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Vetores
Objetivo
Iremos definir vetores e suas operações básicas. É uma preparação matemática necessária para a
continuação deste curso.
Curiosidade
Os vetores são extensivamente usados em várias áreas da física, como cinemática vetorial e forças.
Teoria
Um dos assuntos mais importantes da física é o estudo de vetores. Isso, porque muitas grandezas necessitam
de três informações para serem consideradas completas:
• Seu valor, chamado módulo do vetor;
• A reta em que esse vetor se apoia, chamada direção do vetor;
• A orientação desse vetor, chamado de sentido.
E o que é vetor, afinal? Vetor nada mais é do que uma seta que expressa uma grandeza específica, como por
exemplo, a velocidade. Note que, para que a informação fique completa, quando falamos da velocidade de
um carro, é importante fornecer o valor, mas também sua orientação, ou seja, para onde o carro vai. Por
exemplo: veja os carros abaixo.
Ao olhar para o esquema representado, você percebe que o carro “A” se move para cima. Assim, podemos
dizer que a velocidade do carro “A” tem direção vertical e sentido para cima. De forma análoga, o carro B
possui direção horizontal, porém seu sentido é para a direita. Seus módulos, ou seja, os valores de suas
velocidades, nesse caso, não foram fornecidos.
Física
Muito importante no estudo de vetores são as operações que podemos fazer com eles. Vejamos a seguir.
Soma vetorial
A soma de vetores pode ser realizada de duas formas, basicamente:
• Com a regra do polígono;
• E a regra do paralelogramo.
Regra do polígono
A primeira coisa que você deve ter em mente é que a soma de vetores não necessariamente é igual à soma
de dois números, ou seja, soma de dois escalares. Existe uma geometria por trás do processo. Considere os
vetores a seguir. Desejamos somá-los, todos.
O primeiro passo é uni-los de forma que a origem de um vetor fique na ponta da seta do outro vetor. Vamos
ver como ficam.
Observe que a ponta do vetor a está na origem do vetor b, enquanto a ponta do vetor b está na origem do vetor
c e, assim, sucessivamente. O vetor-soma é aquele que sai da origem que está solta (no caso, a origem do
vetor a⃗) e vai para a ponta que está solta (o vetor e⃗). Veja como fica o vetor-soma s.
Física
Regra do paralelogramo
Essa técnica é a mais utilizada na física, embora tenha um passo a passo um pouco maior. Veja, a seguir, dois
vetores que iremos somar pela regra do paralelogramo.
Estudaremos mais à frente que forças são grandezas vetoriais. No exemplo, vemos dois vetores, que
representam as forças ⃗⃗⃗⃗
F1 e ⃗⃗⃗⃗
F2 . Traça-se uma linha paralela ao vetor ⃗⃗⃗⃗
F1 na ponta do vetor ⃗⃗⃗⃗
F2 e, da mesma
⃗⃗⃗⃗ ⃗⃗⃗⃗
forma, traça-se uma linha paralela ao vetor F2 na ponta do vetor F1 .
Veja que formamos uma figura conhecida como paralelogramo. O vetor-soma, nesse caso, é aquele que sai
da origem que une os vetores ⃗⃗⃗⃗
F1 e ⃗⃗⃗⃗
F2 e vai para o encontro das linhas paralelas tracejadas; verifique o vetor-
soma ⃗F. O vetor-soma também pode ser chamado de vetor resultante.
Física
Casos especiais
I. Soma de vetores com o mesmo sentido
Quando os vetores apontam para o mesmo lado, a soma vetorial entre eles será uma soma simples de seus
valores. Verifique a seguir:
s=a+b
Quando representamos essa soma sem a setinha acima da letra que representa o vetor, estamos nos
referindo ao seu módulo. Por exemplo, se o módulo de um vetor a⃗ vale 2, então podemos escrever assim:
|a⃗| = a = 2
s=a−b
Dessa forma, aplicando o teorema de Pitágoras, o vetor-soma poderá ser encontrado da seguinte forma:
s 2 = a2 + b2
Subtração vetorial
O processo de subtração vetorial é exatamente uma soma vetorial com o oposto do segundo vetor. Verifique
a seguir:
a⃗ − ⃗b = a⃗ + (−b
⃗)
Dessa forma, a subtração entre os vetores a⃗ e ⃗b nada mais é do que a soma de a⃗ com o oposto de ⃗b. Daí, o
processo de soma pode ser executado por meio da regra do polígono ou da regra do paralelogramo, o que
realmente for mais fácil de executar no momento.
Decomposição vetorial
O processo de decomposição de um vetor é o contrário do processo de soma. Basicamente, transformamos
um vetor em duas componentes, de forma que ele pode ser expresso em duas direções: horizontal (eixo x) e
vertical (eixo y). Assim, decompor um vetor é projetá-lo nas duas direções do plano cartesiano.
Física
Observe que o vetor a⃗ foi projetado na horizontal, tendo desenhado sua componente ⃗⃗⃗
a x , e projetado também
na vertical, sendo sua componente ⃗⃗⃗
a y . Com um pouco de trigonometria, podemos perceber o seguinte:
ay
sen θ =
a
a y = a ∙ senθ
ax
cos θ =
a
a x = a ∙ cosθ
Clique na imagem, para ver o “QUER QUE DESENHE?” deste mapa mental no canal do Descomplica no YouTube.
Física
Exercícios de fixação
1. Cite:
a) três grandezas escalares;
b) três grandezas vetoriais.
b) A = 7 cm e B = 3 cm
c) A = 3 cm e B = 4 cm
3. ⃗ ,B
Considere os vetores A ⃗ eF
⃗ nos diagramas numerados de I a IV.
I. III.
II. IV.
a) Qual(is) o(s) diagrama(s) que, corretamente, representa(m) a relação vetorial ⃗F = ⃗A + ⃗B?
b) Qual(is) o(s) diagrama(s) que, corretamente, representa(m) a relação vetorial ⃗F = ⃗A − ⃗B?
Física
4. Num estacionamento, uma pessoa se desloca, em sequência, 12m para oeste, 8m para norte e 6m para
leste. Determine o módulo do deslocamento resultante.
5. No lançamento de um bumerangue, este afasta-se até a distância de 30m e, após 9s, volta para onde
está o dono que o atira. Para o intervalo de tempo considerado, determine o módulo do deslocamento
⃗⃗⃗⃗ ) do bumerangue.
vetorial (ΔS
Física
Exercícios de vestibulares
1. A Física está presente em quase todos os momentos de nossa vida. Como exemplo, temos os
movimentos, as forças, a energia, a matéria, o calor, o som, a luz, a eletricidade, os átomos etc. No
estudo de tais fenômenos, falamos das grandezas escalares e das grandezas vetoriais. São exemplos
de grandezas escalares:
a) comprimento, velocidade e peso.
b) quantidade de movimento, tempo e distância.
c) aceleração, campo elétrico e deslocamento.
d) tempo, temperatura e campo magnético.
e) energia, corrente elétrica e massa.
2. (UEPG) Quando dizemos que a velocidade de uma bola é de 20 m/s, horizontal e para a direita, estamos
definindo a velocidade como uma grandeza:
a) escalar.
b) algébrica.
c) linear.
d) vetorial.
e) nenhuma das anteriores.
a) ⃗B + ⃗C = −A
⃗
b) ⃗A + ⃗B = ⃗C
⃗ −B
c) C ⃗
⃗ =A
d) ⃗B − ⃗A = ⃗C
⃗ =A
⃗ +C
e) B ⃗
⃗ =A
⃗ +C
a) B ⃗
b) ⃗A + ⃗B = ⃗C
⃗ −B
c) C ⃗
⃗ =A
d) ⃗B − ⃗A = ⃗C
e) ⃗A − ⃗B = ⃗C
Física
6. Uma esfera se encontra sobre uma mesa horizontal conforme mostra a figura. O polígono vetorial
resultante, na determinação da soma dos efeitos será:
a) um quadrilátero.
b) um pentágono.
c) um triângulo.
d) um hexágono.
e) um losango.
7. (FATEC) Sobre o corpo C atuam duas forças ⃗⃗f1 e ⃗⃗f2 , conforme esquema. O diagrama que fornece a
⃗ = f⃗⃗1 + ⃗⃗f2 é:
resultante R
a)
c)
b)
d)
Física
8. (Olimpíada Colombiana de Física, 2003) No esquema da figura, estão representadas oito forças. O lado
de cada representa uma força de intensidade 1 N.
9. Quatro forças, cujos módulos, direções e sentidos são indicados na figura, atuam sobre sobre uma
partícula.
A ação conjunta dessas forças é equivalente à de uma única força de intensidade igual a:
a) 3,0 N
b) 5,0 N
c) 7,0 N
d) 15,0 N
e) 21,0 N
Física
10. (Mackenzie, 1998) Com seis vetores de módulos iguais a 8u, construiu-se o hexágono regular abaixo.
Gabaritos
Exercícios de fixação
2. Resolvendo:
a) Pela imagem:
b) Pela imagem:
c) Pela imagem:
3. Resolvendo:
a) I e III
b) II
Física
4. Resolvendo por meio da visualização da imagem:
5. Para essa questão, devemos nos atentar que o bumerangue retornou ao seu ponto de partida, ou seja,
⃗⃗⃗⃗ = ⃗S − ⃗⃗⃗
sua posição final é igual à posição inicial. Dessa forma, temos que (ΔS S0 ); logo, ⃗⃗⃗⃗
ΔS = 0.
Exercícios de vestibulares
1. E
Grandezas vetoriais:
- Deslocamento: ⃗d
⃗
- Velocidade: V
- Aceleração: a⃗
⃗
- Força: F
- Impulso: I = ⃗F ∙ Δt
⃗ (momento linear)
- Quantidade de movimento: Q
⃗
- Campo elétrico: E
- Campo magnético: B⃗
2. D
Todo vetor tem que ter: módulo (valor), direção (horizontal ou vertical) e sentido (para a esquerda, para
baixo...).
De acordo com o enunciado da questão, percebemos que foi descrito todas as três, ou seja, é uma
grandeza vetorial.
3. C
Para isso temos que:
F2 − F1 ≤ F ≤ F2 + F1
1,0 N ≤ F ≤ 7,0 N
4. D
Quando o vetor inverte o sinal, inverte também o sentido. Com isso, basta fazer a soma vetorial com o
sentido do vetor invertido.
5. D
O diagrama representa uma soma vetorial cujo vetor B sai da extremidade inicial do vetor A e coincide
com a extremidade final do vetor C; tendo, assim, uma linha poligonal fechada, tal que:
⃗A + ⃗C = ⃗B ⇒ ⃗B − ⃗A = ⃗C
Física
6. A
Fazendo a regra do paralelogramo, teremos:
7. D
Podemos fazer a representação da seguinte forma:
8. A
Pela regra do polígono:
FR2 = 52 + 52
FR = 5√2N
Física
9. B
Fazendo a diferença entre os vetores no horizontal, temos:
10. B
Podemos primeiro somar v⃗ 1, v ⃗ 3 e depois v
⃗2ev ⃗ 4, v ⃗ 6.
⃗5ev
Por geometria, vemos que essas duas somas resultam em dois vetores de módulo igual a 16u.