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FUNDAÇÃO DE ENSINO “EURÍPIDES SOARES DA ROCHA”

CENTRO UNIVERSITÁRIO EURÍPIDES DE MARÍLIA


UNIVEM

Curso – Engenharia de Produção

Geometria Analítica
(Notas de Aula)
Professora: Jussara Mallia Zachi
2

Plano de Ensino

1- IDENTIFICAÇÃO

Curo: Engenharia de Produção

Disciplina: Geometria Analítica

Etapa: 1 Turma: A-S - Noturno CH: 40 Período Letivo: 2017/1

Professor: Jussara Mallia Zachi

2- OBJETIVOS
2.1 Objetivos do Curso
O Curso de Engenharia de Produção do UNIVEM, objetiva formar um profissional com competência técnica, científica
e profissional para absorver e desenvolver novas tecnologias, projetar e administrar sistemas integrados de homens,
máquinas, tecnologia, informação e ambiente. Um profissional que aplique conhecimentos especializados de ciências
matemática, física e social, em conjunto com os princípios e métodos de análise e projeto peculiares à Engenharia.
Formar engenheiros com atuação crítica, criativa e ética na identificação de soluções, considerando fatores sócio-
econômicos regionais, culturais e ambientais da sociedade. Os egressos do Curso de Engenharia de Produção do
UNIVEM, possuirão uma formação sólida para interagir com as empresas da região, predominantemente dos setores
de metalurgia, alimentício e agropecuário.
2.2 Objetivos da Disciplina
Ao concluir o curso o aluno deverá ser capaz de compreender criticamente as grandezas escalares e vetoriais,
desenvolver a capacidade de abstração, visão espacial e resolver problemas de natureza geométrica e algébrica com
utilização de vetores. Também deverá ser capaz de generalizar os conhecimentos aprendidos em disciplinas
correlatas do curso, como Estática, Física e Matemática Aplicada à Engenharia.

3- EMENTA
Estudo de vetores do ponto de vista algébrico e geométrico para a solução de problemas práticos da engenharia.
Desenvolvimento de conceitos relacionados a produtos de vetores para o cálculo de ângulos, áreas e volumes.

4- CONTEÚDO PROGRAMÁTICO
4.1 Unidades de Ensino 4.2 Previsão Horas/Aula
Apresentação do plano de ensino
Metodologia de ensino-aprendizagem
2
A disciplina no projeto pedagógico e integração com outras disciplinas
A disciplina na formação profissional
1. Vetores
1.1 Noção intuitiva: grandezas escalares e vetoriais.
1.2 Tratamento geométrico: vetores como seguimentos orientados; operações (adição e
multiplicação por escalar) 16
1.3 Tratamento algébrico: vetores iguais, paralelos, unitários (versores), ortogonais e
coplanares; operações (adição e multiplicação por escalar)
1.4 Base e Mudança de base
2. Produto de vetores
2.1 Produto escalar e Ângulos entre vetores
22
2.2 Produto vetorial: Orientação de V3, área do paralelogramo.
2.3 Produto misto e volume do paralelepípedo
Total 40

5- ESTRATÉGIA (METODOLOGIA DE ENSINO E RECURSOS)


Aulas expositivas presenciais, acompanhamento de exercícios realizados em sala de aula, orientação para pesquisa e
trabalhos extraclasse.

6- ATIVIDADES DISCENTES
O aluno deverá participar das atividades propostas em sala de aula, resolver exercícios, pesquisar conteúdos em
livros, apostilas, notas de aula e outras fontes de pesquisas disponíveis e utilizar o conteúdo aprendido em disciplinas
correlatas.
3

7- CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO
Outras Avaliações: Prova escrita (7 a 8 pontos) + trabalhos (2 a 3 pontos)
Prova Obrigatória: Prova escrita (7 a 8 pontos) + trabalhos (2 a 3 pontos)
Nota Final: (Outras Avaliações + Prova obrigatória) /2

8- BIBLIOGRAFIA (Básica e Complementar)


8.1 Bibliografia Básica
WINTERLE, Paulo. Vetores e geometria analítica . Sâo Paulo: Pearson, 2013.
CALLIOLI, Carlos A.; CAROLI, Alésio de; FEITOSA, Miguel O.. Matrizes, vetores, geometria analítica teoria e
exercícios. São Paulo: Nobel, 1984.
BOULOS, Paulo; OLIVEIRA, Ivan de Camargo e. Geometria analítica um tratamento vetorial. 2ª ed. São Paulo:
Makron Books, 1987.
8.2 Bibliografia Complementar
SILVA, Elio Medeiros da; SILVA, Ermes Medeiros da; SILVA, Sebastião Medeiros da. Matemática básica para cursos
superiores . São Paulo: Atlas, 2009.
BOULOS, Paulo; CAMARGO, Ivan. Introdução à geometria analítica no espaço . São Paulo: Makron Books, 1997.
REIS, Genésio Lima dos; SILVA, Valdir Vilmar da. Geometria analítica . 2ª ed. Rio de Janeiro: LTC - Livros Técnicos e
Científicos, 2013.
STEINBRUCH, Alfredo; WINTERLE, Paulo. Geometria analítica . 2ª ed. São Paulo: Pearson Makron books, 2012.
DEGENSZAJN, David; et al. Fundamentos de matemática elementar . 5ª ed. 7º vol. São Paulo: Atual, 2005.
8.3 Outras Bibliografias
4

Vetores

1 – Tratamento Geométrico

Existem dois tipos de grandezas: as escalares e as vetoriais: As escalares ficam


completamente definidas por apenas um número real acompanhado de uma unidade
adequada.
Exemplo: V = 10 dm 3 (volume igual a 10 decímetros cúbicos)
T = 30°C (temperatura igual a 30 graus Celsius)

Já as grandezas vetoriais, para que fiquem completamente definidas, é necessário


conhecer, além de seu módulo (ou comprimento, ou intensidade), sua direção e sentido.

Exemplo: força, velocidade, aceleração.

Antes de definirmos os vetores, utilizaremos a noção de segmento orientado.

Segmentos orientados: Um segmento orientado é um par ordenado de pontos (A,B) do


espaço. A é a origem e B a extremidade. Geometricamente, o segmento AB será indicado por
uma flecha de A até B.

Segmentos nulos e opostos: Segmentos nulos são aqueles cuja origem coincide com a
extremidade, por exemplo, (A,A). Dado um segmento orientado AB, o segmento BA diz-se
oposto de AB.
B
B

A
A
Comprimento (módulo): Fixada uma unidade de comprimento, a cada segmento orientado,
podemos associar um número real (positivo ou nulo), seu comprimento, indicado por AB . É
claro que AB = BA .

A
AB = 4uc

Direção e sentido: Dados dois segmentos orientados não nulos AB e CD, dizemos que eles têm
a mesma direção se as retas AB e CD são paralelas (ou coincidentes). Só podemos comparar os
sentidos de dois segmentos orientados se eles tiverem a mesma direção. Dois segmentos
orientados opostos têm sentidos contrários.

Mesmo sentido Sentidos contrários


5

Segmentos eqüipolentes: O segmento AB é eqüipolente ao segmento CD se AB e CD têm o


mesmo comprimento, direção e sentido. Indica-se por AB ~ CD.
Dois segmentos nulos são sempre eqüipolentes. Se AB e CD não nulos e não
colineares, dizer que AB ~ CD equivale a dizer que AB // CD e que AC // BD , isto é ABCD
é um paralelogramo.

B D

A C
Propriedade da eqüipolência:

1 − AB ~ AB (reflexiva)
2 – Se AB ~ CD , então CD ~ AB (simétrica)
3 – Se AB ~ CD e CD ~ EF , então AB ~ EF (transitiva)

Observações:

1 – Dado um segmento AB e o ponto C, existe um único ponto D tal que AB ~ CD (transporte).


2 – Se AB ~CD, então BA ~DC
3 – Se AB ~ CD, então AC ~ BD (paralelogramo)
4 – Todos os segmentos nulos são eqüipolentes entre si.

Vetores : Chama-se vetor definido por um segmento orientado AB o conjunto de segmentos


orientados eqüipolentes a AB. O vetor determinado por AB indica-se por AB ou B − A .

Vetores iguais: Dois vetores AB e CD são iguais se e somente se AB ~ CD. Um mesmo vetor
AB é determinado por uma infinidade de segmentos orientados, que são chamados
representantes desse vetor, os quais são todos eqüipolentes entre si.

Vetor nulo: Os segmentos nulos, por serem eqüipolentes entre si, determinam um único vetor,

chamado vetor nulo, que se indica por O .

Vetores opostos: Dado um vetor v = AB , o vetor BA é oposto a AB e indica-se por − AB



ou − v .


Vetor unitário (versor): Um vetor é unitário se v = 1 . Versor de um vetor é o vetor unitário de




mesma direção e sentido de v .

Exemplo:

v


Versor de v
6

   
Vetores ortogonais: Dois vetores u e v são ortogonais e indica-se por u v , se algum
 
representante de u formar ângulo reto com algum representante de v .

v

u

  
Vetores coplanares: Se os vetores u , v , w (o número de vetores não importa) possuem
representantes AB, CD e EF pertencentes a um mesmo plano π , diz-se que eles são
coplanares.

 
Observação: Dois vetores u e v quaisquer são sempre coplanares. Três vetores poderão ou
não ser coplanares.

Operações com vetores

1 – Adição
 
Dados dois vetores u e v , é sempre possível escolher segmentos orientados
consecutivos AB e BC tais que u = AB e v = BC .
 

O vetor s = AC é, por definição, o vetor soma dos vetores u e v .


  


v

 v
u
s =u +v
   
u

2 – Diferença

Dados dois vetores u e v , a soma de u e − v indicada por d = u − v é chamada
     
 
diferença dos vetores u e v .


−v
 v
  
d =u −v 

u u
7

Obs.: Pela regra do paralelogramo:


   u
d =u −v
u −v
 

−v
 u −v


Para o caso de se determinar a soma de três vetores ou mais, o procedimento é


análogo.

v
u +v
  

u w
u +v +w
  

Propriedades:
1) Comutativa: u + v = v + u
   
2) Associativa: (u + v ) + w = u + (v + w)
     
3) Elemento neutro: u + 0 = u
 

4) Elemento Oposto: u + (− u ) = 0
  

3 - Multiplicação por um número real

Dados um vetor u ≠ 0 e um vetor real α ≠ 0 , o produto de α por u é um vetor w


  
definido da seguinte maneira: w = α . u
 

1) Módulo : w = α . u
 
 
2) Direção : w é paralelo a u
3) Sentido: w tem o mesmo sentido que u se α > 0 e contrário, α < 0 .
 

Exemplo:

v

2v
− 3v


1
v
2
Propriedades:

1) α (βv ) = (αβ )v
 

2) α (u + v ) = αu + αv
   

3) (α + β )v = αv + βv
  
4) 1v = v
 
As propriedades sobre adição e multiplicação de vetores por número real, permitem a
manipulação de expressões envolvendo vetores como na álgebra usual.
Exemplo:
8

  
2x + a = b
  
2x = b - a

( )
 1  
x = b-a
2

Exemplo 1: A figura abaixo é constituída de nove quadrados congruentes (de mesmo


tamanho). Decidir se é verdadeira ou falsa cada uma das seguintes afirmações:

f )AO = MG k )AB ⊥ EG p) | AC |=| FP |


a) AB = OF
b) AM = PH g)KN = FI l)AM ⊥ BL q ) IF = MF

c) BC = OP h)AC // HI m)PE ⊥ EC r ) | AJ |=| AC |


d ) BL = − MC i)JO // LD n)PN ⊥ NB s ) AO = 2 NP
e) DE = − ED j)AJ // FG o)PN ⊥ AM t ) | AM |=| BL |

Exemplo 2: A figura abaixo representa um paralelepípedo retângulo. Decidir se é verdadeira


ou falsa cada uma das afirmações abaixo:

a ) DH = BF e) AC = HF
b) AB = − HG f ) | AG |=| DF |
c ) AB ⊥ CG g ) BG // ED
d ) AF ⊥ BC h) AB, BC e CG são coplanares

i) AB, FG e EG são coplanares j ) EG, CB e HF são coplanares

k ) AC , DB e FG são coplanares l ) AB, BG e CF são coplanares

m) AB, DC e CF são coplanares n) AE é ortogonal ao plano ABC

o) AB é ortogonal ao plano BCG p) DC é paralelo ao plano HEF.

Exemplo 3: Com base na figura do exercício 1, determinar os vetores abaixo, expressando-os


com origem no ponto A:

a ) AC + CN e) AC + EO i ) MO − NP
b) AB + BD f ) AM + BL j ) BC − CB
c ) AC + DC g ) AK + AN k ) LP + PN + NF
d ) AC + AK h) AO − OE l ) BL + BN + PB
9

Exemplo 4: Com base na figura do exercício 2, determinar os vetores abaixo, expressando-os

com origem no ponto A:

a ) AB + CG d ) EG − BC
g ) AB + AD + AE
b) BC + DE e)CG + EH
h) EG + DA + FH
c) BF + EH f ) EF − FB

Exemplo 5: Determine as somas que se pede:

a ) AD + CD + DH + GC + HB + AG
b) ED + DB + BF
c) BF + BG + BC
d ) HE + EF + FG + BG + BH
e) AE + EF + FG + GC

Exemplo 6: Nas figuras abaixo, os hexágonos são regulares. Em cada caso, determine a soma
dos vetores:

Exemplo 7: Quais são a origem e a extremidade de um representante do vetor


BC + GH − FA − GC + FB ?

Exemplo 8: Ache a soma u + v em cada figura, representando-a com uma flecha de origem A.
 

a) b)

v v
 

u v
 u v



v v
A
A
10

b) d)
v


u
v v
 

u v v


v
A A

  
Exemplo 9: Representados os vetores u , v , w como na figura abaixo, obter graficamente o

vetor x tal que:
 1 
a) x = 2u − 3v + w
 
2


v


 u
v

w

  5
b) x = 2u − v + w

4

w

v

u

 1 
c) x = −2u + 3v + w
 
2


u  
w
v
11

2 – Tratamento Algébrico

Estudamos os vetores do ponto de vista geométrico. Veremos agora outra forma de


representá-los.

Decomposição de um vetor no plano


Dados dois vetores v1 e v2 não paralelos, qualquer vetor v do mesmo plano pode ser
 

decomposto segundo as direções de v1 e v2 assim:


v = a1v1 + a 2 v2 , com a1 , a 2 ∈ IR
  
1

    
Os vetores u , v , w, t , x e y , representados na figura, são expressos em função de



v1 e v2 por:
u = 5v1 + 4v2
  

v = −2v1 + 3v 2
  

w = −4v1 − v2
  

t = 3v1 − 2v2
 

x = 4v1
 

y = 2v 2
 
12


Quando um vetor v é expresso como em 1, dizemos que ele é combinação linear de
 

v1 e v2 , ou que v é gerado por v1 e v2 .
Base no plano

O conjunto B = {v1 , v 2 } é chamado base no plano. Qualquer conjunto de dois vetores


 
não paralelos constitui uma base no plano e, dada uma base qualquer no plano, todo vetor
desse plano é combinação linear dos vetores dessa base.
O vetor v da igualdade 1 pode ser representado por v = (a1 , a 2 ) B ou v B = (a1 , a 2 ) .
  

Na prática, as bases mais utilizadas são as ortonormais. Uma base {e1 , e2 } é
ortonormal se seus vetores forem unitários e ortogonais: e1 = e2 = 1 e e1
   
e2 . Se esses
vetores tiverem origem na origem do sistema cartesiano ortogonal, a base é chamada
   
canônica. Os vetores e1 e e2 , nesse caso, são simbolizados por i e j .
Daqui por diante trataremos somente da base canônica, por simplicidade.


Assim, dado um vetor v qualquer do plano, existe somente um valor de x e y tal
 
v = xi + yj ou v = ( x, y )
 
que:


Os números x e y são as componentes de v na base canônica. A primeira componente
 
é chamada abscissa de v e a segunda componente y é a ordenada de v .

O par (x,y) é chamado expressão analítica de v .
Operações:

Dados os vetores u = ( x1 , y1 ) , v = ( x 2 , y 2 ) e α ∈ IR , temos:


 

a) Igualdade
u = v ⇔ ( x1 , y1 ) = ( x2 , y 2 ) ⇔ x1 = x2 e y1 = y 2
 

b) Soma
u + v ⇔ ( x1 , y1 ) + ( x2 , y 2 ) = ( x1 + x2 , y1 + y 2 )
 
c) Multiplicação por número real
13

α u = α ( x1 , y1 ) = (α x1 , α y1 )


Paralelismo de dois vetores

Vimos que, se dois vetores são paralelos: u = ( x1 , y1 ) e v = ( x 2 , y 2 ) existe um numero


 
real α tal que u = α v , ou seja:
 

x1 y1
( x1 , y1 ) = α ( x 2 , y 2 ) ⇒ x1 = α x 2 e y1 = α y 2 ⇒ α= e α=
x2 y2

Assim:

x1 y  Esta é uma condição de paralelismo de dois vetores no plano.


= 1
x2 y 2

Base no Plano:

Voltando a definição de base no plano, para que dois vetores constituam uma base no
plano, é necessário que eles NÃO sejam paralelos, ou seja:

x1 y
≠ 1
x2 y2

Exemplo 11: Dados os vetores u = ( 2, 3) , v = (−1,4) , determine 3u + 2v e 3u − 2v .


     

1 
Exemplo 12: Determine o vetor x na igualdade 3 x + 2u = v + x sendo u = (3,−1) e
   
2
v = ( −2, 4)

14

Exemplo 13: Encontrar os números a1 e a2 tais que: v = a1v1 + a 2 v 2 , sendo que


 

v = (10, 2), v1 = (3, 5), e v 2 = (−1, 2)


  

Exemplo 14: Os vetores u = (8,4) e v = (12,6) são paralelos?


 

Exemplo 15: Determinar a e b de modo que os vetores u = ( 4,1,−3) e v = (6, a , b) sejam



paralelos.


Obs: Se dois vetores u e v não são paralelos, a1u + a 2 v = 0 ⇔ a1 = 0 e a 2 = 0 .
   

 
Exemplo 16: Sabendo os vetores u e
que v não são paralelos, e que

(α − β + 1)u + ( 2α + β − 4)v = 0 , calcule α e β :
 
15

Exemplo 17: Sabendo que 2u + ( m − 1)v = ( n − 1)u + 3v e que u e v não são paralelos,
     
calcule m e n :

Exemplo 18: Calcule m e n nos casos em que u e v não são paralelos:


 
a) ( m 2 − 3)u + ( n + 1)v = u − v
   
b) (m − 1)u + nv = u + v
   

Exemplo 19: Escreva o vetor (12,-7) como a soma de dois vetores, um paralelo ao vetor (2,-3) e
outro paralelo ao vetor (1,4):

Vetor definido por dois pontos


Considerando o vetor AB de origem A( x1 , y1 ) e extremidade B( x 2 , y 2 ) , temos
AB = B − A = ( x2 − x1 , y 2 − y1 ) .

Obs.: As componentes de AB são sempre as do vetor OP com origem na origem do plano


cartesiano.
16

É importante lembrar que um vetor tem infinitos representantes que são os


segmentos orientados de mesmo comprimento, direção e sentido e, dentre os infinitos
representantes do vetor AB , o que melhor o caracteriza é aquele que tem origem em
O (0,0) e extremidade em P( x 2 − x1 , y 2 − y1 ) .
Na figura, os segmentos orientados OP, AB e CD representam o mesmo vetor
v = P − O = B − A = D − C = (3,1) .

Esta figura deixa claro que o fato de os segmentos orientados ocuparem posições
diferentes, é irrelevante. O que importa é que eles tenham o mesmo comprimento, direção e
sentido para representarem o mesmo vetor.
Ex.:

Distância entre dois pontos e Módulo de um vetor

Sendo v = ( x, y ) , pelo teorema de Pitágoras, definimos seu módulo como:




v = x2 + y2

Dado um vetor v = AB definido pelos pontos A( x1 , y1 ) B( x 2 , y 2 ) o



e
comprimento desse vetor é dado pela distância do ponto A ao ponto B.

d ( A, B ) = ( x 2 − x1 ) 2 + ( y 2 − y1 ) 2

Exemplo 20: Dados os pontos A( 2,−1); B( −1,4) e os vetores u = (−1, 3) e v = ( −2, − 1) ,


 
determine:
a) | u | =


b) | u + v | =
 

c) | 2u − 3v | =
 

d) AB =
17

Exemplo 21: Determine no eixo 0x, um vetor P que seja eqüidistante de A(-1, -2) e B (5, -4).

Exemplo 22: Dados os pontos A(-1,3), B(2,5), C(3,-1) e O(0,0), calcular:

a) OA − AB
b) 3BA − 4CB

Exemplo 23: Dados os pontos A(-1,2), B(3,-1) e C(-2,4), determinar o ponto D(x,y) de modo que
1
CD = AB :
2

Exemplo 24: Dados os pontos A(x,2), B(3,x+5), C(x,x+4) e D(3x,x+8), determine x para que se
tenha AB = CD :

Exemplo 25: Calcular os valores de a para que o vetor u = ( a,−2) tenha módulo 4:

18

 1
Exemplo 26: Calcular os valores de a para que o vetor u =  a,  seja unitário:

 2

Exemplo 27: Encontrar um ponto P do eixo Ox de modo que sua distância ao ponto A(2,-3) seja
igual a 5:

Vetor Unitário (versor)

É o vetor de módulo 1, de mesma direção e mesmo sentido



 v
Dado um vetor v , seu versor é dado por: u = 

v
Exemplo 28: Encontrar o versor dos seguintes vetores:

a) v = (3,−4)


b) v = (1, 3 )

 
c) v = 3i − j

19

Exemplo 29: Dado o vetor v = (−2,1) , achar o vetor paralelo a v que tenha:
 

a) o mesmo sentido de v e módulo 4:

b) sentido contrário ao de v e módulo 2:

Decomposição de um vetor no espaço

Todo o estudo de vetores feito até aqui, no plano, pode ser realizado no espaço de
forma análoga.
  
A base canônica para o espaço é determinada por {i , j , k }

i = (1,0,0)

j = (0,1,0)

k = (0,0,1)

Assim como no plano, a cada ponto P(x, y, z) do espaço, irá corresponder o vetor
  
OP = xi + yj + zk . As coordenadas x, y, z são denominadas abscissa, ordenada e cota.
  
O vetor v = xi + yj ,+ zk também será expresso como: v = ( x, y , z )
 

Exemplo 30: Expressar os vetores abaixo, na forma de uma terna ordenada:


    
a ) 2i − 3 j + k = b) i − j =
 
c) 4k = d) i =
 
e) j = f) k =

Para algumas observações, tomemos como referência o paralelepípedo

Um ponto (x, y, z) está no:

a) eixo x quando y=z=0  A(2,0,0)


b) eixo y quando x=z=0  C(0, 4, 0)
c) eixo z quando x=y=0  E(0, 0, 3)
d) plano xz quando y=0  F(2, 0, 3)
e) plano xy quando z=0  B(2, 4, 0)
f) plano yz quando x=0  D(0, 4, 3)
20

Obs.: Ao desejarmos marcar um ponto no espaço, digamos A(3, -2, 4), procedemos assim:
1º) marca-se o ponto A’(3, -2, 0) no plano xy.
2°) desloca-se A’ paralelamente ao eixo z, 4 unidades para cima.

Operações: Dados os vetores u = ( x1 , y1 , z1 ) ; v = ( x 2 , y 2 , z 2 ) e α ∈ IR


 
a) Igualdade
u = v ⇔ ( x1 , y1 , z1 ) = ( x 2 , y 2 , z 2 ) ⇔ x1 = x 2 , y1 = y 2 , z1 = z 2
 

b) Adição
u + v ⇔ ( x1 + x 2 + y 2 , z1 + z 2 )
 

c) Multiplicação por escalar


αu = α ( x1 , y1 , z1 ) = (αx1 , αy1 , αz1 )


Exemplo 31: Dados os pontos A(0,1,-1) e B(1,2,-1) e os vetores u = ( −2,−1,1) , v = (3,0,−1) e


 

w = (−2,2,2) , verificar se existem a1 , a 2 e a 3 tais que w = a1 AB + a 2 u + a 3 v .


   
21

Exemplo 32: Encontrar o vértice oposto a B no paralelogramo ABCD, sendo dados A(3,-2,4),
B(5,1,-3) e C(0,1,2).

Exemplo 33: Sabendo que o ponto P(-3,m,n) pertence à reta que passa pelos pontos A(1,-2,4)
e B(-1,-3,1), determinar ma e n:

que 3u − 4v = 2w ,
  
Exemplo 34: Sabendo determinar a, b e c, sendo
u = ( 2,−1, c ), v = ( a, b − 2,3) e w = ( 4,−1,0) .
  
22

Exemplo 35: Dado o vetor w = (3,2,5) , determinar a e b de modo que os vetores



u = (3,2,−1) e v = ( a,6, b) + 2 w sejam paralelos.
  

Exemplo 36: Sabendo que o ponto P(m,4,n) pertence à reta que passa pelos pontos A( -1,-2,3)
e B(2,1,-5), calcule m e n:

Exemplo 37: Obter um ponto P do eixo das cotas cuja distância ao ponto A(-1,2,-2) seja igual a
3.

Exemplo 39: Dados os pontos A(1,-2,3), B(2,1,-4) e C(-1,-3,1), determinar o ponto D tal que

AB + CD = 0 :
23

 
a = (1,−1,0), b = (3,−1,1), c = ( 2,2,1), d = ( 4,−3,1) ,
 
Exemplo 40: Dados os vetores
     
determinar o vetor v = ( x, y , z ) , tal que: (v + a ) // b e (v + c ) // d .


Exemplo 41: Verificar se são colineares os pontos A(-1,-5,0), B(2,1,3) e C(-2,-7-1):

 1 3
Exemplo 42: Determinar o valor de n para que o vetor v =  n,− ,  seja unitário:

 2 4

Exemplo 43: Determinar o valor de a para que o vetor v = (a,−2a,2a ) seja um versor:

24

Base no espaço

Para três vetores u , v e w formarem uma base no espaço, eles não devem ser
  
coplanares.

e1


e2


e3

Ou seja, sendo u = (a1 , a 2 , a3 ) ; v = (b1 , b2 , b3 ) e w = (c1 , c 2 , c3 )


  

a1 a2 a3
∆ = b1 b2 b3 ≠ 0
c1 c 2 c3
Para dois vetores u = ( a1 , a 2 , a 3 ) ; v = (b1 , b2 , b3 ) formarem uma base no espaço
 
eles não podem ser paralelos, como no plano;
a1 a 2 a3
≠ ≠
b1 b2 b3

(No caso em que o denominador for nulo, o numerador deve ser nulo).
  
Exemplo 44: Sendo E uma base, verifique se f 1 , f 2 , f 3 formam uma base nos casos:
  
a) f 1 = (0,1,2) E f 2 = (0,0,4) E f 3 = (1,1,5) E
  
b) f 1 = (3,1,3) E f 2 = (1,1,2) E f 3 = (5,1,4) E
25

  
Exemplo 45: Para que valores de a os vetores f 1 , f 2 , f 3 formam uma base?
  
a) f 1 = (a,1, a) E f 2 = (1, a,1) E f 3 = (0,0,1) E
  
b) f 1 = (a, a,1) E f 2 = (3,1,−1) E f 3 = (2a − 3,2a − 1,3) E
  
c) f 1 = (2a,1,1) E f 2 = (0, a,2) E f 3 = (a, a,1) E
26

Produtos de Vetores

1 - Produto escalar

O conceito de produto escalar é importante para o cálculo do ângulo entre vetores e


da projeção de um vetor sobre outro.
  
u = x1i + y1 j + z1 k

Chama-se produto escalar de dois vetores e
    
v = x 2 i + y 2 j + z 2 k e representa-se por u . v , ao número real:


u . v = x1 x 2 + y1 y 2 + z1 z 2
 

     
O produto escalar de u por v é também indicado por u , v e lê-se u escalar v .

       
Exemplo 46: Dados os vetores u = 3i − 5 j + 8k e v = 4i − 2 j − k , calcule u . v :
 

Exemplo 47: Dados os vetores u = (3,2,1) e v = ( −1,−4,−1) , calcule:


 
a) (u + v ) . ( 2u − v )
   

 
b) u . u
 
c) 0 . u

Exemplo 48: Dados os vetores u = ( 4, α ,−1) , v = (α ,2,3) e os pontos A( 4,−1,2) e


 

B = (3,2,−1) , determinar o valo de α tal que u . (v + BA) = 5 .


 

Propriedades:
Para quaisquer vetores u , v e w e o número real α , valem as propriedades:
  
I) u .v = v .u
   

II ) u . (v + w) = u . v + u . w
      

III ) α ( u . v )= (αu ) . v = u . (αv )


     
     
IV ) u . u > 0 , se u ≠ 0 e u . u = 0 se u = 0
 
  2
V) u .u = u
27

(
Exemplo 49: Sendo u = 4, v = 2 e u ⋅ v = 3 , calcular 3u − 2v . − u + 4v )( )

Obs: Mostrar que:


2 2 2
a) u + v = u + 2u v + v


( )( )
b) u + v ⋅ u − v = u − v
2 2

Definição geométrica do produto escalar

Se u e v são vetores não-nulos e θ o ângulo entre eles, então:


 

u . v = u . v cosθ
   

DEM:

u −v
  
v

A 
u B

Aplicando a lei dos co-senos no triângulo ABC, temos:


 2  2 2
u −v = u + v − 2 u v cos θ
 
(1)

Por outro lado:


 2  2   2
u −v = u − 2 u .v + v ( 2)

Comparando (1) e (2):


 2 2  2   2
u + v − 2 u v cos θ = u − 2 u . v + v
 

u . v = u . v cosθ , 00 ≤ θ ≤1800
   

Conclusão: O produto escalar de dois vetores é igual ao produto de seus módulos pelo co-seno
do ângulo por eles formado.
28

Obs.: O sinal de u . v é o mesmo que o do cosseno.


 

1) u . v > 0 ⇔ cosθ > 0 ⇔ 0° ≤ θ < 90°


 


v
θ

u
2) u . v < 0 ⇔ cosθ < 0 ⇔ 90° < θ ≤ 90°
 


v
θ

u
3) u . v = 0 ⇔ cos θ = 0 ⇔ θ = 90°
 


v
.

u
Esta última afirmação estabelece a condição de ortogonalidade de dois vetores: Dois

 
vetores u e v são ortogonais se, e somente se u . v =0


Exemplo 50: Mostrar que os seguintes vetores são ortogonais

a) u = (1, − 2, 3) e v = ( 4, 5, 2)
 
 
b) i e j

 
Obs.: O vetor 0 é ortogonal a todo vetor, isto é: 0 . v = 0 para todo v .
 

Exemplo 51: Provar que o triângulo ABC de vértices A (2, 3, 1), B(2, 1, -1) e C (2, 2, -2) é
retângulo.
29

Cálculo do ângulo de dois vetores


 
u .v
Da igualdade u . v = u . v cosθ ⇒ cosθ =  
   
u .v

Exemplo 52: Calcular o ângulo entre u = (1,1, 4) e v = ( −1, 2, 2)


 

Exemplo 53: Sabendo que o vetor v = ( 2,1, − 1) forma um ângulo de 60° com o vetor AB

determinado pelos pontos A(3, 1, -2) e B (4, 0, m), calcular m.

Exemplo 54: Sendo u = ( 3,1, 0) e v = (2, 2 3, 0) , calcule a medida do ângulo entre


 
 
u e v.
30

1 1
Exemplo 55: Sendo u = ( m ,1, ) e v = ( m , ,1) , determine m sabendo que o co-seno
 
2 2
 
da medida em radianos do ângulo entre u e v vale:
9
a)
10
1
b)
3
c) 0,8

 
Exemplo 56: Verifique se u e v são ortogonais:

a) u = ( −4, 2,1) e v = (1, 2, 0)


 

b) u = (1, 3 ,1) e v = (0,1, − 3 )


 

Projeção de um vetor sobre o outro

Veremos o conceito de projeção ortogonal de um vetor v sobre um vetor u ≠ 0 .


 

Pelo ponto A tracemos a reta r paralela a u . A seguir, por B traçamos a reta s

perpendicular a r, determinando o ponto C. O vetor a representado pela flecha de origem A e

ponta C é a projeção ortogonal de v sobre u .

31


Note que o vetor b = v − a , representado pela flecha de origem C e ponta B, é
 

ortogonal a u (e a a ).

DEF.: Dados os vetores u ≠ 0 e v , existe um único vetor a que verifica:
  
i) a ≠ u
 

v − a ⊥u
  
ii)
O vetor a é chamado de projeção ortogonal de v sobre u e é indicado por a = proj u v .
    

Pela condição (i) temos:

a =αu
 
(1)

Pela condição (ii), temos:

(v − a ) . u = 0 ⇒ v . u − a . u = 0 ⇒ v . u −α u . u = 0
       
2
α u =v .u
 
 
v .u
α = 2 (2)
u

Substituindo (2) em (1), vem:

 
 v .u
a = proju v =  2 . u
 
u

Exemplo 57: São dados u = (1, 5, − 2) E e v = (20, 4, − 10) E , E sendo base ortogonal.
 
 
a) Calcule a projeção ortogonal de v sobre u .
     
b) Decomponha v como soma de dois vetores a e b sendo a paralelo a u e b

ortogonal a u .
32

    
Exemplo 58: Dados u e v , calcule a projeção de v sobre u e decomponha v como soma
 
de dois vetores, um paralelo a u e outro ortogonal a u , nos casos:

v = (4,10,10)

a) 
u = (1,1, 4)

v = (1, 4,3)

b) 
u = (−1, 0, 2)

v = (2,1, 3)

c) 
u = (1, − 2, 0)

 1
a = proj v u = v

Exemplo 59: Calcule m para que , sendo que
2
u = (m, 2, 0) E , v = (2, m, 0) E base ortogonal.
 
33

  
Exemplo 60: Qual o valor de α a = α i + 2 j − 4k

para que o s vetores e
   
b = 2i + (1 − 2α ) j + 3k sejam ortogonais?


Exemplo 61: Dados os vetores a = ( 2,1,α ), b = (α + 2,−5,2) e c = ( 2α ,8,α ) , determinar o
 

valor de α para que o vetor a + b seja ortogonal a c − a
  

Exemplo 62: Dados os vetores u = (1,2,−3), v = ( 2,0,−1) e w = (3,1,0) , determinar o vetor x


   
tal que o vetor x .u = − 16, x . v = 0 e x . w = 3
     
34

Exemplo 63: Sabendo que u = 2, v = 3 e u . v = −1, calcular


   

a) (u − 3v ) . u
  
b) (2v − u ) . ( 2v )
  
c) (u + v ) . (v − 4u )
   


Exemplo 64: Calcular n para que seja 30° o ângulo entre os vetores v = (−3,1, n) e k .



Exemplo 65: Sejam os vetores a = (1,− m,−3), b = ( m + 3,4 − m,1) e c = ( m,−2,7) .
 
   
Determinar m para que a . b = ( a + b ) . c

35

Exemplo 66: Determinar a de modo que o ângulo  do triângulo ABC, seja 60°. Dados A(1,0,2),
B(3,1,3) e C(a+1,-2,3).

2 - Produto Vetorial

Antes de definirmos produto vetorial de dois vetores u e v , faremos algumas

considerações importantes:
 
a) Produto vetorial é um vetor, ao contrário do produto escalar u . v , que é um escalar
(Número real).
b) Para simplicidade de cálculo do produto vetorial, faremos uso de determinantes.

Um determinante de ordem 2 é definido como:


x1 y1
= x1 y 2 − x 2 y1
x2 y2

Por exemplo:
3 2
= 3 . 5 − 2 . (−4) = 15 + 8 = 23
−4 5

Um determinante de ordem 3 pode ser dado por:


(Teorema de Laplace aplicado a primeira linha).
a b c
y z1 x z1 x y1
x1 y1 z1 = 1 a− 1 b+ 1 c
y2 z2 x2 z2 x2 y2
x2 y2 z2

Por exemplo:
3 −2 −4
1 3 5 = (6 − 5).3 − (2 + 10).(−2) + (1 + 6).(−4) = 3 + 24 − 28 = −1
−2 1 2

Produto Vetorial

Dados os vetores u = ( x1 , y1 , z1 ) e v = ( x 2 , y 2 , z 2 ) de V3 definidos em uma base


 
         
ortonormal positiva (i , j , k ) , ou seja, u = x1i + y1 j + z1 k e v = x 2 i + y 2 j + z 2 k , chama-se

 
produto vetorial dos vetores u e v , o vetor.
36

  
i j k
y1 z1  x1 z1  x1 y1   
u ∧ v = u × v = x1 z1 = i − j+ k u ∧ v → u vetorial v
     
y1
y2 z2 x2 z2 x2 y2
x2 y2 z2
     
Exemplo 67: Dados u = 5i + 4 j + 3k v = i + k , calcule


a) u × v
 
b) v × u
 

Levando-se em conta as considerações feitas sobre as propriedades dos


determinantes, concluímos de imediato que:

1°) v × u = − ( u × v ) , isto é, os vetores v × u e u × v são opostos pois a troca de ordem


       
dos vetores no produto vetorial u × v implica troca de sinal de todos os determinantes de
 
ordem 2, ou seja, troca de sinal de todas as suas componentes.
Por outro lado, como u × v ≠ v × u , conclui-se que o produto vetorial não é
   
comutativo (ao contrário do produto escalar: u . v = v . u ).
   
Portanto, no produto vetorial a ordem dos fatores é importante

u ×v
 

v × u = −(u × v )
   


2°) u × v = 0 se, e somente se, u // v pois neste caso, todos os determinantes de ordem 2 têm
   
suas linhas constituídas por elementos proporcionais.
Estão aí também incluídos os casos particulares:

I) u ×v = 0 (determinantes de ordem 2 com linhas iguais);
 

II) u ×v = 0 (determinantes de ordem 2 com uma linha de zeros).
 

Sabemos que um vetor está bem definido quando conhecemos sua direção, seu
sentido e seu comprimento. A seguir passaremos a definir o vetor u × v no caso de u e v
   
serem não nulos e não-paralelos.
u×v
 
Características do vetor

Consideremos os vetores u = ( x1 , y1 , z1 ) e v = ( x 2 , y 2 , z 2 ) .
 

a) Direção de u×v
 
O vetor u × v é simultaneamente ortogonal a u e v .
   
37

Tendo em vista que dois vetores são ortogonais quando o produto escalar deles é zero,
basta mostrar que:

x1 y1 z1
y z1 x z1 x y1
( u × v ). u = 1 x1 − 1 y1 + 1 z 1 = x1 z 1 = 0 ( primeira
  
y1 e segunda linhas iguais ).
y2 z2 x2 z2 x2 y2
x2 y2 z2

Logo, u × v é ortogonal a u e a v .
   
De forma análoga, demonstra-se que (u × v ). u = 0 .
  
Como o vetor v × u tem a mesma direção de u × v (apenas seus sentidos são
   
opostos), também ele é ortogonal tanto a u como a v . A figura abaixo apresenta u × v e
   
v × u ortogonais ao plano π determinado por u e v .
   


u

v

u×v
 
Exemplo 68: Dados os vetores u = (3,1,2) v = ( −2, 2 ,5) , mostre que
 
é ortogonal a
 
u ev:

u×v
 
b) Sentido de
O sentido de u×v poderá ser determinado utilizando-se a “regra da mão direita”.
 
Sendo θ o ângulo entre u e v , suponhamos que u (1° vetor) sofra uma rotação de ângulo θ
  

até coincidir com v . Se os dedos da mão direita forem dobrados na mesma direção da
u×v .
 
rotação, então o polegar estendido indicará o sentido de
38

A figura acima mostra que o produto vetorial muda de sentido quando a ordem dos

vetores é invertida. Observamos que só será possível dobrar os dedos na direção de v para

u se invertermos a posição da mão, quando então o dedo polegar estará apontado para
baixo.
u×v , podemos associar estes dois vetores a
 
Caso tenhamos dúvida sobre o sentido
uma dupla de vetores unitários escolhidos entre i , j e k . Por exemplo, associando u×v com
    
 
i × j e tendo em vista que
  
i j k
  
i × j = 1 0 0 = (0,0,1) = k ,
0 1 0
u×v . Da mesma forma temos
  
O sentido de k daria o sentido de

     
j ×k =i e k ×i = j

Na figura abaixo, apresentamos um dispositivo mnemônico para lembrar os seis


produtos vetoriais possíveis com estes 3 vetores unitários que determinam o sistema
cartesiano. Associando estes vetores a três pontos distintos de uma circunferência, e adotando
o sentido anti-horário, o produto vetorial de dois vetores sucessivos quaisquer é o vetor
  
seguinte. Assim, neste dispositivo temos imediatamente i × j = k (Sentido anti-horário) e,
  
conseqüentemente, j × i = − k (Sentido horário).

j

k
+

i

Interpretação geométrica do módulo do produto vetorial


 
Observando que no paralelogramo determinado pelos vetores não-nulos uev ,a

medida da base é u 
e da altura é v senθ, a área A deste paralelogramo é

  v
A=(base) (altura) = u v senθ, 
v
Ou seja, 
v senθ
u ×v
 
A=

u 
u
O resultado dado poderá ser expresso por: “a área do paralelogramo determinado
pelos vetores u e v é numericamente igual ao comprimento do vetor u×v ”.
   
Vamos comprovar este resultado por meio de um exemplo particular tomando os
   
vetores u = 2i e v = 3 j . Temos, então
39

  
i j k

ux v = 2 1 0 0 = (0,0,6) = 6k
 

0 3 0
e
ux v = 6
 
 
A figura mostra claramente que o paralelogramo determinado por uev tem 6 u.a.
u×v
 
(unidades de área) e o vetor tem 6 u.c. (unidades de comprimento). Quer dizer,
numericamente estas medidas são iguais.
Para encerrar o estudo do produto vetorial, as conclusões finais:

1) O produto vetorial não é associativo, isto é, em geral

(u × v ) × w ≠ u × (v × w)
     

Basta considerar, por exemplo,


     
(i × j ) × j = k × j = − i

Enquanto que
     
i ×( j × j ) = i ×0 = 0
  
2) Para quaisquer vetores u, v e w e o escalar α, são válidas as propriedades:
u × ( v + w) = (u × v ) + (u × w ) e
      
I)   
(u + v ) × w = (u x × w ) + ( v × w )
   

II) α (u × v ) = (α u ) × v = u × (αv )
     
III) u . (v × w) = (u × v ) . w
     

Exemplo 69: Determinar o vetor x , tal que x seja ortogonal ao eixo y e u = x × v sendo
    
u = (1,1,−1) e v = ( 2,−1,1) .
 
40

Exemplo 70: Sejam os vetores u = (1,−1,−4) e v = (3,2,−2) . Determinar um vetor que seja
 
 
a) ortogonal a u e v
 
b) ortogonal a u e v e unitário;
 
c) ortogonal a u e v e tenha módulo 4.
 
d) ortogonal a u e v e tenha cota igual a 7.

Exemplo 71: Seja um triângulo eqüilátero ABC de lado 10. Calcular AB × AC :

Exemplo 72: Dados os vetores u = (1,−1,1) e v = ( 2,−3,4) , calcular


 
 
a) a área do paralelogramo determinado por u e v ;

b) a altura do paralelogramo relativa à base definida por u .
41

Exemplo 73: Determinar um vetor simultaneamente ortogonal aos vetores u + 2v e v − u ,


   
sendo u = (− 3, 2, 0) e v = (0, − 1, − 2 ) .


Exemplo 74: Calcule u × v nos casos:


 
a) u = (6, − 2, − 4)


v = (− 1, − 2,1)


b) u = (7, 0, − 5)


v = (1, 2, − 1)


c) u = (2,1, 2)


v = (4, 2, 4)


Exemplo 75: Calcule a área do paralelogramo ABCD , sendo AB = (1,1, − 1) e AD = (2,1, 4) .


42

Exemplo 76: Calcule a área do triângulo ABC , sendo AB = (− 1,1, 0) e AC = (0,1, 3) .

(  ) (  
Exemplo 77: Determine x tal que x ∧ i + k = 2 i + j + k e x =
 
) 
6.

Exemplo 78: Determinar a distância do ponto P(5,1, 2) à reta r que passa por A(3,1, 3) e
B (4, − 1,1) .
43

Exemplo 79: Dados os vetores u = (2,1, − 1) e v = (1, − 1, a ) , calcular o valor de a para que a
 
 
área do paralelogramo determinado por u e v seja igual a 62 .

Exemplo 80: Dados os pontos A(2,1,1) , B(3, − 1, 0) e C (4, 2, − 2) , determinar:


a) A área do ∆ABC .
b) A altura do ∆ relativa ao vértice C .
44

Exemplo 81: Dados os vetores u = (1,1, 0) e v = (− 1,1, 2) , determinar:


 
 
a) um vetor unitário simultaneamente ortogonal a u e v .
 
b) um vetor de módulo 5 simultaneamente ortogonal a u e v .

Exemplo 82: Calcular x , sabendo que A( x,1,1) , B(1, − 1, 0) e C (2,1, − 1) são vértices de um
29
∆ de A = .
2

Exemplo 83: Dados os vetores u = (0,1, − 1) , v = (2, − 2, − 2) e w = (1, − 1, 2) , determine o


  
vetor x , paralelo a w que satisfaz à condição x × u = v .
    
45

3 - Produto Misto
     
Chama-se produto misto dos vetores u = x1i + y1 j + z1 k , v = x 2 i + y 2 j + z 2 k e
 

w = x3 i + y 3 j + z 3 k , tomados nessa ordem, ao número real u . (v × w) .


      
  
O produto misto de u , v e w também é representado por (u , v , w ) .

Tendo em vista que
  
i j k
y2 z 2  x2 z2  x2 y2 
v × w = x2 z2 = i − j+
 
y2 k
y3 z3 x3 z3 x3 y3
x3 y3 z3
Vem
y z2 x z2 x y2
u . (v × w) = x1 2 − y1 2 + z1 2
  
y3 z3 x3 z3 x3 y3
E, portanto:
x1 x2 x3
u . (v × w) = x 2
  
y2 z2
x3 y3 z3

     
Exemplo 84: Calcular o produto misto dos vetores u = 2i + 3 j + 5k , v = −i + 3 j + 3k e
 
  
w = 4i − 3 j + 2 k


Propriedades do produto misto:

As propriedades do produto misto decorrem, em sua maioria, das propriedades dos


determinantes.

I) O produto misto (u , v , w ) muda de sinal, ao trocarmos a posição de dois vetores.
Em relação ao exemplo anterior, onde (u , v , w ) = 27 , teríamos:


(v , u , w ) = −27 (permuta de u e v )


( w , v , u ) = −27 (permuta de u e w )

 
(u , w , v ) = −27 (permuta de v e w )

Se, em qualquer um desses três últimos produtos efetuarmos nova permutação de
dois vetores, o produto misto volta a ser 27.

É o que acontece com (v , w , u ) = 27 , onde, no primeiro deles permutamos u e w .


Resulta dessa propriedade que os sinais . e × podem ser permutados, isto é:

u . (v × w) = (u × v ) . w
     
46

II) (u , v , w ) = 0 , se e somente se, os três vetores forem coplanares.




Admitindo que (u , v , w ) = 0 , ou seja, u . (v × w) = 0 , conclui-se que (v × w) ⊥ u . Por


      
outro lado, no estudo do produto vetorial, vimos eu o vetor v × w é também ortogonal a v e
  
w . Assim, como v × w é ortogonal aos três vetores u , v e w , estes são coplanares.
     

Reciprocamente, admitindo que u , v e w sejam coplanares, o vetor v × w , por ser


    
  
ortogonal a v e w , é também ortogonal a u .
Ora, se u e v × w são ortogonais, o produto escalar deles é igual a zero, isto é:
  
u . (v × w) = 0
  

Exemplo 85: Verificar se são coplanares os vetores u = ( 2,−1,1), v = (1,0,−1) e w = ( 2,−1,4) .


  

Exemplo 86: Qual deve ser o valor de m par que os vetores u = ( 2, m,0), v = (1,−1,2) e
 
w = ( −1,3,−1) sejam coplanares?


Exemplo 87: Verificar se os pontos A(1,2,4), B(-1,0,-2), C(0,2,2) e D(-2,1,-3) estão no mesmo
plano.
47

Interpretação geométrica do módulo do produto misto

Geometricamente, o produto misto u . (v × w) é igual, em módulo, ao volume do


  
  
paralelepípedo de arestas determinadas pelos vetores não-coplanares u , v e w .

A área da base do paralelepípedo é v × w .


 

Seja θ o ângulo entre os vetores u e v × w . Sendo v × w um vetor ortogonal à base,


    
a altura será paralela a ele e, portanto,
h = u cosθ


(É necessário considerar o valor absoluto cosθ , pois θ pode ser um ângulo obtuso).
Então, o volume V do paralelepípedo é:
V = (área da base)(altura )
= u × v u cos θ
  

= u . (v × w)
  

Exemplo 88: Sejam os vetores u = (3, m,−2), v = (1,−1,0) e w = ( 2,−1,2) . Calcule o valor de
  
  
m para que o volume do paralelepípedo determinado por u , v e w seja 16 u.v.

Volume do Tetraedro

Sejam A, B, C e D pontos não-coplanares. Portanto, os vetores AB, AC e AD


também são não-coplanares. Em conseqüência, estes vetores determinam um paralelepípedo,
cujo volume é V = ( AB, AC , AD) .
48

Este paralelepípedo, por sua vez, pode ser repartido em dois prismas triangulares de
mesmo tamanho (conforme a figura), e, portanto, o volume V p de cada prisma é a metade do
 1 
volume V do paralelepípedo V p = V .
 2 
Por outro lado, da Geometria Espacial, sabemos que o prisma pode ser repartido em
três pirâmides de mesmo volume, sendo uma delas o tetraedro ABCD. Assim, o volume Vt do
tetraedro é um terço do volume do prisma, isto é:

1 11  1 1
Vt = V p =  V  ou Vt = V ou Vt = ( AB, AC , AD )
3 3 2  6 6

Exemplo 89: Sendo A(1,2,-1), B(5,0,1), C(2,-1,1) e D(6,1,-3) vértices de um tetraedro, calcular:
a) O volume desse tetraedro
b) A altura do tetraedro relativa ao vértice D.

Exemplo 90: Verificar se são coplanares os vetores u = (2, − 1,1) , v = (1, 0, − 1) e


 

w = (2, − 1, 4) .

49

Exemplo 91: Calcular o valor de m para que o volume do paralelepípedo determinado pelos
vetores v1 = (0, − 1, 2) , v 2 = (− 4, 2, − 1) e v3 = (3, m, − 2 ) seja igual a 33. Calcular a altura
  
 
desse paralelogramo relativa à base definida por v1 e v2 .

Exemplo 92: Calcular o volume do tetraedro de base ABC e vértice P , sendo A(2, 0, 0) ,
B(2, 4, 0) , C (0, 3, 0) e P(2, − 2, 9) . Qual a altura do tetraedro relativa ao vértice P ?
50

Curso: Engenharia de Produção – 1º A – Noturno


Disciplina: Geometria Analítica
Profa. Jussara Mallia Zachi

1a Lista de exercícios – Vetores

1) A figura abaixo representa um losango EFGH inscrito no retângulo ABCD, sendo O, o ponto
de interseção das diagonais desse losango. Decidir se é verdadeira ou falsa cada uma das
afirmações:

f )H − E = O − C
a) EO = OG k ) AO // OC
g ) AC = BD
b) AF = CH l ) AB ⊥ OH
1
c) DO = HG h) OA = DB m) EO ⊥ CB
2
d)C − O = O − B n) AO ⊥ HF
i ) AF // CD
e) H − O = H − D o)OB = − FE
j )GF // HG
2) Com base na figura do exercício 1, determinar os vetores abaixo, expressando-os com
origem no ponto A:

a)OC + CH d ) EH + EF 1
g ) BC + EH i )OG − HO
b) EH + FG e) EO + BG 2
h) FE + FG j ) AF + FO + AO
c)2 AE + 2 AF f )2OE + 2OC

3) O paralelogramo ABCD é determinado pelos vetores AB e AD , sendo M e N pontos


médios dos lados DC e AB respectivamente:

a) AD + AB
D M C
b) BA + DA
c) AC − BC
d) AN + BC
e) MD + MB
A DC
N B f) BM −
2
51

4) Decida se é V ou F cada uma das afirmações referentes a figura abaixo:

a) O − F = C − O
b) E − O = B − O
c) B − O = C − O
d) D − O = O − A
e) A − O = O − D
f) E − O = −(O − E )
g) C − O = −( F − O )
h) C − F = D − E
i) C − B = D − O

1 
5) Dados os vetores u , v , w , de acordo com a figura, construir o vetor s = 2u − 3v +
    
w

2


 u
v

w

6) Represente, na figura, o vetor u − y + v − w por uma flecha de origem O :


   

w


v 
u

7) Desenhe o representante de origem A da soma dos vetores indicados sobre o quadrado


ABCD da figura abaixo.
52

 
8) Determine x para que se tenha AB = C D , sendo A (x,1), B(4,x+3), C(x,x+2) e D(2x,x+6).

9) Escreva o vetor (7,–1), como a soma de dois vetores, um paralelo ao vetor (1,–1) e outro
paralelo ao vetor (1,1).

10) Dados A(–1,–1) e B(3,5), determinar C, tal que


1
a) AC = AB
2
 2 
b) A C = A B .
3

11)Dadas as coordenadas, x = 4, y = –12, de um vetor v do ℜ3, calcular sua terceira




coordenada z, de maneira que v = 13 .




  
12)Achar um vetor x de módulo igual a 4 e de mesmo sentido que o vetor v = 9i − 2 j − 3k .
 

       
13) Sejam a = i + 2 j − 3k e b = 2 i + j - 2k . Determine um versor dos vetores abaixo:
 
a) a + b
 
b) 2 a –3 b
 
c) 5 a +4 b
   
14) Dados os vetores u =(3,2), v =(2,4) e w =(1,3), exprimir w como a combinação linear de u


e v.

αeβ
 
15) Os vetores u e v não são paralelos. Determine sabendo que
( 2α − β )u + (α + β − 2)v = 0
 
53

Curso: Engenha de Produção– 1º A – Noturno


Disciplina: Geometria Analítica
Profa. Jussara Mallia Zachi

2a Lista de Exercícios – Produto de Vetores

Produto escalar

u = ( 4, a,−1) e v = ( a,2,3) e os pontos A(4, -1, 2) e B (3, 2, -1)


 
1) Dados os vetores
7
determinar o valor de α tal que u .( v + BA) = 5 Resp.:
 
3

2) Provar que o triângulo de vértices A(2, 3, 1); B(2, 1, -1) e C(2, 2, -2) é um triângulo retângulo.

3) Calcular o ângulo entre os vetores u = (1,1,4) v = ( −1,2,2) .


 

4) Dados os vetores u = ( 2,−3,−1) v = (1,−1,4) , calcular:


 

a) 2u . ( − v ) Resp. -2
 

b) (u + v ) . (u − v ) Resp. -4
   

c) (u + 3 v ) . (v − 2u ) Resp. 21
   

5) Sejam os vetores u = ( 2, a,−1), v = (3,1,−2) e w = ( 2a − 1,−2,4) . Determinar a de modo


  
5
que (u . v ) = (u + v ) . (v + w ) . Resp.
     
8

6) Calcule o produto escalar (u . v ) , onde u e v são os vetores dados abaixo:


   

a) u = ( 2,1,3), v = (1,−1,4) Re sp.13


 
b) u = (1,−1,1), v = ( 2,1,−1) Re sp. 0
 
c) u = (3,4,7), v = (1,3,2) Re sp. 29
 

5
7) Qual é o ângulo formado pelos vetores u = (1,0,1) e v = ( 2,1,3) ? Resp.: arc cos
 
28

8) Sendo u = (1,3,1), v = (0, −1, 3) , calcule a medida do ângulo entre u e v . Resp.: 90°.
   

2 2
9) Sendo u = ( ,− ,1), v = (1,−1,0) , calcule a medida do ângulo entre u e v .
   
2 2
Resp.45°

10) Calcule m para que a medida do ângulo entre u = ( 3 , m,0) e v = (1, 3 ,0) seja 30°.
 

 
11) Verifique se u e v são ortogonais, sendo:

a) u = (1,1,−1), v = ( −1,1,1) Re sp. sim


 
b) u = ( 2,2,−2), v = (3,1,−2) Re sp. não
 
54

c) u = ( m, n, mn), v = ( n, m,−2) Re sp. sim


 
1
d) u = (a, b,1), v = (b, a,−1)
Re sp. sim se ab =
 
2
 
12) Determinar x de modo que u e v sejam ortogonais:

a) u = ( x,0,3), v = (1, x,3)


 
b) u = ( x, x,4), v = ( 4, x,1)
 
c) u = ( x + 1,1,2), v = ( x − 1,−1,−2)
 
d) u = ( x,−1,−4), v = ( x,−3,1)
 

13) Determine u ortogonal a (-3,0,1) tal que u .(1, 4,5) = 24 e u .(1, −1, 0) = 1 Re sp. : x = 7
  
5
.
    
14) Dados u e v , calcule a projeção de v sobre u e decomponha v como a soma de
 
dois vetores, um paralelo a u e o outro ortogonal a u nos casos:

a) v = ( −2,1,2) , u = ( −6,3,6) Re sp. : a = ( −2,1,2), b = (0,0,0)
  
1 1  1 1
b) v = (1,0,1) , u = (1,1,2) Re sp. : a = ( , ,1), b = ( ,− ,0)
  
2 2 2 2
1 1  
c) v = ( 2 , 2 ,0) , u = ( Re sp. : a = ( 2 , 2 ,0), b = 0
  
, ,0 )
2 2
+ v ) sendo u = (1,2,3) E , v = (3,2,1) E sendo E base ortonormal.
   
15) Calcule a proj (u − v)
 (u
Resp.:0
_____________________________________________________________________________

Produto vetorial
1) Determinar o vetor x , paralelo ao vetor ao vetor w =(2,–3,0) e tal que x × u = v , onde
   

u =(1,–1,0) e v =(0,0,2). RESP: x =(4.–6,0)


 

2) Determinar um vetor simultaneamente ortogonal aos vetores 3u + 2v e 2v − u , sendo


u = (− 1,2,0) e v = (0,−1,−2) . Resp: (-32,-16,8)

3) Dados os vetores u = (3,−1,2 ) e v = (− 2,2,1) , calcular:


a) A área do paralelogramo determinado por u e v . Resp: 90
b) A altura do paralelogramo relativa à base definida por v . Resp: 3

4) Calcular o valor de m para que a área do paralelogramo determinado por u = (m,−3,1) e


v = (1,−2,2) seja igual a 26 . Resp: m=0 ou m=2
5) Calcular a distância do ponto P(4,3,3) à reta que passa por A(1,2,−1) e B (3,1,1) . Resp:
65
3

6) Calcular a área do ∆ABC e a altura relativa ao lado BC :


55

210
a) A(− 4,1,1), B(1,0,1), C (0,−1,3) Resp:
3
7 5
b) A(4,2,1), B(1,0,1), C (1,2,0) Resp:
5

7) Calcular z , sabendo-se que A(2,0,0), B(0,2,0) e C (0,0, z ) são os vértices de um triângulo


de área 6 . Resp: z=4 ou z=-4

( ) ( )
8) Determine x tal que x × i + k = 2 i + j − k e x = 6 . Resp: (a,2,2+a)

9) Obtenha x tal que x ⋅ (i − j ) = 0 e x × (i + 2k ) = i − k sendo (i, j , k )


1
a a base ortonormal.
2
Resp: (1/2,1/2,1)

10) Determinar um vetor unitário simultaneamente ortogonal a u = (2,−6,3) e v = (4,3,1) .

11)Os vértices de um triângulo ABC são os pontos A (0,1,−1), B(−2,0,1) e C(1,−2,0). Determine

3 35
a altura relativa ao lado BC. RESP: h = u.c.
7
12) Calcule a distância do ponto P(–2,1,2) à reta determinada pelos pontos M(1,2,1) e

3 35
N(0,–1,3). RESP: d= u.c.
7
13) A área de um triângulo ABC é igual a 6 . Sabe-se que A(2,1,0), B(–1,2,1) e que o vértice C
pertence ao eixo OY. Calcule as coordenadas de C.

 1 
RESP: (0,3,0) ou  0, ,0 
 5 
14) Dados os vetores u =(1,−1,1) e v =(2,−3,4), calcular:
 

a) A área do paralelogramo de determinado por u e v ;


 

b)a altura do paralelogramo relativa à base definida pelo vetor u .




RESP: a)A= 6u.a. b) h = 2u.c.

15) Dados os vetores u =(2,1,−1) e v =(1,−1,α), calcular o valor de α para que a área do
 

paralelogramo determinado por u e v seja igual a 62 u.a.(unidades de área).


 

RESP: α=3
_____________________________________________________________________________
56

Produto misto

1)Qual é o valor de x para que os vetores a =(3,–x,–2), b =(3,2,x) e c =(1,–3,1) sejam
 

coplanares. RESP: x=14 ou x=–2

2)Determinar o valor de k para que os pontos A(0,0,3),B(1,2,0), C(5,–1,–1) e D(2,2,k) sejam


vértices de uma mesma face de um poliedro. RESP: k=– 1

3)Determinar o valor de x de modo que o volume do paralelepípedo gerado pelos vetores u =




2 i – j + k e v = i – j e w =x i + j –3 k , seja unitário. RESP: x=–5 ou x= –3


         

  
4)Sejam os vetores u =(1,1,0), v =(2,0,1) e w 1 = 3u − 2v , w 2 = u + 3 v e w 3 = i + j − 2k .
 

Determinar o volume do paralelepípedo definido por w 1 , w 2 e w 3 . RESP: V=44 u.v.

5)Dado um tetraedro de volume 5 e de vértices A (2,1,–1), B(3,0,1) e C(2,–1,3). Calcular as


coordenadas do quarto vértice D, sabendo-se que se acha sobre o eixo OY.
RESP: D (0,–7,0) ou D(0,8,0)

6)São dados os pontos A(1, –2,3), B(2, –1, –4), C(0,2,0) e D(–1,m,1), calcular o valor de m para

que seja de 20 unidades o volume do paralelepípedo determinado pelos vetores AB, AC

e AD . RESP: m=6 ou m=2

7)Determine a altura do tetraedro ABCD, onde A(1,3,1), B(0,−2,4) ,C(2,1,−3) e D(0,−6,0).

4 6
RESP: h = u.c.
11

8) Determinar k para que os vetores u = (2,−1, k ) , v = (1,0,2) e w = (k ,3, k ) sejam


coplanares. Resp: k=6

9) Verificar se os pontos A(1,1,0), B(− 2,1,−6), C (− 1,2,−1) e D(2,−1,−4) são coplanares.


Resp: não

10) Para quais valores de m os pontos A(m,1,2), B(2,−2,−3), C (5,−1,1) e D(3,−2,−2) são
coplanares? Resp: m=4
11) Sabendo que os vetores AB = (2,1,−4) , AC = (m,−1,3) e AD = (− 3,1,−2) determinam
− 35
um tetraedro de volume 6, calcular o valor de m . Resp:
2

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