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08/09/2023, 00:01 Circuitos de chaveamento

Circuitos de
chaveamento
Prof. Raphael de Souza dos Santos

Descrição

O conceito de transistores, seus diferentes tipos e a utilização dos transistores como chaves aplicáveis a
circuitos elétricos. O desenvolvimento dos circuitos integrados, das portas lógicas e dos acopladores
ópticos, fundamentais para a integração entre sistemas digitais e elétricos.

Propósito

É fundamental aos estudantes de Engenharia a discussão sobre a utilização de elementos do tipo transistor
e circuitos integrados no chaveamento de circuitos, os diferentes tipos de transistores, algumas topologias e
configurações. O desenvolvimento dos circuitos digitais e o aparecimento da lógica transistor a transistor
(TTL) também serão apresentados, além dos acopladores ópticos e sua utilização no acionamento de
circuitos elétricos.

Objetivos
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Módulo 1

Circuitos transistorizados em chaveamento elétrico


Descrever a aplicação de circuitos transistorizados no chaveamento de circuitos elétricos.

Módulo 2

Circuitos integrados no chaveamento de circuitos elétricos

Descrever a aplicação de circuitos integrados no chaveamento de circuitos elétricos.

meeting_room
Introdução
Assista ao vídeo a seguir e compreenda a importância dos circuitos de chaveamento.

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1 - Circuitos transistorizados em chaveamento elétrico


Ao final deste módulo, você será capaz de descrever a aplicação de circuitos transistorizados
no chaveamento de circuitos elétricos.

Vamos começar!

video_library
Os circuitos transistorizados e a eletrônica industrial
Assista ao vídeo e conheça os principais conceitos e aspectos sobre o chaveamento de circuitos elétricos.

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Transistores
Um transistor é um componente eletrônico que possui dimensões bastante reduzidas. Suas aplicações em
circuitos eletrônicos e eletrônicos de potência se dividem em dois trabalhos bastante diferentes. Os
transistores podem funcionar como amplificadores ou como chaves. Veja a seguir mais sobre ambos:

Amplificadores

Quando funcionam como um amplificador, transitores recebem uma pequena corrente elétrica em uma
extremidade (uma corrente de entrada) e produzem uma corrente elétrica muito maior (uma corrente de
saída) na outra. De maneira bastante simplificada, é uma espécie de ganho de corrente. Isso é bastante útil
em circuitos eletrônicos aplicados a alguns dispositivos.

Por exemplo, um aparelho auditivo, um dos primeiros dispositivos nos quais os transistores foram
aplicados, tem um pequeno microfone que capta sons do ambiente ao seu redor e os transforma em
correntes elétricas que variam de acordo com esses sons do meio. Essas correntes são colocadas na
entrada de um transistor que as amplifica e alimenta um pequeno alto-falante, para que seja possível ouvir
uma versão muito mais alta desses sons captados.

Aparelho auditivo

Chaves

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Quando funcionam como chaves (interruptores), uma pequena corrente elétrica fluindo através de uma
parte de um transistor pode fazer uma corrente muito maior fluir por meio de outra parte dele. Em outras
palavras, uma pequena corrente pode ligar uma corrente maior. É essencialmente assim que todos os chips
de computadores funcionam.

Por exemplo, um chip de memória contém centenas de milhões ou mesmo bilhões de transistores, cada um
dos quais pode ser ligado ou desligado individualmente. Como pode estar em dois estados distintos (ligado
ou desligado), cada transistor armazena dois números diferentes, 0 e 1. Com bilhões de transistores, um
chip pode armazenar bilhões de zeros e uns, e quase tantos números e letras comuns (ou caracteres, como
chamadas).

Chips de memória.

Como os transistores são feitos?


Os transistores são feitos de silício, um elemento químico que, normalmente, não conduz eletricidade (não
permite que os elétrons fluam facilmente por ele). O silício é um semicondutor, o que significa que não é um
condutor (permite a passagem da corrente) nem um isolante (que não permite a passagem da corrente).

Contudo, se for tratado com impurezas (processo conhecido como dopagem), será possível fazer com que o
silício se comporte de maneiras diferentes, tais como:

Tipo n
Quando dopado com elementos químicos, como arsênico, fósforo ou antimônio, ganha alguns elétrons
"livres" extras – capazes de transportar uma corrente elétrica –, fazendo com que os elétrons fluam através

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dele mais facilmente. Como os elétrons têm carga negativa, é chamado de tipo n (tipo negativo).

Tipo p
Quando dopado com outras impurezas, como o boro, o gálio ou o alumínio, o silício tem menos elétrons
"livres", então os elétrons em materiais próximos tenderão a fluir para ele. A esse tipo de silício denomina-se
tipo p (tipo positivo).

O silício tipo n e o tipo p não possuem carga em si. Ambos são eletricamente neutros, embora o silício tipo n
tenha elétrons "livres" extras, o que aumenta sua condutividade e faz com que o silício tipo p tenha menos
elétrons livres – isso aumenta sua condutividade de maneira oposta.

Saiba mais
Em cada caso, a condutividade extra vem da adição de átomos neutros (sem carga) de impurezas ao silício
que, originalmente, era neutro como todos os elementos puros e não é capaz de criar cargas elétricas sem
uma fonte externa.

Tipos de transistores
Existem dois tipos de transistores: transistor bipolar de junção (TBJ) e transistor de efeito de campo (FET).
Veja a seguir:

Transistor bipolar de junção (TBJ) expand_more

Pode ser dividido em NPN e PNP. Esses dois tipos possuem diferentes símbolos para serem
identificados nos circuitos, como pode ser visto na imagem:

Símbolos e camadas de um TBJ.

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As letras referem-se às camadas de material semicondutor usado para fabricar cada transistor. A
maioria dos transistores utilizados na indústria é do tipo NPN, tendo em vista a maior facilidade de
fabricação desse transistor a partir do silício.

Os terminais de um TBJ são identificados como base (B), coletor (C) e emissor (E). Esses termos se
referem à operação interna do transistor.

Os TBJs são dispositivos controlados por corrente, ou seja, uma corrente de entrada é capaz de
controlar (conduzir ou amplificar) uma corrente na saída.

Transistor de efeito de campo (FET) expand_more

Além dos transistores bipolares de junção, existem transistores de efeito de campo que são
chamados de FETs. O FET é um dispositivo ativo de três terminais que usa um campo elétrico para
controlar o fluxo de corrente e possui uma alta impedância de entrada que é útil em muitos circuitos.
Na imagem a seguir, é possível observar os símbolos utilizados na identificação de FETs.

Símbolos de um FET: A – tipo P e B – tipo N.

Além do FET, os transistores de efeito de campo englobam os transistores de efeito de campo por
junção (JFET) e os transistores do tipo FET, os de semicondutor de óxido metálico (MOSFET).

Essa camada de óxido metálico nos MOSFETs ajuda no isolamento elétrico da entrada, aumentando
sua resistência de entrada e permitindo uma redução no consumo de corrente. O MOSFET é bastante
utilizado em fontes de alimentação.

Um transistor tipo FET também possui três terminais diferentes: source (S), que é análogo ao
emissor; dreno (D), análogo ao coletor; e gate (G), análogo à base.

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Transistor como amplificador


Embora alguns transistores controlem o movimento dos elétrons, nem todos funcionam da mesma maneira.

No TBJ, dois contatos são unidos a dois pedaços de silício do tipo n, formando o emissor e o coletor. De
maneira similar, um contato é unido a um silício do tipo p, sendo chamado de base, como pode ser visto na
imagem a seguir:

Junção de materiais em um transistor TBJ tipo NPN.

Quando não há corrente fluindo no transistor, é possível intuir que o silício tipo p tem poucos elétrons
(mostrados aqui pelos pequenos sinais de mais, representando cargas positivas), e os dois pedaços de
silício tipo n têm elétrons extras (mostrados pelo pequeno sinal positivo).

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Em um FET, as camadas de silício tipo n e tipo p são dispostas de maneira ligeiramente diferente do TBJ e,
quando revestidas com camadas de metal e óxido, produzem o MOSFET.

Exemplo em configuração de emissor comum


Um transistor atua como um amplificador permitindo o aumento de um sinal fraco produzido na entrada de
um circuito transistorizado. O circuito transistorizado deve ser alimentado com uma tensão contínua de
polarização aplicada em seus terminais (que variam de acordo com a configuração desejada).

Emissor comum

Uma célula solar é um dispositivo fotovoltaico capaz de transformar a energia proveniente do Sol (energia
luminosa) em energia elétrica por meio do efeito fotovoltaico.

Suponha que é desejado medir a intensidade da corrente elétrica produzida por um painel solar (composto
por diversas células solares interligadas) durante as várias horas do dia. A intensidade da corrente pode
variar consideravelmente, dependendo das condições de luminosidade, tornando difícil ou até impossível
realizar a medição com o uso direto de um amperímeto ou multímetro, como pode ser visto na imagem a
seguir:

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Medição da corrente fornecida por um painel solar.

Uma solução direta para esse problema de medição é o uso de um transistor para amplificar a corrente da
célula solar, de modo que seja possível realizar a medição com o instrumento até mesmo para menos luz
incidente sobre o painel.

Com a utilização de um circuito amplificador, a proposta é que a corrente da célula seja amplificada,
permitindo a medição inclusive nos momentos em que a luz incidente sobre o painel apresente baixa
intensidade, como pode ser visto imagem a seguir.

Amplificação da corrente fornecida por um painel solar em um circuito transistorizado.

A corrente através do movimento do medidor nesse circuito será β vezes a corrente da célula solar, como
pode ser visto na relação entre as correntes do coletor e da base na Equação 1:

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Eq. 1

IC = β ⋅ IB

Rotacione a tela. screen_rotation


Onde o β , também chamado de h F E , é o ganho estático do transistor.

Com um transistor de β igual a 100, por exemplo, isso representa um aumento substancial na sensibilidade
da medição. É prudente salientar que a energia adicional para mover a agulha do medidor vem da fonte de
alimentação na extremidade direita do circuito, e não da própria célula solar.

É fácil observar que com esse valor de β uma corrente de base I B de apenas 100μA(0, 0001A) seria capaz
de promover uma corrente de coletor I C igual a 10mA(0, 01A) :

I C = 100 ⋅ I B = 100 ⋅ 0, 0001 = 0, 01 A

Rotacione a tela. screen_rotation


Tudo o que a corrente da célula solar faz é controlar a corrente da fonte de alimentação para o medidor. Isso
permite fornecer uma corrente de leitura para o medidor maior do que a célula solar poderia fornecer sem
amplificação. Como o transistor é um dispositivo regulador de corrente e como as indicações do medidor
são baseadas na corrente por meio do circuito, a indicação do medidor nesse circuito deve depender
proporcionalmente da corrente da célula solar, e não da tensão fornecida pela fonte.

Outras configurações como coletor comum e base comum também podem ser utilizadas com propósitos
específicos, permitindo a amplificação dos sinais provenientes da base do transistor.

A corrente de emissor é definida como a soma entre as correntes de coletor e da base, como pode ser visto
na Equação 2.

Eq. 2

IE = IC + IB

Rotacione a tela. screen_rotation

Transistor como chave


Quando um transistor é usado como chave, ele opera apenas em duas condições:

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toggle_on
Ligado

toggle_off
Desligado
Não deve operar como amplificador e nunca estar "parcialmente" ligado (o que pode acontecer quando o
circuito for mal dimensionado), podendo superaquecer e ser destruído. No estado ligado, a tensão entre o
coletor e o emissor (VCE ) através do transistor é quase zero e o transistor é dito saturado porque não é
possível passar mais corrente através do coletor I c do que já está passando.

Nessa condição, toda a corrente disponível pela fonte é entregue ao dispositivo ligado ao coletor do
transistor que é chamado de carga. Ao escolher um transistor para usar como chave, deve-se considerar sua
corrente máxima de coletor I c(max) e seu ganho mínimo de corrente β(min) .

Exemplo de circuito
Suponha um diodo emissor de luz (LED) que se deseja ligar e desligar com um interruptor. O projeto de um
circuito para essa finalidade é bastante simples, como pode ser visto na imagem a seguir.

Circuito para acionamento de um LED com um interruptor: (a) LED desligada e (b) LED ligada.

O resistor é utilizado para limitar a corrente e a tensão sobre o diodo LED. Sendo assim, caso uma fonte de
10V seja utilizada na alimentação de um diodo vermelho, cujas especificações são tensão de alimentação
igual a 2, 0V e corrente de alimentação igual a 20mA , uma resistência deverá ser utilizada para polarizar o
diodo LED com a alimentação adequada, como pode ser visto na equação a seguir:

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VFONT E − VResist or − VLE D = 0


VResist or = VFONT E − VLE D
VResist or = 10 − 2
VResist or = 8 V
VResist or = R. I
V 8V
R = Resist or =
I 20mA
8
R= = 400Ω
0, 02

Rotacione a tela. screen_rotation


Assim, um resistor de 400Ω deverá ser utilizado para polarizar adequadamente o diodo LED.

Comentário

Seria possível inserir um transistor no lugar do interruptor para controlar o fluxo de corrente através do LED,
na medida em que é possível controlar a corrente entre o coletor e o emissor de um transistor.

Como é a corrente através do LED que se deseja controlar, deve-se posicionar o coletor e o emissor do
transistor onde estavam os dois contatos da chave, como pode ser visto na imagem:

Circuito para acionamento de um LED com um transistor.

Também devemos ter certeza de que a corrente do LED fluirá na direção do símbolo da seta do emissor para
garantir que a polarização da junção do transistor esteja correta, como na imagem anterior.

No exemplo, foi selecionado um transistor NPN. Entretanto, um transistor PNP também poderia ter sido
escolhido, bastando para isso inverter a polarização da fonte de alimentação.

Atenção!
A escolha entre NPN e PNP é arbitrária, sendo que ambos os transistores possuem as mesmas
características. Por esse motivo, é fundamental observar que as direções corretas das correntes sejam

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mantidas de acordo com a polarização correta da junção (fluxo da corrente seguindo a seta do símbolo do
transistor).

Na imagem, a base do TBJ não está conectada a uma tensão adequada e, consequentemente, nenhuma
corrente estará fluindo através da base. De acordo com o funcionamento dos transistores, essa ausência de
corrente não permitirá ligar o transistor e, consequentemente, nenhuma corrente fluirá entre o emissor e o
coletor do transistor.

Para que o transistor possa ser ligado, é necessário permitir que uma corrente flua através da base do
transistor. Isso é possível conectando-se uma chave entre a base e o coletor do transistor, como nas
imagens a seguir:

Polarização de corte
Quando a chave estiver aberta, o fio base do transistor não estará conectado a nada e não haverá corrente
através dele. Nesse caso, diz-se que o transistor está cortado (polarização de corte) (sem corrente fluindo
entre o emissor e o coletor).

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Polarização de saturação
Quando a chave for fechada, uma corrente poderá fluir da fonte para a base do transistor através da chave.
Essa corrente de base permitirá um fluxo de corrente muito maior entre o coletor e o emissor, acendendo o
LED. Nesse estado de corrente máxima do circuito, diz-se que o transistor está saturado (polarização de
saturação).

É importante destacar que um resistor precisa ser conectado entre a fonte e a base. Isso é necessário tendo
em vista que a corrente de base é pequena (muito menor que as correntes de emissor e coletor), e o resistor
permite que essa limitação na corrente da base seja imposta.

Aplicações dos transistores


Os transistores são usados no dia a dia em diversos equipamentos eletroeletrônicos, como amplificadores e
aparelhos de comutação (chaveamento).

Como amplificadores, eles estão sendo utilizados em osciladores, moduladores, detectores e praticamente
em qualquer circuito para desempenhar uma função.

Em um circuito digital, os transistores são usados principalmente como interruptores.

De acordo com várias funcionalidades, existem transistores de diferentes tipos, como para funcionar em
baixas e altas frequências, e de baixa, média e alta potências.

Transistor com circuitos integrados


A maioria dos circuitos integrados (CIs) não é capaz de fornecer grandes correntes de saída (nos circuitos
em geral, as correntes são de poucos mA – miliampères). Portanto, pode ser necessário usar um transistor
para permitir que uma corrente maior, necessária para dispositivos como lâmpadas, motores e relés, seja
disponibilizada, como pode ser visto na imagem:

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Circuito para acionamento de um LED através de um circuito integrado.

Um resistor de base limita a corrente que flui para a base do transistor a fim de evitar que seja danificado,
também deve permitir que o fluxo de corrente de base seja suficiente para garantir que o transistor esteja
totalmente saturado quando ligado.

Um transistor que não está totalmente saturado quando ligado poderá superaquecer e se danificar,
especialmente se o transistor estiver comutando uma corrente grande (maior do que 100mA).

A determinação do valor do resistor é feita pela lei das tensões de um circuito:

VFONT E − VResist or − VCARGA − VCE = 0


VResist or = VF ON TE − VCARGA − VCE

Rotacione a tela. screen_rotation


Se a fonte tiver uma tensão de 15V , a tensão entre coletor e emissor (VCE ) típica for igual a 3V e a tensão
na carga for igual a 9V , teremos:

VResist or = 15 − 9 − 3
VResist or = 3V
VResist or = R. I
V
R = Resist or
I

Rotacione a tela. screen_rotation


Onde VCE é a tensão entre o coletor e o emissor do transistor.

Cabe destacar que, em casos de dispositivos que demandem correntes acima do máximo permitido pelo
transistor, um relé ou outro dispositivo que permita uma intensidade maior de corrente deverá ser utilizado.

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Transistor com sensores


A imagem a seguir mostra como conectar um sensor de luz (LDR) a um transistor para fazer um “interruptor
de circuito sensível à luz” para acionar um LED. Nesse exemplo, quando a luminosidade sobre o LDR for
baixa, o LED deverá acender. O resistor variável ajusta a sensibilidade do sensor.

Circuito para acionamento de um LED através de um sensor de luz.

O par Darlington
Um par Darlington consiste em um circuito em que dois transistores são conectados juntos de modo que a
corrente amplificada pelo primeiro seja amplificada ainda mais pelo segundo transistor, como pode ser visto
na imagem a seguir:

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Circuito em par Darlington.

O par se comporta como um único transistor com um ganho de corrente muito alto, de modo que apenas
uma pequena corrente de base é necessária para ligar o par.

O ganho de corrente do par Darlington (h F E ) é igual aos dois ganhos individuais (h F E 1 e h F E 2)


multiplicados juntos, como pode ser visto na Equação 3 :

Eq. 3

hF E = hF E 1 × hF E 2

Rotacione a tela. screen_rotation


Isso dá ao par um ganho de corrente muito alto, por exemplo, 10.000x.

Os pares Darlington estão comercialmente disponíveis como um pacote de transistor Darlington com três
terminais (B, C e E) equivalentes aos de um transistor-padrão, sendo possível também fazer um par
Darlington a partir de dois transistores comuns.

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Falta pouco para atingir seus objetivos.

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Vamos praticar alguns conceitos?

Questão 1

Suponha um transistor TBJ. Considerando-se suas correntes de base (I B = 500μA) e de coletor


(I C = 10mA) , é possível determinar que o seu ganho e a corrente de emissor são iguais a:

A β = 10 e lE = 10 mA

B β = 10 e lE = 10, 5 mA

C β = 20 e lE = 20 mA

D β = 20 e lE = 10, 5 mA

E β = 10 e lE = 20 mA

Parabéns! A alternativa D está correta.

IC = β ⋅ IB
IC 10m
β= =
IB 500μ
−3
10 × 10
β= −6
= 0, 02 × 10+ 3
500 × 10
β = 20
IE = IC + IB
I E = 10m + 500μ
I E = 10 × 10− 3 + 500 × 10− 6
I E = 0, 01 + 0, 0005 = 0, 0105
I E = 10, 5mA

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Questão 2

Um circuito integrado será utilizado para acionar um transistor. O circuito será usado para ligar e
desligar uma carga que possui tensão de alimentação de 10V e 100mA de corrente. Para isso, será
utilizada uma fonte com 15V . Determine o resistor de limitação necessário para a energização dessa
carga, sabendo que a tensão entre o coletor e o emissor do transistor (VCE ) é igual a 2V .

A 30Ω

B 10Ω

C 12Ω

D 15Ω

E 800Ω

Parabéns! A alternativa A está correta.

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VFONT E − VResist or − VCARGA − VCE = 0


VResist or = VFONT E − VCARGA − VCE
VResist or = 15 − 10 − 2
VResist or = 3 V
VResist or = R. I
V 3V
R = Resist or =
I 100mA
3
R= = 30Ω
0, 1

2 - Circuitos integrados no chaveamento de circuitos


elétricos
Ao final deste módulo, você será capaz de descrever a aplicação de circuitos integrados no
chaveamento de circuitos elétricos.

Vamos começar!
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video_library
O chaveamento de circuitos elétricos através de
controladores digitais
Assista ao vídeo e conheça os principais conceitos e aspectos sobre o chaveamento de circuitos elétricos
através de controladores digitais.

Circuitos integrados
Um circuito integrado (integrated circuit – CI) é, por vezes, chamado de chip, microchip ou circuito
microeletrônico. Basicamente consiste em uma pastilha semicondutora na qual são fabricados milhares ou
milhões de minúsculos componentes eletrônicos, tais como:

Transistores
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Resistores

Capacitores

Diodos
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Um CI pode ser projetado ou configurado para funcionar como:

amplificador;

oscilador;

temporizador;

contador;

porta lógica;

memória de computador;

microcontrolador;

microprocessador.

Um CI consiste no bloco de construção fundamental de todos os dispositivos eletrônicos modernos. Por


exemplo, a parte mais importante de um computador (sua CPU ou unidade central de processamento) é um
CI. Como o nome sugere, é um sistema integrado de vários componentes miniaturizados e interconectados
embutidos em um substrato fino de material semicondutor (geralmente cristal de silício). Um exemplo de
uma placa-mãe de um computador com os circuitos integrados pode ser visto na imagem:

Placa-mãe com circuitos integrados.

Componentes adicionais também podem residir no CI, todos interconectados por meio de uma rede
complexa de pastilhas semicondutoras, silício, cobre e outros materiais. Em termos de tamanho, cada
componente é pequeno, geralmente microscópico. O circuito resultante, um chip monolítico, também é
minúsculo – muitas vezes apenas o suficiente para ocupar alguns milímetros quadrados ou centímetros de
espaço.
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Como já citado, um exemplo comum de um CI moderno é o processador do computador, que normalmente


contém milhões ou bilhões de transistores, capacitores, portas lógicas etc., conectados entre si para formar
um circuito digital complexo. Embora o processador seja um CI, nem todos os CIs são processadores.

Processador de computador.

Entre os circuitos integrados mais conhecidos e utilizados comercialmente, estão os de lógica transistor a

transistor (TTL ou T2L), introduzidos no final da década de 1960. A lógica TTL cresceu rapidamente para ser
o tipo mais utilizado entre os circuitos integrados digitais. Muitas melhorias e variações foram adicionadas
desde a sua primeira versão. Nos dias atuais, a TTL continua sendo uma escolha popular entre os circuitos
integrados.

Lógica TTL
O TTL é mais bem representado pela série SN 54/74 de circuitos integrados digitais.

A Texas Instruments Corporation desenvolveu originalmente essa série de CIs lógicos, mas várias empresas
os fabricam e usam o mesmo sistema de numeração.

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Exemplo de portas lógicas.

A série SN 54 (SN significa rede de semicondutores ou semiconductors network) é mais cara e projetada
para maior faixa de temperatura do que a série SN 74. Os dispositivos SN 54 operam em uma faixa de
temperaturas de -55 a +125°C, enquanto os dispositivos SN 74 operam em uma faixa de 0 a 70°C.

Os CIs TTL operam com uma tensão de alimentação de 5 volts e requerem uma fonte de alimentação de 5
volts bem regulada.

Portas lógicas
As portas lógicas digitais podem ter mais de uma entrada, por exemplo, entradas A, B, C, D etc., mas
geralmente têm apenas uma saída digital (Q), como observado na figura a seguir:

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Simbologia de uma porta lógica.

Portas lógicas podem ser conectadas de maneira individual ou em cascata para formar uma função de
porta lógica com qualquer número desejado de entradas, para formar circuitos do tipo combinacional e
sequencial ou para produzir funções de porta lógica diferentes das portas-padrão (essenciais).

As portas lógicas digitais padronizadas comercialmente estão disponíveis em duas famílias básicas:

TTL (Transistor–transistor logic)


Como a série 7400.

CMOS (Complementary metal-oxide-silicon)


Como a série 4000 de chips.

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Essa notação de TTL ou CMOS refere-se à tecnologia lógica usada para fabricar o CI. De modo geral, os CIs
lógicos TTL usam transistores bipolares de junção do tipo NPN e PNP, enquanto os CIs lógicos CMOS usam
transistores de efeito de campo do tipo semicondutor de óxido metálico (MOSFET) ou transistores de efeito
de campo por junção (JFET) complementares para seus circuitos de entrada e saída.

O uso de transistores para a construção de portas lógicas depende de sua funcionalidade como chaves
rápidas. Como já falado, quando a junção base-emissor é ligada o suficiente para ser levada à saturação, a
tensão do coletor em relação ao emissor pode ser próxima de zero e usada para construir portas para a
família lógica TTL.

Porta E (AND)
Para a lógica E, os transistores estão em série e ambos devem permanecer no estado de condução para que
a saída seja ligada (colocada em nível lógico alto), como pode ser visto na imagem a seguir:

Circuito transistorizado de uma porta E.

Porta OU (OR)

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Para a lógica OU, os transistores estão em paralelo e a saída é levada ao nível lógico alto (ligada) se
qualquer um dos transistores estiver conduzindo, como pode ser visto na imagem a seguir:

Circuito transistorizado de uma porta OU.

Portas NÃO E (NAND)


Para a lógica NAND, os transistores estão em série, mas a saída está acima deles. A saída é alta, a menos
que ambas as entradas A e B sejam altas – nesse caso, a saída é reduzida perto do potencial de terra
(desligada ou colocada em nível lógico baixo), como pode ser visto na imagem a seguir:

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Circuito transistorizado de uma porta NÃO E.

Portas NÃO OU (NOR)


A porta lógica NÃO OU pode ser montada em circuitos com um ou dois transistores.

Na alternativa com apenas um transistor, as duas entradas são ligadas à sua base por meio de resistores.
Se uma ou ambas as entradas forem altas (ligadas), a saída será baixa (desligada), como pode ser visto na
imagem a seguir:

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Circuito transistorizado de uma porta NÃO OU com um transistor.

Para a lógica NOR com dois transistores, eles estão em paralelo com a saída acima, de modo que, se uma
ou ambas as entradas estiverem altas (ligadas), a saída será baixa (desligada), como pode ser visto na
imagem a seguir:

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Circuito transistorizado de uma porta NÃO OU com dois transistores.

Estados lógicos digitais


Como visto, uma porta lógica digital é um bloco de construção básico a partir do qual todos os circuitos
eletrônicos digitais e sistemas baseados em microprocessadores são construídos.

Essas portas lógicas digitais básicas realizam operações lógicas de E, OU e NÃO, em:

Números binários
(0 ou 1)

Níveis lógicos
(Alto ou baixo)

Isso é possível tendo em vista que apenas dois níveis ou estados de tensão são permitidos em circuitos
digitais, e esses estados são geralmente referidos como Lógico “1” e Lógico “0”, ou ALTO e BAIXO, ou
VERDADEIRO e FALSO.

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Esses dois estados são representados na álgebra booleana e nas tabelas-verdade pelos dígitos binários de
“1” e “0”, respectivamente.

Um exemplo de estado digital pode ser visto em um simples interruptor de luz. O interruptor pode estar
“ligado” ou “desligado”, um estado ou outro, mas não ambos ao mesmo tempo, conforme a figura a seguir.

Interruptor no estado ligado e no estado desligado.

Classificações de circuitos integrados


Os circuitos integrados podem ser classificados de acordo com seu “porte”, ou seja, com a quantidade de
transistores utilizados em sua formação de acordo com as categorias a seguir:

Integração de Pequena Escala (SSI)

Contém até 10 transistores ou algumas portas em um único pacote, como portas AND, OR,
NOT.

Integração de Média Escala (MSI)

Contém entre 10 e 100 transistores ou dezenas de portas dentro de um único pacote e realiza
operações digitais como somadores, decodificadores, contadores, flip-flops e

lti l d
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multiplexadores.

Integração em Grande Escala ou (LSI)

Contém entre 100 e 1.000 transistores ou centenas de portas e realiza operações digitais
específicas, como chips de E/S, memória, unidades aritméticas e lógicas.

Very-Large Scale Integration (VLSI)

Contém entre 1.000 e 10.000 transistores ou milhares de portas e realiza operações


computacionais como processadores, grandes arrays de memória e dispositivos lógicos
programáveis.

Super-Large Scale Integration (SLSI)

Contém entre 10.000 e 100.000 transistores dentro de um único pacote e realiza operações
computacionais como chips microprocessadores, microcontroladores, PICs (Programmable
Interface Controller - Controlador de Interface Programável) básicos e calculadoras.

Ultra-Large Scale Integration (ULSI)

Contém mais de 1 milhão de transistores – os big boys que são usados em CPUs de
computadores, GPUs, processadores de vídeo, microcontroladores, FPGAs (field-
programmable gate array - matriz de portas programáveis) e PICs complexos.

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Acopladores ópticos
Os acopladores ópticos podem ser descritos por diferentes terminologias, incluindo isolador óptico e
fotoacoplador.

Essencialmente, um acoplador óptico ou fotoacoplador é um dispositivo semicondutor que usa um sinal


óptico para acoplar um sinal de um circuito elétrico a outro enquanto fornece isolamento elétrico entre eles.

Os fotoacopladores ou acopladores ópticos geralmente estão contidos em um único circuito integrado,


embora haja um grande grau de variação de acordo com a aplicação pretendida.

Exemplo

É possível realizar um acoplamento óptico entre dois circuitos fazendo com que um deles tenha condições
de emitir um sinal luminoso e o outro circuito possua um ou mais sensores que sejam sensibilizados por
luz.

São utilizados em muitas funções, como para estabelecer um tipo de “vínculo” entre os dados de dois
circuitos e podem ser usados em codificadores ópticos, cujo acoplador óptico fornece um meio de detectar
transições de borda visíveis em uma roda de codificador para detectar posição e em diversos circuitos onde
são necessários links ópticos e transições, mas onde a interação direta entre os circuitos não seja permitida
ou desejável. Por exemplo, em aplicações onde circuitos que apresentam níveis de tensão muito diferentes
ou grandezas de naturezas distintas.

Eles ainda formam o elemento essencial em relés de estado sólido, que são dispositivos eletrônicos que
utilizam semicondutores para operação sem contato físico entre seus terminais.

Os relés de estado sólido não são muito diferentes em operação dos relés de contato (relés
eletromagnéticos). Um acoplamento óptico é usado para isolar eletricamente a entrada e a saída, enquanto
permite que a saída seja comutada (ligada ou desligada) de acordo com o estado de entrada, como pode
ser visto na imagem a seguir:

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Circuito de um relé de estado sólido com um fototransistor.

Estrutura básica
O acoplador óptico é um componente que contém dois elementos necessários para um isolamento óptico,
como veremos a seguir.

Um emissor de luz expand_more

O emissor de luz está no lado de entrada. Ele recebe o sinal de entrada e o converte em um sinal
luminoso. Normalmente, o emissor de luz é um diodo emissor de luz (LED).

Um detector de luz expand_more

O detector de luz dentro do acoplador óptico ou isolador óptico detecta a luz do emissor e a converte
de volta em um sinal elétrico. O detector de luz pode ser qualquer um dos vários tipos diferentes de
dispositivos, tais como um fotodiodo, um fototransistor, um foto-Darlington, entre outros.

O emissor de luz e o detector são especificados para serem capazes de interagir um com o outro, tendo
comprimentos de onda correspondentes para que o acoplamento máximo seja alcançado.

O acoplador óptico também pode conter outros circuitos, por exemplo, pode incluir um resistor em série
com o LED para limitação de corrente, permitindo o acionamento seguro do diodo. Também pode incluir um

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amplificador de saída para aumentar o sinal produzido.

Embora um acoplador óptico ou isolador óptico seja geralmente pensado como um único pacote integrado,
é possível obter o mesmo resultado usando dispositivos separados. No entanto, os arranjos mecânicos
precisam ser cuidadosamente especificados quando circuitos separados são considerados. Isso
geralmente torna um acoplador óptico feito de dispositivos separados menos conveniente, embora possa
haver a necessidade de utilização de componentes separados em algumas aplicações.

Terminologia
Os termos fotoacoplador, acoplador óptico e isolador óptico são frequentemente usados de forma
intercambiável na literatura eletrônica e técnica quando se referem a componentes que realizam a mesma
função.

A rigor, existem diferenças entre os termos isolador óptico e acoplador óptico. O fator de distinção entre
eles está na diferença de tensão esperada entre a entrada e a saída:

Isolador óptico

É geralmente usado em sistemas de energia e usado para transmitir informações analógicas ou


digitais entre circuitos nos quais a diferença de potencial é superior a 5.000 volts.
close

Acoplador óptico

É geralmente considerado para transmitir sinais analógicos de informação digital entre circuitos,
mantendo o isolamento elétrico em potenciais de até 5.000 volts.

O símbolo do acoplador óptico usado nos diagramas para representação de circuitos elétricos indica a
função e os elementos internos dentro do componente de maneira geral. O símbolo mostra um LED,
normalmente usado como emissor de luz, um receptor, geralmente um fototransistor ou foto-Darlington,
embora outros dispositivos, incluindo diodo de corrente alternada (DIACs) sensível à luz, entre outros,
também possam ser utilizados. O tipo de dispositivo a ser considerado é mostrado dentro do símbolo do
acoplador óptico.

Comentário
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Entre as configurações de acopladores ópticos bastante utilizadas em aplicações de alimentação em


corrente alternada, estão os acopladores ópticos baseados no acionamento de DIACs ou para acionamento
de triodo de corrente alternada (TRIACs) em aplicações de comutação de rede elétrica ou controle de ângulo
de comutação.

Para os acopladores ópticos usados para tensões mais baixas, uma variedade de configurações está
disponível. Frequentemente, os acopladores ópticos vêm em pequenos encapsulamentos, conhecidos
como:

Dual-in-line (DIL)
Para componentes de montagem convencionais.

Small outline integrated circuit (SOIC)


Versões SMD. Fornecem opções mais compactas para os acopladores ópticos.

Para os encapsulamentos SOIC, deve-se ter a certeza de que todos os requisitos de isolamento sejam
adequadamente atendidos.

Para isoladores ópticos operando em tensões muito mais altas, diferentes encapsulamentos estão
disponíveis. Isoladores ópticos em formatos retangulares, cilíndricos e em configurações especiais também
estão disponíveis. Esses tipos de encapsulamento são projetados para fornecer tensões de isolamento
mais altas do que as que podem ser alcançadas com pacotes do tipo DIL e surface mounted device (SMD),
como o SOIC.

Especificações
Existem vários parâmetros e especificações que precisam ser levados em consideração na utilização de
acopladores ópticos e isoladores ópticos:

Taxa de transferência real (CTR)

É uma das principais especificações. É a razão entre a corrente que flui no dispositivo de
saída dividida pela corrente no dispositivo de entrada. O CTR varia de acordo com o tipo de
dispositivo utilizado na saída do acoplador óptico. Aqueles que utilizam foto-Darlingtons
serão muito maiores do que aqueles que utilizam fototransistores comuns, tendo em vista

t d íd t d
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i D t CTR t i 39/45
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que as correntes de saída tendem a ser superiores. Deve-se notar que o CTR costuma variar
com o nível de corrente de entrada. Embora varie de acordo com o dispositivo, para
acopladores ópticos manuais, o pico para níveis de corrente de entrada gira em torno de
10mA.

Largura de banda

Para ser capaz de representar o espectro de taxas de dados que podem ser processadas
através de um acoplador óptico, é necessário conhecer a largura de banda. Para muitos
acopladores ópticos que usam fototransistores, essa banda pode compreender a região de
250kHz, e para aqueles que usam foto-Darlingtons, pode ser um décimo desse valor. Alguns
acopladores ópticos muito mais rápidos estão disponíveis. Normalmente, quanto menor o
CTR, mais rápidos os tempos de subida e descida.

Corrente de entrada

Esta é a corrente necessária para estimular o dispositivo transmissor de entrada, por exemplo,
o diodo LED. O valor é usado para calcular o resistor em série utilizado para limitar a corrente.

Tensão máxima do dispositivo de saída

Para acopladores ópticos que utilizam transistores, o valor máximo será igual à tensão entre o
coletor e o emissor VCE (max) do transistor. Para acopladores ópticos usando outros
dispositivos na saída, uma análise equivalente deve ser empregada. Vale lembrar que é
importante considerar uma margem de segurança adequada, pois não é recomendável operar
os dispositivos perto de suas especificações máximas. Por exemplo, em alguns casos,
utilizam-se margens de segurança que giram em torno de 10% do valor máximo que o
dispositivo é capaz de suportar, ou seja, para um dispositivo que possa tolerar uma tensão de
20V em sua saída, cargas com até no máximo 18V podem ser acionadas.

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Falta pouco para atingir seus objetivos.

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Vamos praticar alguns conceitos?

Questão 1

As portas lógicas são componentes da eletrônica digital e fundamentais para o desenvolvimento de


uma ampla variedade de circuitos combinacionais e sequenciais. A porta lógica formada por dois
transistores e cuja saída é ligada quando as duas entradas dos transistores estão em nível lógico alto é
denominada:

A Porta E.

B Porta OU.

C Porta NÃO E.

D Porta NÃO OU.

E Porta NOR.

Parabéns! A alternativa A está correta.

A porta lógica E é construída com dois transistores em série e, para que a saída seja ligada, ambos os
transistores devem ser colocados em estado de condução, ou seja, as duas entradas devem ser
colocadas em nível lógico alto.

Questão 2

Um acoplador óptico é um dispositivo eletrônico que permite acoplar dois circuitos mantendo o
isolamento elétrico entre eles. Entre os componentes de um acoplador óptico, aquele que recebe um
sinal de entrada e o converte em um sinal luminoso é denominado:
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A TRIAC.

B Emissor de luz.

C Detector de luz.

D DIAC.

E Fototransistor.

Parabéns! A alternativa B está correta.

O emissor de luz é a parte do acoplador óptico que recebe um sinal de entrada e o converte em sinal
luminoso, estimulando um dispositivo detector, geralmente um LED.

Considerações finais
Este conteúdo teve como foco o chaveamento de circuitos eletroeletrônicos e suas aplicações em circuitos
elétricos.

Na primeira parte, foram apresentados os circuitos de chaveamento baseados em transistores. Foram


discutidos os tipos de transistores e seu processo de construção. Vimos o conceito de dopagem de material
e as múltiplas camadas. Um exemplo de transistor na configuração emissor comum foi discutido e
apresentado em detalhes. O uso de transistores com circuitos integrados, sensores e o uso dos transistores
em par Darlington também foram apresentados.

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Na segunda parte, vimos, ainda, os conceitos de circuitos integrados e os processos de fabricação dos CIs.
O conceito de portas lógicas, suas diversas configurações e os estados lógicos digitais foram apresentados.
Por fim, estudamos a estrutura básica dos acopladores, suas terminologias e especificações.

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Podcast
Para encerrar, ouça o resumo dos principais tópicos abordados.

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Diversos simuladores de portas lógicas são disponibilizados por desenvolvedores e permitem conhecer
melhor e visualizar o funcionamento das portas lógicas.

O EasySim está disponível de forma gratuita, incluindo diversas funcionalidades como as portas lógicas
simples e os circuitos digitais mais complexos.

O simulador on-line Falstad permite visualizar o funcionamento de circuitos transistorizados e de portas


lógicas, além da visualização dos sinais e dos valores lógicos de um circuito.

Referências

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08/09/2023, 00:01 Circuitos de chaveamento

BANSAL, M. et al. Phototransistor: the story so far. Journal of Electronics, v. 2, n. 4, p. 202-210, 2020.

BOYLESTAD, R. L.; NASHELSKY, L. Dispositivos eletrônicos. [s.l.]: Prentice Hall, 2013.

HODGES, D. A. Darlington's contributions to transistor circuit design. IEEE Transactions on Circuits and
Systems I: Fundamental Theory and Applications, v. 46, n. 1, p. 102-104, 1999.

POMILIO, J. A. Fontes chaveadas. Publicaçao FEEC, v. 13, p. 95, 2008.

SEDRA, A. S.; SMITH, K. C. Microeletrônica. [s.l.]: Pearson Prentice Hall, 2007.

TOCCI, R. J.; WIDMER, N. S. Sistemas digitais. 8. ed. [s.l.]: [s.n.], 2003.

TEIXEIRA, H. T.; TAVARES, M. F.; PEREIRA, R. V. M. Sistemas digitais. [s.l.]: [s.n.], 2017.

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