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Parte 2: VETORES
1. VETORES NO PLANO
Existem grandezas, chamadas escalares, que são caracterizadas por um número (e a unidade
correspondente): temperatura, massa, área, etc.. Outras, no entanto, requerem mais do que isso. Por
exemplo, para caracterizarmos uma força ou uma velocidade, precisamos dar a direção, a
intensidade (ou módulo) e o sentido. Tais grandezas são chamadas vetoriais.
Na figura, a flecha (segmento para o qual se
fixou uma orientação) descreve com clareza
uma força ascendente de 4 N, na direção que
forma 60 graus com a horizontal.
Duas flechas de mesmo comprimento, mesma direção (isto é, paralelas) e mesmo sentido
caracterizam a mesma grandeza vetorial. Ex.: sólido em translação no qual em cada ponto temos a
mesma velocidade (grandeza) em cada instante.
Definição:
Um segmento orientado é determinado por um para ordenado (A,B) de pontos no espaço, o
primeiro (A) chamado origem do segmento, o segundo (B) chamado extremidade do segmento
orientado (A,B). Um segmento orientado do tipo (A,A) é chamado segmento orientado nulo.
O segmento orientado de origem A e extremidade B será representado por AB e, geometricamente,
indicado por uma seta que caracteriza visualmente o sentido do segmento.
No caso da figura, o segmento orientado representado tem orientação de A para B. Na verdade não
precisamos da fecha, bastam os pontos A e B, e a ordem: primeiro A e depois B.
Definição:
1) Os segmentos orientados (A, B) e (C, D) são de mesmo comprimento se os segmentos
geométrico AB e CD tem comprimentos iguais.
2) Se os segmentos orientados (A, B) e (C, D) não são nulos, eles são de mesma direção, ou
paralelos, se os segmentos geométricos AB e CD são paralelos (isto inclui o caso em que
AB e CD são colineares).
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3) Suponhamos que (A, B) e (C, D) sejam paralelos.
- No caso em que as retas AB e CD são distintas, os segmentos orientados (A, B) e (C, D) são de
mesmo sentido se os segmentos geométricos AC e BD tem interseção nula. Se não, (A, B) e (C,
D) são de sentido contrário.
- No caso em que as retas AB e CD coincidem, tomemos (E,F) tal que E não pertença à reta AB,
e (E, F) e (A, B) sejam de mesmo sentido, de acordo com o critério anterior. Então, os
segmentos orientados (A, B) e (C, D) são de mesmo sentido se (E, F) e (C, D) são de mesmo
sentido. Se não, (A, B) e (C, D) são de sentido contrário.
os segmentos orientados (A,B) e (C,D) são do os segmentos orientados (A,B) e (C,D) são de
mesmo sentido sentido contrário
Direção e Sentido:
Dois segmentos orientados não nulos AB e CD têm a mesma direção se as retas suportes desses
segmentos são paralelas:
ou coincidentes:
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Nota:
- só se pode comparar os sentidos de dois segmentos orientados se eles têm a mesma direção.
- dois segmentos orientados opostos têm sentidos contrários.
Definição:
Os segmentos orientados (A,B) e (C,D) são
equipolentes se forem ambos nulos, ou então,
nenhum deles sendo nulo, se forem de mesma
direção, mesmo comprimento e mesmo sentido.
Indica-se a equipolência entre (A,B) e (C,D) por
(A,B) ~ (C,D). Dois segmentos nulos são
sempre equipolentes.
Proposição:
A relação de equipolência tem as seguintes propriedades, quaisquer que sejam os segmentos
orientados (A,B), (C,D) e (E,F) :
Definição:
Dado o segmento orientado (A, B), a classe de equipolência de (A, B) é o conjunto de todos os
segmentos orientados equipolentes (A, B). O segmento orientado (A, B) é chamado representante
da classe.
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Definição:
Um vetor é uma classe de equipolência de segmentos orientados. Se (A, B) é um segmento
orientado, o vetor que tem (A, B) como representante será indicado por AB . Quando não se quer
destacar nenhum representante em especial, usam-se letras latinas minúsculas com uma seta (
u, v, a, x, etc. ).
NOTA: Para descrever um vetor em que você esteja pensando, basta descrever um de seus
representantes, que é um segmento orientado. Outro aspecto importante é a ampla liberdade que
você tem na escolha do representante do vetor. Você só precisa respeitar o comprimento, a direção e
o sentido – a posição é arbitrária !!
Definição:
Vetor nulo é o vetor que tem como representante um segmento orientado nulo. É indicado por 0 .
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Versor de um vetor não nulo v é o vetor unitário de mesma direção e mesmo sentido de v .
Dois vetores u e v são colineares se tiverem a mesma direção. Em outras palavras: u e v são
colineares se tiverem representantes AB e CD pertencentes a uma mesma reta ou reta paralelas.
Se os vetores não nulos u, v e w (o número de vetores não importa) possuem representantes AB,
CD e EF pertencentes a um mesmo plano p, diz-se que eles são coplanares.
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NOTA: Dois vetores u e v quaisquer são sempre coplanares, pois podemos sempre tomar um
ponto no espaço e, com origem nele, imaginar os dois representantes de u e v pertencendo a um
plano p que passa por este ponto. Três vetores poderão ou não ser coplanares.
Graficamente, o vetor soma é o segmento orientado que fecha a poligonal, tendo por origem, a
origem do primeiro vetor e por extremidade, a extremidade do último vetor.
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Propriedades da adição
Sejam u, v e w vetores quaisquer. Valem as propriedades:
= ( x1 + x2 , y1 + y2 , z1 + z2 ) = ( x2 + x1, y2 + y1, z2 + z1 )
P3 Elemento neutro: existe um único vetor que somado a u dá como resultado o
próprio u ; trata-se do vetor nulo: u + 0 = u = 0 + u .
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2.2 Diferença de Vetores
( )
Chama-se diferença de dois vetores u e v , e representada por d = u - v , ao vetor u + -v . Dados
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Ex.: Dados os vetores u, v e w obter graficamente:
Dado um vetor v ¹ 0 e um número real c ¹ 0 , chama-se produto do número real c pelo vetor v , o
vetor p = c v , tal que:
a- módulo: p = cv = c v
b - direção: a mesma de v
c - sentido: o mesmo de v se c > 0 , e contrário ao de v se c < 0 .
NOTA:
a - Se v = 0 ou c = 0 , o produto é o vetor 0 .
b - Seja um vetor p = c v , com v ¹ 0 . Se fizermos com que o número real c percorra o conjunto R
dos reais, obteremos todos os infinitos vetores colineares a v , e, portanto, colineares entre si, isto é,
qualquer um deles é sempre múltiplo escalar (real) do outro. Reciprocamente, dados dois vetores
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u e v , colineares, sempre existe c ÎR tal que u = c v . Abaixo se mostra um exemplo desta
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última afirmação ( u = - v ou v = - u ).
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1 v
c – O versor de um vetor v ¹ 0 é o vetor unitário u v ou u = . De fato ele é unitário, pois:
v v
v v
u = = =1
v v
Prop. 1
( )
a b u = ( ab ) u Associativa
Prop. 2 ( a + b) u = a u + b u Distributiva em relação à adição de escalares
Prop. 3
( )
a u+v =a u+a v Distributiva em relação à adição de vetores
Prop. 4 1u = u Identidade
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a) O vetor v3 está representado no mesmo plano de v1 e v2 . Neste caso, como o vetor
a1 v1 + a2 v2 está no plano de v1 e v2 e sendo a3 v3 também deste plano, o vetor
a1 v1 + a2 v2 + a3 v3 estará representado no mesmo plano de v1 e v2 ;
b) O vetor v3 não está representado no mesmo plano de v1 e v2 . Neste caso, a soma do vetor
a1 v1 + a2 v2 (que está no plano de v1 e v2 ) com o vetor a3 v3 , isto é, a1 v1 + a2 v2 + a3 v3
será um vetor do espaço.
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Ex.: Dados os vetores u, v e w de acordo com a figura, construir o vetor 2 u - 3 v+ w = s .
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