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Desenho

Técnico Mecânico
O QUE É DESENHO TÉCNICO ?

O DESENHO TÉCNICO é um tipo de


representação gráfica rigorosa e tem como
principal função ser o elo de ligação entre
o emissor e o receptor que são as pessoas
que vão executar o objeto.
Exemplo:

Emissor: projetista ou desenhista;


Receptor: operador, inspetor de qualidade,
executor...
História do desenho

No século XVII, o matemático e desenhista Desenho técnico Manual Com o advento do computador,
francês Gaspar Monge (1746-1818) criou um Desenvolvido através de surgiu recentemente um novo ramo
sistema utilizado na engenharia militar com o equipamentos desta parte da Matemática: trata-se
uso de projeções ortogonais, ou seja, um e instrumentos manuais da Geometria Dinâmica. Segundo
sistema capaz de representar as três adequados após a revolução Santos; Dambros; Borges (2007), o
dimensões de um objeto, com precisão, em industrial. termo Geometria Dinâmica é
superfícies planas.   normalmente utilizado para
Esse sistema foi publicado em 1795, cujo sistemas CAD.
título era “Geometrie Descriptive ou
Geometria Descritiva”, conhecida como
método de monge ou geometria mongeana.
Institutos internacionais de normas técnicas

ANSI = American National Standards Institute


JIS = Japan Industrial Standards
DIN = Deutsches Institut fur Normung
ISO = Internacional Standard Association
ABNT = Associação Brasileira de Normas Técnicas

Normas técnicas Brasileiras


NBR 10647 – DESENHO TÉCNICO – NORMA GERAL
NBR 10068 – FOLHA DE DESENHO LAYOUT E DIMENSÕES
NBR 10582 – APRESENTAÇÃO DA FOLHA PARA DESENHO TÉCNICO
NBR 13142 – DESENHO TÉCNICO – DOBRAMENTO DE CÓPIAS
NBR 8402 – EXECUÇÃO DE CARACTERES PARA ESCRITA EM DESENHOS TÉCNICOS
NBR 8403 – APLICAÇÃO DE LINHAS EM DESENHOS – TIPOS DE LINHAS E LARGURAS DAS LINHAS
NBR10067 – PRINCÍPIOS GERAIS DE REPRESENTAÇÃO EM DESENHO TÉCNICO
NBR 8196 – DESENHO TÉCNICO – EMPREGO DE ESCALAS
NBR 12298 – REPRESENTAÇÃO DE ÁREA DE CORTE POR MEIO DE HACHURAS EM DESENHO TÉCNICO
NBR10126 – COTAGEM EM DESENHO TÉCNICO
NBR8404 – INDICAÇÃO DO ESTADO DE SUPERFÍCIE EM DESENHOS TÉCNICOS
NBR 6158 – SISTEMA DE TOLERÂNCIAS E AJUSTES
NBR 8993 – REPRESENTAÇÃO CONVENCIONAL DE PARTES ROSCADAS EM DESENHO TÉCNICO
Representação técnica

NBR 10647 – DESENHO TÉCNICO – NORMA GERAL


Desenho Técnico Conforme NBR 10647
Desenho projetivo

Desenho resultante de projeções do objeto sobre um ou


mais planos que fazem coincidir com o próprio desenho,
compreendendo:

a)Vistas ortográficas:

-Figuras resultantes de projeções ortogonais do objeto,


sobre planos convenientemente escolhidos, de modo a
representar, com exatidão, a forma do mesmo com seus
detalhes;

b) Perspectivas:

- Figuras resultantes de projeção cilíndrica ou cônica,


sobre um único plano, com a finalidade de permitir uma
percepção mais fácil da forma do objeto.
Desenho Técnico Conforme NBR 10647

Esboço

Representação gráfica aplicada


habitualmente aos estágios iniciais
de elaboração de um projeto,
podendo, entretanto, servir ainda
à representação de elementos
existentes ou à execução de
obras.
Desenho Técnico Conforme NBR 10647
Desenho preliminar

Representação gráfica empregada nos estágios intermediários da


elaboração do projeto sujeita ainda a alterações e que corresponde ao
anteprojeto..
Desenho Técnico Conforme NBR 10647

Croqui

Desenho não obrigatoriamente em escala, confeccionado


normalmente à mão livre e contendo todas as informações
necessárias à sua finalidade.
Desenho Técnico Conforme NBR 10647
Desenho definitivo

Desenho integrante da solução final do projeto, contendo os elementos necessários à sua


compreensão.
APRIMORE SEUS CONHECIMENTOS EM
NORMAS DO DESENHO TÉCNICO:

VAMOS FAZER UM DEBATE SOBRE


CONTEÚDOS VISTOS ATE ESSA ETAPA?
Formatos de folha

Folha A0 e formatos derivados

Posições horizontal e vertical respectivamente


Sistema de referencia
Tabela de revisões
Legenda
Caligrafia técnica
È uma caligrafia técnica simples, perfeitamente legível e facilmente
desenhável, constitui uma das mais importantes condições dos desenhos
técnicos.
Caligrafia técnica
As alturas das letras maiúsculas e minúsculas não devem ser menores do que
2,5 mm. No caso de combinação de maiúsculas e minúsculas a altura não deve
ser menor que 3,5 mm.
APRIMORE SEUS
CONHECIMENTOS
ESCREVENDO 4 VEZES
CADA PALAVRA E M
CALIGRAFIA TÉCNICA
Uso de instrumentos

Lápis ou Grafiteifite

Classificação
O grafite de desenho classifica-se pela sua dureza. Os grafites usuais, em Desenho Técnico,
são em ordem crescente de dureza: B, HB e H. O grafite HB pode ser substituído pelo lápis
comum nº 2 e o H, pelo nº 3.

Preparação
Por ser o lápis a sua “ferramenta de trabalho’’, na sala de desenho, deve ser
cuidadosamente preparado. Você deve, primeiro, desbastar a madeira conforme a figura
abaixo.
Uso de Instrumentos
Borracha
A borracha para desenho deve ser macia, flexível e específica para desenho.
Ao utilizarmos a borracha, devemos ter muito cuidado e esfregá-la levemente, para que não
levante as fibras do papel.

Esquadros .
São instrumentos de plástico ou acrílico em forma de triângulo retângulo, muito utilizados em
desenho.
Normalmente são de dois tipos:

Eles têm aplicações mais


frequentes no traçado de retas
paralelas, retas perpendiculares
e retas que formam ângulos
importantes. O uso destes dois
esquadros possibilita ainda o
traçado de outros ângulos:
Uso de Instrumentos
Uso de Instrumentos
Régua graduada

A régua mais utilizada em desenho técnico tem o comprimento de 30 centímetros ou triplo-


decímetro. Existem réguas graduadas em milímetros, ou em polegadas, e algumas possuem
as duas graduações em arestas oposta.
Uso de Instrumentos
Régua T

Consiste em uma haste reta e plaina, tendo numa das extremidades


uma travessa (cabeça) perpendicular à haste, que aparece na figura :
Uso de Instrumentos

Compassos

São instrumentos utilizados para traçar arcos de circunferências, circunferências


e transportar medidas. Existem vários tipos de compassos, sendo os mais
comuns os apresentados abaixo:
Uso de Instrumentos

Escala Triangular

É uma régua de seção reta, triangular, contendo seis escalas de redução, duas
em cada face. Podemos fazer leituras diretas sem necessidade do cálculo de
medida por medida.
Construções fundamentais

Segmentos Paralelas Perpendiculares

Divisão de segmentos Bissetriz Divisão de segmentos


em diversas partes
Representação de linhas
Linha contínua e grossa
✔ Utilizada em contornos e arestas visíveis

Linha tracejada e fina


✔ Contornos e arestas não visíveis

Linha contínua e fina


✔ Hachura
✔ Linha de cota , auxiliar de cota ou linha de extensão
✔ Linha de centro

Linha fina traço longo e curto alternado


✔ Linha de simetria
✔ Linha de trajetória
✔ Linha de centro

Com extremidades grossas, indica mudança de direção de cortes.


Com setas reforçadas se tornam Linha de indicação de plano de
corte
Representação de linhas

Linha sinuosa, fina e feita à mão Livre


✔ Utilizada como linha de ruptura

Linha fina com traço longo e dois traços curtos


alternados

✔ Indica posição limite de peças móveis e


linhas de centro de gravidade

NBR 8403 – APLICAÇÃO DE LINHAS EM DESENHOS – TIPOS


DE LINHAS E LARGURAS DAS LINHAS
Tabela das linhas
Prática

DICRIMINAÇÃO DOS QUADRADOS

QUAD. N°1 - TRAÇAR LINHAS HORIZONTAIS GROSSAS_______ GRAFITE HB


QUAD. N°2 - TRAÇAR LINHAS VERTICAIS MÉDIAS_____________GRAFITE HB
QUAD. N°3 - TRAÇAR LINHAS INCLINADAS FINAS À 45°________ GRAFITE HB
QUAD. N°4 - TRAÇAR LINHAS INCLINADAS MÉDIAS À 60°_______GRAFITE HB
QUAD. N°5 - TRAÇAR LINHAS INCLINADAS GROSSAS À 30°____ GRAFITE HB
QUAD. N°6 - TRAÇAR LINHAS HORIZ. TRACEJADAS MÉDIAS____ GRAFITE HB
QUAD. N°7 - TRAÇAR LINHAS VERT. TRAÇO E POMTO_________ GRAFITE HB
QUAD. N°8 - TRAÇAR QUADRADOS CONCÊNTRICOS___________GRAFITE HB
QUAD. N°9 - TRAÇAR CIRCUNFERÊNCIAS CONCÊNTRICAS_____ GRAFITE HB
QUAD. N°10 - TRAÇAR CIRCUNF. TRAÇO E PONTO______________GRAFITE HB
PROJEÇÕES ORTOGONAIS
Linhas projetantes paralelas entre si e perpendiculares ao plano de projeção
reproduzem no plano uma imagem como mesmo contorno e mesma grandeza do
objeto. Na Projeção Ortogonal,a figura plana considerada é reproduzida em
verdadeira grandeza.
DIEDROS
DIEDROS
Diedros
No Brasil, a projeção utilizada é o método do 1º diedro, representado na figura a seguir.

Indicação do primeiro
diedro
Posições do primeiro diedro
Diedros
Diedros
PRIMEIRO DIEDRO
PRIMEIRO DIEDRO

Tendo em mãos uma das vistas é possível projetar as linhas que delimitam o espaço em que
estarão as demais,assim como aposição de seus detalhes.
Projeção ortogonal
Projeção ortogonal
• Padrão da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT)
NBR 10067
• Norma européia
S
D Projeções Ortogonais Múltiplas
Seis planos
P

F E

I
Inferior

Lateral Dir. Frontal Lateral Esq. Posterior

Superior
Projeções Ortogonais Múltiplas
Escolha das vistas- Vista Frontal
Projeções Ortogonais Múltiplas
Escolha das vistas
-Número de Vistas
(Supressão de Vistas)
Projeções Ortogonais Múltiplas
Escolha das vistas
- Escolha da vista frontal

ou ?
Projeções Ortogonais Múltiplas
Escolha das vistas
- Escolha da vista frontal
Vista superior
Projeções Ortogonais Múltiplas
(necessária)
Escolha das vistas
Vista lateral esquerda Vista posterior - Linhas invisíveis
(desnecessária) (desnecessária)

Vista lateral direita


(necessária)
Vista frontal
(necessária)

Vista inferior
(desnecessária)
Exercícios de fixação
Exercícios de fixação
Exercícios de fixação
Desenhe a peça em perspectiva á mão livre , e denomine suas projeções ortogonais á letra
correspondente

a)
b)
c)
d)
Perspectiva
Perspectivas são figuras resultantes de projeção, sobre um único plano, com finalidade de permitir uma percepção mais
fácil da forma do objeto.

São vista usadas para demonstrar mais detalhes de uma peça ou montagens em vista explodidas.

Isométrica
Cavaleira

Perspectiva cavaleira Perspectiva cavaleira Perspectiva cavaleira a


Perspectiva isométrica a 30º a 45º 60º

2/3 x/2 1/3


Perspectiva Isométricas
Perspectiva Projeções.
Exercícios: Esboço de Perspectiva Isométrica e Cavaleira a 45°
Perspectiva Projeções.
Projeções e Planejamento
1º Exercício na Prancheta
Projeções e Planejamento
Esboço
Planejamento (Cálculos de Centralização)

SUPERIOR = 7
A4 em Retrato
178
Horizontal = 178 – (VFRONTAL + VLAT.ESQ)
3

Vertical = 259 – (VFRONTAL + VSUPERIOR+DIST.)


2

259
A4 DIR = 7
ESQ =
25

Legenda = 24mm
(Ver modelo)

INFERIOR = 7
Área a ser
utilizada

VF VLE

VS
Apagar
linhas
e deixar
retângulos
APRIMORE SEUS
CONHECIMENTOS EM
PROJEÇÕES
Tarefa 01

Desenhe a peça em formato A4 suas projeções ortogonais em primeiro diedro conforme norma
ABNT
Tarefa 02
Desenhe a peça em formato A4 suas projeções ortogonais em primeiro diedro conforme norma
ABNT.
ESCALA 2:1
Tarefa 04
Desenhe a peça em formato A3, aS projeções ortogonais necessárias em primeiro diedro conforme
normas ABNT
Tarefa 05
Desenhe a peça em formato A4, as projeções ortogonais necessárias em primeiro diedro conforme
normas ABNT
Tarefa 06
Desenhe a peça, em formato A3 com margens e legenda conforme norma ABNT, executando
vistas em projeções ortogonais cotadas
Representações em corte
Os "cortes" são utilizados em desenhos de peças e conjuntos para facilitar a interpretação de detalhes
internos que, através das vistas convencionais, seriam de difícil entendimento para execução.

Os cortes apenas são usados para detalhar melhor as


partes de uma peça ou montagens representadas
quando necessário.
Quando um sólido possui elementos internos que não ficam bem
identificados pelas vistas, são realizados CORTES.
Eles são representados em projeção, semelhante às vistas, nos
quais se considera que o sólido foi interceptado por um plano
chamado PLANO DE CORTE (Tipos: Longitudinal ou Transversal).
O plano de corte divide o sólido em duas partes e é posicionado de
forma a apresentar os detalhes internos mais importantes.

A
A

A
B

B
Exemplo de representações em corte
Exemplo de representações em corte TOTAL
Desenhe a peça em formato A3, aS projeções ortogonais necessárias em primeiro diedro conforme
norma ABNT
Exemplo de representações em corte em DESVIO
Vistas em corte
A representação da vista cortada compreende a superfície obtida
pelo plano de corte e tudo que se vê além desse plano.
Hachuras
NBR 12298 – REPRESENTAÇÃO DE ÁREA DE CORTE POR MEIO DE HACHURAS EM DESENHO TÉCNICO

São Linhas ou figuras com o objetivo de representar tipos de materiais em áreas de corte em desenho
técnico

As hachuras devem ser traçadas


em linha estreita, conforme a NBR
8403.
As hachuras são formadas por
linhas inclinadas a 45 graus em
relação às linhas principais do
contorno ou eixos de
Hachuras hachuras, em uma mesma
peça, são feitas sempre numa
mesma direção

As hachuras, nos desenhos


de conjunto, em peças
adjacentes, devem ser feitas
em direções opostas

hachuras, em uma mesma


peça composta (soldada,
rebitada, remanchada ou
colada), são feitas em
direções diferentes
Hachuras
As hachuras devem ser espaçadas
em função da superfície a ser
hachurada.

O espaçamento mínimo para as


hachuras é de 0,7 mm, conforme a
NBR 8403.

As hachuras, em área de corte


muito grande, podem ser limitadas
à vizinhança do contorno, deixando
a parte central em branco.

As hachuras têm sempre a mesma


direção, mesmo quando o corte de
uma peça é executada por vários
planos de corte paralelos.
Hachuras

As hachuras têm sempre


a mesma direção, mesmo
quando o corte de uma
peça é executada por
vários planos de corte
paralelos
Hachuras

As hachuras podem ser omitidas em seções de peças de


espessuras finas. Neste caso, a seção deve ser enegrecida.
Hachuras
Quando houver necessidade de representar dois elementos
alinhados, manter a mesma direção das hachuras, porém com
linhas desencontradas
Hachuras

As hachuras devem ser interrompidas quando da necessidade


de se inscrever na área hachurada
Hachuras

Outras hachuras podem ser


utilizadas, desde que identificadas.
Corte total

É aquele que atinge a peça em toda a sua extensão, atravessando completamente a peça.
O corte total é chamado de Corte Reto, quando o plano secante é constituído de uma única
superfície. Caso o plano secante seja constituído por mais de uma superfície, o corte total é
chamado de Corte em Desvio ou Corte Composto.
Corte total
Exercício: Representar o corte longitudinal
Meio corte

Em peças simétricas é conveniente fazer com que o plano de corte vá


somente até a metade da peça. Deste modo, a vista em corte representará
simultaneamente a forma externa e interna da peça, com o eixo de simetria
separando o lado cortado do não cortado.
Corte parcial

Nos Cortes Parciais ou Rupturas como também são chamados, apenas uma
parte da peça é cortada visando mostrar algum detalhe interno, facilitando
assim a execução do desenho. Neste caso, o plano secante atinge a peça
somente até onde se deseja detalhar, e o limite do corte é definido por uma
linha de ruptura. A linha de ruptura é uma linha irregular, contínua e de
espessura fina. Nos cortes parciais são representadas todas as arestas
invisíveis, ou seja, se colocam todas as linhas tracejadas.
Corte em desvio

A peça é cortada em toda a sua extensão por mais de um plano de corte, dependendo
da sua forma particular e dos detalhes a serem mostrados.
Corte em desvio
Tarefa 05 Executar cortes na projeção
Tarefa 06
Executar cortes em rupturas na projeção.

OBS: Todos os furos têm profundidade de 20 mm apenas


Tarefa 07
Executar meio corte na projeção apresentando apenas vistas
necessárias para usinagem da peça
Tarefa 08
Executar corte total em desvio na projeção apresentando apenas vistas
necessárias para usinagem da peça
Vista de peças encurtadas

Na peça longa são representadas somente as partes da peça que contém


detalhes. Os limites das partes retidas são traçados com linhas estreitas.
Diferença entre corte e Seção

Seção é um corte que representa


somente a intersecção do plano
secante com a peça.
Em outras palavras, a seção
representa a forma de um
determinado ponto da peça. Para
facilitar o entendimento da
diferença entre corte e seção, a
figura ao lado mostra a aplicação,
em uma mesma peça, de corte AA
(superior) e da seção AA (inferior).
Exemplo de corte em Seção
Cotagem de Desenho
NBR10126 – COTAGEM EM DESENHO TÉCNICO

Representação gráfica no
desenho da característica
do elemento, através de
linhas, símbolos, notas e
valor numérico numa
unidade de medida.
Elementos de cotagem
Regras básicas de cotagem do desenho conforme NBR 10126/1987
✔ Toda cotagem necessária para descrever uma peça ou componente,
clara e completamente, deve ser representada diretamente no desenho.

✔ A cotagem deve ser localizada na vista ou corte que represente


mais claramente o elemento sem a repetição dessa.

✔ Desenhos de detalhes devem usar a mesma unidade


(por exemplo, milímetro) para todas as cotas sem o emprego do símbolo.
Se for necessário, para evitar mau entendimento, o símbolo da unidade
predominante para um determinado desenho deve ser incluído na
legenda.
Elementos de cotagem
Regras básicas de cotagem do desenho conforme NBR 10126/1987
✔ Cotar somente o necessário para descrever o objeto ou produto acabado. Nenhum elemento
do objeto ou produto acabado deve ser definido por mais de uma cota.

Exceções podem ser feitas:

a) onde for necessário a cotagem de um estágio intermediário


da produção (por exemplo: o tamanho do elemento antes da cementação e acabamento);

b) onde a adição de uma cota auxiliar for vantajosa.

✔ Não especificar os processos de fabricação ou os


métodos de inspeção, exceto quando forem indispensáveis para assegurar o bom
funcionamento.
Regras de cotagem
A cotagem funcional deve ser escrita diretamente no desenho (ver Figura 2)

Ocasionalmente a cotagem funcional escrita indiretamente é justificada ou necessária.

A Figura 3 mostra o efeito da cotagem funcional escrita indiretamente, aceitável, mantendo os


requisitos dimensionais estabelecidos na Figura 2.
Regras de cotagem
A linha de cota não deve ser interrompida, mesmo que o elemento o seja

O cruzamento das linhas de cota e auxiliares devem ser evitados, porém, se isso
ocorrer, as linhas não devem ser interrompidas no ponto de cruzamento.

A linha de centro e a linha de contorno, não devem ser usadas como linha de cota,
porém, podem ser usadas como linha auxiliar
A linha de centro, quando usada como linha auxiliar, deve continuar como linha de
centro até a linha de contorno do objeto.
Regras de cotagem

Cotas fora de escala (exceto onde a linha de interrupção for utilizada) deve ser sublinhada com
linha reta com a mesma largura da linha do algarismo
Elementos de cotagem
Simbologia:

Os símbolos são usados com cotas para


mostrar a identificação das formas e melhorar a
interpretação de desenho. Os símbolos de diâmetro
e de quadrado podem ser omitidos quando a forma
for claramente indicada.
Os símbolos devem preceder à cota
Elementos de cotagem
Simbologia:

Os símbolos são usados com cotas para


mostrar a identificação das formas e melhorar a
interpretação de desenho. Os símbolos de diâmetro
e de quadrado podem ser omitidos quando a forma
for claramente indicada.
Os símbolos devem preceder à cota
Cotagem em cadeia.

Deve ser utilizada somente quando o possível acúmulo de tolerâncias não


comprometer a necessidade funcional das partes.
Cotagem por elemento de referência
Este método de cotagem é usado onde o número de cotas da mesma
direção se relacionar a um elemento de referência.
Cotagem por elemento de referência pode ser executada
como cotagem em paralelo ou cotagem aditiva.
Cotagem por coordenadas
Elementos equidistantes.

A cotagem pode ser simplificada


onde os elementos equidistantes
ou elementos uniformemente
distribuídos são parte da
especificação do desenho.
Elementos repetidos

Utiliza - se quando for possível definir a quantidade de elementos de


mesmo tamanho e assim, evitar de repetir a mesma cota,
Chanfros e escareados.
Escala
ESCALA 1:1, para escala natural;
ESCALA X:1, para escala de ampliação (X>1);
ESCALA 1:X, para escala de redução (X>1).

Escalas de redução, natural e ampliação

Escalas mais utilizadas


Acabamento de superfícies e tolerâncias
A rugosidade desempenha um papel muito importante no comportamento
das peças mecânicas, onde condiciona:
 
•A qualidade de deslizamento e rolamento;
•A resistência ao desgaste;
•A possibilidade de ajuste do acoplamento forçado;
•A resistência oferecida pela ao escoamento de fluídos e lubrificantes;
•A qualidade de aderência que a estrutura oferece às camadas protetoras;
•A corrosão e a resistência à fadiga;
•A vedação;
•A aparência.

O acabamento superficial é medido através de rugosidade superficial que,


por sua vez, é expressa em mícron (micrômetro – milionésima parte do
metro).
Acabamento de superfícies
A simbologia de acabamento superficial pode ser representada por meio de
valores de rugosidade. Para o caso de empresas que ainda utilizam desenhos
antigos, esta simbologia pode ser representada por sinais convencionais

Superfície em bruto: é aquela que não é usinada, mas limpa


com a eliminação de rebarbas e saliências.
Superfície desbastada: é aquela em que os sulcos deixados
pela ferramenta são bastante visíveis, ou seja, a rugosidade é
facilmente percebida.
Superfície alisada: é aquela em que os sulcos deixados pela
ferramenta são pouco visíveis, sendo a rugosidade pouco
percebida.
Superfície polida: é aquela em que os sulcos deixados pela
ferramenta são imperceptíveis, sendo a rugosidade detectada
somente por meio de aparelhos especiais.
Superfície lapidada: utilizada em tratamentos de superfícies
bem delicadas, como na lapidação por exemplo.
Para qualquer grau de acabamento, pode ser indicado o modo
de obtê-lo.
Superfície sujeita a tratamento especial indicada sobre a linha
horizontal.
Acabamento de superfícies
Indicação do estado de superfície
NBR8404 – INDICAÇÃO DO ESTADO DE SUPERFÍCIE EM DESENHOS TÉCNICOS

Em peças e projetos mecânicos devem ser especificadas as condições de superfície, que são
baseadas nos indicies de rugosidade.
Indicação do estado de superfície
Para a indicação do estado de superfície utiliza-se dados do cliente ou
valores predeterminados.

a = valor da rugosidade Ra, em µm, ou classe


de rugosidade N 1 até N 12.
b = método de fabricação, tratamento ou
revestimento.
c = comprimento de amostra, em mm.
d = direção de estrias.
e = sobremetal para usinagem, em mm.

1 µm = 0,001 mm
Direção das estrias causadas pelo processo de
fabricação.
Tolerância dimensional

Para garantir a qualidade das peças, devem ser determinadas faixas


aceitáveis de variação das medidas definidas e estipuladas dimensões
máximas e mínimas permitidas. Essa variação entre as dimensões é
chamada tolerância. As tolerâncias podem ser representadas por
afastamento ou pela norma ISO.

A tolerância deve ser definida dependendo da peça e de onde ela será


utilizada.

O sistema de tolerâncias e ajustes é normalizado pela NBR 6158.


Tolerância dimensional
Tolerância dimensional
(Bucha/roda) (Eixo)
Indicação de tolerância
Ajustes mecânicos
Ajustes mecânicos
Tabela para ajustes mecânicos
Tolerância geométrica
Tolerância geométrica
Tolerância geométrica
Tolerância geométrica
Retilineidade:

A tolerância de forma de Retilineidade mede o quão afastado está de uma linha reta ideal
imaginária, por exemplo, a linha longitudinal central de um eixo. Nos desenhos técnicos, a tolerância
de retilineidade de linha é indicada pelo símbolo: ____.
.

Planeza:

É a combinação pela qual toda superfície deve estar limitada pela zona de
tolerância “t”, compreendida entre dois planos paralelos, distantes de “t”,
compreendida entre dois planos paralelos, distantes de “t”.
.

Circularidade:

A tolerância de forma de circularidade avalia o intervalo entre dois círculos ideais, nos
quais a circunferência executada da peça se encontra.
.

Cilindricidade:

A tolerância de forma de cilindricidade é o intervalo entre duas superfícies cilíndricas


ideais e concêntricas, na qual se encontra a superfície do cilindro a ser fabricado
.

Superfície qualquer:

A superfície de uma peça pode apresentar uma forma qualquer. A tolerância de forma de uma superfície
qualquer é definida por uma esfera de diâmetro t, cujo centro movimenta-se por uma superfície que tem a
forma geométrica ideal. O campo de tolerância é limitado por duas superfícies tangentes à esfera t, como
mostra o desenho a seguir. Nos desenhos técnicos, a tolerância de uma superfície qualquer é indicada pelo
símbolo:
Paralelismo
Perpendicularidade
Inclinação
Localização
Concentricidade
Coaxialidade
Simetria
Oscilação (Batimento radial e axial)
VAMOS APRIMORAR
NOSSOS CONHECIMENTOS
EM TOLERANCIAS E
AJUSTES ?
Representação de partes roscadas

Roscas visíveis.
Representação de partes roscadas
Roscas não visíveis.
Representação de partes roscadas
Roscas em montagens
Representação de partes roscadas
Cotagem de rosca
Tirante
Embolo
“O conhecimento e a informação são os recursos estratégicos para o
desenvolvimento de qualquer país. Os portadores desses recursos são as
pessoas.”

Peter Drucker

Obrigado!

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