O relatório descreve um acidente de trabalho fatal ocorrido durante a limpeza da caixa d'água da empresa Compact Metalúrgica. O trabalhador caiu da escada durante a limpeza e faleceu. O relatório analisa as possíveis causas do acidente, como falta de treinamento, equipamentos inadequados e ausência de supervisão, e propõe medidas corretivas como inspeção dos equipamentos, treinamento dos trabalhadores, planejamento das atividades e documentação dos procedimentos.
O relatório descreve um acidente de trabalho fatal ocorrido durante a limpeza da caixa d'água da empresa Compact Metalúrgica. O trabalhador caiu da escada durante a limpeza e faleceu. O relatório analisa as possíveis causas do acidente, como falta de treinamento, equipamentos inadequados e ausência de supervisão, e propõe medidas corretivas como inspeção dos equipamentos, treinamento dos trabalhadores, planejamento das atividades e documentação dos procedimentos.
O relatório descreve um acidente de trabalho fatal ocorrido durante a limpeza da caixa d'água da empresa Compact Metalúrgica. O trabalhador caiu da escada durante a limpeza e faleceu. O relatório analisa as possíveis causas do acidente, como falta de treinamento, equipamentos inadequados e ausência de supervisão, e propõe medidas corretivas como inspeção dos equipamentos, treinamento dos trabalhadores, planejamento das atividades e documentação dos procedimentos.
SERVIÇO NACIONAL DE APRENDIZAGEM INDUSTRIAL – SENAI
UNIDADE CHAPECÓ
Ester Aline Puschmann
Relatório Técnico
CHAPECÓ - SC 01/12/20
Ester Aline Puschmann
Análise do acidente de trabalho ocorrido na Empresa Compact Metalúrgica durante a limpeza da caixa d’água.
Trabalho apresentado à Unidade
Curricular de Rotinas de Saúde e Segurança do Trabalho como requisito parcial para conclusão da disciplina. Professora: Luciana Padilha dos Santos A nossa empresa Compact Metalúrgica SA, possui uma caixa d’água com 12 metros de altura, que é utilizada no abastecimento no parque fabril e também no sistema de combate a incêndio. A limpeza da caixa d’água é feita anualmente por um a empresa terceirizada. A administração da empresa, com a intenção que a limpeza fosse feita quando os funcionários não estivessem trabalhando, resolveu contratar a empresa para fazer a limpeza no dia 07 de setembro, feriado nacional, antecipando a data que estava planejado por mim para realizar a limpeza. Mesmo sem comunicar a nossa equipe de segurança do trabalho, que é responsável pela análise de riscos, verificação de conformidades e liberação para o trabalho, a manutenção foi feita. Fui avisada do acidente na tarde do feriado, e ao chegar na empresa fiquei sabendo que um trabalhador estava fazendo a limpeza da caixa d’água e caiu dentro dela, com a queda sofreu várias fraturas, vindo a óbito assim que chegou no hospital. O espaço de uma caixa d’água é considerado um espaço confinado, conforme a NR 33 espaço confinado é qualquer área ou ambiente não projetado para a ocupação humana contínua, que possua meios limitados de entrada e saída, cuja ventilação existente é insuficiente para remover contaminantes ou onde possa existir a deficiência ou enriquecimento de oxigênio, e também seus trabalhos são realizados em altura acima de dois metros com risco de queda conforme a NR 35. Para os trabalhadores poderem executar o trabalho de higienização de caixas d’água, devem ser treinados, segundo a NR 33: item 33.3.5.3 receber capacitação periódica a cada 12 meses, com carga mínima de 8 horas, item 33.3.5.4 a capacitação inicial dos trabalhadores autorizados e vigias deve ter carga horária mínima de dezesseis horas, ser realizada dentro do horário de trabalho, com conteúdo programático de: a) definições; b) reconhecimento, avaliação e controle de riscos; c) funcionamento de equipamentos utilizados; d) procedimentos e utilização da Permissão de Entrada e Trabalho; e e) noções de resgate e primeiros socorros, e NR 35 item 35.3.2 treinamento teórico e prático, com carga mínima de 8 horas, cujo conteúdo programático deve, no mínimo, incluir: a) normas e regulamentos aplicáveis ao trabalho em altura; b) análise de Risco e condições impeditivas; c) riscos potenciais inerentes ao trabalho em altura e medidas de prevenção e controle; d) sistemas, equipamentos e procedimentos de proteção coletiva; e) equipamentos de Proteção Individual para trabalho em altura: seleção, inspeção, conservação e limitação de uso; f) acidentes típicos em trabalhos em altura; g) condutas em situações de emergência, incluindo noções de técnicas de resgate e de primeiros socorros. No local onde aconteceu o acidente, visualizei uma escada medindo apenas 10 metros de comprimento, que no caso, é muito curta para essa atividade, pois a caixa possuía 12 metros de altura, podendo ser esse o motivo da queda do trabalhador. Usando o diagrama de Ishikawa levantei as possíveis causas deste acidente, para que possamos evitar que venha acontecer novamente este tipo de acidente, levantando as possíveis causas e as medidas corretivas para elas. São eles: Medida: Condições do local de trabalho, falta de Inspeção; Mão de Obra: Falta de treinamentos específicos nas NR 33 e 35 conforme citado anteriormente; falta de atenção; Material: Falta de inspeção dos equipamentos/Equipamento com defeito; não utilização dos EPI para atividades em altura; escada muito curta ou danificada; equipamento de baixa qualidade; falta de sinalização da área. Máquinas: Deterioração dos equipamentos. Método: Falta de documentação do procedimento/Falta de avaliação, identificação e antecipação/Falta de Planejamento; sem supervisão do Técnico de Segurança do Trabalho; Jornada de Trabalho excessiva/Ritmos acelerados/fadiga. Meio Ambiente: Espaço Confinado; trabalho em altura, sem ventilação, sem iluminação, umidade, temperatura. Para esses possíveis erros durante essa atividade, proponho medidas corretivas a serem implantadas imediatamente na Compact Metalúrgica e inseridas no Programa de Gerenciamento de Riscos da Empresa (PGR): Jamais iniciar qualquer tipo de trabalho sem uma análise de riscos, planejamento, autorização ou liberação expedida pelo Técnico de Segurança responsável da empresa ou sem a sua supervisão, creio que se o técnico estivesse presente no dia e local da atividade, provavelmente aplicando seus conhecimentos quanto aos riscos da atividade, nós não teríamos este óbito ocorrido. Fazer uma verificação com a empresa contratada terceirizada, para obter o conhecimento se estes colaboradores foram instruídos e treinados conforme as normas vigentes para a execução de tal trabalho, caso não obterem os treinamentos específicos, embargar o serviço imediatamente e contratar outra empresa habilitada. Inspecionar os EPI usados em altura, comprovar realmente se estão em excelente estado, podendo fazer o trabalho em altura com segurança, verificar a escada a ser utilizada, se está na altura adequada e não apresenta deterioração/desgastes; e sinalizar a área indicando que não seja ligada o motor que reabastece a caixa, e que ali naquele local existe homens trabalhando, usando placas/fita zebrada. Documentar a atividade, todas as etapas, desde a avaliação, reconhecimento de riscos, antecipação, registrar por escrito toda atividade é muito importante. Conversar com os funcionários de como vai o trabalho, se estão passando dos horários, trabalhando demais, a fadiga pode ser o responsável pelo acidente, pois a cobrança por resultados, altas demandas de trabalho, que no caso deve ser pensado, pois o acidente ocorreu em um feriado, que por sinal a empresa estava com a agenda cheia e para vencer a demanda aceitou trabalhar no feriado, que pode ter sobrecarregado o trabalhador e o deixou incapaz/desatento de realizar a atividade com segurança. Caso notar um funcionário visivelmente cansado e incapaz de trabalhar com a devida atenção, suspender o trabalho e transferir para outra data. Acidentes acontecem a todo tempo, mas cabe a todos nós da empresa, fazer tudo para evita-los. A falta de conhecimento do técnico de segurança sobre a antecipação da limpeza da caixa d’água, foi totalmente uma irresponsabilidade da administração da empresa, sabendo da existência e da importância desse profissional na empresa, deveriam tê-lo avisado sobre a nova data a ser realizada a limpeza e assim ele estaria presente e verificado todos os procedimentos e equipamentos de segurança a serem utilizados na atividade, quem sabe evitando essa fatalidade que foi o que aconteceu com esse colaborador. Agora, nos resta aguardar o atestado de óbito do trabalhador, dizendo qual foi realmente a causa da morte, e também o laudo de inspeção e investigação do acidente feito pelo engenheiro de segurança do trabalho auxiliado por mim. Até lá, vamos aplicando as medidas corretivas citadas, para uma melhor segurança dos colaboradores da nossa empresa e de empresas terceirizadas que venham prestar serviço aqui na Compact Metalúrgica.