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FAMÍLIAS LÓGICAS
Ernesto Nadal Neto
RA 1874640
RESUMO
Nesta pesquisa serão discutidos o objetivo e as formas de garantir compatibilidade entre
as famílias TTL e CMOS.
Palavras-chave
CIs, famílias lógicas, compatibilidade;
1. INTRODUÇÃO
Devido a abrangente utilização de CIs, torna-se de suma importância conhecer as
propriedades das famílias lógicas dos CIs mais utilizados. Cada uma dessas famílias possui
diferentes características elétricas e de compatibilidade que devem ser levadas em consideração
ao projetar um sistema digital.
2. FAMÍLIAS LÓGICAS
As funções lógicas estudadas até o momento são implementadas com elementos discretos ou
circuitos integrados. Os CIs acabam tendo maiores vantagens devido ao seu menor tamanho,
menor consumo de potência, menor custo, maior velocidade e maior confiabilidade se utilizado
de maneira cautelosa.
Devido a tamanha diversidade em meio aos CIs, a tecnologia de construção envolvida e
quando foram criados, se viu necessário agrupa-los em famílias. Dentre elas temos:
As famílias RTL, RCTL e DTL hoje se encontram em desuso por serem antigas. A ECL é a
família mais rápida, isso se deve pela operação de todos os transistores fora da saturação. Apesar
disso ela é muito cara e seu uso é restrito.
2.1. FAMÍLIA TTL
A família TTL é uma das mais importantes, devido sua compatibilidade com circuitos de
computadores. Além disso é reconhecida por ter duas séries que se iniciam pelos números 54 e
74, que são utilizadas em componentes de uso militar e de uso comercial, respectivamente.
A tensão de alimentação se restringe a 5V contínuos, mas, uma faixa de tensão corresponde
aos níveis lógicos 0 e 1.
É possivel ver na imagem acima que entre 2V e 3V temos nivel logico alto, entre 0V e
0,8V nivel logico baixo, e que entre 0,8V e 2V o TTL não reconhece os níveis 0 e 1, então não é
recomendado utilizar valores neste intervalo a fim de evitar problemas em em projetos de circuito
digitais.
As funções mais básicas utilizam portas disponíveis em circuitos integrados com poucos
pinos, mas a medida em que a tecnologia avança são desenvolvidos CIs que permitem a
associação de um elevado numero de componentes. Assim com flip-flops, decodificares , entre
outros componentes já interligados é possivel obter uma aplicação mais específica.
Várias etapas no aumento da integração foram obtidas recebendo nomes que hoje são
comuns quando falamos de equipamentos digitais e computadores em geral como:
• SSI - Small Scale Integration ou Integração em Pequena Escala que corresponde a série
normal dos primeiros TTL que contém de 1 a 12 portas lógicas num mesmo componente
ou circuito integrado.
• MSI - Medium Scale Integration ou Integração de Média Escala em que temos num único
circuito integrado de 13 a 99 portas ou funções lógicas.
• LSI - Large Scale Integration ou Integração em Grande Escala e que corresponde a
circuitos integrados contendo de 100 a 999 portas ou funções lógicas.
• VLSI - Very large Scale Integration ou Integração em Escala Muito grande que
corresponde aos circuitos integrados que contenham mais de 1000 portas ou funções
lógicas.
• ULSI - Ultra Large Scale Integration que reune centenas ou milhares de funções lógicas
interligadas.
• TTL Schottky, série 74S: A série 7400 opera usando comutação saturada onde muitos de
seus transistores, quando estão em condução, estarão saturados. Essa operação gera atraso
de tempo de armazenamento. Quando os transistores comutam do estado de condução
para o estado de corte, e isso limita a velocidade de chaveamento do circuito.
• TTL Schottky de baixa potência, série 74LS (LS-TTL): É uma versão de menor potência
e menor velocidade que a série 74S. Ela usa o transistor Schottky, mas com resistores de
maior valor que a série 74S. Os resistores de maior valor reduzem a potência requerida
pelo circuito e provocam aumento nos tempos de chaveamento.
• TTL Schottky avançada, série 74AS (AS-TTL): A série 74AS fornece uma melhora na
velocidade em relação à série 74S, com requisitos de potência bem menores.
• TTL Schottky avançada de baixa potência, série 74ALS: Essa série oferece uma melhoria
sobre a 74LS tanto na velocidade quanto na dissipação de potência.
• TTL fast—74F: Essa série utiliza uma técnica para fabricação de circuitos integrados
que reduz as capacitâncias entre os dispositivos internos para alcançar atrasos de
propagação reduzidos.
Nesta família são utilizados FETs de canal-N e canal-P no mesmo circuito a fim de tirar
o máximo de proveito de ambas as famílias lógicas. Além de apresentar as mesmas funções
disponíveis na família TTL, também possui várias não disponíveis na TTL.
Esta família em específico, no geral é mais rápida e consome menos potência do que o
restante das famílias MOS. Apesar disso, é de grande complexidade a fabricação de CIs CMOS,
mas ainda assim é mais simples que a TTL neste quesito.
Assim como a família TTL, a CMOS possui uma faixa de tensão de nível logico, mas
estes valores dependem da tensão de alimentação e da temperatura do ambiente.
Apesar de possuir uma numeração padronizada, a CMOS possui grandes variações na
capacidade de saída e velocidade de operação dependendo do fabricante. A tabela abaixo compara
as características específicas das principais séries de CIs da família CMOS e TTL que serão
abordados logo mais.
2.2.1 SÉRIES CMOS
• Série 4000/4001: foi produzida pela RCA e é a mais antiga série CMOS. Os componentes
desta série têm consumo baixo e podem operar em uma faixa de 3 a 15 Volts.
• 74HC/74HCT: sua operação de velocidade aumentou em dez vezes comparado aos
componentes 74LS e comporta correntes muito mais altas que a das primeiras séries 7400.
• 74AHC/AHCT: são três vezes mais rápidos e são substitutos diretos de componentes da
série HC. Além disso oferecem imunidade ao ruído.
• 74AC/74ACT: série funcionalmente equivalente a diversas séries TTL, porém não
compatível pino a pino coma a mesma.
A tensão de entrada e de saída são diferentes para cada serie CMOS. A tabela abaixo
ilustra os valores de tensão das séries CMOS e TTL, considerando uma tensão de alimentação
igual a 5V.
Mas ainda assim existe um problema de tensão da saída TTL a entrada CMOS, nesses
casos elevamos a tensão de saída TTL a um nível aceitável para CMOS. Então a solução seria
conectar a saída TTL a 5V e um resistor de pull-up, o qual faz com que a saída TTL aumente 5V
no estado alto, provendo uma tensão adequada para o CMOS. Caso o dispositivo CMOS não seja
um 54HCT ou um 74ACT, os quais já são projetados para receber saídas TTL, não é necessário
o uso do pull-up.
4. REFERÊNCIAS
• http://www.di.ufpb.br/jose/familias.pdf
• Tocci e Widmer. Sistemas Digitais. Princípios e Aplicações;
• http://endigital.orgfree.com/cix/cmosb.htm
• http://blog.novaeletronica.com.br/circuito-cmos-eletronica-digital/
• http://www.newtoncbraga.com.br/index.php/eletronica-digital/16307-curso-de-
eletronica-eletronica-digital-a-familia-de-circuitos-integrados-cmos-cur5004
• https://carlosricardobarbosa.files.wordpress.com/2009/09/familias-logicas.pdf
• http://www.newtoncbraga.com.br/index.php/robotica/3790