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EQUIPAMENTOS E SERVIÇOS AUXILIARES

SERVIÇOS AUXILIARES - CONCEITUAÇÃO

 Dependendo do grau de confiabilidade, pode-se


adotar mais de uma fonte para o suprimento das
cargas, geralmente, quanto mais alternativas,
maior será a confiabilidade, desde que os
sistemas possuam Fontes Independentes, ou
seja, as faltas analisadas não podem
comprometer o funcionamento das fontes de
forma simultânea.
SERVIÇOS AUXILIARES - CONCEITUAÇÃO
 O levantamento e classificação das cargas também é
importante e deve ser realizado de acordo com o grau de
continuidade exigido para a alimentação da carga,
podendo ser dividido em:
 Cargas Permanentes: são cargas que não podem sofrer
interrupção e estão relacionadas a continuidade do
suprimento de energia pela subestação, geralmente
alimentadas pelo sistema de corrente contínua da
subestação; Por exemplo: sistema de proteção, controle,
sinalização, alarme, medição, registradores de
perturbações e telecomunicações. Estes equipamentos
são alimentados por conjuntos de retificadores e baterias
(diretamente em CC ou através de inversores estáticos em
CA).
SERVIÇOS AUXILIARES - CONCEITUAÇÃO
 Cargas Essenciais: são cargas que podem sofrer
interrupção de curta duração e estão
relacionadas a serviços que exigem uma fonte
confiável e que, se desalimentados por grande
período, podem afetar a confiabilidade da
Subestação. Ex.: carregadores de baterias,
motores para carregamento de molas de
disjuntores, seccionadoras, registradores
gráficos, sistemas de monitoramento de
condição e sistemas de proteção contra
incêndio. Geralmente são alimentadas em CA e
seu barramento está associado a geradores.
SERVIÇOS AUXILIARES - CONCEITUAÇÃO
 Cargas Não Essenciais: são cargas que podem
sofrer interrupção por tempo mais prolongado e
não afetam a confiabilidade da subestação. Ex.
Iluminação normal, tomadas de uso geral,
aquecimento de equipamentos, refrigeração de
transformadores, condicionamento de ar de salas
de escritório, etc.
 Cargas Emergenciais: abrange as cargas
necessárias de serem alimentadas em caso de
emergência. Ex.: Iluminação de rota de fuga ou de
manutenção/operação emergencial, etc.
SERVIÇOS AUXILIARES - CONCEITUAÇÃO

 Para o seu funcionamento, as Subestações


necessitam de energia em corrente alternada BT
e corrente contínua, para alimentação dos
diversos equipamentos e sistemas.
 Essa energia é fornecida por:

Serviços Auxiliares de Corrente Alternada (SACA).


Serviços Auxiliares de Corrente Contínua (SACC).
SACA – SERVIÇOS AUXILIARES DE CA

Para o seu funcionamento, a SE necessita de energia


em corrente alternada BT (400/230 V) e corrente
contínua (48 Vcc, 125 Vcc), para alimentação dos
diversos equipamentos e sistemas.
 Os SACA destinam-se para: Força motriz de
disjuntores e de seccionadores. Força motriz das
bombas e ventiladores dos transformadores e auto-
transformadores MAT/MAT, MAT/AT e AT/MT.
Circuitos de aquecimento das caixas de
reagrupamento dos transformadores de medição e
dos armários de comando dos seccionadores e
disjuntores.
SACA – SERVIÇOS AUXILIARES DE CA

 Serviços relativos à alimentação de equipamentos gerais:


Equipamentos de telecomunicações. Retificadores.
 Serviços relativos à alimentação dos circuitos eléctricos das
edificações. Circuitos de iluminação (interior e exterior – casa de
comando e pátio externo - e tomadas de usos gerais (interiores e
exteriores), tratamento de óleos, etc. Equipamento de oficinas,
pontes rolantes, guinchos, etc. Equipamento de aquecimento,
ventilação e ar condicionado (AVAC).
 Os SACA alimentam as cargas e serviços essenciais como circuitos
que podem admitir um tempo de corte reduzido, mas cuja falha
prolongada é susceptível de provocar perturbações na exploração
da instalação. São eles: circuitos de iluminação externo e casa de
comando, circuitos de força motriz de disjuntores e seccionadoras
e nos dispositivos de carga da baterias (retificadores).
SACA – SERVIÇOS AUXILIARES DE CA

 Os circuitos de alimentação dos ventiladores e


bombas dos transformadores de potência devem
ser alimentados sem falhas se os respectivos
transformadores de potência estiverem em
serviço.
SACA – SERVIÇOS AUXILIARES DE CA
 Circuitos que admitem a falta de alimentação prolongada,
não comprometendo de imediato a exploração da instalação,
designados por serviços não essenciais: Circuitos de AVAC da
Casa de Comando. Alimentação de aparelhos das oficinas e
tratamento de óleos. Circuitos de aquecimento do
equipamento MAT e AT e dos quadros elétricos.
 Os SACA das subestações são constituídos por:
Transformador dos Serviços Auxiliares (TSA). Grupo Motor
Gerador de Emergência (GMG). Quadro dos Serviços
Auxiliares de Corrente Alternada (QSACA). Poderão ainda ser
utilizados (UPS) para alimentação específica das instalações
da sala de comando, designadamente a iluminação. UPS
(Uninterruptible Power Supply ou seja Fonte de alimentação
ininterrupta) ou no-break no Brasil.
TRANSFORMADORES DE SERVIÇOS AUXILIARES

São, equipamentos auxiliares usados para suprir


a alimentação interna da subestação e alimentar
os carregadores de bateria. No caso de uma falta
nos transformadores de serviços auxiliares, têm o
GMC para depois o banco de bateria que está em
tensão de flutuação, assumir as cargas
permanentes, essenciais e de emergência da
subestação.
SA – TRANSFORMADOR DE SERVIÇOS AUXILIARES
SERVIÇOS AUXILIARES
SERVIÇOS AUXILIARES – TRANSF. E GMG
SERVIÇOS AUXILIARES – TRANSF. E GMG
 É utilizado em subestações de maior porte.
 Permite maiores opções de alimentação
tanto para cargas essenciais quanto para
cargas não essenciais.
 O grupo motor gerador deve possuir
capacidade suficiente para alimentar as
cargas essenciais, considerando-se a
subestação em sua etapa final de
implantação.
ESQUEMA DE ALIMENTAÇÃO EM VCC
PAINEIS VCA E VCC – RETIFICADOR - BATERIAS
ESQUEMA VCC COM ALIMENTAÇÃO DUPLA
 É o esquema aplicável a subestações de grande
porte, onde exista mais de uma barra de alimentação
Vca. Permite uma maior confiabilidade na
alimentação das cargas Vcc (tanto essenciais quanto
não essenciais).
 Um dos retificadores Vca / Vcc é ligado ao
barramento Vcc das cargas essenciais e o outro ao
barramento Vcc das cargas não essenciais. Outra
alternativa é em condições normais de operação,
um dos conjuntos retificador-baterias alimenta todas
as cargas Vcc da subestação, enquanto que o
outro conjunto permanece em “stand-by” para
situações de emergência.
RETIFICADOR VCC E VCA
 É dimensionado em função do valor da
corrente (A) das cargas a serem alimentadas.
 Consumo das cargas permanentemente
alimentadas pelo mesmo em Vcc.
 Valor de Ampéres-hora (A.h) previstos para o
ciclo de descarga das baterias acumuladoras.
 Tempo necessário para recarga das baterias
acumuladoras (usualmente 10 horas).
 Prever medições de corrente e tensão Vca e
Vcc.
EQUIPAMENTOS E SERVIÇOS AUXILIARES
Quando ocorre um curto-circuito, observam-se variações
significativas em duas grandezas elétricas:
 Corrente: cujo valor tem um aumento abrupto;

 Tensão: cujo valor apresenta uma queda acentuada


(próximo de zero no ponto de curto).
Por causa disso, o circuito de comando dos disjuntores
deve ser capaz de fazer o disjuntor mudar de estado de
ligado para desligado quando houver a atuação de um
relé, e por isso, deve ser alimentado por AC ou DC
através de um inversor. O mesmo ocorre com a operação
das seccionadoras. Algumas SE para evitar essa situação
mantém essa ligação em DC.
SACC - SERVIÇOS AUXILIARES DE CC

Analogamente aos circuitos de CA, recomenda-se para não


sobrecarregar a bateria, subdividir as barras de CC em seções,
uma para as cargas essenciais e serem mantidas nos períodos de
emergência, e outra a ser desligada durante tais períodos para as
demais cargas.
A bateria precisa ser dimensionada para alimentar em casos de
emergência, os painéis de controle e proteção; motores de CC das
seccionadoras e de disjuntores (um de cada vez); equipamentos
de telecomunicações; computadores, registradores de dados, a
iluminação de emergência na casade comando, rota de fuga e dos
relés de proteção, durante 4 a 5 horas sem auxílio de abertura
simultânea, no início do ciclo de descarga de todos os disjuntores
de AT e tentativas de religamento de LT’s e fechamento sucessivo
de todos os disjuntores. As SE’s maiores possuem mais de um
conjunto de baterias.
ALIMENTAÇÃO DE EQUIPAMENTOS EM CC
 Subestações maiores é conveniente adotar dois
bancos de baterias na tensão de 125Vcc,
preferencialmente idênticas e dois carregadores.
 Um carregador com bateria em flutuação para
alimentação normal dos serviços em CC, enquanto a
outra bateria permanece em flutuação ou recebe
carga profunda pelo outro carregador .

 Os carregadores com retificadores estáticos de


silício tem a facilidade para substituição rápida de
componentes, e caso um dos carregadores falhe, o
outro deve ser capaz de suportar ambas as baterias
em flutuação.
ALIMENTAÇÃO DE BANCO DE BATERIAS
 Em subestações de média tensão “MT” de transmissão,
elevadoras ou abaixadoras, pelas barras de MT, geralmente
em 13,8 kV, supridas por sua vez pelas de AT, mediante
enrolamento terciário nos transformadores de três
enrolamentos.
 no caso de uma falta de AT na própria SE, a alimentação
dos equipamentos que requerem continuidade absoluta
(computadores e processadores), e que tem demanda baixa,
podem ser supridos pela barra de CC ligada a baterias
através de inversor. O tempo que a SE pode permanecer
sem nenhum equipamento de CA depende da capacidade
das baterias. Se não houver disjuntores a ar comprimido,
podem alcançar de 5 a 10 hs. Algumas SE de grande porte
possuem Grupo Motor Gerador.
CARREGADORES DE BATERIA
A entrada do retificador vem normalmente de um
transformador de serviços auxiliares.
O Retificador transforma a tensão de entrada AC
em tensão de saída DC, ou seja, retifica a onda de
entrada. Ele é projetado para manter uma tensão
maior que a de descarga das baterias, conhecida
como tensão de flutuação, de forma que, em
condições normais, a bateria não descarrega,
apenas mantém a sua carga.
CARREGADORES DE BATERIA
Num curto-circuito na linha, a tensão cai próxima de zero
e, cai a tensão AC de entrada. A tensão na saída do
retificador também cai e a tensão da bateria passa ser
maior que na saída do retificador, passando a assumir a
carga desse sistema auxiliar e permitindo manter a
tensão para: comando de disjuntores e chaves
seccionadoras, alimentação de: sinalizadores, relés do
sistema de proteção, painéis, iluminação e emergência e
sistemas de medição.
Após voltar a tensão AC, o retificador reconhece e pode
colocar a bateria em recarga.
CARREGADORES DE BATERIA
O carregador de baterias (retificador) é composto de:
 Retificador;

 Baterias de acumuladores.
CARREGADORES DE BATERIA
DIMENSIONAMENTO DE BATERIAS E
CARREGADORES
BATERIAS
 São constituídas de placas positivas e negativas
mergulhadas numa solução aquosa chamada eletrólito
(baterias ventiladas) ou mergulhadas em um gel
pastoso (baterias seladas).
 São responsáveis pela garantia de fornecimento de
energia ininterrupta para a carga. Quando ocorre uma
falha no fornecimento de energia pelo sistema de
retificadores numa subestação, as baterias garantem o
fornecimento de corrente contínua, além de melhoria
do “ripple” dos retificadores no sistema.
CAPACIDADE DE UMA BATERIA

Capacidade em Ampéres-Hora da bateria – “Ah”:


A capacidade de fornecimento de energia é definida em
ampéres-hora “Ah”. Depende da corrente do consumidor
(carga instalada), número de bancos de baterias,
capacidade do banco (dado em “Ah/10horas”) e
condição da capacidade da bateria (se a mesma está em
condições de fornecer 100% de sua capacidade).
Considera-se uma bateria ideal, a que possui 100% de
sua capacidade nominal.
CAPACIDADE DE UMA BATERIA
A capacidade é medida com corrente de descarga,
constante, como o produto desta corrente pelo tempo
transcorrido desde o início da descarga até que o potencial
caia até um valor pre-determinado. É definida em
Ampéres/hora “Ah” por: C = I x t
Potencial de corte escolhido geralmente é 1,75Vcc.
Um acumulador que tem uma capacidade em 20 horas de
descarga de C20 = 100Ah, significa dizer que pode
fornecer uma corrente de 5A (100Ah/20h) durante 20
horas (C20 = 5A x 20h = 100Ah), o que pode ser
comprovado experimentalmente. Em geral, utilizam-se
capacidades medidas em 10 hs (C10) ou 5 hs (C5).
TIPOS DE BATERIAS
 Podem ser fabricadas utilizando placas de metais
diferentes, podendo ser as baterias de: Alcalinas (Níquel-
Cádmio) e Ácidos (Chumbo Ácido).
 Baterias Ventiladas (FVLA - Free Vented Lead Acid)

 Baterias Seladas (VRLA - Valve Regulated Lead Acid)

 Quando utilizadas as ventiladas, devido à emissão de


gases nocivos, elas devem ser instaladas em salas
exclusivas, com sistemas especiais de controle do ar
ambiente e instalação elétrica da iluminação à prova de
explosão ou com o controle fora da sala.
 As baterias seladas, podem ser instaladas próximas ao
sistema de retificadores.
TIPOS DE BATERIAS
SALA DE BATERIAS VENTILADAS
BANCO DE BATERIAS
 É considerado um banco de baterias, um conjunto
constituído de diversos elementos de bateria ligado
em série.
 De acordo com o número de elementos ligados em
série é determinado a tensão do banco.
 A capacidade de fornecimento de energia é
definida em “ampéres hora”.
 A autonomia do banco depende da corrente de
carga, nº de baterias, capacidade do banco dada em
ampéres hora (tempo de 10 horas).
ANOTAÇÕES
As baterias possuem limite de descarga, que é
monitorado pelo seu nível de tensão, de modo a
preservar-se e obter o máximo de vida útil.
Este limite é denominado de tensão final de descarga e
para uma mesma bateria pode ser alterado em função
do tempo de descarga implementado.
Em resumo, quanto menor for o tempo de autonomia do
sistema, mais profunda pode ser a descarga.
UPS (Uninterruptible Power Supply ou seja Fonte de
alimentação ininterrupta) é uma Unidade de Energia
Ininterrupta, capaz de fornecer alimentação elétrica de
alta qualidade sem interrupções.
CARACTERÍSTICAS ELÉTRICAS DAS BATERIAS
Tensão nominal “Vn”: as tensões CC normalmente
utilizadas são: 12; 24; 48; 60; 125 e 220 Vcc.
Tensão máxima do equipamento “Vmáx”: depende dos
equipamentos que serão ligados na saída da bateria e,
normalmente, é de 10% acima da tensão nominal
(110% . Vn). (137,5 Vcc)
Tensão mínima do equipamento “Vmín”: depende dos
equipamentos que serão ligados na saída da bateria e,
é de 10% abaixo da tensão nominal (90% . Vn), porém
também são encontrados 5% (95% . Vn) e 20% (80% .
Vn). Valor usado depende do fabricante ou do usuário.
(105 Vcc)
CARACTERÍSTICAS ELÉTRICAS DAS BATERIAS
Tensão de flutuação por elemento (Vfl): A bateria
trabalha na maior parte de tempo em flutuação,
entrando em descarga apenas quando cessa a
tensão na entrada do retificador. Assim, a tensão
na saída do retificador deve ficar acima deste
valor. Para baterias chumbo-ácidas, este valor fica
na faixa de 2,15 V a 2,3 V, mas o valor mais
comum varia de 2,3 V/elemento. Para baterias
alcalinas, este valor fica na faixa de 1,38 V a 1,42
V, sendo o valor mais comum é de 1,4
V/elemento.
CARACTERÍSTICAS ELÉTRICAS DAS BATERIAS
Tensão final de descarga do elemento (Vfd): uma
bateria de acumuladores após sair da flutuação vai
descarregar lentamente e quando a tensão atinge um
ponto de tensão final que, após ultrapassado, a
tensão cai abruptamente e não consegue mais suprir
a carga com a energia necessária.
Os valores de Vfd por elemento para baterias
chumbo-ácidas variam de 1,6 a 1,85Vcc/elemento,
sendo os valores usuais: 1,6, 1,65, 1,75, 1,8 e
1,85Vcc, sendo 1,75Vcc/elemento um valor
tipicamente adotado para os cálculos. Para as
baterias alcalinas usa-se tipicamente um valor de
cálculo de 1,05Vcc/elemento.
EXEMPLO PRÁTICO

Elaborar o dimensionamento da capacidade de


um conjunto com baterias ventiladas de chumbo-
ácidas em Ah do sistema de corrente de uma
subestação, bem como determinar a faixa de
tensão de operação, o número de elementos do
conjunto e a capacidade do carregador.
A determinação da capacidade das baterias será
feita pelo método de cálculo da IEEE Std 485/83.
CRITÉRIOS E FAIXA DE TENSÃO DE OPERAÇÃO

Tensão nominal: 125Vcc *


Variação de tensão admitida: -16% à 10% ou seja, de
105Vcc à 137,5Vcc * (faixa de tensão na carga).
Queda de tensão nos cabos para a carga mais
distante: 5% ou 5,0V *
Tensão mínima considerada nos bancos de baterias:
105Vcc *
Tensão mínima por elemento: 1,75Vcc *
Tensão de recarga por elemento: 2,3Vcc*
* Adotado para cálculo
BANCO DE BATERIAS DE 125 VCC
60 X 1,75 VCC = 105 VCC
NÚMERO DE ELEMENTOS DO CONJUNTO DE
BATERIAS
Número mínimo de elementos:
Considerando o valor de 1,75V/elemento no final do
ciclo de descarga temos:
Nmínimo =Vmín/1,75 = 105/1,75 = 60 elementos
Número máximo de elementos:
Considerando a valor de 2,3V /elemento no final do
ciclo de recarga temos:
Nmáximo = Vmáx/2,3 = 137,5/2,3 = 60 elementos
Será adotado o conjunto de 60 elementos
ANOTAÇÃO: LEVANTAMENTO DAS CARGAS EM
125 VCC
Classificam-se em:
 Permanentes: São as cargas que permanecem ligadas
ininterruptamente durante o ciclo de descarga e correspondem
às cargas que normalmente são alimentadas pelo retificador.
 Momentâneas: São as cargas de curta duração que não
excedem à um minuto e que ocorrem repetidamente ao longo
do ciclo de descarga. Mesmo que a duração dessas cargas seja
de apenas fração de segundo, as mesmas foram consideradas
como se durassem um minuto. Ex.: abertura e fechamento de
disjuntores e seccionadoras.
 Emergenciais: São as cargas que ocorrem durante um período
de falta da CA e podem ser de duração contínua a exemplo da
iluminação de emergência da casa de comando ou,
intermitentes a exemplo do uso de tomadas de CC durante a
falta de CA.
VALORES DE CARGA A SER USADO NO PROJETO

 Permanentes:
 22 Painéis de proteção: 0,5 A/painel (média –
automação via relé).
 1 Sistema digital de supervisão e controle: 6,0 A

 1 Sistema de supervisão de segurança: 2,0 A

Obs: O valor de automação de 0,5 A/painel foi retirado


como exemplo de uma concessionária.
VALORES DE CARGA A SER USADO NO PROJETO
 Momentâneas:
 7 Disjuntores 230kV (os dados dependem do
fabricante)
 motor de carregamento de mola: 740W – 5,92 A

 bobina de fechamento: 3 x 313W – 7,51 A

 bobina de abertura: 3 x 770W – 18,48 A

 10 Disjuntores de 69kV (os dados dependem do


fabricante).
 motor de carregamento: 6,5 A

 bobina de fechamento: 2,5 A

 bobina de abertura: 3 x 480W – 11,52 A


VALORES DE CARGA A SER USADO NO PROJETO

29 Seccionadores 230 kV e 69


 corrente de partida: 5,0 A

 corrente nominal: 2,5 A

 corrente de comando: 1,0 A

 corrente equivalente: 3,6 A

OBS. Comando de 3 chaves nos disjuntores e mais 2 chaves


do barramento (tudo depende do diagrama da subestação).
 4 x comutador de tap: 552W – 4 transformadores 4,42 A
VALORES DE CARGA A SER USADO NO PROJETO

 Emergenciais: são as cargas que ocorrem durante


o período de falta de CA, podem ser de duração
contínua e podem ser de uso contínuo, como a
iluminação de emergência na casa de comando ou
intermitente a exemplo do uso das tomadas de CC.
 2 x iluminação de emergência do pátio – 69kV:
300W/ponto – 2,4 A
 4 x iluminação de emergência do pátio – 230kV:
300W/ponto – 2,4 A
 19 x iluminação de emergência da casa de
comando: 60W / ponto – 0,48 A
 6 x tomadas externas: 375W / ponto – 3,0 A
MODELAGEM DO CICLO DE DESCARGA DA SE

O ciclo de descarga das baterias foi considerado com


uma duração de 10 horas ou 600 minutos, para fins de
cálculo da capacidade do conjunto. Para compor o
diagrama do ciclo de descarga das baterias, devem ser
consideradas os valores e sequências de cargas que
podem ocorrer durante uma falha ou desligamento
geral da subestação em horário noturno (ciclo mais
severo).
A modelagem deverá ser a mais fiel possível ao uso
das cargas no tempo, durante a falta de CA.
MODELAGEM DO CICLO DE DESCARGA DO
EXERCÍCIO
C1. Até o instante da ocorrência, as cargas permanentes
de controle, proteção e sinalização estavam sendo
alimentadas pelo retificador. Após a ocorrência essas
cargas mais as cargas da iluminação de emergência
passaram a ser alimentadas pelas baterias, e assim
permaneceram durante todo o ciclo de descarga,
acrescidas das seguintes cargas de manobra de
equipamentos e uso de tomadas.
C2. Operação da proteção falha de disjuntor com
desligamento simultâneo de todos os disjuntores das
barras de 69kV e 230kV (um minuto no início do ciclo).
MODELAGEM DO CICLO DE DESCARGA DO
EXERCÍCIO

C3. Abertura de todas as seccionadoras de 69kV


e 230kV, de três em três. Para compor a carga
correspondente aos seccionadores, foi
considerado uma corrente de partida (5 A)
ocorrendo simultaneamente com as correntes de
operação de mais dois seccionadores (do BP),
além dos três normais (2,5 x 5= 12,5 A), com
duração de três minutos para operar os 29
seccionadores motorizados da subestação.
MODELAGEM DO CICLO DE DESCARGA DO
EXERCÍCIO

C4. Alimentação da carga de duas tomadas de CC


para instrumentos de testes e ferramentas
elétricas, iluminação intermitente de pátio e casa
de comando, no final do período do desligamento
(30 minutos).
C5. Regulagem dos tap dos transformadores de
potência para os taps máximos, antes de
reenergizar a subestação (quatro minutos).
MODELAGEM DO CICLO DE DESCARGA DO
EXERCÍCIO

C6. Fechamento de todos seccionadores de 69kV


E 230kV, de três em três, conforme foi observado
no ciclo 3, no final do período de desligamento
(três minutos).
C7. Fechamento dos disjuntores (bobina
fechamento) de 69 e 230 kV (pior situação),
considerando a possibilidade de dois
fechamentos simultâneos no final do período de
desligamento (um minuto).
MODELAGEM DO CICLO DE DESCARGA
C8. Nova operação da proteção de falha de
disjuntor (50BF – proteção contra falha do
disjuntor) com desligamento simultâneo de todos
os disjuntores no final do período de
desligamento (um minuto).
C9. Segunda tentativa (bem sucedida) de
fechamento dos disjuntores de 69 kV e 230 kV
(pior caso), considerando a possibilidade de dois
fechamentos simultâneos (incluindo operação dos
motores) no final do período de desligamento (um
minuto).
DIMENSIONAMENTO DAS BATERIAS
LEVANTAMENTO DE CARGAS
Item Descrição Quant. Por unidade (A) Total (A)
Permanente Momentâ Emergênc Permane Momentâ Emergênc
nea ia nte nea ia
Sist. Digital Sup.
12 Contr. Micros
1 6,0 6,0
Sist. Superv.
13 Segur estimado
1 2,0 2,0
250W

Ilum. Emerg. Pátio


14 69kV - 300W/pto
2 2,4 4,8

Ilum. Emerg. Pátio


15 230kV -
4 2,4 9,6
300W/pto

Ilum. Emerg. Casa


16 Comando
19 0,48 9,12
60W/pto

Tomadas
17 externas
6 3,0 18,0
375W/pto

Carga comutador
18 Tap’s – 552W
4 4,42 4,42
TOTAL 19,0 455,99 41,52
MOLDAGEM DAS CARGAS
Cargas para o ciclo de descarga Permanente Instantânea Duração-
minuto
Carga permanente prot., controle,
sinalização SDSC e SSS. Regime normal.
19,0
Carga permanente iluminação de
emergência Casa de comando
9,12
TOTAL Cargas permanentes
C1 28,12 600
Carga de abertura simultânea de todos
C2 Disjuntores pelo 86B
244,56 1
Carga abertura seccionadores – ver obs.
C3 17,5 3
Carga de duas tomadas + iluminação
C4 pátio intermitente
20,4 30
Carga de regulagem dos Tap’s dos
C5 transformadores
4,42 4
Carga fechamento seccionadores – ver
C6 obs.
17,5 3
Carga de fecham. dos Disjuntores (2
C7 simultâneos) Pior caso de 230 kV.
15,02 1
Carga de abertura simultânea todos
C8 Disjuntores pelo 86B
244,56 1
Carga de fechamento Disjuntores (2
C9 simultâneos incluindo operação dos
26,86 1
motores)
SIMULTANEIDADE DAS CARGAS

SIMULTANEIDADE DAS CARGAS


Período Soma Valor Duração Início Término
Cargas (minuto)
A1 A1=C1+C2 272,68 1 0 1

A2 A2=C1+C3 45,62 3 2 4

A3 A3=C1 28,12 556 5 560

A4 A4=C1+C4 48,52 30 561 590

A5 A5=C1+C5 32,54 4 591 594

A6 A6=C1+C6 45,62 3 595 597

A7 A7=C1+C7 43,14 1 598 598

A8 A8=C1+C8 272,68 1 599 599

A9 A9=C1+C9 54,98 1 600 600


CÁLCULO DA CAPACIDADE DAS BATERIAS
Período Cargas Diferença entre cargas - Duração do Tempo para fim da seção Fator “K” Difcg X K
(A) Difcg período (t) para Vmin = (AH)
(A) (t) (minutos) 1,75V/Elem
(minutos) ento Positivo Negativo
(Ah) (Ah)
Seção 1 272,68 A1 - 0 272,68 1 T = T1 1 0,965 263,1
(S1)
Total S1 263,1
Seção 2 272,68 A1 - 0 272,68 1 T = T1 + T2 4 1,01 275,4
(S2)
45,62 A2 – A1 - 227,06 3 T = T2 3 1,0 227,1
Total S2 48,3
Seção 3 272,68 A1 - 0 272,68 1 T =T1+T2+T3 560 9,4 2563,2
(S3)
45,62 A2 – A1 - 227,06 3 T =T2+T3 559 9,39 2132,1

28,12 A3 – A2 - 17,5 556 T = T3 556 9,34 163,5


Total S3 267,6

Seção 4 272,68 A1 - 0 272,68 1 T =T1+T2+T3+T4 590 9,85 2685,9


(S4)
45,62 A2 – A1 - 227,06 3 T =T2+T3+T4 589 9,84 2234,3
28,12 A3 – A2 - 17,5 556 T = T3+T4 586 9,79 171,3

48,52 A4 – A3 20,4 30 T = T4 30 1,4 28,6


Total S4 308,9

Exemplo: Difcg x K = 0,965 x 272,68 = 263,1 Ah (coluna positivo)


Difcg x K = 9,39 x – 227,06= - 2132,1 Ah (coluna negativo)
K = 0,01509 x ( t ) + 0,95 (fórmula tirada em função da curva “K” de um fabricante)
Período Cargas Diferença entre cargas - Duração Tempo para fim da seção Fator “K” Difcg X K
(A) Difcg do (t) para Vmin = (AH)
(A) período (minutos) 1,75V/Elem
(t) ento Positivo Negativo
(minutos) (Ah) (Ah)

Seção 5 272,68 A1 - 0 272,68 1 T =T1+...+T4+T5 594 9,91 2702,3


(S5)
45,62 A2 – A1 - 227,06 3 T =T2+...+T4+T5 593 9,90 2247,9
28,12 A3 – A2 - 17,5 556 T =T3+T4+T5 590 9,85 172,4

48,52 A4 – A3 20,4 30 T =T4+T5 34 1,46 29,8

32,54 A5 – A4 - 15,98 4 T =T5 4 1,01 16,1


Total S5 295,7
Seção 6 272,68 A1 - 0 272,68 1 T =T1+...+T5+T6 597 9,96 2715,9
(S6)
45,62 A2 – A1 - 227,06 3 T =T2+...+T5+T6 596 9,94 2257

28,12 A3 – A2 - 17,5 556 T =T3+...+T5+T6 593 9,90 173,3

48,52 A4 – A3 20,4 30 T =T4+T5+T6 37 1,51 30,8

32,54 A5 – A4 - 15,98 4 T =T5+T6 7 1,06 16,9

45,62 A6 – A5 13,08 3 T =T6 3 1,00 13,1


Total S6 312,6

K = 0,01509 x (t) + 0,95


Período Cargas Diferença entre cargas - Duração Tempo para fim da seção Fator “K” Difcg X K
(A) Difcg do (t) para Vmin = (AH)
(A) período (minutos) 1,75V/Elem
(t) ento
(minutos)
Positivo Negativo
(Ah) (Ah)

Seção 7 272,68 A1 - 0 272,68 1 T = T1+...+T6+T7 598 9,97 2718,6


(S7)

45,62 A2 – A1 - 227,06 3 T = T2+...+T6+T7 597 9,96 2261,5

28,12 A3 – A2 - 17,5 556 T =T3+...+T6+T7 594 9,91 173,4

48,52 A4 – A3 20,4 30 T =T4+...+T6+T7 38 1,52 31,0

32,54 A5 – A4 - 15,98 4 T =T5+T6+T7 8 1,07 17,1

45,62 A6 – A5 13,08 3 T = T6+T7 4 1,01 13,2

43,14 A7 – A6 - 2,48 1 T = T7 1 0,97 2,4

Total S7 308,4

K (t) = 0,01509 x (t) + 0,95


Período Cargas Diferença entre cargas - Duração Tempo para fim da seção Fator “K” Difcg X K
(A) Difcg do (t) para Vmin = (AH)
(A) período (minutos) 1,75V/Elem
(t) ento Positivo Negativo
(minutos) (Ah) (Ah)

Seção 8 272,68 A1 - 0 272,68 1 T = T1+...+T7+T8 599 9,99 2724,1


(S8)
45,62 A2 – A1 - 227,06 3 T = T2+...+T7+T8 598 9,97 2263,8

28,12 A3 – A2 - 17,5 556 T =T3+...+T7+T8 595 9,93 173,8

48,52 A4 – A3 20,4 30 T =T4+...+T7+T8 39 1,54 31,4

32,54 A5 – A4 - 15,98 4 T =T5+...+T7+T8 9 1,09 17,4

45,62 A6 – A5 13,08 3 T = T6+T7+T8 5 1,03 13,5

43,14 A7 – A6 - 2,48 1 T = T7+T8 2 0,98 2,4

200,52 A8 – A7 157,38 1 T = T8 1 0,97 152,7


Total S8 464,3

K(t) = 0,01509 x (t) + 0,95


1111
CÁLCULO DA CAPACIDADE DAS BATERIAS
C = K1 x K2 x K3 x Ccd
C = capacidade mínima do banco de baterias
K1 = fator para compensar o envelhecimento – (1,25)
K2 = fator de ampliação (adotaremos 35%) – (1.35)
K3 = fator de correção em função da temperatura do eletrólito
(1,0 para 25º C) – (1,0)
Ccd = capacidade mínima calculada a partir do ciclo de
descarga (usa-se o maior valor entre as seções)
C = 1,25 x 1,35 x 1,0 x 464,3 = 783,51 Ah
Deverão ser adotadas Baterias de 1000 Ah com tensão final de
1,75 V/Elemento (capacidades padronizadas)
CAPACIDADES PADRONIZADAS DE ELEMENTOS
DE BATERIAS
- 50 Ah - 350 Ah - 2250 Ah
- 100 Ah - 400 Ah
- 125 Ah - 450 Ah
- 150 Ah - 500 Ah
- 175 Ah - 750 Ah
- 200 Ah - 1000 Ah
- 225 Ah - 1250 Ah
- 250 Ah - 1500 Ah
- 300 Ah - 2000 Ah
CÁLCULO DA CAPACIDADE CALCULADA A PARTIR
DA MODELAGEM DE CARGA
Na modelagem de cargas, o “Ccd” é o maior valor obtido
entre as seções, também obtidos pelas fórmulas:
Ccd1 = A1 x K(t1)
Ccd2 = A1 x K(t1 + t2) + (A2 – A1) x K(t2)
Ccd3 = A1 x K(t1+t2+t3) + (A2-A1) x K(t2+t3) + (A3-A2) K(t3)
Ccd4 = A1 x K(t1+t2+t3+t4) + (A2-A1) x K(t2+t3+t4) + (A3-
A2) x K(t3+t4) +(A4-A3) x K(t4)
Ccd5 = A1 x K(t1+t2+t3+t4+t5) + (A2-A1) X K(t2+t3+t4+t5) +
(A3-A2) x K (t3+t4+t5) + (A4-A3) X K(t4+t5) + (A5-A4) x K(t5)
E assim até chegar a última seção (S9) “Cccd9”
DIMENSIONAMENTO DO RETIFICADOR
Um retificador é um circuito que converte corrente
alternada em corrente contínua. Para o
dimensionamento do retificador, adotaremos a
seguinte fórmula:
A = L + 1,1 x C(adot.)/h
A= Capacidade nominal em amperes do retificador
L= Consumo de carga permanente em ampéres em regime
normal (valor retirado do levantamento de carga)
C(adot.)= Capacidade nominal em Ah adotada para conjunto
de baterias
h= Tempo de recarga do conjunto (10 horas)
DIMENSIONAMENTO DO RETIFICADOR
A = L + 1,1 x C(adot.)/h

A = 19,0 + 1,1 x 1000/10

A = 129 A

Será adotado um retificador de 150A

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