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Geometria Analítica
(Notas de Aula)
Professora: Jussara Mallia Zachi
2
Plano de Ensino
1- IDENTIFICAÇÃO
2- OBJETIVOS
2.1 Objetivos do Curso
O Curso de Engenharia de Produção do UNIVEM, objetiva formar um profissional com competência técnica, científica
e profissional para absorver e desenvolver novas tecnologias, projetar e administrar sistemas integrados de homens,
máquinas, tecnologia, informação e ambiente. Um profissional que aplique conhecimentos especializados de ciências
matemática, física e social, em conjunto com os princípios e métodos de análise e projeto peculiares à Engenharia.
Formar engenheiros com atuação crítica, criativa e ética na identificação de soluções, considerando fatores sócio-
econômicos regionais, culturais e ambientais da sociedade. Os egressos do Curso de Engenharia de Produção do
UNIVEM, possuirão uma formação sólida para interagir com as empresas da região, predominantemente dos setores
de metalurgia, alimentício e agropecuário.
2.2 Objetivos da Disciplina
Ao concluir o curso o aluno deverá ser capaz de compreender criticamente as grandezas escalares e vetoriais,
desenvolver a capacidade de abstração, visão espacial e resolver problemas de natureza geométrica e algébrica com
utilização de vetores. Também deverá ser capaz de generalizar os conhecimentos aprendidos em disciplinas
correlatas do curso, como Estática, Física e Matemática Aplicada à Engenharia.
3- EMENTA
Estudo de vetores do ponto de vista algébrico e geométrico para a solução de problemas práticos da engenharia.
Desenvolvimento de conceitos relacionados a produtos de vetores para o cálculo de ângulos, áreas e volumes.
4- CONTEÚDO PROGRAMÁTICO
4.1 Unidades de Ensino 4.2 Previsão Horas/Aula
Apresentação do plano de ensino
Metodologia de ensino-aprendizagem
2
A disciplina no projeto pedagógico e integração com outras disciplinas
A disciplina na formação profissional
1. Vetores
1.1 Noção intuitiva: grandezas escalares e vetoriais.
1.2 Tratamento geométrico: vetores como seguimentos orientados; operações (adição e
multiplicação por escalar) 16
1.3 Tratamento algébrico: vetores iguais, paralelos, unitários (versores), ortogonais e
coplanares; operações (adição e multiplicação por escalar)
1.4 Base e Mudança de base
2. Produto de vetores
2.1 Produto escalar e Ângulos entre vetores
22
2.2 Produto vetorial: Orientação de V3, área do paralelogramo.
2.3 Produto misto e volume do paralelepípedo
Total 40
6- ATIVIDADES DISCENTES
O aluno deverá participar das atividades propostas em sala de aula, resolver exercícios, pesquisar conteúdos em
livros, apostilas, notas de aula e outras fontes de pesquisas disponíveis e utilizar o conteúdo aprendido em disciplinas
correlatas.
3
7- CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO
Outras Avaliações: Prova escrita (7 a 8 pontos) + trabalhos (2 a 3 pontos)
Prova Obrigatória: Prova escrita (7 a 8 pontos) + trabalhos (2 a 3 pontos)
Nota Final: (Outras Avaliações + Prova obrigatória) /2
Vetores
1 – Tratamento Geométrico
Segmentos nulos e opostos: Segmentos nulos são aqueles cuja origem coincide com a
extremidade, por exemplo, (A,A). Dado um segmento orientado AB, o segmento BA diz-se
oposto de AB.
B
B
A
A
Comprimento (módulo): Fixada uma unidade de comprimento, a cada segmento orientado,
podemos associar um número real (positivo ou nulo), seu comprimento, indicado por AB . É
claro que AB = BA .
A
AB = 4uc
Direção e sentido: Dados dois segmentos orientados não nulos AB e CD, dizemos que eles têm
a mesma direção se as retas AB e CD são paralelas (ou coincidentes). Só podemos comparar os
sentidos de dois segmentos orientados se eles tiverem a mesma direção. Dois segmentos
orientados opostos têm sentidos contrários.
B D
A C
Propriedade da eqüipolência:
1 − AB ~ AB (reflexiva)
2 – Se AB ~ CD , então CD ~ AB (simétrica)
3 – Se AB ~ CD e CD ~ EF , então AB ~ EF (transitiva)
Observações:
Vetores iguais: Dois vetores AB e CD são iguais se e somente se AB ~ CD. Um mesmo vetor
AB é determinado por uma infinidade de segmentos orientados, que são chamados
representantes desse vetor, os quais são todos eqüipolentes entre si.
Vetor nulo: Os segmentos nulos, por serem eqüipolentes entre si, determinam um único vetor,
chamado vetor nulo, que se indica por O .
Exemplo:
v
Versor de v
6
Vetores ortogonais: Dois vetores u e v são ortogonais e indica-se por u v , se algum
representante de u formar ângulo reto com algum representante de v .
v
u
Vetores coplanares: Se os vetores u , v , w (o número de vetores não importa) possuem
representantes AB, CD e EF pertencentes a um mesmo plano π , diz-se que eles são
coplanares.
Observação: Dois vetores u e v quaisquer são sempre coplanares. Três vetores poderão ou
não ser coplanares.
1 – Adição
Dados dois vetores u e v , é sempre possível escolher segmentos orientados
consecutivos AB e BC tais que u = AB e v = BC .
v
v
u
s =u +v
u
2 – Diferença
Dados dois vetores u e v , a soma de u e − v indicada por d = u − v é chamada
diferença dos vetores u e v .
−v
v
d =u −v
u u
7
u
d =u −v
u −v
−v
u −v
Propriedades:
1) Comutativa: u + v = v + u
2) Associativa: (u + v ) + w = u + (v + w)
3) Elemento neutro: u + 0 = u
4) Elemento Oposto: u + (− u ) = 0
1) Módulo : w = α . u
2) Direção : w é paralelo a u
3) Sentido: w tem o mesmo sentido que u se α > 0 e contrário, α < 0 .
Exemplo:
v
2v
− 3v
1
v
2
Propriedades:
1) α (βv ) = (αβ )v
2) α (u + v ) = αu + αv
3) (α + β )v = αv + βv
4) 1v = v
As propriedades sobre adição e multiplicação de vetores por número real, permitem a
manipulação de expressões envolvendo vetores como na álgebra usual.
Exemplo:
8
2x + a = b
2x = b - a
( )
1
x = b-a
2
a ) DH = BF e) AC = HF
b) AB = − HG f ) | AG |=| DF |
c ) AB ⊥ CG g ) BG // ED
d ) AF ⊥ BC h) AB, BC e CG são coplanares
a ) AC + CN e) AC + EO i ) MO − NP
b) AB + BD f ) AM + BL j ) BC − CB
c ) AC + DC g ) AK + AN k ) LP + PN + NF
d ) AC + AK h) AO − OE l ) BL + BN + PB
9
a ) AB + CG d ) EG − BC
g ) AB + AD + AE
b) BC + DE e)CG + EH
h) EG + DA + FH
c) BF + EH f ) EF − FB
a ) AD + CD + DH + GC + HB + AG
b) ED + DB + BF
c) BF + BG + BC
d ) HE + EF + FG + BG + BH
e) AE + EF + FG + GC
Exemplo 6: Nas figuras abaixo, os hexágonos são regulares. Em cada caso, determine a soma
dos vetores:
Exemplo 8: Ache a soma u + v em cada figura, representando-a com uma flecha de origem A.
a) b)
v v
u v
u v
v v
A
A
10
b) d)
v
u
v v
u v v
v
A A
Exemplo 9: Representados os vetores u , v , w como na figura abaixo, obter graficamente o
vetor x tal que:
1
a) x = 2u − 3v + w
2
v
u
v
w
5
b) x = 2u − v + w
4
w
v
u
1
c) x = −2u + 3v + w
2
u
w
v
11
2 – Tratamento Algébrico
Dados dois vetores v1 e v2 não paralelos, qualquer vetor v do mesmo plano pode ser
decomposto segundo as direções de v1 e v2 assim:
v = a1v1 + a 2 v2 , com a1 , a 2 ∈ IR
1
Os vetores u , v , w, t , x e y , representados na figura, são expressos em função de
v1 e v2 por:
u = 5v1 + 4v2
v = −2v1 + 3v 2
w = −4v1 − v2
t = 3v1 − 2v2
x = 4v1
y = 2v 2
12
Quando um vetor v é expresso como em 1, dizemos que ele é combinação linear de
v1 e v2 , ou que v é gerado por v1 e v2 .
Base no plano
Na prática, as bases mais utilizadas são as ortonormais. Uma base {e1 , e2 } é
ortonormal se seus vetores forem unitários e ortogonais: e1 = e2 = 1 e e1
e2 . Se esses
vetores tiverem origem na origem do sistema cartesiano ortogonal, a base é chamada
canônica. Os vetores e1 e e2 , nesse caso, são simbolizados por i e j .
Daqui por diante trataremos somente da base canônica, por simplicidade.
Assim, dado um vetor v qualquer do plano, existe somente um valor de x e y tal
v = xi + yj ou v = ( x, y )
que:
Os números x e y são as componentes de v na base canônica. A primeira componente
é chamada abscissa de v e a segunda componente y é a ordenada de v .
O par (x,y) é chamado expressão analítica de v .
Operações:
a) Igualdade
u = v ⇔ ( x1 , y1 ) = ( x2 , y 2 ) ⇔ x1 = x2 e y1 = y 2
b) Soma
u + v ⇔ ( x1 , y1 ) + ( x2 , y 2 ) = ( x1 + x2 , y1 + y 2 )
c) Multiplicação por número real
13
α u = α ( x1 , y1 ) = (α x1 , α y1 )
x1 y1
( x1 , y1 ) = α ( x 2 , y 2 ) ⇒ x1 = α x 2 e y1 = α y 2 ⇒ α= e α=
x2 y2
Assim:
Base no Plano:
Voltando a definição de base no plano, para que dois vetores constituam uma base no
plano, é necessário que eles NÃO sejam paralelos, ou seja:
x1 y
≠ 1
x2 y2
1
Exemplo 12: Determine o vetor x na igualdade 3 x + 2u = v + x sendo u = (3,−1) e
2
v = ( −2, 4)
14
Obs: Se dois vetores u e v não são paralelos, a1u + a 2 v = 0 ⇔ a1 = 0 e a 2 = 0 .
Exemplo 16: Sabendo os vetores u e
que v não são paralelos, e que
(α − β + 1)u + ( 2α + β − 4)v = 0 , calcule α e β :
15
Exemplo 17: Sabendo que 2u + ( m − 1)v = ( n − 1)u + 3v e que u e v não são paralelos,
calcule m e n :
Exemplo 19: Escreva o vetor (12,-7) como a soma de dois vetores, um paralelo ao vetor (2,-3) e
outro paralelo ao vetor (1,4):
v = x2 + y2
d ( A, B ) = ( x 2 − x1 ) 2 + ( y 2 − y1 ) 2
b) | u + v | =
c) | 2u − 3v | =
d) AB =
17
Exemplo 21: Determine no eixo 0x, um vetor P que seja eqüidistante de A(-1, -2) e B (5, -4).
a) OA − AB
b) 3BA − 4CB
Exemplo 23: Dados os pontos A(-1,2), B(3,-1) e C(-2,4), determinar o ponto D(x,y) de modo que
1
CD = AB :
2
Exemplo 24: Dados os pontos A(x,2), B(3,x+5), C(x,x+4) e D(3x,x+8), determine x para que se
tenha AB = CD :
Exemplo 25: Calcular os valores de a para que o vetor u = ( a,−2) tenha módulo 4:
18
1
Exemplo 26: Calcular os valores de a para que o vetor u = a, seja unitário:
2
Exemplo 27: Encontrar um ponto P do eixo Ox de modo que sua distância ao ponto A(2,-3) seja
igual a 5:
a) v = (3,−4)
b) v = (1, 3 )
c) v = 3i − j
19
Exemplo 29: Dado o vetor v = (−2,1) , achar o vetor paralelo a v que tenha:
a) o mesmo sentido de v e módulo 4:
b) sentido contrário ao de v e módulo 2:
Todo o estudo de vetores feito até aqui, no plano, pode ser realizado no espaço de
forma análoga.
A base canônica para o espaço é determinada por {i , j , k }
i = (1,0,0)
j = (0,1,0)
k = (0,0,1)
Assim como no plano, a cada ponto P(x, y, z) do espaço, irá corresponder o vetor
OP = xi + yj + zk . As coordenadas x, y, z são denominadas abscissa, ordenada e cota.
O vetor v = xi + yj ,+ zk também será expresso como: v = ( x, y , z )
Obs.: Ao desejarmos marcar um ponto no espaço, digamos A(3, -2, 4), procedemos assim:
1º) marca-se o ponto A’(3, -2, 0) no plano xy.
2°) desloca-se A’ paralelamente ao eixo z, 4 unidades para cima.
b) Adição
u + v ⇔ ( x1 + x 2 + y 2 , z1 + z 2 )
Exemplo 32: Encontrar o vértice oposto a B no paralelogramo ABCD, sendo dados A(3,-2,4),
B(5,1,-3) e C(0,1,2).
Exemplo 33: Sabendo que o ponto P(-3,m,n) pertence à reta que passa pelos pontos A(1,-2,4)
e B(-1,-3,1), determinar ma e n:
que 3u − 4v = 2w ,
Exemplo 34: Sabendo determinar a, b e c, sendo
u = ( 2,−1, c ), v = ( a, b − 2,3) e w = ( 4,−1,0) .
22
Exemplo 36: Sabendo que o ponto P(m,4,n) pertence à reta que passa pelos pontos A( -1,-2,3)
e B(2,1,-5), calcule m e n:
Exemplo 37: Obter um ponto P do eixo das cotas cuja distância ao ponto A(-1,2,-2) seja igual a
3.
Exemplo 39: Dados os pontos A(1,-2,3), B(2,1,-4) e C(-1,-3,1), determinar o ponto D tal que
AB + CD = 0 :
23
a = (1,−1,0), b = (3,−1,1), c = ( 2,2,1), d = ( 4,−3,1) ,
Exemplo 40: Dados os vetores
determinar o vetor v = ( x, y , z ) , tal que: (v + a ) // b e (v + c ) // d .
1 3
Exemplo 42: Determinar o valor de n para que o vetor v = n,− , seja unitário:
2 4
Exemplo 43: Determinar o valor de a para que o vetor v = (a,−2a,2a ) seja um versor:
24
Base no espaço
Para três vetores u , v e w formarem uma base no espaço, eles não devem ser
coplanares.
e1
e2
e3
a1 a2 a3
∆ = b1 b2 b3 ≠ 0
c1 c 2 c3
Para dois vetores u = ( a1 , a 2 , a 3 ) ; v = (b1 , b2 , b3 ) formarem uma base no espaço
eles não podem ser paralelos, como no plano;
a1 a 2 a3
≠ ≠
b1 b2 b3
(No caso em que o denominador for nulo, o numerador deve ser nulo).
Exemplo 44: Sendo E uma base, verifique se f 1 , f 2 , f 3 formam uma base nos casos:
a) f 1 = (0,1,2) E f 2 = (0,0,4) E f 3 = (1,1,5) E
b) f 1 = (3,1,3) E f 2 = (1,1,2) E f 3 = (5,1,4) E
25
Exemplo 45: Para que valores de a os vetores f 1 , f 2 , f 3 formam uma base?
a) f 1 = (a,1, a) E f 2 = (1, a,1) E f 3 = (0,0,1) E
b) f 1 = (a, a,1) E f 2 = (3,1,−1) E f 3 = (2a − 3,2a − 1,3) E
c) f 1 = (2a,1,1) E f 2 = (0, a,2) E f 3 = (a, a,1) E
26
Produtos de Vetores
1 - Produto escalar
u . v = x1 x 2 + y1 y 2 + z1 z 2
O produto escalar de u por v é também indicado por u , v e lê-se u escalar v .
Exemplo 46: Dados os vetores u = 3i − 5 j + 8k e v = 4i − 2 j − k , calcule u . v :
b) u . u
c) 0 . u
Propriedades:
Para quaisquer vetores u , v e w e o número real α , valem as propriedades:
I) u .v = v .u
II ) u . (v + w) = u . v + u . w
(
Exemplo 49: Sendo u = 4, v = 2 e u ⋅ v = 3 , calcular 3u − 2v . − u + 4v )( )
( )( )
b) u + v ⋅ u − v = u − v
2 2
u . v = u . v cosθ
DEM:
u −v
v
A
u B
u . v = u . v cosθ , 00 ≤ θ ≤1800
Conclusão: O produto escalar de dois vetores é igual ao produto de seus módulos pelo co-seno
do ângulo por eles formado.
28
v
θ
u
2) u . v < 0 ⇔ cosθ < 0 ⇔ 90° < θ ≤ 90°
v
θ
u
3) u . v = 0 ⇔ cos θ = 0 ⇔ θ = 90°
v
.
u
Esta última afirmação estabelece a condição de ortogonalidade de dois vetores: Dois
vetores u e v são ortogonais se, e somente se u . v =0
a) u = (1, − 2, 3) e v = ( 4, 5, 2)
b) i e j
Obs.: O vetor 0 é ortogonal a todo vetor, isto é: 0 . v = 0 para todo v .
Exemplo 51: Provar que o triângulo ABC de vértices A (2, 3, 1), B(2, 1, -1) e C (2, 2, -2) é
retângulo.
29
Exemplo 53: Sabendo que o vetor v = ( 2,1, − 1) forma um ângulo de 60° com o vetor AB
determinado pelos pontos A(3, 1, -2) e B (4, 0, m), calcular m.
1 1
Exemplo 55: Sendo u = ( m ,1, ) e v = ( m , ,1) , determine m sabendo que o co-seno
2 2
da medida em radianos do ângulo entre u e v vale:
9
a)
10
1
b)
3
c) 0,8
Exemplo 56: Verifique se u e v são ortogonais:
Note que o vetor b = v − a , representado pela flecha de origem C e ponta B, é
ortogonal a u (e a a ).
DEF.: Dados os vetores u ≠ 0 e v , existe um único vetor a que verifica:
i) a ≠ u
v − a ⊥u
ii)
O vetor a é chamado de projeção ortogonal de v sobre u e é indicado por a = proj u v .
a =αu
(1)
(v − a ) . u = 0 ⇒ v . u − a . u = 0 ⇒ v . u −α u . u = 0
2
α u =v .u
v .u
α = 2 (2)
u
v .u
a = proju v = 2 . u
u
Exemplo 57: São dados u = (1, 5, − 2) E e v = (20, 4, − 10) E , E sendo base ortogonal.
a) Calcule a projeção ortogonal de v sobre u .
b) Decomponha v como soma de dois vetores a e b sendo a paralelo a u e b
ortogonal a u .
32
Exemplo 58: Dados u e v , calcule a projeção de v sobre u e decomponha v como soma
de dois vetores, um paralelo a u e outro ortogonal a u , nos casos:
v = (4,10,10)
a)
u = (1,1, 4)
v = (1, 4,3)
b)
u = (−1, 0, 2)
v = (2,1, 3)
c)
u = (1, − 2, 0)
1
a = proj v u = v
Exemplo 59: Calcule m para que , sendo que
2
u = (m, 2, 0) E , v = (2, m, 0) E base ortogonal.
33
Exemplo 60: Qual o valor de α a = α i + 2 j − 4k
para que o s vetores e
b = 2i + (1 − 2α ) j + 3k sejam ortogonais?
Exemplo 61: Dados os vetores a = ( 2,1,α ), b = (α + 2,−5,2) e c = ( 2α ,8,α ) , determinar o
valor de α para que o vetor a + b seja ortogonal a c − a
a) (u − 3v ) . u
b) (2v − u ) . ( 2v )
c) (u + v ) . (v − 4u )
Exemplo 64: Calcular n para que seja 30° o ângulo entre os vetores v = (−3,1, n) e k .
Exemplo 65: Sejam os vetores a = (1,− m,−3), b = ( m + 3,4 − m,1) e c = ( m,−2,7) .
Determinar m para que a . b = ( a + b ) . c
35
Exemplo 66: Determinar a de modo que o ângulo  do triângulo ABC, seja 60°. Dados A(1,0,2),
B(3,1,3) e C(a+1,-2,3).
2 - Produto Vetorial
Antes de definirmos produto vetorial de dois vetores u e v , faremos algumas
considerações importantes:
a) Produto vetorial é um vetor, ao contrário do produto escalar u . v , que é um escalar
(Número real).
b) Para simplicidade de cálculo do produto vetorial, faremos uso de determinantes.
Por exemplo:
3 2
= 3 . 5 − 2 . (−4) = 15 + 8 = 23
−4 5
Por exemplo:
3 −2 −4
1 3 5 = (6 − 5).3 − (2 + 10).(−2) + (1 + 6).(−4) = 3 + 24 − 28 = −1
−2 1 2
Produto Vetorial
i j k
y1 z1 x1 z1 x1 y1
u ∧ v = u × v = x1 z1 = i − j+ k u ∧ v → u vetorial v
y1
y2 z2 x2 z2 x2 y2
x2 y2 z2
Exemplo 67: Dados u = 5i + 4 j + 3k v = i + k , calcule
a) u × v
b) v × u
u ×v
v × u = −(u × v )
2°) u × v = 0 se, e somente se, u // v pois neste caso, todos os determinantes de ordem 2 têm
suas linhas constituídas por elementos proporcionais.
Estão aí também incluídos os casos particulares:
I) u ×v = 0 (determinantes de ordem 2 com linhas iguais);
II) u ×v = 0 (determinantes de ordem 2 com uma linha de zeros).
Sabemos que um vetor está bem definido quando conhecemos sua direção, seu
sentido e seu comprimento. A seguir passaremos a definir o vetor u × v no caso de u e v
serem não nulos e não-paralelos.
u×v
Características do vetor
Consideremos os vetores u = ( x1 , y1 , z1 ) e v = ( x 2 , y 2 , z 2 ) .
a) Direção de u×v
O vetor u × v é simultaneamente ortogonal a u e v .
37
Tendo em vista que dois vetores são ortogonais quando o produto escalar deles é zero,
basta mostrar que:
x1 y1 z1
y z1 x z1 x y1
( u × v ). u = 1 x1 − 1 y1 + 1 z 1 = x1 z 1 = 0 ( primeira
y1 e segunda linhas iguais ).
y2 z2 x2 z2 x2 y2
x2 y2 z2
Logo, u × v é ortogonal a u e a v .
De forma análoga, demonstra-se que (u × v ). u = 0 .
Como o vetor v × u tem a mesma direção de u × v (apenas seus sentidos são
opostos), também ele é ortogonal tanto a u como a v . A figura abaixo apresenta u × v e
v × u ortogonais ao plano π determinado por u e v .
u
v
u×v
Exemplo 68: Dados os vetores u = (3,1,2) v = ( −2, 2 ,5) , mostre que
é ortogonal a
u ev:
u×v
b) Sentido de
O sentido de u×v poderá ser determinado utilizando-se a “regra da mão direita”.
Sendo θ o ângulo entre u e v , suponhamos que u (1° vetor) sofra uma rotação de ângulo θ
até coincidir com v . Se os dedos da mão direita forem dobrados na mesma direção da
u×v .
rotação, então o polegar estendido indicará o sentido de
38
A figura acima mostra que o produto vetorial muda de sentido quando a ordem dos
vetores é invertida. Observamos que só será possível dobrar os dedos na direção de v para
u se invertermos a posição da mão, quando então o dedo polegar estará apontado para
baixo.
u×v , podemos associar estes dois vetores a
Caso tenhamos dúvida sobre o sentido
uma dupla de vetores unitários escolhidos entre i , j e k . Por exemplo, associando u×v com
i × j e tendo em vista que
i j k
i × j = 1 0 0 = (0,0,1) = k ,
0 1 0
u×v . Da mesma forma temos
O sentido de k daria o sentido de
j ×k =i e k ×i = j
i j k
ux v = 2 1 0 0 = (0,0,6) = 6k
0 3 0
e
ux v = 6
A figura mostra claramente que o paralelogramo determinado por uev tem 6 u.a.
u×v
(unidades de área) e o vetor tem 6 u.c. (unidades de comprimento). Quer dizer,
numericamente estas medidas são iguais.
Para encerrar o estudo do produto vetorial, as conclusões finais:
(u × v ) × w ≠ u × (v × w)
Enquanto que
i ×( j × j ) = i ×0 = 0
2) Para quaisquer vetores u, v e w e o escalar α, são válidas as propriedades:
u × ( v + w) = (u × v ) + (u × w ) e
I)
(u + v ) × w = (u x × w ) + ( v × w )
II) α (u × v ) = (α u ) × v = u × (αv )
III) u . (v × w) = (u × v ) . w
Exemplo 69: Determinar o vetor x , tal que x seja ortogonal ao eixo y e u = x × v sendo
u = (1,1,−1) e v = ( 2,−1,1) .
40
Exemplo 70: Sejam os vetores u = (1,−1,−4) e v = (3,2,−2) . Determinar um vetor que seja
a) ortogonal a u e v
b) ortogonal a u e v e unitário;
c) ortogonal a u e v e tenha módulo 4.
d) ortogonal a u e v e tenha cota igual a 7.
v = (− 1, − 2,1)
b) u = (7, 0, − 5)
v = (1, 2, − 1)
c) u = (2,1, 2)
v = (4, 2, 4)
( ) (
Exemplo 77: Determine x tal que x ∧ i + k = 2 i + j + k e x =
)
6.
Exemplo 78: Determinar a distância do ponto P(5,1, 2) à reta r que passa por A(3,1, 3) e
B (4, − 1,1) .
43
Exemplo 79: Dados os vetores u = (2,1, − 1) e v = (1, − 1, a ) , calcular o valor de a para que a
área do paralelogramo determinado por u e v seja igual a 62 .
Exemplo 82: Calcular x , sabendo que A( x,1,1) , B(1, − 1, 0) e C (2,1, − 1) são vértices de um
29
∆ de A = .
2
3 - Produto Misto
Chama-se produto misto dos vetores u = x1i + y1 j + z1 k , v = x 2 i + y 2 j + z 2 k e
Exemplo 84: Calcular o produto misto dos vetores u = 2i + 3 j + 5k , v = −i + 3 j + 3k e
w = 4i − 3 j + 2 k
u . (v × w) = (u × v ) . w
46
Exemplo 86: Qual deve ser o valor de m par que os vetores u = ( 2, m,0), v = (1,−1,2) e
w = ( −1,3,−1) sejam coplanares?
Exemplo 87: Verificar se os pontos A(1,2,4), B(-1,0,-2), C(0,2,2) e D(-2,1,-3) estão no mesmo
plano.
47
(É necessário considerar o valor absoluto cosθ , pois θ pode ser um ângulo obtuso).
Então, o volume V do paralelepípedo é:
V = (área da base)(altura )
= u × v u cos θ
= u . (v × w)
Exemplo 88: Sejam os vetores u = (3, m,−2), v = (1,−1,0) e w = ( 2,−1,2) . Calcule o valor de
m para que o volume do paralelepípedo determinado por u , v e w seja 16 u.v.
Volume do Tetraedro
Este paralelepípedo, por sua vez, pode ser repartido em dois prismas triangulares de
mesmo tamanho (conforme a figura), e, portanto, o volume V p de cada prisma é a metade do
1
volume V do paralelepípedo V p = V .
2
Por outro lado, da Geometria Espacial, sabemos que o prisma pode ser repartido em
três pirâmides de mesmo volume, sendo uma delas o tetraedro ABCD. Assim, o volume Vt do
tetraedro é um terço do volume do prisma, isto é:
1 11 1 1
Vt = V p = V ou Vt = V ou Vt = ( AB, AC , AD )
3 3 2 6 6
Exemplo 89: Sendo A(1,2,-1), B(5,0,1), C(2,-1,1) e D(6,1,-3) vértices de um tetraedro, calcular:
a) O volume desse tetraedro
b) A altura do tetraedro relativa ao vértice D.
w = (2, − 1, 4) .
49
Exemplo 91: Calcular o valor de m para que o volume do paralelepípedo determinado pelos
vetores v1 = (0, − 1, 2) , v 2 = (− 4, 2, − 1) e v3 = (3, m, − 2 ) seja igual a 33. Calcular a altura
desse paralelogramo relativa à base definida por v1 e v2 .
Exemplo 92: Calcular o volume do tetraedro de base ABC e vértice P , sendo A(2, 0, 0) ,
B(2, 4, 0) , C (0, 3, 0) e P(2, − 2, 9) . Qual a altura do tetraedro relativa ao vértice P ?
50
1) A figura abaixo representa um losango EFGH inscrito no retângulo ABCD, sendo O, o ponto
de interseção das diagonais desse losango. Decidir se é verdadeira ou falsa cada uma das
afirmações:
f )H − E = O − C
a) EO = OG k ) AO // OC
g ) AC = BD
b) AF = CH l ) AB ⊥ OH
1
c) DO = HG h) OA = DB m) EO ⊥ CB
2
d)C − O = O − B n) AO ⊥ HF
i ) AF // CD
e) H − O = H − D o)OB = − FE
j )GF // HG
2) Com base na figura do exercício 1, determinar os vetores abaixo, expressando-os com
origem no ponto A:
a)OC + CH d ) EH + EF 1
g ) BC + EH i )OG − HO
b) EH + FG e) EO + BG 2
h) FE + FG j ) AF + FO + AO
c)2 AE + 2 AF f )2OE + 2OC
a) AD + AB
D M C
b) BA + DA
c) AC − BC
d) AN + BC
e) MD + MB
A DC
N B f) BM −
2
51
a) O − F = C − O
b) E − O = B − O
c) B − O = C − O
d) D − O = O − A
e) A − O = O − D
f) E − O = −(O − E )
g) C − O = −( F − O )
h) C − F = D − E
i) C − B = D − O
1
5) Dados os vetores u , v , w , de acordo com a figura, construir o vetor s = 2u − 3v +
w
2
u
v
w
v
u
8) Determine x para que se tenha AB = C D , sendo A (x,1), B(4,x+3), C(x,x+2) e D(2x,x+6).
9) Escreva o vetor (7,–1), como a soma de dois vetores, um paralelo ao vetor (1,–1) e outro
paralelo ao vetor (1,1).
12)Achar um vetor x de módulo igual a 4 e de mesmo sentido que o vetor v = 9i − 2 j − 3k .
13) Sejam a = i + 2 j − 3k e b = 2 i + j - 2k . Determine um versor dos vetores abaixo:
a) a + b
b) 2 a –3 b
c) 5 a +4 b
14) Dados os vetores u =(3,2), v =(2,4) e w =(1,3), exprimir w como a combinação linear de u
e v.
αeβ
15) Os vetores u e v não são paralelos. Determine sabendo que
( 2α − β )u + (α + β − 2)v = 0
53
Produto escalar
2) Provar que o triângulo de vértices A(2, 3, 1); B(2, 1, -1) e C(2, 2, -2) é um triângulo retângulo.
a) 2u . ( − v ) Resp. -2
b) (u + v ) . (u − v ) Resp. -4
c) (u + 3 v ) . (v − 2u ) Resp. 21
5
7) Qual é o ângulo formado pelos vetores u = (1,0,1) e v = ( 2,1,3) ? Resp.: arc cos
28
8) Sendo u = (1,3,1), v = (0, −1, 3) , calcule a medida do ângulo entre u e v . Resp.: 90°.
2 2
9) Sendo u = ( ,− ,1), v = (1,−1,0) , calcule a medida do ângulo entre u e v .
2 2
Resp.45°
10) Calcule m para que a medida do ângulo entre u = ( 3 , m,0) e v = (1, 3 ,0) seja 30°.
11) Verifique se u e v são ortogonais, sendo:
13) Determine u ortogonal a (-3,0,1) tal que u .(1, 4,5) = 24 e u .(1, −1, 0) = 1 Re sp. : x = 7
5
.
14) Dados u e v , calcule a projeção de v sobre u e decomponha v como a soma de
dois vetores, um paralelo a u e o outro ortogonal a u nos casos:
a) v = ( −2,1,2) , u = ( −6,3,6) Re sp. : a = ( −2,1,2), b = (0,0,0)
1 1 1 1
b) v = (1,0,1) , u = (1,1,2) Re sp. : a = ( , ,1), b = ( ,− ,0)
2 2 2 2
1 1
c) v = ( 2 , 2 ,0) , u = ( Re sp. : a = ( 2 , 2 ,0), b = 0
, ,0 )
2 2
+ v ) sendo u = (1,2,3) E , v = (3,2,1) E sendo E base ortonormal.
15) Calcule a proj (u − v)
(u
Resp.:0
_____________________________________________________________________________
Produto vetorial
1) Determinar o vetor x , paralelo ao vetor ao vetor w =(2,–3,0) e tal que x × u = v , onde
210
a) A(− 4,1,1), B(1,0,1), C (0,−1,3) Resp:
3
7 5
b) A(4,2,1), B(1,0,1), C (1,2,0) Resp:
5
( ) ( )
8) Determine x tal que x × i + k = 2 i + j − k e x = 6 . Resp: (a,2,2+a)
11)Os vértices de um triângulo ABC são os pontos A (0,1,−1), B(−2,0,1) e C(1,−2,0). Determine
3 35
a altura relativa ao lado BC. RESP: h = u.c.
7
12) Calcule a distância do ponto P(–2,1,2) à reta determinada pelos pontos M(1,2,1) e
3 35
N(0,–1,3). RESP: d= u.c.
7
13) A área de um triângulo ABC é igual a 6 . Sabe-se que A(2,1,0), B(–1,2,1) e que o vértice C
pertence ao eixo OY. Calcule as coordenadas de C.
1
RESP: (0,3,0) ou 0, ,0
5
14) Dados os vetores u =(1,−1,1) e v =(2,−3,4), calcular:
15) Dados os vetores u =(2,1,−1) e v =(1,−1,α), calcular o valor de α para que a área do
RESP: α=3
_____________________________________________________________________________
56
Produto misto
1)Qual é o valor de x para que os vetores a =(3,–x,–2), b =(3,2,x) e c =(1,–3,1) sejam
4)Sejam os vetores u =(1,1,0), v =(2,0,1) e w 1 = 3u − 2v , w 2 = u + 3 v e w 3 = i + j − 2k .
6)São dados os pontos A(1, –2,3), B(2, –1, –4), C(0,2,0) e D(–1,m,1), calcular o valor de m para
4 6
RESP: h = u.c.
11
10) Para quais valores de m os pontos A(m,1,2), B(2,−2,−3), C (5,−1,1) e D(3,−2,−2) são
coplanares? Resp: m=4
11) Sabendo que os vetores AB = (2,1,−4) , AC = (m,−1,3) e AD = (− 3,1,−2) determinam
− 35
um tetraedro de volume 6, calcular o valor de m . Resp:
2