Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Vetorial
Instituto de Matemática - UFBA
1999
CAPÍTULO I - VETORES
Dados dois segmentos orientados não nulos AB e CD, diremos que eles
têm mesma direção, se as retas suportes destes segmentos são paralelas ou
coincidentes. Só podemos comparar os sentidos de dois segmentos
orientados, se eles têm a mesma direção. Dois segmentos orientados
opostos têm sentidos contrários.
Exemplos:
iil^
+t
Mesmo sentido Sentidos contrários
1.2 Equipolência
Indicamos: AB - CD.
Exemplos:
ABC
AA- - BB AB-CD
EF- GH
Propriedades:
l. AB - AB (reflexiva).
2. Se AB- 6 então CD -E 1ri-.trica).
f
J. Se AB-CD . Cn-eP então AB - EF (transitiva).
4. um19eryto orientado ng
Dados e um ponto C, existe um único ponto
Dtalque 4F-CD.
5. Se AB - CD então eA - DC .
6. Se AB - CD então AC - BD.
1.3 Vetores
AV
-v
/B
v/ v ,
//
A
Indicamos a sorna e + (V), simplesmente por A - V.
Propriedades:
L A+õ=A.
2"(A-ü)*V:A.
3. Se A+ ü:B+Í, entào A=B.
4. Se A+ ü =A + ú. então ú : V.
-+
5. A+AB=B.
Essas propriedades são verificadas facilmente.
1.5 Adição de vetores
z.(U+Í)+w=ü+(ü+ \ir)
( associativa )
3. ü + õ = ü ( elemento neutro ).
4. ü + (-
"): ô elemento oposto ).
(
1. lwl=lallvl.
2. A direção de w é a mesma da ü.
.. 3. O sentidó de w é igual ao de ü se a>0, e contrário ao de Í se
a<0.
Exemplos:
, -l
,/
'y
3
-3 v
Propriedades:
1. a(uv): (au)v.
^ /- -\
2. a(ü + Ç): aü + aÇ' .
3. (a+u)v=aÍ+bü.
4. 1V: V.
Nas propriedades acima, ú eÍ são vetores quaisquer, aeb são
números reais.
1.7 Combinação linear
Exemplo l:
Nesteexemplo, w=2ú.
Exemplo 2:
Como 'fr = õ = 0ú + 0Í, dizemos que
a
õ é combinação linear de ü e t,
com coeÍicientes zeros.
w
Exemplo 3:
Yrf Observando
2-
w---V+0ü.a
J
a
lado, podemos escrever
figura
:
AC = AB+ AD possui a,
mesrla direção que a
diagonal AC.
bissetriz do ângu1o ^
BAD. Para conseguirmos um vetor que possua a
,^\
-+
tABO
Exemplo 5:
Propriedades:
Prova: "3"
Ç96eçarelxos consiclerando os seguintes casos:
1) ü=ó:Í;ü:tú, te IR
2) ú:õ ei+ó;temosú:0V
l0
I
3i ú+õ e V+õ. Como ltlli, temos üo:+ Vo. Daí,
lüt_
lülüo -*lúl
' lvlI , ou seja, U: -F]!V. Assim,seüeÍtêrn mesmo
lvl
sentido podemos escrever ü -lülÍ.Ese ú e V têm sentidos contrários
lvl
lüt_
ternos U-__--V.
lvl
Por outro lado, suponhamos que podemos escrever ü como combinação
linear de Í, ou seja, ü:tú. Pela definição de produto de um número
real por vetor, temos que ü e V têm a mesma direção, logo são
paralelos.
-+ -+ -)
Tomemos OA=V. OB:ü e OC:fr.
Tracemos
-+
pelo ponto C urna reta paralela ao vetor OB = tl,
que intercepta a reta OA no ponto P. Assim
-) -) -)
podemos escrever: ú=OC:OP+PC.
-) -+ ) --)
Como OP // OA e PC llOB temos: ú:mV+nú. m.neIR.
l1
Exemplos:
Considerando o paralelepípedo de arestas AB, AD e AE, temos:
Propriedades:
Para mostrar que esses escalares são únicos, vamos supor que existam
m'e n', tais que : V:*'ü1 +n'i 2. Então (m-m')Vt +(n- n'1ir:5.
Temos então:
) -) --)
Ç=OA=OB+BA.
-) --)
Como OBlli3 e BA é
Para mostrannos que esses escalares são únicos, vamos supor que
Í: m'Í1 * n'Íz + p'ü3. Então tetnos:
-. I'r-n' p-p' =-
Vl :- VZ----. V3,
m-m , m-m ,
út é coplanar com i2 e ú:. O que contradiz o fato de
ou seja,
Vl, i2 eV: seremLl.Logo m-ill':0,ouseja,m=m'.
Analogamente podemos mostrar que Íl = n' 0 p : p'.
Exemplo 1:
J -+ -+ --) -)
1. AB : l AB+ 0 AC+ 0 AE, daí AB = (1,0,0).
-) --)
Analogarnente, AC = (O,t,O) e AE : (O,O,t).
-+ -+ -+ -+ -+
2. AF : 1AB+ 0 AC+ 1AE, daí AF: 0,0,t).
--) --) --)
Observamos que se a base considerada for {AB, AE, AC}, temos
--)
AF: (l,t,o).
-+ -+ -) -) -+
3. AG : 0 AB+ 1AC+ 1AE , daí AG : (O,t,t) .
Exemplo 2:
-) -+ -)
Consideremos ç: (-1,1,1) e* relação base {AB, AC, AE} do exemplo
anterior. Assim, v - -ai* ai* ai: ai.
Analogarnente ao que foi feito para o conjunto dos vetores no espaço,
podemos fazer para conjuntos de vetores coplanares e colineares.
Assim, um vetor nLlm conjunto de vetores coplanares tem duas
coordenadas e um vetor num conjunto de vetores colineares tem uma
coordenada. '
Propriedades:
â1: tbt
ã2: tbZ
ã3: t b:
Prova: ue
Se ü são LD, então n ll Í. Como V é Ll,podemos
escrever: ü :tv , ou seja, ,
â1: tbt
à2: tbZ
à3: t b:.
Por outro lado, se existe t e IR , ,ffi
ut=I[ D1
àZ: tbZ
à3: t b:
então ú : t ü. Logo n ll V e portanto uev são LD.
Exemplo 1:
'a--Eixo das cotas
Propriedades:
f ^a^ -(x,+x2
l\/Íl | yt+y2 zt+zz\ - |
2'2'2)
I9
Exemplo 2:
CAPITULO II PRODUTOS
A
lndicamos AO B : (ú, V), onde 0 < (ü, Í)<,-.
Observemos que se (ú,Í):0, os vetores üeÍ têm mesmo sentido e se
(ü, V) : rc , estes vetores têm sentidos contrários.
Exemplo 1
--) --) -) -+
1) AB .BC : I AB I I BC lcos 90o: 0.
-+ ) --) -+
2) AB .AC = I AB I I AC lcos 45o = 2.2"1 2 "5 -4.
2
-+ -) -) --)
3) AB.CD =l ABI I CD lcos180n - -4.
21
u
+-
O vetor V se exprime de maneira única na forma ü=Ít +i2,onde V1 é
paraleloaü e Í2éortogonala ü.
Chamamos o vetor Í1, de
projeção de ü na direção de ü.
Exemplo 2:
Exemplo 3:
1. Í.ú : ü.ü.
2. ü.ü:0 <> ü I v.
t-
5.
-
U.U:lul.
- - t2
med alg projt (Í + frz) = mod alg projiÍ + med alg projiü .
u. v = x1x2 +YtYZ*2122
24
22
1) lül-{x1 +yt +zt
2) ü IÍ e ú. Í : xtx2 t ytyz -t z(2 : 0, ou seja,
ül-i ê x1x2 +yfy 2 * zlzz =0
Exemplo 4:
6) proj.;v:(v üo)üo=[,r.or,Il
L \- -/-)'*I
ii)-lt i:):
=r(t 2u):(?!!\
-(3'3'3) [:'l':]
7) med alg proj gi = 2 .
25
Exemplo 5:
t;
Dados cos(Í,i):.or
'2 o =Y,cos(í,J):"orP:0,(ü,f,) obtuso e
| ü l= 5, temos:
:- r:;
1) y - 1-.or2 o -.or2 Ê= 1- Logo, cosy : -+
"or2
I
21
Bxemplos
são negativas.
28
Exemplo 2
Exemplo 3
I. ixi=j"j:kxk:õ
2. i,,J=É,J'É=i. É*i=J
3. Jri:-k, ["j:-i e í'[:-J
29
\-
í1
Sabemos que a atea S desse
paralelogramo é:
h-l .sen 0.
,,-r ,\D |
z
--) -) -+ -)
5 = | AB I AD lsen0 =l ABx AD
Daí segue que, .
| I
-+ -)
T- lABxADl
2
Exemplo 4:
-+-): fiÃ;
cos(AB, AD)
84
= 'IAD
-> 10s
IABI ]
-+ -+ f t6 E
: 3
V'-- -Izi-s
sen(AB, AD) lt I _
1
S=v5'2v5.1-6u.a.
5
Propriedades do produto vetorial
1. úxç:_(vxü).
2. (t V) x ü =Yx (t ú) : t (Vx ú).
3. úx(V+ú)=üxÍ+üxú.
x2 Yz 22
31
Exemplo 5
li j ril
r) u*v=lt 2 :l=t+-3)i -(2-e) j+(l-6)[.
l:,rl
Da| üxV:(1,7,-5).
li
2\ Ur*:lt
i ,il
:tr2-t2) i+(6-6) j +(4--1) k.
2 :l
I 4 6l
12
Daí, üxw:(0,0,0)=õ.
Exemplo 6
D C
A B
Como
-) -) --) -) -> -+ -> -) -) -+ -+ -+ -+
I ABx AC |
:l ABx (AB+BC) | =l ABx AB+ ABx BC i :l õ+ ABx AD l: I ABx AD l,
-) -+ -> -+ -+ --)
.r lABxACl lABxBCl lACxBCl
| i_______________
222
-
Exemplo 7:
Exemplo 1:
Por outro lado, essa altura pode ser calculada como o rnodulo da projeção
--) + -+
do vetor AE na direção clo vetor AB x AD, pois a direção deste vetor é
ortogonal ao plano ABC. Assim podemos escrever:
-+ -) + --) -) -)
h- proj -+ ) AEI=lAE'(ABxAD)'l:lAE cos0l=lAEllcos0l,
(AB xAD)
)-)-)
onde 0 é o ângulo entre os vetores AE e AB x AD .
vr :i r
i r^i* eil Ê r r I cos0, =
*t r,&.
nil É r=| t r,ú,ó,airt
Exemplo 2:
-) -+ --)
y :l [OA,
--) --) -)
OB, OC] l: | (OAx OB) OC |
: le2,-1,-l) . (2,1,0) : 5 u. v.
ângulo entre estes vetores. Ou seja, se este ângulo for agudo, então ú3 está
no meslno semi-espaço que V t xi Z, caso contrário, não.
Por outro lado, para determinarmos se o ângulo entre dois vetores e agudo
ou obtuso, basta calcularmos o produto escalar entre etes. Assim,
(Ír tnz). V3 >0, temos que o ângulo entre estes vetores é agudo, logo a
base {V1 ,i2,i3} será positiva, caso contrârio, a base será negativa.
Podemos então concluir que umabase {Í1 ,i2,i3} é positiva se o produtó
misto [Vr, Í2,Í:]
r 0 e será negativa se [ú1,Í 2,i3] < 0.
3. [ü,V,ú]=-[V,ü,ú].
4. (úxi).ú-ü.(vxw)
Í
Nas propriedades acima, ú, e rÍ são vetores quaisquer, e t é um número
real. Faremos a seguir suas provas:
se
çl) É imediata.
I [ü, V, ú] I
:l [V, W, ü] I :l [ü, ü, i,] l: 0
36
üx(V+w)=üxÍ+üxú.
Mostrarernos que : ü x (Í + ú) - (ü, - (ü x'fr2): §.
")
Considerando ã: ú x (V+ ú) - (ü x V) -(ü ú), temos:
"
ã.á =ã {tl x (V + w) - (ü x V) - (ü x w)}
= ã.[ü x (Í + w)] -á (ü x V) - ã. (ü x rÍ)
ii).(V + ü') -
= (ã x (ã
"
ü) .V - (ã'ü) w
=(ã xú) (V + ú) - (ã rü). (V + ú) : õ.
Portanto ã: õ.
5.[ül +ü2,V,ú] :{(ür +üz)"ú} .w-{ür xV+ü2 xÍ}.\r=
: (ür x V). ü + (ú2 x V). ú :[ü1,V,ú] + (ü2,ü,úl
6.[tü, V,ü] = (t ü x V) .,fr, : (ü x t V) . rfr, : [ü, t V,fii].
[ü,ü,ú]=(üxü).ú
= (yt z2-21y2, ztx2 -x122. xty2 -ytxz).(* i,y3,zz)
= (yr22 -ztyz) + (zéz - xTzz) y: + (xryz -yéz) 21,
":
Assim, pod.emos escrever:
x1 Yl z1
[ú. v, ,ú] = x2 Y2 z2
x3 Y3 z3
Exemplo 3:
--) -+ --)
OA: (x,3,4), OB : (0,4,2) e OC : (1,3,2) .
x 341 o
b§'
Vt= lr
ô
o 4 zlr:Ir 2x-101.
1321
1l
Como
I
Yr: 2 u.v, temos: '12*-lot:2. \ §i
*'
- tli'/
6" ,y
Logo, x: 11 OU x=-l .
7
38
Exercícios
Sequência I
1. Considerando o plisma abaixo, cuja base é um hexágono regular,
classifique em verdadeira ou falsa, as sentenças abaixo, justiÍicando cada
resposta.
-+ -+
a)GA-DI é L.D.
-) -+ -)
b)HI, IC,IB são L.I.
-+ -) -+
c) GM, MF, FE são L.I.
-+ -+ -) --)
d) BC + CI + IB e MF são L.D.
-)-) -à
e)AH, ED e MF são L.D.
-+ -)
f)GM e 2AÍ1 são coplanares.
-) -) -)
g)FA, FE e FM são L.L
-) -+ -+ -+
h)FM pode ser escrito como combinação linear de FA, FE e GM.
-+ -)
i)MG pode ser escrito como combinação linear de GH.
_>
j)F=E+LM
-+ -)
1) FA' : (2 JI)'
-+ -+ -) --)
m) FE'+ (2ML)": (FE+ 2ML)'
3. Determine:
a) 2u-V+ 3ú.
4. Escreva se possível:
5. Determine:
a) ü.ü e ü.w b) lü | . ü" c) (ü,ü) e (ü,w)
d) Um vetor não nulo orlogonal a Í.
e) Aprojeção de ú na direção de ú.
f) A projeção de ü na direção de 'fr2 .
Sequência II
a) lFr l=80kgf
lÉz l=15okgf
lÉ: l=18okgf
b) lFl l:120kgf
lÉz l:lookgf
lÉ: l:12okgf
-+
4. Do cubo ao lado, sabemos que: A(2.1,0), B(2,4,0) e ADo: (0,0,1) .
Determine as coordenadas:
--)
a) do vetor AC;
b) do ponto E;
-+)
c) do vetor AL, sabendo que FL = -!ri.
't
J
) I --+ --) -+ ''l
-+ -+
9. De um triângulo ABC, sabetnos que: I AB I: 2 , I AC l:3 e
--) -+
AB AC:3113 . Determine a área deste triângulo.
Sequência I
s. a) r e o b) 3 , (1-+ arc.orf
\J 3 :j
c) e eoo
3) 54
drí*.r^5**5Yt^', e *oorv+o
IR e x+o ou Y+o ,(t 5 l\
t,[á .;-;)
\ 2 ,,Jt
o 1o,o,o; *, j ,,,(i _+
;) ", ( 3 +,_3)
t) (6,-3,6) ou (-6,3,-6) ,,
[+ ,+,+) 1) (12,-6,1s)
, ( 8JZ8s 14448s
'[ 48s 48s )
p) (12,-4) ,) t@ r, r) 1s s) 6o u.v.
Sequência II
,.{i+ +'l,rerR*
\J ) ))
)r-
2. a)R : (tsJI + eoJi,- s - eoJr) b) i:(ooJ5 _t20, -40)
-> -+ -+
4. a) AC: (0,3,3) b) E(5,1,0) c) CG: (0,0,1) d)AL : (3,2,0)
(3',33) ,
s. cíl _1 ?) o(z _t z)
[3 33)
6.ú2Ji b)r c)8
+I
t'
,,
,.
41
1ítr
.t ;
7.rr:(l.l.l) 8.h:5,'... 9.S:lr.r.
3
22
.j_
r0. a)' S: 6rE u a. b)/ EÍ, -:
1.1)
\ 3 3 3) ", .(!.-L-l)
\: 3 3)
"17
It.V=j{iu.r,. 12.v=1,r.r,. 13. l,:4 ou y-5
23
u. Eb., 2^li +1, 3) ls. D(1,s,2) ou D(r,s,-z)