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Diagramas de subestações
O diagrama é a representação gráfica por meio de símbolos que
caracterizam um equipamento. Numa subestação, indica a quantidade de
equipamentos, suas funções e interligação. Num diagrama deve-se manter a
posição real dos equipamentos o mais próximo possível da realidade.
O diagrama deve possibilitar absoluta clareza a seus usuários,
facilitando a sua interpretação. Procure fazer traços bem definidos, usando
sempre ângulos retos nas derivações de barramentos, linhas de alimentação e
atuação.
Os diagramas podem ser unifilares, onde todos os condutores são
representados por um único traço, e multifilares onde cada condutor será
representado por um traço.
Os diagramas mais usados em subestação, podem ser completos,
simplificados ou específicos. Abordaremos alguns tipos:
Barramentos
É um dispositivo elétrico cuja finalidade é receber energia elétrica de uma
ou mais fontes na mesma tensão, e distribuir para uma ou mais cargas na
mesma tensão. É através do barramento que são feitas as conexões entre as
linhas de transmissão ou distribuição. Podem ser de tubos, barras metálicas ou
cabos de alumínio.
Símbolo Denominação
Barramento principal e de
transferência.
BP = Barramento principal.
BT = Barramento de transferência.
Pórtico
O pórtico de uma subestação é toda a estrutura metálica que suporta as
linhas de transmissão que chegam ou saem, assim como, os barramentos ali
existentes.
Às dimensões do pórtico depende da tensão do circuito a ele ligado devido
ao afastamento entre fases. Veja a tabela de dimensões conservativas:
230 16 4
138 12 3
69 8 2
34,5 6 1,5
13,8 4 1
Tabela de dimensões conservativas
Disjuntores
É um dispositivo elétrico capaz de interromper a corrente elétrica com
carga, e inclusive condições de curto-circuito, sem sofrer os danos ocasionados
pelo arco voltaico e quando acoplado a relés, proporciona um perfeito sistema
de proteção aos circuitos a ele ligados.
Citarei alguns tipos de disjuntores usados em subestação:
- Disjuntor a óleo com grande - GVO
Disjuntores com grande volume de óleo e a gás, instalados num barramento de 230 kV.
Símbolo Denominação
Chaves Seccionadoras
É um dispositivo elétrico e/ou mecânico de manobra destinado a isolar um
circuito ou trecho de circuito ou um equipamento. Normalmente está intertravada
com um disjuntor, porque só pode ser aberta ou fechada quando esse disjuntor
estiver aberto, ou seja, na subestação a chave não pode ser operada quando há
circulação de corrente (carga).
Abertura de seccionadora com carga:
Abertura central
Símbolo Denominação
01 – Numeração sequencial do
disjuntor no diagrama unifilar
Disjuntor de transferência
Em geral, nas Subestações de grande porte, cujo fornecimento de energia
elétrica não deve ser interrompido, mesmo em caso de avaria no disjuntor,
justifica-se a utilização de disjuntores de transferência.
Símbolo Denominação
Disjuntor de transferência.
Supondo-se que o disjuntor 52-01 esteja ligado, para desligá-lo para uma
eventual manutenção, a sequência de operações utilizando-se o disjuntor de
transferência 52-04, seria:
1ª Operação: Fechar as chaves 29-14 e 29-15 do disjuntor de transferência 52-
04;
2ª Operação: Fechar a chave 29-06 do baipasse;
3ª Operação: Fechar o disjuntor de transferência 52-04;
4ª Operação: Abrir o disjuntor 52-01;
5ª Operação: Abrir as chaves 29-05 e 29-07 do disjuntor 52-01.
Para fechar novamente o disjuntor 52-01, a operação deve ser inversa (da
5ª para a 1ª operação, trocando o abrir por fechar e vice-versa), lembrando que
nessa operação de manobra, a tensão deve sempre passar pelo disjuntor devido
ao arco voltáico, sendo que as chaves seccionadoras devem ser operadas
sempre sem tensão e após abertura do disjuntor.
Lembrete do professor: Nunca esquecer que a manobra de fechamento
Disjuntor extraível
São utilizados em tensões até 69 kV e são facilmente removíveis do
circuito. No símbolo, as setas indicam que o equipamento pode ser retirado do
circuito, pois não possuem ligações permanentes. Para esse caso não há
necessidade de chaves seccionadoras para isolar o disjuntor. Em caso de
manutenção basta removê-lo do circuito. Quanto ao espaço que ocupa dentro
do pátio da SE, pois dependendo da disposição dos transformadores de corrente
sobre a estrutura, pode-se alcançar uma redução de espaço de até 45% em
comparação a uma subestação convencional.
Como vantagem principal do seu uso, além da redução de espaço tem a
clara visualização do seccionamento da linha e da posição do disjuntor.
As conexões elétricas entre o armário de comando e o disjuntor são feitas com
cabos altamente flexíveis. Através do uso de tomadas múltiplas evitam-se erros
de conexão e assim, o tempo de montagem se reduz consideravelmente.
Somente quando uma das posições finais - disjuntor inserido ou extraído - é
alcançada, é possível abrir e/ou fechar o disjuntor. O movimento com o disjuntor
fechado não é possível. Deste modo se evita uma operação errônea, equivalente
a abrir uma seccionadora em carga. A operação do disjuntor fica bloqueada no
caso de falha das chaves magnéticas ou interrupção do movimento do disjuntor
entre as posições conectado e desconectado.
Símbolo Denominação
Disjuntor extraível.