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Instrutor: Eng.

Paulo Augusto Fernandes do Nascimento – CREA 040097801-6

ETAPAS DE UMA INVESTIGAÇÃO DE ACIDENTE


- Coletar os fatos, descrevendo o ocorrido detalhadamente;

- Analisar o acidente, identificando suas causas;

- Definir as medidas preventivas, e acompanhar sua execução.

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Na empresa Compact Metalúrgica SA, onde você é o técnico de segurança do trabalho, há uma caixa d'água com
12 metros de altura, que é utilizada no abastecimento do parque fabril e também no sistema de combate a incêndio
(NÃO PODE SER A MESMA - PCCI é Exclusivo).
A limpeza da caixa da água é feita anualmente por uma empresa terceirizada.
A administração Compact Metalúrgica SA, com a intenção de que a limpeza fosse feita quando os funcionários
não estivessem trabalhando, resolveu contratar a empresa para fazer a limpeza no dia 07 de setembro, feriado nacional,
antecipando a data já programada e sem avisar a você.
Mesmo sem comunicar a equipe de segurança do trabalho, que é responsável pela análise de riscos, verificação de
conformidades e liberação para o trabalho, a manutenção foi feita.
No início da tarde do dia 07 de setembro você recebe uma ligação do vigilante da empresa, relatando que houve
um acidente na caixa da água. Você, sem entender direito o que havia acontecido, foi até a empresa. Ao chegar lá, o
vigilante que lhe conta o que aconteceu e relata que o trabalhador que estava fazendo a limpeza da caixa d'água caiu
dentro dela. Com a queda, ele sofreu várias fraturas. Teve que ser resgatado pelo corpo de bombeiros e encaminhado
inconsciente ao hospital, vindo a óbito assim que chegou lá (NBR 14280 – dias PERDIdos/A DEBITAR).
Você foi analisar o local do acidente e observou que a escada utilizada pelo trabalhador possuía apenas 10
metros de altura e não havia nenhum meio de salvaguarda.
No dia seguinte, a administração da empresa lhe chamou para conversar sobre o ocorrido. Eles assumiram a
responsabilidade e querem que você faça uma análise do acidente e emita um RELATÓRIO elencando as CAUSAS e
SUGESTÕES (NR ???) para que este tipo de acidente não ocorra novamente. Além disso, eles querem que essa análise
seja feita por meio da utilização de uma ferramenta em que as causas e efeitos do acidente sejam apresentados de
forma gráfica.
Todas as informações devem ser apresentadas e entregues em um único arquivo de texto.
Esse documento deve contemplar no mínimo quatro causas e no mínimo uma solução para cada causa, justificando
com a norma correspondente.
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https://www.youtube.com/watch?v=BqXaoF-3xCA
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https://www.youtube.com/watch?v=mDKrHFNYTgE
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ÁRVORE DE CAUSAS – ADC

Dois princípios:

(1) O AT (acidente de trabalho) é um fenómeno multicausal, e

(2) Ocorre no interior de um sistema sociotécnico aberto, sendo um


sinal ou sintoma de disfuncionamento deste, envolvendo uma
investigação detalhada das causas relacionadas com a ocorrência
de cada acidente, identificadas retrospetivamente, a partir da lesão.

O método ADC é composto de QUATRO ETAPAS


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ÁRVORE DE CAUSAS – ADC


ETAPA 1: coleta e organização de dados.

A coleta de informações deve ser realizada no local do acidente, por


profissional conhecedor da maneira habitual de realizar a atividade e
adequadamente formado na aplicação do método ADC, colocando as
seguintes questões ao acidentado, colegas de trabalho e supervisores:

QUEM, ONDE, QUANDO, COMO, e PORQUÊ; de modo a obter todas as


informações possíveis sobre a ocorrência.
Deve-se elaborar esquemas e fotografar, de modo a reconstituir, o mais
fielmente possível, como o acidente ocorreu.

Na organização das informações, deve-se considerar se os fatos que constam


da descrição do acidente são habituais ou se trata de uma variação, segundo
o elemento da atividade:
o Indivíduo (I),
o Tarefa (T),
o Material (M)
o Meio de trabalho (MT)
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ÁRVORE DE CAUSAS

Os quatro componentes que formam a atividade são:


O INDIVÍDUO (I) designa a pessoa física e psicológica trabalhando em seu
meio profissional e trazendo consigo o efeito de fatores extraprofissionais.
No acidente trata-se da vítima facilmente identificável, podendo também ser
pessoas cujas atividades estejam em relação mais ou menos direta com a da
vítima (companheiro de equipe, contramestre, chefe de canteiro, etc).

No caso de indivíduo as variações mais comuns são:


Modificações psicológicas: preocupação, descontentamento, etc.
Modificações fisiológicas: fadiga, embriagues, sono, condição inabitual, etc.
Formação: sem treinamento, treinamento deficiente, pouca experiência, etc.
Ambiente moral: clima social no local de trabalho.
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ÁRVORE DE CAUSAS

A TAREFA (T) designa de maneira geral as ações do indivíduo que participa da


produção parcial ou total de um bem ou de um serviço, como por exemplo:
chegar ao ambiente de trabalho, utilizar um torno, preparar o trabalho, etc.

No caso de tarefa as variações mais comuns são:


Do modo operacional: tarefa não habitual, rara, imprevista, modificação em
tarefa habitual, precipitação ou ritmo de trabalho fora do normal, neutralização ou
perturbação da máquina ou produto, antecipação de uma manobra, interpretação
errônea na execução da tarefa, postura não prevista para efetuar uma operação,
etc.
Utilização da máquina ou ferramenta: emprego anormal de uma máquina,
utilização ou não de ferramenta ou acessório previsto, emprego de instrumento
adaptado, uso de ferramenta com avarias, etc.
Equipamento de proteção: equipamento com defeito, impróprio, inabitual, falta
de uso de EPI, etc.
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ÁRVORE DE CAUSAS

O MATERIAL (M) compreende todos os meios técnicos, a matéria-prima e os


produtos colocados à disposição do indivíduo para executar sua tarefa, como
por exemplo: um caminhão, um torno, uma peça a usinar, um produto a utilizar,
etc.

No caso de material as variações mais comuns são:

Matéria prima: modificação em sua características (peso, dimensão,


temperatura), mudança no ritmo de alimentação de material.

Máquinas e meio de produção: mal funcionamento, incidente técnico, pane,


modificação parcial ou total de uma máquina, nova instalação, falta de
manutenção, falta de dispositivo de proteção, etc.

Energia: variação, interrupção, variação brusca ou não controlada, etc.


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ÁRVORE DE CAUSAS

O MEIO DE TRABALHO (MT) designa o quadro de trabalho e o ambiente


físico e social no qual o indivíduo executa sua tarefa.

No caso de meio de trabalho as variações mais comuns são:

Ambiente físico de trabalho: iluminação, nível de ruído, temperatura, umidade,


aerodispersóides, etc.
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ÁRVORE DE CAUSAS – ADC

A coleta de dados deve ser efetuada imediatamente após a ocorrência


do acidente seguindo-se o critério:

1) O mais breve possível, logo após a ocorrência, quando as pessoas


envolvidas não se autocensuram e desabafam informações mais
concretas e sem pressão;
2) No próprio local onde aconteceu o acidente, pois as evidências
importantes ainda estão no mesmo lugar. Deve-se, porém evitar situações
constrangedoras;
3) Reunir pessoas importantes como testemunhas, como por exemplo
técnicos especializados conhecedores do assunto (máquinas, operações,
profissões, etc) que possam fornecer o máximo de dados elucidativos;
4) Registrar e preservar todas as informações possíveis para futuras
consultas.
Deve-se coletar somente os fatos concretos e objetivos, evitando-se
interpretações e julgamentos de valores ou conclusões precipitadas.
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ÁRVORE DE CAUSAS – ADC

ETAPA 2: construção da ADC

Seguida de sua leitura e interpretação.

Nesta etapa, configura-se o esquema completo, com desencadeamento lógico


e cronológico dos fatos registados na etapa anterior; sendo essencial
responder às seguintes questões:

O que foi necessário acontecer para produzir este fato?


Qual o antecedente lógico que implicou este fato?
Este antecedente é necessário à produção deste fato?
É este fato suficiente para explicar as lesões sofridas, ou houve necessidade
da presença de algum outro fato?
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ÁRVORE DE CAUSAS

REPRESENTAÇÃO GRÁFICA:

Fato permanente, rotineiro, habitual.

Fato anormal, irregular, ocasional, eventual,


não habitual.

Ligação verificada, que efetivamente


contribuiu para a ocorrência do fato
seguinte.

Ligação verificada que aumenta a


probabilidade da ocorrência.
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ÁRVORE DE CAUSAS - REPRESENTAÇÃO GRÁFICA:

Sentido a seguir:

ou

Funcionário escorregou Funcionário caiu

Sentido empregado na pesquisa para verificar o que


aconteceu.
Primeiro o funcionário caiu e depois de descobre o
fato anterior: escorregou

Sentido que representa a sequência dos fatos.


Primeiro o funcionário escorregou e depois caiu.
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ÁRVORE DE CAUSAS

Sempre para um FATO (Y) há um ANTECEDENTE (X).


Pergunta-se então:

Diante de um FATO (Y) que acontecimento (X) antecedeu a este?

Antecedente (X) Fato (Y)


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QUADRO DE REGISTRO DE VARIAÇÕES

FATOR DE ACIDENTE COMPONENTE

Fratura da mão direita Indivíduo

Cai sobre a mão direita Tarefa


Tropeça no degrau Tarefa

Degrau em local de circulação Meio de trabalho

Fato permanente, rotineiro, habitual.

Fato anormal, irregular, ocasional, eventual,


não habitual.
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ÁRVORE DE CAUSAS – ADC

Etapa 2: construção da ADC

As respostas a estas questões desencadeiam as seguintes relações de fatos:

1 - ENCADEAMENTO: quando o acontecimento (Y), decorre de apenas um só


antecedente (X) e não se produziria se o antecedente (X) não tivesse
ocorrido previamente;

Sequência: quando um acontecimento (Y) tem uma única causa direta (X)

X Y

Funcionário escorregou Funcionário caiu


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ÁRVORE DE CAUSAS – ADC

Etapa 2: construção da ADC

As respostas a estas questões desencadeiam as seguintes relações de fatos:

2 - DISJUNÇÃO: quando diversos acontecimentos (Y), que não têm relação


entre si, decorrem de um só antecedente (X), e

Disjunção: quando diversos acontecimentos (Y) decorrem de um só


antecedente (X)

Y Chão molhado

X
Chuva
Y Piso escorregadio
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ÁRVORE DE CAUSAS – CHOQUE ELÉTRICO

3 - CONJUNÇÃO: quando um acontecimento (Y) decorre de vários


antecedentes (X), independentes entre si.

Conjunção: quando um acontecimento (Y) decorre de vários


ANTECEDENTES (X).
Nesse caso não basta apenas perguntar qual fato antecedeu a este.
É preciso perguntar também se foi preciso acontecer mais alguma coisa.

Piso molhado X

Funcionário escorrega
Sola do calçado liso X
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ÁRVORE DE CAUSAS – ADC

Etapa 3: identificação de medidas preventivas

Etapa 4: seleção de medidas preventivas

Adotar, e acompanhar de sua implementação e resultado, constituem a


finalidade da aplicação das duas primeiras etapas.

São as medidas de prevenção identificadas, selecionadas e implementadas,


que evitarão a repetição do mesmo tipo de acidente, ou de outros
semelhantes, ou ainda, de acidentes cuja origem possa estar implicada com
fatores identificados na análise.
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ÁRVORE DE CAUSAS – CHOQUE ELÉTRICO

http://abracopel.org/
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https://www.youtube.com/watch?v=BqXaoF-3xCA
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https://www.youtube.com/watch?v=BqXaoF-3xCA
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https://www.youtube.com/watch?v=BqXaoF-3xCA
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ÁRVORE DE CAUSAS – QUEDA DE ANDAIME

A sequência prática de uma investigação e análise de acidentes envolvendo as


seguintes etapas:

 Leitura do Relatório Preliminar;


 Análise Crítica do Relatório Preliminar;
 Identificação das Premissas Técnicas e Legais;
 Cuidados no Processo de Investigação e Análise do Acidente;
 Construção da Dinâmica do Acidente;
 Busca de Evidências Objetivas;
 Montar a Tabela com as Disfunções;
 Apresentação da ADC;
 Discussão dos Pontos Polêmicos na Construção na ADC;
 Elaborar o Relatório Final;
 Montar o Plano de Ação;
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ÁRVORE DE CAUSAS – Caso 1 – Trabalho em Altura


 Leitura do Relatório Preliminar

Um trabalhador se deslocava sobre um andaime sem guarda-corpo, acima de


2 metros e sem cinto de segurança, escorregou e caiu sofrendo lesão.
 Análise Crítica e Comentários do Relatório Preliminar

o Colocar Foto do Andaime.

o Ausência de informações disponíveis no relatório mais detalhadas.

o Não é possível saber, se o trabalhador não usou o cinto porque não quis ou
se o mesmo não se encontrava disponível ou previsto para a tarefa.

o Outra informação não disponível envolve a montagem do andaime. Não


sabemos, a princípio, se o andaime foi montado sem guarda-corpo ou se
este foi retirado por outra pessoa.

o Não existe referência sobre a existência de permissão para trabalho ou das


razões que levaram o trabalhador a escorregar no andaime. Teria sido
presença de óleo, tábua solta ou escorregão no cadarço do sapato?
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ÁRVORE DE CAUSAS – QUEDA DE ANDAIME


ANTES de montar a ADC é importante ORGANIZAR os dados.

Disfunções Identificadas na Análise e Investigação do Acidente – Caso 1

Fato permanente, rotineiro, habitual.

Fato anormal, irregular, ocasional, eventual, não habitual.


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ÁRVORE DE CAUSAS – QUEDA DE ANDAIME

Construção da Dinâmica do Acidente


• Considerando apenas as informações presentes no relatório preliminar,
vamos partir para a tentativa de montar a dinâmica do acidente:

• Podemos observar que apenas o fato de escorregar não foi condição


suficiente e necessária para justificar a queda do andaime.

• Existiram outras situações ocorrendo ao mesmo tempo para que ele


caísse.

• Com relação às informações iniciais, foi considerado que ele caiu porque
não existia guarda-corpo e não estava usando o cinto de segurança
obrigatório para trabalhos acima de 2 m.
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ÁRVORE DE CAUSAS – QUEDA DE ANDAIME

Construção da Dinâmica do Acidente


• Não se sabe com precisão se somente aquele andaime foi montado sem
guarda-corpo ou se todos os andaimes para trabalho com aquelas
características não possuíam o sistema de proteção.

• Por isso, optou-se por representar esta disfunção como fator habitual e
permanente (quadrado), mas que PODERÁ MUDAR no decorrer do
processo de investigação e análise do acidente.
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ÁRVORE DE CAUSAS – QUEDA DE ANDAIME

• Também não possuímos informações concretas se o operador não usou o


cinto de segurança porque não quis ou porque o mesmo não estava
disponível e/ou previsto para tarefa.

• Neste primeiro momento, foi considerado que o cinto não estava


disponível.

• Desta forma, a disfunção será tratada como um FATOR HABITUAL e


permanente (QUADRADO) relacionado à tarefa (T1) que poderá, também
ser alterada, em função de uma avaliação mais rigorosa.

• Partindo destas premissas iniciais e das informações disponíveis podemos


VISUALIZAR a seguinte construção de uma ADC preliminar que ainda
carece de busca de EVIDÊNCIAS OBJETIVAS e CONSTATAÇÕES mais
precisas com relação à rotina do uso do EPI e emissão da PT.
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ÁRVORE DE CAUSAS – QUEDA DE ANDAIME

Apresentação da ADC

A dinâmica final do acidente envolvendo trabalho em altura está


representada no diagrama da ADC abaixo:
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Discussão dos Pontos Polêmicos na Construção da ADC

• Podemos verificar que o pontilhado relacionando a “ausência do supervisor”


está ligado ao fato de que a presença do mesmo não garante que o
trabalhador iria usar o cinto; esta CONDIÇÃO depende do nível de
conscientização;

• Da mesma forma, alguns especialistas entendem que o fato de existir um


procedimento de emissão de PT também não garante que todos os requisitos
mínimos de segurança serão obedecidos;

• Para definir sobre esta questão, a comissão deve investigar se o mecanismo


de emissão de PT está funcionando a contento. Uma boa idéia é verificar a
existência de não conformidades para esse item durante as auditorias internas
e/ou externas;

• Outro ponto polêmico no exercício seria a utilização de “ausência de


guarda-corpo” como um fator de variação (círculo) e não um fator
habitual e permanente (quadrado). Esta é uma questão típica sobre a
necessidade de se verificar como os procedimentos estão sendo aplicados
de uma forma geral;
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Elaboração do Relatório Final

O trabalhador se deslocava sobre um andaime montado sem guarda-corpo


quando escorregou em uma mancha de óleo, vindo cair de uma altura de
aproximadamente de 2,5 m, sofrendo lesão no braço esquerdo.
A altura foi medida com uma trena para verificar a obrigatoriedade de se utilizar
cinto de segurança.

Após entrevista com o acidentado e testemunhas foi constatado que o mesmo


não estava utilizando o cinto de segurança que havia sido disponibilizado,
pois com a ausência do supervisor teve que subir no andaime com todas as
ferramentas, vindo a esquecer o cinto no chão.
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Elaboração do Relatório Final

Foi verificado nos estudos de Identificação de Aspectos e Impactos que os riscos


da atividade tinham sido previstos, existindo medidas de controle. O
procedimento obrigava o uso de PT para trabalhos em altura, mas, neste caso
específico, seu preenchimento foi julgado desnecessário, pois o supervisor
estava ausente por doença e o trabalho foi considerado de rotina.

A PT exigia a montagem do guarda-corpo, mas verificou-se que, neste caso


específico, o procedimento não foi seguido.
Foi verificado nesta empresa que apesar da existência do procedimento de PT,
os andaimes para este tipo de trabalho eram normalmente montados sem
guarda-corpo, caracterizando um DESVIO SISTÊMICO (variação habitual e
permanente).
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MONTAR O PLANO DE AÇÃO

Lembre-se que o objetivo principal da ADC é tomar proveito da ocorrência do


acidente para identificar os desvios e melhorar o sistema de gestão por meio de
um plano de ação.
Para este caso é possível estabelecer algumas ações para a melhoria:

• Revisar o procedimento de permissão para trabalho (PT);


• Revisar o estudo de identificação de aspectos e impactos (IAI);
• Reciclar o treinamento para emissão de permissão para trabalho;
• Reciclar o treinamento de EPI para trabalho em altura, usando como
referência o estudo de Identificação de Aspectos e Impactos;
• Implementar programa de limpeza e organização no local de trabalho;
• Revisar programa de inspeção e montagem de andaimes;
• Realizar treinamento de cultura para sedimentar a conscientização dos
supervisores sobre responsabilidades e requisitos de SMSQ;
• Mudar a rotina de trabalho, criando alternativa para quando o supervisor
estiver ausente;
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Cronograma das Atividades

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