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Geometria Analítica e
Álgebra Linear
Vetores no Espaço
2018/Sem_02
Geometria Analítica e Álgebra Linear ii
Índice
3 Vetores no Espaço Tridimensional .......................................................................... 1
3.1 Definição ........................................................................................................... 1
3.2 Operações com vetores ..................................................................................... 2
3.3 Projeção ortogonal de um vetor sobre outro ................................................... 15
3.4 Exercícios propostos sobre vetores ................................................................. 15
Referências Bibliográficas ........................................................................................ 17
Nas figuras, as flechas representam um mesmo vetor, o qual será indicado por B A ,
B´ A´ , ou B´´ A´´ , de modo que B A = B´ A´ = B´´ A´´ . Costuma-se indicar B A
também por AB , ou então por uma letra latina minúscula com uma flecha em cima, como u .
Desta forma temos que u B A AB .
Observações:
a) O tamanho (intensidade ou comprimento) de um vetor u é indicado por u e chama-se
norma de u . Se u 1 dizemos que o vetor é unitário. Alguns autores utilizam para a norma
de u a notação u .
Exemplos:
1) Encontre o vetor soma dos vetores destacados nas figuras que seguem:
Resolução: C A D C B D B A
Resolução: C A D C E D B E B A
Resolução: C B D C E D A E B A 0
Observações: Podemos também definir a diferença entre vetores como: u v u v
Exemplo:
1) Dados os vetores u e v destacados no paralelepípedo que segue, identifique na figura um
representante para o vetor u v :
Exemplos:
1) Na sequência são apresentados alguns casos de produto de vetor por número real:
a) Para 2 0 :
b) Para 2 0 :
1
c) Para 0
3
Proposição:
Se u e v são paralelos e u 0 , existe tal que v u .
Exemplos:
1) Sejam u e v paralelos, u 30 e v 50 . Sendo v u , determine nos casos:
a) u e v têm mesmo sentido.
Definição:
Dado um vetor u 0 , chama-se versor do vetor u , um vetor unitário, paralelo e de
mesmo sentido que u .
Exemplo:
u
1) Dado um vetor u 0 , mostre que o versor de u é .
u
Resolução:
Chamando de v ao versor de u , temos que v u , com 0 .
v 1 1
v u v u u . Como 0 , temos que .
u u u
Substituindo este valor de em v u , obtemos:
1 u u
v u v u . Logo v .
u u u
Definição:
Sejam v1 , v2 , v3 , ..... , vn vetores do 3 , n 1 e 1 , 2 , 3 , ..... , n . Chama-se
combinação linear dos vetores v1 , v2 , v3 , ..... , vn , com coeficientes 1 , 2 , 3 , ..... , n , ao
vetor: v 1 v1 2 v2 3 v3 ..... n vn .
Definição:
Uma base do 3 é uma tripla ordenada de vetores e1 , e2 , e3 do 3 , tais que não
existe nenhum plano paralelo simultaneamente aos vetores e1 , e2 e e3 .
Proposição:
Dado um vetor qualquer v 3 , existe uma única tripla ordenada 1 , 2 , 3 , tal
que v 1 e1 2 e2 3 e3 .
1
2) Sendo u 1,4,1E e v a, b, e w 1, c,2a c E , e sabendo que 2 v w u ,
2 E
calcule os valores de a, b e c.
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Resposta: a 1, b 2 e c 0
Definição:
Uma base E e1 , e2 , e3 é ortonormal se e1 , e2 e e3 são unitários, dois a dois
ortogonais. ( e1 e2 e3 1 ).
Proposição:
Seja E e1 , e2 , e3 uma base ortonormal. Se v 1 e1 2 e2 3 e3 , então:
v 12 22 32 .
1) Seja E e1 , e2 , e3 uma base ortonormal. Sendo u 0,1,2E e v 2,4,6E , calcule:
a) u Resposta: 5
b) v Resposta: 56
c) u v Resposta: 45
d) u 2 v Resposta: 261
1
e) u v Resposta: 27
2
Se u v 0 , pode-se concluir que u 0 ou v 0 ?
Não! Pois, u v u v 0 .
Proposição:
Se u 1 , 2 , 3 E e v 1 , 2 , 3 E e E e1 , e2 , e3 é uma base ortonormal,
então: u v 1 1 2 2 3 3 .
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Demonstração:
2 2 2
QP u v 2 u v cos = 12 22 32 12 22 32 2 u v (I)
2
1
22 32 12 22 32 2 1 1 2 2 3 3 (II)
Igualando (I) com (II), obtemos:
2
1
22 32 12 22 32 2 u v =
2
1 22 32
22 32 2
1 2
1 1 2 2 3 3
Logo concluímos que u v 1 1 2 2 3 3 .
Observação:
Seja E e1 , e2 , e3 uma base ortonormal. Se u 1 e1 2 e2 3 e3 , então:
2
u 12 22 32 u u u u u
2
Assim, u u u u u u .
2) Seja E e1 , e2 , e3 uma base ortonormal. Sendo u 1,1,5E e v 2,4,1E , calcule:
a) u v
u v 1 2 1 4 5 1 7
b) u
u 1 1 1 1 5 5 27
c) v
v 2 2 4 4 1 1 21
d) o ângulo entre u e v
7
u v u v cos 7 27 21 cos arc cos
27 21
3) Seja E e1 , e2 , e3 uma base ortonormal. Sendo u 1,4,1E e v 0,1,8E , calcule:
a) 2 u v u Resposta: 32
b) u v u v Resposta: 47
1) Prove:
2
a) u v u
2
2u v v
2
Resolução:
2
Lembrando que u u u u u u , temos que:
2 2
u v u v u v u u 2 u v v v u 2 u v v
2
2 2 2
b) u v u 2u v v .
Resolução:
Analogamente, temos:
2
u v u v u v u u 2 u v v v u
2 2
2u v v
c) u v u v (Desigualdade de Schwarz)
Resolução:
u v u v cos u v u v cos u v cos u v
d) u v u v (Desigualdade Triangular)
Resolução:
2 2 2 2 2
u v u 2u v v u 2u v v
2 2
u 2 u v v u v
2
2
u v u
v
2
u v u v
A regra da mão direita pode ser melhor observada nas figuras que seguem, onde o
polegar indica o sentido do vetor oriundo do produto vetorial:
Observação:
Se E e1 , e2 , e3 é uma base ortonormal, então e1 e2 e3 ou e1 e2 e3 .
Temos ainda que e1 e2 e1 e2 sen 1 1 1 1
2
Definição:
Uma base ortonormal chama-se dextrógira se e1 e2 e3 e levógira se
e1 e2 e3 .
Observação:
Se E i , j , k é uma base ortonormal dextrógira, então temos que:
i j k k i j
j k i i k j
k j i i i 0 , etc.
Exemplo:
1) Apresente os vetores i , j e k na base E i , j , k .
Resposta: i 1,0,0E , j 0,1,0E e k 0,0,1E
Propriedades do produto vetorial
(PV1) u v w u v u w ou u v w u w v w
(PV2) u v u v u v
(PV3) u v v u
Proposição:
Se E i , j , k é uma
base ortonormal dextrógira, e se u a, b, c E
e v m, n, p E ,
i j k
então: u v det a b c .
m n p
Demonstração:
u v ai b j ck mi n j pk
am i i an i j ap i k
bm j i bn j j bp j k
cm k i cn k j cp k k
an k ap j bm k bp i cm j cn i
bp cn i ap cm j an bm k
i j k
b c a c a b
det i det j det k det a b c
n p m p m n m n p
Exemplos:
1) Sendo E i , j , k uma base ortonormal dextrógira, u 1,1,3E e v 1,1,4E , calcule
u v :
Resolução:
i j k
u v det 1 1 3 i 7 j 2k .
1 1 4
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Resposta: u v i 7 j 2k
2) Sendo E i , j , k uma base ortonormal dextrógira, calcule u v nos seguintes casos:
a) u 2,1,0E e v 1,3,2E Resposta: 2,4,7 E
b) u 2,1,1E e v 2,5,4E Resposta: 9,10,8E
3) Obtenha x tal que x j k e
x 5 , sendo E i , j , k uma base ortonormal
dextrógira.
Resolução:
x ai b j c k
i j k
x j det a b c k a k c i k a = 1 e c = 0.
0 1 0
Mas x 5 a 2 b 2 5 12 b 2 5 12 b 2 5 b 2
Logo x i 2 j
Resposta: x i 2 j
1
4) Obtenha x tal que x i j 0 e x i 2k i k , sendo E i , j , k uma base
2
ortonormal dextrógira.
Resolução:
x ai b j c k
x i j 0 a 1 b 1 c 0 0 a b
i j k
1 1
x i 2k i k det a a c i k
2 1 0 2 2
1
2a i c 2a j a k i k
2
1
2a 1 a
2
1 1 1
c 2a 0 c 2 0 c 1 Logo x i j k
2 2 2
1 1
Resposta: x i j k
2 2
5) Obtenha x tal que x u , x v e x 10 , sabendo que u v i 4 j 2 2 k ,
sendo E i , j , k uma base ortonormal dextrógira.
Resolução:
2
u v 12 4 2 2 2 5
Sabemos que x u v x u v 10 5 2
Logo x 2 u v 2 i 4 j 2 2 k = 2,8,4 2 E
Resposta: x 2,8,4 2 E
6) Obtenha x tal que x 1,1,1E , x 2,1,3E e x 6 , sendo E i , j , k uma base
ortonormal dextrógira. Resposta: 2,1,1E
Interpretação geométrica do produto vetorial
Assim, a área do paralelogramo que tem u e v como lados, é a norma do produto
vetorial destes vetores, isto é S u v .
r s t
Demonstração:
i j k
b c a c a b
Sabemos que u v det a b c = det i det j det k
m n p n p m p m n
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b c a c a b
Logo u v det , det , det . Então
n p m p m n E
a b c
b c a c a b
t det m n p
u v w = det r det s det
n p m p m n r s t
Exemplo:
1) Calcule o produto misto dos vetores u 1,2,1E , v 1,0,1E e w 1,2,3E , sendo
E i , j , k é uma base ortonormal dextrógira.
Resolução:
a b c 1 2 1
u v w det m n p det 1 0 1 4
r s t 1 2 3
Resposta: u v w 4
Propriedades do produto misto
(PM1) u1 u 2 , v , w u1 , v , w u 2 , v , w
u, v1 v2 , w u, v1 , w u, v2 , w
u, v, w1 w 2 u, v, w1 u, v, w 2
(PM2) u , v , w u , v , w u , v , w u , v , w
(PM3) O produto misto u , v , w muda de sinal permutando-se dois vetores:
u, v, w v , u, w v, w , u
u, v, w w , v , u w , u, v
u, v, w u, w , v w , u, v
(PM4) O produto misto não se altera se permutarmos os símbolos e
u v w=u v w
Exemplo:
a proj u v u
b v a
(v a ) u 0
v u
(v a ) u 0 v u u 0 2
2
u
v u
Logo, a proj u v u 2 u
u
v u
Resposta: proj u v 2 u
u
5) Sendo u 2 , v 3 , e o ângulo entre os vetores u e v é de radianos, ache:
2
a) u + v Resposta: 13
u v
b) o versor de u v Resposta:
13
c) u v u v Resposta: 5
6) Determinar o ângulo entre os vetores u e v , sabendo-se que u v w 0 ,
1
u 2 , v 3, w 4. Resposta: arc cos
4
7) Seja um paralelogramo construído sobre os vetores u e v . Determinar o ângulo entre as
diagonais deste paralelogramo, sabendo-se que: u 3 , v 1 e o ângulo entre os
2 7
vetores u e v é de radianos. Resposta: arc cos
6 7
8) Sabendo que v 1,1,1E , calcular o(s) vetor(es) u , , E , que satisfaçam
simultaneamente as 3 condições abaixo:
a) u i
b) u v 0
c) u v 3 6 Resposta: u 0,3,3E
9) Determinar a área do paralelogramo construído sobre u e v , cujas diagonais são:
u v 0,3,5E e u v 2,1,1E . Resposta: 35
1
Resposta: v ( 2i j k )
6
2
14) A medida em radianos entre u e v é de . Sendo || u || = 1 e || v || = 7, calcule:
3
1 3
|| u v || ² e || u v ||
3 4
147 7 3
Resposta: e , respectivamente.
4 8
15) Dados u = 3 i 2 j +6 k ; v = 3 i 5 j + 8 k e w = i + k , calcule:
a) a área do paralelogramo construído sobre u e v ; Resposta: 49
b) o volume do paralelepípedo construído sobre u , v e w ; Resposta: 7
1
c) a altura do paralelepípedo. Resposta:
7
16) Calcular os valores de m para que o vetor u + v seja ortogonal a w u onde:
u = (2, 1, m) E ; v = (m+2, 5, 2) E e w = (2m, 8, m) E .
Resposta: m 6 ou m 3
x (2i 3 j 4k ) 9
17) Resolva o sistema
x (i j k ) 2i 2k
Resposta: x i j k
Referências Bibliográficas
1. BARSOTTI, Leo. Geometria Analítica e Vetores. 3.a Edição. Curitiba: Artes Gráficas e
Editora Unificado, 1984.
2. BOULOS, Paulo, CAMARGO, Ivan de. Geometria Analítica – Um tratamento Vetorial.
São Paulo: Makron Books do Brasil Editora Ltda, 1987.
3. BOULOS, Paulo, CAMARGO, Ivan de. Introdução à Geometria Analítica no Espaço.
São Paulo: Makron Books do Brasil Editora Ltda, 1997.
4. VENTURI, Jacir J. Sistemas de Coordenadas e Álgebra Vetorial. Curitiba: Artes Gráficas
e Editora Unificado, 1987.
5. STEINBRUCH, Alfredo e WINTERLE, Paulo. Álgebra Linear. 2.a Edição. São Paulo:
Pearson Education do Brasil, 2010.
6. STEINBRUCH, Alfredo e WINTERLE, Paulo. Geometria Analítica. 2.a Edição. São
Paulo: Pearson Education do Brasil, 2010.