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UNIDADE II - PADRONIZAÇÃO

E NORMATIZAÇÃO
 Toda representação gráfica, principalmente a de
desenho técnico, deve ser executada dentro de
padrões e regras estabelecidos e de conhecimento
geral, que permitam seu entendimento por todos
que os utilizarem. Tais padronizações e regras são
desenvolvidas e estabelecidas pela ABNT
(Associação Brasileira de Normas Técnicas), de
acordo com a ISO (International Organization for
Standardization), atendendo às necessidades de
intercâmbio de tecnologia entre os países.

 Existem diversas normas relativas ao desenho,


algumas gerais e outras específicas de cada área
de conhecimento (arquitetura, eletrônica, etc).
UNIDADE II - PADRONIZAÇÃO
E NORMATIZAÇÃO
 Abordaremos as normas referentes ao desenho
técnico básico, comum a todas as áreas e
referentes ao desenho arquitetônico:
 NBR 10582. Apresentação da Folha para Desenho
Técnico.
 NBR 10126. Cotagem em Desenho Técnico.
 NBR 10647. Desenho Técnico.
 NBR 8196. Desenho Técnico - Empregos de Escalas.
 NBR 13532. Elaboração de Projetos de Edificações –
Arquitetura.
 NBR 8402. Execução de Caracter para Escrita em
Desenho Técnico.
 NBR 10068. Folha de Desenho – Leiaute e Dimensões.
 NBR 10067. Princípios Gerais de Representação em
Desenho Técnico.
 NBR 6492. Representação de Projetos de Arquitetura.
FOLHA DE DESENHO -
LEIAUTE E DIMENSÕES
 De acordo com a NBR 10068: Folha de Desenho –
Leiaute e Dimensões, as características
dimensionais das folhas em branco e pré-
impressas a serem aplicadas em todos os
desenhos técnicos são padronizadas.
 As folhas podem ser utilizadas tanto na posição
horizontal como na vertical.
FOLHA DE DESENHO -
LEIAUTE E DIMENSÕES
 Os formatos das folhas recomendadas para
desenho técnico são os da série A. São os
formatos baseados em um retângulo de área igual
a 1 m² e lados medindo 1189 mm x 841 mm.
Formatos da série "A"
Designação Dimensões (mm)
A0 841 x 1189
A1 594 x 841
A2 420 x 594
A3 295 x 420
A4 210 x 297
FOLHA DE DESENHO -
LEIAUTE E DIMENSÕES
 Deste formato básico, designado por AO (A zero),
deriva-se a série A, através de bipartição,
conforme a figura abaixo.
FOLHA DE DESENHO -
LEIAUTE E DIMENSÕES
 As folhas de desenho acima do padrão A4 (210 x
297 mm) devem ser dobradas para facilitar o
arquivamento. A legenda deve ficar sempre na
parte externa ao final do dobramento, de forma a
facilitar sua leitura.

 O tamanho final de todos os formatos é o A4, e a


forma de dobragem é dada nas figuras a seguir.
FOLHA DE DESENHO -
LEIAUTE E DIMENSÕES
FOLHA DE DESENHO -
LEIAUTE E DIMENSÕES
FOLHA DE DESENHO -
LEIAUTE E DIMENSÕES
LEGENDA
 A legenda é o espaço destinado à colocação de
informações sobre o desenho.
 Deve conter:
 Identificação da empresa e do profissional
responsável pelo projeto;
 Identificação do cliente, nome do projeto ou do
empreendimento;
 Título do desenho;
 Indicação sequencial do projeto (números ou letras);
 Escalas;
 Data;
 Autoria do desenho e do projeto;
 Indicação de revisão.
LEGENDA
 Próximo à legenda (acima ou do lado esquerdo na
parte horizontal) podem se encontrar:
 Planta-chave;
 Escalas gráficas;
 Descrição da revisão;
 Convenções gráficas;
 Notas gerais;
 Desenhos de referência;
 Indicação do norte;
 Regime de ventos.
LEGENDA
 Sua altura pode variar, apenas a sua largura é
especificada: AO e A1 = 175 mm e A2, A3 e A4 = 178
mm.
 No total, o espaço reservado para a legenda somado à
margem direita resultará em um módulo de 185 mm. A
margem esquerda de 25 mm é destinada à perfuração
ou colocação de grampos para arquivamento. As
margens esquerda e direita são padronizadas:
Margem (mm)
Formato
Esquerda Direita
A0 25 10
A1 25 10
A2 25 7
A3 25 7
A4 25 7
CALIGRAFIA TÉCNICA

 A caligrafia nos desenhos técnicos é definida pela


NBR 8402: Execução de Caracter para Escrita em
Desenho Técnico, e deve respeitar alguns
requisitos básicos, como ser bem legível, de rápida
execução e proporcional ao desenho, deve ser
aplicada a mesma largura de linha para letras
maicusculas e minusculas e, as linhas que se
cruzam ou se tocam, devem acontecer em angulo
reto (90°).
CALIGRAFIA TÉCNICA

 O modelo de caligrafia técnica é o modelo abaixo:


CALIGRAFIA TÉCNICA
 Linha de Guia - necessárias para manter as letras e
números com a mesma altura ou mesma inclinação,
devem ser executadas com traço contínuo e estreito.
 Altura das Letras - é baseada na altura das letras
maiúsculas, sendo o mínimo de 2,5 mm. Na aplicação
simultânea de letras maiúsculas e minúsculas, a altura
mínima é de 3,5 mm. A escrita pode ser vertical ou
inclinada em 15º para a direita em relação à vertical.
CALIGRAFIA TÉCNICA
 A altura é escolhida de acordo com a importância do
texto que será escrito, para títulos entre 7 ou 10 mm,
para observações e notas, 3 mm. O mais usual é 3 e
5mm para títulos e subtítulos.
CALIGRAFIA TÉCNICA

 Medidas para caligrafia técnica:

Altura das letras maiúsculas 5 mm


Altura das letras minúsculas 3,5 mm
Atura complementar das letras minúsculas 1,5 mm
Intervalo entre caracteres 1 mm
Intervalo entre palavras 3 mm
Intervalo entre linhas 7 mm
LEGENDA
 Modelo que iremos utilizar:
 Medidas em mm.
APLICAÇÃO DOS TIPOS DE
LINHA
 A diferenciação entre os elementos de um
desenho é dada pela espessura e tipo das linhas
utilizadas. De modo geral, sua espessura é
definida pela prática para cada elementos, com
pouca variação, dependendo ainda do tipo de
desenho e importancia do detalhe. Deve-se
respeitar as seguintes recomendações gerais:
 A espessura e o espaçamento das linhas
proprocionais à escala do desenho.
 A espessura de linhas estabelecida para uso
em um desenho mantém-se em todo ele, assim
como em pranchas complementares.
APLICAÇÃO DOS TIPOS DE
LINHA
 De acordo com a NBR 6492: Representação de
Projetos de Arquitetura, os tipos de linha com seu
respectivo uso são:
 1. Linhas Tracejadas:
 Mesmo valor que as linhas de eixo.
 Uso: contorno e arestas não visíveis (situadas
além do plano do desenho).
APLICAÇÃO DOS TIPOS DE
LINHA
 2. Linhas Contínuas - Largas:
 A espessura varia com a escala e a natureza do
desenho.
 Uso: contorno, arestas visíveis e linhas
principais.
APLICAÇÃO DOS TIPOS DE
LINHA
 3. Linhas Contínuas - Estreitas:
 Firmes, porém de menor valor que as linhas de
contorno.
 Uso: linhas internas e linhas gerais.
APLICAÇÃO DOS TIPOS DE
LINHA
 3. Linhas Contínuas - Estreitas:
 Quando utilizadas para cotas, devem ser
firmes, definidas, com espessura igual ou
inferior à linha de eixo ou coordenadas.
 Também utilizadas para linhas e hachuras.
APLICAÇÃO DOS TIPOS DE
LINHA
 3. Linhas Contínuas - Estreitas:
 Quando utilizadas para linhas de indicação e
chamadas, possuem o mesmo valor que as
linhas de eixo.
APLICAÇÃO DOS TIPOS DE
LINHA
 3. Linhas Contínuas - Estreitas:
 Quando utilizadas como linhas auxiliares, para
construção de desenhos, guia de letras e
números, com traço; o mais leve possível
(muito estreita), possuindo o mesmo valor que
as linhas de eixo.
APLICAÇÃO DOS TIPOS DE
LINHA
 3. Linhas Contínuas - Estreitas:
 Quando utilizadas como linhas de silhueta,
possuem o mesmo valor que as linhas de eixo.
APLICAÇÃO DOS TIPOS DE
LINHA
 3. Linhas Contínuas - Estreitas:
 E quando utilizadas com linhas de interrupção
de desenho, também possuem o mesmo valor
que as linhas de eixo.
APLICAÇÃO DOS TIPOS DE
LINHA
 4. Linhas Traço e Dois Pontos:
 Quando se tratar de projeções importantes, devem
ter o mesmo valor que as linhas de contorno.
 Médias - Uso: projeções de pavimentos
superiores, marquises, balanços...
 Estreitas - Uso: limite de peças móveis, centros
de gravidade, detalhes situados antes do plano
de corte.
 Estreitas com espaçamento nas extremidades e
nas mudanças de direção - Uso: localização de
planos de corte.
APLICAÇÃO DOS TIPOS DE
LINHA
 5. Linhas Traço e Ponto:
 Firmes, definidas, com espessura inferior às
linhas internas e com traços longos.
 Larga - Uso: superfícies com indicação
especial, como indicação de cortes.
 Estreita - Uso: linhas de centro, eixos de
simetria, trajetórias, coordenadas.
TERMOS EMPREGADOS EM
DESENHO TÉCNICO
 A NBR 10647: Desenho Técnico - é quem define a
terminologia utilizada em Desenho Técnico.
 Ela divide em seis grupos:
 Quanto ao aspecto geométrico;
 Quanto ao grau de elaboração;
 Quanto ao material empregado;
 Quanto ao grau de pormenorização;
 Quanto à técnica de execução;
 Quanto ao modo de obtenção.
QUANTO AO ASPECTO
GEOMÉTRICO
 Desenho projetivo: projeções do objeto sobre um ou
mais planos que fazem coincidir com o próprio
desenho, sendo: vistas ortográficas e perspectivas.
 Vistas ortográficas: projeções cilíndricas
ortogonais do objeto, sobre planos, de modo a
representar, com exatidão, a forma do mesmo com
seus detalhes.
QUANTO AO ASPECTO
GEOMÉTRICO
 Perspectivas: projeção cilíndrica ou cônica, sobre
um único plano, com a finalidade de permitir uma
percepção mais fácil da forma do objeto.
QUANTO AO ASPECTO
GEOMÉTRICO
 Desenho não projetivo: não subordinado à
correspondência, por meio de projeção, entre as
figuras que constituem e o que é por ele
representado, compreendendo larga variedade de
representações gráficas, tais como:
 Diagramas;
 Esquemas;
 Ábacos ou nomogramas;
 Fluxogramas;
 Organogramas;
 Gráficos.
QUANTO AO ASPECTO
GEOMÉTRICO
 Diagrama: desenho no qual valores funcionais são
representados em um sistema de coordenadas.
 Esquema: figura que representa não a forma dos objetos,
mas as suas relações e funções.
 Ábaco ou nomograma: gráfico com curvas apropriadas,
mediante o qual se podem obter as soluções de uma
equação determinada pelo simples traçado de uma ou mais
retas.
 Fluxograma: representação gráfica de uma sequencia de
operações.
 Organograma: quadro geométrico que representa os níveis
hierárquicos de uma organização, ou de um serviço, e que
indica os arranjos e as inter-relações de suas unidades
constitutivas.
 Gráfico: representado por desenho ou figuras geométricas.
É um conjunto finito de pontos e de segmentos de linhas que
unem pontos distintos.
QUANTO AO GRAU DE
ELABORAÇÃO
 Esboço: representação gráfica aplicada habitualmente
aos estágios iniciais de elaboração de um projeto,
podendo, entretanto, servir ainda à representação de
elementos existentes ou à execução de obras.
 Desenho preliminar: representação gráfica
empregada nos estágios intermediários da elaboração
do projeto, sujeita ainda a alterações e que
corresponde ao anteprojeto.
 Croqui: desenho não obrigatoriamente em escala,
confeccionado normalmente à mão livre e contendo
todas as informações necessárias à sua finalidade.
 Desenho definitvo: desenho integrante da solução
final do projeto, contendo os elementos necessários à
sua compreensão.
QUANTO AO MATERIAL
EMPREGADO
 Desenho executado com lápis, tinta, giz, carvão ou
outro material adequado.
QUANTO AO GRAU DE
PORMENORIZAÇÃO
 Desenho de componente: desenho de um ou
vários componentes representados
separadamente.

 Desenho de conjunto: desenho mostrando


reunidos componentes, que se associam para
formar um todo.

 Detalhe: vista geralmente ampliada do


componente ou parte de um todo complexo.
QUANTO À TÉCNICA DE
EXECUÇÃO
 Desenho executado manualmente (à mão livre ou
com instrumento) ou à máquina.
QUANTO AO MODO DE
OBTENÇÃO
 Original: desenho matriz que serve para
reprodução.

 Reprodução: desenho obtido, a partir do original,


por qualquer processo, compreendendo:
 Cópia - reprodução na mesma escala do
original;
 Ampliação - reprodução maior que o original;
 Redução - reprodução menor que o original.

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