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REVISÃO:
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FÍSICA – 12º ANO
AS GRANDEZAS FÍSICAS
Grandeza física é toda a propriedade mensurável de um fenómeno, corpo ou substância. Por outras
palavras, grandeza física é tudo o que é suscetível de ser medido.
As grandezas físicas podem ser:
Escalares - as grandezas que ficam completamente determinadas através de um número e respetiva
unidade. Exemplos: massa, temperatura, comprimento, tempo, enegia, ...
Vetoriais - as grandezas que ficam completamente determinadas com a indicação de uma direção e
um sentido, para além do número e respetiva unidade de medida. Exemplos: a velocidade, a
aceleração, força, o momento linear, ...
OBS: Uma grandeza vetorial é representada através de um vetor.
I – VECTORES
O que é um vector?
Em física, vector é uma entidade geométrica caracterizada por um valor numérico dito módulo
(norma) ou intensidade do vector, uma direcção e um sentido.
Para representar geometricamente um vector utilizamos um segmento de recta orientado. O
comprimento do segmento de recta é o módulo do vector, a direcção da linha recta suporte do
segmento é a direcção do vector, e a orientação do segmento de recta, dá a orientação ou sentido do
vector.
Para nos referirmos a um vector utilizamos uma letra (maiúscula ou minúscula) com uma seta em
cima: a , u , A, F ...
Se o vector u é representado pelo segmento de recta AB
Ao ponto A chama-se origem (ou ponto de aplicação) e
ao ponto B extremidade.
COMPARAÇÃO DE VECTORES
Vectores iguais
Dois vectores são iguais quando têm direcção, norma e sentidos iguais, independentemente da
localização.
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FÍSICA – 12º ANO
ab
Vectores simétricos
Dois vectores são simétricos quando têm a mesma direcção e mesmo módulo, mas sentidos opostos.
c d d c
Vectores paralelos
Dois vectores são paralelos quando têm a mesma direcção e o mesmo sentido, isto é formam entre si
um ângulo de 0º .
E // F
Vectores perpendiculares
U V
REPRESENTAÇÃO DE UM VECTOR
1.1.1. Em função de um versor
Consideremos uma direcção no espaço. Se a essa direcção associarmos um
vector com um sentido por nós convencionado e módulo unitário -
vector unitário ou versor (û) ou u , poderemos representar qualquer
vector com essa direcção, em função do versor.
Fig. 1.1.
V V
Consideremos, então, dois vectores, 1 e 2 , com aquela direcção (fig. 1.1.). Cada vector será
representado pelo produto de um escalar pelo versor. Esse escalar é a medida do vector afectado do
sinal (+) ou (-) conforme o sentido coincide, ou não, com o do versor.
V V
Assim: 1 = 3 û e 2 = -2 û
V V
De um modo geral: 1 = û
Em que
V é um escalar (> 0, < 0 ou = 0), que nos indica a norma e o sentido do vector.
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V V
Poderemos, pois, escrever:
Nota: Um vector nulo
V3 0 poderá, do mesmo modo, ser representado por
V3 0 u
Vector unitário ou versor é um vector cujo módulo é igual a unidade, paralelo a um dado vector.
Qualquer vector dado pode ser representado tendo em conta o vector unitário ou versor.
i // r
| i | 1 || i || 1
r r i r | r | r || r ||
e x , e y , ez
NOTA 1: Muitas vezes os vectores unitários dos eixos aparecem representados por , por
i , j , k , por u x , u y , u z ou ainda e1 , e2 , e3 .
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FÍSICA – 12º ANO
1. Todo o vector pode ser considerado a soma de dois outros vectores. Definindo-se um plano como
um par de eixos cartesianos ortogonais, temos que um vector p nele contido pode ser representado
p p
pela soma da sua componente no eixo horizontal ( x ) com a do eixo vertical ( y ).
p p
As componentes x e y têm a mesma direcção dos eixos x e y, respectivamente. Em relação aos
valores dessas componentes, podemos usar uma convenção: caso tenham o mesmo sentido dos eixos,
serão antecipadas pelo sinal positivo; caso tenham sentido contrário aos eixos, serão antecipadas pelo
sinal negativo.
2. Consideremos um vector B no referencial bidimensional OXY:
B By
Os vectores x e paralelos aos eixos e tais que
B Bx B y
dizem-se componentes vectoriais de B
neste sistema de eixos.
cos 2 cos 2 1
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FÍSICA – 12º ANO
B Bx By
B Bx u x By u y Bx Bx u x
Bx B cos
B B cos u x B cos u y B y By u y By B cos
u u
Os vectores x e y são vectores unitários
B Bx 2 By 2
O módulo do vector B é:
3. Consideremos um vector A no referencial tridimensional OXYZ:
A A A
Os vectores x , y e z paralelos aos eixos e tais que
A Ax Ay Az
dizem-se componentes vectoriais de
A neste sistema de eixos.
Ax Ax u x
Ay Ay u y
Az Az u z
A Ax Ay Az
Ax A cos
A Ax u x Ay u y Az u z
Ay A cos
A A cos u x A cos u y A cos u z Az A cos
u u u
Os vectores x , y e z são vectores unitários
A Ax 2 Ay 2 Az 2
O módulo do vector A é:
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FÍSICA – 12º ANO
O vector R , ou vector resultante, significa a soma dos
vetores mostrados e pode ser determinado da seguinte
forma: representamos o primeiro vector apartir de uma origem arbitrária O, a origem do segundo
coincidindo com a extremidade final do primeiro, a origem do terceiro coincidindo com a extremidade
final do segundo e assim sucessivamente.
Esse processo de soma é chamado regra da poligonal, pois dois vectores somados se encadeiam
determinando uma linha poligonal. A ordem de encadeamento dos vetores não altera as características
do vector resultante. Observe que, definida a poligonal, a origem do vetor R coincide com a
extremidade do último vector.
Como variação da regra da poligonal temos a regra do paralelogramo, que é aplicada apenas à soma
de dois vectores. Veja como ela pode ser aplicada.
r
Considere os vectores 1
e r2 , cujas as direcções determinam o ângulo α. Aplicando a regra do
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FÍSICA – 12º ANO
O vector resultante R está na diagonal do paralelogramo, com origem no ponto O e extremidade no
ponto A, encontro das retas r e s.
Esse método de soma permite calcular de maneira
simples o módulo do vector R , pela aplicação da
lei dos co-senos no triângulo OAB.
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FÍSICA – 12º ANO
Para obtermos o vector diferença
d = r1 - r2 , adicionamos o vector
r1 r
com o oposto de 2
(- r2 ) ,
r
que tem a mesma intensidade, mesma direcção e sentido contrário a 2 .
O produto escalar de dois vectores é uma operação que transforma dois vectores num escalar. Este
escalar é o produto das normas dos vectores pelo co-seno do ângulo por ele formado.
O produto escalar (ou interno) de dois vectores A e B , que se representa por A B ou A/ B e se lê
A B | A || B | cos
A escalar B ou A interno B , é definido por: , sendo o ângulo formado
pelos dois vectores.
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FÍSICA – 12º ANO
O ângulo de dois vectores é o menor ângulo formado por dois segmentos orientados equivalentes
aos vectores e com origem comum; fica, portanto, compreendido entre 0º e 180º .
Se os vectores estiverem expressos em função das respectivas componentes,
A Ax u x Ay u y Az u z B Bx u x By u y Bz u z
e , o produto escalar representa-se por:
A B ( Ax u x Ay u y Az u z ) ( Bx u x B y u y Bz u z )
A B Ax Bx u x u x Ax By u x u y Ax Bz u x u z
Ay Bx u y ux Ay By u y u y Ay Bz u y u z
Az Bx u z u x Az By u z u y Az Bz uz u z
A B Ax Bx Ay By Az Bz
ux u x u y u y u y u y 1
ux u y u y u x u y u z uz u y u z u x u x uz 0
NOTA 2:
1. A norma (ou módulo) de um vector é conseguida através do produto interno, pois calcula-se o
produto interno do vector por ele mesmo.
2. Pela nota 1, o produto interno permite determinar o módulo ou norma do vector soma e vector
diferença de dois vectores, isto é permite chegar ao seguinte:
S A B
|| S || A2 B 2 2 AB cos
a)
D A B
|| D || A2 B 2 2 AB cos
b)
c)
O produto escalar é utilizado em Física:
- Na determinação de certas grandezas como, por exemplo, o trabalho de uma força;
- Na verificação da perpendicularidade entre dois vectores;
- Na determinação do ângulo formado por dois vectores.
→ →
O produto vectorial (ou produto externo) de dois vectores A e B , que se representa por A × Bou
→ →
determinado por A e B , cujo módulo é dado por
| C || A || B | sen , sendo o ângulo formado pelos dois
vectores. O módulo do vector C é numericamente igual à
área do paralelogramo definido por A e B .
O sentido de C é dada por várias regras entre as quais se
→ →
destaca a da mão direita: O sentido do produto vectorial A × B é dado pelo polegar da mão
direita quando se faz rodar o 1º vector para coincidir com o segundo, segundo o menor ângulo no
sentido de fechar a mão.
Obs:
→ → → →
1 – O produto vectorial não é comutativo, pois: A × B=− B × A ( )
→ → → → → → →
2 – O produto vectorial goza da propriedade distributiva: C × A +B = C × A + C × B ( ) ( )( )
→ → → → → →
3 – Se designarmos por m um escalar qualquer será: m A × B = A ×m B =m A × B ( )
Se os vectores A e B estiverem expressos em função das suas componentes,
A Ax u x Ay u y Az u z B Bx u x By u y Bz u z
e , o produto vectorial escreve-se:
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FÍSICA – 12º ANO
A B ( Ax u x Ay u y Az u z ) (Bx u x By u y Bz u z ) ux u y uz
u y ux uz
A B Ax Bx u x ux Ax By u x u y Ax Bz u x uz
u y u z ux
Ay Bx u y u x Ay By u y u y Ay Bz u y u z
uz u y u x
Az Bx u z u x Az By u z u y Az Bz u z uz
uz u x u y
A B Ax B y u z Ax Bz ( u y ) Ay Bx ( u z ) Ay Bz u x Az Bx u y Az By ( u x )
u x u z u y
A B ( Ay Bz Az By ) u x ( Az Bx Ax Bz ) u y ( Ax By Ay Bx ) u z ux ux u y u y u y u y 0
Cada componente do vector C obtém-se:
1 – Ignorando as componentes de a e b segundo a direcção dessa componente;
2 – Multiplicando por ordem ( i
j
k
i ) a primeira componente do vector a
pela oposta de b e subtraindo ao resultado o produto das outras duas componentes.
Assim:
Exercícios de Aplicação 1
1. Todos os vectores representados têm norma 10. Escreva a expressão cartesiana de cada
um deles no referencial OXY.
M 3 ex 4 e y N 6 ex 6 e y
2. Das expressões cartesianas dos vectores e indique para
cada um deles:
2.1. A norma e as medidas algébricas das componentes nos eixos OX e OY.
2.2. O ângulo (funções trigonométricas desses ângulos) com o semi-eixo positivo OX,
medidos no sentido directo.
ângulos respectivamente iguais a 37º , 45º , 0º ,90º ,150º e270º . Escreva as expressões
cartesianas desses vectores no referencial OXY.
Ax 4, By 6, eC x 8
4. Dadas as medias algébricas , escreva as expressões cartesianas de
A, B, eC , nos referencias rectangulares OXY.
Exercícios de Aplicação 2
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a 2 ex 3 e y
1. Considera os seguintes vectores num referencial cartesiano: ,
b 3 ex b2 ey c c1 ex (c1 1) e y
e , com c1 , c2 , b2 IR .
1.1. Determine para que valor (es) reais de b2 , o vector b faz um ângulo de 30º com o
vector ex .
1.2. Identifique a relação que deverá existir entre c1 e c2 , de modo a garantir o
ortogonalidade entre os vectores c e a
A Ax u x Ay u y Az u z B Bx u x By u y Bz u z
2. Considere os vectores e .
Verifique que: A B ( B A) .
3. Num r.o.n.
O, ( e , f )
3.1. Calcule os módulos do vector A e do vector B .
3.2. Calcule A B e A B .
3.3. Calcule o ângulo formado entre os dois vectores.
4. Se o produto interno de dois vectores (não nulos) for nulo, que pode dizer-se acerca dos
dois vectores?
5. Se o produto vectorial de dois vectores (não nulos) for nulo, que pode dizer-se acerca dos
dois vectores?
6. Num r.o.n.
O, ( i , j , k )
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INTERACÇÃO GRAVITACIONAL
O astrónomo alemão Johannes Kepler estabeleceu empiricamente, no século XVII, três leis
que descrevem o movimento dos planetas.
1 lei de Kepler ou Lei das órbitas – os planetas
movem-se em torno do Sol em órbitas elípticas,
sendo um dos focos ocupado por este.
2 lei de Kepler ou Lei das áreas – ao descrever a
sua trajectória, o vector posição do planeta em
relação ao Sol varre áreas iguais em intervalos de
tempos iguais.
Baseando-se nas leis da Dinâmica e nas leis de Kepler, Newton deduziu que a trajectória
descrita pelos planetas se deve a uma força central exercida pelo Sol, cujo valor depende
da massa e da distância entre os corpos.
Newton concluiu que entre quaisquer partículas materiais
existem forças atracção mútuas da mesma natureza das
que se manisfestam entre os astros.
Quando uma partícula está sujeita a forças gravitacionais exercidas simultaneamente por
outras partículas, a força resultante é igual à soma vectorial de todas as forças que sobre ela
actuam – Princípio da sobreposição.
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FÍSICA – 12º ANO
INTERACÇÃO ELECTROSTÁTICA
A carga eléctrica é uma propriedade da matéria que é responsável por esta produzir ou
experimentar efeitos eléctricos e magnéticos.
Sem a interacção electromagnética, os átomos não se ligariam para formar moléculas, nem
os electrões seriam atraídos pelos núcleos. É a interacção electromagnética que explica as
reacções químicas e a estabilidade dos seres vivos.
Força eléctrica
Nesta unidade estudaremos o comportamento dos corpos electrizados em repouso,
começando por analisar as forças que entre eles se estabelecem, chamadas forças
eléctricas. A força eléctrica (ou coulombiana) pode ser atractiva ou repulsiva, o meio em
que as partículas se encontram influencia a intensidade da força eléctrica.
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Lei de Coulomb
As experiências de atracções e de repulsões entre corpos electrizados mostram a existência
de forças entre esses corpos.
Q1 . Q 2
Fel = K
r2
Permitividade dum meio
K é a constante de Coulomb, que depende do sistema de unidades e do meio onde se dá a
interacção. No SI e no vazio, K = 9 x 109 N. m2. C-2.
1
K
Para qualquer meio, 4 Є
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1. Calcule a intensidade da força electrostática que se exerce entre duas cargas pontuais Q 1 = -2,0 µC e Q2 =
-3,0 µC situadas no vazio à distância de 3,0 dm. Considere Ko = 1/4πЄo = 9,0 x 109 Nm2C-2.
2. Três cargas eléctricas pontuais Q 1 =1,0 µC, Q2 = -2,0 µC e Q3 = -3,0 µC estão fixas nos vértices dum
triângulo, como mostra a figura.
4. Nos pontos A, B e C encontram-se três cargas pontuais iguais, em módulo e em sinal. A carga que está em
C exerce uma força de 4,0 x 10-6 N sobre a carga que está em B.
5. Nos vértices dum triângulo equilátero, de 2,0 dm de lado, fixaram-se três cargas, Q 1, Q2 e Q3 de igual
módulo (2,0 µC).
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5.1. Represente, geometricamente, a força resultante sobre cada uma das cargas.
5.2. Calcule a intensidade da força resultante sobre a carga Q1, supondo que as cargas se encontram no vazio.
6. Fixaram-se duas cargas Q1 e Q2 à distância 3r uma da outra. Verificou-se que uma carga móvel Q 3,
colocada à distância r de Q1, ficou em repouso nesse ponto.
EXERCÍCIOS DE APLICAÇÃO
o CAMPO ELÉCTRICO
1. No ponto P dum campo electrostático, uma carga de prova Q o = -2,0 µC é actuada por uma força de 0,10 N,
horizontal, da esquerda para a direita, como mostra a figura.
1.1. Caracterize o campo nesse ponto, através do vector , e faça a sua representação vectorial.
1.2. Calcule a intensidade da força eléctrica que actua sobre uma carga de prova de 4,0 µC nesse
campo e represente-a vectorialmente.
2. Considere duas cargas pontuais Q1 = 2,0 µC e Q2 = -2,0 µC, no vazio, a 6,0 dm uma da outra. Dado K o =
1/4πЄo = 9,0 x 109 Nm2C-2.
2.2. Indique as características do vector B, estando B situado a 3,0 dm da carga Q2, como indica a figura.
2.3. Caracterize o vector campo C , no ponto C, sabendo que este dista 3,0 dm de Q 2, na posição indicada na
figura.
EXERCÍCIOS DE APLICAÇÃO
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1. Considere uma carga Q = -2,0 µC, fixa, e uma carga Q o = -1,0 µC, inicialmente no ponto A. Suponha que
Qo se desloca para o ponto B e que a experiência se realiza no vazio, onde Ko = 1/4πЄo = 9,0 x 109 Nm2C-2.
1.2. Qual foi a variação de energia potencial eléctrica do sistema das duas cargas?
2. Considere um sistema de duas cargas pontuais, Q = -2,0 µC e Qo = -1,0 µC, situadas no vazio, à distancia de
5,0 dm uma da outra.
3. Observa a seguinte figura, suponha que as cargas eléctricas valem Q 1 = 1,0 µC, Q2 = -2,0 µC e Q3 = 3,0 µC,
e que as distâncias são r1,2 = 3,0 dm, r1,3 = 6,0 dm e r2,3 = 4,0 dm. O meio em que as cargas se encontram
é o vazio, onde Ko = 1/4πЄo = 9,0 x 109 Nm2C-2.
3.1. Calcule o valor da energia potencial eléctrica do sistema constituído pelas três cargas.
EXERCÍCIOS DE APLICAÇÃO
POTENCIAL ELÉCTRICO
1. Três cargas eléctricas Q1 = -1,0 µC, Q2 = -2,0 µC e Q3 = 3,0 µC encontram-se no vazio, fixas nos vértices A,
B e C dum triângulo equilátero de lado 3,0 dm, como mostra a figura.
1.1. Calcule a energia potencial eléctrica de Q1, devida à interacção com as outras duas cargas.
2. Calcule o potencial V num ponto do campo criado por uma carga Q = 3,0 µC, no vazio, a 3,0 dm da carga.
Considere Ko = 1/4πЄo = 9,0 x 109 Nm2C-2.
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3. Duas cargas pontuais Q1 = 2,0 µC e Q2 = -2,0 µC encontram-se, no vazio, a 6,0 dm uma da outra. Calcule o
potencial eléctrico nos pontos A, B e C do campo, dado Ko = 1/4πЄo = 9,0 x 109 Nm2C-2.
4. Considere três linhas equipotenciais do campo criado por uma carga pontual positiva Q.
4.1. Calcule o trabalho efectuado pela força eléctrica, quando uma carga de prova Q o = 4,0 µC se
desloca de A para B e de A para C.
CORRENTE ELÉCTRICA
Finalidades:
- Interpretar a condução da corrente eléctrica nos condutores metálicos, nos condutores
electrolíticos e nos condutores gasosos.
- Definir as grandezas intensidade de corrente eléctrica e resistência.
- Combinar os conceitos de campo e de energia potencial eléctrica para estabelecer
relações quantitativas entre intensidade de corrente, diferença de potencial e potência.
Corrente Eléctrica
A corrente elétrica faz parte da nossa vida. Que condições devem existir para a existência
da corrente elétrica:
- Fios condutores
- Geradores/ Fontes de energia
- Um circuito elétrico
Ligando as extremidades dum condutor aos pólos dum gerador, como estes estão a
potenciais diferentes, produz-se, no interior do condutor, um campo eléctrico. Este faz
deslocar os portadores de carga do condutor, obtendo-se, assim, um movimento ordenado
de partículas com carga eléctrica, a que se chama corrente eléctrica. Esta corrente
eléctrica, de duração apreciável, chama-se permanente.
Sabemos que um corpo electrizado, por exemplo um electroscópio, se descarrega, quando
é ligado à Terra através dum condutor. Também neste caso há um movimento ordenado de
partículas com carga eléctrica (electrões). Mas, nestas circunstâncias, a corrente eléctrica é
de curta duração, dizendo-se, por isso, que é transitória.
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FÍSICA – 12º ANO
Estabelecendo uma diferença de potencial, por exemplo nas extremidades dum tubo que
contenha um gás ionizado, os iões positivos passam a deslocar-se no sentido do campo
eléctrico aplicado, e os iões negativos e electrões, em sentido contrário. Durante estes
movimentos há choques, de que resultam novas ionizações e excitação de átomos. Quando
estes voltam ao estado fundamental, emitem energia.
Sentido da Corrente Eléctrica
Quando no interior dum condutor houver um campo eléctrico que não varie de sentido, em
virtude de uma diferença de potencial constante, aplicada nos seus terminais, a corrente
eléctrica obtida chama-se corrente contínua. Se o campo eléctrico variar no sentido,
obtém-se no condutor uma corrente, chamada corrente alternada. É a corrente contínua
que vai ser objecto do nosso estudo.
Surge, neste momento, necessidade de introduzir uma convenção para o sentido da
corrente, uma vez que, nos condutores metálicos os portadores de carga se movem todos
no mesmo sentido, enquanto que, nos condutores electrolíticos e nos gasosos, uns
portadores se movem num sentido e, os outros, em sentido contrário.
O sentido da corrente eléctrica, em qualquer condutor, admite-se como sendo o do
movimento de partículas com carga positiva. Como sabemos, as partículas com carga
positiva desloca-se no sentido de , isto é, no sentido dos potenciais decrescentes. É este,
pois, o sentido convencional da corrente eléctrica.
Num condutor metálico, o sentido convencional é oposto ao sentido do movimento dos
electrões de condução (sentido real). Isto significa que, num circuito com um só gerador,
o sentido convencional da corrente eléctrica é do pólo positivo para o pólo negativo, fora
do gerador.
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Se Im não for constante, temos de considerar intervalos de tempo cada vez mais curtos, ate
encontrar um valor de ∆Q/∆t que não varie se o intervalo de tempo diminuir ainda mais,
isto é, em cada instante:
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Unidade SI de resistência
Se U = 1 volt e I = 1 ampere, a unidade SI de resistência é o ohm:
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Metais
Ligas metálicas
Germânio
4,5 x 10-1
Silício - 4,8 x 10-2
2
6,4 x 10
- 7,5 x 10-2
Maus condutores
Madeira seca
Vidro 1013
1015
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Temperatura
A resistividade dum material varia, portanto, com a temperatura. Verifica-se
experimentalmente que a variação relativa da resistividade depende do valor da
temperatura inicial, isto é, ρ não apresenta sempre iguais variações para iguais aumentos de
temperatura.
A tabela anterior fornece valores de resistividade a 20ºC. Para uma temperatura diferente
de 20ºC, mas próxima, a resistividade calcula-se através da relação empírica:
ρ = ρ 20º C [1 + α (Ɵ – 20º C)]
Em que ρ é a resistividade à temperatura Ɵ, ρ 20º C é a resistividade a 20º C e α é o
coeficiente de temperatura da resistividade a 20º C.
Na tabela anterior encontram-se também os valores de coeficientes de temperatura da
resistividade, a 20º C. A análise destes valores mostra que:
- Para os metais, α > 0, o que significa que a resistividade aumenta quando a temperatura
aumenta. Por exemplo, no caso do cobre, esse aumenta é de 0,39% para o acréscimo de 1º
C, a uma temperatura próxima de 20º C;
- Para as ligas metálicas, também há aumento da resistividade coma temperatura, embora
seja menor que nos metais. Este aumento é muito pequeno para a manganina e
praticamente nulo para o constantan. Por isso se usam estas duas ligas metálicas na
construção de resistências-padrão.
- Para o carbono e para os semicondutores, α <0. Isto mostra que a resistividade diminui
quando a temperatura aumenta.
Nos metais, o aumento de resistividade com a temperatura pode ser interpretado do
seguinte modo: por um lado, aumenta a velocidade dos electrões nos seus movimentos ao
caso, o que faz diminuir o intervalo de tempo entre duas colisões com os iões metálicos e
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Lei de OHM
Com o circuito eléctrico esquematizado na figura que se segue, aplicam-se, nos extremos
dum fio de cobre, diferenças de potencial de valores diferentes. Registam-se os valores das
intensidades de corrente obtidas. Calculando os cocientes U/I, obtêm-se valores
praticamente iguais.
Isto significa que, para o condutor utilizado, a intensidade da corrente que o percorre é
directamente proporcional à diferença de potencial aplicada nos extremos. Por outras
palavras, a resistência é constante. Do gráfico, resulta R = 0,17 Ω.
Este resultado experimental, estabelecido pela primeira vez pelo físico alemão Ohm, é
conhecido por lei de Ohm, que podemos enunciar assim:
A lei de Ohm é uma descrição empírica de uma propriedade que muitos condutores têm.
Por isso se chamam condutores óhmicos ou lineares. Então nesta categoria os metais.
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FÍSICA – 12º ANO
Há condutores que não obedecem à lei e que se designam por não óhmicos. São exemplos
de condutores não óhmicos os díodos e os tríodos, usados em circuito electrónicos. Nestes,
a resistência não é constante, pois depende da diferença de potencial, conforme se pode
concluir da análise dos gráficos das figuras que se seguem.
Associação de Resistências
Habitualmente, nos circuitos, são utilizados associações de resistências em série, em
paralelo e mistas. O modo como se ligam as resistências depende da aplicação prática que
se vier a fazer de determinado circuito.
Se tivermos um conjunto de resistências associadas, podemos substituí-los por uma
resistência única, que tenha a mesma resistência que o conjunto. Chama-se resistência
equivalente a esta resistência única.
Começaremos por fazer o cálculo da resistência equivalente a uma associação em série e a
uma associação em paralelo.
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FÍSICA – 12º ANO
Portanto: V A − V B = R1 I V B − V C = R2 I V C − V D = R3 I
RI = R1 I + R2 I + R3 I ou [ R = R1 + R2 + R3 ]
A resistência equivalente a um conjunto de resistências associadas em série é igual á soma
dessas resistências.
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I = I 1 + I2 + I 3
V A − VB V −VB VA −VB V A − VB
resistência equivalente, R = . Portanto:I1 = A I2 = I3 =
I R1 R2 R3
V A − VB V A − VB VA −VB V A − VB 1 1 1 1
então
R
=
R1
+
R2
+
R3
ou =
R R1
+
R2
+
R3 [ ]
Se várias resistências estiverem ligadas em paralelo, o inverso da resistência equivalente é
igual à soma dos inversos das resistências associadas.
Divisor de Tensões
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FÍSICA – 12º ANO
Se, em vez do conjunto de três condutores em série da figura anterior citada, tivermos um
condutor único AD, a diferença de potencial entre ponto A e outro ponto deste condutor
será uma fracção da diferença de potencial que estiver aplicada entre os terminais A e D.
Este facto encontra uma aplicação prática no divisor de tensões (figura seguinte).
Estabelecendo uma certa diferença de potencial U entre os pontos A e D dum reóstato e
deslocando o cursor X, pode obter-se, no condutor C, uma diferença de potencial desde
zero (cursor em A) até U (cursor em D).
Os divisores de tensões são utilizados nos receptores de rádio e de televisão para fazer
variar a tensão de saída.
Amperímetros
Voltímetros
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FÍSICA – 12º ANO
A energia perdida por uma carga negativa com o mesmo módulo de Q, que se deslocasse
de B para A, seria a mesma. Por isso, podemos adoptar o sentido convencional da corrente
ao estudar as transformações de energia que ocorrem num circuito eléctrico.
De acordo com a lei da conservação da energia, a energia potencial eléctrica perdida pela
carga Q, entre A e B, é transformada noutras formas de energia nos diferentes receptores
que constituem essa porção do circuito:
A energia E, perdida pela carga positiva Q e que é recebida pela lâmpada, pelo voltâmetro
e pelo motor, onde é transformada noutras formas de energia, vale:
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FÍSICA – 12º ANO
Portanto, a potência eléctrica recebida pela porção de circuito de A até B, será, dividindo
a última expressão por ∆t:
Lei de Joule
Num condutor metálico, a perda da energia potencial eléctrica não se manifesta num
aumento de energia cinética dos electrões, excepto momentaneamente, antes de ser
transferida para os iões positivos do metal. Assim, a energia de vibração destes aumenta.
Isso corresponde, a nível macroscópico, a um aumento de temperatura do condutor. Este
fenómeno é conhecido por efeito Joule.
A relação acabada de deduzir foi encontrada, experimentalmente, pela primeira vez, pelo
físico inglês James Prescott Joule, sendo conhecido por lei de Joule (figura a seguir):
Numa resistência pura, a energia eléctrica que se transforma em energia térmica é directamente proporcional à
resistência, ao quadrado da intensidade da corrente e ao intervalo de tempo durante o qual ela passa.
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FÍSICA – 12º ANO
Coordenação Concelhia
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FÍSICA – 12º ANO
Ao chegar ao pólo negativo, a carga Q tem de se deslocar dum potencial mais baixo para
um potencial mais alto, dentro do gerador. Para isso, precisará de receber energia. O papel
desempenhado pelo gerador num circuito é, precisamente, aumentar a energia potencial
eléctrica da carga Q, à custa da sua energia química ou mecânica E, realizando trabalho
sobre ela. A grandeza Є , definida pelo cociente:
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FÍSICA – 12º ANO
Cinemática
- é um dos ramos da mecânica clássica;
- estuda o movimento dos corpos independentemente das forças que o origina ou que o
pode modificar;
Referencial – é um corpo (ou conjunto de corpos) em relação ao qual são definidas as
posições de outros corpos. Um referencial pode ser unidimensional, bidimensional ou
tridimensional conforme o número de eixos coordenados associado a ele.
Posição – é o local onde se encontra um corpo, ou seja, é a localização de um corpo. No
sistema internacional, a unidade da posição é metro (m).
Tempo – é uma grandeza física associada à sucessão de acontecimentos. Permite
sequenciar eventos, comparar a duração de eventos e os seus intervalos. No sistema
internacional, a unidade do tempo é segundo (s).
Movimento – é a variação da posição de um corpo em relação a um determinado
referencial, no decorrer do tempo. Quando não há variação da posição de um corpo em
relação a um determinado referencial, diz-se que o corpo se encontra em repouso em
relação ao respetivo referencial.
Ponto (partícula) material – é um modelo criado na física que representa um corpo e que
significa um ponto geométrico no qual se concentra toda a massa do corpo. Um corpo é
considerado ponto material ou partícula se as suas dimensões forem irrelevantes na
situação em estudo.
Trajetória de um ponto material em movimento – é a linha constituída pelas diferentes
posições sucessivas ocupadas por um ponto material em movimento. Caso o ponto material
encontrar em repouso em relação a um determinado referencial, a sua trajetória reduz-se a
um ponto em relação a esse referencial. Uma trajetória pode ser retilínea (linha reta) ou
curvilínea (linha curva).
Relatividade do movimento/repouso
Movimento e repouso são conceitos relativos por dependerem do refrencial escolhido para
o estudo da posição de um corpo. Portanto, um corpo pode estar em movimento em relação
a um referencial e, ao mesmo tempo, em repouso em relação a outro referencial. Um corpo
pode descrever uma trajetória retilínea em relação a um referencial e, ao mesmo tempo,
curvilíneo em relação a um outro referencial.
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FÍSICA – 12º ANO
GRANDEZAS CINEMÁTICAS
As grandezas cinemáticas são grandezas que servem para descrever o movimento. Essas
grandezas são: posição, velocidade e aceleração.
Esta descrição poderá ser feita de duas maneiras distintas, ainda que, qualquer uma delas se
traduza por uma equação – lei do movimento – que é em função do tempo.
definida pelo comprimento do arco Os , precedido do
A equação
s = f(t) é denominada - lei do movimento.
Mas a posição de um ponto material também é dado por um vetor com origem na origem
do referencial cartesiano e extremidade na partícula material. Esse vetor é chamado de
vetor posição ( r ).
O vetor posição de um ponto material em movimento varia em módulo (norma) e direcção
no decorrer do tempo. Logo r é uma função do tempo.
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FÍSICA – 12º ANO
r r (t )
Expressões de r em função das componentes axiais
a ) r rx
b) r rx ry
c ) r rx ry rz
Equação cartesiana de r
A expressão de pode ser dada em função das coordenadas cartesianas:
a ) r x ex
rx x ex
b ) r x ex y e y
ry y e y
c ) r x ex y ey z ez rz z ez
a ) x x (t )
x x (t )
b)
y y (t )
x x (t )
c) y y (t )
z z (t )
NB:
As referências, as coordenadas e as equações das curvas (trajectórias) dizem-se cartesianas, em
homenagem ao seu inventor, René Descartes, que foi filósofo e matemático francês (1596-1649). Em 1637
ele publicou quatro tratados: Discurso do Método, óptica, Meteorologia e Geometria. Neste ultimo,
estabeleceu os fundamentos da Geometria Analítica, um dos instrumentos matemáticos essenciais à Física.
O seu principal trabalho, Princípios de filosofia, surgiu em 1644.
Exercícios de aplicação
1. As posições de uma partícula material P que se move no plano OXY são definidas pelo
vector posição:
r t ex 3t ey
2
( SI )
1.1. Para o instante t=2s:
1.1.1. Escreva a expressão cartesiana do vector posição.
1.1.2. Calcule a norma do vector posição.
1.1.3. Indique as coordenadas de P no referencial OXY.
1.2. Escreva a equação paramétrica do movimento.
1.3. Determine a equação cartesiana da trajectória, represente-a graficamente no
intervalo de tempo
0s 3s e indique, sobre a figura obtida, o vector posição no
instante t=2s.
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FÍSICA – 12º ANO
r (t ) 5t ex (10t 5t ) e y
2
(SI)
2.1. Para o instante t=1s:
2.1.1. Escreva a equação cartesiana do vector posição.
2.1.2. Calcule a norma do vector posição.
2.1.3. Indique as coordenadas da bola.
2.2. Escreva a equação paramétrica do movimento.
2.3. Determine a equação cartesiana da trajectória, represente-a graficamente e indique
sobre a figura obtida o vector posição no instante t=1s.
O deslocamento pode ser escrito em função das suas componentes segundo as direcções de
r
cada um dos eixos coordenados. Consideremos os vectores ri e f num referencial
tridimensional:
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FÍSICA – 12º ANO
r rf ri
ri xi ex yi e y zi ez
r ( x f ex y f ey z f ez ) ( xi ex yi e y zi ez )
rf x f ex y f e y z f ez
r x f ex y f ey z f ez xi ex yi e y zi ez
x x f xi x2 x1
r ( x f xi ) ex ( y f yi ) e y ( z f zi ) ez
y y f yi y2 y1
r x ex y e y z ez z z f zi z2 z1
O módulo do deslocamento entre dois pontos mede a distância entre esses dois pontos e é
igual a:
| r | (x) 2 (y ) 2 (z ) 2
| r | ( x f xi ) 2 ( y f yi ) 2 ( z f zi ) 2
O deslocamento escalar s , nesse mesmo intervalo de tempo, será dado pela mudança de
posição sobre a trajectória
s = s2 - s1
Na figura 2.4. estão representadas duas trajectórias, (A) e (B), em que as posições das
partículas, nos intervalos t1 e t2, são as mesmas.
Como poderemos observar:
r ( A) r ( B )
s( A) s( B )
No entanto
Note que:
s r
- no caso da figura, ;
s r
- se a trajectória da partícula é rectilínea
s
- o espaço percorrido pela partícula só coincidirá com se não houver inversões de
sentido e a trajectória for aberta.
Exercícios de aplicação
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FÍSICA – 12º ANO
2. As posições de uma partícula material P que se move no plano OXY são definidas pelo
vetor posição:
r 2t ex (16t 8t 2 ) ey ( SI )
intervalo de tempo
0s 2s e indique, sobre a figura obtida, o vetor posição no
instante t=1s.
2.4. Determine o vetor deslocamento, entre os instantes 0,5s e 2s.
2.5. Calcule o módulo do vetor deslocamento, entre os instantes 0,5s e 2s.
Velocidade média ( v m )
Seja o vector deslocamnto escalar de uma partícula num intervalo de tempo .
Chama-se vector velocidade média ao quociente:
r
vm
t
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FÍSICA – 12º ANO
A descrição do movimento em termos da sua velocidade média não permite conhecer o que
aconteceu em cada momento do seu percurso. Isso só é possível recorrendo ao valor da
velocidade instantânea.
O vector velocidade média tem:
escalar positiva.
r
vm
t
A norma do vector velocidade média é:
Se para o mesmo intervalo de tempo t , for s o deslocamento escalar da partícula, à
s
razão t chamaremos velocidade escalar média ( vm ).
s
vm
t
Podemos concluir que a velocidade scalar média será um escalar positivo ou negativo,
conforme o deslocamento se dá no sentido positivo ou no sentido negativo.
2.6. Velocidade instantânea ou simplesmente velocidade ( v )
r r (t t ) r (t )
v lim v m v lim v lim
t 0 t 0 t t 0 t
dr
v ou v r '
dt
A velocidade também pode ser expressa em função das suas componentes cartesianas se
for conhecido o vetor posição r . Assim, sendo
r x ex y ey z ez
E aplicando as regras de derivação da soma e do produto obtém-se:
d r dx d e dy d e dz de
ex x x e y y y e z z z
dt dt dt dt dt dt dt
ou r ' x ' ex x ex ' y ' ey y e y ' z ' ez z ez '
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FÍSICA – 12º ANO
ex , e y e ez
Como são vetores constantes em norma, direção e sentido, as suas derivadas
em ordem ao tempo são nulas,
dx
vx ou vx x '
dt
dx dy dz dy
v ex ey ez ou v x ' ex y ' ey z ' ez vy ou v y y '
dt dt dt dt
dz
v v x ex v y e y v z ez vz ou vz z '
dt
O módulo da velocidade pode ser calculado através das suas componentes cartesianas:
2 2 2
dx dy dz
| v | vx2 v y2 vz2
dt dt dt
s ds
v lim v ou v s'
t 0 t dt
Obs: Podemos conluir que tanto a equação = f (t) como s = f (t) nos podem conduzir ao
r
Exercícios de aplicação
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FÍSICA – 12º ANO
1.1. Escreve as expressões cartesianas dos vectores posição e velocidade, para t = 1s:
1.2. Determina o vetor deslocamento, entre os instantes 1s e 3s.
1.3. Calcula a velocidade média, entre os instantes 1s e 3s.
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FÍSICA – 12º ANO
Aceleração instantânea ou simplesmente aceleração ( a )
v (t t ) v (t ) v
a lim am lim lim
t 0 t 0 t t 0 t
dv d2 r
a ou a v ' a 2 ou a r ''
dt dt
- Se o movimento for rectilíneo, a aceleração é tangente à trajectória porque a
velocidade só varia em módulo;
- No caso do movimento curvilíneo, a aceleração aponta para a concavidade da
trajectória, porque a velocidade também varia em direcção.
Tal como a velocidade a aceleração também pode ser expressa em função das componentes
cartesianas:
dvx
ax vx '
a a x ex a y e y a z e z dt
dvx dv y dvz dv y
a ex ey ez ay vy '
dt dt dt dt
dv
a vx ' ex v y ' ey vz ' ez az z vz '
dt
Exercícios de aplicação
COMPONENTES
DO VECTOR
ACELERAÇÃO
Coordenação Concelhia
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FÍSICA – 12º ANO
a at an
Aceleração tangencial
Essa componente do vector aceleração caracteriza a variação do vector velocidade em
módulo. Indica-nos se o movimento é acelerado, retardado ou uniforme.
at v ' ut at v '
v | v |
Classificação do movimento
Coordenação Concelhia
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FÍSICA – 12º ANO
É já sabido que:
- Se 90 ( v, a ) 0 , a t e v
têm o mesmo sentido e o
movimento é acelerado;
- Se 180 ( v , a ) 90 , a t e v
têm sentidos opostos e
o movimento é retardado;
- Se (v, a ) =90 , a t é nulo, não havendo, portanto, variação da norma de v e o
movimento será uniforme.
Exercícios de aplicação
Coordenação Concelhia
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FÍSICA – 12º ANO
2. Considera o movimento de uma partícula material dado pelo seguinte vetor posição:
r t 2 u x 3t u y ( SI )
3. Um condutor faz uma travagem numa curva circular de raio 8, 0 10 m de acordo com a
2
3.1. Para o instante genérico t, determine a expressão do vector aceleração a em
Coordenação Concelhia
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FÍSICA – 12º ANO
Coordenação Concelhia
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