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Vetores e soma de vetores

Prof: Rafael Santos

UFPE

28/02/2018

Prof: Rafael Santos Geometria Analı́tica


Tipos de grandezas

Algumas grandezas ficam perfeitamente definidas por um valor numérico


e a unidade de medida como, por exemplo, um bloco de massa 20kg.

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Tipos de grandezas

Algumas grandezas ficam perfeitamente definidas por um valor numérico


e a unidade de medida como, por exemplo, um bloco de massa 20kg.
Entretanto existem outras grandezas que necessitam, além de um
valor numérico e a unidade de medida, de uma direção e sentido
para ficar bem definidas.

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Tipos de grandezas

Algumas grandezas ficam perfeitamente definidas por um valor numérico


e a unidade de medida como, por exemplo, um bloco de massa 20kg.
Entretanto existem outras grandezas que necessitam, além de um
valor numérico e a unidade de medida, de uma direção e sentido
para ficar bem definidas. Podemos considerar como exemplo uma
força de 40 N aplicada em um bloco.

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Tipos de grandezas

Algumas grandezas ficam perfeitamente definidas por um valor numérico


e a unidade de medida como, por exemplo, um bloco de massa 20kg.
Entretanto existem outras grandezas que necessitam, além de um
valor numérico e a unidade de medida, de uma direção e sentido
para ficar bem definidas. Podemos considerar como exemplo uma
força de 40 N aplicada em um bloco.

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Tipos de grandezas

Algumas grandezas ficam perfeitamente definidas por um valor numérico


e a unidade de medida como, por exemplo, um bloco de massa 20kg.
Entretanto existem outras grandezas que necessitam, além de um
valor numérico e a unidade de medida, de uma direção e sentido
para ficar bem definidas. Podemos considerar como exemplo uma
força de 40 N aplicada em um bloco.

As grandezas que se encaixam no perfil do primeiro exemplo são


denominadas de grandezas escalares. Já as que se encaixam no
perfil do segundo exemplo são denominadas de grandezas vetoriais.

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Direção x Sentido

É comum, em situações informais, tratarmos direção e sentido como


sinônimos, mas isso é um equı́voco.

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Direção x Sentido

É comum, em situações informais, tratarmos direção e sentido como


sinônimos, mas isso é um equı́voco. Considere as retas r1 , r2 e r3 da
figura abaixo:

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Direção x Sentido

É comum, em situações informais, tratarmos direção e sentido como


sinônimos, mas isso é um equı́voco. Considere as retas r1 , r2 e r3 da
figura abaixo:

A reta r1 determina uma direção, já a reta r2 determina outra direção


e a reta r3 determina a mesma direção que r1 , ou seja, retas paralelas
determinam a mesma direção.

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Considere a direção determinada pela reta que passa pelos pontos
A e B.

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Considere a direção determinada pela reta que passa pelos pontos
A e B.

O deslocamento nesta direção pode ocorrer de duas maneiras: no


sentido de A para B ou de B para A.

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Considere a direção determinada pela reta que passa pelos pontos
A e B.

O deslocamento nesta direção pode ocorrer de duas maneiras: no


sentido de A para B ou de B para A. Portanto a cada direção
podemos associar dois sentidos. Consequentemente só é possı́vel
falar em “mesmo sentido” ou “sentidos contrários” caso estejamos
diante da mesma direção.

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Segmentos orientados

Um segmento orientado é um par ordenado (A, B) de pontos do


espaço, sendo A a origem e B a extremidade. Um segmento
orientado do tipo (A, A) é chamado de segmento orientado nulo.

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Os segmentos orientados (A, B) e (C , D) são equipolentes se forem
ambos nulos, ou então, nenhum deles sendo nulo, se forem de mesma
direção, mesmo comprimento (ou módulo) e mesmo sentido.

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Os segmentos orientados (A, B) e (C , D) são equipolentes se forem
ambos nulos, ou então, nenhum deles sendo nulo, se forem de mesma
direção, mesmo comprimento (ou módulo) e mesmo sentido. Indica-
se a equipolência entre (A, B) e (C , D) por (A, B) ∼ (C , D).

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Vetor
Dado um segmento orientado (A, B), a classe de equivalência de
(A, B) é o conjunto de todos os segmentos orientados equipolentes a
(A, B).

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Vetor
Dado um segmento orientado (A, B), a classe de equivalência de
(A, B) é o conjunto de todos os segmentos orientados equipolentes a
(A, B). O segmento orientado (A, B) é chamado de representante
da classe.

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Vetor
Dado um segmento orientado (A, B), a classe de equivalência de
(A, B) é o conjunto de todos os segmentos orientados equipolentes a
(A, B). O segmento orientado (A, B) é chamado de representante
da classe. Um vetor é uma classe de equipolência de segmentos
orientados.

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Vetor
Dado um segmento orientado (A, B), a classe de equivalência de
(A, B) é o conjunto de todos os segmentos orientados equipolentes a
(A, B). O segmento orientado (A, B) é chamado de representante
da classe. Um vetor é uma classe de equipolência de segmentos
orientados.

Todos os segmentos orientados da figura representam o mesmo ve-


−→
tor. Representamos o vetor da figura por AB ou usando letras

minúsculas com uma seta, por exemplo, vetor u .
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Casos particulares de vetores

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Casos particulares de vetores
→ →
1 Dois vetores u e v são ditos paralelos quando seus represen-
tantes tiverem a mesma direção. Denotamos tal situação por
→ →
u kv .

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Casos particulares de vetores
→ →
1 Dois vetores u e v são ditos paralelos quando seus represen-
tantes tiverem a mesma direção. Denotamos tal situação por
→ →
u kv .
2 Qualquer ponto A do espaço pode ser representado pelo vetor
→ −→
zero 0 = AA (ou vetor nulo) que tem como representante o
segmento orientado nulo. Como o vetor nulo não possui direção
e nem sentido, consideramos ele paralelo a qualquer vetor.

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Casos particulares de vetores
→ →
1 Dois vetores u e v são ditos paralelos quando seus represen-
tantes tiverem a mesma direção. Denotamos tal situação por
→ →
u kv .
2 Qualquer ponto A do espaço pode ser representado pelo vetor
→ −→
zero 0 = AA (ou vetor nulo) que tem como representante o
segmento orientado nulo. Como o vetor nulo não possui direção
e nem sentido, consideramos ele paralelo a qualquer vetor.
→ →
3 Para cada vetor v existe um vetor oposto, denotado por − v ,
de mesmo comprimento e mesma direção, porém de sentido
→ −→ → − →
contrário. Se v = AB, então − v = BA.

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Soma de vetores
→ →
Consideremos os vetores u e v , queremos encontrar um represen-
→ → → →
tante para o vetor soma de u com v , denotado por u + v .

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Soma de vetores
→ →
Consideremos os vetores u e v , queremos encontrar um represen-
→ → → →
tante para o vetor soma de u com v , denotado por u + v . Para
isto, tomemos A um ponto qualquer (vide a figura abaixo) e, com
origem nele, tracemos um segmento orientado (A, B) representante

do vetor u . Agora, com origem em B, tracemos o segmento orien-
→ → →
tado (B, C ) representante de v . O vetor u + v é o vetor que tem
(A, C ) como representante.

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→ →
É simples deduzir que o caso em que u e v são paralelos é feito de
maneira análoga ao anterior. Na figura abaixo temos os casos de
mesmo sentido (a) e sentidos contrários (b).

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→ →
É simples deduzir que o caso em que u e v são paralelos é feito de
maneira análoga ao anterior. Na figura abaixo temos os casos de
mesmo sentido (a) e sentidos contrários (b).

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→ → → →
Há outra forma de determinar u + v se u e v não forem parale-
los.

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→ → → →
Há outra forma de determinar u + v se u e v não forem parale-
→ −→
los. Considere representantes u = AB e com origem em A (veja a
figura abaixo), construa o paralelogramo ABCD, então o segmento
→ →
orientado (A, C ) é um representante de u + v , ou seja:

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→ → → →
Há outra forma de determinar u + v se u e v não forem parale-
→ −→
los. Considere representantes u = AB e com origem em A (veja a
figura abaixo), construa o paralelogramo ABCD, então o segmento
→ →
orientado (A, C ) é um representante de u + v , ou seja:
→ → − → −→ −→ −→
u + v = AC ou AB + AD = AC

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Propriedades da soma

O conjunto de todos os vetores será denotado por V3 .

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Propriedades da soma

→ →
O conjunto de todos os vetores será denotado por V3 . Sejam u , v

e w vetores quaisquer de V3 . Então eles satisfazem:

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Propriedades da soma

→ →
O conjunto de todos os vetores será denotado por V3 . Sejam u , v

e w vetores quaisquer de V3 . Então eles satisfazem:
→ → → →
1 u + v = v + u (Comutativa)

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Propriedades da soma

→ →
O conjunto de todos os vetores será denotado por V3 . Sejam u , v

e w vetores quaisquer de V3 . Então eles satisfazem:
→ → → →
1 u + v = v + u (Comutativa)
→ → → → → →
2 ( u + v )+ w = u +( v + w ) (Associativa)

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Propriedades da soma

→ →
O conjunto de todos os vetores será denotado por V3 . Sejam u , v

e w vetores quaisquer de V3 . Então eles satisfazem:
→ → → →
1 u + v = v + u (Comutativa)
→ → → → → →
2 ( u + v )+ w = u +( v + w ) (Associativa)
→ → →
3 u + 0 = u (Elemento neutro)

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Propriedades da soma

→ →
O conjunto de todos os vetores será denotado por V3 . Sejam u , v

e w vetores quaisquer de V3 . Então eles satisfazem:
→ → → →
1 u + v = v + u (Comutativa)
→ → → → → →
2 ( u + v )+ w = u +( v + w ) (Associativa)
→ → →
3 u + 0 = u (Elemento neutro)
→ → →
4 u +(− u ) = 0 (Elemento oposto)

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Diferença de vetores

→ → → →
O vetor u +(− v ), também denotado por u − v , é denominado
→ → → →
vetor diferença entre u e v . É bastante simples determinar u − v :

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Exercı́cio

Na figura abaixo, ABCDEFGH é um paralelepı́pedo. Encontre o


vetor correspondente à soma dos vetores destacados.

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Solução

−→ −→ −→ −→ −→
Temos AB + AH = AG . Agora note que AG = CF , portanto a
soma dos três vetores é:
−→ −→ −→ −→ −→ −→ −→ −→
AB + AH + AC = AG + AC = AC + CF = AF

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Exercı́cio
Na figura abaixo ABCDEFGH e EFGHIJLM são cubos de arestas
congurentes. Determine a soma dos vetores indicados.

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Solução

−→ −→ −→ −→ → −
Observe que MI = −FG , logo MI + FG = 0 . Note também que
−→ − →
BG = FL. Portanto:
−→ −→ −→ −→ + −→ −→
FG
BH + HE + EF +  IM + BG =
−→ −→ −→ − → − →
= BH + HE + EF + FL = BL

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Exercı́cio

Na figura abaixo, os hexágonos são regulares. Em cada caso, deter-


mine a soma dos vetores indicados.

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Solução

−→ −→ −→
Observe que na figura (a) temos FG + HC = ED, logo segue:
−→ −→ −→ −→ −→ − →
FG + HC + DA = ED + DA = EA

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Solução

−→ −→
Na figura (b) temos AO = OD, logo:
−→ −→ −→ −→ −→ −→ −→
FO + AO + DC = FO + OD + DC = FC

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Solução

−→ − → −→
Inicialmente podemos decompor FB = FA + AB e convém observar
−→ −→ −→ −→ → − − → −→
que AB = −CO, logo AB + CO = 0 e FA = DC . Assim:
−→ −→ −→ −→ − → −→ + − →
FD + FB + CO = FD + FA + AB CO


=
−→ −→ −→
= FD + DC = FC
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Solução

Fica mais simples se você observar que:


−→ −→
EF = −BC
−→ −→
FA = −OE
−→ −→
AB = −DE
−→ −→ −→
Logo a soma se resume a OC + CD = OD
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