao meio sem usar régua. Estimativa das dimensões de Objetos Reais Às vezes é necessário fazer um desenho à mão livre de um objeto real. Para isso siga os seguintes passos: 1 - Segure o lápis na ponta do braço esticado e mantenha-o entre o olho e o objeto. Usando o lápis como alça mira, estabeleça uma relação proporcional entre uma das bordas do objeto e o comprimento do lápis. Faça isso alinhando uma das extremidades do lápis com uma das extremidades da aresta do objeto. 2 – Deslize o polegar ao longo do lápis até que coincida com a outra extremidade da aresta do objeto. 3 – Use esta proporção para estimar o comprimento de outras regiões do objeto. A figura a seguir ilustra esta técnica: Uma técnica semelhante pode ser usada para estimar ângulos. Como pode ser vista na figura a seguir: Caligrafia Ténica Um esboço além de mostrar a forma geométrica de algo sempre vai ser acompanhado de informações escritas através de letras e algarismos. Com o objetivo de criar uniformidade e legibilidade para evitar prejuízos na clareza do esboço ou desenho e evitar a possibilidade de interpretações erradas, a norma NBR 8402 fixou as características da escrita em desenho técnico. A norma citada acima entra em detalhes desde o formato dos caracteres até a espessura das linhas. Sabemos que os desenhos finais são feitos no computador, mas para os esboços recomendaremos que o aluno siga os exemplos mostrados a seguir, que se preocupa com o mais importante, ou seja, legibilidade, tamanho e forma correta dos caracteres. Veja o exemplo abaixo: Caracteres técnicos para desenhos:
Caracteres inclinados para desenhos técnicos:
Devemos tomar como referência os seguintes tamanhos de letras, mostrados na figura e tabela abaixo: Observações: • A escrita pode ser vertical como ou inclinada em um ângulo de 75° (itálico). • Deve-se observar as proporção e inclinações. • Recomenda-se os sentidos, mostrados na figura ao lado, para traçar com firmeza as letras, sendo que para os canhotos o sentido pode ser o inverso. • Ao fazer desenho com o auxilio do computador, AutoCAD por exemplo o estilo de letra que satisfaz a norma é o estilo ISO. Podemos traçar linhas auxiliares para fazer a caligrafia técnica, após escolher uma altura padrão conforme a tabela anterior. Veja na figura seguinte uma forma prática e simplificada de fazer estas linhas: Folhas padronizadas para desenho técnico: Dimensões das folhas: Margem e Quadro: As margens são limitadas pelo contorno externo da folha e quadro. O quadro limita o espaço para desenho de acordo com as seguintes dimensões: FOLHA PARA DESENHO: APRESENTAÇÃO Legenda: Exercícios: 1)Escreva o alfabeto maiúsculo e minusculo em caligrafia técnica com H= 1,5 cm. 2) Escolha um objeto real para fazer um desenho técnico. Use uma folha A4 padronizada. Na legenda use H=1,5 cm.