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Programa da disciplina

Objetivos:

• Proporcionar conhecimentos básicos necessários na leitura e interpretação de


desenhos técnicos;

• Fazer esboço (croqui) de peças a serem Desenhadas.

• Fazer plantas baixas de pequena complexidade.

Conteúdos:

Definição de desenho técnico e figuras geométricas básicas;

• Perspectiva isométrica;

• Projeção ortográfica;

• Corte lateral, meio corte, corte parcial e omissão de corte;

• Escalas;

• Seção e encurtamento;

• Cotagens especiais;

• Tolerância dimensional, tolerância geométrica e Ajustes;

• Conjuntos mecânicos.

Definição

O que é desenho técnico?

O desenho técnico é uma forma de expressão gráfica que tem por finalidade a
representação de forma, dimensão e posição de objetos de acordo com as diferentes
necessidades requeridas pelas diversas áreas técnicas.

O desenho técnico deve transmitir com exatidão todas as características do objeto a


ser representado.

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Utilizando-se de um conjunto constituído de linhas, números, símbolos e indicações
escritas normalizadas internacionalmente, o desenho técnico é definido como
linguagem gráfica universal da área técnica.

Tipos de desenho

Desenho artístico – é uma forma de expressão visual, e é uma das principais formas
dentro das artes visuais. Os artistas transmitiram suas ideias e seus sentimentos de
maneira pessoal, não tendo o compromisso de retratar fielmente a realidade

Desenho não-projetivo – na maioria dos casos corresponde a desenhos resultantes


dos cálculos algébricos e compreendem os desenhos de gráficos, diagramas,
esquemas, ábacos, fluxogramas, organogramas etc.

Desenho projetivo – são os desenhos resultantes de projeções do objeto em um ou


mais planos de projeção e correspondem às vistas ortográficas e às perspectivas.

Material usado

Lapiseiras

–0.7 ponta de aço. (grafite 2B);

–0.3 ponta de aço. (grafite HB)

Esquadros - quadriculado;

–60º - isométrico;

–45º - liso com margem

Régua

Compasso

Transferidor

Escalímetro

Prancheta

Bloco de papel

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Dimensão das folhas

Os Formatos da série “A” seguem as seguintes dimensões em milímetros:

Designação Dimensões (mm)


A0 841 x 1.189
A1 594 x 841
A2 420 x 594
A3 297 x 420
A4 210 x 297
Fonte: ABNT (1987, p. 2).

Margens das folhas

A margem é limitada pelo contorno externo da folha. As margens esquerda e direita


devem ser dimensionadas,

Formato Margem esquerda Margem direita


A0 25 10
A1 25 10
A2 25 7
A3 25 7
A4 25 7
Fonte: ABNT (1987, p. 3).

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Legenda

A legenda deve ser executada do lado direito inferior da folha, com dimensionamento
de 178 mm de comprimento, nos formatos A4, A3 e A2, como pode ser visto na Figura
, e 175 mm nos formatos A1 e A0. A legenda deve conter a identificação do desenho,
como: número da peça, código de material, descrição da peça, descrição do material,
logomarca, escala do desenho principal, responsável, desenhista, projetista,
aprovação, datas, descrição do projeto, indicação de primeiro diedro, entre outras.

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Dobragem das folhas

Independente do formato, o resultado final da folha dobrada sempre será um formato


A4.

Para isso dobre a folha, verticalmente, na linha final da legenda, ou 178 mm para os
formatos A2, A3 e A4, ou a 175 mm para os formatos A1 e A0, como nas figuras a
seguir.

Dobramento Formato A0

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Dobramento Formato A1

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Dobramento Formato A2

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Organização dos espaços

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CALIGRAFIA TÉCNICA

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O estilo das letras e números adotados em Desenho Técnico é o Gótico Comercial,
constituído de traços simples com espessura uniforme. Pode-se utilizar tanto letras
verticais como também inclinadas. NBR 8402
DESENHO TÉCNICO - EM-312
DESENHO TÉCNICO - EM-312
desenho técnico - em-312
desenho técnico - em-312
As exigências básicas do uso de caligrafia em desenhos técnicos são:
Legibilidade; Uniformidade, e Adequação à microfilmagem e a outros processos de
reprodução.

Deste modo, deve-se: Usar distância entre caracteres (a) no mínimo duas vezes a
largura da linha (d); Aplicar a mesma largura de linha para letras maiúsculas e
minúsculas, e ter a altura (h) com razão 2 ½ .

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Vamos praticar?

Desenhe a mão livre

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Usando os Esquadros

Usando o Compasso

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Vamos praticar?

Método para desenhar circunferências.

Método para desenhar arcos

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Normas Técnicas

A linguagem técnica deve obedecer as Normas Técnicas.

No Brasil, a entidade responsável pelas normas técnicas é a ABNT - Associação


Brasileira de Normas Técnicas.

Como linguagem técnica deve obedecer a regras e NORMAS INTERNACIONAIS e


NACIONAIS.

NBR 10647 – DESENHO TÉCNICO – NORMA GERAL (04/1989), substituída por ABNT
NBR ISO 10209-2

ABNT NBR ISO 10209-2 (08/2005) - Documentação técnica de produto

NBR10067 – Princípios gerais de representação em desenho técnico (05/1995) NBR


10068 – Folha de desenho - Leiaute e dimensões (10/1987)

NBR 13142 - desenho técnico - dobramento de cópia (12/1999),

NBR 10582 – Apresentação da folha para desenho técnico (12/1988);

NBR 8196 – Desenho técnico – emprego de escalas (12/1999);

NBR 12298 – Representação de área de corte por meio de hachuras em desenho


técnico (04/1995);

NBR10126 – Cotagem em desenho técnico (11/1987);

NBR 6409 – Tolerâncias geométricas – Tolerâncias de forma, orientação, posição e


batimento – Generalidades, símbolos, definições e indicações em desenhos (05/1997).

NBR 14699 – Desenho Técnico – Representação de símbolos aplicados a tolerância


geométrica - Proporções e dimensões (05/2001).

NBR 8404 – Indicação do estado de superfícies em desenho técnico (03/1984).

NBR 8993 – Representação convencional de partes roscadas em desenhos técnicos


(08/1985).

NBR 13272 – Elaboração das listas de itens (12/1999).

NBR 12288 – Representação simplificada de furos de centro em desenho técnico


(04/1992).

NBR 14957 – Desenho técnico - Representação de recartilhado (06/2003).

NBR 13273 – Referência a itens (12/1999).

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NBR 11534 - Representação de engrenagens em desenho técnico (04/1991);

NBR 11145 – Representação de molas em desenho técnico (06/1990);

NBR 13043 – Soldagem, números e nomes de processos (09/1993);

NBR 13104 – Representação de entalhado em desenho técnico (03/1994);

NBR 14700 - Desenho técnico - Representação do local de medição de dureza


(03/2001);

NBR14611 - Representação simplificada em estruturas metálicas (10/2000)

NBR 8403 – Aplicação de linhas em desenhos – Tipos de linhas – Larguras das linhas
(03/1984).

Geometria Descritiva

As formas geométricas elementares são: o ponto, reta e o plano.

Figuras geométricas planas

Sólidos geométricos

Sólidos truncados e vazados

Ponto

O ponto é a figura geométrica mais simples. Não tem dimensão, isto é, não tem
comprimento, nem largura, nem altura. Pode ser representado por um simples ponto
ou linhas cruzadas, para identifica-lo, usamos letras maiúsculas do alfabeto latino.
A

Linha

É o deslocamento contínuo de um ponto ou de uma sucessão de pontos.

Semi-reta

Tomando um ponto qualquer de uma reta, dividimos a reta em duas partes, chamadas
semi-retas.

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A semi-reta sempre tem um ponto de origem, mas não tem fim. Veja na figura abaixo
que o ponto A dá origem a duas semi-retas.

Segmento de reta

Tomando dois pontos distintos sobre uma reta, obtemos um pedaço limitado de reta.
A esse pedaço de reta, limitado por dois pontos, chamamos segmento de reta. Os
pontos que limitam o segmento de reta são chamados de extremidades.

Linhas de referência – São empregadas para representar alguma observação em


relação a edificação.

Traçada em linha fina inclinadas de preferência a 60° em relação a horizontal,


terminadas em setas que tocam a linha a qual se referem.

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Mediatriz de um segmento

Chama-se mediatriz de um segmento de reta a perpendicular traçada ao meio desse


segmento.

Plano

Podemos ter uma idéia do que é o plano observando uma parede ou o tampo de uma
mesa. O plano é uma superfície plana, portanto sem espessura, mas, com largura e
comprimento, ou seja, é bidimensional.

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Figuras geométricas (Polígonos)

Quando um objeto apresenta duas dimensões, isto é, um comprimento e uma largura,


o ente geométrico que o representa é o plano. Temos aí a idéia de área, de superfície.

Sólidos geométricos

Prismas, cubo, pirâmide(retos)

Cilindros, esferas, cones(curvos)

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Sólidos de revolução.

Finalmente, ao depararmo-nos com objetos que apresentam as três dimensões, temos


a idéia do volume.

Arestas, vértices, faces

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Ângulo

É a região do plano compreendida entre duas semi-retas, indicado por uma letra grega
minúscula da seguinte forma: ângulo α. Um ângulo pode ser medido em graus, grado
ou radianos.

Em desenho usamos o grau que é 1/360 da volta de uma circunferência. O


instrumento usado é o transferidor.

Linhas isométricas

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Croqui ou esboço

O croqui, também chamado de esboço ou rascunho, é um traçado da peça à mão livre,


sem escala, sem instrumentos, dependendo somente da habilidade do desenhista em
traçar Finalmente, ao depararmo-nos com objetos que apresentam as três dimensões,
temos a ideia do volume.

É utilizado quando se precisam coletar as informações de uma peça no local, numa


máquina, por exemplo, sem que haja necessidade de desligá-la ou desmontá-la.

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Tipos de desenho

Perspectiva

São figuras resultantes de projeção cilíndrica ou cônica sobre um único plano, com a
finalidade de permitir a percepção da forma global de um objeto.

A peça é desenhada de tal forma que mostra três de suas faces: frontal, superior e
lateral esquerda.

A base de uma perspectiva ISOMÉTRICA são três linhas, sendo duas inclinadas a 30° e
outra perpendicular ao vértice das outras duas.

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Na perspectiva CAVALEIRA uma face da peça é desenhada exatamente de frente, em
verdadeira grandeza. As outras faces são projetadas obliquamente, inclinadas a 30°,
45° ou 60°.

Vistas ortográficas

São figuras resultantes de projeções cilíndricas ortogonais de modo a representar com


exatidão a forma do objeto com seus detalhes.

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Linhas

As linhas de um desenho indicam sua exata representação, e para facilitar a


interpretação, os seguintes critérios devem ser adotados.

linha contínua larga – deve ser usada para contornos e arestas visíveis;

linha contínua fina – é utilizada para representar linhas de cotas, linhas auxiliares, de
chamada, hachuras, linhas de centros curtas;

linha tracejada – indicada para contornos e arestas não visíveis;

linha de centro ou linha de simetria – representada por um traço e um ponto


alternado, é utilizada para linhas de centro, de simetria e trajetórias.

Aresta e contorno visível

Aresta e contorno não visível

Corte e seção

Cota e auxiliar

Linha de cota

Ruptura

Cota

É representada pelos valores numéricos da peça. Esses valores devem estar localizados
na linha de cota, sempre acima e posicionados no centro. É importante, também, que
estejam localizados na vista que melhor indique o objeto dimensionado, e este deve
sempre que possível estar fora do desenho. Há autores que defendem a colocação de
algumas cotas dentro da peça, desde que traga mais clareza do objeto cotado.

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Recomendação para o traçado de linhas

As linhas cheias devem ser traçadas num só sentido. Não de deve voltar o lápis sobre a
linha traçada.

Deve-se girar o lápis enquanto se traça a linha, para que a ponta tenha um desgaste
uniforme, não acarretando variação da espessura.

Nas linhas tracejadas os traços devem ter o mesmo comprimento e ser igualmente
espaçados.

Quando uma linha tracejada, transversal a uma cheia, é traçada a partir desta o
primeiro traço deve tocar na linha cheia.

Quando duas linhas tracejadas partem de um mesmo ponto os seus traços iniciais
devem partir deste ponto.

Quando uma linha tracejada está no prolongamento de uma linha cheia, o seu
primeiro traço, o seu primeiro traço deve estar espaçado do término desta.

Vistas ortográficas

A projeção ortográfica é uma forma de representar objetos tridimensionais em uma


superfície plana, de forma que seja possível transmitir suas características com
precisão e demonstrar sua real grandeza.

Diedro- Ângulo formado pelo encontro de dois planos.

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Projeção no 1º diedro

A projeção no 1º diedro é representada pelas vistas:

▪frontal;

▪superior (representada abaixo da vista frontal);

▪lateral esquerda (representada no lado direito da vista frontal).

Projeção no 3º diedro

A projeção no 3º diedro mostra as seguintes vistas:

▪frontal;

▪inferior (representada abaixo da vista frontal);

▪lateral direita (representada no lado direito da vista frontal).

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Projeção ortogonal

As vistas ortográficas representam um conjunto de uma ou mais vistas correlacionadas


entre si. Cada vista mostra um detalhe diferente da forma do objeto.

Para a confecção das vistas você deve projetar linhas auxiliares de referência para
alinhar perfeitamente as vistas do desenho.

Um objeto pode ser observado a partir de seis planos ou vistas

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Distribuição das Vistas Ortográficas

Vista frontal (A); vista superior (B);vista lateral esquerda (C);vista lateral direita
(D);vista inferior (E);vista posterior (F).

Representação do desenho em uma única vista

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Escalas

Escala natural

É a escala que permite que uma peça seja desenhada em tamanho real. Representada
na legenda pelo campo escala 1:1, ou abreviada Esc. 1:1.

Escala de redução

Quando uma peça for maior do que o formato da folha onde ela será desenhada, a
peça deverá ser reduzida em relação às suas dimensões reais. Uma vez escolhida a
escala, todas as dimensões devem ser divididas por ela.

Exemplo de escala de redução: 1:2; 1:2,5; 1:5; 1:10; 1:20; 1:50; 1:100.

Escala de ampliação

Quando uma peça é pequena demais para o formato da folha onde ela será
desenhada, a peça deve ser ampliada em relação às suas dimensões reais. Uma vez
escolhida a escala, todas as dimensões devem ser multiplicadas por ela.

Exemplo de escala de ampliação: 2:1; 2,5:1; 5:1; 10:1; 20:1; 50:1; 100:1.

Indica na forma de uma fração a proporção entre o tamanho de uma determinada


distância medida sobre o mapa e a sua correspondente no terreno: E = d/D

Onde: d = distância medida no mapa

D = distância real

Interpretando a escala: 1/10.000 ou 1:10.000

Significa que uma unidade no mapa corresponde a dez mil dessa mesma unidade no
terreno (real).

Adicionando-se unidades de medição temos:

1 cm : 10.000 cm ou 1 cm : 100 m

Determinando Escalas

Uma estrada ligando o ponto A ao B mede 5 km de distância no terreno;

Com uma régua faz-se a medida da distância gráfica correspondente sobre o mapa,
encontra-se, por exemplo, 5 cm

E = d /D = 5 cm/5 Km = 5 cm/5.000 cm =1/1.000 Escala 1:1000

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Vamos praticar?

a) Qual a medida real de uma porta que tem uma distância gráfica de 3,2cm e
está representada na escala 1:25?
b) Para uma escala de 1:50, que tamanho teria um objeto de 15,00 por 25,00?
c) A peça abaixo está representada em escala natural. Marque qual das
alternativas representa a mesma peça em escala 2:1.

d) Desenhe na escala 5:1

e) Complete as lacunas com os valores correspondentes

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Cortes e seções
O corte total deve ser representado em uma das vistas do desenho por meio de
uma linha traço-ponto, que ultrapasse toda a peça, em sentido longitudinal ou
transversal. As extremidades da linha de corte devem conter setas que
mostram o sentido em que o corte é observado, assim como também letras
que indicam onde o corte será representado.

Linhas de corte
O plano de corte é indicado no desenho por meio de linha grossa, com traço e
ponto, denominada de “linha de corte”.
O corte é indicado numa vista e representado em outra. Havendo necessidade
de registrar no desenho o sentido em que é observada a linha de corte este é
indicado por setas nos extremos da linha de corte.

Quando houver necessidade de identificarmos uma vista em corte e o


respectivo plano, empregamos letras maiúsculas repetidas ou em sequência
(AA,BB, AB, CD, etc.), colocadas ao lado das setas nos extremos da linha de
corte, escrevendo-se tais letras junto a vista em corte correspondente.

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Uma peça com muitos detalhes, representados por linhas não visíveis ou linhas
tracejadas, pode dificultar o entendimento e a leitura do desenho. Portanto,
nesses casos é empregado o sistema de cortes para cada situação específica,
representando com exatidão o detalhe interno da peça.

Hachuras

Todo desenho representado em corte deve conter hachuras, mas atenção: há


hachuras específicas para cada tipo de material.
Por exemplo: metais, terreno, madeira, etc.

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Corte total
Horizontal

Longitudinal

Transversal

Meio corte
Quando uma peça é simétrica, não há necessidade de empregarmos o corte
total para mostrar seus detalhes internos.
Podemos utilizar o “meio corte” mostrando a metade da peça em corte, com
seus detalhes internos, e a outra metade em vista externa.

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Observação: por convenção, não se indicam os detalhes “não visíveis”, mesmo
na parte não cortada.

Corte parcial

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Rupturas
É um processo utilizado para reproduzir peças longas, fazendo uma
representação de rompimento e mantendo o dimensionamento real.

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Cotagem
É a indicação das medidas das peças em seu desenho. Ao cotar você deve
tentar imaginar se com as medidas representadas será possível fabricar a peça.

a.linha de cota b.linha auxiliar c.cota

Linhas de cota: são linhas estreitas, com setas ou traço oblíquo nas
extremidades. Sobre estas linhas são colocadas as cotas.

A linha auxiliar: é uma linha contínua estreita que limita as linhas de cota. A
linha auxiliar não deve tocar as linhas referentes ao desenho.

Cotas: são numerais que indicam as medidas da peça. São colocadas acima ou à
esquerda da linha de cota, mas sem tocá-la. Em desenho mecânico são
expressas em milímetro e dispensa a colocação do símbolo. Quando se
emprega outra unidade distinta do milímetro coloca-se o símbolo.
Regras da cotagem
Em desenho técnico normalmente a unidade de medida é o milímetro, sendo
dispensada a colocação do símbolo junto ao valor numérico da cota. Se houver
o emprego de outra unidade, coloca-se o respectivo símbolo ao lado do valor
numérico, conforme indicado na figura a seguir.

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As cotas devem ser colocadas de modo que o desenho seja lido da esquerda
para a direita e de baixo para cima, paralelamente à dimensão cotada.

Cada cota deve ser indicada na vista que mais claramente representar a forma
do elemento cotado. Devemos evitar a repetição de cotas.

As cotas devem ser colocadas dentro ou fora dos elementos que representam,
atendendo aos melhores requisitos de clareza e facilidade de interpretação.

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Nas transferências de cotas para locais mais convenientes, devemos evitar o
cruzamento das linhas de extensão com as linhas de cota. As linhas de extensão
são traçadas perpendicularmente à dimensão cotada. Em casos particulares,
podem ser traçadas obliquamente, porém conservando o paralelismo entre si.

Evite a colocação de cotas inclinadas nos espaços inclinados a 30º conforme


indicados na figura a seguir.

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Não utilize as linhas de centro e eixos de simetria como linhas de cota. Elas não
devem substituir as linhas de extensão.

Não utilize as linhas de centro e eixos de simetria como linhas de cota. Elas não
devem substituir as linhas de extensão.

Cuidados com na cotagem

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Errado

Correto

Quando a linha de cota está na posição inclinada, a cota acompanha a


inclinação.

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Diâmetros

Raios

Quadrados

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Cotagem por face de referência

Na cotagem por linhas básicas as medidas da peça são indicadas à a partir de


linhas.

Cotagem de furos igualmente espaçados


Algumas peças tem furos que possuem a mesma distância entre seus centro
(igualmente espaçados). São lineares ou angulares.
Cotagem linear

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Cotagem angular

Cotagem de cordas e ângulos

Raio definido por outras cotas - deve ser indicado pelo símbolo R

Símbolos

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Vamos praticar
Observe as perspectiva e escreva as cotas nas projeções.

Faça a cotagem dos elementos citados

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Tolerâncias
As tolerâncias geométricas devem ser indicadas no desenho sempre que
necessário para assegurar que a peça será fabricada de forma funcional.
O elemento de referência para indicação da tolerância pode ser um ponto, uma
linha ou uma superfície.

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Indicação de tolerância para elementos isolados Fonte: ABNT (1997, p. 3).

Tolerância de Circularidade de 0,01 em relação a “A” e tolerância de


Perpendicularidade de 0,01 em relação a “B”

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Referencias Bibliográficas.

REFERÊNCIAS ABNT NBR ISO 2768-2:2001. Tolerâncias gerais - Parte 2: Tolerâncias


geométricas para elementos sem indicação de tolerância individual.
ABNT NBR 6409:1997. Tolerâncias geométricas – Tolerâncias de forma, orientação,
posição e batimento – Generalidades, símbolos, definições e indicações em desenho.
Ferreira, J.; Silva, R. M. Leitura e Interpretação de Desenho Técnico Mecânico, Escola
SENAI-SP.
ABNT NBR ISO 4287:2002. Especificações geométricas do produto (GPS) - Rugosidade:
Método do perfil - Termos, definições e parâmetros da rugosidade.
ABNT NBR ISO 4288:2008. Especificações geométricas de produto (GPS) - Rugosidade:
Método do perfil - Regras e procedimentos para avaliação de rugosidade.
ABNT NBR 8404:1984. Indicação do estado de superfícies em desenhos técnicos -
Procedimento.

UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS


ESCOLA DE AGRONOMIA e ENG. de ALIMENTOS
SETOR DE ENGENHARIA RURAL, março de 2008

Armando Carlos de Pina Filho, 2010, Apostila de Sistemas Projetivos,


https://sites.google.com/a/poli.ufrj.br/armando-carlos-de-pina-filho/material-
didatico.
Ernani Sales Palma, 2004, Apostila de Metrologia, Programa de Pós-Graduação em
Engenharia Mecânica, PUC Minas, Belo Horizonte - MG.
Francesco Provenza, 1996, Projetista de Máquinas, PROTEC.
Francesco Provenza, 1997, Desenhista de Máquinas, PROTEC.
Frederick E. Giesecke, Comunicação Gráfica Moderna, Ed. Bookman.
Frederico A. M. do Vale, 2004, Apostila de Desenho de Máquinas,
http://pt.scribd.com/doc/56466105/Desenho-de-Maquinas-Frederico-do-Vale.
http://mundomecanico.com.br, acessado em maio de 2011.
SENAI / CST, 1996, Leitura e Interpretação de Desenho Técnico Mecânico,
Departamento Regional do Espírito Santo, Vitória - ES.
Telecurso, 2000, Apostila de Elementos de Máquinas,
http://www.aditivocad.com/apostilas.php?de=telecurso_2000_elementos_maquinas.
Thomas E. French, & Charles J. Vierck, 1999, Desenho Técnico e Tecnologia Gráfica, 6ª
Ed., Editora Globo.

Material Compilado em 26 de fevereiro de 2016, por Marcelo José Ribeiro Chaves,


através de pesquisa dos sites referendados.

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ANEXOS

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