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27/09/23, 20:20 Circuitos de chaveamento

Circuitos de
chaveamento
Prof. Raphael de Souza dos Santos

Descrição

O conceito de transistores, seus diferentes tipos e a utilização dos


transistores como chaves aplicáveis a circuitos elétricos. O
desenvolvimento dos circuitos integrados, das portas lógicas e dos
acopladores ópticos, fundamentais para a integração entre sistemas
digitais e elétricos.

Propósito

É fundamental aos estudantes de Engenharia a discussão sobre a


utilização de elementos do tipo transistor e circuitos integrados no
chaveamento de circuitos, os diferentes tipos de transistores, algumas
topologias e configurações. O desenvolvimento dos circuitos digitais e o
aparecimento da lógica transistor a transistor (TTL) também serão
apresentados, além dos acopladores ópticos e sua utilização no
acionamento de circuitos elétricos.

Objetivos

Módulo 1

Circuitos transistorizados em chaveamento


elétrico
Descrever a aplicação de circuitos transistorizados no chaveamento
de circuitos elétricos.

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Módulo 2

Circuitos integrados no chaveamento de


circuitos elétricos
Descrever a aplicação de circuitos integrados no chaveamento de
circuitos elétricos.

meeting_room
Introdução
Assista ao vídeo a seguir e compreenda a importância dos
circuitos de chaveamento.

1 - Circuitos transistorizados em chaveamento elétrico


Ao final deste módulo, você será capaz de descrever a aplicação de circuitos transistorizados
no chaveamento de circuitos elétricos.

Vamos começar!

video_library
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Os circuitos transistorizados e a
eletrônica industrial
Assista ao vídeo e conheça os principais conceitos e aspectos sobre o
chaveamento de circuitos elétricos.

Transistores
Um transistor é um componente eletrônico que possui dimensões
bastante reduzidas. Suas aplicações em circuitos eletrônicos e
eletrônicos de potência se dividem em dois trabalhos bastante
diferentes. Os transistores podem funcionar como amplificadores ou
como chaves. Veja a seguir mais sobre ambos:

Amplificadores

Quando funcionam como um amplificador, transitores recebem


uma pequena corrente elétrica em uma extremidade (uma
corrente de entrada) e produzem uma corrente elétrica muito
maior (uma corrente de saída) na outra. De maneira bastante
simplificada, é uma espécie de ganho de corrente. Isso é bastante
útil em circuitos eletrônicos aplicados a alguns dispositivos.

Por exemplo, um aparelho auditivo, um dos primeiros dispositivos


nos quais os transistores foram aplicados, tem um pequeno
microfone que capta sons do ambiente ao seu redor e os
transforma em correntes elétricas que variam de acordo com
esses sons do meio. Essas correntes são colocadas na entrada
de um transistor que as amplifica e alimenta um pequeno alto-
falante, para que seja possível ouvir uma versão muito mais alta
desses sons captados.

Aparelho auditivo

Chaves

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Quando funcionam como chaves (interruptores), uma pequena


corrente elétrica fluindo através de uma parte de um transistor
pode fazer uma corrente muito maior fluir por meio de outra parte
dele. Em outras palavras, uma pequena corrente pode ligar uma
corrente maior. É essencialmente assim que todos os chips de
computadores funcionam.

Por exemplo, um chip de memória contém centenas de milhões


ou mesmo bilhões de transistores, cada um dos quais pode ser
ligado ou desligado individualmente. Como pode estar em dois
estados distintos (ligado ou desligado), cada transistor armazena
dois números diferentes, 0 e 1. Com bilhões de transistores, um
chip pode armazenar bilhões de zeros e uns, e quase tantos
números e letras comuns (ou caracteres, como chamadas).

Chips de memória.

Como os transistores são feitos?


Os transistores são feitos de silício, um elemento químico que,
normalmente, não conduz eletricidade (não permite que os elétrons
fluam facilmente por ele). O silício é um semicondutor, o que significa
que não é um condutor (permite a passagem da corrente) nem um
isolante (que não permite a passagem da corrente).

Contudo, se for tratado com impurezas (processo conhecido como


dopagem), será possível fazer com que o silício se comporte de
maneiras diferentes, tais como:

Tipo n
Quando dopado com elementos químicos, como arsênico, fósforo ou
antimônio, ganha alguns elétrons "livres" extras – capazes de
transportar uma corrente elétrica –, fazendo com que os elétrons fluam
através dele mais facilmente. Como os elétrons têm carga negativa, é
chamado de tipo n (tipo negativo).

Tipo p
Quando dopado com outras impurezas, como o boro, o gálio ou o
alumínio, o silício tem menos elétrons "livres", então os elétrons em
materiais próximos tenderão a fluir para ele. A esse tipo de silício
denomina-se tipo p (tipo positivo).

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O silício tipo n e o tipo p não possuem carga em si. Ambos são


eletricamente neutros, embora o silício tipo n tenha elétrons "livres"
extras, o que aumenta sua condutividade e faz com que o silício tipo p
tenha menos elétrons livres – isso aumenta sua condutividade de
maneira oposta.

Saiba mais
Em cada caso, a condutividade extra vem da adição de átomos neutros
(sem carga) de impurezas ao silício que, originalmente, era neutro como
todos os elementos puros e não é capaz de criar cargas elétricas sem
uma fonte externa.

Tipos de transistores
Existem dois tipos de transistores: transistor bipolar de junção (TBJ) e
transistor de efeito de campo (FET). Veja a seguir:

Transistor bipolar de junção (TBJ) expand_more

Pode ser dividido em NPN e PNP. Esses dois tipos possuem


diferentes símbolos para serem identificados nos circuitos, como
pode ser visto na imagem:

Símbolos e camadas de um TBJ.

As letras referem-se às camadas de material semicondutor


usado para fabricar cada transistor. A maioria dos transistores
utilizados na indústria é do tipo NPN, tendo em vista a maior
facilidade de fabricação desse transistor a partir do silício.

Os terminais de um TBJ são identificados como base (B), coletor


(C) e emissor (E). Esses termos se referem à operação interna do
transistor.

Os TBJs são dispositivos controlados por corrente, ou seja, uma


corrente de entrada é capaz de controlar (conduzir ou amplificar)
uma corrente na saída.

Transistor de efeito de campo (FET) expand_more

Além dos transistores bipolares de junção, existem transistores


de efeito de campo que são chamados de FETs. O FET é um
dispositivo ativo de três terminais que usa um campo elétrico

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para controlar o fluxo de corrente e possui uma alta impedância


de entrada que é útil em muitos circuitos. Na imagem a seguir, é
possível observar os símbolos utilizados na identificação de
FETs.

Símbolos de um FET: A – tipo P e B – tipo N.

Além do FET, os transistores de efeito de campo englobam os


transistores de efeito de campo por junção (JFET) e os
transistores do tipo FET, os de semicondutor de óxido metálico
(MOSFET).

Essa camada de óxido metálico nos MOSFETs ajuda no


isolamento elétrico da entrada, aumentando sua resistência de
entrada e permitindo uma redução no consumo de corrente. O
MOSFET é bastante utilizado em fontes de alimentação.

Um transistor tipo FET também possui três terminais diferentes:


source (S), que é análogo ao emissor; dreno (D), análogo ao
coletor; e gate (G), análogo à base.

Transistor como amplificador


Embora alguns transistores controlem o movimento dos elétrons, nem
todos funcionam da mesma maneira.

No TBJ, dois contatos são unidos a dois pedaços de silício do tipo n,


formando o emissor e o coletor. De maneira similar, um contato é unido
a um silício do tipo p, sendo chamado de base, como pode ser visto na
imagem a seguir:

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Junção de materiais em um transistor TBJ tipo NPN.

Quando não há corrente fluindo no transistor, é possível intuir que o


silício tipo p tem poucos elétrons (mostrados aqui pelos pequenos
sinais de mais, representando cargas positivas), e os dois pedaços de
silício tipo n têm elétrons extras (mostrados pelo pequeno sinal
positivo).

Em um FET, as camadas de silício tipo n e tipo p são dispostas de


maneira ligeiramente diferente do TBJ e, quando revestidas com
camadas de metal e óxido, produzem o MOSFET.

Exemplo em configuração de emissor


comum
Um transistor atua como um amplificador permitindo o aumento de um
sinal fraco produzido na entrada de um circuito transistorizado. O
circuito transistorizado deve ser alimentado com uma tensão contínua
de polarização aplicada em seus terminais (que variam de acordo com a
configuração desejada).

Emissor comum
Uma célula solar é um dispositivo fotovoltaico capaz de transformar a
energia proveniente do Sol (energia luminosa) em energia elétrica por
meio do efeito fotovoltaico.

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Suponha que é desejado medir a intensidade da corrente elétrica


produzida por um painel solar (composto por diversas células solares
interligadas) durante as várias horas do dia. A intensidade da corrente
pode variar consideravelmente, dependendo das condições de
luminosidade, tornando difícil ou até impossível realizar a medição com
o uso direto de um amperímeto ou multímetro, como pode ser visto na
imagem a seguir:

Medição da corrente fornecida por um painel solar.

Uma solução direta para esse problema de medição é o uso de um


transistor para amplificar a corrente da célula solar, de modo que seja
possível realizar a medição com o instrumento até mesmo para menos
luz incidente sobre o painel.

Com a utilização de um circuito amplificador, a proposta é que a


corrente da célula seja amplificada, permitindo a medição inclusive nos
momentos em que a luz incidente sobre o painel apresente baixa
intensidade, como pode ser visto imagem a seguir.

Amplificação da corrente fornecida por um painel solar em um circuito transistorizado.

A corrente através do movimento do medidor nesse circuito será β


vezes a corrente da célula solar, como pode ser visto na relação entre as
correntes do coletor e da base na Equação 1:

Eq. 1

IC = β ⋅ IB

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Onde o β, também chamado de hF E, é o ganho estático do transistor.

Com um transistor de β igual a 100, por exemplo, isso representa um


aumento substancial na sensibilidade da medição. É prudente salientar
que a energia adicional para mover a agulha do medidor vem da fonte de
alimentação na extremidade direita do circuito, e não da própria célula
solar.

É fácil observar que com esse valor de β uma corrente de base IB de


apenas 100μA(0, 0001A) seria capaz de promover uma corrente de
coletor IC igual a 10mA(0, 01A):

IC = 100 ⋅ IB = 100 ⋅ 0, 0001 = 0, 01 A

Tudo o que a corrente da célula solar faz é controlar a corrente da fonte


de alimentação para o medidor. Isso permite fornecer uma corrente de
leitura para o medidor maior do que a célula solar poderia fornecer sem
amplificação. Como o transistor é um dispositivo regulador de corrente
e como as indicações do medidor são baseadas na corrente por meio
do circuito, a indicação do medidor nesse circuito deve depender
proporcionalmente da corrente da célula solar, e não da tensão
fornecida pela fonte.

Outras configurações como coletor comum e base comum também


podem ser utilizadas com propósitos específicos, permitindo a
amplificação dos sinais provenientes da base do transistor.

A corrente de emissor é definida como a soma entre as correntes de


coletor e da base, como pode ser visto na Equação 2.

Eq. 2

IE = IC + IB

Transistor como chave


Quando um transistor é usado como chave, ele opera apenas em duas
condições:

toggle_on
Ligado

toggle_off
Desligado
Não deve operar como amplificador e nunca estar "parcialmente" ligado
(o que pode acontecer quando o circuito for mal dimensionado),
podendo superaquecer e ser destruído. No estado ligado, a tensão entre
o coletor e o emissor (VCE) através do transistor é quase zero e o

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transistor é dito saturado porque não é possível passar mais corrente


através do coletor I c do que já está passando.

Nessa condição, toda a corrente disponível pela fonte é entregue ao


dispositivo ligado ao coletor do transistor que é chamado de carga. Ao
escolher um transistor para usar como chave, deve-se considerar sua
corrente máxima de coletor I c(max) e seu ganho mínimo de corrente
β(min) .

Exemplo de circuito
Suponha um diodo emissor de luz (LED) que se deseja ligar e desligar
com um interruptor. O projeto de um circuito para essa finalidade é
bastante simples, como pode ser visto na imagem a seguir.

Circuito para acionamento de um LED com um interruptor: (a) LED desligada e (b) LED ligada.

O resistor é utilizado para limitar a corrente e a tensão sobre o diodo


LED. Sendo assim, caso uma fonte de 10V seja utilizada na alimentação
de um diodo vermelho, cujas especificações são tensão de alimentação
igual a 2, 0V e corrente de alimentação igual a 20mA, uma resistência
deverá ser utilizada para polarizar o diodo LED com a alimentação
adequada, como pode ser visto na equação a seguir:

VFONTE − VResistor − VLED = 0

VResistor = VFONTE − VLED

VResistor = 10 − 2

VResistor = 8 V

VResistor = R. I

VResistor 8V
R = =
I 20mA
8
R = = 400Ω
0, 02

Assim, um resistor de 400Ω deverá ser utilizado para polarizar


adequadamente o diodo LED.

Comentário

Seria possível inserir um transistor no lugar do interruptor para controlar


o fluxo de corrente através do LED, na medida em que é possível
controlar a corrente entre o coletor e o emissor de um transistor.

Como é a corrente através do LED que se deseja controlar, deve-se


posicionar o coletor e o emissor do transistor onde estavam os dois
contatos da chave, como pode ser visto na imagem:

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Circuito para acionamento de um LED com um transistor.

Também devemos ter certeza de que a corrente do LED fluirá na direção


do símbolo da seta do emissor para garantir que a polarização da
junção do transistor esteja correta, como na imagem anterior.

No exemplo, foi selecionado um transistor NPN. Entretanto, um


transistor PNP também poderia ter sido escolhido, bastando para isso
inverter a polarização da fonte de alimentação.

Atenção!
A escolha entre NPN e PNP é arbitrária, sendo que ambos os
transistores possuem as mesmas características. Por esse motivo, é
fundamental observar que as direções corretas das correntes sejam
mantidas de acordo com a polarização correta da junção (fluxo da
corrente seguindo a seta do símbolo do transistor).

Na imagem, a base do TBJ não está conectada a uma tensão adequada


e, consequentemente, nenhuma corrente estará fluindo através da base.
De acordo com o funcionamento dos transistores, essa ausência de
corrente não permitirá ligar o transistor e, consequentemente, nenhuma
corrente fluirá entre o emissor e o coletor do transistor.

Para que o transistor possa ser ligado, é necessário permitir que uma
corrente flua através da base do transistor. Isso é possível conectando-
se uma chave entre a base e o coletor do transistor, como nas imagens
a seguir:

Polarização de corte
Quando a chave estiver aberta, o fio base do transistor não estará
conectado a nada e não haverá corrente através dele. Nesse
caso, diz-se que o transistor está cortado (polarização de corte)
(sem corrente fluindo entre o emissor e o coletor).

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Polarização de saturação
Quando a chave for fechada, uma corrente poderá fluir da fonte
para a base do transistor através da chave. Essa corrente de base
permitirá um fluxo de corrente muito maior entre o coletor e o
emissor, acendendo o LED. Nesse estado de corrente máxima do
circuito, diz-se que o transistor está saturado (polarização de
saturação).

É importante destacar que um resistor precisa ser conectado entre a


fonte e a base. Isso é necessário tendo em vista que a corrente de base
é pequena (muito menor que as correntes de emissor e coletor), e o
resistor permite que essa limitação na corrente da base seja imposta.

Aplicações dos transistores


Os transistores são usados no dia a dia em diversos equipamentos
eletroeletrônicos, como amplificadores e aparelhos de comutação
(chaveamento).

Como amplificadores, eles estão sendo utilizados em osciladores,


moduladores, detectores e praticamente em qualquer circuito para
desempenhar uma função.

Em um circuito digital, os transistores são usados principalmente como


interruptores.

De acordo com várias funcionalidades, existem transistores de


diferentes tipos, como para funcionar em baixas e altas frequências, e
de baixa, média e alta potências.

Transistor com circuitos integrados


A maioria dos circuitos integrados (CIs) não é capaz de fornecer
grandes correntes de saída (nos circuitos em geral, as correntes são de
poucos mA – miliampères). Portanto, pode ser necessário usar um
transistor para permitir que uma corrente maior, necessária para
dispositivos como lâmpadas, motores e relés, seja disponibilizada,
como pode ser visto na imagem:

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Circuito para acionamento de um LED através de um circuito integrado.

Um resistor de base limita a corrente que flui para a base do transistor a


fim de evitar que seja danificado, também deve permitir que o fluxo de
corrente de base seja suficiente para garantir que o transistor esteja
totalmente saturado quando ligado.

Um transistor que não está totalmente saturado quando ligado poderá


superaquecer e se danificar, especialmente se o transistor estiver
comutando uma corrente grande (maior do que 100mA).

A determinação do valor do resistor é feita pela lei das tensões de um


circuito:

VFONTE − VResistor − VCARGA − VCE = 0

VResistor = VF ON T E − VCARGA − VCE

Se a fonte tiver uma tensão de 15V , a tensão entre coletor e emissor


(VCE ) típica for igual a 3V e a tensão na carga for igual a 9V , teremos:

VResistor = 15 − 9 − 3

VResistor = 3V

VResistor = R. I

VResistor
R =
I

Onde VCE é a tensão entre o coletor e o emissor do transistor.

Cabe destacar que, em casos de dispositivos que demandem correntes


acima do máximo permitido pelo transistor, um relé ou outro dispositivo
que permita uma intensidade maior de corrente deverá ser utilizado.

Transistor com sensores


A imagem a seguir mostra como conectar um sensor de luz (LDR) a um
transistor para fazer um “interruptor de circuito sensível à luz” para
acionar um LED. Nesse exemplo, quando a luminosidade sobre o LDR
for baixa, o LED deverá acender. O resistor variável ajusta a sensibilidade
do sensor.

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Circuito para acionamento de um LED através de um sensor de luz.

O par Darlington
Um par Darlington consiste em um circuito em que dois transistores são
conectados juntos de modo que a corrente amplificada pelo primeiro
seja amplificada ainda mais pelo segundo transistor, como pode ser
visto na imagem a seguir:

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Circuito em par Darlington.

O par se comporta como um único transistor com um ganho de corrente


muito alto, de modo que apenas uma pequena corrente de base é
necessária para ligar o par.

O ganho de corrente do par Darlington (hF E) é igual aos dois ganhos


individuais (hF E1 e hF E2) multiplicados juntos, como pode ser visto na
Equação 3 :

Eq. 3

hF E = hF E1 × hF E2

Isso dá ao par um ganho de corrente muito alto, por exemplo, 10.000x.

Os pares Darlington estão comercialmente disponíveis como um pacote


de transistor Darlington com três terminais (B, C e E) equivalentes aos
de um transistor-padrão, sendo possível também fazer um par
Darlington a partir de dois transistores comuns.

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Falta pouco para atingir seus objetivos.

Vamos praticar alguns conceitos?

Questão 1

Suponha um transistor TBJ. Considerando-se suas correntes de


base (IB = 500μA) e de coletor (IC = 10mA) , é possível
determinar que o seu ganho e a corrente de emissor são iguais a:

A β = 10 e lE = 10 mA

B β = 10 e lE = 10, 5 mA

C β = 20 e lE = 20 mA

D β = 20 e lE = 10, 5 mA

E β = 10 e lE = 20 mA

Parabéns! A alternativa D está correta.


%0A%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%3Cp%20class%3D'c-
paragraph%20c-
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3%7D%2B500%20%5Ctimes%2010%5E%7B-
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Questão 2

Um circuito integrado será utilizado para acionar um transistor. O


circuito será usado para ligar e desligar uma carga que possui
tensão de alimentação de 10V e 100mA de corrente. Para isso,
será utilizada uma fonte com 15V . Determine o resistor de
limitação necessário para a energização dessa carga, sabendo que
a tensão entre o coletor e o emissor do transistor (VCE) é igual a
2V .

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A 30Ω

B 10Ω

C 12Ω

D 15Ω

E 800Ω

Parabéns! A alternativa A está correta.


%0A%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%3Cp%20class%3D'c-
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10-
2%20%5C%5C%0A%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20V_%7B%5Ctext%

2 - Circuitos integrados no chaveamento de circuitos elétricos


Ao final deste módulo, você será capaz de descrever a aplicação de circuitos integrados no
chaveamento de circuitos elétricos.

Vamos começar!

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O chaveamento de circuitos elétricos


através de controladores digitais
Assista ao vídeo e conheça os principais conceitos e aspectos sobre o
chaveamento de circuitos elétricos através de controladores digitais.

Circuitos integrados
Um circuito integrado (integrated circuit – CI) é, por vezes, chamado de
chip, microchip ou circuito microeletrônico. Basicamente consiste em
uma pastilha semicondutora na qual são fabricados milhares ou
milhões de minúsculos componentes eletrônicos, tais como:

Transistores

Resistores

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Capacitores

Diodos
Um CI pode ser projetado ou configurado para funcionar como:

amplificador;

oscilador;

temporizador;

contador;

porta lógica;

memória de computador;

microcontrolador;

microprocessador.

Um CI consiste no bloco de construção fundamental de todos os


dispositivos eletrônicos modernos. Por exemplo, a parte mais
importante de um computador (sua CPU ou unidade central de
processamento) é um CI. Como o nome sugere, é um sistema integrado
de vários componentes miniaturizados e interconectados embutidos em
um substrato fino de material semicondutor (geralmente cristal de
silício). Um exemplo de uma placa-mãe de um computador com os
circuitos integrados pode ser visto na imagem:

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Placa-mãe com circuitos integrados.

Componentes adicionais também podem residir no CI, todos


interconectados por meio de uma rede complexa de pastilhas
semicondutoras, silício, cobre e outros materiais. Em termos de
tamanho, cada componente é pequeno, geralmente microscópico. O
circuito resultante, um chip monolítico, também é minúsculo – muitas
vezes apenas o suficiente para ocupar alguns milímetros quadrados ou
centímetros de espaço.

Como já citado, um exemplo comum de um CI moderno é o processador


do computador, que normalmente contém milhões ou bilhões de
transistores, capacitores, portas lógicas etc., conectados entre si para
formar um circuito digital complexo. Embora o processador seja um CI,
nem todos os CIs são processadores.

Processador de computador.

Entre os circuitos integrados mais conhecidos e utilizados

comercialmente, estão os de lógica transistor a transistor (TTL ou T2L),


introduzidos no final da década de 1960. A lógica TTL cresceu
rapidamente para ser o tipo mais utilizado entre os circuitos integrados
digitais. Muitas melhorias e variações foram adicionadas desde a sua
primeira versão. Nos dias atuais, a TTL continua sendo uma escolha
popular entre os circuitos integrados.

Lógica TTL

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O TTL é mais bem representado pela série SN 54/74 de circuitos


integrados digitais.

A Texas Instruments Corporation desenvolveu originalmente essa série


de CIs lógicos, mas várias empresas os fabricam e usam o mesmo
sistema de numeração.

Exemplo de portas lógicas.

A série SN 54 (SN significa rede de semicondutores ou semiconductors


network) é mais cara e projetada para maior faixa de temperatura do que
a série SN 74. Os dispositivos SN 54 operam em uma faixa de
temperaturas de -55 a +125°C, enquanto os dispositivos SN 74 operam
em uma faixa de 0 a 70°C.

Os CIs TTL operam com uma tensão de alimentação de 5 volts e


requerem uma fonte de alimentação de 5 volts bem regulada.

Portas lógicas
As portas lógicas digitais podem ter mais de uma entrada, por exemplo,
entradas A, B, C, D etc., mas geralmente têm apenas uma saída digital
(Q), como observado na figura a seguir:

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27/09/23, 20:20 Circuitos de chaveamento

Simbologia de uma porta lógica.

Portas lógicas podem ser conectadas de maneira individual ou em


cascata para formar uma função de porta lógica com qualquer número
desejado de entradas, para formar circuitos do tipo combinacional e
sequencial ou para produzir funções de porta lógica diferentes das
portas-padrão (essenciais).

As portas lógicas digitais padronizadas comercialmente estão


disponíveis em duas famílias básicas:

TTL (Transistor–transistor logic)


Como a série 7400.

CMOS (Complementary metal-oxide-silicon)


Como a série 4000 de chips.

Essa notação de TTL ou CMOS refere-se à tecnologia lógica usada para


fabricar o CI. De modo geral, os CIs lógicos TTL usam transistores
bipolares de junção do tipo NPN e PNP, enquanto os CIs lógicos CMOS
usam transistores de efeito de campo do tipo semicondutor de óxido
metálico (MOSFET) ou transistores de efeito de campo por junção
(JFET) complementares para seus circuitos de entrada e saída.

O uso de transistores para a construção de portas lógicas depende de


sua funcionalidade como chaves rápidas. Como já falado, quando a
junção base-emissor é ligada o suficiente para ser levada à saturação, a
tensão do coletor em relação ao emissor pode ser próxima de zero e
usada para construir portas para a família lógica TTL.

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27/09/23, 20:20 Circuitos de chaveamento

Porta E (AND)

Para a lógica E, os transistores estão em série e ambos devem


permanecer no estado de condução para que a saída seja ligada
(colocada em nível lógico alto), como pode ser visto na imagem a
seguir:

Circuito transistorizado de uma porta E.

Porta OU (OR)
Para a lógica OU, os transistores estão em paralelo e a saída é levada ao
nível lógico alto (ligada) se qualquer um dos transistores estiver
conduzindo, como pode ser visto na imagem a seguir:

Circuito transistorizado de uma porta OU.

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Portas NÃO E (NAND)

Para a lógica NAND, os transistores estão em série, mas a saída está


acima deles. A saída é alta, a menos que ambas as entradas A e B
sejam altas – nesse caso, a saída é reduzida perto do potencial de terra
(desligada ou colocada em nível lógico baixo), como pode ser visto na
imagem a seguir:

Circuito transistorizado de uma porta NÃO E.

Portas NÃO OU (NOR)


A porta lógica NÃO OU pode ser montada em circuitos com um ou dois
transistores.

Na alternativa com apenas um transistor, as duas entradas são ligadas à


sua base por meio de resistores. Se uma ou ambas as entradas forem
altas (ligadas), a saída será baixa (desligada), como pode ser visto na
imagem a seguir:

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Circuito transistorizado de uma porta NÃO OU com um transistor.

Para a lógica NOR com dois transistores, eles estão em paralelo com a
saída acima, de modo que, se uma ou ambas as entradas estiverem
altas (ligadas), a saída será baixa (desligada), como pode ser visto na
imagem a seguir:

Circuito transistorizado de uma porta NÃO OU com dois transistores.

Estados lógicos digitais


Como visto, uma porta lógica digital é um bloco de construção básico a
partir do qual todos os circuitos eletrônicos digitais e sistemas
baseados em microprocessadores são construídos.

Essas portas lógicas digitais básicas realizam operações lógicas de E,


OU e NÃO, em:

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Números binários
(0 ou 1)

Níveis lógicos
(Alto ou baixo)

Isso é possível tendo em vista que apenas dois níveis ou estados de


tensão são permitidos em circuitos digitais, e esses estados são
geralmente referidos como Lógico “1” e Lógico “0”, ou ALTO e BAIXO, ou
VERDADEIRO e FALSO.

Esses dois estados são representados na álgebra booleana e nas


tabelas-verdade pelos dígitos binários de “1” e “0”, respectivamente.

Um exemplo de estado digital pode ser visto em um simples interruptor


de luz. O interruptor pode estar “ligado” ou “desligado”, um estado ou
outro, mas não ambos ao mesmo tempo, conforme a figura a seguir.

Interruptor no estado ligado e no estado desligado.

Classificações de circuitos
integrados
Os circuitos integrados podem ser classificados de acordo com seu
“porte”, ou seja, com a quantidade de transistores utilizados em sua
formação de acordo com as categorias a seguir:

memory Integração de Pequena Escala (SSI)

Contém até 10 transistores ou algumas portas em


um único pacote, como portas AND, OR, NOT.

memory Integração de Média Escala (MSI)

C té t 10 100 t i t d d
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Contém entre 10 e 100 transistores ou dezenas de
portas dentro de um único pacote e realiza
operações digitais como somadores,
decodificadores, contadores, flip-flops e
multiplexadores.

memory Integração em Grande Escala ou (LSI)

Contém entre 100 e 1.000 transistores ou centenas


de portas e realiza operações digitais específicas,
como chips de E/S, memória, unidades aritméticas
e lógicas.

memory Very-Large Scale Integration (VLSI)

Contém entre 1.000 e 10.000 transistores ou


milhares de portas e realiza operações
computacionais como processadores, grandes
arrays de memória e dispositivos lógicos
programáveis.

memory Super-Large Scale Integration (SLSI)

Contém entre 10.000 e 100.000 transistores dentro


de um único pacote e realiza operações
computacionais como chips microprocessadores,
microcontroladores, PICs (Programmable Interface
Controller - Controlador de Interface Programável)
básicos e calculadoras.

memory Ultra-Large Scale Integration (ULSI)

Contém mais de 1 milhão de transistores – os big


boys que são usados em CPUs de computadores,
GPUs, processadores de vídeo, microcontroladores,
FPGAs (field-programmable gate array - matriz de
portas programáveis) e PICs complexos.

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Acopladores ópticos
Os acopladores ópticos podem ser descritos por diferentes
terminologias, incluindo isolador óptico e fotoacoplador.

Essencialmente, um acoplador óptico ou fotoacoplador é um dispositivo


semicondutor que usa um sinal óptico para acoplar um sinal de um
circuito elétrico a outro enquanto fornece isolamento elétrico entre eles.

Os fotoacopladores ou acopladores ópticos geralmente estão contidos


em um único circuito integrado, embora haja um grande grau de
variação de acordo com a aplicação pretendida.

Exemplo

É possível realizar um acoplamento óptico entre dois circuitos fazendo


com que um deles tenha condições de emitir um sinal luminoso e o
outro circuito possua um ou mais sensores que sejam sensibilizados
por luz.

São utilizados em muitas funções, como para estabelecer um tipo de


“vínculo” entre os dados de dois circuitos e podem ser usados em
codificadores ópticos, cujo acoplador óptico fornece um meio de
detectar transições de borda visíveis em uma roda de codificador para
detectar posição e em diversos circuitos onde são necessários links
ópticos e transições, mas onde a interação direta entre os circuitos não
seja permitida ou desejável. Por exemplo, em aplicações onde circuitos
que apresentam níveis de tensão muito diferentes ou grandezas de
naturezas distintas.

Eles ainda formam o elemento essencial em relés de estado sólido, que


são dispositivos eletrônicos que utilizam semicondutores para operação
sem contato físico entre seus terminais.

Os relés de estado sólido não são muito diferentes em operação dos


relés de contato (relés eletromagnéticos). Um acoplamento óptico é
usado para isolar eletricamente a entrada e a saída, enquanto permite
que a saída seja comutada (ligada ou desligada) de acordo com o
estado de entrada, como pode ser visto na imagem a seguir:

Circuito de um relé de estado sólido com um fototransistor.

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Estrutura básica
O acoplador óptico é um componente que contém dois elementos
necessários para um isolamento óptico, como veremos a seguir.

Um emissor de luz expand_more

O emissor de luz está no lado de entrada. Ele recebe o sinal de


entrada e o converte em um sinal luminoso. Normalmente, o
emissor de luz é um diodo emissor de luz (LED).

Um detector de luz expand_more

O detector de luz dentro do acoplador óptico ou isolador óptico


detecta a luz do emissor e a converte de volta em um sinal
elétrico. O detector de luz pode ser qualquer um dos vários tipos
diferentes de dispositivos, tais como um fotodiodo, um
fototransistor, um foto-Darlington, entre outros.

O emissor de luz e o detector são especificados para serem capazes de


interagir um com o outro, tendo comprimentos de onda correspondentes
para que o acoplamento máximo seja alcançado.

O acoplador óptico também pode conter outros circuitos, por exemplo,


pode incluir um resistor em série com o LED para limitação de corrente,
permitindo o acionamento seguro do diodo. Também pode incluir um
amplificador de saída para aumentar o sinal produzido.

Embora um acoplador óptico ou isolador óptico seja geralmente


pensado como um único pacote integrado, é possível obter o mesmo
resultado usando dispositivos separados. No entanto, os arranjos
mecânicos precisam ser cuidadosamente especificados quando
circuitos separados são considerados. Isso geralmente torna um
acoplador óptico feito de dispositivos separados menos conveniente,
embora possa haver a necessidade de utilização de componentes
separados em algumas aplicações.

Terminologia
Os termos fotoacoplador, acoplador óptico e isolador óptico são
frequentemente usados de forma intercambiável na literatura eletrônica
e técnica quando se referem a componentes que realizam a mesma
função.

A rigor, existem diferenças entre os termos isolador óptico e acoplador


óptico. O fator de distinção entre eles está na diferença de tensão
esperada entre a entrada e a saída:

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Isolador óptico Acoplador óptico

É geralmente usado em É geralmente


sistemas de energia e considerado para
usado para transmitir transmitir sinais
informações analógicas analógicos de
ou digitais entre close informação digital entre
circuitos nos quais a circuitos, mantendo o
diferença de potencial é isolamento elétrico em
superior a 5.000 volts. potenciais de até 5.000
volts.

O símbolo do acoplador óptico usado nos diagramas para


representação de circuitos elétricos indica a função e os elementos
internos dentro do componente de maneira geral. O símbolo mostra um
LED, normalmente usado como emissor de luz, um receptor, geralmente
um fototransistor ou foto-Darlington, embora outros dispositivos,
incluindo diodo de corrente alternada (DIACs) sensível à luz, entre
outros, também possam ser utilizados. O tipo de dispositivo a ser
considerado é mostrado dentro do símbolo do acoplador óptico.

Comentário
Entre as configurações de acopladores ópticos bastante utilizadas em
aplicações de alimentação em corrente alternada, estão os acopladores
ópticos baseados no acionamento de DIACs ou para acionamento de
triodo de corrente alternada (TRIACs) em aplicações de comutação de
rede elétrica ou controle de ângulo de comutação.

Para os acopladores ópticos usados para tensões mais baixas, uma


variedade de configurações está disponível. Frequentemente, os
acopladores ópticos vêm em pequenos encapsulamentos, conhecidos
como:

Dual-in-line (DIL)
Para componentes de montagem convencionais.

Small outline integrated circuit (SOIC)


Versões SMD. Fornecem opções mais compactas para os acopladores
ópticos.

Para os encapsulamentos SOIC, deve-se ter a certeza de que todos os


requisitos de isolamento sejam adequadamente atendidos.

Para isoladores ópticos operando em tensões muito mais altas,


diferentes encapsulamentos estão disponíveis. Isoladores ópticos em
formatos retangulares, cilíndricos e em configurações especiais
também estão disponíveis. Esses tipos de encapsulamento são
projetados para fornecer tensões de isolamento mais altas do que as
que podem ser alcançadas com pacotes do tipo DIL e surface mounted
device (SMD), como o SOIC.

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Especificações
Existem vários parâmetros e especificações que precisam ser levados
em consideração na utilização de acopladores ópticos e isoladores
ópticos:

memory Taxa de transferência real (CTR)

É uma das principais especificações. É a razão


entre a corrente que flui no dispositivo de saída
dividida pela corrente no dispositivo de entrada. O
CTR varia de acordo com o tipo de dispositivo
utilizado na saída do acoplador óptico. Aqueles que
utilizam foto-Darlingtons serão muito maiores do
que aqueles que utilizam fototransistores comuns,
tendo em vista que as correntes de saída tendem a
ser superiores. Deve-se notar que o CTR costuma
variar com o nível de corrente de entrada. Embora
varie de acordo com o dispositivo, para acopladores
ópticos manuais, o pico para níveis de corrente de
entrada gira em torno de 10mA.

memory Largura de banda

Para ser capaz de representar o espectro de taxas


de dados que podem ser processadas através de
um acoplador óptico, é necessário conhecer a
largura de banda. Para muitos acopladores ópticos
que usam fototransistores, essa banda pode
compreender a região de 250kHz, e para aqueles
que usam foto-Darlingtons, pode ser um décimo
desse valor. Alguns acopladores ópticos muito
mais rápidos estão disponíveis. Normalmente,
quanto menor o CTR, mais rápidos os tempos de
subida e descida.

memory Corrente de entrada

Esta é a corrente necessária para estimular o


dispositivo transmissor de entrada, por exemplo, o
diodo LED. O valor é usado para calcular o resistor
em série utilizado para limitar a corrente.

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memory Tensão máxima do dispositivo de saída

Para acopladores ópticos que utilizam transistores,


o valor máximo será igual à tensão entre o coletor e
o emissor VCE(max) do transistor. Para acopladores
ópticos usando outros dispositivos na saída, uma
análise equivalente deve ser empregada. Vale
lembrar que é importante considerar uma margem
de segurança adequada, pois não é recomendável
operar os dispositivos perto de suas especificações
máximas. Por exemplo, em alguns casos, utilizam-
se margens de segurança que giram em torno de
10% do valor máximo que o dispositivo é capaz de
suportar, ou seja, para um dispositivo que possa
tolerar uma tensão de 20V em sua saída, cargas
com até no máximo 18V podem ser acionadas.

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Falta pouco para atingir seus objetivos.

Vamos praticar alguns conceitos?

Questão 1

As portas lógicas são componentes da eletrônica digital e


fundamentais para o desenvolvimento de uma ampla variedade de
circuitos combinacionais e sequenciais. A porta lógica formada por
dois transistores e cuja saída é ligada quando as duas entradas dos
transistores estão em nível lógico alto é denominada:

A Porta E.

B Porta OU.

C Porta NÃO E.

D Porta NÃO OU.

E Porta NOR.

Parabéns! A alternativa A está correta.


%0A%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%3Cp%20class%3D'c-
paragraph'%3EA%20porta%20l%C3%B3gica%20E%20%C3%A9%20constru%C3%ADda%20com%20dois%20tran

Questão 2

Um acoplador óptico é um dispositivo eletrônico que permite


acoplar dois circuitos mantendo o isolamento elétrico entre eles.
Entre os componentes de um acoplador óptico, aquele que recebe
um sinal de entrada e o converte em um sinal luminoso é
denominado:

A TRIAC.

B Emissor de luz.

C Detector de luz.

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D DIAC.

E Fototransistor.

Parabéns! A alternativa B está correta.


%0A%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%3Cp%20class%3D'c-
paragraph'%3EO%20emissor%20de%20luz%20%C3%A9%20a%20parte%20do%20acoplador%20%C3%B3ptico%

Considerações finais
Este conteúdo teve como foco o chaveamento de circuitos
eletroeletrônicos e suas aplicações em circuitos elétricos.

Na primeira parte, foram apresentados os circuitos de chaveamento


baseados em transistores. Foram discutidos os tipos de transistores e
seu processo de construção. Vimos o conceito de dopagem de material
e as múltiplas camadas. Um exemplo de transistor na configuração
emissor comum foi discutido e apresentado em detalhes. O uso de
transistores com circuitos integrados, sensores e o uso dos transistores
em par Darlington também foram apresentados.

Na segunda parte, vimos, ainda, os conceitos de circuitos integrados e


os processos de fabricação dos CIs. O conceito de portas lógicas, suas
diversas configurações e os estados lógicos digitais foram
apresentados. Por fim, estudamos a estrutura básica dos acopladores,
suas terminologias e especificações.

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Para encerrar, ouça o resumo dos principais tópicos abordados.

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Diversos simuladores de portas lógicas são disponibilizados por


desenvolvedores e permitem conhecer melhor e visualizar o
funcionamento das portas lógicas.

O EasySim está disponível de forma gratuita, incluindo diversas


funcionalidades como as portas lógicas simples e os circuitos digitais
mais complexos.

O simulador on-line Falstad permite visualizar o funcionamento de


circuitos transistorizados e de portas lógicas, além da visualização dos
sinais e dos valores lógicos de um circuito.

Referências
BANSAL, M. et al. Phototransistor: the story so far. Journal of
Electronics, v. 2, n. 4, p. 202-210, 2020.

BOYLESTAD, R. L.; NASHELSKY, L. Dispositivos eletrônicos. [s.l.]:


Prentice Hall, 2013.

HODGES, D. A. Darlington's contributions to transistor circuit design.


IEEE Transactions on Circuits and Systems I: Fundamental Theory and
Applications, v. 46, n. 1, p. 102-104, 1999.

POMILIO, J. A. Fontes chaveadas. Publicaçao FEEC, v. 13, p. 95, 2008.

SEDRA, A. S.; SMITH, K. C. Microeletrônica. [s.l.]: Pearson Prentice Hall,


2007.

TOCCI, R. J.; WIDMER, N. S. Sistemas digitais. 8. ed. [s.l.]: [s.n.], 2003.

TEIXEIRA, H. T.; TAVARES, M. F.; PEREIRA, R. V. M. Sistemas digitais.


[s.l.]: [s.n.], 2017.

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