Explorar E-books
Categorias
Explorar Audiolivros
Categorias
Explorar Revistas
Categorias
Explorar Documentos
Categorias
Mecânica
4 de março de 2009
Sumário
I Conceitos e Fundamentos 6
1 O Relatório 7
1.1 Objetivos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 7
1.2 Introdução . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 7
1.3 Características Gerais . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 7
1.4 Elaboração . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 8
1.4.1 Observações . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 9
Referências Bibliográficas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 9
1
ESTADO DE MATO GROSSO
SECRETARIA DE ESTADO DE CIÊNCIA E TECNOLOGIA
FUNDAÇÃO UNIVERSIDADE DO ESTADO DE MATO GROSSO
CAMPUS UNIVERSITÁRIO DE SINOP
DEPARTAMENTO DE MATEMÁTICA
5 Roteiro do Experimento:
Movimento Retilíneo e Uniforme (MRU) 28
5.1 Objetivos Gerais . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 28
5.2 Material Necessário . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 28
5.3 Introdução . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 28
5.4 Procedimento Experimental . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 29
5.4.1 Deslocamentos Iguais . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 29
5.4.2 Deslocamentos Diferentes . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 30
5.5 Apresentação, Análise dos Resultados e Conclusões . . . . . . . . . . . . . . . . . 30
Referências Bibliográficas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 31
6 Roteiro do Experimento:
Movimento Retilíneo Uniformemente Variado (MUV)
!!! Não está pronto ainda !!!
!!! Ver procedimento experimental para a determinação da velocidade inicial, ou como
fazê-la nula no sensor 1!!! 32
6.1 Objetivos Gerais . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 32
6.2 Material Necessário . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 32
6.3 Introdução . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 33
6.4 Procedimento Experimental . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 33
6.4.1 Deslocamentos Iguais . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 34
6.4.2 Deslocamentos Diferentes . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 34
6.5 Apresentação, Análise dos Resultados e Conclusões . . . . . . . . . . . . . . . . . 34
7 Roteiro do Experimento:
Queda Livre 36
7.1 Objetivos Gerais . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 36
7.2 Material Necessário . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 36
7.3 Introdução . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 36
7.4 Procedimento Experimental . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 37
7.5 Apresentação, Análise dos Resultados e Conclusões . . . . . . . . . . . . . . . . . 38
Referências Bibliográficas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 39
8 Roteiro do Experimento:
Modelagem Matemática da Lei de Hooke
!!! Não está pronto ainda !!! 40
8.1 Objetivos Gerais . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 40
8.2 Material Necessário . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 40
8.3 Introdução . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 40
8.4 Procedimento Experimental . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 41
8.4.1 Deslocamentos Iguais . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 41
8.4.2 Deslocamentos Diferentes . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 42
8.5 Apresentação, Análise dos Resultados e Conclusões . . . . . . . . . . . . . . . . . 42
9 Roteiro do Experimento:
Pêndulo Simples 43
9.1 Objetivos Gerais . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 43
9.2 Introdução . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 43
9.3 Material Necessário . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 44
9.4 Procedimento Experimental . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 44
9.5 Apresentação, análise dos resultados e conclusões . . . . . . . . . . . . . . . . . . 44
Referências Bibliográficas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 45
2.1 Precisão . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 12
4
Lista de Tabelas
5
Parte I
Conceitos e Fundamentos
6
O Relatório
1
1.1 Objetivos algum tipo de informação.
7
ESTADO DE MATO GROSSO
SECRETARIA DE ESTADO DE CIÊNCIA E TECNOLOGIA
FUNDAÇÃO UNIVERSIDADE DO ESTADO DE MATO GROSSO
CAMPUS UNIVERSITÁRIO DE SINOP
DEPARTAMENTO DE MATEMÁTICA
cabe uma ressalva: não existe experi- Quanto mais você esperar, pior será con-
mento de laboratório que dê resultado er- feccionar o o e a relatórios.
rado. Não discuta com seus dados. Dis-
cuta com seu procedimento experimental. 4. Não consulte relatórios de seus colegas de
As conclusões não podem apontar em di- anos anteriores. Você deve se acostumar a
reção diferente aos dados que você ob- pensar com sua a o e própria cabeça. Caso
teve. Camuflar experimentos mal feitos é contrário você estará adquirindo todos os
uma desonestidade com você e não com o vícios de seus colegas mais antigos, o que
professor. Faz parte das conclusões tam- será prejudicial para você.
bém as possíveis fontes de erro do expe- 5. Tabelas, citações, etc. . . , devem seguir as
rimento. As vezes é a mais importante normas da Associação Brasileira de Nor-
parte do relatórios. mas Técnicas (ABNT).
APÊNDICES Os Apêndices (opcionais) con-
tém tabelas, gráficos, demonstrações ma-
temáticas mais elaboradas, etc. Tudo que
Referências Bibliográficas
não for indispensável à leitura do relató-
[1] Departamento de Física. Roteiro de Labo-
rios pode ser colocado ali. Novamente
ratório. Campo Grande, MS: UNIVERSI-
use de seu bom senso para discernir o que
DADE FEDERAL DE MATO GROSSO DO
deve vir como apêndice do restante
SUL, 1995.
BIBLIOGRAFIA - Todas as obras e artigos
consultados e citados devem ser listados.
Não liste o que não citou. Não cite o que
não listar.
1.4.1 Observações
1. Os relatórios obrigatoriamente deverão
ser impressos. Porém, em casos especi-
ais quando os mesmos forem entregues
manuscritos, deverão ser apresentados de
forma legível e organizados conforme os
itens anteriores.
2.3 Erros
2.2 Introdução
Os erros são classificados em três grandes
Apesar de se afirmar que a Física é uma ci- grupos: grosseiros, sistemáticos e aleatórios
ência exata, não existe uma única medida em [1, 2].
toda a Física que esteja isenta de algum erro ou
desvio do valor real da medida. Por mais que
sejam sofisticados os equipamentos utilizados, 2.3.1 Erros Grosseiros
1
O ato de medir é denominado medição e o resultado São aqueles que ocorrem por inabilidade do
de uma medição é uma medida. experimentador e são provenientes de enga-
10
ESTADO DE MATO GROSSO
SECRETARIA DE ESTADO DE CIÊNCIA E TECNOLOGIA
FUNDAÇÃO UNIVERSIDADE DO ESTADO DE MATO GROSSO
CAMPUS UNIVERSITÁRIO DE SINOP
DEPARTAMENTO DE MATEMÁTICA
nos, uso inadequado de instrumentos, técnicas imprecisão dos instrumentos utilizados como
deficientes, etc. padrões secundários será estimada pela incer-
teza instrumental, e caracteriza uma faixa de
valores dentro da qual se encontra o valor ver-
2.3.2 Erros Sistemáticos dadeiro da grandeza medida.
São aqueles que ocorrem sempre do mesmo Dentre as características dos instrumentos
jeito e são provenientes de: erros de calibração que determinam sua precisão podem-se des-
de instrumentos, erros do observador na lei- tacar:
tura do instrumento, instrumentos utilizados
em condições inadequadas, etc. Os erros siste- Resolução: expressão quantitativa da aptidão
máticos podem ser eliminados ou compensa- de um instrumento em distinguir valores
dos. muito próximos da grandeza medir. Esta
é composta de diversas marcas e a dife-
rença entre os valores de duas marcas su-
2.3.3 Erros Aleatórios ou Acidentais cessivas, valor de uma divisão, caracte-
Ocorrem quando, em uma série de medição, riza a resolução do instrumento. A indi-
ora obtem-se um valor ora outro de forma im- cação, valor de uma grandeza medida for-
previsível. Com este tipo de erro é mais difícil necida pelo instrumento, pode, em mui-
de lidar e pode-se apenas obter uma minimi- tos casos, ser feita com interpolação da es-
zação de seus efeitos. Ele nunca é totalmente cala de medida.
eliminado. Geralmente estes errors são devi-
dos a condições que flutuam como por exem- Limiar: menor variação de um estímulo que
plo, variações na rede de energia elétrica, va- provoca a variação perceptível na res-
riações verificadas no comprimento de um ob- posta de um instrumento de medir. Ele
jeto por irregularidades da superfície, etc. pode depender de diversos fatores como
o ruído, o atrito, o amortecimento ou a
inércia.
2.4 Instrumentos de Medição Exemplo 2.1. Exemplo: se uma balança
Para se determinar o valor de uma grandeza só acusa variação na sua indicação com a
física é necessário uma comparação com um adição de 0,1 g ou mais na massa medida,
padrão previamente estabelecido. Logo a qua- seu limiar de mobilidade é de 0,1 g.
lidade da medição dependerá do padrão utili-
zado. Os padrões de grande precisão (primá- Estabilidade: aptidão de um instrumento de
rios) são definidos de maneira bastante com- medir em conservar constantes seus pa-
plexa e necessitam de tecnologia avançada râmetros metrológicos. O mais comum
para serem reproduzidos. Em geral os pa- é considerar a estabilidade em função do
drões primários são regulados em institutos tempo, embora também possa estar rela-
de pesos e medidas, mantidos para este fim. cionada a outros parâmetros como tem-
Desta forma utilizam-se padrões mais sim- peratura e umidade. Nesses casos é pre-
ples (secundários) aferidos a partir dos pa- ciso especificar a grandeza a qual a esta-
drões primários, porém menos precisos. A bilidade está relacionada.
• No caso (X5000000 . . .), então o ar- medições diretas feitas apresentam sempre al-
redondamento a deve ser tal que o guma incerteza.
algarismo X depois do arredonda- Os algarismos significativos obtidos por
mento deve ser par. operações aritméticas podem ser determina-
dos através de algue e mas regras elementares
de operação com algarismos significativos.
Número
Original Truncamento Arredondamento
2.6.2.1 Adição e Subtração
2,43 2,4 2,4
3,688 3,68 3,69 Para que o resultado da adição ou subtra-
5,6499 5,6 5,6 ção contenha apenas algarismos significativos,
5,6501 5,6 5,7 você? deverá, inicialmente, observar se todas
5,6500 5,6 5,6 das parcelas estão expressas a na mesma po-
5,7500 5,7 5,8 tência de dez e qual das parcelas possui o e
9,475 9,47 9,48 menor número de casas decimais, pois, o re-
3,325 3,32 3,32 sultado deu verá ser expresso com o mesmo
número de casas decimais desta parcela. Os
Tabela 2.1: Comparação entre procedimento algarismos excedentes que porventura existi-
de truncamento e arredondamento feitos em rem no resultado devem ser abandonados por
alguns números. Os algarismos menos signifi- arredondamento, isto também poderá ser feito
cativos estão marcados com uma sublinha nas parcelas antes de se efetuar a operação.
Numericamente o arredondamento insere Exemplo 2.6. Adição e subtração com núme-
menos erros do que o truncamento e é forte- ros:
mente indicado que sejam feitos somente os
arredondamentos quando for necessário ex- • 12,784 cm − 5,48 cm = 7,30 cm
pressar uma medida.
• 0,0128 m + 18,02 m = 18,03 m
Isso significa que a incerteza na medida da sua resposta com base nos erros que po-
largura da caneta é 1,2% do valor da largura, dem ocorrer no procedimento e nas carac-
ou seja, estamos errando em medir esta largura terísticas dos instrumentos de medição.
em 1,2%.
2. Quantos algarismos significativos exis-
Mesmo assim, para algumas medidas, as tem em cada um dos valores a seguir?
incertezas relativas são tão pequenas, que
mesmo escritas na forma percentual, ficam (a) 135,5 cm (h) 6,02 × 1023 mol−1
com números muito pequenos. É o caso da al- (b) 0,010 kg (i) 3,141 59 rad
tura do pico de Itatiaia. (c) 1,01 × 103 s
(j) 3 × 108 mol
Exemplo 2.10. A incerteza percentual da al- (d) 4,123 g
tura do pico de Itatiaia é de (k) 60 × 104 kg
(e) 11,342 g/cm3
(f) 2002,0 cm/s (l) 3500 cm
irp = 0,000 036 × 100 = 0,003 6%.
(g) 978,7 cm/s2 (m) 0,0065 kg
Isso significa que a incerteza na medida da
largura da caneta é 0,003 6% do valor da lar- 3. Faça as mudanças de unidades:
gura, ou seja, estamos errando em medir esta
largura em 0,003 6%, que é um valor de erro (a) 20 m = . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . cm
percentual muito pequeno.
(b) 2005,4 m = . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . km
Neste casos, utilizam-se outras relações (c) 44,5 × 103 g = . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . kg
como
(d) 44,5 µg = . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . g
• partes por milhão (ppm ≡ 1 × 10−6 ), (e) 44,5 µg = . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . kg
• partes por bilhão (ppb ≡ 1 × 10−9 ), (f) 0,0068 m = . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . mm
(g) 1000 L = . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . m3
• parte por trilhão (ppt ≡ 1 × 10−12 ),
(h) 2,0 mL = . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . m3
Exemplo 2.11. Nosso Exemplo 2.10 reescrito (i) 2,0 mL = . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . cm3
ficaria
(j) 3,141 59 rad = . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . °
36
irp = 0,000 036 = (k) 11,342 g/cm3 = . . . . . . . . . . . . . . . kg/m3
1 000 000
= 36 × 10−6 = 36 ppm. 4. Arredonde os valores abaixo, para apenas
dois algarismos significativos:
Questionário (a) 34,48 µK (f) 0,0225 N
1. Efetua-se uma medição de comprimento (b) 1,281 m/s (g) 2787 min
com uma régua de plástico e repete-se a (c) 8,563 × 103 s (h) 0,040 95 km
mesma medição com uma trena metálica.
(d) 4,35 cm3 (i) 143 768 900 horas
Em qual das duas situações a o grau de
confiança da medida é maior? Justifique (e) 9,97 × 106 g (j) 2,54 mol
Referências Bibliográficas
[1] BARTHEM, B. R. Tratamento e Análise de
Dados em Física Experimental. Rio de Janeiro,
RJ: Editora da UFRJ, 1996.
18
ESTADO DE MATO GROSSO
SECRETARIA DE ESTADO DE CIÊNCIA E TECNOLOGIA
FUNDAÇÃO UNIVERSIDADE DO ESTADO DE MATO GROSSO
CAMPUS UNIVERSITÁRIO DE SINOP
DEPARTAMENTO DE MATEMÁTICA
a palavra esperado quer expressar: O valor es- 3.3.2 Desvio padrão amostral
perado da medida de uma grandeza será des-
A variância para um pequeno número de
crita pela sua média.
medidas pode ser definida como:
A variabilidade de cada medida é dada pelo
desvio padrão e a variabilidade da média será 1 X n
dada pelo desvio padrão da média. Estas duas VAR(x) = s = 2
(xi − x)2 (3.3)
n − 1 i=0
quantidades descrevem o quanto o conjunto
de medidas está mais agrupado ou mais dis- e o desvio padrão é a raiz quadrada da variân-
perso com relação ao valor esperado da me- cia,
dida. q
O problema é que para o valor mais prová- s= VAR(x) (3.4)
vel a partir de médias, or desvio padrão e o √
v
n
1 X
u
desvio padrão de médias exige que se façam (xi − x)2
u
= s2 = t (3.5)
infinitas medidas1 . Vamos, portanto, estimar n − 1 i=0
o valor esperado, o desvio padrão e o desvio
O desvio padrão indicado em (3.4) é ado-
padrão da média para um conjunto pequeno
tado para caracterizar a incerteza de cada uma
de medidas.
das medidas. A incerteza associada ao valor
médio das medidas, x̄, é o desvio padrão da
3.3.1 Valor médio amostral média, sm , ou incerteza da média e vale:
s
É a média aritmética de uma série de s VAR(x)
sm = √ = (3.6)
medidas realizadas nas mesmas condições. n n
Quando as incertezas são devidas a erros ale-
Isto nos proporciona uma probabilidade de
atórios, quanto maior for o número de medi-
≈ 68% do valor procurado se encontrar no in-
das, mais preciso será o valor médio, isto é,
tervalo (x̄ ± sm ). E a medida fica expressa na
mais próximo do valor verdadeiro. Assim, se
forma
obtemos as medidas descritas pelas quantida-
x = x̄ ± sm . (3.7)
des temos: x1 , x2 , . . . e xn , o valor médio x̄ (x
barra) será Exemplo 3.1. Deseja-se conhecer o compri-
mento de uma haste, efetuando-se, para isto,
x1 + x2 + ... + xn
x̄ = (3.1) dez medidas e obtendo-se os seguintes valo-
n res:
sinteticamente podemos escrever i xi /cm i xi /cm
n 1 15,01 6 15,07
1X
x= xi . (3.2) 2 15,08 7 15,02
n i=1
3 15,06 8 14,98
1 4 15,09 9 15,00
A definição de tomarem-se infinitas medidas de
uma grandeza é um procedimento não executável. Por 5 15,00 10 15,00
isso existe uma outra abordagem sobre como definir
uma média ou pelo menos se estimar uma média de Tabela 3.1: Valores de medidas do compri-
medidas reais. mento de uma haste.
O valor médio da haste é: 0,012 cm, que descreve tal incerteza. Portanto,
o resultdo final torna-se
10
1 X 150,31 cm
x̄ = xi = = 15,031 cm.
10 i=1 10 sm = 0,012 cm.
s 3,99 × 10−2
sm = √ = √ 3.4 Cálculo da propagação de
n 10
−2
= 1,24 × 10 cm incertezas
Aqui o valor do desvio padrão do valor mé- Muitas vezes, para determinar uma outra
dio deve descrever a incerteza da medida to- grandeza qualquer, o valor que foi medido
mada, assim não usaremos 0,0124 cm e sim será usado como argumento numa equação,
!2 !2
∂w ∂w O resultado do desvio absoluto seria o
s2w = s2x1 + s2x2 + mesmo pois aplicamos a equação (3.10) exa-
∂x1 ∂x2
!2 tamente da mesma forma. O que você pode
∂w
... + s2xn (3.10) afirmar a respeito do desvio relativo?
∂xn
Exemplo 3.4. Cálculo do volume do cilindro.
Se seu volume é
Exemplo 3.2. Considere a soma de dois seg-
mentos conforme mostrado na Figura 3.2 V = V (R, π, L) = πR2 L
e
sV √
= 0, 2525 → sV = 0,5025 × 125,6
V
sV = 63,114 cm3 .
Portanto o valor do volume, junto com a
propagação de incertezas é
V = (123 ± 63) cm3
ou ainda
Figura 3.4: Cilindro do qual foram medidos o
V = (12 ± 6) × 101 cm3
raio (R) e a altura (L).
(a) Qual é a incerteza limite da quanti- [2] CEPA — Centro de Ensino e Pes-
dade (L1 + L2 ) ? E de (L1 − L2 )? quisa Aplicada. Algarismos significa-
(b) Qual é a incerteza relativa limite de tivos e desvios. USP, 2003. Disponível
(L1 + L2 )? E de (L1 − L2 ) em: <http://www.cepa.if.usp.br/e-
fisica/mecanica/universitario/cap01/.
3. O diâmetro φ de uma mesa redonda foi Acesso em: 16/03/2003.>.
medido com uma incerteza relativa de
1%. Qual é a incerteza limite relativa da [3] Departamento de Física. Roteiro de Labo-
área da mesa deduzida a partir dessa me- ratório. Campo Grande, MS: UNIVERSI-
dida? DADE FEDERAL DE MATO GROSSO DO
SUL, 1995.
4. As medidas das dimensões de um cilin-
dro reto são: raio R = (1,72 ± 0,02) cm e [4] VUOLO, J. H. Fundamentos da Teoria de Er-
altura h = (2,55 ± 0,05) cm. O volume do ros. 2. ed. São Paulo, SP: Editora Edgar Blü-
2
cilindro é dado por V = πR h e a área das cher, 1992.
2
paredes do cilindro é A = 2πRh + 2πR .
Referências Bibliográficas
[1] BARTHEM, B. R. Tratamento e Análise de
Dados em Física Experimental. Rio de Janeiro,
RJ: Editora da UFRJ, 1996.
25
Roteiro do Experimento:
4
Densidade de Uma Esfera Sólida Regular
Questões
1. Podemos dizer que a medida da densi-
dade possui uma boa precisão? Justifique
sua resposta.
2. Obtenha o desvio médio para a densidade
da esfera a partir do método geral para
Cuja solução é a família de soluções a um pa- utilizado neste experimento, ou seja, o tri-
râmetro lho de colchão de ar e o cronômetro digital.
Somente após esta etapa comece a reali-
∆x
vx (t) = vx0 = vx (0) = (5.3) zação do experimento.
∆t
∆y 2. Verifique se o trilho de colchão de ar está
vy (t) = vy0 = vy (0) = (5.4)
∆t convenientemente na posição horizontal,
∆z de forma que, se colocarmos o carro ini-
vz (t) = vz0 = vz (0) = (5.5)
∆t cialmente em repouso sobre ele, este deve
em que vx0 , vy0 e vz0 são velocidades constan- permanecer em repouso e não com acele-
tes1 . Assim a equação horária das posições fica ração em algum sentido.
Questões
O experimentador deve reunir indícios ex-
perimentais para elaborar uma discussão ma-
dura dos resultados e suas conclusões. Os
itens a seguir devem ser respondidos:
Referências Bibliográficas
[1] HALLIDAY, D.; RESNICK, R.; WALKER,
J. Fundamentos de Física. v. 1. 6. ed. Rio de
Janeiro, RJ: Livros Técnicos e Científicos,
2006.
32
ESTADO DE MATO GROSSO
SECRETARIA DE ESTADO DE CIÊNCIA E TECNOLOGIA
FUNDAÇÃO UNIVERSIDADE DO ESTADO DE MATO GROSSO
CAMPUS UNIVERSITÁRIO DE SINOP
DEPARTAMENTO DE MATEMÁTICA
Figura 6.1: Disposição dos sensores: espaços Figura 6.2: Disposição dos sensores: espaços
iguais entre os sensores de passagem. diferentes entre os sensores de passagem.
3. Ligue o cronômetro e coloque o carro em 4. Observe que agora o carro percorre ∆si
repouso em qulaquer posição antes do diferentes em ∆ti diferentes, porém, ve-
primeiro sensor do cronômetro, sem um rifique se a velocidade média de cada
impulso inicial, assim temos e v0 = 0 m/s. trecho se mantém constante e neste caso
igual a velocidade inicial v0 .
4. Meça o tempo que o carro leva para se
deslocar entre os pontos definidos pelas 5. Efetue todas as medições dos desloca-
posições si como na Figura (6.1), ou seja, mentos ∆si e dos intervalos de tempo ∆ti
meça os ∆ti = ti − ti−1 para os respectivos com seus respectivos incertezas/erros ou
∆si . precisões instrumentais.
Questões
O experimentador deve reunir indícios ex-
perimentais para elaborar uma discussão ma-
dura dos resultados e suas conclusões. Os
itens a seguir devem ser respondidos:
36
ESTADO DE MATO GROSSO
SECRETARIA DE ESTADO DE CIÊNCIA E TECNOLOGIA
FUNDAÇÃO UNIVERSIDADE DO ESTADO DE MATO GROSSO
CAMPUS UNIVERSITÁRIO DE SINOP
DEPARTAMENTO DE MATEMÁTICA
• Após a passagem da esfera pelo primeiro 3. Faça as medições dos ∆s com seus respec-
sensor o cronômetro, Figura (7.1), começa tivos erros ou precisão instrumental.
a contagem do tempo de passagem em
cada sensor seqüente. 4. Execute o processo de queda de um
corpo, medindo antes sua massa com sua
É aconselhável ao experimentador a escolha respectiva precisão instrumental.
de cinco posições para a fixação dos sensores
5. No processo de queda meça os ∆t relacio-
na régua metálica do sistema de queda livre.
nados com os ∆s medidos anteriormente,
O primeiro sensor deve estar o mais pró-
tomando o cuidado de repetir as medidas
ximo possível do corpo de porova para que
dos ∆t pelo menos 5 vezes, isto é, o corpo
s (0) = s0 = 0 m (7.11) deve ser colocado em queda pelo e menos
5 vezes, no mínimo.
e
t (0) = t0 = 0 s, (7.12) 6. Troque o corpo por outro, meça no-
vamente a massa do mesmo e execute
portanto o modelo teórico será
a queda deste novo corpo, seguindo o
g mesmo procedimento anterior para a me-
s (t) = t2 (7.13)
2 dida dos ∆t.
que descreve as posições em que o corpo de
prova estará a medida que o tempo é contado.
Execute um processo de queda de um corpo,
7.5 Apresentação, Análise
medindo o deslocamento espacial ∆s e o dos Resultados e Conclu-
tempo ∆t necessário para que tal corpo per-
corra este deslocamento, através do seguinte
sões
procedimento. • Elabore uma tabela com os ∆t medidos
1. Para cada processo de queda o experi- com seus valores médios e seus desvios
mentador deve repetir o processo pelo padrões para os dois corpos e o utilizados,
menos 5 vezes para cada corpo de prova e expresse os valores finais de ∆t com seus
no mínimo três massas diferentes. respectivos erros, instrumental ou estatís-
ticos.
2. Primeiramente, ajuste os sensores do
cronômetro digital nas seguintes posições • Calcule os valores das posições s1 , s2 , s3 ,
da régua: 0 mm, 150 mm, 300 mm, 550 mm s4 , dos tempos t1 , t2 , t3 , t4 e das velocida-
e 600 mm; tomando o cuidado para que des instantâneas v1 , v2 , v3 , v4 .
o primeiro sensor fique o mais próximo • Com o auxílio dos resultados obtidos,
possível da posição inicial do corpo (s0 ). monte tabelas da posição s e da veloci-
Isto é necessário para podermos conside- dade instantânea v em função do tempo
rar v0 e t0 iguais a zero, ou seja, executar t.
uma aproximação de que o corpo parte
do repouso, pois o cronômetro digital só • Através destas tabelas construa, respecti-
medirá a variação do tempo entre dois de vamente, dois gráficos, um de s em fun-
seus sensores. ção de t em papel log-log e outro de s em
40
ESTADO DE MATO GROSSO
SECRETARIA DE ESTADO DE CIÊNCIA E TECNOLOGIA
FUNDAÇÃO UNIVERSIDADE DO ESTADO DE MATO GROSSO
CAMPUS UNIVERSITÁRIO DE SINOP
DEPARTAMENTO DE MATEMÁTICA
que podem ser obtidas por seéries de Taylor suspensão de carros, portas automáticas, reló-
ou Maclaurin (ou mesmo usando outra base gios mecânicos — etc.
de funções adequada à espansão desejada).
Tal espansão pode ser aproximada por um
polinômio de grau n com uma determinada 8.4 Procedimento Experimen-
erro de truncamento da série anterior, ou seja,
n
tal
f (x) ∼ ai x i
X
=
i=0
Inicialmente, entenda, de uma maneira ge-
= a0 + a1 x + a2 x2 + · · · + an xn . (8.2) ral, o funcionamento do equipamento utili-
zado neste experimento, ou seja, o trilho de
A lei de Hooke trata exatamente de uma colchão de ar e o cronômetro digital. Somente
aproximação de um comportamento linear após esta etapa comece a realização do expe-
para a força que uma mola faz quando rimento.
deformada a partir de seu estado não-
deformado. Considere uma mola helicoidal
não-deformada e um ponto de suas extremi- 8.4.1 Deslocamentos Iguais
dades como referência. Este ponto de referên- 1. Coloque o carro do trilho colchão de ar
cia terá um deslocamento x a partir de x = 0 em movimento, imprimindo-lhe um im-
para cada estado de equilíbrio que a mola en- pulso inicial, verifique o comportamento
contrar quando uma força externa for apli- do mesmo com relação ao atrito entre o
cada. mesmo e o trilho.
A dependência deste deslocamento do
ponto de referência com a força que a mola faz 2. Distribua os sensores do cronômetro
para compensar a força externa é do tipo como na Figura (6.1), adotando s0 = 0 mm
F (x) = −kx, (8.3) e t0 = 0 s. Meça e ajuste cada desloca-
mento ∆si = si − si−1 , com i = 1, 2, . . . , n,
para pequenas deformações, com F (x) sendo de forma uniforme ao longo do trilho de
a força de restituição da mola, k a constante es- ar, ou seja, ∆si = ∆sj para i 6= j.
lástica da mola e x a elongação desta a partir
de seu ponto não-deformado. Assim a equa- 3. Ligue o cronômetro e coloque o carro em
ção (8.3) é uma aproximação, ou força efetiva movimento retilíneo, através de um im-
para pequenas deformações, relativa às forças pulso inicial, assim temos e v0 6= 0 m/s,
intermoleculares na mola, sendo a aproxima- mas de valor indeterminado.
ção de primeira ordem em x que pode-se fazer
na espansão (8.2). 4. Meça o tempo que o carro leva para se
A constante elástica pode ser obtida da deslocar entre os pontos definidos pelas
equação (8.3) via posições si como na Figura (6.1), ou seja,
meça os ∆ti = ti − ti−1 para os respectivos
F (x)
k=− . (8.4) ∆si .
x
E esta caracteriza o comportamento de cada 5. Verifique se o carro percorre ∆si iguais em
uma das molas que são usadas em laborató- ∆ti iguais, ou seja, se a sua velocidade v =
rios, dispositivos de restituição mecânica — v0 = vméd em cada ∆si .
6. Coloque o carro em movimento algumas 3. Faça uma tabela das posições si ≡ s (ti ),
vezes, variando a intensidade do impulso instantes ti e das velocidades médias
inicial e entenda como isto se relaciona vméd,i nos intervalos medidos.
com a mudança dos valores de ∆ti .
4. Trace dois gráficos com auxílio desta ta-
bela, um de s em função de t e outro de
8.4.2 Deslocamentos Diferentes v em função de t, em papel milimetrado.
1. Redistribua os sensores do cronômetro Aplique o Método dos Mínimos Quadra-
como na Figura (6.2), adotando nova- dos para o traçado da melhor reta nos grá-
mente s0 = 0 mm e t0 = 0 s. Porém não ficos, encontrando, deste modo, os valo-
sendo necessário a distribuição uniforme res do coeficiente linear e angular da reta,
entre os deslocamentos ∆si . além da equação da reta para cada grá-
fico. Verifique quais são as grandezas fí-
2. Coloque o carro em movimento através sicas que correspondem ao coeficiente an-
de um impulso inicial (v0 6= 0 m/s e de va- gular e ao coeficiente linear no gráfico de
lor indeterminado). s × t.
3. Meça os intervalos de tempo ∆ti para os 5. Faça todo o desenvolvimento do item an-
respectivos deslocamentos ∆si . terior para as duas etapas citadas no Pro-
cedimento Experimental, Seção (8.4). Co-
4. Observe que agora o carro percorre ∆si
mente e conclua acerca da dependência
diferentes em ∆ti diferentes, porém, ve-
de s em função de t, da equação que de-
rifique se a velocidade média de cada
termina os valores de s para um dado t,
trecho se mantém constante e neste caso
e também da dependência da velocidade
igual a velocidade inicial v0 .
instantânea v com o tempo.
5. Efetue todas as medições dos desloca-
mentos ∆si e dos intervalos de tempo ∆ti
com seus respectivos incertezas/erros ou Questões
precisões instrumentais.
O experimentador deve reunir indícios ex-
perimentais para elaborar uma discussão ma-
8.5 Apresentação, Análise dura dos resultados e suas conclusões. Os
itens a seguir devem ser respondidos:
dos Resultados e Conclu-
sões 1. É razoável desprezar a resistência do ar?
9.2 Introdução
O pêndulo simples [1, 2] é constituído por
um corpo suspenso em um fio leve não ex-
tensível. Quando afastado de sua posição de
equilíbrio estável e solto, o pêndulo oscila no
plano vertical, em torno do ponto de fixação
do fio, devido a ação da força da gravidade.
Descreva detalhadamente as condições fí-
sicas envolvidas em um pêndulo simples,
utilizando-se de um esquema detalhado das
principais forças que atuam sobre o pên- Figura 9.1: Pêndulo simples, segundo seu
dulo. Equacione as forças envolvidas justifi- comprimento L e massa oscilante m.
43
ESTADO DE MATO GROSSO
SECRETARIA DE ESTADO DE CIÊNCIA E TECNOLOGIA
FUNDAÇÃO UNIVERSIDADE DO ESTADO DE MATO GROSSO
CAMPUS UNIVERSITÁRIO DE SINOP
DEPARTAMENTO DE MATEMÁTICA
Na Figura (9.1) podemos observar que as • Suporte para ajuste e apoio do fio e massa;
componentes da força peso, p~ = m~g , (px orto-
gonal do fio, py paralela ao fio) são dadas por • Régua ou trena;
• Balança;
px = mg sin (θ0 ) , (9.1)
py = mg cos (θ0 ) , (9.2) • Cronômetro ou similar;
Questões
1. Por que usamos 10 oscilações e não ape-
nas 1 oscilação para medir o período de
46