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Boa Vista-RR
2023
SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO_______________________________________3
2. DESENVOLVIMENTO________________________________4
3. CONCLUSÃO_______________________________________11
4. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS___________________12
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1. INTRODUÇÃO
A família TTL, por sua vez, é uma das mais conhecidas e amplamente utilizadas
em sistemas digitais, apresentando alta velocidade de transmissão de dados, baixa
potência consumida e facilidade de implementação. Já a família ECL é
caracterizada por sua alta velocidade de transmissão de dados e baixo consumo de
energia, mas com maior complexidade em sua construção. A família MOS, por
sua vez, é conhecida por sua facilidade de integração com outros circuitos
eletrônicos e baixo consumo de energia.
A família CMOS, que utiliza tanto diodos quanto transistores em sua construção, é
uma das mais recentes e promissoras na área de sistemas digitais, apresentando
baixo consumo de energia e alta imunidade a ruídos elétricos e interferências
externas. Diante de tantas opções de famílias lógicas, é fundamental compreender
suas características elétricas, como correntes de entrada, para garantir o correto
funcionamento dos sistemas digitais e escolher a melhor opção para uma
determinada aplicação. Além disso, é importante acompanhar as tendências e
aplicações das famílias lógicas para estar sempre atualizado e em consonância
com as demandas do mercado.
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2. DESENVOLVIMENTO
2.1 Correntes de entrada e Famílias a diodo e transistor
As correntes de entrada são um parâmetro elétrico importante na análise das famílias lógicas a
diodo e transistor. Segundo Wakerly (2017, p. 249), as correntes de entrada são responsáveis
por garantir que o sinal de entrada seja corretamente interpretado pelos circuitos eletrônicos.
Essa corrente pode variar entre as diferentes famílias lógicas, sendo determinada pela
tecnologia de fabricação utilizada e pelo tipo de circuito integrado.
As famílias lógicas a diodo e transistor, como DTL, DCTL, RCTL e HTL, são exemplos de
tecnologias mais antigas utilizadas em sistemas digitais. De acordo com Ashenden (2018, p.
79), essas famílias se baseiam na utilização de diodos e transistores para realizar operações
lógicas, tais como inversão, portas lógicas e circuitos combinacionais. No entanto, essas
famílias apresentam limitações em termos de velocidade de transmissão de dados e consumo
de energia.
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2.2 Família DTL, DCTL, RCTL e HTL
A família DTL (Diode-Transistor Logic) é uma tecnologia de circuitos lógicos que foi
amplamente utilizada na década de 1960 (BOYLESTAD; NASHELSKY, 2004). Essa
tecnologia consiste em diodos e transistores, sendo que os diodos são responsáveis por
realizar a função de lógica, enquanto os transistores são utilizados para amplificar o sinal. A
principal vantagem da família DTL é a sua simplicidade, além de ser relativamente barata e
fácil de implementar. No entanto, essa tecnologia possui limitações em relação à velocidade
de operação e à dissipação de energia.
A família DCTL (Diode-Clamped Transistor Logic) é uma evolução da tecnologia DTL, que
foi introduzida na década de 1970 (BOYLESTAD; NASHELSKY, 2004). Essa tecnologia
utiliza diodos zener para realizar a função de clamping, permitindo que os transistores operem
em modo saturado ou corte. A principal vantagem da família DCTL é a sua capacidade de
operar em alta velocidade, além de possuir baixa dissipação de energia. No entanto, essa
tecnologia possui limitações em relação à imunidade a ruídos.
A família RCTL (Resistor-Clamped Transistor Logic) é uma tecnologia que foi introduzida na
década de 1980 (BOYLESTAD; NASHELSKY, 2004). Essa tecnologia utiliza resistores para
realizar a função de clamping, permitindo que os transistores operem em modo saturado ou
corte. A principal vantagem da família RCTL é a sua imunidade a ruídos, além de possuir
baixa dissipação de energia. No entanto, essa tecnologia possui limitações em relação à
velocidade de operação.
A família HTL (High Threshold Logic) é uma tecnologia que foi introduzida na década de
1990 (BOYLESTAD; NASHELSKY, 2004). Essa tecnologia utiliza um nível de tensão de
entrada mais elevado do que as demais famílias, o que permite uma maior imunidade a ruídos.
Além disso, a família HTL possui baixa dissipação de energia e é capaz de operar em alta
velocidade. No entanto, essa tecnologia é relativamente complexa e possui custo mais elevado
em comparação às demais famílias.
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2.3 Família TTL
A família TTL (Transistor-Transistor Logic) utiliza transistores bipolares como seu principal
componente, sua tensão de alimentação se restringe a 5V contínuos, com uma faixa de tensão
correspondente aos níveis lógicos 0 e 1. Os transistores bipolares utilizados nessa família
possuem vários emissores, chamados de Multiemissores. Seu uso se destaca em duas séries
comerciais: A militar e a de uso padrão. O uso padrão começa com o número 74xxx, onde o x
pode ser uma soma de letras e números, seu trabalho se dá em uma faixa de temperatura
estreita, de 0°C até 70°C. Já a série militar se inicia com o número 54xxx, seu destaque é o
trabalho em amplas faixas de temperatura, podendo ir de -55ºC a 125ºC. A família TTL se
encontra com algumas características especiais em suas entradas e saídas, pode se destacar:
open-collector, tri-state, schimitt-trigger.
Na característica open-collector, os circuitos TTL não possuem o resistor de coletor, com isso,
se faz necessário o uso de um resistor externo, ou seja, a limitação da corrente se dá ao lado
de fora do circuito.
Na característica Tri-State os componentes operam em três estados: nível baixo, alto e alta
impedância. Pode-se destacar a alta impedância, quando o circuito não fornece e nem absorve
corrente e sua saída fica desconectada, permitindo que se ligue vários dispositivos em uma
única linha de dados.
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2.4 Família ECL e MOS
A família ECL (Lógica de Emissores acoplados) faz com que os transistores não trabalhem na
região de saturação, resultando um tempo menor de resposta, ou seja, o acoplamento é direto
entre os emissores dos transistores. A família ECL possui dois blocos lógicos principais: a
porta OU (saída Z1) e a porta NOU (Z2). A porta OU executa a soma (disjunção) booleana de
duas ou mais variáveis binárias. Já a porta NOU será o inverso da função OU, ou seja, sua
saída será 0 se uma ou mais entradas forem 1. Destaca-se que a potência dissipada pelos
blocos e da ordem de 50 a 70 mW por bloco.
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2.5 Família CMOS
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2.6 Tendências e Aplicações
DTL: A família lógica DTL é uma das mais antigas e consiste em diodos e transistores. Ela é
utilizada em aplicações de baixa complexidade e baixa velocidade, como em equipamentos de
áudio e sistemas de alarme.
DCTL: A DCTL é uma variação da DTL que utiliza diodos adicionais para clamping
(limitação) do sinal de entrada. Ela é utilizada em aplicações de baixa velocidade e baixa
complexidade, como em sistemas de automação residencial e equipamentos de controle de
acesso.
RCTL: A RCTL é uma variação da DCTL que utiliza resistores adicionais para clamping do
sinal de entrada. Ela é utilizada em aplicações de baixa velocidade e baixa complexidade,
como em equipamentos de controle de temperatura e sistemas de iluminação.
HTL: A família lógica HTL utiliza transistores de alto limiar de tensão para realizar a lógica
digital. Ela é utilizada em aplicações de alta tensão e alta corrente, como em sistemas de
acionamento de motores elétricos e equipamentos de alta potência.
TTL: A família lógica TTL utiliza transistores bipolares para realizar a lógica digital. Ela é
utilizada em aplicações de alta velocidade e baixa potência, como em processadores de
computadores, sistemas de controle e equipamentos de telecomunicações.
ECL: A família lógica ECL utiliza transistores de junção emissor-base para realizar a lógica
digital. Ela é utilizada em aplicações de alta velocidade e alta frequência, como em sistemas
de comunicação de dados, aplicações aeroespaciais e militares.
MOS: A família lógica MOS utiliza transistores MOSFET para realizar a lógica digital. Ela é
utilizada em aplicações de baixa potência e alta integração, como em sistemas embarcados,
dispositivos portáteis e equipamentos de automação residencial.
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CMOS: A família lógica CMOS utiliza transistores MOSFET complementares para realizar a
lógica digital. Ela é utilizada em aplicações de baixa potência e alta integração, como em
sistemas embarcados, dispositivos portáteis e equipamentos de automação residencial.
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3. CONCLUSÃO
Cada família lógica apresenta características elétricas distintas que determinam suas
aplicações e desempenho em diferentes situações. A escolha da família lógica mais adequada
para uma determinada aplicação depende de vários fatores, como velocidade, consumo de
energia, imunidade a ruídos elétricos e temperatura de operação. É importante conhecer as
tendências e aplicações das famílias lógicas para escolher a opção mais adequada para o
projeto em questão. Além disso, é importante ressaltar que as famílias lógicas têm evoluído ao
longo do tempo para atender às demandas do mercado.
As tendências atuais envolvem a busca por soluções de baixo consumo de energia, alta
velocidade e alta integração, com menor tamanho e menor custo. Por isso, as famílias lógicas
MOS e CMOS têm ganhado destaque nos últimos anos, devido às suas características de
baixo consumo de energia e alta integração.
Em suma, as famílias lógicas têm evoluído para atender às demandas do mercado, com
soluções cada vez mais avançadas em termos de velocidade, consumo de energia e
confiabilidade. É fundamental conhecer as características elétricas de cada uma delas para
escolher a opção mais adequada para cada projeto, levando em consideração as tendências e
aplicações atuais.
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4. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
1. ASHENDEN, P. J. Digital Logic Families. In: The Designer's Guide to VHDL. 4. ed.
Boston: Morgan Kaufmann, 2018. p. 77-95.
2. KANG, S. M.; LEBLEBICI, Y. CMOS Digital Integrated Circuits: Analysis and Design.
3. ed. New York: McGraw Hill, 2003.
3. WAKERLY, J. F. Digital Design: Principles and Practices. 5. ed. New York: Pearson
Education, 2017.
4. MANO, M. M.; KIME, C. R. Logic and Computer Design Fundamentals. 4. ed. Upper
Saddle River: Pearson Education, 2010.
5. BOYLESTAD, R. L.; NASHELSKY, L. Dispositivos Eletrônicos e Teoria de Circuitos.
10. ed. São Paulo: Pearson, 2004.
6. NEAMEN, D. A. Semiconductor Physics and Devices: Basic Principles. 4th ed. Boston:
McGraw-Hill Higher Education, 2012.
7. SEDRA, A. S.; SMITH, K. C. Microeletrônica. 7. ed. São Paulo: Pearson Prentice Hall,
2011.
8. MALVINO, A. P.; BATES, D. J. Eletrônica. Vol. 1. 7. ed. Porto Alegre: Bookman, 2007.
9. RASHID, M. H. Eletrônica de Potência: Circuitos, Dispositivos e Aplicações. 3. ed. São
Paulo: Prentice Hall, 2006.
10. TEXAS INSTRUMENTS. Transistor-Transistor Logic (TTL). Disponível em:
https://www.ti.com/logic-circuit/ttl/overview.html. Acesso em: 05 maio 2023.
11. MANUAL DO ENG. TTL - Transistor-Transistor Logic. Disponível em:
http://www.vitae.net.br/manualengttl.pdf. Acesso em: 05 maio 2023.
12. MORAIS, A. V. F. Eletrônica digital: Circuitos Lógicos. São Paulo: Érica, 2012.
13. WENDLING, Marcelo. Famílias Logicas: características gerais. UNESP, 2010.
Disponível em: https://www.feg.unesp.br/Home/PaginasPessoais/ProfMarceloWendling/
6---familias-logicas-i---ii.pdf. Acesso em: 05 maio 2023.
14. SCHNEIDER JR, Bertoldo. Famílias e tecnologias digitais. UFPR, 2001.
Disponível em: http://paginapessoal.utfpr.edu.br/fabioks/disciplinas/tecnico-integrado/
el04e-eln-digital-1/el04e-eletronica-digital-1-tecnico-integrado/aulas/Familias-
Digitais_Bertoldo_Fabio_Schneider.pdf. Acesso em: 05 maio 2023.
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