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ENGENHARIA CIVIL
FUNDAÇÕES SUPERFICIAIS
CAPACIDADE DE CARGA
INTRODUÇÃO
Tipos de ruptura:
(a) Generalizada
(b) Localizada
(c) Por puncionamento
(d) Condições em que ocorrem,
em areias (VESIC, 1963)
1.1 MECANISMOS EM FUNÇÃO DAS CARACTERÍSTICAS DO SOLO
a) Ruptura generalizada
A ruptura ocorre bruscamente após uma curta transição. É
caracterizada pela existência bem definida de uma
superfície de ruptura que vai desde uma cunha triangular
situada abaixo da fundação até a superfície do terreno.
Em geral há o tombamento da estrutura (o movimento se
dá em um único lado da fundação).
Ocorre em solos mais rígidos, como areias compactas e
muito compactas e argilas rijas e duras.
Vídeo: Ruptura Generalizada de Solos Arenosos
https://www.youtube.com/watch?v=ICxtS0avhws
1.1 MECANISMOS EM FUNÇÃO DAS CARACTERÍSTICAS DO SOLO
b) Ruptura localizada
A ruptura localizada caracteriza-se por um modelo bem definido
apenas imediatamente abaixo da fundação. Este modelo consiste de
uma cunha e de superfícies de deslizamento que se iniciam junto às
bordas da fundação, como no caso da ruptura generalizada.
Entretanto, a compressão vertical sob a fundação é significativa, e as
superfícies de deslizamento terminam dentro do maciço, sem atingir a
superfície do terreno. Somente depois de um deslocamento vertical
apreciável as superfícies de deslizamento poderão tocar a superfície
do terreno.
Mesmo então, não haverá um colapso ou um tombamento catastrófico
da fundação, que permanecerá embutida no terreno, mobilizando a
resistência das camadas mais profundas.
Ocorre em solos mais deformáveis, como areias fofas e argilas médias
e moles.
1.1 MECANISMOS EM FUNÇÃO DAS CARACTERÍSTICAS DO SOLO
Os valores dos fatores de carga apresentados no gráfico anterior são obtidos pelas
expressões:
𝑁𝑐 = cot 𝜙 𝑒 𝜋 tan 𝜙 ∙ tan2 (45° + 𝜙Τ2) − 1
𝑁𝑞 = 𝑒 𝜋 tan 𝜙 ∙ tan2 (45° + 𝜙Τ2)
4𝐸𝑝
𝑁𝛾 = cos(𝛼 − 𝜙)
𝛾𝐵2
- ângulo de atrito interno
Ep - empuxo passivo
- ângulo do encunhamento do solo abaixo da sapata
2.1 TEORIA DE TERZAGHI
Para solos mais rígidos, passíveis de ruptura geral, Vesic (1975) propõe
duas substituições nos fatores da equação geral de capacidade de carga
de Terzaghi:
Que seja usado N de Caquot e Kérisel (1953), cujos valores são aproximados
pela expressão:
𝑁𝛾 ≅ 2 𝑁𝑞 + 1 tan 𝜙
Com essa expressão e as expressões de Nq e Nc de Terzaghi,Vesic calcula os valores
dos fatores de capacidade de carga em função de . [Tabela]
2.2 PROPOSIÇÃO DE VESIC
Onde:
Sc, Sq, S - fatores de forma
dc, dq, d - fatores de profundidade
ic, iq, i - fatores de inclinação da carga
bc, bq, b - fatores de inclinação da base da fundação
gc, gq, g - fatores de inclinação do terreno
A’ – área efetiva da fundação
2.5 MÉTODO DE HANSEN
Esta expressão fornece a tensão de ruptura (r) que atua na área mais fortemente
carregada da fundação, A’, chamada área efetiva.
O conceito da área efetiva, introduzido por Meyerhof (1953), caracteriza uma área da
sapata na qual as tensões (compressivas) mais elevadas podem ser supostas
uniformes.
Para os fatores de capacidade de carga, são fornecidas as expressões:
𝑁𝑐 = (𝑁𝑞 − 1) cot 𝜙
𝑁𝑞 = 𝑒 𝜋tan𝜙 ∙ tan2 (45° + 𝜙Τ2)
𝑁𝛾 = 1,5 𝑁𝑞 − 1 tan𝜙
2.6 PROVA DE CARGA EM PLACA
Assim, à profundidade z=2B abaixo de uma sapata quadrada de lado B, a parcela propagada
∆𝜎 da tensão 𝜎 aplicada pela base da sapata é dada por:
𝜎𝐵2 𝜎
∆𝜎 = = ≅ 10%𝜎
(𝐵 + 2𝐵)² 9
o que justifica a utilização de z= 2B como profundidade do bulbo de tensões, pois na
Mecânica dos Solos essa profundidade é definida justamente como a que corresponde à
propagação de 10% de .
Para efeitos práticos em fundações, podemos considerar:
Sapata circular ou quadrada (L= B): z= 2B
Sapata retangular (L= 2 a 4B): z= 3B
Sapata corrida (L 5B): z= 4B
3.1 BULBO DE TENSÕES
Procedimento prático:
Primeiramente, determinamos a capacidade de carga, considerando apenas a
primeira camada (r1) e, depois, a capacidade de carga para uma sapata fictícia
apoiada no topo da segunda camada (r2).
Ao compararmos os dois valores, se tivermos
𝜎𝑟1 ≤ 𝜎𝑟2 → 𝑜𝑘!
significa que a parte inferior da superfície de ruptura se desenvolve em solo mais
resistente e, então, poderemos adotar, a favor da segurança, que a capacidade do
sistema (r) é r= r1.
3.2 DUAS CAMADAS
Assim, se tivermos
𝜎𝑟1,2 𝐵𝐿
∆𝜎 ≅ ≤ 𝜎𝑟2 → 𝑜𝑘!
𝐵+𝑧 𝐿+𝑧
então a capacidade de carga do sistema (r) será a própria
capacidade de carga média no bulbo: r= r1,2.
3.2 DUAS CAMADAS
Caso a verificação não for satisfeita ( > r2), será necessário
reduzir o valor da capacidade de carga média, de modo que o
valor propagado não ultrapasse r2. Para isso, basta utilizar
uma regra de três simples, pela qual a capacidade de carga do
sistema (r) resulta em:
𝜎𝑟2
𝜎𝑟 = 𝜎𝑟1,2 ∙
∆𝜎
4 INFLUÊNCIA DO LENÇOL DE ÁGUA
NA CAPACIDADE DE CARGA DOS SOLOS
4 INFLUÊNCIA DO LENÇOL DE ÁGUA
1
𝜎𝑅 = 𝑐 ∙ 𝑁𝑐 ∙ 𝑆𝑐 + ∙ 𝛾 ∙ 𝐵𝑁𝛾 𝑆𝛾 + 𝑞 ∙ 𝑁𝑞 ∙ 𝑆𝑞
2
A água altera o peso específico do solo. Pela expressão de Terzaghi pode-se
perceber que ao mudar-se , dois termos sofrerão influência:
1
∙ 𝛾 ∙ 𝐵𝑁𝛾 𝑆𝛾
2
𝑞 ∙ 𝑁𝑞 ∙ 𝑆𝑞 (sendo q = 𝛾 ∙ 𝐷)
4 INFLUÊNCIA DO LENÇOL DE ÁGUA
4 INFLUÊNCIA DO LENÇOL DE ÁGUA
Para solos de elevada porosidade, não saturados, deve ser analisada a possibilidade de
colapso por encharcamento, pois estes solos são potencialmente colapsíveis. Em
princípio devem ser evitadas fundações superficiais apoiadas nesse tipo de solo.
Os solos colapsíveis, em condições de baixa umidade, apresentam uma espécie de
resistência aparente, graças a pressão de sucção que se desenvolve nos seus vazios.
Por isso, quanto mais seco o solo colapsível, maior a sucção e, implicitamente, maior
a capacidade de carga da fundação.
Em contraposição, quanto mais úmido, menor a sucção e, em consequência, menor
capacidade de carga até o extremo de solo inundado, em que a capacidade de carga
atinge seu valor mínimo.
5 SOLOS COLAPSÍVEIS
INVESTIGAR A
COLAPSIVIDADE!!!
6 PARÂMETROS DOS SOLOS
VALORES APROXIMADOS PARA CÁLCULO
6.1 COESÃO
Godoy (1983)
𝜙 = 28° + 0,4 𝑁𝑆𝑃𝑇
Teixeira (1996)
𝜙= 20𝑁𝑆𝑃𝑇 + 15°
6.3 PESO ESPECÍFICO – SOLOS ARGILOSOS