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Vetores: Tratamento Geométrico Vetores: Tratamento Algébrico Vetores no Espaço Produto escalar, vetorial e misto

Parte 2: Vetores, Distância e Produtos

Prof. Dr. Murilo R. Cândido

Universidade Estadual Paulista


“Júlio de Mesquita Filho”

2023/1

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Vetores: Tratamento Geométrico Vetores: Tratamento Algébrico Vetores no Espaço Produto escalar, vetorial e misto

Noções intuitivas: Direção e sentido

A noção direção e sentido é dada por uma reta e por


todas as retas que lhe são paralelas. De modo que
retas paralelas tem a mesma direção. Note que a
reta r1 define uma direção.
A reta r1 define uma direção. A reta r2 define uma
outra direção (diferente de r1 ). Já a reta r3 , por ser
paralela a r2 , possui a mesma direção de r2 .

Considere os pontos A e B e a direção definida pela reta que passa por estes pontos. O
deslocamento de um ponto nessa direção pode ser feito de duas maneiras. No sentido
de A para B, ou no sentido de B para A. Denotaremos o sentido, numa dada direção,
por uma seta.

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Dois tipos de grandezas

Grandezas escalares: São aquelas que ficam completamente determinadas or um


valor e uma unidade de medida (uma escala). Por exemplo: Volume, Temperatura,
densidade, área...
Grandezas Vetoriais: São grandezas que para serem caracterizadas completamente
precisamos conhecer seu módulo, sua direção e seu sentido. Por exemplo: força,
velocidade, aceleração...

Representação de um vetor
−→
Vetores serão representados por segmentos orientados que indicaremos por AB ou
B − A, onde A é a origem e B é a extremidade do segmento.

Dois segmentos orientados de mesmo módulo (com-


primento), direção e sentido, são representantes do
mesmo vetor. O módulo, direção e sentido do vetor
em sı́ igual ao modulo, direção e sentido de qualquer
um dos seus representantes.

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Dois tipos de grandezas

Grandezas escalares: São aquelas que ficam completamente determinadas or um


valor e uma unidade de medida (uma escala). Por exemplo: Volume, Temperatura,
densidade, área...
Grandezas Vetoriais: São grandezas que para serem caracterizadas completamente
precisamos conhecer seu módulo, sua direção e seu sentido. Por exemplo: força,
velocidade, aceleração...

Representação de um vetor
−→
Vetores serão representados por segmentos orientados que indicaremos por AB ou
B − A, onde A é a origem e B é a extremidade do segmento.

Dois segmentos orientados de mesmo módulo (com-


primento), direção e sentido, são representantes do
mesmo vetor. O módulo, direção e sentido do vetor
em sı́ igual ao modulo, direção e sentido de qualquer
um dos seus representantes.

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Vetores: Tratamento Geométrico


Notação: Usaremos letras minusculas para representar um vetor e letras maiúsculas
−→
para representar suas extremidades, indicamos −

v = AB ou − →
v = B − A.

Note que qualquer ponto do espaço pode ser escolhido


como a origem de um outro seguimento orientado de
−→
mesmo módulo, direção e sentido que −

v = AB. Por-
tanto existem infinitos representantes para −
→v.

Por esta razão também usa-se a terminologia vetor livre para vetores, uma vez que seu
representante pode ter origem em qualquer ponto.
−→
No entanto, note que se escolhermos um novo representante para o vetor − →v = AB, com
−−

origem em um ponto P , então existe um único ponto Q tal que − →v = P Q.

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Casos particulares de vetores

(i) Dois vetores, −



v e−

u são paralelos, indica-se ⃗v ∥ ⃗
u se tiverem a mesma direção.

(ii) Dois vetores são iguais quando tiverem o mesmo módulo, direção e sentido.
(iii) O conjunto de todos segmentos orientados que representam um determinado vetor
são chamados de equipolentes (pertencem a mesma classe de equipolência).
(iv) Qualquer ponto no espaço é representante do vetor nulo. Que é indicado por


O .Por não ter módulo, direção e sentido, este vetor é considerado paralelo a
qualquer outro vetor.

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Continuação...

(v) Todo vetor −



v admite a existência de um vetor oposto indicado por −− →
v ue tem o
mesmo módulo e direção que o vetor original, porém tem sentido contrário ao
original.
(vi) Dizemos que −
→v é um vetor unitário se ||−

v || = 1.
(vii) Dois vetores −

u e−→
v são ortogonais, indica-se −

u ⊥−

v , se algum representante de


u formar ângulo de reto com algum representante de −
→v.

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Continuação...
(viii) Vetores coplanares são aqueles contidos em um mesmo plano. Note que dois
vetores quaisquer são sempre coplanares. Basta tomar seus representantes com
origem no mesmo ponto.

Exemplo 1.1
Verifique se as afirmações são verdadeiras ou falsas:
−→ −→ −−→ −→ −→ −→
a) AB = OF b) AM = PH c) BC = OP
−→ −−→ −→ −→ −→ −−→
d) BL = MC e) DE = −ED f) AO = MG
−→ − → −→ − → −→ −→
g) KN = FI h) AC//HI i) JO//LD
−→ −→ −→ −→ −−→ −→
j) AJ//FG k) AB ⊥ EG l) AM ⊥ BL
−→ −→ −→ −→ −→ −−→
m) PE ⊥ EC n) PN ⊥ NB o) PN ⊥ AM
−→ −→ −
→ −
−→ −
→ −→
p) ||AC|| = ||FP|| q) ||IF|| = ||MF|| r) ||AJ|| = ||AC||
−→ −→ −−→ −→
s) ||AO|| = 2||NP|| t) ||AM|| = ||BL||
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2) Com base na figura,

decidir se é verdadeiro ou falso cada uma das afirmações a seguir:


−→ −→ −→ −→
a) DH = BF b) AB = −HG
−→ −→ −→ −→
c) AB ⊥ CG d) AF ⊥ BC
−→ −→ −→ −→
e) ||AC|| = ||HF|| f) ||AG|| = ||DF||
−→ −→ −→ −→ −→
g) BG ⊥ ED h) AB, BC e CG são coplanares
−→ −→ −→ −→ −→ −→
i) AB, FG e EG são coplanares j) EG, CB e HF são coplanares
−→ −→ −→ −→ −→ −→
k) AC, DB e FG são coplanares l) AB, BG e CF são coplanares
−→ −→ −→ −→
m) AB, DC e CF são coplanares n) AE é ortogonal ao plano ABC
−→ −−→
o) AB é ortogonal ao plano BCG p) DC é paralelo ao plano HEF

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Operações com vetores


−→ → −→ −−→
1. Adição de vetores Se −

v = AB e −u = AC então −

v +−

u = AD em que AD é a
diagonal do paralelogramo ABCD. Denominamos esta forma de calcular a soma
de vetores de método do paralelogramo.

No caso de vetores paralelos ⃗v ∥ ⃗


u a adição é realizada da forma ilustrada abaixo:

Observação 1.1
O método do paralelogramo é equivalente a escolher um representante de ⃗
u com origem
na extremidade de ⃗v .
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Propriedades da adição de vetores


Proposição 1.1
(a) Comutativa: ⃗
u + ⃗v = ⃗v + ⃗
u;
(b) Associativa: (⃗
u + ⃗v ) + w
⃗ = ⃗v + (⃗
u + w);

(c) Elemento neutro: ⃗ u + ⃗0 = ⃗
u;
(d) Elemento oposto: ⃗
u + (−⃗
u) = 0.

Exemplo 1.2
1) Com base na figura, determinar os vetores a seguir, expressando-os com origem no
ponto A :
−→ −→ −→ −→ −→ −→
a) AC + CN b) AB + BD c) AC + DC
−→ −→ −→ −→ −−→ −→
d) AC + AK e) AC + EO f) AM + BL
−→ −→ −→ −→ −−→ −→
g) AK + AN h) AO − OE i) MO − NP
−→ −→ −→ −→ −→ −→
k) LP + PN + NF l) BL + BN + PB
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2) Com base na figura,

determinar os vetores a seguir, expressando-os com origem no ponto A:


−→ −→ −→ −→
a) AB + CG b) BC + DE
−→ −→ −→ −→
c) BF + EH d) EG − BC
−→ −→ −→ −→
e) CG + EH f) EF − FB
−→ −→ −→ −→ −→ −→
g) AB + AD + AE h) EG + DA + FH
3) Dados dois vetores −

u e− →
v năo paralelos, construir no mesmo gráfico os vetores


u +− →v ,−

u −−→
v ,−
→v −−→ue−− →
u −− →v , todos com origem em um mesmo ponto.

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Multiplicação por escalar

Proposição 1.2
Dado um vetor ⃗v ̸= ⃗0 e um número α ̸= 0 o produto do
número α pelo vetor ⃗v , é o vetor α⃗v , tal que
(a) ||α⃗v || = |α|⃗v ;
(b) α⃗v é paralelo a ⃗v ;
(c) se α > 0, o vetor α⃗v tem o mesmo sentido que ⃗v ,
caso contrário α⃗v tem sentido contrário a ⃗v .

Proposição 1.3
A multiplicação de escalares por vetores admite as
seguintes propriedades:
(i) (αβ)⃗v = α(β⃗v );
(ii) (α + β)⃗v = α⃗v + β⃗v ;
(iii) α(⃗
u + ⃗v ) = α⃗
u + β⃗v ;
(iv) 1.⃗v = ⃗v .

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Exemplo 1.3


Seja o vetor −
→ ̸ 0 . Determinar o vetor paralelo a −
v = →
v tal que:
a) tenha o mesmo sentido de ⃗v e módulo 5;
b) tenha sentido contrário ao de −

v e módulo 10 .

Definição 1.1
1 −
Dado um vetor não nulo −

v , chamamos o vetor unitário →
v de versor de −

v.
||−

v ||

Exercı́cio 1.1
1) Demonstrar que o segmento cujos extremos são os pontos médios de dois lados de
um triângulo é paralelo ao terceiro lado e igual à sua metade.

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Definição 1.2
O angulo entre os vetores não nulos −

u e−

v é o ângulo θ formado por duas semirretas
−→ → −→
OA e OB de mesma origem O (Figura 1.27), na qual − →
u = OA, −v = OB e 0 ≤ θ ≤ π(θ
◦ ◦
em radianos) ou 0 ≤ θ ≤ 180 .

Exercı́cio 1.2
Figura a seguir apresenta o losango EFGH inscrito no retângulo ABCD, sendo O o ponto de
interseção das diagonais desse losango. Decidir se é verdadeira ou falsa cada uma das seguintes
afirmações:
−→ − −→ −→ −→ −→ −→
a) EO = OG b) AF = CH c) DO = HG
d) ||C − O|| = ||O − B|| e) ||H − O|| = ||H − D|| f) H − E = O
−→ −→ −→ −→ −→ −→
g) ||AC|| = ||BD|| h) ||OA|| = 21 ||DB|| i) AF//CD
−→ −→ −→ −→ −→ −→
j) GF//HG k) AO//OC l) AB ⊥ OH
−→ −→ −→ −→ −→ −→
m) EO ⊥ CB n) AO ⊥ HF o) OB = −F
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Considere dois vetores não paralelos v⃗1 e v⃗2 . Tomando seus representantes com origem
em um ponto fixo O teremos:

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Considere dois vetores não paralelos v⃗1 e v⃗2 . Tomando seus representantes com origem
em um ponto fixo O teremos:

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Considere dois vetores não paralelos v⃗1 e v⃗2 . Tomando seus representantes com origem
em um ponto fixo O teremos:

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Considere dois vetores não paralelos v⃗1 e v⃗2 . Tomando seus representantes com origem
em um ponto fixo O teremos:

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Considere dois vetores não paralelos v⃗1 e v⃗2 . Tomando seus representantes com origem
em um ponto fixo O teremos:

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De modo geral, dado dois vetores v⃗1 e v⃗2 não paralelos temos que para qualquer
terceiro vetor w,
⃗ no plano defino por v⃗1 e v⃗2 , existe um único par (a1 , a2 ) tal que

w
⃗ = a1 v⃗1 + a2 v⃗2 . (1)

Definição 2.1
Combinação Linear: Quando um vetor w
⃗ é expresso da forma (1), dizemos que w
⃗ é
combinação linear de v⃗1 e v⃗2 .
Base no plano: O conjunto B = v⃗1 , v⃗2 é chamado de base. Note que quaisquer dois
vetores não paralelos formam uma base para o plano determinado por eles.
Componentes ou Coordenadas: Fixado uma base B = {v⃗1 , v⃗2 } chamamos a1 e a2
de coordenadas ou componentes do vetor w.
⃗ O vetor (1) pode, portanto, ser
representado por
w
⃗ = (a1 , a2 )B ou w⃗ B = (a1 , a2 ).
Base ortonormal: Dizemos que uma base B = {e⃗1 , e⃗2 } é ortonormal se e⃗1 ⊥ e⃗2 e
||e⃗1 || = ||e⃗2 || = 1.

Exercı́cio : Dados dois vetores, ⃗ u + β⃗v = ⃗0 então


u e ⃗v , não paralelos, mostre que se α⃗
α = 0 e β = 0.

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Continução...
Sistema de coordenadas: Dizemos que conjunto {O, B} = {O, {v⃗1 , v⃗2 }}o ponto O
fixado, e uma base B = {v⃗1 , v⃗2 } define um sistema de coordenadas. Quando a base
trata-se de B = {⃗i, ⃗j}, onde ⃗i = (1, 0) e ⃗j = (0, 1), e O = (0, 0) dizemos que
{(0, 0), {⃗i, ⃗j}} é o sistema de coordenadas canônico. Usualmente chamamos este
sistema de sistema cartesiano de coordenadas.

Para qualquer vetor ⃗v do plano, o par (x, y) tal que ⃗v = x⃗i + y⃗j é único.
Observação 2.1
A primeira componente do vetor ⃗v na base canônica é chamado de abscissa de ⃗v , e a
segunda componente é chamada de ordenada. Na base canônica escrevemos
simplesmente
⃗v = (x, y).
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Definição 2.2
Dizemos que (x, y) é a expressão analı́tica do vetor ⃗v no plano.

Exemplo 2.1
Exemplos de vetores e suas expressões analı́ticas:

3⃗i − 5⃗j = (3, −5) −4⃗i = (−4, 0)




3⃗j = (0, 3) 0 = (0, 0)

Observação 2.2
Note que a escolha da base canônica simplifica a representação de um ponto
⃗ = x⃗i + y⃗j, uma vez que suas coordenadas são as próprias componentes do vetor
P = 0P
⃗ .
0P

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Operações com vetores

Proposição 2.1
(i) Dados ⃗u = (x1 , y1 ) e ⃗v = (x2 , y2 ). Dizemos que ⃗
u = ⃗v ,
se e somente se x1 = x2 e y1 = y2 .
(ii) ⃗
u + ⃗v = (x1 + x2 , y1 + y2 ).
(iii) α⃗
u = (αx1 , αy1 ).

As definições anteriores e as operações algébricas dos números


reais permitem demonstrar as propriedades:
a) para quaisquer vetores ⃗ u, ⃗v e −

w , tem-se


u + v = v + u (u + v)+−

→ −
→ −
→ −
→ −
→ →
w =− →u + (−
→v +− →
w)

→ −
→ − → −
→ −
→ −

u + 0 = u u + (− u ) = 0

b) para quaisquer vetores −



u e−→
v e os números reais α e β,
tem-se
α(β −→
v )r = (αβ)−
→v (α + β)−→u = α−→
u + β− →
u
α(−→u +− →
v ) = α−

u + α−→
v 1−
→v =− →
v

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Exercı́cios
u = (2, −3) e ⃗v = (−1, 4), determinar 3⃗
1. Dados os vetores ⃗ u − 2⃗v .
u + 2⃗v e 3⃗
2. Determinar o vetor ⃗x na igualdade 3−→
x + 2−→u = 12 −

v +−→
x , sendo dados −→
u = (3, −1)
e−
→v = (−2, 4).
3. Encontrar os números a1 e a2 tais que
⃗v = a1⃗v1 + a2⃗v2 , sendo ⃗v = (10, 2), ⃗v1 = (3, 5) e ⃗v2 = (−1, 2).
Dentre todos os representantes de um dado vetor AB, ⃗ onde A(x1 , y1 ) e B(x2 , y2 ), o que

melhor o caracteriza é o chamado vetor posição 0P onde P = (x1 − x2 , y1 − y2 ).

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Note que sendo ⃗v = B − A então B = ⃗v + A. De certo modo o vetor ⃗v transporta o ponto


inicial A ara a extremidade B.
Exemplo 2.2
1. Seja A(−2, 3) e B(1, 4) determine ⃗v = B − A e verifique que B = ⃗v + A.
2. Dados os pontos A(−1, 2), B(3, −1) e C(−2, 4), determinar o ponto D de modo que
−→ −→
CD = 21 AB.

Definição 2.3
⃗ onde A(x1 , y1 ) e B(x2 , y2 ) é dado por:
1. Ponto Médio: O ponto médio do segmento AB
 
x1 + x2 y1 + y2
M , .
2 2
2. Paralelismo entre dois vetores: Dois vetores ⃗v = (x1 , y1 ) e ⃗ u = (x2 , y2 ) são paralelos se
existe um α ∈ R tal que (x1 , y1 ) = α(x2 , y2 ). Portanto, ⃗v e ⃗
u são paralelos se
x1 y1
= = α.
x2 y2
p
3. Módulo de um vetor: Dado o vetor ⃗v = (x, y) definimos ||⃗v || = x2 + y 2
4. Distância entre dois pontos:Dados A(x1 , y1 ) e B(x2 , y2 ) definimos a distância entre estes
pontos como sendo o módulo do vetor AB.⃗ Ou seja,
q

d(A, B) = ||AB|| = (x2 − x1 )2 + (y2 − y1 )2
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Exercı́cio 2.1
1. Determinar a distância da origem ao ponto P (−3, 2).
2. Determinar um ponto no eixo Y equidistante dos pontos A(3, 5) e B(−3, −1).
3. determinar as coordenadas dos pontos equidistantes dos pontos A(5, 2), B(−1, 2) e
C(−1, 4).
4. Calcular o perı́metro do triângulo de vértices A(4, 7), B(−1, −8) e C(8, −5).
5. Determine que tipo de quadrilátero é formado pelo polı́gono de vértices:
5.1 A(1, −2), B(6, 0), C(4, 3) e D(−1, 1).
5.2 A(−2, −2), B(1, −1), C(2, 2) e D(−1, 1).
5.3 A(0, −2), B(2, 1), C(−1, 3) e D(−3, 0).
6. Classifique o tipo de triângulo cujos vértices são: A(−1, 2), B(4, 1) e C(2, 4).
7. Dois vértices de um triângulo equilátero são A(3, 1) e B(−1, −1).
8. Determinar a coordenadas do ponto equidistante dos pontos A(5, 4), B(1, 2) e
C(2, −5).

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Vetores no Espaço
De forma análoga ao que fizemos no plano, também
podemos definir um sistema ortonormal de coorde-
nadas no espaço. Considerando a base canônica

B = {⃗i, ⃗j, ⃗k} = {(1, 0, 0), (0, 1, 0), (0, 0, 1)}.

podemos obter sistema de coordendas {O, B},


também chamado de sistema cartesiano de coorde-
nadas espaciais.

⃗ no
Assim como fizemos no plano, um vetor OP
espaço, será escrito como
⃗ = x⃗i + y⃗j + z⃗k,
OP

ou simplesmente
⃗ = (x, y, z).
OP

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Vetores no Espaço
De forma análoga ao que fizemos no plano, também
podemos definir um sistema ortonormal de coorde-
nadas no espaço. Considerando a base canônica

B = {⃗i, ⃗j, ⃗k} = {(1, 0, 0), (0, 1, 0), (0, 0, 1)}.

podemos obter sistema de coordendas {O, B},


também chamado de sistema cartesiano de coorde-
nadas espaciais.

⃗ no
Assim como fizemos no plano, um vetor OP
espaço, será escrito como
⃗ = x⃗i + y⃗j + z⃗k,
OP

ou simplesmente
⃗ = (x, y, z).
OP

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Vetores no Espaço
De forma análoga ao que fizemos no plano, também
podemos definir um sistema ortonormal de coorde-
nadas no espaço. Considerando a base canônica

B = {⃗i, ⃗j, ⃗k} = {(1, 0, 0), (0, 1, 0), (0, 0, 1)}.

podemos obter sistema de coordendas {O, B},


também chamado de sistema cartesiano de coorde-
nadas espaciais.

⃗ no
Assim como fizemos no plano, um vetor OP
espaço, será escrito como

−→
OP = x⃗i + y⃗j + z⃗k,

ou simplesmente

−→
OP = (x, y, z).

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Vetores no Espaço
De forma análoga ao que fizemos no plano, também
podemos definir um sistema ortonormal de coorde-
nadas no espaço. Considerando a base canônica

B = {⃗i, ⃗j, ⃗k} = {(1, 0, 0), (0, 1, 0), (0, 0, 1)}.

podemos obter sistema de coordenadas {O, B},


também chamado de sistema cartesiano de coorde-
nadas espaciais.

⃗ no
Assim como fizemos no plano, um vetor OP
espaço, será escrito como

−→
OP = x⃗i + y⃗j + z⃗k,

ou simplesmente

−→
OP = (x, y, z).

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Vetores no Espaço
De forma análoga ao que fizemos no plano, também
podemos definir um sistema ortonormal de coorde-
nadas no espaço. Considerando a base canônica

B = {⃗i, ⃗j, ⃗k} = {(1, 0, 0), (0, 1, 0), (0, 0, 1)}.

podemos obter sistema de coordenadas {O, B},


também chamado de sistema cartesiano de coorde-
nadas espaciais.

⃗ no
Assim como fizemos no plano, um vetor OP
espaço, será escrito como

−→
OP = x⃗i + y⃗j + z⃗k,

ou simplesmente

−→
OP = (x, y, z).

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Exemplo 3.1
Para exemplificar:

2⃗i − 3⃗j + ⃗k = (2, −3, 1),


⃗i − ⃗j = (1, −1, 0),

2⃗j − ⃗k = (0, 2, −1),


4⃗k = (0, 0, 4).

Exercı́cio 3.1

Base na figura do paralelepı́pedo


a seguir , encontre as coordenadas
dos pontos A, B, C, D, E, F e P .

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Soma, multiplicação por escalares, ponto médio e distância


I) Dois vetores −→
u = (x1 , y1 , z1 ) e −

v = (x2 , y2 , z2 ) serão iguais se, e somente se,
x1 = x2 , y1 = y2 e z1 = z2 .
II) Dados os vetores −→u = (x , y , z ) e −
1 1
→v = (x , y , z ) e α ∈ R, define-se:
1 2 2 2


u +−

v = (x1 + x2 , y1 + y2 , z1 + z2 ) e α−

u = (αx1 , αy1 , αz1 )
III) Se A (x1 , y1 , z1 ) e B (x2 , y2 , z2 ) são dois pontos quaisquer no espaço, então,
−→
AB = B − A = (x2 − x1 , y2 − y1 , z2 − z1 )
IV) se −

v = B − A, então, B = A + ⃗v .
V) Se A (x1 , y1 , z1 ) e B (x2 , y2 , z2 ) são pontos extremos de um segmento, o ponto médio M de
AB é  
x1 + x2 y1 + y2 z 1 + z 2
M , ,
2 2 2
.
VI) Se os vetores − →u = (x , y , z ) e −
1 1 1

2 2 2 u = α−
v = (x , y , z ) são paralelos, então, ⃗ →
v ou
x1 y1 z1
x2
= y2
= z2
.

VII) O módulo do vetor −



v = (x, y, z) é dado por ||−
→ p
v || = x2 + y 2 + z 2 .
VIII) A distância entre dois pontos A (x1 , y1 , z1 ) e B (x2 , y2 , z2 ) é dada pelo módulo do vetor
−→
AB, isto é
−→
q
d(A, B) = ||AB|| = (x2 − x1 )2 + (y2 − y1 )2 + (z2 − z1 )2
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Exercı́cio 3.2
1. Sendo P (1, 3, −1), Q(2, 1, 0) e −

v = (−2, −1, 2), calcule :

a) Q−P b) P + 2−

v

2. Dados A(1, 3, 1), B(1, 1, 0) e −



v = (−2, 1, 4), calcule:

a) A−B b) B − Ac) A+−



v
d) B + 3−

v e) A + 2(B − A)f ) (B − A) + −

v
−→ −−→ 2 −→
3. Calcule as coordenadas do ponto M do segmento AB, sabendo que AM = AB,
3
nos casos

a)A(1, 1, 2) e B(5, 1, 0) b) A(−1, 0, 3) e B(0, −1, 2)

4. Classifique o triângulo cujos vértices são A(1, 1, 1), B(2, 1, 2) e C(0, 1, 1).
5. Determine m para que o triângulo ABC seja equilátero, sendo A(1, 2, −1),
B(0, 1, 1) e C(m, 0, 0).

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Produto Escalar

Definição 4.1

→ −
→ −

Chama-se produto escalar de dois vetores −→
u = x1 i + y1 j + z1 k e

→ −
→ −
→ −
→ −
→ −

v = x2 i + y2 j + z2 k , e se representa por u . v , ao número real


u .−

v = x1 x2 + y1 y2 + z1 z2 . (2)

Lê-se “−

u escalar −

v ”.
Observação: O produto escalar também pode ser indicado por ⟨−

u,−

v ⟩.
Exemplo 4.1

→ −
→ −
→ → −
→ −
→ −

1. Dados os vetores −

u =3 i −5j +8k e − u = 4 i − 2 j − 1 k , calcule −

u .−

v

→ −

2. Sejam os vetores u = (3, 2, 1) e u = (−1, −4, −1). Calcular:
2.1 (−
→u +−

v ).(−

u −−

v)
2.2 −
→u −

u

→−
2.3 0→u
3. Dados os vetores −→
u = (4, α, −1) e −
→v = (α, 2, 3) e os pontos A(4, −1, 2) e
−→
B(3, 2, −1), determinar o valor de α tal que −
→u .(−

v + AB) = 5.

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Para quaisquer vetores − →


u, −

v e− →
w e o número real α é fácil verificar que:

→ −
→ −

(i) u . v = v . u−

(ii) −

u .(−
→v +− →
w) = − →
u .−

v +−→u .−

w e (−→
u +−→
v )−

w. = −→v .−

w +− →v .−

w

→ −
→ −
→ −
→ −
→ −

(iii) α( u . v ) = (α u ). v = u .(α v )
(iv) −→
u .−
→u = ||−→u ||2


(v) u . u ≥ 0 e −

→ −
→ →u .−

u = 0 ⇐⇒ − →
u = 0

Exemplo 4.2
1. Sendo ||−

u || = 4, ||−

u || = 4 e −

u−→
v = 3, calcular (3−

u − 2−

v ).(−−

u + 4−

v)

→ −
→ 2 −
→ 2 −
→ −

2. Mostrar que || u + v || = u + 2 u . v + v −
→ 2

3. (−

u +−

v ).(−

u −−

v ) = ||−

u ||2 − ||−

v ||2

Propriedades geométricas do produto escalar

Proposição 4.1
Se −→
u e− →v são vetores não nulos e θ o ângulo entre
eles, então


u .−→v
cos θ = − . (3)
|| u || ||−
→ →v ||
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Exemplo 4.3
1. Calcular o ângulo entre os vetores −

u = (1, 1, 4) e −

v = (−1, 1, 2).

→ −→
2. Sabendo que o vetor v = (2, 1, −1) forma ângulo de 60◦ com o vetor AB
determinado pelos pontos A(3, 1, −2) e B(4, 0, m), calcular m.
3. Determinar os ângulos internos ao triângulo ABC, sendo A(3, −3, 3), B(2, −1, 2) e
C(1, 0, 2).

Note que o sinal de −→u .−



v é o mesmo de cos θ. Além disso, temos por definição que o
ângulo entre dois vetores esta sempre entre 0◦ e 180◦ , dai concluı́mos que:
Observação 4.1
• −

u .−
→v > 0 ⇐⇒ cos θ > 0 ⇐⇒ 0◦ ≤ θ < 90◦

→ −

• u . v < 0 ⇐⇒ cos θ < 0 ⇐⇒ 90◦ < θ ≤ 180◦
• −

u .−
→v = 0 ⇐⇒ cos θ = 0 ⇐⇒ θ = 90◦

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Proposição 4.2
Duas desigualdades importantes sobre produto escalar:
1. Desigualdade de Schwarz: |−
→u .−

v | ≤ ||−

u || ||−

v ||
2. Desigualdade Triangular: ||−

u +−

v || ≤ ||−

u || + ||−

v ||

Exercı́cio 4.1
−→
1. Dados os pontos A(−1, 0, 5), B(2, −1, 4) e C(1, 1, 1), determinar x tal que AB e
−−→
BP sejam ortogonais, sendo P (x, 0, x − 3).
2. Verificar para os vetores −

u = (4, −1, 2) e −

v = (−3, 2, −2) as desigualdades de
Schwarz e a desigualdade triangular.

Projeção de um vetor sobre outro

Proposição 4.3

→ →
Dados os vetores −
→ ̸ 0 e−
u = v , existe um único vetor −

a que verifica as propriedades:

→ −

(1) a // u
(2) −

v −−

a ⊥−

u


v .−
→u −
A saber, temos que −

a = proj→ −

u v = −



u.
|| u ||2
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Exercı́cio 4.2
1. Determine a projeção −

a = proj→ −
→ −
→ −
→ −
→ − →
u v de u sobre v e verifique que a // v e


→ −
→ −

v − a ⊥ v onde:
1.1 −

u = (2, 3, 4) e −

v = (1, −1, 0)
1.2 −

u = (1, 3, −5) e −→
v = (4, −2, 8)


Lembramos que conceito fı́sico de trabalho, W , realizado por uma força constante F , ao


longo de um deslocamento d é definido como o produto escalar da força (atuante na
mesma direção que o deslocamento) pelo deslocamento efetuado pelo corpo no qual a
→−
− →
força foi aplicada. Isto é W = F . d .
Exercı́cio 4.3
Calcule o trabalho no segui Calcular o trabalho realizado


pela força F para deslocar o corpo de A até B (veja a

→ −→ −

figura), sabendo que | F | = 10N , |AB| = | d | = 20m e
θ = 36, 9◦ . Dica:cos(39, 5◦ ) = 0, 8 e sin(39, 5) = 0, 6.

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Produto Vetorial
Na seção anterior definimos, a partir dos vetores −

u e−

v , o número real −

u .−

v . Vamos

→ −
→ −
→ −
→ − → −
→ −
→ −

agora definir um vetor a partir de u = x1 i + y1 j + z1 k e v = x2 i + y2 j + z2 k ,
indicado por

⃗i ⃗j ⃗k


u ×−

v = x1 y1 z1
x2 y2 z2
y1 z1 ⃗ x1 z1 ⃗ x1 y1 ⃗
= i− j+ k
y2 z2 x2 z2 x2 y2

Lê-se “−

u vetorial −

v .” Observação: A ordem importa!
Exemplo 4.4
Dados ⃗u = (5, 4, 3) e ⃗v = (1, 0, 1), calcular:
(i) w = −

→ →
u ×− →
v
(ii) −

w .−
→u

→ −

(iii) w . v
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Propriedades dos produtos vetoriais


Proposição 4.4
(i) • −
→u × (−

v +−

w) = −

u ×−

v +−

u ×−

w
• (−
→u +−→
v ×−

w) = −

u ×−

w +−

v ×−

w
u) × ⃗v = α(⃗
(ii) (α⃗ u × ⃗v )
u × ⃗v = −⃗v × ⃗
(iii) ⃗ u

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Interpretação Geométrica do Produto vetorial

Proposição 4.5
u × ⃗v é simultaneamente ortogonal a ⃗
O vetor ⃗ u e ⃗v .

Proposição 4.6
Dados vetores não nulos ⃗
u e ⃗v . A área, A, do
paralelogramo determinado pelos vetores ⃗ u e ⃗v é
numericamente igual ao módulo do vetor ⃗ u × ⃗v . Temos,
então,

A = |⃗
u × ⃗v |
= |⃗
u||⃗v | sin θ

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Exemplo 4.5
1. Determinar o vetor ⃗x, tal que ⃗
x seja ortogonal ao eixo dos y e ⃗
u=⃗x × ⃗v , sendo


u = (1, 1, −1) e −

v = (2, −1, 1).
2. Sejam os vetores −
→u = (1, −1, −4) e −→v = (3, 2, −2). Determinar um vetor que seja
a) ortogonal a ⃗
u e ⃗v ;
ue −
b) ortogonal a ⃗ →v e unitário;
c) ortogonal a u e −

→ →v e tenha módulo 4;
−→ −→
3. Seja um triângulo equilátero ABC de lado 10. Calcular |AB × AC|
4. Dados os vetores −→u = (1, −1, 1) e −

v = (2, −3, 4), calcular:
a) a área do paralelogramo determinado por − →u e−

v;
b) a altura do paralelogramo relativa à base definida pelo vetor −

u.

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Produto Misto
Partindo dos vetores ⃗
u, ⃗v e w,
⃗ vamos definir um número real, chamado produto misto.
Definição 4.2
Chama-se produto misto dos vetores

→ −
→ −
→ −

u = x1 i + y1 j + z1 k ,

→ −
→ −
→ −

v =x i +y j +z k,
2 2 2


→ −
→ −
→ −

w = x3 i + y3 j + z3 k ,

o número real
x1 y1 z1


u .(−

v ×−

w ) = x2 y2 z2
x3 y3 z3
y2 z2 x2 z2 x2 y2
= x − y + z
y3 z3 1 x3 z3 1 x3 y3 1

Exemplo 4.6
Calcular o produto misto dos vetores −

u = 2⃗i + 3⃗j + 5⃗k, ⃗v = −⃗i + 3⃗j + 3⃗k e

⃗ = 4⃗i − 3⃗j + 2k.
w 45/49
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Proposição 4.7
As propriedades do do produto misto decorrem diretamente das propriedades dos
determinantes.
1. −→
u .(−

v ×−→
w ) = (−

u ×− →
v ).−

w
2. (−
→+−
u 1
→).(−
u 2

v ×−

w) = −
→.(−
u → − → −
→ − → − →
1 v × w ) + u2 .( v × w )

Observação 4.2
O produto escalar é basicamente um determinante, portanto:
1. Se algum dos vetores for nulo, a matriz terá uma linha nula e portanto o
determinante se anulará.
2. Se você trocar a ordem de algum destes vetores, a matriz terá duas linhas com
posições trocadas e portanto o determinante trocará de sinal. Logo,


u .(−

v ×−

w ) = −−

v .(−

u ×−

w ou −

u .(−

v ×−

w ) = −−

u .(−

w ×−

v ).

3. −

u .(−

v ×−

w) = −

u .(α−

v ×−

w) = −

u .(−

v × α−

w)

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Interpretação geométrica do produto misto

Proposição 4.8
O produto misto tem as seguintes interpretações geométricas:
(a) Os três vetores forem coplanares se, e somente se, −→
u .(−
→v ×−

w) = 0
(b) Sejam −→
u, −→
v e− →
w vetores não coplanares, o modulo do produto misto, −

u .(−

v ×−
→w)
representa o volume do paralelepı́pedo de arestas −

u, −

v e−→
w com vértice em um
ponto A qualquer do espaço.

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Exemplo 4.7
1. Verificar se são coplanares os vetores −

u = (2, −1, 1), −

v = (1, 0, −1) e


w = (2, −1, 4).
2. Qual deve ser o valor de m para que os vetores − →
u = (2, m, 0), − →v = (1, −1, 2) e


w = (−1, 3, −1) sejam coplanares?
3. Sejam os vetores −

u = (3, m, −2), −

v = (1, −1, 0) e −

w = (2, −1, 2). Calcular o valor
de m para que o volume do paralelepı́pedo determinado por −→
u ,−
→v e−→
w seja 16 u.v.
(unidades de volume).

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Observação 4.3
O volume do tetraedro definido por −

u, −

v e−

w é dado por
1 −
V = |→
u .(−

v ×−

w )|
6

Exemplo 4.8
Sejam A(1, 2, −1), B(5, 0, 1), C(2, −1, 1) e D(6, 1, −3) vértices de um tetraedro.
Calcular:
a) o volume do tetraedro;
b) a altura do tetraedro relativa ao vértice D.
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