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Unidade III - 1º ano

GRANDEZAS FÍSICAS
Podemos dizer de modo mais usual que grandeza é tudo aquilo
que pode variar quantitativamente. Deste modo, grandezas
físicas são as que podem ser medidas.
São divididas em dois grupos: escalares e vetoriais.

GRANDEZAS ESCALARES
MASSA

GRANDEZA
DEFINIDA POR UM TEMPERA
VALOR
TEMPO
TURA

NUMÉRICO(módulo)
ESCALAR

E UNIDADE DE
MEDIDA.
ENERGIA TRABALHO
GRANDEZAS VETORIAIS
Grandezas vetoriais: são aquelas que não ficam totalmente
determinadas com um valor e uma unidade, para que
fiquem totalmente definidas necessitam de módulo (número
com unidade de medida), direção e sentido.
Exemplos: velocidade, força, aceleração, etc.

FORÇA

GRANDEZA
DEFINIDA POR
UM MÓDULO,
VELOCI ACELERA
DADE ÇÃO

DIREÇÃO E VETORIAL

SENTIDO
CAMPO CAMPO
ELÉTRICO M GNÉTICO
A
VETORES
• SÃO SEGMENTOS DE RETA ORIENTADOS QUE
POSSUEM:
• INTENSIDADE OU MÓDULO V, DIREÇÃO e SENTIDO

4
Direção de um vetor:
• As retas �1 e �2 são paralelas = possuem a
mesma direção
• A reta �3  está em outra direção se a
compararmos com �1 e �2 = Não são paralelas.
�1
�3
�2

O conceito de direção tem é de origem geométrica


e é caracterizado por uma reta e por todas as retas
paralelas a ela, ou seja, retas paralelas possuem a
mesma direção.
Sentido de um vetor:
• Consideremos uma mesma direção,
definida pela reta AB na figura abaixo:


Podemos imaginar uma pessoa se deslocando nessa
reta (nessa direção) de duas maneiras diferentes:
De A para B e de B para A.
A B


Sentido de um vetor
• Cada direção permite dois sentidos
possíveis.
• O sentido de A para B é contrário ao
sentido de B para A.
– Só é possível falar em oposição de sentidos
se estivermos fazendo a comparação em uma
mesma direção.
O conceito de Módulo
• O conceito de módulo de um número real está
associado à ideia de distância de um ponto da reta à
origem.
• Ao medirmos a distância de um número negativo qualquer ao zero
percebe-se que a distância fica negativa e como não é usual dizer
que uma distância ou comprimento é negativo foi criado o módulo
de número real que torna o valor positivo ou nulo. 

não existe distância com valor negativo, definimos que � = 4, ou


• Assim, se medirmos a distância de -4 até 0 , temos: d = -4, como

seja: 4 = −4 = 4.
O Módulo de um vetor

• Quando eu quero expressar o módulo de um vetor


(tamanho da grandeza vetorial) devo usar uma das duas
notações:
• O módulo do vetor V ⇒ V= � = 4u, por exemplo.

• Não existe essa notação V= � = 4


• O 4 é um número e não um vetor.
• 4 = −4 = 4
REPRESENTAÇÃO GRÁFICA DE
UM VETOR
Para representar graficamente um vetor usamos um segmento
de reta orientado.

O módulo do vetor, representa numericamente o comprimento


de sua seta.
O vetor acima tem módulo igual a 3 u, que é igual a distância

Para indicar vetores usamos as seguintes notações: � ou 퐴


entre os pontos A e B.

onde: A é a origem e B é a extremidade


• Módulo: comprimento do segmento (através
de uma escala pré-estabelecida).
O módulo de um vetor é indicado utilizando-se
duas barras verticais.
퐴  (Lê-se: módulo de A)

• Direção: reta que contém o segmento

• Sentido: orientação do segmento


Propriedades dos vetores:
VETORES DIFERENTES.

Possui pelo menos uma


característica diferente
entre eles.

VETORES IGUAIS: MESMO


MÓDULO, MESMA DIREÇÃO E
SENTIDO.
VETOR OPOSTO
O vetor oposto é aquele que possui o mesmo módulo, a
mesma direção e o sentido oposto. Veja a seguir um
exemplo com o vetor e o seu respectivo oposto.


−�
• Produto de um vetor por um número
Real;
• Adição vetorial;
• Subtração vetorial;
• Produto escalar;
• Produto vetorial;
• Dado o vetor �, abaixo:

Direção: Horizontal
Sentido: Da esquerda para direita
Módulo: V = 2 unidades
• Exemplo 1: Determine o vetor resultante
� = 2�.
– Módulo: R = 2 x 2 = 4 u
– Direção: Horizontal
– Sentido: da esquerda para direita

� �


• Exemplo 2: Determine o vetor resultante
�= ∙� .
1
2
1
2
– Módulo: Z = 2 x =1u
– Direção: Horizontal
– Sentido: da esquerda para direita


� =− 2� .
• Exemplo 3: Determine o vetor resultante

– Módulo: R = 2 x −2 = 2 � 2 = 4 �


– Direção: Horizontal
– Sentido: da direita para esquerda

� �

� =− 2 �
Conclusões:

É um vetor que possui módulo a


  vezes o módulo de V e seu sentido
será:
R = a.V • Mesmo de V se a > 0
• Contrário ao de V se a < 0

Obs: Um número real poderá modificar o


módulo e/ou o sentido de um vetor, nunca sua
direção.
Exemplo
01. Dado o vetor �, determine o vetor � = 4�.
ADIÇÃO VETORIAL

Determinação do vetor soma, ou vetor resultante a


partir de dois ou mais vetores.

Pode ser efetuada através do método gráfico e do


método analítico.
MÉTODO GRÁFICO
1) Regra do polígono: Ligam-se os vetores origem
com extremidade. O vetor soma (R) é o que tem
origem na origem do 1º vetor e na extremidade
do último vetor. Dado os vetores abaixo:
� �

� � = �+ �
Veja:
http://www.educacional.com.br/Recursos/ConteudoMultimidia/18/
Fisica/resultante/01/01/regra_poligono.htm
Exemplo
02. Dados os vetores �, �, �, � abaixo, assinale a alternativa
que representa corretamente o vetor � = �+ �+ �+ �.
• Regra do Paralelogramo: os dois vetores a serem
somados devem estar unidos pela origem.


Então, �= � + �,  풔� á 풅풂풅  풑 :




�² = �� + �� + � ∙ � ∙ � ∙ 풄 풔�
Lei dos cossenos
Método Analítico

O método analítico consiste no processo matemático


que nos fará determinar o módulo do vetor resultante
de dois vetores, sabendo-se apenas o módulo dos
vetores e o ângulo entre eles.
Casos Particulares
Exemplos: Sejam dois vetores de módulos A e B, e que formam entre si um
ângulo θ.
1. Se θ = 0º, os vetores são paralelos, têm a mesma direção e mesmo sentido,
conforme figura abaixo:

O módulo do vetor resultante entre estes dois vetores será a


soma dos módulo dos dois, chamado de resultante máxima.
Exemplo
03. Os vetores � e � representados abaixo têm módulos

gráfica e o módulo do vetor � = � + �.


respectivamente iguais a 3 e 6. Determine a representação
2. Se θ = 180º, os vetores são paralelos, têm a mesma
direção e sentidos opostos, conforme figura abaixo:

• O módulo do vetor resultante entre estes dois vetores será a


diferença dos módulo dos dois, chamado de resultante
mínima.
180º

Vvento Vavião

� = ����ã� − ������


O vetor resultante possui a mesma
direção dos vetores que o
constituem e o sentido do vetor
maior.
Exemplo
04. Os vetores � e � representados abaixo têm módulos

gráfica e o módulo do vetor � = � + �.


respectivamente iguais a 3 e 6. Determine a representação
3. Se θ = 90º, os vetores são perpendiculares, conforme figura
abaixo:
O módulo do vetor resultante entre estes
dois vetores será a raiz quadrada da soma
dos quadrados dos módulo dos dois
(teorema de Pitágoras).



� � = �� + ��

Exemplo
05. Os vetores � e � representados abaixo têm
módulos r es pectivam ente ig uais a 3 e 4 .

do vetor � = � + �.
Determine a representação gráfica e o módulo
4. Se θ, for um ângulo qualquer, diferente dos mencionados
anteriormente, os vetores são oblíquos, conforme figura abaixo:



O módulo do vetor resultante entre estes dois vetores será dada pela lei dos

� = � + � + � ∙ � ∙ � ∙ 풄 풔�
� �
cossenos.
Exemplo

soma dos vetores na figura abaixo (� =


06. Calcule o módulo do vetor resultante da

� + �), utilizando a Lei dos Cossenos


Dados: X = 10 cm e Y= 10 cm.

60 º


No estudo da Álgebra aprendemos que a
subtração de dois números reais, por
exemplo x e y, pode ser dada da seguinte
maneira:
x - y = x + (-y)
Onde –y é o oposto de y. Dessa forma, por
exemplo:
7 - 3 = 7 + (-3) = 4
• Para realizarmos subtração de dois vetores dependemos
do conceito de vetor oposto.
• A ideia é semelhante a da subtração algébrica, mas,
aqui, a subtração envolve a inversão no sentido do
vetor que vem com o sinal negativo, pois, o oposto
de um vetor, mesmo módulo e mesma direção, porém
apresenta sentido contrário ao sentido do vetor original.

• Considerando um vetor diferente de zero (não nulo) .


Exemplo:

풂 = ퟏ  �

− 풂 = ퟏ  �

Os vetores � �  − � são opostos, pois possuem


mesmo módulo, mesma direção e sentidos
opostos.
• Dados então dois vetores  � e �  .
• A diferença � entre esses dois vetores é
representada da seguinte forma:
� = �  − � 
• E pode ser definida por:
� = �  + (−� )
• Vejamos, por exemplo, o caso da figura abaixo
e determinemos o vetor � tal que:
� = �  − � 
Dados:

A


B

1
u
1
u
• Resolução pela regra do paralelogramo:


1
u
1
u

−�
Ou:

� 풅 � 풅

� −�
B
• Pode-se perceber a diferença de vetores

�   com − �   .
foi obtida , fazendo-se a adição de 

extremidades de  �   e  �   como no


• O vetor  poderia ser obtido ligando as

último caso mostrado, com sentido de B


para A.

Retirado de:
https://mundoeducacao.bol.uol.com.br/fisica/subtracao-vetores.htm.
,

Exemplo:
• Vejam a questão 10, item b, da lista de
exercícios.
Solução: Método Gráfico
1. Vamos separar os vetores solicitados na
operação em questão:

��


−풅
de acordo com a equação vetorial: � = 2� − � +
2. Pela regra do polígono, vamos fazer as junções

�.
��

−풅 �
• Solução: Método Analítico

Percebemos que o vetor resultante é a hipotenusa do


triângulo retângulo da figura acima. Um cateto vale 1 u e o
outro, 11 u, considerando que cada lado do quadrado vale 1
unidade. Logo, pelo Teorema de Pitágoras, temos:

�² = 1² + 11²
� = 1 + 121 = 122 
� = 11,05�
• Quando estamos trabalhando com grandezas vetoriais, só a informação do
módulo do vetor não é suficiente para compreendermos a medida
realizada, é preciso, que tenhamos a informação da direção e do sentido
para que fique completa.
• Por esse motivo, em grandezas vetoriais, o correto é dizer: o módulo da
força aplicada a um corpo é 4 N, por exemplo, já que o número 4,
representa, apenas, a intensidade da força em questão.
• Quando lidamos com mais de um vetor atuando no mesmo ponto, é
possível encontrar o vetor resultante a partir das operações de soma e
subtração de vetores. Se esses tiverem mesma direção, o problema é mais
simples de resolver a partir das regras do polígono ou do paralelogramo.
• Um caso bem interessante e que merece bastante atenção é a
soma de grandezas vetoriais com vetores dispostos
perpendicularmente entre si.
• Quando você se deparar com uma situação onde há a necessidade
de realizar a soma ou a subtração de vetores perpendiculares
entre si, você pode optar por trabalhar com a decomposição de
vetores para obter o vetor resultante.
• Na soma de dois vetores, podemos encontrar apenas um único
vetor, ou seja, o vetor resultante, que nada mais é do que um
vetor que equivale a esses dois vetores.

� , podemos encontrar outros dois vetores �� e  ��   tal que 


• Na decomposição de vetores, o processo é inverso. Dado um vetor

� = �� + �� . 
• Vejamos a figura abaixo:

Numa situação cotidiana, se 풂


fosse um vetor de força,
poderíamos ter o caso acima
acontecendo.

α
x
N e s t e c a s o , 풂 , t e r i a a ç ã o n o e i x o x e n o e i x o y,
provocando dois movimentos simultâneos, dessa forma,
podemos verificar a contribuição deste, nos dois eixos
citados.
y

• 풂� é a
Em que:

de 풂 no eixo x.
componente

• 풂� é a
retangular
풂�
de 풂 no eixo y.
componente


retangular

풂� x
Determinando os módulos de 풂� e de 풂� :
y

풂� 풂�

풂�
x

Na figura acima, podemos deslocar o vetor 풂�    para a extremidade do


vetor 풂� ,  de modo que o vetor  풂 e seus vetores componentes ortogonais 
풂�   e  풂�   formem um triângulo retângulo.
• Para determinarmos as componentes
retangulares, vamos utilizar as relações
trigonométricas seno e cosseno, já que,
tais componentes são catetos de um
triângulo retângulo.

��푡�푡 ��푗��� 푡�
• A componente horizontal será dada por:
cos � =
ℎ푖푝푡� ���
��
cos � =

��푡�푡 푝�푡
• A componente vertical será dada por:
�� � =
ℎ푖푝푡� ���
��
�� � =

• Finalmente, como o triângulo formado por  풂  e seus


componentes é um triângulo retângulo, aplicando o
teorema de Pitágoras, temos:
�² = �²� + �²�
Relação entre o módulo do vetor e o módulo de seus componentes ortogonais.

Inspirado em:
https://mundoeducacao.bol.uol.com.br/fisica/decomposicao-vetores.htm
https://alunosonline.uol.com.br/fisica/decomposicao-vetores.html

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