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Física
CINEMÁTICA
Conceitos Iniciais
1.1- Introdução ....................................................... 5
1.2- Referencial ...................................................... 5
1.3- Deslocamento e Espaço Percorrido ................ 6
1.4- Velocidade Média ............................................ 7
1.5- Velocidade Escalar Instantânea ...................... 8
1.6- Aceleração Escalar Média ............................... 8

MECÂNICA

Leis de Newton
1 - Introdução ....................................................... 10
2 - Força ............................................................... 10

no Código Penal, Artigo 184, parágrafo 1 e 2, com


A reprodução por qualquer meio, inteira ou em parte, ven-

empréstimo, troca ou manutenção em depósito sem au-


torização do detentor dos direitos autorais é crime previsto
da, exposição à venda, aluguel, aquisição, ocultamento,
3 - Leis de Newton................................................ 10

multa e pena de reclusão de 01 a 04 anos.


Movimentos Retilíneos
1 - Movimento Retilíneo Uniforme (M.R.U.) ......... 11
2 - Movimento Retilíneo
Uniformemente Variado (M.R.U.V.) ............... 13

3 - Força Peso ( P ) e Reação Normal .................. 16
4 - Movimentos Verticais
próximos à superfície da Terra ...................... 17
5 - Atrito ................................................................ 18
6 - Plano Inclinado ................................................ 19
7 - Movimento Circular Uniforme .......................... 20
8 - Força Centrípeta ............................................. 22

Vetores
1 - Vetores ............................................................ 29
2 - Composição de Movimentos ........................... 31

GABRIEL DIAS DE CARVALHO JÚNIOR


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Estática dos Corpos Rígidos


1 - Introdução ...................................................................... 35
2 - Momento de uma Força (M) ........................................... 35
3 - Condições de Equilíbrio ................................................. 36

Dinâmica - Trabalho, Potência e Energia


1 - Introdução ...................................................................... 38
2 - Trabalho (W.τ) ............................................................... 38
3 - Potência Média............................................................... 39
4 - Energia Mecânica (EMEC) .............................................. 39
5 - Conservação da Energia Mecânica ............................... 40

Hidrostática
1 - Introdução ...................................................................... 44
2 - Densidade Absoluta ou Massa Específica (d) ................ 44
3 - Pressão (p) ..................................................................... 44
4 - Pressão Hidrostática ...................................................... 45
5 - Teorema de Stevin ......................................................... 45
6 - Experiência de Torricelli ................................................. 46
7 - Princípio de Pascal......................................................... 46
8 - Princípio de Arquimedes ................................................ 46

Gravitação Universal
1 - Introdução ...................................................................... 50
2 - Leis de Kepler ................................................................ 50
3 - Lei da Gravitação Universal ........................................... 51
4 - Aceleração da Gravidade ............................................... 51
5 - Movimento Orbital .......................................................... 52
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Tecnologia ITAPECURSOS

Caro VESTIBULANDO,
Você está recebendo o primeiro volume da coleção ITAPECURSOS. Ao todo são
3 livros que irão abranger o programa básico do Ensino Médio: Mecânica, Eletro-
magnetismo, Termologia, Óptica e Ondulatória.
Neste primeiro volume o assunto tratado é a Mecânica. Você terá um capítulo
inicial contendo conceitos introdutórios, tais como referencial, velocidade e acelera-
ção. Logo em seguida, haverá um capítulo contendo Leis de Newton, com tópicos
de Cinemática inseridos. A seguir, os capítulos tratarão da Energia, Hidrostática e
Gravitação Universal.
Optamos por não efetuar uma divisão clara entre Física 1 e 2 para dar maior
adaptabilidade à sua realidade. No entanto, sugerimos dois tipos de divisão:
1™) - Considerando 3 aulas por semana:
Física 1: 2 aulas ⇒ Conceitos Iniciais
Leis de Newton
Hidrostática
Física 2: 1 aula ⇒ Energia
Gravitação
2™) - Considerando 4 aulas por semana:
Física 1: 2 aulas ⇒ Conceitos Iniciais
Leis de Newton
Física 2: 2 aulas ⇒ Energia
Hidrostática
Gravitação

Atenciosamente,

Física - M1 3
Anotações
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CINEMÁTICA
CONCEITOS INICIAIS
1.1 - INTRODUÇÃO
A Física é uma ciência que se preocupa em investigar os fenômenos naturais. Assim, toda vez que você estiver es-
tudando a queda de um corpo ou a formação de um raio em um dia de tempestade, a Física estará presente.
Ao longo dos três volumes desta coleção iremos trabalhar com 4 tópicos, basicamente: Mecânica, Termo-
logia, Eletromagnetismo e Ondulatória. Para uma melhor distribuição destes assuntos, iremos dividi-los da
seguinte forma: Volume 1: Mecânica, Volume 2: Termologia e Ondulatória e Volume 3: Eletromagnetismo.
Começaremos nosso estudo pela Mecânica, que é a parte da Física que estuda os movimentos e as
condições de equilíbrio de um corpo.
Para o estudo da Mecânica, será necessário o conhecimento de alguns conceitos que serão vistos neste
primeiro capítulo.
Vejamos estes conceitos:

1.2 - REFERENCIAL
É um sistema qualquer utilizado para se estudar o movimento de um ou vários corpos. De acordo com o
referencial, poderemos definir o que é movimento, repouso, trajetória e partícula.

a) Movimento e Repouso
Imagine que você está em sua primeira aula de Física e o professor lhe faz a seguinte pergunta:
- Você está em movimento exatamente neste instante?
Talvez sua resposta intuitiva seja NÃO, uma vez que você está fixo em uma carteira, dentro de uma sala de aula.
A pergunta do seu professor soou estranha porque você estabeleceu intuitivamente como referencial um
corpo fixo dentro da sala de aula (por exemplo, o quadro negro, a carteira em que você está assentado ou
um colega). Neste caso, é verdade que, em relação ao referencial escolhido, você está em repouso.
Por outro lado, se você tivesse estabelecido que o Sol é o seu referencial, a sua resposta seria SIM para a
pergunta do professor, pois você viaja pelo espaço (junto com a Terra) ao redor do Sol. Logo, em relação
ao Sol, você está em movimento.
A diferença entre as duas situações é muito clara:
• No primeiro exemplo você não está em movimento, pois a sua posição em relação ao referencial escolhido
não varia em relação ao tempo.
• Já no segundo caso, a sua posição se altera, com o passar do tempo, em relação ao referencial.
Uma pergunta que geralmente deve estar surgindo em sua mente é:
- Mas, na verdade eu estou ou não em movimento?
Não existe uma situação verdadeira e outra enganosa. Você está em repouso em relação ao quadro negro e
está em movimento em relação ao Sol. Na verdade, não existe movimento ou repouso absolutos, ou seja, não
há corpo algum que sempre esteja em movimento ou sempre esteja em repouso, tudo depende do referencial.

Para você pensar:


Durante muito tempo acreditou-se no modelo Geocêntrico no qual o Sol se movimenta em rela-
ção à Terra. Alguns cientistas morreram queimados por defender o modelo Heliocêntrico (a Terra
gira em torno do Sol) no passado. De acordo com o que foi estudado neste tópico, você poderia
apontar qual dos modelos está correto?

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b) Trajetória
Chamamos de trajetória ao conjunto dos pontos ocupados por um corpo em seu movimento. A trajetória que
um corpo qualquer possui depende do referencial adotado.
Imagine um ônibus que se movimenta em linha reta com velocidade constante em relação ao solo. Dentro do ôni-
bus, uma pessoa atira uma moeda verticalmente para cima. A moeda irá cair exatamente na mão da pessoa.
Qual será a trajetória descrita pela moeda?
Observada por qualquer passageiro sentado, a moeda irá de-
screver um movimento retilíneo de subida e descida. Em relação
a um referencial fixo na estrada, a moeda fará dois movimentos: o
movimento vertical observado pelos passageiros e um movimento
de deslocamento horizontal, acompanhando o ônibus.

Assim, para os passageiros (referencial fixo no ônibus), a trajetória da moeda será uma linha reta. Para o
referencial na estrada, a trajetória será um arco de parábola.

c) Partícula
Um corpo qualquer poderá ser considerado uma partícula se as suas dimensões forem desprezíveis em
relação às distâncias envolvidas no processo. Desta forma, um avião pode ser uma partícula em uma viagem
de 1.000 km. O mesmo avião quando estiver dentro do hangar do aeroporto não poderá ser considerado
uma partícula. Neste caso, ele será chamado de Corpo Extenso.

Observações:

1 - O conceito de partícula despreza as dimensões e não a massa.


2 - Para uma partícula não definimos movimento de rotação.

1.3 - DESLOCAMENTO E ESPAÇO PERCORRIDO


Uma partícula, quando está em movimento, vai ocupando vários pontos em sua trajetória. Para que possamos
formalizar o estudo deste movimento, podemos escolher um ponto
qualquer desta trajetória para ser o marco zero da contagem das
distâncias. Este ponto será chamado de origem. Além disso, temos (+)
que adotar um sentido qualquer para ser o crescente (sentido posi- origem
tivo do movimento) para estas distâncias. Veja a figura.
Imagine que uma partícula se desloca ao longo da trajetória mostrada a seguir, indo do ponto A ao B e, logo
após, retornando ao ponto C. Os valores abaixo de cada letra representam as posições de cada ponto.

A C B
(1m) (8m) (20m)

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a) Deslocamento
Chamaremos de deslocamento de uma partícula ao vetor que liga o ponto inicial ao ponto final da trajetória.
O estudo dos vetores será feito no capítulo 3, por isso nos preocuparemos em estudar somente o valor
deste deslocamento. Numericamente, o deslocamento representa a distância entre os pontos de saída e de
chegada. No esquema acima, o deslocamento será a distância entre os pontos A e C. Assim,

D=8-1=7m

b) Espaço Percorrido
O espaço percorrido por um corpo é definido como sendo o total das distâncias efetivamente percorridas pela
partícula, não importando o sentido do movimento. No exemplo anterior, a partícula percorreu 19 m para a
direita e, logo após, 12 m para a esquerda. Logo, o Espaço Percorrido por ela foi de 31 m.

Observações:
1. Em um movimento em linha reta, sempre no mesmo sentido, o espaço percorrido e o deslocamento
possuem valores iguais.
2. No caso do item anterior, podemos representar o espaço percorrido por

DS = S - S0:

onde: S = posição final da partícula S0 = posição inicial da partícula


Um exemplo dessa situação seria considerarmos apenas o movimento de A para B na figura anterior. Nesse
caso, DS = 20 - 1 = 19 m

1.4 - VELOCIDADE MÉDIA


A velocidade média é uma grandeza física que nos indica a rapidez com que um movimento se processa.
Existem dois tipos de velocidade: escalar e vetorial.

a) Velocidade ESCALAR Média


É a razão entre o Espaço Percorrido por um móvel e o tempo total gasto. Imagine um corpo qualquer que
se movimenta entre dois pontos, percorrendo um espaço DS em um intervalo de tempo Dt.

Vm =
espaço percorrido ∆S
Vm =
tempo gasto ⇒ ∆t

a.1) Unidades

Qualquer unidade de distância dividida por qualquer unidade de tempo será unidade de velocidade. Teremos
duas unidades principais para a velocidade.
Se a distância for dada em metros e o tempo em segundos, a velocidade
será medida em metro/segundo (m/s). A outra unidade é o quilômetro/
hora (km/h), muito utilizada em nosso cotidiano.
Para efetuarmos a conversão entre as duas unidades citadas, devemos
utilizar o esquema ao lado.

Observação:

O velocímetro dos carros importados geralmente mostram a velocidade em m.p.h. (milhas por hora). Para
efetuarmos a conversão para o quilômetro por hora, devemos multiplicar a velocidade (em mph) por 1,6
(uma milha é, aproximadamente, 1,6 km).

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b) Velocidade VETORIAL Média


É a razão entre o deslocamento do móvel e o tempo total gasto para deslocá-lo. 
deslocamento
Iremos estudar esta velocidade em capítulos posteriores. Vm =
tempo total gasto
1.5 - VELOCIDADE ESCALAR INSTANTÂNEA
Você acha que o velocímetro de um automóvel mede a velocidade escalar média em uma viagem? É fácil
perceber que não, pois em cada momento temos um valor diferente indicado pelo velocímetro.
Podemos dizer que o velocímetro mede a velocidade que um automóvel possui em cada instante de tempo. A esta
velocidade damos o nome de velocidade escalar instantânea. Podemos dizer que é uma velocidade média em
um intervalo de tempo muito pequeno, onde os instantes (e as posições) inicial e final estão muito próximos.

1.6 - ACELERAÇÃO ESCALAR MÉDIA


A aceleração é uma grandeza que mede a taxa de variação da velocidade de um corpo em relação a um certo
intervalo de tempo. Sempre que houver variação na velocidade (em módulo ou direção), haverá uma aceleração
para medir esta variação. Nos nos preocuparemos, inicialmente, em estudar a aceleração escalar média.
A partícula da figura acima possui, no início de seu
movimento (ponto A), uma velocidade inicial V0.
V0 V Após um intervalo de tempo Dt, sua velocidade
passa a ser V. A aceleração escalar média neste
intervalo de tempo será:
∆V
A B a=
∆t
onde: DV = V - V0
a) Unidade
Observação:
[∆V ] = m / s = m . 1 ⇒ a = m Quando dizemos que a aceleração escalar média de um corpo
[a] = [] 2
[∆t ] s s s s é de 3 m/s2 , por exemplo, isto significa dizer que, em média,
a sua velocidade escalar variou (aumentou ou diminuiu) 3
m/s em cada segundo.

1) (UFMG) João, Pedro e Marcos observam um ponto P na borda de um disco que gira em um plano hori-
zontal (ver figura). João se encontra acima do disco, sobre seu eixo, Pedro está no mesmo plano do disco
e Marcos, entre João e Pedro.
As trajetórias do ponto P, observadas por João, Marcos e
Pedro, respectivamente, são melhor apresentadas pelas
figuras da alternativa.
a)

b)

c)

d)

e)

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2) (PUC-MG) Um móvel parte do repouso, de um A escala da figura é 1:20, isto é, cada centímetro
ponto sobre uma circunferência de raio R, e efetua da figura corresponde a 20 cm do tamanho real.
um movimento circular uniforme, gastando 8,0 s O intervalo de tempo entre os dois instantâneos
para completar uma volta. Após 18 s de movi- sucessivos da figura vale 0,25 s. A velocidade
mento, o seu deslocamento tem módulo igual a: média da bolinha, em cm/s, é aproximadamente
igual a:
R
a) c) e) 5.R a) 70 d) 240
2
b) d) 2.R b) 120 e) 280
c) 140
3) (UFMG) Marcelo Negrão, numa partida de vôlei,
deu uma cortada na qual a bola partiu com uma 6) (UFMG) Um automóvel fez uma viagem de 100
velocidade de 126 km/h (35m/s). Sua mão gol- km, sem paradas, e sua velocidade média,
peou a bola a 3,0 m de altura, sobre a rede, e nesse percurso, foi de 60 km/h. Tendo em
ela tocou o chão do adversário a 4,0 m da base vista essas informações, pode-se concluir que
da rede, como mostra a figura. Nessa situação o tempo gasto pelo automóvel para percorrer os
pode-se considerar, com boa aproximação, que primeiros 30 km da viagem foi:
o movimento da bola é retilíneo e uniforme. a) 0,50 h
b) 0,30 h
c) 0,60 h
d) 1,0 h
e) Um valor impossível de se determinar

Considerando essa aproximação, pode-se 7) (UFMG) Numa avenida longa, os sinais de tráfego
afirmar que o tempo decorrido entre o golpe do são sincronizados de tal forma que os carros,
jogador e o toque da bola no chão é de: trafegando a uma determinada velocidade, en-
contram sempre os sinais abertos (onda verde).
a) 1/7 s d) 4/35 s Sabendo-se que a distância entre os sinais
b) 2/63 s e) 5/126 s sucessivos (cruzamentos) é de 200 m e que o
intervalo de tempo entre a abertura de um sinal
c) 3/35 s e a do seguinte é de 12 s, qual a velocidade em
que deve trafegar um veículo para encontrar
4) (UFMG) Uma escola de samba, ao se movimen- sempre os sinais abertos?
tar numa rua reta e muito extensa, mantém um
a) 30 km/h d) 80 km/h
comprimento constante de 2 km. Se ela gasta
90 minutos para passar completamente por b) 40 km/h e) 100 km/h
uma arquibancada de 1 km de comprimento,
c) 60 km/h
sua velocidade média deve ser:
a) 2/3 km/h d) 2 km/h 8) (UFMG) Um corpo é movimentado, em linha reta,
b) 1 km/h e) 3 km/h com aceleração constante. No instante em que
o relógio marca zero, a velocidade do corpo é
c) 4/3 km/h X e, no instante em que o relógio marca Z, a
velocidade é Y.
5) (PUC-MG) A figura abaixo mostra dois in- A expressão CORRETA que permite obter a
stantâneos sucessivos do movimento de uma aceleração desse corpo é:
bolinha que desce rolando uma calha, num a) X + ZY d) (Y - X)/Z
laboratório.
b) Y + ZY e) Z/(Y - X)
c) (X + Y)/Z

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MECÂNICA
LEIS DE NEWTON
1 - INTRODUÇÃO
A partir deste capítulo, vamos estudar a Mecânica. Para isso, devemos conhecer o que é uma força e quais
as suas principais características. Logo a seguir, estaremos conhecendo as leis que regem os movimentos
e suas conseqüências. Por último, faremos um estudo de algumas forças específicas tais como a força de
atrito e a força centrípeta.
Este capítulo é de vital importância para um maior conhecimento da Física de uma maneira geral. Podemos
dizer que serão apresentados os pilares do que, hoje, chamamos de Física Clássica.
Um estudo mais detalhado de Dinâmica começou a ser feito pelo italiano Galileu Galilei e ganhou uma for-
mulação matemática mais coesa nas mãos de Isaac Newton. Apesar de, atualmente, a Física Clássica não
estar em perfeita sintonia com alguns modelos científicos com, por exemplo, a Relatividade e a Quântica,
devemos creditar a ela todo o embasamento para a evolução e o progresso da ciência.

2 - FORÇA
Força é uma interação entre dois corpos capaz de produzir, pelo menos, um dos seguintes efeitos:
• iniciar um movimento;
• parar um movimento;
• variar o valor da velocidade de um corpo;
• desviar a trajetória de um corpo;
• modificar as formas de um corpo.
Podemos notar que os quatro primeiros itens estão relacionados com a variação da velocidade em módulo,
direção ou sentido e o último, com mudanças estruturais no corpo.
A definição de força exige que existam dois corpos. Desta forma, expressões do tipo: “eu tenho a força”
são desprovidas de sentido dentro da Física. O correto seria: “eu posso aplicar uma força de grande inten-
sidade em todos os corpos”.
Observação:
Força é uma grandeza vetorial e, portanto, possui Módulo, Direção e Sentido.

3 - LEIS DE NEWTON
No século XVII, o físico inglês Isaac Newton formulou um conjunto de três leis que governam o movimento
dos corpos. A este conjunto chamamos de Leis de Newton. Vejamos estas leis.
A) 1ª Lei de Newton (Lei da Inércia): Uma partícula qualquer pode estar sujeita a várias forças diferentes,
aplicadas em direções e sentidos distintos.
A 1ª Lei de Newton afirma que se a resultante das forças que atuam em uma partícula for nula, ela estará
em repouso ou em movimento retilíneo uniforme.
As duas situações descritas acima representam que a velocidade da partícula
  REPOUSO é constante. Diremos que estas são situações de equilíbrio. Se a partícula
FR = 0 Þ ou estiver em repouso, chamaremos de equilíbrio estático, se ela estiver em
MRU movimento, equilíbrio dinâmico.
A conclusão a que chegamos é que, naturalmente, um corpo parado tende
a se manter em repouso e um corpo que se desloca, tende a se manter em movimento retilíneo uniforme.
Esta propriedade inerente a todos os corpos chama-se inércia.
Podemos medir a quantidade de inércia de um corpo através de sua massa. Assim, um elefante possui muito
mais inércia do que uma formiga.
É por causa da inércia que nós somos projetados para frente quando freamos um automóvel. Em relação à
rua, nós estávamos em movimento e temos, por inércia, a tendência de continuarmos em M.R.U. Quando
iniciamos o movimento do automóvel novamente, temos uma sensação de compressão contra o assento.
Estávamos parados e a nossa tendência era continuar nesse estado.

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MOVIMENTOS RETILÍNEOS
Vamos estudar mais detalhadamente o Movimento Retilíneo Uniforme.
1 - MOVIMENTO RETILÍNEO UNIFORME (M.R.U.)

a) Definição
É todo movimento em que o móvel percorre, em linha reta, espaços iguais em tempos iguais.
Neste tipo de movimento, velocidade escalar instantânea é constante e igual à velocidade escalar média.
Como não há variação da velocidade, a aceleração escalar e a força resultante é sempre nula. Um resumo
destas características está na tabela abaixo:

Trajetória: Reta
M.R.U. Velocidade: Constante
Aceleração: Nula

b) Função Horária
Já que a velocidade escalar instantânea (V) é Imagine um móvel que percorre uma distância
sempre igual à velocidade escalar média (Vm), DS = S - S0 em um intervalo de tempo igual a
podemos escrever: ∆t = t - t0. Vamos convencionar que, no instante
inicial do movimento, o cronômetro marca zero.
Neste caso o instante de tempo inicial será nulo, ou
∆S
Vm = V = seja, t0 = 0. Assim, podemos escrever:
∆t
S − S0
V= ⇒ V. t = S − S0
t
Desta forma, a equação do M.R.U. será dada por: S = S0 + V. t

Que é chamada de função horária dos espaços, pois relaciona a posição (espaço) de um móvel com um
certo instante de tempo.
Na função horária: S = posição do móvel em um instante t
S0= posição inicial do móvel
V = velocidade escalar do móvel
t = instante de tempo.

c) Gráficos
Vamos construir dois tipos de gráficos e estudar as suas propriedades. No M.R.U. é importante conhecermos
os gráficos da posição e da velocidade em função do tempo.

c.1) Gráfico Espaço X Tempo

A função horária dos espaços no M.R.U. é do primeiro grau. Logo, o gráfico que relaciona estas duas gran-
dezas será uma reta inclinada em relação ao eixo horizontal. Veja os exemplos.

gráfico A gráfico B

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Repare que no gráfico A, a reta é inclinada para cima. Isto significa que a velocidade do móvel é positiva,
pois as posições da partícula vão crescendo com o passar do tempo. Dizemos que o movimento é progres-
sivo quando isto acontece.
Já no gráfico B, a reta está voltada para baixo, o que significa que a velocidade do móvel é negativa. Neste
caso, o movimento é dito retrógrado.
Em qualquer um dos gráficos, podemos dizer que o ponto de interseção entre a reta e o eixo vertical rep-
resenta a posição inicial do móvel.
Para todo gráfico posição X tempo, vale a seguinte propriedade:
A tangente do ângulo a é numericamente igual à velocidade do móvel.

∆S
=
tg a = ∆t V

Utilizaremos a nomenclatura “Inclinação da Reta” para designar a tg a.


Na verdade, o correto seria “declividade”. Porém, os vestibulares utilizam o termo citado inicialmente.

c.2) Gráfico Velocidade X Tempo

Como a velocidade escalar é constante neste tipo de movimento, o gráfico velocidade X tempo será uma
reta paralela ao eixo dos tempos.

V V

t
V>0

V<0
t

Em qualquer gráfico velocidade X tempo, a área sob a curva é numericamente igual ao espaço percorrido
pelo móvel.
V

A área mostrada na figura pode ser calculada por: A = t.V V

Mas, V.t = DS. Assim: A = DV área (A)

t
t

B) 2ª Lei de Newton: Esta lei (também chamada de Princípio Fundamental da Dinâmica) nos informa o que
irá acontecer se a força resultante sobre uma partícula não for nula. Newton mostrou que a força resultante
é proporcional à aceleração adquirida pela partícula.
 
Matematicamente, podemos expressar esta Lei da seguinte forma:
FR = m. a
A força resultante sobre uma partícula é igual à massa multiplicada pela aceleração.
Note que a equação descrita acima é vetorial, o que nos leva a concluir que a força resultante e a acel-
eração sempre terão o mesmo sentido.
Podemos determinar a unidade de força no sistema internacional, utilizando a 2ª Lei.
[FR] = [m] . [a] = kg . m/s2 = newton (N)
Para que se tenha uma idéia, 1 newton de força equivale ao peso de uma pequena xícara de café, aproxi-
madamente.
Uma outra unidade utilizada na prática é o quilograma-força (kgf). A relação entre o newton e o kgf é:

1kgf @ 10 N

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Vamos estudar um tipo especial de movimento. Nele, a aceleração será constante.

2 - MOVIMENTO RETILÍNEO UNIFORMEMENTE VARIADO (M.R.U.V.)


a) Definição
Podemos classificar um movimento qualquer em função da velocidade da partícula que o executa. Como já
vimos, se a velocidade escalar permanece constante ao longo do tempo, o movimento é dito uniforme. Já
se a velocidade variar com o tempo, chamaremos o movimento de variado.
Uma partícula estará em M.R.U.V. num dado intervalo de tempo se percorrer uma trajetória reta e a sua acel-
eração for constante (e não nula) e apresentar a mesma direção da velocidade neste mesmo intervalo.
Um resumo desta definição está apresentado na tabela abaixo.

Trajetória: Reta
M.R.U.V Velocidade: Variável
Aceleração: Constante

b) Equações
b.1) Função Horária da Velocidade

No M.R.U.V. a aceleração escalar é constante. Logo, podemos dizer que ela é igual à aceleração escalar
média. Assim:
∆V V − V0
am = a = ⇒a=
∆t t − t0
Considerando t0 = 0, temos:
V − V0 V = V0 + a. t
a= ⇒ V − V0 = a. t
t

Que é chamada de função horária da velocidade, pois relaciona a velocidade de um móvel com um certo
instante de tempo.
Na função horária: V = velocidade do móvel em um instante t
V0 = velocidade inicial do móvel
a = aceleração escalar do móvel
t = instante de tempo.
b.2) Função Horária dos Espaços

Esta função horária irá relacionar a posição de uma partícula em função do tempo. Ela pode ser deduzida a
partir do gráfico velocidade x tempo para este movimento. No entanto, o conhecimento desta dedução não
é relevante neste ponto da matéria. A função é: S = posição do móvel em um instante t
S0 = posição inicial do móvel
a 2 V0 = velocidade inicial do móvel
S = S0 + V0.t + t
2 a = aceleração escalar do móvel
t = instante de tempo.

b.3) Equação de Torricelli

Existem certos problemas na cinemática em que não se conhece o tempo gasto para um certo movimento
acontecer. Nesses casos você pode calcular a posição da partícula ou sua velocidade criando um sistema
com as duas funções horárias.
Evangelista Torricelli desenvolveu uma equação em que não figura o tempo t, facilitando a solução dos
problemas citados.

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Acompanhe o desenvolvimento.

V − V0 a 2
V - V0 = a.t ⇒ t= (equação 1); DS = V0.t + . t (equação 2)
a 2
Substituindo (1) em (2), temos:
2
 V − V0  a  V − V0 
  . 
DS = V0 .  a  + 2  a 

Desenvolvendo a expressão anterior, podemos mostrar que a equação de Torricelli é: V 2 = V02 + 2. a. ∆S


Resumindo todas as equações do M.R.U.V. , temos:

a 2
Função dos espaços S = S0 + V0.t + 2 t
Função da velocidade V = V0 + a. t
Equação de Torricelli V 2 = V02 + 2. a. ∆S

c) Gráficos
c.1) Espaço X Tempo

A função horária dos espaços no M. R. U. V. é do 2º grau. Assim, o gráfico S x t será uma parábola.

No caso da aceleração ser positiva, a concavidade


da parábola será voltada para cima. Se a acelera-
ção for negativa, a concavidade da parábola será
voltada para baixo. Veja as figuras:
a>0 a<0
Neste gráfico continua valendo a propriedade de que a inclinação representa a velocidade, porém, em cada
ponto da parábola haverá uma inclinação diferente, pois a velocidade não é constante. Acompanhe o pro-
cedimento que deve ser feito para determinar a inclinação:

Em cada ponto da parábola devemos desenhar uma reta tan-


gente a ela. A inclinação desta reta tangente nos informará a
velocidade da partícula naquele ponto.

Note que no gráfico posição versus tempo podemos dade escalar do móvel é negativa. Como a aceleração
descobrir em qual trecho o movimento foi acelerado é positiva (a concavidade da parábola é voltada para
ou retardado. Acompanhe o raciocínio: cima), o movimento será RETARDADO. Já na parte
B do mesmo gráfico, o móvel tem as suas posições
aumentando de valor, o que mostra que a velocidade é
positiva. A aceleração é, também, positiva, o que nos faz
concluir que o movimento é ACELERADO. No ponto C
ocorre uma inversão no sentido do movimento. Isto só
é possível se a velocidade for nula neste ponto.
O mesmo raciocínio pode ser utilizado para se explicar
gráfico 1 gráfico 2 o motivo pelo qual na região D existe um movimento
Na parte A do gráfico 1, percebe-se que as posições RETARDADO, na região E o movimento é ACELERA-
vão diminuindo com o passar do tempo, logo a veloci- DO e no ponto F a velocidade é nula no gráfico 2.

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c.2) Velocidade X Tempo


A função horária das velocidades é do 1º grau.
Logo o gráfico V x t será uma reta.
Se a aceleração for positiva, a reta será inclinada
para cima. Já se a aceleração for negativa, a
inclinação da reta será para baixo.
Como já foi mostrado no Movimento Retilíneo
Uniforme, a área sob o gráfico nos fornece a
distância percorrida pelo móvel.
Além dessa propriedade, pode-se demonstrar que
a inclinação da reta é numericamente igual à aceleração do móvel.

c.3) Aceleração X Tempo

No M.R.U.V. a aceleração é constante. Dessa forma, o gráfico a x t será uma reta paralela ao eixo horizontal.

Neste tipo de gráfico, a área sob a linha é numericamente igual à variação da velocidade.
Podemos resumir todas as propriedades dos gráficos da cinemática da seguinte forma:

Gráfico INCLINAÇÃO ÁREA


Sxt V
Vxt a DS
axt DV

C) 3ª Lei de Newton (Ação e Reação): Quando aproximamos um ímã de um prego bem pequeno, notamos
que o segundo se desloca em direção ao primeiro. Isto nos faz concluir que o ímã atrai o prego. Por outro
lado, se tivermos um ímã bem pequeno e um prego bem grande, iremos notar em uma situação oposta, o
que irá mostrar que existe uma atração do prego sobre o ímã.
A 3ª Lei de Newton nos informa que se um corpo A aplica uma força FAB em outro corpo B, então B irá
aplicar força FBA em A. Estas duas forças (chamadas de par de forças ação e reação) terão as seguintes
características:
• mesma direção;
• sentidos opostos;
• mesmo módulo.
Enquanto as duas primeiras características são de fácil compreensão, a terceira pode nos causar uma certa
estranheza, a princípio. Por exemplo, em uma colisão entre um ônibus e uma bicicleta, esta irá apresentar
estragos muito maiores. Temos que ter cuidado com as conclusões que tiramos a partir das observações
que fazemos. No caso citado, apesar de as forças trocadas entre o ônibus e a bicicleta serem iguais em
módulo, os efeitos produzidos são diferentes. Devemos perceber que a estrutura de uma bicicleta é muito
mais frágil do que a de um ônibus. A mesma força de 10 newtons aplicada sobre uma formiga não irá produzir
o mesmo efeito do que se for aplicada em um elefante.

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Vamos, agora, estudar algumas forças especiais:


 
3 - FORÇA PESO ( P ) E REAÇÃO NORMAL ( N )
A) Força Peso: Sabemos que a Terra cria em torno de si um campo gravitacional. Qualquer corpo aí inserido
é atraído para o seu centro. A queda será feita em movimento acelerado e, nas proximidades da superfície
da Terra, a aceleração (chamada de aceleração da gravidade, g) é cerca de 10 m/s2.
De acordo com a 2ª Lei de Newton, se um corpo possui uma aceleração, deve existir uma força resultante.
Esta força com que a Terra atrai os corpos recebe o nome de força peso.

Podemos mostrar que o peso de um corpo de massa m é calculado por:


 
P = m. g
O peso tem direção radial e aponta sempre para o centro do planeta. Em nos-
sos exercícios, iremos considerar o peso uma força vertical para baixo.
Definimos o peso de um corpo para a Terra mas o que foi discutido é válido
para qualquer corpo celeste. Na superficie da Lua, por exemplo, onde a
aceleração da gravidade é cerca de 6 vezes menor do que na da Terra, o
peso de um corpo será 1/6 de seu peso em nosso planeta.

No nosso dia-a-dia, utilizamos a palavra peso para designar massa. Per-


guntamos: “Qual é o seu peso?” e temos como resposta: “70 quilos”. A resposta que foi dada está errada, pois
70 quilos (quilogramas) representa a sua massa. Pelo que estudamos neste item, a resposta correta deveria
ser: “considerando g = 10 m/s2, o meu peso é 700N.” Pois, neste caso, efetuamos o seguinte cálculo:
P = m.g = 70 (kg).10 (m/s2) = 700 N
B) Reação Normal: Vamos imaginar um bloco apoiado em uma superfície horizontal.

Já sabemos que a Terra aplica uma força de atração sobre este


bloco. No caso, o Peso tem direção vertical e sentido para baixo.
Por causa desta força, o bloco tende a se deslocar para o centro
da Terra. Este fato não acontece, pois a superfície horizontal aplica
sobre o bloco uma força vertical para cima, que é contrária à com-
pressão exercida pelo bloco sobre a superfície.
A esta força contrária à compressão damos o nome de Reação Normal. O nome normal se refere ao fato
de esta força ser sempre perpendicular à superficie.
A figura seguinte mostra o esquema de forças que atuam no bloco.
Note que, neste caso, as forças Peso e Normal possuam mesma
direção, sentidos opostos e mesmo módulo. Por isso, estas forças
se equilibram, produzindo uma força resultante nula.

Observação:
Normal e Peso não representam um par de forças ação e reação,
pois atuam em um mesmo corpo.
 
A figura seguinte irá mostrar as forças Peso ( P ), Normal ( N ) e suas respectivas
 
reações ( P e N ).

Na figura: P : Força de atração da Terra sobre o corpo

P ’:Força de atração do corpo sobre a Terra

N : Força da superfície sobre o corpo

N ’: Força do corpo sobre a superfície

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4 - MOVIMENTOS VERTICAIS PRÓXIMOS À SUPERFÍCIE DA TERRA

a) Introdução
A partir de agora, estudaremos o movimento retilíneo que ocorre na vertical. Um corpo sólido qualquer pode
ser abandonado ou lançado próximo à superfície da Terra e efetuar um movimento de subida ou descida.
Veremos que estes movimentos são uniformemente variados.

b) Aceleração da Gravidade
Como já vimos, a Terra gera em torno de si um campo de forças chamado Campo Gravitacional. Todo corpo
aí colocado será atraído para o centro do planeta.
Esta atração faz com que os corpos lançados ou abandonados no campo
gravitacional adquiram uma aceleração que é denominada ACELERAÇÃO
DA GRAVIDADE (g).
Nas proximidades da superfície da Terra, o módulo de g é praticamente
constante. O seu valor é, aproximadamente, 10 m/s2.
Além disso, sabe-se que esta aceleração não depende da massa do corpo.
Assim, dois corpos de massas diferentes, quando abandonados de uma
mesma altura (no vácuo), irão chegar no solo exatamente com a mesma
velocidade e no mesmo instante.

Como a aceleração da gravidade será considerada constante, o estudo dos movimentos verticais será, na
verdade, uma extensão do movimento retilíneo uniformemente variado.

c) Equações do Movimento Vertical


Vamos imaginar que um corpo foi lançado verticalmente para cima, a partir da superfície da Terra. O seu
movimento será RETARDADO na descida e ACELERADO na descida.
Teremos que adotar um sentido para ser o positivo e um ponto para ser
a origem dos espaços que, neste caso, será uma altura. A figura ao lado
mostra uma partícula lançada do solo e um eixo vertical orientado para
cima que servirá de referencial para este movimento. Note que este ref-
erencial está orientado para cima. Isto significa que a origem está fixa no
chão e que o sentido positivo é de baixo para cima. Logo, a aceleração
da gravidade será negativa.
Este movimento vertical é um M.R.U.V. , onde a aceleração é a da gravi-
dade. Portanto, as equações estudadas no item anterior serão válidas
agora. Não é preciso que você decore novas equações específicas para
este tópico.

Acompanhe:
As equações do MRUV são: Mas, neste tipo de movimento, a = -g e o espaço S é
uma altura qualquer. Assim:
a 2
t
S = S0 + V0.t + 2 g 2
t
V = V0 + a. t h = h0 + V0.t - 2
V = V0 − g. t
V 2 = V02 + 2. a. ∆S
V 2 = V02 − 2. g. ∆S

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5 - ATRITO ( fa )
Você já deve ter percebido que, em uma corrida de Fórmula 1, os pneus dos carros para dias de chuva
contêm frisos, ao passo que, para os dias de tempo bom, os pneus possuem menos frisos. O motivo dessa
diferença é que, com a pista molhada, o atrito tende a diminuir, sendo necessário um tipo especial de pneu
para que os carros possam efetuar as voltas com um mínimo de segurança.
Da mesma maneira, um tênis de solado liso pode provocar mais quedas do que outro cuja sola é frisada.
A força de atrito está relacionada com esses exemplos e é responsável por uma infinidade de outras situa-
ções cotidianas. Antes de iniciarmos um estudo quantitativo desta força, faremos uma análise qualitativa,
no sentido de entendermos o motivo da existência do atrito.
Por mais polida que uma superficie possa nos parecer, ela apresenta, microscopicamente, inúmeras irregu-
laridades. Imagine, então, que duas destas superfícies irregulares estejam em contato e exista entre elas, um
movimento efetivo ou a tendência de movimento. Podemos concluir que, por causa destas irregularidades,
haverá uma força contrária ao movimento (ou à sua tendência). Esta força será chamada de atrito. Note que,
quanto mais rugosas forem as superfícies em contato, mais intenso será o módulo da força de atrito.
Para podermos encontrar uma fórmula matemática que nos permita calcular o valor desse atrito, vamos
seguir o seguinte raciocínio:
Estamos querendo mover um bloco que está apoiado em uma superfície horizontal.

F
• Inicialmente iremos aplicar uma força 1 , mas o corpo continu-
ará em repouso. Isto pode ser explicado pela força de atrito que

F
está atuando no bloco, no sentido contrário ao da força 1 .
 
De acordo com a 1ª Lei de Newton: 1 = fa1
F

F
• Agora, vamos aumentar a força aplicada para 2 (F2 > F1). Con-
sidere que, mesmo assim, o corpo continua parado. A explicação
a que podemos chegar é que o atrito também aumentou, tendo,

F
agora, o mesmo valor de 2 .

F
• Iremos, então, aumentar ainda mais o valor da força aplicada, produzindo uma força 3 (F3 > F2 ) Ainda
assim, o bloco permaneceu em repouso. Mais uma vez, a força de atrito teve seu valor aumentado para
fa3 = F3 . Porém, podemos notar que o corpo está quase se
movimentando. Se aumentarmos um pouco mais a força apli-
cada, poderemos colocar o bloco em movimento.
Podemos dizer que, neste caso, o atrito já atingiu o seu valor
máximo.
• A partir desta situação, se aumentarmos um pouco mais a
força, o bloco entrará em movimento.
É interessante notar que, quando o corpo está em movimento,
a força de atrito que sobre ele atua é constante e possui um
valor menor do que o módulo do atrito máximo descrito anteri-
ormente.
A conclusão a que chegamos é que, enquanto o corpo estiver
em repouso, a força de atrito é variável, tendo sempre o mesmo
valor da força que tende a gerar o movimento. Quando o corpo entra em movimento, a força de atrito passa
a possuir um valor constante que é menor do que o atrito máximo que atuava no corpo em repouso.
a) Força de atrito estático: É o nome que damos à força de atrito que atua nos corpos em repouso. De
acordo com o que vimos, este atrito possui as seguintes características:
1. Possui módulo variável – depende da força motriz aplicada.
2. Admite um valor máximo.

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Este valor máximo é proporcional à força normal aplicada sobre o corpo e pode ser calculado pela seguinte
max
expressão: fae = µ e .N

Onde: µ e é chamado de coeficiente de atrito estático e depende da rugosidade das superfícies em contato.
b) Força de atrito cinético: É a força de atrito que atua nos corpos em movimento. Como já vimos, este
tipo de atrito possui um módulo constante. O seu valor é dado por: fac = µ c . N
Onde: µ c é o coeficiente de atrito cinético e também depende da rugosidade das superfícies em contato.
Já que a força de atrito cinético é menor do que a força de atrito estático máximo, podemos admitir que é
mais fácil manter um certo corpo em movimento uniforme do que iniciar o movimento deste corpo. A con-
clusão a que podemos chegar é que, para um mesmo par de superfícies: µ e > µ c
O gráfico da força de atrito em função da força motriz aplicada será, então:

força de atrito

Observação:
me . N
i co A força de atrito em objetos rígidos não depende da área de
tát cinético
es contato entre as superfícies.

força motriz

6 – PLANO INCLINADO
Sabemos, intuitivamente, que é mais fácil elevarmos uma carga qualquer
ao longo de uma rampa do que se a levarmos verticalmente para cima.
Neste item estaremos estudando as rampas que, de uma maneira geral,
chamaremos de Plano Inclinado. A figura seguinte mostra um plano incli-
nado (cujo ângulo de inclinação é igual a q) e um bloco nele apoiado.
Em relação ao estudo dos planos inclinados, teremos duas situações:
com ou sem atrito.
a) Plano inclinado sem atrito: É o caso mais simples, pois atuam so-
mente duas forças sobre o bloco: Peso e Normal. Veja a figura ao lado.
Para que possamos facilitar o estudo do movimento do bloco, devemos
proceder da seguinte forma:
1. Desenhar um sistema de eixos cartesianos, fazendo com que o eixo y co-
incida com a direção da reação normal e o eixo x, com a direção do plano.
2. Efetuar a decomposição do Peso em relação aos eixos citados.
A figura seguinte mostra este procedimento.
Onde: Px = P.senq e Py = P.cosq
A primeira relação que podemos perceber é que a normal é equili-
brada pela componente y do peso, ou seja, N = Py .
No eixo x existe somente a componente Px do peso. Logo, esta
será a força resultante que atua sobre o corpo.
A aceleração a que fica sujeito um corpo qualquer em um plano
inclinado é independente de sua massa. A conclusão a que che-
gamos é que, na ausência do atrito, se dois corpos forem abando-
nados no alto de uma rampa, chegarão ao mesmo tempo (e com
a mesma velocidade) na base do plano, independente de um ser
mais pesado do que o outro.

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7 - MOVIMENTO CIRCULAR UNIFORME


Dizemos que um corpo está em Movimento
Circular Uniforme quando a sua trajetória é uma cir-
cunferência e a sua velocidade escalar é constante
ao longo do tempo.

A figura ao lado está representando a vista


superior de uma pedra amarrada por um fio e gi-
rando na horizontal em M.C.U.

Em qualquer ponto da trajetória em que o fio se


rompa, a pedra sairá tangenciando a curva, o que
nos sugere que a velocidade é tangente à tra-
jetória em todos os pontos.

Se o movimento da pedra é uniforme, então o módulo da velocidade é constante em qualquer instante de


tempo. Logo:
V1 = V2 = V3 = V4

Mesmo assim, ocorre uma variação na direção do vetor velocidade. Podemos notar que, em cada ponto, a
velocidade apresenta uma direção diferente.

Conforme já foi visto, a toda variação da velocidade podemos relacionar uma aceleração. Desta forma,
podemos concluir que o Movimento Circular Uniforme possui aceleração.

a
Quando o módulo da velocidade variar, a aceleração será chamada de tangencial ( t ) e é a aceleração que já
estudamos até aqui. Ela recebe este nome porque possui sempre a mesma direção do vetor velocidade.

Porém, se for a direção da velocidade que varia, a aceleração será chamada de centrípeta (
a c ) e tem as
seguintes características:
1 - É sempre perpendicular ao vetor velocidade.
2 - A sua direção é sempre radial, ou seja, a da linha que passa pelo centro da curva.
3 - O seu sentido é sempre para o centro.
Chamamos de aceleração vetorial à soma vetorial entre as acelerações tangencial e centrípeta.
  
a = a t + ac

Como a aceleração tangencial é sempre perpendicular à aceleração centrípeta, o módulo da aceleração


vetorial será calculado através do teorema de Pitágoras.
a = a 2t + ac2

A figura mostra os vetores velocidade e aceleração em


diversos pontos de uma trajetória circular.

O módulo da aceleração centrípeta pode ser calculado pela


seguinte expressão:
V2
ac =
R
Onde R é o raio da trajetória circular.

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7.1) Velocidade Angular (w)


Já sabemos que a velocidade é uma grandeza que mede a
rapidez com que um movimento se processa. Para o cálculo
da velocidade escalar média em um movimento circular,
devemos encontrar a medida do arco descrito pelo móvel
em um certo tempo.
A figura está mostrando um corpo que, partindo
da posição inicial, percorre um arco DS em um certo
tempo. Podemos observar que, à medida em que
o corpo se desloca, vai sendo descrito um ângulo
central Dq.

Para calcularmos a velocidade escalar média (que também será chamada de velocidade linear), devemos
efetuar a seguinte operação:
∆S
Vm =
∆t

que irá nos contar qual o espaço percorrido pelo móvel na unidade do tempo.
Porém, podemos também determinar qual é o ângulo descrito na unidade de tempo. A grandeza que irá nos
fornecer esta informação será chamada de velocidade angular (w). A sua expressão matemática será:

∆θ
ϖ=
∆t
E sua unidade no S.I. será:

[ϖ] = [∆t ] ⇒ [ϖ] =


∆θ rad
[ ] s
7.2) Período (T) e Freqüência (f)
A) Período

Todo movimento que se repete em intervalos iguais de tempo é chamado de periódico. O tempo necessário
para que o movimento se repita é denominado Período. No movimento circular, podemos dizer que o Período
é o tempo gasto por um corpo para executar uma volta completa. Qualquer unidade de tempo será, portanto,
unidade do Período.

B) Freqüência

Podemos encontrar, em um movimento periódico, o número de repetições que acontece em uma unidade de
tempo. Fazendo isto, estamos calculando a freqüência deste movimento. Para o movimento circular, dizemos
que a freqüência representa o número de voltas efetuadas pelo móvel na unidade de tempo.
A unidade da freqüência é, no S.I. : voltas por segundo = hertz (Hz)
Outra unidade utilizada é: rotações por minuto = r.p.m.
Para transformarmos estas unidades devemos utilizar a seguinte relação:

x 60
60 :

Podemos mostrar que a freqüência é o inverso do período. Matematicamente:

Observação:
1 1
f= ou T =
T f No movimento circular uniforme, o período
e a freqüência são constantes.

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8 - FORÇA CENTRÍPETA
De acordo com a 2ª Lei de Newton, podemos estabelecer que a acel-
eração centrípeta aparece em decorrência de uma força resultante
aplicada sobre o corpo que executa o M.C.U. Daremos o nome de
Resultante Centrípeta (ou Força Centrípeta) à resultante das forças
que estão sendo aplicadas sobre um corpo na direção radial (ou seja,
na direção que passa pelo centro da trajetória curva). A Força Centrí-
peta terá sempre a mesma direção e o mesmo sentido da aceleração
centrípeta. Veja figura abaixo.

Pela 2ª Lei de Newton, FC = m.aC


V2
Fc = m.
R
Veremos, nos próximos itens, algumas aplicações da força centrípeta.
a) Lombada: Um móvel, ao passar pelo ponto mais alto de uma lombada circular terá, desprezando-se os
atritos, o seguinte diagrama de forças:
Como podemos perceber, a força peso aponta para o centro da tra-
jetória, enquanto que a normal tem o sentido oposto ao do centro da
curva. Assim, o módulo do peso deve ser maior do que o da normal,
uma vez que a força resultante (centrípeta) tem que apontar para o
centro da trajetória. Para calcularmos a intensidade da resultante
centrípeta, devemos efetuar a seguinte operação:

V2
Fc = P - N = m. R

b) Depressão: Neste caso, o diagrama de forças será:


A força que aponta para o centro da curva é a normal. Logo, ela deve
ter uma intensidade maior do que a do peso. Assim, a força centrípeta
será:

V2
Fc = N - P = m. R

c) Globo da Morte: Vemos, nos circos, uma cena fantástica que se passa no Globo da Morte. Um ou vários
motociclistas efetuam voltas dentro de uma armação de metal e não caem. A mesma situação pode ser
verificada na montanha russa, nos parques de diversão. Quando o motociclista está no ponto mais alto do
globo, as forças que atuam sobre ele são:
Note que, neste ponto, o motociclista aplica, no globo, uma força vertical para
cima e, por isso, a normal sobre o motociclista é vertical para baixo.
V2
Nesta situação, a força centrípeta será: F = P + N = m. R
c
Quanto maior for a velocidade com que o motociclista passa pelo ponto mais
alto do globo, mais intensa será a força normal. Por outro lado, se a velocidade
naquele ponto for pequena, a normal também terá um módulo pequeno. Podemos
estabelecer que a velocidade mínima necessária para que o motociclista consiga
completar a volta está relacionada com uma força normal nula. Assim:
VMIN Þ N = 0 Þ Fc = P

Vmin 2
m. R = m. g Þ VMIN = R. g

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01) (UFMG) Um homem empurra um caixote para a direita, com velocidade constante, sobre a superficie
horizontal.

Desprezando-se a resistência do ar, o diagrama que melhor representa as forças que atuam no caixote é:
a) b) c) d) e)

02) Na tabela seguinte apresentamos as acelerações adquiridas por três corpos A, B e C quando sobre eles
atuam as forças indicadas.
Corpo Força (N) a (m/s2)
Podemos concluir que
A 20,0 1,0
a) mA > mB > mc c) mA > mB = mc
B 10,0 2,0 b) mA < mB < mc d) mA = mB = mc
C 4,0 0,8
03) (UNICAMP) Dois objetos A e B equilibram-se quando colocados em pratos opostos de uma balança de
braços iguais. Quando colocados num mesmo prato da balança, eles equilibram um terceiro objeto C,
colocado no outro prato. Suponha, então, que sobre uma mesa horizontal, sem atrito, uma certa força
imprima ao objeto A uma aceleração de 10 m/s2. Qual será a aceleração adquirida pelo objeto C quando
submetido a essa mesma força?
04) Imagine a seguinte situação:
Um burro se preparava para puxar uma carroça pela primeira vez. De repente o burro se dirige ao con-
dutor da carroça e diz:
– “Se eu puxar a carroça, ela me puxará com força oposta e de mesmo módulo, de tal forma que a força
resultante será igual a zero. Dessa forma, não haverá movimento. Então, eu desisto.”
O que você diria ao burro para convencê-lo de que ele está errado?
05) (UFV) Uma pessoa está sobre uma balança, que se encontra presa ao piso de um elevador. O elevador
está subindo, ao mesmo tempo que sua velocidade está sendo reduzida. Nestas condições, a balança
indicará um valor:
a) maior que o peso real da pessoa. d) que não depende da aceleração do elevador.
b) igual ao peso real da pessoa. e) que depende da velocidade do elevador.
c) menor que o peso real da pessoa.
06) (FUVEST) Um sistema mecânico é formado por duas polias ideais que suportam três corpos A, B e C
de mesma massa m, suspensos por fios ideais como representado na figura. O corpo B está suspenso
simultaneamente por dois fios, um ligado a A e outro a C. Podemos afirmar
que a aceleração do corpo B será:
a) zero d) (2g/3) para baixo
b) (g/3) para baixo e) (2g/3) para cima
c) (g/3) para cima

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07) (UFMG) Duas partículas de massas m e M estão ligadas uma à outra por uma mola de massa desprezível.
Esticando-se e soltando-se a mola de modo que apenas as forças devidas a ela atuam sobre as partícu-
am
las, o cociente da aceleração am, de m e aM, de M, é a = 2.
M
Sabendo-se que M = 1 kg, a massa m é igual a:
a) - 0,50 kg b) zero c) 2 kg d) 0,25 kg e) 0,50 kg

08) (Izabela Hendrix) Um corpo A, cuja massa é de 1 kg, é colocado sobre uma mesa e amarrado a uma
corda. A corda passa por uma roldana e está presa, na outra extremidade, a um pequeno corpo B, cuja
massa é de 0,1 kg (ver figura). As forças de atrito são muito menores do que as forças que atuam sobre
o carrinho, sendo, portanto, desprezíveis.
Ao ser puxado desta maneira, concluímos corretamente que o corpo A:
a) permanece em repouso, porque a força com que o corpo B o
puxa é menor do que o seu próprio peso.
b) se move com velocidade constante (movimento uniforme),
porque a força que atua sobre ele é constante.
c) se move com aceleração constante (movimento uniformemente
acelerado), porque a força que atua sobre ele é constante.
d) se move com aceleração constante (movimento uniforme-
mente acelerado), porque a força que atua sobre ele aumenta
constantemente.
e) tem uma pequena aceleração no início, mas depois prossegue
com velocidade constante.
09) (PUC-MG) Um corpo de peso P = 200 N está em repouso sobre a superfície plana e horizontal de uma
mesa. O coeficiente de atrito estático entre a mesa e o corpo vale 0,3. Aplica-se, sobre o corpo, uma
força F = 50 N. paralela à superficie da mesa. O corpo se mantém em repouso. Nessas condições, é
CORRETO afirmar que a força de atrito vale:
a) 15 N b) 60 N c) 40 N d) 80 N e) 50 N

10) (PUC-MG) Um corpo de peso 200 N está inicialmente em repouso sobre uma superficie horizontal. Os
coeficientes de atrito estático e cinético entre o corpo e a superficie são, respectivamente, 0,6 e 0,4.
Aplica-se sobre o corpo uma força de módulo F, também horizontal. Dos valores de F, indicados abaixo,
em newtons, assinale o mínimo valor que garante ao corpo obter movimento:
a) 80 b) 110 c) 90 d) 130 e) 10

As questões 11 e 12 referem-se ao enunciado e à figura que se seguem


Nessa figura, está representado um bloco de 2,0 kg sendo pressionado contra
uma parede com uma força F . O coeficiente de atrito estático entre esses corpos
vale 0,5 e o cinético, 0,3. Considere g = 10 m/s2.

11) (UFMG) Se F = 50 N, então a reação normal e 12) (UFMG) A força mínima F que pode ser aplicada
a força de atrito que atuam sobre o bloco valem, ao bloco para que ele não deslize na parede é
respectivamente,
a) 10 N
a) 20 N e 6,0 N b) 20 N
b) 20 N e 10 N c) 30 N
c) 50 N e 20 N d) 40 N
d) 50 N e 25 N

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As questões 13 a 15 referem-se ao seguinte enunciado:


Durante uma experiência de laboratório, um estudante de Física, utilizando a montagem descrita no desenho
abaixo, procurava mostrar a segunda Lei de Newton. Variando a massa M, colocada dentro do carrinho, ele
obteve a tabela a seguir. (O carrinho tem massa muito pequena em relação a M e g = 10 m/s2)

F(N) 0,25 0,40 0,75 1,50


M(Kg) 0,050 0,080 0,15 0,30

13) (PUC-MG) O gráfico que melhor representa a Força x Massa é:


a) b) c) d) e)

14) (PUC-MG) Com base na tabela, a aceleração provocada pela força F, no carrinho, em m/s2, é igual a:
a) 2 b) 3 c) 5 d) 8 e) 10
15) (PUC-MG) Com a finalidade de verificar a precisão do resultado obtido, o aluno mediu o ângulo A e
constatou que seu valor era muito próximo de 30°. Sabendo-se que sen 30° = 0,500 e cos 30° = 0,866,
ele concluiu, corretamente, que:
a) o valor da aceleração não depende do ângulo.
b) para o ângulo medido, a aceleração é de 10 m/s2.
c) a determinação do ângulo não serve para aferir o resultado da experiência.
d) o resultado da experiência foi satisfatório.
e) os erros, cometidos durante o procedimento, determinaram um resultado inaceitável.
 
16) (UFMG) Quando um carro se desloca numa estrada horizontal, seu peso P é anulado pela reação normal N
exercida pela estrada. Quando esse carro passa no alto de uma lombada, sem perder o contato com a pista,
 
como mostra a figura, seu peso será representado por P e a reação normal da pista sobre ele por N .

Com relação aos módulos destas forças, pode-se afirmar


que
a) P’ < P e N’= N c) P’= P e N’ < N
Lombada b) P’ < P e N’ > N d) P’ = P e N’ > N

17) (UFMG) Seja P o ponto mais alto de um “looping” em uma montanha russa. Imagine um carrinho que
passa pelo ponto P e não cai. Pode-se afirmar que, no ponto P
a) a força centrífuga que atua no carrinho o empurra sempre para a frente.
b) a força centrípeta que atua no carrinho equilibra o seu peso.
c) a força centrípeta que atua no carrinho mantém a sua trajetória circular.
d) a soma das forças que o trilho faz sobre o carrinho equilibra o seu peso.
e) o peso do carrinho é nulo nesse ponto.
18) (Univ. Rio de Janeiro) - Dois blocos A e B, cujas massas são mA e mB (mA menor que mB),unidas por
uma barra ideal deslizam com atrito desprezível sobre um plano inclinado no Laboratório.
Sendo a resistência do ar desprezível, nas condições desta experiência, o que podemos afirmar sobre
a tensão na barra?
a) a tensão é nula.
b) a barra está comprimida, sendo sua tensão proporcional a mB - mA.
c) a barra está comprimida, sendo sua tensão proporcional a mB + mA.
d) a barra está distendida, sendo sua tensão proporcional a mB - mA.
e) a barra está distendida, sendo sua tensão proporcional a mB + mA.

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19) (UFMG) Duas esferas se movem em linha reta 22) (UFMG) O gráfico abaixo representa a posição
e com velocidades constantes ao longo de uma de uma partícula que se movimenta em linha
régua centimetrada. Na figura estão indicadas reta em função do tempo.
as velocidades das esferas e as posições que De acordo com a análise do gráfico, podemos
ocupavam num certo instante. afirmar que a velocidade da partícula no instante
60 s vale, em m/s:
a) 5,0
b) 10
c) 15
d) 20

As esferas irão colidir na posição correspon- e) 50


dente a:
a) 15 cm c) 18 cm e) 22 cm
b) 17 cm d) 20 cm
Instrução: As questões 23 e 24 referem-se ao
20) (UFMG) Uma pessoa passeia durante 30 minu-
enunciado e à figura seguintes:
tos. Neste tempo ela andou, correu e parou por
alguns instantes. O gráfico que representa o seu O gráfico abaixo representa a velocidade em
movimento está descrito abaixo: função do tempo de uma partícula que se des-
loca em linha reta.

As regiões 1, 2, 3 e 4 do gráfico podem ser


relacionadas respectivamente com: 23) (UFMG) Quanto à aceleração, a, da partícula,
a) andou (1), correu (2), andou (3) e parou (4) a afirmação CERTA é:
b) correu (1), andou (2), parou (3) e andou (4) a) a = 0 entre 2 e 4 s.
c) andou (1), correu (2), parou (3) e andou (4) b) a > 0 entre 0 e 3 s e a < 0 entre 3 e 6 s
d) correu (1), andou (2), parou (3) e parou (4)
c) a < 0 entre 0 e 3 s e a > 0 entre 3 e 6 s
21) (PUC-MG) O movimento de um móvel é descrito
d) a é constante não nula entre 0 e 4s.
pelo gráfico: distância percorrida em função do
tempo. Como você pode observar, o gráfico e) a = 0 em t = 3 s.
consta de dois trechos distintos, I e II.
24) (UFMG) Quanto ao deslocamento da partícula,
Dessa observação, é correto afirmar que:
a afirmação CERTA é:
a) o módulo do deslocamento entre 0 e 1s é igual
ao módulo do deslocamento entre 5 e 6s.
b) o módulo do deslocamento sempre cresce
com o tempo.
c) o módulo do deslocamento sempre decresce
a) o móvel apresentou a mesma velocidade con- com o tempo.
stante, durante todo o intervalo de 5,0 s. d) seu deslocamento total (entre 0 e 6s) é dife-
b) a velocidade do móvel não foi constante em rente de zero.
nenhum dos dois trechos.
c) somente no trecho I a velocidade foi constante. e) o deslocamento da partícula entre 0 e 1s é
d) a velocidade foi constante somente no trecho II. igual ao deslocamento entre 3 e 4s.
e) a velocidade do corpo foi constante tanto em I
quanto em II, porém com valores diferentes.

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25) (PUC-MG) Um trem desloca-se entre duas esta- 29) (PUC-MG) Um carro, em movimento, encontra-
ções por uma ferrovia plana e retilínea. Ele parte se a uma distância D de um sinal de trânsito, que
do repouso e acelera 0,5 m/s2 durante 40 s. Em indica trânsito impedido. A partir desse instante,
seguida, mantém a velocidade constante durante o seu movimento é descrito pelo gráfico abaixo.
120 s, para então ser freado com aceleração de É correto afirmar:
módulo 0,5 m/s2 até parar. O gráfico que melhor
representa o movimento do trem é:
a) b)

c) d)

a) o semáforo permaneceu fechado por 10 s.


e) b) o carro permaneceu parado por 30 s.
c) o módulo da desaceleração do carro é
V
m / s2
30
Esta explicação refere-se aos testes de números d) no intervalo de tempo de 10 s a 30 s, o carro teve
26 a 28. velocidade constante e diferente de zero.
Um móvel tem movimento retilíneo a partir do e) a distância D é numericamente igual a 5V.
repouso. O gráfico de sua aceleração em função
do tempo decorrido a partir do instante de partida 30) (UFMG) Um balão está subindo com uma velo-
é dado pela figura abaixo. cidade constante de 5 m/s. Em dado instante,
solta-se um saco de areia que se encontrava
preso à lateral externa desse balão. Para um
observador na Terra, a partir deste instante e até
o saco de areia chegar ao chão, o movimento
dele, desprezando-se a resistência do ar, será:
a) apenas uniforme, com velocidade igual a 5 m/s.
b) apenas uniformemente acelerado, com uma
aceleração maior do que a aceleração da
26) (CESCEA) Depois de 8,0 s sua velocidade gravidade.
vale:
c) apenas uniformemente acelerado, com uma
a) 12 m/s d) 16 m/s aceleração menor do que a da gravidade.
b) zero e) n.r.a. d) inicialmente uniforme e, depois, uniforme-
c) 22 m/s mente acelerado.
27) (CESCEA) Em que trecho a velocidade do corpo e) uniformemente retardado e, depois, unifor-
diminui com o tempo? memente acelerado.
a) no trecho I - II 31) (UFMG) Um menino atira, simultaneamente,
b) no trecho III - IV duas bolas, A e B, verticalmente para cima.
c) nenhum A velocidade inicial das duas bolinhas são,
d) sempre respectivamente iguais a 10 m/s e 5 m/
s. Despreze a resistência do ar e adote
e) n.r.a.
g = 10 m/s2. A razão entre a altura máxima
28) (CESCEA) No intervalo de tempo I a II, qual atingida pela bola A e a altura máxima atingida
foi o espaço percorrido? pela bola B vale:
a) 24 m d) 4 m a) 2 d) 16
b) 8 m e) 2 m b) 4 e) 20
c) 12 m
c) 8

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32) (CESGRANRIO) Uma torneira deixa pingar 35) (PUC-MG) A figura seguinte representa uma
gotas de água em intervalos iguais de tempo. A polia girando em torno do seu eixo O.
figura mostra quatro dessas gotas e as distân-
cias entre elas.
4
30 cm Desprezando-se a resistência -----•---•
3 do ar, podemos afirmar que a A B
50 cm distância (h) entre a gota 1 e
2
a gota 2 vale:
h
1 Os pontos A e B mostrados têm velocidades
VA e VB. A opção que apresenta a relação cor-
a) 20 cm c) 70 cm e)90 cm reta entre v, w e R é:
b) 60 cm d) 80 cm a) VA < VB e wA > ωB
33) (UFMG) Um pequeno objeto arremessado da VA R A
extremidade de uma mesa, com uma velocidade =
VB R B
inicial horizontal, cai sob a ação apenas da força b) e wA = wB
da gravidade. Sobre o movimento desse objeto, c) VA > VB e wA = wB
é correto afirmar:
d) VA wA = VB wB e RA = RB
a) não possui nem aceleração centrípeta nem
aceleração tangencial, porque são anuladas e) VA > VB e wA > wB
pela aceleração da gravidade.
36) (PUC-MG) Uma partícula descreve uma trajetória
b) possui aceleração centrípeta e aceleração circular com velocidade escalar constante de
tangencial, porque variam tanto o módulo 30 m/s. O raio da circunferência é de 100 m.
quanto a direção de sua velocidade. A aceleração vetorial da partícula:
c) possui apenas aceleração centrípeta, porque a) é dirigida para o centro.
somente a direção de sua velocidade sofre
b) é nula.
variação.
c) é paralela ao vetor velocidade.
d) possui apenas aceleração centrípeta, porque
somente o módulo de sua velocidade sofre d) é tangente à trajetória.
variação.
e) tem por módulo 0,3 m/s2.
e) possui apenas aceleração tangencial, porque
a direção de sua velocidade sofre variação. 37) (PUC-MG) Um menino gira uma pedra presa
à extremidade de um barbante, em um M.C.U.
34) (UFMG) As figuras a seguir representam as com velocidade angular de 16 rad/s. e raio igual a
posições de quatro partículas medidas em iguais 50 cm. Em certo momento, o barbante se rompe
intervalos de tempo. e a pedra é lançada verticalmente para cima.
A altura máxima que a pedra atinge, acima do
ponto de lançamento, é de:
I
a) 0,4 m c) 2,4 m e) 4,0 m
II

III
b) 1,6 m d) 3,2 m

38) (UFMG) Uma partícula descreve uma trajetória


circular de raio R, com velocidade escalar V.
IV
Se o raio é aumentado para 2R e a velocidade
para 3V, a relação entre as acelerações centrí-
petas antes e depois é:
1 3 9
a) 3 c) 5 e) 5
Dos movimentos descritos acima, são acelera-
dos:
2 4
a) apenas I, II e III c) apenas III e IV
b) 9 d) 9
b) apenas II, III e IV d) apenas II e IV
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VETORES
1 - VETORES

a) Grandezas Escalares e Vetoriais


Uma grandeza física é tudo aquilo que pode ser medido.
Se a grandeza ficar bem entendida somente com o conhecimento de seu valor numérico (módulo) e da sua
unidade (se houver), chamaremos esta grandeza de ESCALAR. O tempo, a massa de um corpo, a energia
e o espaço percorrido por um móvel são grandezas escalares.
Por outro lado, se além do módulo e da unidade uma grandeza física necessitar de uma direção e de um
sentido para ser bem compreendida, será chamada de VETORIAL. A velocidade, a aceleração e o desloca-
mento são exemplos de grandezas vetoriais.

b) Vetor
Para que possamos representar geometricamente uma grandeza
vetorial, vamos utilizar um ente matemático chamado vetor. O vetor
é um segmento de reta orientado como o mostrado na figura.
A inclinação do vetor (ângulo a) determina a direção da gran-
deza que ele representa, a seta representa o sentido e o ta-
manho é proporcional ao módulo da grandeza. Utilizamos uma
letra do alfabeto afetada por uma seta sobre a mesma para
representarmos um vetor.

Para representar-
mos o módulo de um vetor, utilizaremos a seguinte notação:

a a
ou
Observação:
 
a = 5
1 - É um grande erro escrever a = 5 . O correto seria ou a = 5 .
2 - Um vetor tem uma origem e uma extremidade.

3 - Somente poderemos dizer que dois vetores são iguais quando eles possuírem mesmo módulo, mesma
direção e mesmo sentido.

c) Adição de Vetores
c.1) Método do Polígono
Imagine que queiramos somar os três vetores Pelo método do polígono, vamos enfileirando os ve-
abaixo. tores, tomados ao acaso, fazendo coincidir a origem
de um vetor com a extremidade do anterior. Veja:

Física - M1 29
30 cor preto

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O vetor soma (ou resultante) terá origem na origem do primeiro e extremidade na extremidade do último
vetor.

Apesar de este método ser gráfico, podemos identificar o módulo do vetor resultante.
c.2) Método do Paralelogramo

Este método somente pode ser empregado para Inicialmente devemos fazer coincidir as origens dos
se somar vetores dois a dois. Vamos somar os dois dois vetores.
vetores da figura seguinte:

Note que os dois vetores formam entre si um ângulo q. O vetor soma (resultante) terá origem na origem
A partir da extremidade de um dos vetores, traçamos comum dos dois vetores e extremidade no encontro
uma reta paralela ao outro. das paralelas traçadas.

O módulo do vetor resultante será dado por: R= a 2 + b 2 + 2. a. b.cos θ

Observações:
1 - Quando q = 0º :
Vetores com mesma direção e sentido.
3 - Quando q = 90º :
R=a+b
Esta é a maior resultante entre dois vetores. R = a2 + b2
2 - Quando q = 180º :
Vetores com mesma direção e sentidos opostos. Vetores perpendiculares entre si.

R = a - b (se a > b)
Esta é a menor resultante entre dois vetores.

d) Subtração de Vetores

d.1) Vetor Oposto (Simétrico)

Na figura abaixo, estamos apresentando um vetor



qualquer a .  
Definiremos como sendo o vetor oposto (representação: − a ) de a , um vetor que
 
tenha mesmo módulo a , mesma direção de a

e sentido oposto ao de a .
A figura nos mostra o vetor original e o seu
oposto.

30 Física - M1
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d.2) Método de Subtração   


    
A partir de dois vetores, a e b , devemos determinar R = a − b . Note que
R =a+ −b ( )
, ou seja, a subtração
entre dois vetores é, na verdade, a soma do primeiro vetor com o oposto do segundo.
 
Em termos práticos,podemos dizer que, para subtrairmos os vetores a e b (nesta ordem), devemos inverter
o sentido do vetor b e efetuar uma adição, utilizando, para isto, um dos métodos estudados.

e) Decomposição de Vetores
Anteriormente, através da soma ou composição, obtínhamos um único vetor a partir de dois outros. Agora,
pela decomposição, a partir de um vetor podemos obter dois outros.
Estudaremos a decomposição de um vetor em componentes ortogonais.

Seja um vetor v inclinado de um ângulo a em relação à horizontal, como mostra a figura.


Para efetuarmos a decomposição do vetor v devemos, inicialmente, traçar um sistema de eixos cartesianos
de tal forma que a sua origem coincida com a do vetor.

Da extremidade do vetor v desenhamos duas retas, uma
paralela ao eixo x e outra paralela ao eixo y.
As interseções entre as retas desenhadas e os eixos car-
tesianos determinam as componentes ortogonais do

vetor v .
Podemos entender estas projeções como sendo “pedaços”

do vetor v desenhados nos eixos cartesianos.
Os módulos destas componentes são: VY
sen α = ⇒ VY = V. sen α
V
V
cos α = X ⇒ VX = V.cos α
V

2 - COMPOSIÇÃO DE MOVIMENTOS
Sabemos que o movimento de um corpo deve ser estudado em relação a um
determinado referencial. É possível que o mesmo movimento seja visto por
dois referenciais em situações diferentes.
Imagine o caso de um trem em movimento uniforme sobre uma estrada retilínea

com uma velocidade v (em relação à Terra). Dentro do trem, uma partícula se
desloca obliquamente com uma velocidade u (em relação ao trem). A figura
mostra uma visão superior do fenômeno.

Queremos determinar a velocidade da partícula em relação à Terra. Para isso


devemos efetuar a composição (soma) de velocidades, lembrando que a ve-
  
locidade resultante V = v + u será:

a) Travessia de Rios
Um caso em que a composição de velocidades é aplicada é o de travessia de
rios. Observe a figura ao lado:

V
Na figura: c = velocidade da correnteza (em relação à Terra).

Vb = velocidade própria do barco (em relação à água).

Física - M1 31
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Queremos encontrar a velocidade do barco em relação à Terra. Para isso, basta efetuarmos a soma
  
V = Vc + Vb .

Há duas situações interessantes a respeito da travessia de rios.


a.1) Tempo Mínimo para a Travessia
Para que o tempo de travessia seja mínimo, a velocidade própria do barco deve ser orientada perpendicu-
larmente às margens.
Assim, a trajetória do barco será oblíqua em relação às margens (seguirá a orientação de sua velocidade
resultante).
Neste caso, o módulo da velocidade do barco em
relação à Terra será:
V = Vb2 + Vc2

Sendo L a largura do rio, o tempo de travessia de-


penderá exclusivamente da velocidade própria do
barco (que é a velocidade direcionada para atraves-
sar o rio). O tempo mínimo poderá ser calculado
pela expressão:
L
t MIN =
Vb

a.2) Trajetória Mínima na Travessia

A velocidade própria do barco deve ser orientada de tal forma que a travessia
seja perpendicular às margens.
A componente da velocidade própria do barco na direção da correnteza
tem o mesmo valor que Vc . Assim, a velocidade resultante em relação às
margens será igual à componente da velocidade própria do barco na direção
perpendicular às margens.
O tempo gasto na travessia (sendo L a largura do rio) será: L
t=
V

Neste caso, o tempo de travessia será maior do que o do caso anterior.

Observações:

1 - Quando o barco simplesmente desce o rio (viaja a favor da correnteza), a sua velocidade resultante
será V = Vb + Vc .
2 - Para o barco que sobe o rio (viaja contra a correnteza), a sua velocidade resultante será V = Vb − Vc

32 Física - M1
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1) (UCS) Uma pessoa sai de sua casa e percorre 5) Um barco, com velocidade v , quer atravessar

as seguintes distâncias em qualquer ordem um rio, cuja velocidade da correnteza é u . Su-
possível: ponha v > u. Sobre este movimento podemos
I) 30 metros para leste; afirmar:
II) 20 metros para norte; a) o tempo de travessia será mínimo se o barco
III) 30 metros para oeste. orientar-se de tal maneira que a travessia se
No final das três caminhadas, a distância a que faça normalmente às margens.
ela se encontra do ponto de partida é: b) conforme a orientação do barco, a com-
ponente de sua velocidade resultante, na
a) 80 m c) 20 m e) 60 m direção normal às margens, poderá ser
b) 50 m d) 40 m superior a v.
  c) conforme a orientação do barco, a com-
2) Qual é a relação correta entre os vetores M , N , ponente de sua velocidade resultante, na
 
P e R , representados a seguir? direção da corrente, poderá ser nula.
d) quando o barco orienta sua velocidade v
normalmente às margens, ele vai percorrer o
menor caminho possível na travessia.
e) a maior velocidade resultante que o barco
conseguirá dar-se-á quando ele se orientar
normalmente às margens.

6) (UFJF) Um barco percorre a largura de um rio AB


     igual a 2 km, em 30 min. Sendo a velocidade da
a) M + N+ P + R = 0 correnteza igual a 3 km/h, temos para a velocid-
    ade do barco em relação à correnteza:
b) P+ M = R+ N
    a) 5 km/h
c) P+ R = M + N
b) 1,5 km/h
   
d) P- R = M - N c) 10 km/h
    d) 50 km/h
e) P + R + N=M
e) n.r.a.
3) (UEL-PR) Um navio sofre deslocamentos suces-
sivos de 6,0 km de norte para sul e 8,0 km de 7) (MACK) Um passageiro em um trem, que se
leste para oeste. O deslocamento vetorial do move para sua direita em movimento retilíneo
navio tem módulo: e uniforme, observa a chuva através da janela.
a) 2,0 km c) 10 km e)48 km Não há ventos e as gotas de chuva já atingiram
sua velocidade limite (elas caem com velocidade
b) 7,0 km d) 14 km
constante). O aspecto da chuva observado pelo
passageiro é:
4) Um barco descendo um rio, cuja correnteza se
desloca a 10 km/h, gasta 6,0 h para viajar de
a) b) c)
uma cidade a outra, situadas na mesma mar-
gem, e distanciadas em 180 km. Quanto tempo
o barco gastaria para fazer esta mesma viagem
se não existisse correnteza?
d) e)
a) 20 h c) 12 h e) 6,0 h
b) 18 h d) 9,0 h

Física - M1 33
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8) Um navio desloca-se na direção norte-sul com movimento retilíneo e uniforme de velocidade 10 m/s. Um
passarinho, pousado numa das paredes do navio, levanta vôo na direção leste-oeste, com velocidade
constante de 20 m/s, em relação ao navio. Para um observador parado, no navio, o pássaro:

a) voa na direção leste-oeste, com velocidade 500 m / s .


b) voa na direção aproximada de sudoeste, com velocidade 500 m / s .

c) voa na direção leste-oeste, com velocidade 20 m/s.


d) voa aproximadamente na direção noroeste, com velocidade 20 m/s.
e) voa com direção e velocidade não identificáveis com as respostas anteriores.

9) (Taubaté) Um homem cai, à velocidade de 10 m/s, sobre um vagão de trem que corre à velocidade de
72 km/h (veja a figura seguinte).

Qual dos vetores abaixo melhor representa a velocidade do homem em relação ao vagão?

a) b) c)

d) e)

34 Física - M1
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ESTÁTICA DE CORPOS RÍGIDOS


1 - INTRODUÇÃO
Estática é a parte da Física que estuda as condições de equilíbrio estático dos corpos extensos e pontos
materiais.
Nós já estudamos a 1ª Lei de Newton que trata do equilíbrio de pontos materiais (corpos cujas dimen-
sões são desprezíveis). Esta Lei diz que se a resultante das forças que atuam em uma partícula for
nula, então esta partícula estará em repouso (equilíbrio estático) ou em movimento retilíneo uniforme
(equilíbrio dinâmico).
Um ponto material não possui movimento de rotação apreciável, o que simplifica em muito o estudo do
seu equilíbrio, pois tudo o que devemos verificar é o seu movimento de translação.
Agora, imagine que você quer estudar o equilíbrio de um poste, por exemplo. Neste caso temos um corpo
extenso, que possui um certo tamanho a ser considerado. E fácil notar que o poste estando em equilíbrio,
não terá movimentos de translação ou rotação acelerados.
O que vai ser desenvolvido neste capítulo visa estudar as condições de equilíbrio para os corpos extensos.

2 - MOMENTO DE UMA FORÇA (M)


Uma força aplicada a um corpo pode produzir nele uma rotação quando possui uma componente perpen-
dicular ao seu eixo de rotação. Essa característica pode ser encontrada no nosso dia-a-dia. Por exemplo,
ao fechar uma porta, você a empurra (aplica uma força) em uma direção praticamente perpendicular à sua
área. Verifica-se, também, que quanto mais distante da dobradiça você aplicar a força, mais facilmente
a porta efetuará o movimento de rotação.
No caso do exemplo citado acima, dizemos que a força que foi aplicada na porta cria um momento (M)
que é responsável pelo movimento de rotação da porta.
A figura seguinte mostra uma barra que está presa a uma parede por meio de uma dobradiça móvel.
Como o peso da barra é vertical para baixo1, podemos dizer que a sua
tendência é girar no sentido horário em relação ao ponto O. Em outras
palavras, o peso gera um momento no sentido horário que fez com que
a barra adquira um movimento de rotação acelerado.
Se quisermos manter a barra em repouso na posição horizontal, de-

vemos aplicar uma força F que tenha uma componente perpendicular
à barra para gerar um momento no sentido anti-horário de igual inten-
sidade ao momento criado pelo peso da barra.
E fácil notar que o esforço para sustentar a barra será menor se a força
for aplicada à direita do seu peso. Há muito tempo atrás, Arquimedes
já dizia: “Dê-me uma alavanca e um ponto de apoio que eu moverei
a Terra!”
O próximo esquema servirá de base para que possamos definir
matematicamente o momento de uma força. Nele, uma força é aplicada
na barra que está presa a parede.
Esta força comprime a barra contra a parede (por causa de sua com-

ponente F .cos q) e, ao mesmo tempo, tende a girar a barra no sentido

anti-horário (pela ação da componente F .sen q). A distância  é medida
do ponto de aplicação da força até ao ponto de rotação da barra.
A definição do Momento de uma força leva em consideração opera-
ções que não serão estudadas no Ensino Médio e, por isto, vamos
apresentar simplesmente a maneira de se calcular o módulo desta
grandeza, que é: M = (F.sen q)  , onde o termo (F.senq) representa a
componente da força que é perpendicular a distância .
1Toda vez que tivermos um corpo homogêneo iremos considerar que o seu peso é aplicado exatamente em seu centro
geométrico.

Física - M1 35
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Uma outra maneira de se escrever esta expressão é: M = F(  .senq)


O termo (  .senq) é a componente da distância perpendicular à força aplicada e se chama braço. Note bem
que para calcularmos o momento, a força e o braço devem ser perpendiculares, mas tanto faz decompor a
força ou a distância. A unidade do momento no Sl é:
[M] = [F]. [  ] = newton x metro = N. m
CUIDADO!: Esta unidade NÃO é igual à do trabalho (N.m = joule) apesar de ambas representarem a mesma
combinação de unidades.
Quando várias forças são aplicadas em um mesmo corpo, podemos calcular o Momento Resultante. Para
isto, devemos seguir a seguinte seqüência:

A - Escolher um ponto de rotação, em relação ao qual serão calculados os momentos.


B - Calcular isoladamente o momento de cada força aplicada em relação ao ponto escolhido, most-
rando qual a tendência de rotação.
C - Somar todos os momentos: gerados no sentido horário.
D - Somar todos os momentos gerados no sentido anti-horário.
E - Efetuar a subtração do momento total no sentido horário pelo momento total no sentido anti-horário
(ou vice-versa, dependendo de qual for maior).

O Momento Resultante terá o valor encontrado no item E e o seu sentido (horário ou anti-horário) será igual
ao sentido do momento total maior.

3 - CONDIÇÕES DE EQUILÍBRIO
Um corpo extenso que possui um momento resultante diferente de zero, apresentará um movimento de
rotação em que o módulo da velocidade varia. Já vimos que a intensidade desse momento resultante é o
módulo da diferença entre o momento total no sentido horário e o momento total no sentido anti-horário.
Para que um corpo extenso qualquer fique em equilíbrio estático é necessário que ele não possua movi-
mento nem de translação, nem de rotação. As duas condições de equilíbrio podem, então, ser expressas
da seguinte forma:
1ª) FR = 0
2ª) MR = 0

01) (UFV) Uma pessoa pretende utilizar um pé-de- 02) (UFV) Uma carga de 450 N está presa a uma
cabra para arrancar um prego. Dos cinco vetores roldana por meio de uma corda, conforme mostra a
representados na figura, o que corresponde à figura seguinte. A força, P, necessária para manter o
menor força necessária à tarefa é: braço, AB, na posição horizontal, em Newtons, é:
a) F2 a) 150
b) 1350
b) F1
c) 450
c) F3 d) 300
e) 900
d) F5

e) F4

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03) (UFMG) A figura mostra duas cargas positivas, Q e Qx, de massas desprezíveis colocadas sobre os
braços de mesmo comprimento de uma balança
 nas distâncias indicadas. A balança está em uma região
onde existe um campo elétrico uniforme E na direção mostrada.
Para que a balança fique em equilíbrio na horizontal, pode-se afirmar que o valor de Qx, será igual a:

a) Q/3
b) Q
c) 3Q
d) 9Q

04) (PUC-MG) Dois meninos A e B, de 40 kg e 30 kg , respectivamente, estão brincando numa gangorra


conforme desenho abaixo.
Eles querem equilibrar a gangorra de maneira que
O M eles fiquem nas extremidades. Para isso, podem
usar uma ou mais pedras disponíveis no jardim. Se
a posição a ser usada for o ponto médio de OB,
uma das possibilidades é usar:
a) apenas uma pedra de 10 kg
b) três pedras de 5,0 kg e uma de 10 kg
c) duas pedras de 5,0 kg, uma de 8,0 kg e duas de 2,0 kg
d) uma pedra de 10 kg, uma de 8,0 kg e uma de 5,0 kg
e) duas pedras de 8,0 kg e duas de 2,0 kg

05) (PUC-MG) Uma lanterna, de peso P, está presa a um sistema, constituído por uma corrente e uma haste,
presas a uma parede, como mostra a figura. O ângulo entre a corrente e a parede vale 45°. Considerando
a lanterna em equilíbrio, o valor da força F que atua na haste é:

2
sen 45 o = c os 45 o = a) 2P d) P
2
P
45 o
b) 2.P e) 2

P 2
c) 2

06) (MACKSP) Na figura abaixo, os fios e as polias são ideais; AB é uma barra homogênea, tem secção
transversal constante e seu peso é de 10 N. A relação entre os pesos dos corpos X e Z, respectivamente
PX e PZ, que fazem com que a barra AB fique em equilíbrio
segundo a horizontal, é:

a) PX = (7/10).PZ d) PX= 3 PZ
b) PX = PZ e) PX = 7 PZ
Z
c) PX= (10/7).PZ
X Y

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DINÂMICA – TRABALHO, POTÊNCIA E ENERGIA


1 - INTRODUÇÃO
Quando lançamos um corpo verticalmente para cima, podemos calcular, através das equações da Cin-
emática, a sua altura máxima. Ao estudarmos o movimento de um carro que é freado em uma estrada
horizontal, temos condições de calcular a distância por ele percorrida até parar. Para isto, utilizamos a
Lei de Newton e a equação de Torricelli.
Neste capítulo veremos uma maneira nova de resolver os problemas citados no parágrafo anterior. Esta
nova abordagem a problemas da Mecânica será, para nós, de grande valia pois irá simplificar a obtenção
de resultados.
O objetivo principal deste capítulo é estudar a energia. Apesar de ser intuitivo, o conceito de energia é
um dos mais importantes nas ciências físicas. Podemos dizer que, quando um corpo qualquer possui
energia, ele estará em movimento ou terá condições de entrar em movimento.
Começaremos o estudo do capítulo investigando o conceito de trabalho . Em seguida , entenderemos a
potência e, logo após, estudaremos a energia mecânica e as condições para que ela se conserve.

2 – TRABALHO (W. t)
O motor de um carro, através da queima do combustível nos pistons, consegue aplicar uma força no
automóvel que, por sua vez, produz um certo deslocamento. Note que existe transformação de energia
– a energia química armazenada no combustível se transforma em energia de movimento para o carro.
A medida desta transformação de energia será definida como sendo o trabalho realizado pelo motor.
A geração de energia elétrica em usinas hidrelétricas é um outro exemplo muito conhecido que pode ser
citado. A água armazenada na represa possui energia. Quando ela desce pela tubulação da usina, faz
girar o dínamo e, através deste processo, a energia elétrica será gerada.
Os dois processos citados serão estudados com mais detalhes nos capítulos sobre Termodinâmica e
Eletromagnetismo, respectivamente.
A partir deste ponto, vamos definir matematicamente
 o trabalho. A próxima figura mostra um bloco que
F
sofre a ação de uma força constante inclinada em relação ao deslocamento.


O trabalho realizado pela força F é:
W = F.d.cosq
Note que, para uma força realizar trabalho é necessário
que haja deslocamento e, além disso, a força deve ter uma
componente na direção do deslocamento (a força não pode
ser perpendicular ao deslocamento).
Portanto, uma pessoa que passe o dia inteiro segurando uma pedra a 2,0 metros de altura não realiza
trabalho algum. Mesmo se esta pessoa transportar a pedra, na horizontal, com velocidade constante, o
trabalho será nulo, uma vez que a força aplicada é vertical e o deslocamento horizontal
A unidade do trabalho no S.l.: [W] = [F] . [d] = N . m = joule (J)
Observação:
A unidade do trabalho é a mesma de qualquer forma de energia, já que, conceitualmente, o trabalho
representa a medida da transformação da energia.

a) Gráfico F x d: Quando uma força variar ao longo do deslocamento,


a única maneira de se calcular o trabalho por ela realizado é através
da área sob o gráfico F x d. Para tal, iremos considerar que F repre-
senta a projeção da força na direção do deslocamento.
b) Trabalho da força resultante: Imagine um sistema composto por
várias forças aplicadas a uma partícula. Cada uma, isoladamente,
realiza um trabalho.
O trabalho da força resultante (ou trabalho resultante) é a soma algébrica dos trabalhos realizados por cada força.

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3 - POTÊNCIA MÉDIA (Pm)


Em algumas situações é importante sabermos a taxa de realização de trabalho (transformação de energia)
em uma certa unidade de tempo.
Para descobrirmos esta taxa dividimos o valor da energia que é transformada pelo intervalo de tempo gasto no
W
processo. Ao resultado desta operação, chamamos de potência média. Matematicamente, temos: Pm = ∆t
[W ] J
A unidade S.l. desta grandeza é: [P] = [ ∆t ] = s = watt (W)
Existem duas outras unidades que são: cavalo-vapor (cv) Þ 1 cv = 735W
horse-power (hp) Þ 1 hp = 746W
Observação: Uma unidade de energia muito utilizada na prática é o quilowatt-hora (kwh). Esta unidade
é definida a partir da relação estudada neste item. Se a potência estiver expressa em watt e o tempo em
segundo, a unidade do trabalho (ou energia) será o joule. Porém, se a potência estiver em quilowatt e o
tempo em horas, teremos o trabalho (ou a energia) em quilowatt-hora. Veja:
[W] = [P].[Dt] = W.s = joule (J)
[w] = [P] . [Dt] = kW.h
A relação entre estas duas unidades é a seguinte: 1 kW.h = 1000 W . 3600 s = 3,6 x 106 J

4 – ENERGIA MECÂNICA (EMEC)


Em nosso cotidiano lidamos com vários tipos de energia. A energia elétrica é transformada em energia
térmica em um chuveiro e em energia sonora em um auto-falante. A energia luminosa é transformada em
energia elétrica em uma bateria solar. A energia nuclear é transformada em térmica e, depois, em elétrica
em uma usina nuclear. São vários os exemplos em que diversas formas de energia estão em jogo.
De uma maneira geral, podemos dizer que a quantidade de energia presente no universo é constante, ou seja, a
energia não pode ser criada ou destruída, simplesmente ela sofre transformação de uma forma para outra.
Iremos estudar uma forma específica de energia chamada Energia Mecânica. Este tipo de energia é a soma de
dois outros tipos: energia cinética e energia potencial mecânica. Veremos, a seguir, estes tipos de energia.
a) Energia Cinética (Ec): Esta é a forma de energia dos corpos em movimento. Um corpo terá energia ci-
nética quando apresentar uma certa velocidade, em relação a um referencial. A sua expressão matemática
m. V 2
é: Ec = 2
a.1) Teorema Trabalho-Energia: Uma partícula que sofre a ação de uma força resultante certamente verificará
uma variação em sua velocidade. A esta variação podemos relacionar uma modificação na sua energia cinética.
Diremos que o trabalho realizado pela força resultante é igual à variação da energia cinética da partícula.
A figura seguinte mostra a força resultante que atua em uma partícula de massa m, inicialmente com uma ve-
locidade V0. Por causa desta força, a sua velocidade passa a ter um valor V após um deslocamento d. Veja.

O trabalho realizado pela força resultante F é:
W = F.d.cos 0°
mas, pela 2ª Lei de Newton, F = m.a.
Assim, W = m.a.d ; utilizando a equação de Torricelli,
V 2 − V02
V2 = V 2 + 2.a.d Þ a.d = 2
0

V − 2
V02 
Substituindo na expressão do trabalho, W = m.   m. V 2 m. V02
 2 
Que irá resultar na seguinte relação: WFr = DEc = 2 - 2

O trabalho da força resultante sobre um móvel é igual à variação da sua energia cinética.

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b) Energia Potencial (Ep): Quando a energia está acumulada em um certo corpo, ela recebe o nome de
potencial. Assim, temos energia potencial elétrica, química, magnética, etc. Podemos estabelecer que para
toda força conservativa haverá uma energia potencial a ela relacionada.
Vamos estudar as formas de energia potencial mecânica. Existem duas situações que irão nos interessar: energia
potencial gravitacional (relacionada com a força peso) e energia potencial elástica (relacionada com a força elástica).
b.1) Energia Potencial Gravitacional: Imagine que um corpo foi levado do solo até uma certa altura h.
Nesta situação, podemos dizer que este corpo possui uma certa
energia guardada (potencial), uma vez que o seu peso é capaz de
realizar um trabalho para trazê-lo de volta ao solo. Na verdade, esta
energia foi acumulada pelo corpo por causa do trabalho realizado
para colocá-lo na altura h.
A energia potencial gravitacional é igual ao trabalho realizado pelo
peso durante o deslocamento da altura h até o solo (que será o nosso
nível de referência).
Epg = WP = P.h
Epg = m.g.h
b.2) Energia Potencial Elástica: Uma mola deformada é capaz de empurrar um certo bloco. Note que, neste
caso, a mola irá aplicar uma força no bloco que produzirá um deslocamento. Logo, esta mola, quando estiver
comprimida ou distendida, será capaz de realizar um trabalho. Isto significa que ela possui uma energia
acumulada. Esta energia chamaremos de energia potencial elástica.
De maneira semelhante ao que ocorre com a gravitacional, a energia potencial elástica é igual ao trabalho
realizado pela força elástica para voltar à posição inicial.
k. x 2
Epe =
2
c) Energia Mecânica ( EMEC): Como já vimos, a energia mecânica é a soma das energias cinética e potencial, ou seja:
EMEC = Ec + Ep

5 – CONSERVAÇÃO DA ENERGIA MECÂNICA


As forças podem ser classificadas em conservativas e não-conservativas. Uma determinada força é con-
servativa quando o trabalho que ela realiza não depende da trajetória. As forças elétrica, gravitacional e
magnética são exemplos de conservativas. Quando o trabalho de uma certa força depender da trajetória
utilizada, ela é chamada de força não-conservativa. A força de atrito é uma força não-conservativa (como
o atrito é sempre contrário ao movimento, diremos que ele é uma força dissipativa).
Quando um móvel estiver sob a ação exclusiva de forças conservativas, o valor da energia mecânica será
constante em todos os pontos de sua trajetória. É importante notar que este móvel pode ter, em alguns
pontos, apenas energia cinética e, em outros pontos, somente energia potencial.
Vamos imaginar, inicialmente, uma situação bem simples: Uma pedra (massa igual a 1,0 kg) é lançada vertical-
mente para cima, a partir do solo, com uma velocidade de 40 m/s. Desprezando a resistência do ar, vamos estudar
o movimento desta pedra. A figura a seguir mostra o instante do lançamento e diversos pontos da trajetória.
O ponto A representa o local do lançamento, B está situado a 20 m de altura, C a 60 m e o ponto D é o de
altura máxima atingida pela pedra.
Iremos considerar a aceleração da gravidade local constante e igual 10 m/s2.
Inicialmente vamos calcular a energia mecânica da pedra no ponto A. Como,
neste ponto, a altura é nula, a pedra só terá energia cinética. Assim,
m. VA2 . 2
140
EA MEC= Ec = 2 A = 2
EA
MEC = EcA = 800 J
A única força que atua da pedra, em todo o movimento, é o peso (que é uma
força conservativa). Logo, a energia cinética da pedra terá o mesmo valor em
todos os pontos de sua trajetória.
Observação: Quando houver atrito no sistema, a energia mecânica irá diminuir
progressivamente com o tempo, de tal forma que:
Wfa = Emecfinal - EMECinicial

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01) (CESCEA) Um corpo A de peso P escorrega com atrito num plano inclinado, com aceleração a diferente
de zero. Que forças realizam trabalho?
a) a componente da força peso ao longo da trajetória e a de atrito
b) somente a força peso
c) somente a força de atrito
d) nenhuma, pois se equilibram
e) a reação normal do plano sobre o corpo

02) (PUC-MG) Um corpo de massa 0,20 kg preso por um fio gira em movimento circular uniforme de raio 50 cm sobre
uma superfície horizontal lisa. O trabalho realizado pela força de tração do fio, durante uma volta completa, é:
a) zero b) 6,3 J c) 10 J d) 1,0 J e) 31 J

03) (Santa Casa) Para as questões I e II relacione cada um dos gráficos dados a seguir com o que se es-
tabelece em cada um dos itens:
I – trabalho de uma força constante em função do deslocamento efetuado na direção e sentido da
força.
II – trabalho de uma força de intensidade constante para um dado deslocamento em função do ângulo
que a referida força forma com a direção e sentido do deslocamento a partir do ângulo igual a zero.
a) b) c) d) e)

04) (UFV) Uma bomba eleva 18 000 litros de água por hora a uma altura de 20 metros. A massa de um litro
de água é um quilograma: suponha g = 10 m/s. A potência da bomba em watts, é:
a) 1,8 x 104 b) 1,8 x 105 c) 1,0 x 102 d) 1,0 x 103 e) 3,6 x 103
05) (PUCMG) A figura desta questão mostra um 06) (UFMG) Atlra-se uma bola vertlcalmente para cima.
corpo de massa igual a 6,0 kg e velocidade 10 m/ A bola sobe e desde caindo no mesmo ponto de
s, instantes antes de penetrar em uma região de onde foi lançada. Desprezando-se o atrito com o
comprimento 5,0 m onde o coeficiente de atrito ar, pode-se dizer que:
cinético vale 0,6. A energia cinética do móvel ao
a) energia cinética da bola é ¼ da energia cinética
deixar a região, em joules, é igual a: inicial quando ela, na subida, atinge a metade da
altura máxima.
a) 80
b) a energia cinética da bola é a mesma, tanto na
b) 120 subida quando na descida, quando ela estiver na
c) 160 metade da altura máxima.
d) 180 c) a energia cinética da bola é máxima quando ela
e) 200 atinge o ponto mais alto da sua trajetória.
d) a energia potencial da bola é máxima no ponto de
partida.
07) (PUCMG) A figura desta questão mostra duas rampas ideais e dois corpos de massa m e 2m, inicialmente
em repouso. Se eles são abandonados simultaneamente,é correto afirmar que:
a) atingem a base, ao mesmo tempo.
b) possuem a mesma aceleração ao descerem as rampas.
c) alcançam a base da rampa com a mesma velocidade escalar.
d) possuem a mesma energia potencial que antes de serem
abandonados.
e) têm a mesma energia cinética ao chegarem à base.

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08) (PUCMG) Comprime-se uma mola de constante elástica K, através de uma esfera de massa m, produz-
indo-se uma deformação x. Abandonando-se o sistema, a esfera atinge uma altura h na rampa. Provo-
cando-se uma deformação 2x na mola, a nova altura atingida pela esfera na rampa será igual a:
Dado: Despreze todas as formas de atrito.
a) 2h b) h/2 c) 1,41h d) 4h e) h
09) (UFV) Uma bola de massa m abandonada a partir do repouso de uma altura h, colide com o solo a uma
altura h2. Sendo g a aceleração da gravldade, a energia dissipada devido à colisão e ao atrito com o ar é:
a) mg (h1 - h2) b) [mg (h1 - h2)]/ 2 c) [mg (h1 + h2)]/ 2 d) mgh2 e) mgh1

10) (UFMG) Em todas as alternativas a conversão de energia especificada para a situação descrita está
correta, EXCETO em:
a) um ciclista desce uma rampa em movimento uniforme: energia potencial gravitacional converte-se
em energia cinética.
b) um motorista freia subitamente o carro, levando-o ao repouso: energia cinética converte-se em energia
interna (térmica).
c) um objeto é lançado de baixo para cima: energia cinética converte-se em energia potencial gravitacional
d) um carro põe-se em movimento pelo funcionamento do motor: energia térmica da combustão da
gasolina converte-se em energia cinética.
e) uma mola distendida por um peso nela suspenso: energia potencial gravitacional converte-se em
energia potencial elástica.
11) (UFMG) A figura representa um escorregador, onde uma criança escorrega sem impulso inicial. Se ela
sair da posição P1, ultrapassa a posição X; se sair de P2, pára em X e, se sair de P3, não chega a X.
Com relação a esta situação, pode-se afirmar que a energia potencial da criança,

a) em P2, é igual à sua energia potencial em X.


b) em P3, é igual à sua energia potencial em X.
c) em P3, é maior do que em X.
d) em P3, é igual à soma de suas energias potencial
e cinética em X.


12) (Med. Uberaba) A força F demódulo 50N atua sobre um objeto, formando ângulo constante
 de 60º com
a direção do deslocamento d do objeto. Se d = 10m, o trabalho executado pela força F expresso em
joules é igual a:
a) 500 b) 250 c) 250 d) 125 e) 100
13) (ITA) Para motivar os alunos a acreditarem nas leis da Física um professor costumava fazer a seguinte
experiência: um pêndulo de massa razoável (1 kg ou mais) era preso no teto da sala; trazendo o pêndulo
para junto de sua cabeça, ele o abandonava em seguida, permanecendo imóvel, sem temor de ser atingido
violentamente na volta da massa. Ao fazer isso, demonstrava confiança na seguinte lei física:
a) conservação da quantidade de movimento;
b) independência do período de oscilação em relação à amplitude;
c) conservação da energia
d) independência do período do pêndulo em relação à massa;
e) segunda lei de Newton.

14) (FEI) Um projétil de massa 2 kg é lançado no solo, onde se adota a energia potencial nula, com energia
total 225 J. A resistência do ar é desprezível, a aceleração da gravidade é g = 10 m/s2 e a máxima en-
ergia potencial do projétil é 125 J. A altura máxima por ele atingida, sua menor velocidade e sua maior
velocidade valem respectivamente:
a) 11,25 m, 0 e 10 m/s c) 6,25 m, 0 e 15 m/s e) 5,0 m, 0 e 10 m/s
b) 11,25 m, 10 m/s e 15 m/s d) 6,25m, 10 m/s e 15 m/s

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15) (ITA) A variação da energia cinética de uma partícula em movimento, num dado referencial inercial, entre
dois pontos distintos P e Q, é sempre igual:
I. à variação da energia potencial entre estes dois pontos.
II. ao trabalho da resultante das forças aplicadas à partícula para deslocá-la entre estes dois pontos.
III. à variação da energia potencial entre estes dois pontos, a menos do sinal, quando a resultante apli-
cada à partícula for conservativa.
a) Somente I é correta c) Somente III é correta. e) Somente II é correta.
b) I e II são corretas. d) II e III são corretas.
16)(Unb) Dadas as plataformas sem atrito, O, P e Q, se soltarmos um corpo no ponto (1), podemos dizer
que sua velocidade, ao atingir o ponto (2), será:
a) maior na plataforma (O) do que nas plataformas (P) e (Q);
b) maior na plataforma (Q) do que nas plataformas (O) e (P);
(Q) (P) c) maior nas plataformas curvas do que na plataforma reta;
d) igual, em módulo, em todas as plataformas.
2 2

17) (Pouso Alegre-MG) Uma partícula de massa m é abandonada, do repouso, no ponto A e move-se ao
longo da trajetória ABCD da figura.
Supondo desprezível o atrito, podemos afirmar que:
A a) a energia mecância total da partícula, em B, vale mgh;
b) a energia cinética da partícula em C, vale mgh;
c) a velocidade da partícula em D é maior que em B;
D
2gh ;
d) a velocidade da partícula em C vale
3mgh
B h
e) a energia cinética da partícula em D vale 2
C
18) (MED-ABC) Um bloco de massa m = 10 kg é 19) (CESCEM) A figura abaixo mostra a posição em que
solicitado exclusivamente por uma força cuja um bloco (b) é abandonado num plano inclinado,
potência em função do tempo varia conforme sobre o qual desliza sem atrito. Com que velocidade
diagrama abaixo. o bloco chega ao plano horizontal? (Considere a
O bloco parte do repouso no instante t = 0. Pode- aceleração da gravidade igual a 10 m/s2)
se afirmar que o mesmo atinge velocidade de
módulo 4,0 m/s no instante:

P(W) a) 2,0 s;
40 b) 3,0 s:
c) 4,0 s;
d) 5,0 s; a) 10 m/s d) 2 m/s
0 2,0 5,0 6,0 e) 6,0 s. b) 4 m/s e) 1 m/s
c) 3 m/s

V
20) (FUVEST) Um projétil de massa m é lançado em A com velocidade 0 e descreve a trajetória indicada na figura:
Deprezando-se a resistência do ar, a energia ciné-
tica do projétil, no ponto P, será:
V0
g 2
1
–h P h a) mgh d) m V0 + mgh
2
1 2 2
A –h b) m V0 e) m V0 - mgh
2
2
c) m V0 - mgh

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HIDROSTÁTICA
1 - INTRODUÇÃO
Neste capítulo, iremos estudar os fluidos (líquidos e gases) em equilíbrio estático. Para isso, devemos con-
hecer algumas grandezas fundamentais, tais como a densidade absoluta e a pressão.
Através deste estudo, poderemos entender o motivo de navios flutuarem em rios e mares, o porquê de balões
subirem quando são cheios de ar quente e o mecanismo pelo qual um avião consegue voar.
Além disso, teremos a oportunidade de trabalhar com mais uma força da natureza: o Empuxo.

2 - DENSIDADE ABSOLUTA OU MASSA ESPECÍFICA (d)


Vamos imaginar dois corpos maciços que possuam o mesmo volume e sejam feitos de materiais diferentes,
por exemplo, um feito de ferro e outro de espuma. Sabemos que a massa do corpo do primeiro é maior do que
a massa do segundo corpo. De alguma maneira, a matéria está mais compacta no ferro. Há uma grandeza que
irá medir exatamente esta compactação da matéria, chamada densidade absoluta ou massa específica.
Consideremos um bloco maciço de massa m e volume V.
m
Definimos como densidade absoluta a seguinte relação: d=
V
É importante se notar que a densidade absoluta é uma característica do material que compõe o corpo, ou
seja, para qualquer par de valores da massa e do volume de um corpo maciço feito de um certo material,
a razão m/V será constante.

A unidade da densidade será a razão entre uma unidade de massa e uma de volume. Trabalharemos, ba-
sicamente, com três:

kg g kg
1) [d] = (unidade do Sistema Internacional) 2) [d] = 3) [d] =
m 3
cm3 
A conversão entre as unidades deve ser feita da seguinte forma:

kg 103 g g g 10−3 kg kg
A - Unidades (1) para (2): = 6 = 10−3 B - Unidades (2) para (3): = =
m3
10 cm3 cm3 cm 3
10−3  
Observação:
Podemos trabalhar, também, com a densidade de um corpo. Apesar de a definição ser a mesma apresentada
nesta seção, não existe a necessidade de o corpo ser maciço. Dessa forma, podemos ter um corpo de ferro, com
uma certa massa, apresentando diversas densidades diferentes, desde que o volume deste corpo seja diferente.

3 - PRESSÃO (p)
Quando aplicamos uma força de intensidade F em um corpo, notamos que este fica comprimido pela força.
A figura abaixo representa a força aplicada perpendicularmente a uma área A.
Definimos como pressão a razão entre a intensidade da força aplicada
F
e a área de aplicação desta força. p = A
Para o cálculo da pressão, estamos levando em conta que a força
aplicada é perpendicular à área de aplicação. Caso esta força seja in-
clinada em relação à área, devemos considerar somente a componente
perpendicular.
Note que, para uma mesma força, quanto menor for a área de contato, maior será a pressão aplicada. É
por este motivo que os pregos, facas e outros objetos que têm como função penetrar em certas superfícies
possuem uma forma pontiaguda. Na ponta, a área de contato é menor e, portanto, a pressão aplicada tende
a ser maior.
Existem várias unidades para a pressão. Veja as principais:

N
1) [p] = = pascal (Pa) (unidade do Sistema Internacional)
m2

2) [p] = atmosfera (atm)


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3) [ ] centímetro de mercúrio (cm Hg)


p =

A relação entre estas unidades é a seguinte:


1,0 atm = 76 cmHg ≅ 1,0 x 105 Pa

4 - PRESSÃO HIDROSTÁTICA
Após termos estudado a pressão de uma maneira genérica, vamos trabalhar com a pressão exercida por
um fluido. Imaginemos um recipiente cilíndrico completamente cheio por um líquido qualquer.
A pressão que este líquido exerce na base do recipiente é devida ao seu peso.
peso do liquido
p=
Assim: A

O peso do líquido é o produto de sua massa pela aceleração da gravidade


m g
p = liq
(P = m.g). A
m d V g
d= ⇒ mliq = dliq Vliq p = liq liq
Como V . Dessa forma: A
Mas o volume do líquido é igual ao do recipiente. Para um cilindro, o volume é dado pelo produto entre a área (A)
da base e a altura (h). Logo: d Ahg
p = liq
A Simplificando a área, temos: p = dliq g h

que é a expressão para o cálculo da pressão devida a uma coluna de um fluido. A altura h deve ser medida
a partir da superfície.

Observações:
1) Como podemos perceber na expressão deduzida nesta seção, a pressão exercida por um fluido não
depende da área da base do recipiente.
2) O valor da altura h deve ser medido em relação à superfície do fluido. Em uma piscina, por exemplo,
quanto mais fundo mergulhamos, maior o valor de h e, portanto, maior a pressão exercida pela água.
3) Chamamos de pressão atmosférica à pressão exercida pelo ar atmosférico. É fácil de se perceber que,
ao nível do mar, a coluna de ar sobre as nossas cabeças é maior do que no alto de uma montanha. Assim,
a pressão atmosférica em uma cidade litorânea é maior do que em uma cidade que se localiza no alto de
uma serra, por exemplo.

5 - TEOREMA DE STEVIN
A figura abaixo está representando um recipiente contendo um líquido homogêneo e dois pontos no interior
deste líquido.

O ponto A está localizado a uma profundidade maior. Logo, a


pressão neste ponto será maior do que em B. Essas pressões
podem ser calculadas da seguinte forma:
pA = dliq g hA
pB = dliq g hB

A diferença de pressão entre os pontos A e B é, portanto:


pA - pB = dliq g hA - dliq g hB ⇒ p - p = d g (h - h )
A B liq A B

“A diferença de pressão entre dois pontos em um fluido é proporcional à diferença de profundidade entre esses pontos.”
A partir da análise deste teorema, podemos concluir que se dois ou mais pontos estiverem alinhados hori-
zontalmente (mesma profundidade) em um mesmo fluido, as suas pressões serão iguais.

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6 - EXPERIÊNCIA DE TORRICELLI
O físico italiano Evangelista Torricelli, baseando-se no teorema de Stevin, preparou uma experiência muito
simples com o objetivo de calcular a pressão atmosférica. A figura seguinte mostra um esquema simplificado
de seu experimento.
Enchendo o tubo de mercúrio, Torricelli o introduziu, com a abertura voltada para
baixo, na bacia que estava parcialmente preenchida de mercúrio. Ao ser atingida
a configuração de equilíbrio, havia, dentro do tubo, uma coluna de 76 centímetros
de mercúrio acima do nível do mercúrio na bacia.
Torricelli concluiu que a pressão exercida pelos 76 cm de mercúrio era igual à
pressão atmosférica, uma vez que os pontos A e B da figura anterior estão alin-
hados horizontalmente e pertencem a um mesmo fluido.
Com isso, estava definida a unidade de pressão chamada de centímetro de
mercúrio.
Observação:
A princípio, esta experiência pode ser feita com qualquer líquido. Se repetirmos todo o processo utilizando
água, iremos encontrar uma coluna de cerca de 10 metros! A vantagem de se utilizar o mercúrio é que este
possui uma densidade muito elevada (13,6 g/cm3).

7 - PRINCÍPIO DE PASCAL
Pascal descobriu que a variação de pressão em um ponto de um fluido qualquer é transmitida integralmente
a todos os outros pontos deste fluido. Como se pode observar, esta conclusão também é uma conseqüência
do teorema de Stevin.

Quando você vai a um posto de gasolina e o carro tem que


ser levantado, a máquina utilizada para tal fim (chamada de
Prensa Hidráulica) funciona com base no princípio de Pascal.
Esta máquina consiste em um tubo em forma de ‘U’ onde ex-
iste um líquido homogêneo e incompressível. As extremidades
deste tubo possuem secções retas diferentes e estão lacradas
por êmbolos móveis.

Imagine um corpo de massa M1 sobre o êmbolo maior. Devido ao seu peso, este corpo faz com que os
pontos próximos ao êmbolo fiquem sujeitos a um aumento de pressão Dp1 . De acordo com princípio de
Pascal, este acréscimo de pressão deve ser transmitido a todos os outros pontos do líquido. Dessa forma,
os pontos próximos ao êmbolo menor verificarão um aumento igual na pressão (Dp2). Porém, como a área
deste êmbolo é menor, a força necessária para se produzir o equilíbrio também é menor.
F F
∆p1 = ∆p2 ⇒ 1 = 2
A1 A 2

Este dispositivo pode ser utilizado em qualquer ação em que seja necessária a multiplicação de uma força.
Normalmente, um ser humano não consegue elevar um automóvel através da aplicação direta de uma força.
Com o auxílio da prensa hidráulica, é possível que uma pessoa aplique uma força de pequena intensidade
no êmbolo pequeno que, ao ser transmitida pelo líquido, é aumentada consideravelmente.

8 - PRINCÍPIO DE ARQUIMEDES
Quando mergulhamos uma bola de plástico em uma piscina, temos a sensação de que a água aplica, na bola,
uma força vertical para cima no sentido de impedir a imersão. Esta força que sentimos é a mesma que
 nos
faz boiar e que sustenta um navio no mar e um avião no ar. Chamaremos esta força de EMPUXO ( E ).
Conta a lenda que Arquimedes ao entrar em uma banheira completamente cheia de água percebeu que
o volume de água que entornava (chamado de volume deslocado) era igual ao volume de seu corpo que
entrava na banheira.

46 Física - M1
47 cor preto

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A existência da força de Empuxo está relacionada com este volume deslocado. Segundo o princípio de Ar-
quimedes: “Um corpo total ou parcialmente imerso em um fluido recebe deste uma força vertical para cima
que tem intensidade igual ao peso do fluido deslocado por este corpo”. Veja

E = Pfluido deslocado = mfluido deslocado g


m
d= ⇒ mfluido deslocado = dfluido Vfluido deslocado
E como: V . Assim: E = dfluido Vfluido deslocado g
que é a expressão matemática para o cálculo do Empuxo.
Como se trata de uma força, o Empuxo será medido em newtons.

Observação: Um corpo sólido introduzido em um fluido, dependendo de sua densidade, pode apresentar
uma das seguintes configurações:

Na situação A, o corpo permanece parcialmente imerso no


fluido. Isso acontece quando a densidade do corpo é menor
do que a densidade do fluido. Neste caso, o empuxo aplicado
pelo fluido é igual, em módulo, ao peso do corpo.
Na situação B, o corpo fica em equilíbrio no interior do fluido,
totalmente imerso. Dizemos que a densidade do corpo é igual
à do fluido. Também neste caso, o empuxo aplicado pelo fluido
tem a mesma intensidade do peso do corpo.
Na situação C, o corpo possui uma densidade maior do que
a do fluido e, por isso, se dirige para o fundo do recipiente. O
empuxo aplicado pelo fluido não é suficiente para equilibrar
o peso do corpo. Podemos perceber que, devido ao contato
entre o corpo e o recipiente, há a aplicação de uma força
normal sobre o corpo.

1) (PUC-SP) Num processo industrial de pintura, as 3) (FUVEST-SP) Um cubo homogêneo de alumínio,


peças recebem uma película de tinta de espes- de 2m de aresta, está apoiado sobre uma super-
sura 0,1 mm. Considere a densidade absoluta fície horizontal. Qual a pressão, em N/m2, exer-
da tinta igual a 0,8 g/cm3. A área pintada com cida pelo bloco sobre a superfície? Densidade
10 kg de tinta é igual a: do alumínio: 2,7 . 103 kg/m3; g = 10 m/s2.
a) 1.250 m2 a) 2,7 . 104d) 1,35 . 10 10
b) 625 m2 b) 2,7 . 1010 e) 5,4 . 104
c) 125 m2 c) 1,35 . 104
d) 75 m2
4) (UFRGS-RS) Um gás encontra-se contido sob a
e) 50 m2 pressão de 5 .103 N/m2 no interior de um recipi-
ente cúbico cujas faces possuem uma área de
2) (OSEC-SP) Um cubo de gelo foi formado solidi-
2 m2. Qual é o módulo da força média exercida
ficando completamente 57,6g de água. Qual é
pelo gás sobre cada face do recipiente?
a medida da aresta do cubo? A densidade do
gelo é 0,90g/cm3. a) 1,0 . 104 N
a) 1 cm d) 4 cm b) 7,5 . 103 N
b) 2 cm e) 5 cm c) 5,0 . 103 N
c) 3 cm d) 2,5 . 103 N
e) 1,0 . 103 N

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5) (PUC-MG) Três recipientes que contêm água até uma mesma altura h têm bases cujas áreas são A, A
e 2A, respectivamente.
1 2 3
Em relação às pressões P1, P2 e P3 e às inten-
sidades das forças F1, F2 e F3, exercidas pela
água no fundo dos recipientes, é CORRETO
afirmar:

a) P1 = P3 e F1 = c) P2 = P3 e F2 = 2F3 e) P1 = P2 e F1 = F2 = F3
b) P1 < P2 e F1 = F2 d) P2 < P3 e F2 = F3

6) (UFMG) Um certo volume de água é colocado num tubo em U, aberto nas extremidades. Num dos ramos
do tubo, adiciona-se um líquido de densidade menor do que a da água o qual não se mistura com ela.
Após o equilíbrio, a posição dos dois líquidos no tubo está corretamente representada pela figura.

a) b) c)

água água água

d) e)

água
água

7) (UFMG) Observe a figura que representa o corte de um elevador hidráulico.

A1 Esse elevador possui dois pistons, o menor com


A2
área A1 e, o maior, com área A2 = 16 A1. Se for
colocado um corpo de massa M sobre o pistom
maior, será preciso, para equilibrar o conjunto,
colocar sobre o pistom menor um outro corpo cuja
massa é igual a:
a) M/16 b) M/4 c) M d) 4M e) 16M

8) (MACK-SP) Com um máximo de expiração, um estudante, soprando de um lado de um manômetro cujo


líquido manométrico é a água, produz um desnível do líquido de aproximadamente 65 cm entre os dois
ramos do tubo manométrico. Nestas condições, pode-se afirmar que a pressão efetiva exercida pelos
pulmões do estudante é de:

a) 6,5 Pa
b) 6,5 . 10 Pa
65 cm

c) 6,5 . 102 Pa
d) 6,5 . 103 Pa
e) 6,5 . 104 Pa

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9) (PUC-MG) O macaco hidráulico representado na 12) (PUC-MG) Três blocos A, B e C, de massa m,


figura está em equilíbrio. Os êmbolos formam estão inteiramente submersos na água. Suas
áreas iguais a 2a e 5a. Qual a intensidade da densidades são tais que dA > dB > dC. Em
força ? relação ao módulo do empuxo E sofrido pelos
blocos, é CORRETO afirmar:
24cm 6cm
a) EA > EB > EC d) EA < EB < EC
700kgf b) EA = EB = EC e) EA > EB = EC
c) EA = EB < EC

O enunciado seguinte refere-se às questões 13 e 14


(OSEC-SP) Um tanque contém água de densidade
1 g/cm3 e profundidade 5,0m. Larga-se na superfície
da água um corpo de densidade 2,5 g/cm3. Adote
g = 10m/s2.
a) 40kgf c) 70kgf e) 45kgf 13) A aceleração da queda do corpo é de:
b) 60kgf d) 50kgf a) 10m/s2 d) 4m/s2
O enunciado abaixo se refere às questões 10 e 11 b) 8m/s2 e) 2m/s2
c) 6m/s2
14) O tempo gasto para o corpo atingir o fundo do
tanque é de aproximadamente:
a) 1,29 s d) 3,0 s
b) 2,0 s e) 1,67 s
c) 1,5 s

15) (UFOP) Um mesmo bloco é colocado em re-


cipientes com dois líquidos diferentes como na
Em um recipiente contendo M gramas de água, co- figura a seguir. Se C1 e C2 são as densidades
loca-se um corpo de massa m e volume V, suspenso dos líquidos e E1 e E2 são os empuxos, assinale
por um fio como mostra a figura. a alternativa CORRETA:

Sejam E, P e Pa os módulos do empuxo, do peso


do corpo e do peso da água, respectivamente.

10) (PUC-MG) O módulo da tensão T, no fio, é


dado por: 1 2
a) T = P d) T = P + E
a) C1 > C2 e E1 = E2
b) T = P - E e) T =
b) C1 > C2 e E1 > E2
c) T = E c) C1 = C2 e E1 < E2
d) C1 = C2 e E1 > E2
11) (PUC-MG) O módulo da força resultante que
atua no fundo do recipiente é:

a) F = Pa d) F = Pa + E

b) F = Pa - E e) F =

c) F = E

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GRAVITAÇÃO UNIVERSAL
1 - INTRODUÇÃO
Neste capítulo, estudaremos as leis que regem o movimento dos planetas, dos satélites e dos sistemas solares.
Com este estudo, poderemos entender um pouco mais a respeito do universo que nos cerca e seremos capazes
de compreender as relações básicas entre as grandezas que estão relacionadas com a Gravitação Universal.
Desde os tempos mais remotos, o homem tenta compreender o universo. No início, acreditou-se que o Sol
e a Lua eram deuses. Mais tarde, houve uma teoria (chamada Geocêntrica) em que a Terra era o centro
do universo e todos os corpos celestes giravam em torno dela. Já há algum tempo, acreditamos no modelo
Heliocêntrico, onde é a Terra (junto com os outros oito planetas) que gira em torno do Sol. No entanto, como
já vimos no início, os dois modelos são válidos, dependendo do referencial adotado.
Vamos trabalhar, a partir de agora, com as Leis de Kepler e com a Lei de Newton para a gravitação e suas
conseqüências.

2 - LEIS DE KEPLER
A) 1ª Lei de Kepler: Lei das órbitas
“Os planetas giram ao redor do Sol com órbitas elípticas, sendo que o Sol ocupa um dos focos dessa
elipse.”
Periélio
Elipse

Afélio
Foco Foco Sol

Eixo maior da elipse


Planeta
Essa lei mostra apenas a forma da órbita e é válida não só para o movimento dos planetas em torno do
Sol. Se estivermos estudando o movimento de translação da Lua, a sua órbita será, também, uma elipse e
a Terra ocupará um dos focos dessa elipse.
A principal conseqüência dessa lei é mostrar que a distância entre o Sol e um planeta não é constante. No
caso particular da Terra, há uma época do ano em que estamos mais próximos do Sol e, em outro período,
estamos mais afastados do Sol. A posição de maior aproximação do Sol chama-se PERIÉLIO e a de maior
afastamento, AFÉLIO. Ao contrário do que parece para muitas pessoas, não é esta variação de distância
que provoca as estações do ano.

B) 2ª Lei de Kepler: Lei das áreas

“A linha imaginária que liga um planeta ao Sol descreve áreas iguais em tempos iguais.”

Dt4 Dt3 Dt1


Dt1 = Dt2 = Dt3 = Dt4 Þ A1 = A2 = A3 = A4
A1

Dt2
Note que, para que a área percorrida seja igual nas duas regiões da figura anterior, é necessário que a distância
percorrida seja maior na região do periélio do que na região do afélio. Como o tempo gasto nas duas regiões é
o mesmo, podemos concluir que a velocidade de um planeta é maior quando ele está mais próximo do Sol.

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C) 3ª Lei de Kepler: Lei dos períodos


“Para um mesmo sistema orbital, o quadrado do período de translação de um planeta é proporcional ao
cubo de sua distância média ao Sol.”
Planeta Dessa lei tiramos a conclusão de que, quanto
mais afastado do Sol um planeta estiver, maior
será o tempo por ele gasto para completar uma
= constante volta. Assim, o planeta que possui o menor perío-
Sol do de translação no sistema solar é Mercúrio
r (cerca de 88 dias terrestres) e o de maior período
é Plutão (mais de 240 anos terrestres).

3 - LEI DA GRAVITAÇÃO UNIVERSAL


No mesmo ano em que descobriu as três leis do movimento que levam o seu nome, o inglês Isaac Newton
também conseguiu unificar os movimentos do céu e da terra através da sua lei da gravitação universal.
Vamos imaginar dois corpos (dois planetas, por exemplo) cujas massas são M1 e M2 e cujos centros geo-
métricos estão separados por uma distância r, de acordo com a figura.
Newton conseguiu demonstrar que estes corpos irão se
atrair gravitacionalmente com uma força cuja intensidade
é diretamente proporcional ao produto de suas massas e
inversamente proporcional ao quadrado da distância entre
os seus centros. A expressão matemática desta lei é:

M1 M2
FG = G
r2

Onde G é a constante universal de gravitação e vale: G = 6,67 x 10-11 N.m2/kg2


Quando estamos estudando a atração que a Terra exerce sobre a Lua ou a atração que o Sol exerce sobre
Júpiter, podemos perceber que estas forças possuem valores elevados pelo fato de as massas serem muito
grandes. Porém, mesmo para pequenas massas (duas maçãs, por exemplo) há a ação de uma força gravi-
tacional. Neste caso, a intensidade da força é muito pequena e, por isso, não conseguimos percebê-la.

4 - ACELERAÇÃO DA GRAVIDADE
Anteriormente, estudamos os lançamentos próximos à superfície da Terra, onde consideramos que a acel-
eração da gravidade era constante. Veremos, nesta seção, que a intensidade da aceleração da gravidade
em um ponto depende da distância entre o ponto considerado e o centro da Terra.
Vamos imaginar que um corpo de massa m seja colocado em um ponto
dentro do campo gravitacional terrestre. Haverá uma força de atração
gravitacional entre este corpo e a Terra. Essa atração é chamada de
força Peso.
Mm M
P = FG ⇒ m. g = G 2 g= G 2
Assim: r r
Desta expressão, podemos perceber que a aceleração da gravidade de-
pende da massa do planeta que estamos estudando (no caso, a Terra) e
a distância entre o ponto considerado e o centro deste planeta.
Note que a aceleração da gravidade não depende da massa m do
corpo.
Observação:
Imagine um corpo localizado na superfície da Terra. A aceleração da
gravidade que atua sobre este corpo depende da latitude em que ele
está. A menor aceleração da gravidade ocorre na linha do equador e a
maior, nos pólos.

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5 - MOVIMENTO ORBITAL
Vamos considerar um satélite de massa m que se movimenta em uma órbita quase circular em torno da
Terra. Para este satélite, podemos dizer que a força gravitacional funciona como força centrípeta, pois em
todos os instantes de tempo ela altera a direção do vetor velocidade.
V2 Mm M
Fc = FG ⇒ m =G 2 V= G
Para o satélite, podemos escrever: r r r

Esta é a relação entre a velocidade que o satélite deve possuir e a sua respectiva distância ao centro do
planeta. Podemos concluir que quanto mais próximo da superfície do planeta for a órbita do satélite, maior
deve ser a sua velocidade para que ele continue em órbita.
A conclusão a que chegamos é válida também para o caso dos planetas que orbitam em torno do Sol. O
planeta de maior velocidade orbital é Mercúrio. Isto, aliado ao fato de Mercúrio percorrer a menor distância
no espaço durante uma volta, faz com que ele possua o menor período de translação.
Uma outra observação interessante diz respeito à idéia comumente aceita de que “não existe gravidade
em uma órbita” ou “um astronauta em órbita em torno da Terra não possui peso” . De acordo com a Lei da
Inércia (1ª Lei de Newton), se não houvesse uma força gravitacional, o satélite (e o astronauta) não estariam
descrevendo uma órbita. Qual o motivo, então, da sensação de ausência de gravidade?
Neste ponto, Isaac Newton demonstrou toda a sua genialidade. Imagine uma montanha tão alta que atinja
pontos fora dos limites da atmosfera terrestre. Se lançarmos um objeto do alto dessa montanha, ele irá
descrever uma movimento parabólico e, após um certo tempo, chegar ao solo. A distância (medida na su-
perfície da Terra) entre o ponto de lançamento e o ponto onde o objeto tocou o solo chama-se alcance. Se
aumentarmos a velocidade de lançamento, o alcance também irá aumentar.
Pense, agora, que vamos arremessar o objeto com uma velocidade grande o suficiente para colocá-lo em
órbita. Como o objeto não toca mais o solo, diremos que o alcance é infinito. Porém, a força responsável
pela queda livre é a mesma que mantém a órbita. Newton concluiu que o movimento orbital é uma queda
livre, ou seja, um astronauta em órbita está “caindo” no campo gravitacional terrestre juntamente com a sua
nave. Como ambos estão caindo, a nave não consegue fornecer a noção de sustentação (não aplica uma
força normal ao astronauta), dando-lhe a sensação da ausência de peso.

1) (PUC-MG) Considere os seguintes dados para resolver esta questão:


I - A 3ª Lei de Kepler nos informa que o quadrado do período de revolução de um planeta em torno do
Sol é proporcional ao cubo da sua distância média ao Sol, ou seja, T2 a R3.
II - A distância Terra-Sol é denominada uma unidade astronômica: 1 u.a.
Suponha um planeta hipotético P, com período de revolução em torno do Sol de 27 anos terrestres e
com órbita coplanar à órbita da Terra. Considere as duas órbitas circulares.
As distâncias máxima e mínima possíveis, em u.a., entre os dois planetas, são respectivamente:
a) 10 e 8 b) 9 e 1 c) 7 e 2 d) 11 e 9 e) 8 e 7

2) (UFU) Os itens a seguir estão relacionados com as Leis da Gravitação Universal e dos Movimentos Plan-
etários. Analise-os e indique o INCORRETO.
a) A força responsável para manter um satélite artificial em torno da Terra é a atração gravitacional da
Terra sobre o satélite.
b) Segundo a 3ª Lei de Kepler, o planeta Júpiter possui um período de translação menor do que Marte.
c) A força de atração entre dois corpos quaisquer é diretamente proporcional ao produto de suas mas-
sas.
d) A órbita de um planeta em torno do Sol é uma elipse com o Sol em um dos focos.
e) A aceleração da gravidade (g) em Uberlândia (Triângulo mineiro) é menor que no Rio de Janeiro.

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3) (UFOP) Com base nas Leis de Kepler, é CORRETO afirmar que:

B a) O período de revolução de Saturno é maior que o de Urano.


b) O tempo que um planeta gasta para percorrer o arco
BCD é igual ao tempo que ele gasta para percorrer o
arco DAB.
C A c) A distância média da Terra ao Sol, no inverno, é maior
que no Verão.
Sol
d) Ao longo da curva ABC a velocidade do planeta diminui,
e ao longo da curva CDA, aumenta.
e) Os planetas com massas maiores são mais lentos, isto
D
é, têm períodos de translação maiores.

4) (PUC-MG) Dois corpos A e B, de massas 16M 5) (PUC-MG) Considerando apenas a força de atração
e M, respectivamente, encontram-se no vácuo gravitacional entre a Terra e a Lua, a figura COR-
e estão separados por uma certa distância. RETA é:
Observa-se que um outro corpo, de massa m,
fica em repouso quando colocado no ponto P,
conforme a figura. A razão x/y entre as distâncias
indicadas é igual a:
a) 2 A
P B
b) 4 a) b)
c) 6 c)
d) 8
e) 16

d) e)

6) (UFRGS-RS) O gráfico representa a variação da aceleração da gravidade em função da distância a partir


do centro da Terra, medida em raios terrestres.

g(m/s2)
10
De quantos raios terrestres devemos nos afastar da
superfície da Terra para que o módulo da aceleração
da gravidade seja, aproximadamente, de 1,1 m/s2?
5
a) 1 b) 2 c) 3 d) 4 e) 5

0 1 2 3 4 5 raios
terrestres

7) (UFMG) Para um observador, no interior de uma nave espacial em órbita em torno da Terra, os objetos
do interior da nave parecem flutuar no espaço.
Indique a alternativa que apresenta a melhor explicação para esse fenômeno.
a) A força gravitacional que atua sobre a nave é anulada pela força centrípeta.
b) A força gravitacional que atua sobre a nave é anulada pela força exercida pelo motor da nave.
c) A nave espacial está sujeita a forças gravitacionais muito pequenas.
d) A nave espacial se movimenta numa região do espaço onde existe vácuo.
e) Os objetos dentro da nave espacial e a nave têm a mesma aceleração.

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8) (PUC-MG) Admitamos que em futuro próximo sejam descobertos dois outros planetas do nosso sistema
solar. O primeiro planeta (A) está a uma distância R do Sol e tem massa M. O segundo planeta (B) tem
massa 8M e está a uma distância 4R do Sol. Leia com atenção as afirmativas seguintes:
I - A velocidade de translação do planeta A é maior que a velocidade do planeta B.
II - O período de translação do planeta B é oito vezes maior que o do planeta A.
III - A razão entre as forças centrípetas desses planetas pode ser representada pelo numeral 2.
Assinale:
a) se todas as afirmativas estiverem corretas. d) se apenas as afirmativas I e III estiverem corretas.
b) se todas as afirmativas estiverem incorretas. e) se apenas as afirmativas II e III estiverem corretas.
c) se apenas as afirmativas I e II estiverem corretas.

9) (UFMG) Esta figura representa a órbita elíptica de um cometa em torno do Sol.

Com relação aos módulos das velocidades desse


cometa nos pontos P e Q, VP e VQ, e aos módulos
das acelerações nesses mesmos pontos, aP e aQ,
pode-se afirmar que:
a) VP < VQ e aP < aQ
P Q
b) VP < VQ e aP > aQ
c) VP = VQ e aP = aQ
d) VP > VQ e aP < aQ
e) VP > VQ e aP > aQ

CINEMÁTICA - Questões de fixação - págs. 8 e 9


1) b 2) b 3) a 4) d 5) e 6) e 7) c 8) d
MECÂNICA - Questões de fixação - págs. 23 a 28
1) d 2) c 3) 5 m/s2 4) As forças citadas agem em corpos diferentes
5) c 6) c 7) e 8) c 9) e 10) d 11) c 12) d 13) a 14) c
15) d 16) c 17) c 18) a 19) d 20) c 21) e 22) b 23) d 24) a
25) a 26) d 27) c 28) a 29) e 30) e 31) b 32) c 33) b 34) b
35) b 36) a 37) d 38) b
VETORES - Questões de fixação - págs. 33 e 34
1) c 2) b 3) c 4) d 5) c 6) a 7) c 8) c 9) d
ESTÁTICA DE CORPOS RÍGIDOS - Questões de fixação - págs. 36 e 37
1) a 2) a 3) c 4) c 5) d 6) a
DINÂMICA - TRABALHO, POTÊNCIA E ENERGIA - Questões de fixação - págs. 41 a 43
1) a 2) a 3) I-a II-d 4) d 5) b 6) b 7) c 8) d 9) a 10) a 11) b 12) c
13) c 14) d 15) d 16) d 17) a 18) b 19) d 20) e
HIDROSTÁTICA - Questões de aprofundamento - págs. 47 a 49
1) c 2) d 3) e 4) a 5) a 6) a 7) a 8) d 9) c 10) b 11) d 12) d
13) c 14) a 15) a
GRAVITAÇÃO UNIVERSAL - Questões de aprofundamento - págs. 52 a 54
1) a 2) b 3) d 4) b 5) e 6) b 7) e 8) a 9) e

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REVISÃO
1) Observe o “cartoon” abaixo 7) Uma partícula se move presa a
um cordão, seguindo a trajetória
desenhada em pontilhado. A
figura ao lado mostra seu ve-
tor velocidade ( ) no instante
representado. O atrito com o
ar é desprezível. Dos outros
vetores que se vêem na figura,
aquele que melhor representa
No “cartoon” apresentado, o gato Garfield se utiliza de uma Lei
Física para justificar a sua preguiça, o que deixa o seu dono a aceleração da partícula é:
furioso. a) I c) III
Assinale a alternativa que apresenta uma situação prática que b) II d) IV
pode ser explicada pela mesma Lei citada por Garfield.
8) Durante a realização de uma gincana, uma equipe tinha como
a) O atrito que existe entre o pneu e o chão permite que o carro
tarefa transportar, para o alto de uma mesa, um homem que
entre em movimento.
b) No lançamento de uma nave, o gás que é expelido impulsiona estava deitado no chão. A estimativa do gasto de energia na
o foguete para cima. realização de tal tarefa é, em joules:
c) Os corpos abandonados nas proximidades da Terra caem a) 101
com a mesma aceleração. b) 102
d) Quando o motorista de um veículo freia bruscamente, somos c) 103
projetados para frente.
d) 104
2) Um barco tenta atravessar um rio com 1,0 km de largura. A cor-
renteza do rio é paralela às margens e tem velocidade de 4,0 9) Uma pessoa entra num elevador
km/h. A velocidade do barco, em relação à água, é de 3,0 km/h carregando uma caixa pendurada
perpendicularmente às margens. por um barbante frágil, como mos-
Nessas condições, pode-se afirmar que o barco tra a figura. O elevador sai do 6o
a) atravessará o rio em 12 minutos. andar e só pára no térreo.
b) atravessará o rio em 15 minutos. É CORRETO afirmar que o bar-
c) atravessará o rio em 20 minutos. bante poderá arrebentar
d) nunca atravessará o rio.
a) no momento em que o eleva-
3) Na última Olimpíada, o vencedor da prova dos 100 m rasos foi dor entrar em movimento, no
o canadense Donovan Bailey e o da maratona (42,2 km) foi o
6o andar.
sul-africano Josia Thugwane.
Os valores mais próximos para as velocidades médias desses b) no momento em que o eleva-
atletas são, respectivamente: dor parar no térreo.
a) 1,0 m/s e 0,5 m/s c) quando o elevador estiver em movimento, entre o 5o e o
b) 10 m/s e 0,5 m/s 2o andares.
c) 10 m/s e 5,0 m/s d) somente numa situação em que o elevador estiver
d) 50 m/s e 5,0 m/s subindo.
4) Uma pessoa lança uma bola verticalmente para cima. Sejam v 10) Um paraquedista, alguns minutos após saltar do avião, abre seu
o módulo da velocidade e a o módulo da aceleração da bola no paraquedas. As forças que atuam sobre o conjunto paraquedis-
ponto mais alto de sua trajetória. ta/equipamentos são, então, o seu peso e a força de resistência
Assim sendo, é CORRETO afirmar que, nesse ponto, do ar. Essa força é proporcional à velocidade.
a) v = 0 e a ≠ 0. c) v = 0 e a = 0. Desprezando-se qualquer interferência de ventos, pode-se
b) v ≠ 0 e a ≠ 0. d) v ≠ 0 e a = 0. afirmar que,
5) Um peixe está dentro de um aquário sem que haja contato fí-
a) a partir de um certo momento, o paraquedista descerá com
sico entre ele e o fundo do aquário. O conjunto aquário + caixa
é colocado sobre uma balança de molas. De acordo com esta velocidade constante.
situação, podemos afirmar que a balança: b) antes de chegar ao chão, o paraquedista poderá atingir
velocidade nula.
a) irá registrar o peso do peixe pelo fato de haver uma interação
entre ele e a água e entre a água e o chão do aquário. c) durante toda a queda, a força resultante sobre o conjunto
b) irá registrar o peso do peixe pelo fato de haver uma intensa será vertical para baixo.
atração gravitacional entre ele e a balança. d) durante toda a queda, o peso do conjunto é menor do que a
c) não irá registrar o peso do peixe pelo fato de inexistir inte- força de resistência do ar.
ração direta ou indireta entre ele e o chão do aquário. 11) É comum escutar que:
d) não irá registrar o peso do peixe pelo fato de inexistir atração
gravitacional entre ele, o aquário, o ar e a balança. “Os corpos flutuam na água porque são mais leves
6) Em todas as situações abaixo há aceleração, EXCETO em: do que a água.”
a) Um elevador saindo do repouso no primeiro andar e che- Essa afirmação
gando ao décimo andar. a) está rigorosamente correta.
b) Um avião no momento em que inicia o movimento de desci- b) supõe uma comparação entre volumes iguais do corpo e da
da.
água.
c) Crianças em um carrossel que gira com velocidade constante.
d) Um carro viajando numa estrada horizontal, em linha reta e c) só é válida para a água do mar, porque é salgada.
com velocidade constante. d) explica porque os navios transatlânticos possuem grandes
e) Um satélite em órbita da Terra com velocidade constante. motores.

Física - M1 55
56 cor preto

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12) Um dos fenômenos da dinâmica de galáxias, considerado como d) inversamente proporcional à raiz quadrada do raio da órbi-
evidência da existência de matéria escura, é que estrelas giram ta.
em torno do centro de uma galáxia com a mesma velocidade an- e) diretamente proporcional ao quadrado do raio da órbita.
gular, independentemente de sua distância ao centro. Sejam M1 16) O novo Código Nacional de Trânsito prevê penalidades muito
e M2 as porções de massa (uniformemente distribuída) da galáxia rigorosas aos infratores. Uma das infrações consideradas
no interior de esferas de raios R e 2R, respectivamente. graves é o excesso de velocidade. Sabemos que um carro em
Nestas condições, a relação entre essas massas é dada por alta velocidade, em um possível impacto, deve dissipar toda a
a) M2 = M1. b) M2 = 2M1. c) M2 = 4M1. energia cinética que ele possui, seja em calor, som e/ou defor-
d) M2 = 8M1. e) M2 = 16M1. mação. Dobrando-se o valor da velocidade do carro, sua energia
13) A figura está mostrando um dispositivo chamado elevador cinética se torna:
hidráulico, muito utilizado para se erguer objetos pesados com a) 4 vezes menor.
um mínimo de esforço. O dispositivo consiste em um tubo em b) 2 vezes menor.
forma de “U”, no qual é colocado um óleo. Ao injetarmos ar c) 2 vezes maior.
comprimido pelo braço do tubo de menor calibre, o veículo da d) 4 vezes maior.
figura é erguido com grande facilidade. 17) Três corpos de mesma massa são abandonados de uma mesma
altura, mas caindo de três formas distintas, conforme o desenho
abaixo. Com relação ao trabalho da força peso (TP) nas três
trajetórias, é CORRETO afirmar que:

a) TC > TB > TA c) TA > TC > TB


b) TA > TB > TC d) TA = TB = TC
18) Atira-se uma bola, verticalmente, para cima. A bola sobe e desce,
caindo no mesmo ponto de onde foi lançada. Desprezando-se
o atrito com o ar, pode-se dizer que
A facilidade de se conseguir erguer o veículo se deve a) a energia cinética da bola é 1/4 da energia cinética inicial
a) ao aumento da pressão do ar dentro do tubo em forma de quando ela, na subida, atinge a metade da altura máxima.
“U”. b) a energia cinética da bola é a mesma, tanto na subida
b) ao aumento da força pela transmissão da pressão através quanto na descida, quando ela estiver na metade da altura
do óleo. máxima.
c) à diminuição do peso do veículo que está sobre o piston. c) a energia cinética da bola é máxima quando ela atinge o ponto
d) à diminuição da pressão atmosférica dentro do tubo em mais alto de sua trajetória.
forma de “U”. d) a energia potencial da bola é máxima no ponto de partida.
14) Em uma estrada reta e horizontal, o limite de velocidade é de 19) Um aluno leu a seguinte informação em uma revista de circulação
80km/h. A marca no asfalto, feita pelos pneus de um carro sob nacional. “A usina de Furnas gera uma energia de 800 MW, o
a ação dos freios, tem um comprimento de 90m. Sabe-se que, suficiente para abastecer toda a região centro-sul do estado de
ao acionar os freios, o carro sofreu uma aceleração média de Minas Gerais.”
5,0 m/s2. De acordo com a situação apresentada, assinale a
A informação contém um erro físico. Uma forma de corrigir esse
afirmativa INCORRETA.
erro seria substituir:
a) O movimento descrito pelo carro até parar foi uniformemente
retardado. a) o valor da energia citada, pois esta energia é insuficiente
b) O motorista deve ser multado por excesso de velocidade. para abastecer a região.
c) A velocidade do carro e a aceleração produzida durante a b) o termo energia por potência, pois o valor citado tem unidade
frenagem têm sentidos opostos. de potência e não de energia.
d) O carro leva 6,0 s para atingir o repouso. c) o termo energia por potência e a unidade por kWh, pois
15) A Terceira Lei de Kepler afirma, no caso de planetas de órbita ambos encontram-se mal empregados na frase.
circular, que o quadrado do tempo gasto para dar uma volta d) a unidade de energia usada MW para kW.
completa em torno do Sol é proporcional ao cubo do raio da 20) Um corpo de massa 2,0 kg é abandonado de uma altura h = 10m.
órbita desse planeta. Sabendo que o movimento desses planetas Observa-se que, durante a queda, é gerada uma quantidade de
é uniforme, pode-se concluir que, para eles, sua velocidade na calor igual a 100 J, em virtude do atrito com o ar. Considerando
órbita em torno do Sol é: g = 10 m/s2, podemos concluir que a velocidade do corpo, ime-
a) diretamente proporcional ao raio da órbita. diatamente antes de tocar o solo, em m/s, vale:
b) inversamente proporcional ao raio da órbita.
c) inversamente proporcional ao quadrado do raio da órbita. a) 10 b) 10 c) 20 d) 200

GABARITO
1) d 2) c 3) c 4) a 5) a 6) d 7) a 8) c 9) b 10) a
11) b 12) d 13) b 14) a 15) d 16) d 17) d 18) b 19) b 20) b

56 Física - M1
Física
Física Térmica

Calor e Temperatura

1 - Introdução ....................................................... 5
2 - Temperatura .................................................... 5
3 - Calor ................................................................ 6
4 - Calorimetria ..................................................... 8
5 - Mudanças de Fase .......................................... 9
6 - Dilatação Térmica.......................................... 10

Comportamento dos Gases


e Termodinâmica

1 - Introdução ..................................................... 17

no Código Penal, Artigo 184, parágrafo 1 e 2, com


A reprodução por qualquer meio, inteira ou em parte, ven-

empréstimo, troca ou manutenção em depósito sem au-


torização do detentor dos direitos autorais é crime previsto
da, exposição à venda, aluguel, aquisição, ocultamento,
2 - Gás Ideal ....................................................... 17
3 - Variáveis de Estado de um Gás .................... 17
4 - Equação de Clapeyron .................................. 18 multa e pena de reclusão de 01 a 04 anos.
5 - Equação Geral dos Gases Perfeitos ............. 18
6 - Transformações Gasosas ............................. 19
7 - Trabalho (W) .................................................. 20
8 - Energia Interna de um Gás (U) ..................... 21
9 - 1ª Lei da Termodinâmica ............................... 21
10 - 2ª Lei da Termodinâmica ............................... 22
11 - O Ciclo de Carnot .......................................... 22

M2
GABRIEL DIAS DE CARVALHO JÚNIOR
Física

Óptica e Ondulatória

Óptica Geométrica - Reflexão da Luz

1 - Introdução ....................................................... 24
2 - Conceitos Iniciais ............................................ 24
3 - Reflexão da Luz .............................................. 25
4 - Espelhos Planos.............................................. 26
5 - Espelhos Esféricos .......................................... 27

Óptica Geométrica - Refração da Luz

1 - Introdução ....................................................... 33
2 - Índice de Refração (n) ..................................... 33
3 - Refração da Luz .............................................. 33
4 - Lentes Esféricas .............................................. 35
5 - O Olho Humano .............................................. 39

Ondulatória

Prólogo ................................................................. 44
1 - Movimento Harmônico Simples (MHS) ........... 44
2 - Ondas .............................................................. 45
3 - Ondas em Cordas ........................................... 46
4 - Ondas na Superfície de Líquidos .................... 49
5 - Ondas Sonoras ............................................... 51
6 - Ondas Eletromagnéticas ................................. 52
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Caro VESTIBULANDO,
Este é o volume 2 da Coleção de Física. Nele, você terá, basicamente, 3 as-
suntos:
Física Térmica (2 capítulos), Óptica Geométrica (2 capítulos) e Ondulatória 1 capí-
tulo).
Tomando como base o que foi mencionado no volume 1, sugerimos a seguinte
distribuição de conteúdos:
Se houver divisão em Física 1 e 2:
Física 1: Física Térmica (2 aulas semanais)
Física 2: Óptica e Ondulatória (1 ou 2 aulas semanais)
Para qualquer esclarecimento, colocamo-nos à disposição pelo e-mail:
suporte@cursinhoprevestibular.com.br

Bom Trabalho!

Atenciosamente,
Gabriel Dias de Carvalho Júnior

Física - M2 3
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Anotações

4 Física - M2
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FÍSICA TÉRMICA
CALOR E TEMPERATURA
1 - INTRODUÇÃO
A partir deste capítulo, estaremos estudando a Física Térmica. Esta parte da Física se preocupa em explicar
os fenômenos relacionados com a temperatura e o calor.
Temos, em nosso cotidiano, uma série de situações ligadas à Física Térmica, como a dilatação térmica, a
transmissão de calor, o aquecimento dos corpos e a mudança de estado físico.
Vamos, inicialmente, definir temperatura e calor.

2 - TEMPERATURA
A primeira noção que temos sobre temperatura está relacionada com o tato. Ao tocarmos em um corpo
qualquer, teremos a noção de que ele está quente, morno ou frio. Esta impressão não é muito confiável,
pois está sujeita a pequenas variações de temperatura de nosso próprio corpo. Imagine uma pessoa que
está com um dos pés imerso em um balde de gelo e o outro pé em um balde com água bem quente. Se
esta pessoa tirar os pés dos baldes e colocá-los em um banco de mármore, ela terá sensações térmicas
diferentes nos dois pés. Isto é um absurdo, pois o banco está a uma determinada temperatura.
Para que possamos definir temperatura, é preciso utilizar um meio mais preciso do que o nosso tato.
Qualquer corpo, independente de seu estado físico, é formado por partículas (átomos, moléculas, etc) que
estão em constante vibração. Quanto maior for o grau de vibração destas partículas, maior será a tempera-
tura. Assim, podemos dizer que:
Temperatura é um número relacionado com o grau de agitação térmica das partículas que compõem
um corpo.
Quando dois ou mais corpos possuem a mesma temperatura, dizemos que eles estão em equilíbrio térmico.
Existe, na Termologia, um princípio chamado de Lei Zero da Termodinâmica que afirma: “Se um corpo A
está em equilíbrio térmico com um corpo B e B está em equilíbrio térmico com outro corpo C, então A está
em equilíbrio térmico com C.”
No intuito de definirmos uma escala termométrica, tomamos como base os chamados pontos fixos. Estes
pontos são temperaturas que podem ser reproduzidas facilmente em qualquer lugar do mundo. Os pontos
fixos que utilizaremos são: ponto de fusão do gelo e de ebulição da água (tomados com base na pressão
atmosférica ao nível do mar).
Os valores atribuídos para os pontos fixos nas três escalas mais utilizadas são mostrados na tabela abaixo.

Escala fusão do gelo ebulição da água


Celsius 0°C 100°C
Fahrenheit 32°F 212°F
Kelvin 273K 373K

A escala Celsius é a que utilizamos em nosso cotidiano. Ela é chamada popularmente de escala centígrada,
o que é uma denominação muito genérica, pois existem outras escalas que são, também, centígradas. Este
termo, centígrada, se refere ao fato de o grau Celsius ser a centésima parte do intervalo de temperaturas
entre os dois pontos fixos.
A escala Fahrenheit é muito utilizada em outros países, como nos Estados Unidos.
A escala Kelvin é o padrão do Sistema Internacional de Unidades. Ela é a mais recente das três que estuda-
mos. Até há pouco tempo, esta escala recebia o nome de Escala Absoluta por não apresentar temperaturas
negativas. Para que isso fosse possível, o seu criador (Lorde Kelvin) atribuiu o valor zero para a menor
temperatura do universo (cerca de - 273° C).
Física - M2 5
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3 - CALOR
Vamos imaginar dois corpos, A e B, que possuam temperaturas diferentes, de tal forma que tA > tB , de
acordo com a figura que se segue.
Podemos entender que as partículas que compõem o corpo A
possuem, em média, mais energia que aquelas que compõem o
corpo B. Quando isso acontecer, A irá ceder energia para B com
o objetivo de se igualar os níveis de vibração das partículas de
ambos. Como o corpo A está cedendo energia, as suas partícu-
las apresentarão um grau de agitação menor e, portanto, terão
menor temperatura. O corpo B por sua vez estará recebendo
energia, fazendo com que suas partículas apresentem um grau
de vibração maior, o que levará a um aumento de temperatura.
Quando as temperaturas de A e B se igualarem (equilíbrio tér-
mico), cessará esse transporte de energia.
Chamamos de calor a essa energia térmica em trânsito do corpo de maior para o de menor temperatura
que tem por objetivo estabelecer o equilíbrio térmico entre os corpos em questão.
Como o calor é uma forma de energia, iremos utilizar como unidade qualquer unidade de energia. Em nos-
sos exercícios, trabalharemos com duas unidades: joule (J) e caloria (cal).
A relação entre estas duas unidades é: 1 cal = 4,18 J
Note que esta definição de calor nos faz concluir que expressões do tipo “hoje está calor” ou “este corpo tem
muito calor” são desprovidas de sentido, pois o calor é uma forma de energia que flui de um corpo para o outro,
motivada pela diferença de temperatura. Não existe maneira de um corpo ter calor. Estas expressões poderiam ser
corrigidas, respectivamente, para “hoje está quente” e “este corpo possui uma temperatura muito elevada”.
Calor não é sinônimo de temperatura alta. Imagine dois corpos, um a -20ºC e outro a -30ºC. Como existe
uma diferença de temperatura entre eles, haverá um fluxo de calor do primeiro para o segundo.

3.1 - PROCESSOS DE TRANSMISSÃO DE CALOR


A) Condução
Este tipo de transmissão ocorre predominantemente nos sólidos.
Para que possamos compreender a condução, imagine que uma das extremidades de uma barra de ferro
é colocada na chama de um fogão. Após um certo tempo, a outra extremidade também estará quente. Isto
nos faz concluir que o calor foi transmitido ao longo da barra, de uma extremidade a outra. Veja a figura.
Calor A extremidade A é a que recebe calor da cha-
B ma. Como conseqüência, os átomos sofrem um
aumento no grau de vibração. Porém, o estado
A sólido é caracterizado por uma intensa ligação
entre os átomos. Dessa forma, este aumento
Barra de ferro de vibração é transmitido para os átomos viz-
inhos que não receberam o calor diretamente
da chama. Após algum tempo, este aumento
de vibração atinge a extremidade B.
É importante se notar que, em qualquer instante, vai haver uma diferença de temperatura entre as duas
extremidades, sendo tA > tB .
São 4 os fatores que influenciam no fluxo de calor entre dois pontos. Acompanhe:
1) área de contato: quanto maior for a área de contato entre dois corpos, mais intenso será o fluxo de
calor. Este fato explica o porquê de nos encolhermos quando sentimos frio.
2) espessura: quanto maior for a espessura do corpo, menor o fluxo de calor. É por isso que usamos
roupas grossas (de grande espessura) durante o inverno.
3) diferença de temperatura entre os pontos: quanto maior a diferença de temperatura, maior o fluxo
de calor.
4) tipo de material: existem algumas substâncias que são condutoras e outras que são isolantes térmi-
cas. Os metais são exemplos de condutores e a borracha, de isolante. A grandeza física que nos indica
a capacidade que uma substância tem de conduzir calor é chamada de coeficiente de condutividade

6 Física - M2
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Este fluxo de calor é que nos dá a sensação de quente e frio. Quando tocamos um corpo, teremos a sensa-
ção de que ele está quente se recebermos calor dele. Se cedermos calor para o corpo, teremos a sensação
de que ele está frio. Quanto maior for o fluxo de calor, maior a sensação térmica.
Quando tocamos simultaneamente uma porta de madeira e a sua maçaneta (feita de metal), temos sensação
de que esta última está mais fria. Na verdade, ambas possuem a mesma temperatura, pois estão em equilíbrio
térmico com o ambiente. A razão deste engano é que a maçaneta é feita de um material que é bom condutor
térmico, enquanto que a porta é isolante. Dessa forma, o fluxo de calor da nossa mão para a maçaneta é mais
intenso do que para a porta, porque a condutividade térmica dos metais é maior do que a da madeira.

B) Convecção
Este tipo de transmissão de calor é mais significativo nos meios fluidos.
Vamos imaginar que queiramos aquecer uma certa quantidade de água. Quando colocamos a panela cheia
de água na trempe de um fogão, as moléculas de água que estão no fundo são as primeiras a receber calor.
Com o aquecimento, estas moléculas têm um aumento médio em seu volume e uma respectiva diminuição
em sua densidade. Por este motivo, elas se dirigem para a superfície, enquanto que as moléculas da su-
perfície, por estarem mais densas, migram para o fundo. Este movimento recebe o nome de corrente de
convecção e é o responsável pelo aquecimento da água como um todo.

Este processo nos permite concluir que a convecção, ao contrário


da condução, é um processo de transmissão de calor que envolve
transporte de matéria. Por este motivo ele é mais intenso nos
meios líquidos e gasosos.
A convecção térmica é o processo relacionado com a formação
dos ventos, o aquecimento de saunas e o resfriamento de ge-
ladeiras e freezers.
Tente explicar o motivo de, em uma sauna, os pontos mais próxi-
mos do teto serem os locais mais quentes.

C) Radiação (Irradiação)
Este tipo de transmissão de calor é feito por meio de ondas eletromagnéticas na faixa do infravermelho.
Sabemos que há uma diferença de temperatura entre o Sol e a Terra. Pelo que já estudamos neste capí-
tulo, deve haver um fluxo de calor entre estes dois corpos. Porém, o calor transmitido do Sol até nós deve
viajar uma região onde essencialmente existe vácuo. Note que não há um meio sólido, líquido ou gasoso
para que um dos processos anteriores seja verificado. Neste caso, o calor é transmitido por meio de ondas
eletromagnéticas (da mesma natureza que a luz ou as ondas de rádio, por exemplo) que têm a capacidade
de se propagar no vácuo.
É através da radiação que trocamos a maior parte de calor com o meio ambiente.
Observação:
Existe um dispositivo chamado Garrafa Térmica (Vaso de Dewar) cuja função é evitar a troca de calor en-
tre o meio ambiente e um corpo qualquer cuja temperatura devemos manter. A figura seguinte mostra um
esquema básico deste dispositivo.

As paredes duplas de vidro espelhado são colocadas


para dificultar as trocas de calor por radiação, enquanto
que o vácuo entre essas paredes tenta evitar as trocas
de calor por condução e convecção. Teoricamente,
o isolamento deve ser perfeito. Na prática, porém,
Vácuo
não há maneira de se evitar totalmente as trocas de
Conteúdo calor, pois não conseguimos produzir espelhos que
sejam refletores perfeitos nem estabelecer um vácuo
propriamente dito.

Física - M2 7
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4 - CALORIMETRIA
Até agora estudamos o que é calor e como ele pode ser transmitido. Nesta seção vamos medir o calor, ou
seja, trabalharemos com expressões matemáticas que nos indiquem a quantidade de calor que foi trans-
portada entre dois corpos.
Quando há troca de calor entre dois corpos, poderá ocorrer uma variação de temperatura ou a mudança do
estado físico do corpo.
Chamamos de calor sensível aquele relacionado com a variação de temperatura de um corpo. O calor
relacionado com a mudança de estado físico recebe o nome de calor latente.
Estudaremos, aqui, o calor sensível.

A) Capacidade Térmica
Quando um corpo troca calor, os seus átomos podem ficar mais ou menos energéticos, variando, assim, a
intensidade de suas vibrações.
Dependendo da quantidade (Q) de calor trocada, esta variação (Dt) de temperatura pode ser grande ou
pequena. Para um mesmo corpo, a quantidade de calor trocada é diretamente proporcional à variação de
temperatura verificada.
Denominamos capacidade térmica (C) a razão entre a quantidade de calor trocada e a respectiva variação
de temperatura.
[Q] = cal
Q [C] =
C=
∆t
A unidade mais utilizada para a capacidade térmica é: [∆t] °C

A capacidade térmica nos informa a quantidade de calor necessária para variarmos de 1 grau a tempera-
tura de um corpo qualquer. Note que, se considerarmos uma mesma quantidade de calor, quanto maior a
capacidade térmica de um corpo, menor será a variação de temperatura por ele verificada.

B) Calor Específico
Vamos imaginar vários corpos feitos de um mesmo material, mas que possuam massas e capacidades
térmicas diferentes. Quando cedemos a estes corpos a mesma quantidade de calor, podemos verificar que
os aumentos de temperatura serão, também, diferentes. É fácil perceber que o corpo de maior massa terá o
menor aumento de temperatura pelo fato de possuir a maior capacidade térmica. No entanto, se dividirmos
a capacidade térmica de cada corpo pela sua respectiva massa, encontraremos um valor constante. Este
valor constante é uma característica da substância de que são feitos os corpos, e recebe o nome de calor
específico (c). Matematicamente, temos:

[Q] cal
cuja unidade mais utilizada é: [c] = [m] . [∆t] = g ° C
C Q
c= ou c =
m m . ∆t
Dizer que o calor específico de uma substância é 1,0 cal/g ºC significa que cada 1 grama desta substância
necessita de 1,0 caloria para variar a sua temperatura em 1 ºC.

C) Equação Fundamental da Calorimetria


Da definição de calor específico encontrada no item anterior, podemos deduzir que a quantidade de calor
pode ser dada pela seguinte expressão: Q = m . c . Dt
Esta expressão é conhecida por equação fundamental da calorimetria e dela podemos tirar uma propriedade
muito importante:
1 - Quando um corpo recebe calor sensível, a sua temperatura irá aumentar. Isso faz com que a variação
de temperatura (Dt) seja positiva. Assim, a quantidade de calor será, também, positiva.
O sinal do calor recebido é positivo
2 - Por outro lado, se o corpo ceder calor, a sua temperatura diminuirá. Logo, a variação de temperatura e
a quantidade de calor serão negativas.
O sinal do calor cedido é negativo

8 Física - M2
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D) Princípio da Igualdade das Trocas de Calor


Vamos imaginar um sistema termicamente isolado (uma garrafa térmica, por exemplo) que contenha, inter-
namente, vários corpos com temperaturas diferentes. Sabemos que estes corpos irão trocar calor até que
seja estabelecido o equilíbrio térmico.
Como não haverá trocas de calor com o meio externo, podemos concluir que o módulo do calor cedido será
igual ao módulo do calor recebido. Como o sinal do calor recebido é positivo e o do calor cedido é negativo,
chegamos ao seguinte princípio:
“Em um sistema termicamente isolado, a soma do calor cedido e do calor recebido é zero.”
ΣQ RECEBIDO + ΣQ CEDIDO = 0

Em um laboratório, podemos utilizar este princípio para o cálculo do calor específico de uma substância ou
da quantidade de calor trocada entre dois corpos. O sistema termicamente isolado que utilizamos para este
fim recebe o nome de calorímetro.
Se o enunciado de um exercício mencionar os termos calorímetro ideal ou calorímetro de capacidade térmica
desprezível, iremos considerar nulas as trocas de calor entre os corpos e o calorímetro.
Por outro lado, se for dado o valor da capacidade térmica do calorímetro, teremos que considerá-lo como
um corpo a mais na troca de calor.

5 - MUDANÇAS DE FASE
Esta seção é dedicada ao estudo das mudanças de fases (ou de estado físico) e das trocas de calor que
ocorrem nestes processos. Estudaremos três estados físicos: sólido, líquido e gasoso.
O estado sólido é caracterizado por uma grande coesão entre as partículas, o que mantém a forma e o volume
definidos. Esta é a fase das menores temperaturas e, portanto, das vibrações atômicas menos intensas.
O estado líquido é um intermediário entre o sólido e o gasoso. Esta fase se caracteriza por um volume
definido e uma forma indefinida.
Já o estado gasoso possui as mais altas temper- Acompanhe o esquema que mostra as três fases
aturas. Nesta fase, tanto a forma quanto o volume (estados físicos) e as respecitvas mudanças.
são indefinidos. Podemos separar o estado gasoso
em duas partes: vapor e gás. Uma certa massa
será considerada vapor se puder ser liquefeita por
compressão. Se esta massa não for liquefeita por
compressão, será chamada de gás. O limite entre
estas duas partes do estado gasoso é a chamada
temperatura crítica, que é uma característica de
cada substância. Abaixo da temperatura crítica,
teremos o vapor e acima, gás.
Como estamos trabalhando sempre com substâncias puras, durante uma mudança de fase qualquer, a tem-
peratura irá permanecer a mesma. Observe o gráfico que representa a temperatura em função da quantidade
de calor recebida por 10 gramas de água, inicialmente a -20°C.
temperatura permaneceu constante, o que nos leva a
concluir que, nestas regiões, houve uma mudança de
fase. O calor é, portanto, latente.
Região 1: a água estava no estado sólido. Houve
um aumento de temperatura de 20°C.
Região 2: o gelo estava sofrendo fusão. A tem-
peratura de fusão do gelo é de 0°C. Note que esta
temperatura permanece constante até que todo o
gelo tenha se transformado em água líquida.
Região 3: a água sofreu um aumento de tempera-
tura de 100°C. Estado líquido.
Região 4: a água estava sofrendo vaporização.
No gráfico, podemos perceber que existem regiões
onde a temperatura sofreu um certo aumento (1, 3 e Região 5: o vapor d’água sofreu um aumento de
5), ou seja, o calor é sensível. Já nas regiões 2 e 4, a temperatura de 20°C.

Física - M2 9
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Nas regiões em que há mudança de fase não é possível utilizar a equação fundamental da calorimetria,
uma vez que não há mudança de temperatura. Veremos, a seguir, a equação que nos permite calcular a
quantidade de calor latente.

A) Calor Latente
Quanto maior a massa de um corpo, mais calor ele deve trocar para que haja a mudança de fase. Porém,
se considerarmos massas diferentes de uma mesma substância em uma mudança de estado físico, per-
ceberemos que a razão entre a quantidade de calor trocada e a massa do corpo é uma constante que só
depende da substância e do tipo de mudança de fase. A esta constante damos o nome de calor (específico)
latente de mudança de fase (L).
De acordo com o que foi apresentado, a expressão para o cálculo da quantidade de calor latente é:
Q=m.L
A principal unidade do calor latente de mudança de fase é: cal/g.
Dizer que o calor latente de fusão do gelo é de 80 cal/g significa dizer que cada 1 grama de gelo, a 0ºC,
necessita de 80 calorias para sofrer fusão completamente.

Observação:
A quantidade de calor que uma substância precisa receber para sofrer fusão ou vaporização é igual à quan-
tidade de calor que esta substância deve ceder para sofrer, respectivamente, solidificação ou liquefação.
Dessa forma, temos, para uma mesma substância, as seguintes relações:

LFUSÃO = - LSOLIDIFICAÇÃO e LVAPORIZAÇÃO = - LLIQUEFAÇÃO

6 - DILATAÇÃO TÉRMICA
Quando aquecemos um corpo, as suas partículas passam a apresentar um aumento no grau de vibração. Com as
partículas mais agitadas, ocorre um distanciamento maior entre elas. A esse aumento na distância média entre as
partículas de um corpo, devido ao aumento de temperatura, damos o nome de dilatação térmica. Esta dilatação
térmica ocorre sempre em relação ao volume do corpo, esteja ele no estado sólido, líquido ou gasoso.
De uma maneira geral, podemos dizer que o poder de dilatação dos gases é maior do que o dos líquidos,
que por sua vez é maior que o dos sólidos.

A) Dilatação dos Sólidos


Apesar de a dilatação térmica dos sólidos ser sempre volumétrica, em várias situações estaremos nos refer-
indo à dilatação apenas no comprimento ou na área deste corpo. Acompanhe os itens a seguir.

A.1) Dilatação Linear

Quando estivermos trabalhando com corpos cujo comprimento é muito mais evidente que o seu volume,
diremos que a sua dilatação é linear.
Imagine uma barra que possua, a uma temperatura t0, um comprimento L0 . Se aquecermos esta barra até
uma temperatura t, o seu comprimento passa a ser L. Veja a figura.

Diremos que a barra sofreu uma dilatação DL = L - L0 por causa da


elevação de temperatura Dt.
São três os fatores que influenciam nesta dilatação:
1 - O valor do comprimento inicial da barra. Quanto maior for o com-
primento inicial, L0 , maior será a dilatação verificada pela barra.
2 - O tipo de material de que é feito a barra. Para que possamos
medir o poder de dilatação que um certo material possui, temos
uma grandeza chamada coeficiente de dilatação linear (a), que
é diretamente proporcional à dilatação sofrida pela barra.
3 - A variação de temperatura verificada pela barra. Quanto maior
for a elevação de temperatura, maior será a dilatação da barra.

10 Física - M2
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Equacionando estes fatores, encontramos a expressão matemática que nos permite calcular a dilatação
linear de um corpo.
DL = L0 . a . Dt

Observações:

1) A unidade do coeficiente de dilatação linear é o inverso da unidade de temperatura. Da expressão vista


acima, podemos perceber que:

∆L
⇒ [α ] =
[∆L] = 1 = ∆t −1
α= [ ]
L 0 . ∆t [ 0 ][
L . ∆t] [∆t]

Utilizaremos, com maior freqüência, o ºC-1.

2) Em alguns exercícios, é pedido o valor do comprimento final atingido pela barra. Para encontrá-lo, podemos
utilizar a seguinte expressão:
DL = L - L0 (1)
DL = L0 . a . Dt (2)
Substituindo (1) em (2), temos: L - L0 = L0 . a . Dt ⇒ L = L + L . a . Dt. Assim: L = L0 (1 + a . Dt)
0 0

A.2) Dilatação Superficial

Quando estivermos trabalhando com placas, chapas, ou qualquer corpo cuja área seja evidente, diremos que este
corpo está sofrendo uma dilatação superficial. O raciocínio utilizado na dilatação linear é o mesmo, ou seja, a dilatação
superficial depende do valor da área inicial, de um coeficiente de dilatação e da variação da temperatura.
A figura seguinte mostra uma placa que, a uma temperatura inicial t0 , possui uma área A0 . Quando a placa
é aquecida a uma temperatura t, sua área passa a ser A.

A dilatação superficial DA = A - A0 pode ser calcu-


lada pela seguinte expressão:
DA = A0 . b . Dt

Onde b é chamado de coeficiente de dilatação


superficial e depende do material de que é feita
a placa.

Observações:
1) A unidade do coeficiente de dilatação superficial é, também, o inverso da unidade de temperatura.

2) Como temos uma dilatação em duas dimensões, o valor do coeficiente de dilatação superficial é o dobro
do valor do coeficiente de dilatação linear para uma mesma substância. b = 2a

3) A exemplo do que fizemos na dilatação linear, o valor final da área da chapa pode ser encontrado pela
seguinte relação. A = A0 (1 + b . Dt)
4) A dilatação térmica é sempre uma expansão. Assim, vamos imaginar uma placa que possua um orifício
central, de acordo com a figura seguinte.

Quando a chapa tiver a sua temperatura aumen-


tada, o seu orifício irá sofrer uma dilatação como
se fosse feito do material de que é feita a chapa.

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A.3) Dilatação Volumétrica


Este tipo de dilatação é o que realmente ocorre em todos os corpos. Porém, ele somente será evidente
quando estivermos trabalhando com corpos tais como um cubo, uma esfera ou um paralelepípedo, por ex-
emplo. O esquema desta dilatação segue o das duas outras, ou seja, a dilatação volumétrica (DV) depende
do volume inicial V0, do coeficiente de dilatação (chamado de coeficiente de dilatação volumétrico, g) e
do aumento de temperatura (Dt).
A expressão desta dilatação é: DV = V0 . g . Dt

Observações:
1) A unidade do coeficiente de dilatação volumétrico é, também, o inverso da unidade de temperatura.
2) O valor do coeficiente de dilatação volumétrico de uma substância é o triplo do valor do coeficiente de
dilatação linear da mesma substância.
g = 2a
3) Para o cálculo do volume final atingido por um corpo, devemos utilizar a seguinte expressão:
V = V0 (1 + g . Dt)

B) Dilatação de Líquidos
Além de sofrerem sempre uma dilatação volumétrica, os líquidos possuem um poder de dilatação (coefi-
ciente de dilatação) maior que o dos sólidos. Assim, em condições iniciais iguais, a dilatação dos líquidos
será mais intensa que a dos sólidos.
A figura seguinte mostra um recipiente completamente preenchido por um líquido, a uma temperatura inicial
t0 .
Se aquecermos igualmente o conjunto, a dilatação do líquido será maior que a do recipiente e,
t0 portanto, parte do líquido irá transbordar.
A diferença entre a dilatação do líquido e a do sólido é chamada de dilatação aparente. As-
sim:
DVAP. = DVLIQ. + DVREC.
Observação:
Sempre que partirmos de uma situação inicial onde o líquido e o recipiente possuem o mesmo volume, a
dilatação aparente será a quantidade do líquido que transborda. Porém, se o volume inicial do líquido for
B.1) Comportamento Anormal da Água
Na seção anterior, afirmamos que um corpo aquecido irá apresentar um aumento em suas dimensões que
chamamos de dilatação térmica. Pelo texto apresentado, qualquer corpo que tenha um aumento em sua
temperatura irá verificar uma dilatação.
Existe uma exceção a esta regra que é a água. No intervalo de temperaturas de 0°C a 4°C, a água se com-
porta de maneira oposta ao que foi dito, ou seja:
1 - Quando aquecemos uma certa massa de água, de 0°C a 4°C, o seu volume diminui.
2 - Quando resfriamos uma certa massa de água, de 4°C a 0°C, o seu volume aumenta.
3 - Quando uma certa massa de água, a 0°C, sofre solidificação, o seu volume aumenta.
O gráfico ao lado mostra o volume de uma massa de água V
em função da sua temperatura. Note que, no estado líquido, • Sólido
o volume da água é mínimo a 4°C.
Em países de clima frio, onde os lagos e rios se congelam
no inverno, este comportamento anômalo da água é de fun- • Líquido
damental importância para o equilíbrio ecológico. Imagine
um lago em uma região fria. No inverno, a temperatura do
ambiente vai diminuindo e provocando uma diminuição na
temperatura da água. Quando a superfície da água atinge os
4°C, o seu volume é o menor possível e, por conseqüência, 4 100 t(ºC)
a sua densidade é a maior.

12 Física - M2
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Por isso, a água a 4°C se desloca para o fundo do lago e não retorna mais. O congelamento do lago se
dará, portanto, da superfície para o fundo.
Quando a água começa a se solidificar, o gelo produzido possui uma densidade menor que a da água líquida,
ficando, portanto, na superfície do lago. Como o gelo é bom isolante térmico, irá se formar uma camada de gelo
com uma certa espessura que diminuirá consideravelmente as trocas de calor entre a água e o meio ambiente.
Este fato possibilita a preservação da vida no interior do lago. Note que se a água tivesse um comportamento
normal, o congelamento se daria do fundo para a superfície, matando as formas de vida que porventura
existissem no lago.

1) (PUC-MG) A respeito da energia, na forma de 4) (UFMG) Um bloco de 80 gramas foi colocado den-
calor, é INCORRETO afirmar que: tro de um calorímetro, bem isolado, contendo 50
gramas de água. Depois de várias horas, obser-
a) quando um gás absorve calor, mas sua tem-
vou-se uma situação final na qual havia, ainda, 80
peratura não varia, seu volume aumenta.
gramas de gelo no interior do calorímetro. Pode-se
b) calor e trabalho são grandezas físicas de concluir, desta experiência, que:
mesma natureza.
a) a condutividade térmica do gelo é igual à da água.
c) na transferência de calor por convecção,
ocorre transporte de matéria. b) as quantidades de calor contidas na água e no
gelo, na situação final, tornaram-se iguais.
d) calor é energia em trânsito.
c) a temperatura final do gelo e da água era de 0°C.
e) se um corpo possui elevada temperatura,
significa que possui grande quantidade de d) o calor específico do gelo é igual ao calor es-
calor. pecífico da água.
e) o calor latente de fusão do gelo é maior do que
2) (UFMG) Um ventilador ligado provoca a sensação a energia contida na água.
de frescor nas pessoas.
5) (UFMG) Este gráfico mostra como variam as temper-
A afirmativa que melhor descreve a explicação aturas de dois corpos, M e N, cada um de massa
desse fenômeno é: igual a 100 g, em função da quantidade de calor
a) o ventilador altera o calor específico do ar. absorvida por eles.
b) o ventilador aumenta a pressão do ar sobre
a pele das pessoas.
t(ºC)
c) o ventilador diminui a temperatura do ar.
d) o ventilador retira o ar quente de perto da
pele das pessoas.

3) (UFMG) Caminhando dentro de casa, ao passar


da sala, que tem o chão coberto de tábuas de
madeira, para a cozinha, cujo piso é de granito,
tem-se a sensação de que o piso da cozinha
está mais frio que o da sala.
75
Essa sensação é devida ao fato de:
a) a capacidade térmica do piso de granito ser
menor que a das tábuas de madeira. Os calores específicos dos corpos M(cM) e N(cN) são,
b) a condutividade térmica do piso de granito ser respectivamente:
maior que a das tábuas de madeira. a) cM = 0,10 cal/g°C e cN = 0,30 cal/°C
c) a temperatura do piso da cozinha ser menor b) cM = 0,067 cal/g°C e cN = 0,20 cal/°C
que a do chão da sala.
c) cM = 0,20 cal/g°C e cN = 0,60 cal/°C
d) o calor específico do granito ser menor que
d) cM = 10 cal/g°C e cN = 30 cal/°C
o das tábuas de madeira.
e) cM = 5,0 cal/g°C e cN = 1,7 cal/°C

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6) (Odonto-Diamantina) A capacidade calorífera (térmica) de uma amostra de água é cinco vezes maior do
que a de um bloco de ferro. Considere tal amostra de água na temperatura de 20°C e tal bloco de ferro
na temperatura de 50°C. Colocando-os num recipiente termicamente isolado e de capacidade térmica
desprezível, a temperatura final de equilíbrio, em °C, será igual a:
a) 12,5 b) 25 c) 35 d) 45 e) 70

7) (Odonto-Diamantina) Duas substâncias, P e Q, cujas massas são 100g e 200g, respectivamente, estão
no seu respectivo ponto de fusão. Para que ocorra a fusão completa, elas precisam receber a mesma
quantidade de calor. Se o calor latente de fusão de P é igual a 80 cal/g, o calor latente de fusão de Q,
em cal/g, é igual a:
a) 320 b) 160 c) 80 d) 40 e) 20
8) (FEFISA-SP) Misturando-se 100g de água a 70°C a 50g de água a 40°C, obtém-se uma temperatura final

igual a 55°C. Considerando-se o calor específico da água igual a 1,0 , os dados indicam que a massa
total de água cedeu calor para o ambiente. O calor cedido para o ambiente, em calorias, é igual a:
a) 2,5 . 102 b) 5,0 . 102 c) 7,5 . 102 d) 1,0 . 103

9) (UFMG) Uma substância foi resfriada no ar atmosférico. Durante o processo, foram feitas medidas de
tempo e temperatura que permitiram construir este gráfico.
A análise desse gráfico permite concluir que todas as alternativas estão corretas, EXCETO
t(ºC)
a) A solidificação ocorreu durante 10 minutos.
50
b) O sistema libera calor entre 5 e 15 minutos.
40
c) A temperatura de solidificação da substância é 35°C.
30
d) A temperatura da substância caiu 5 °C/min até o início
20 da solidificação.
10 e) A substância se apresentava nos estados líquido e
sólido entre 5 e 15 minutos.
0 5 10 15 20 25 30 tempo(min)

10 (PUC-MG) A água entra em ebulição à temperatura de 100ºC, quando submetida a uma pressão de 1
atm. Um antigo livro de Física diz que “é possível que a água entre em ebulição à temperatura ambiente”.
Sobre esse enunciado, podemos seguramente afirmar que:
a) é verdadeiro, somente se a pressão sobre a água for muito menor que 1 atm.
b) é falso, não havendo possibilidade de a água entrar em ebulição à temperatura ambiente.
c) é verdadeiro, somente se a pressão sobre a água for muito maior que 1 atm.
d) é verdadeiro, somente se a temperatura ambiente for muito elevada, como ocorre em clima de deserto.
e) é verdadeiro somente para a “água pesada”, tipo de água em que cada átomo de hidrogênio é sub-
stituído pelo seu isótopo conhecido como deutério.
11) (UFV) Ao derramarmos éter sobre a pele, sentimos uma sensação de resfriamento em consequência de:
a) a pele fornecer ao éter a energia responsável por sua mudança de fase.
b) o éter penetrar nos poros, congelando imediatamente os vasos sangüíneos.
c) o éter, por ser líquido, encontrar-se a uma temperatura inferior à da pele.
d) o éter limpar a pele, permintindo maior troca de calor com o ambiente.
e) o éter contrair os pêlos, proporcionando a sensação de resfriamento.
12) (PUC-MG) A quantidade de calor necessária para fundir 1,0g de gelo que se encontra à temperatura de
273K e sob 1 atm vale, em calorias: Dado: L = 80 cal/g.
a) zero b) 1,0 c) 80 d) 273 e) 540
13) (PUC-MG) Um bloco de gelo de 40kg a 0°C é posto sobre uma superfície horizontal e impulsionando,
percorrendo uma distância de 42m. Observa-se que houve a fusão de 20g do bloco. O coeficiente de
atrito entre o bloco e a superfície é: Dados: 1 cal = 4,2 J Lf = 80 cal/g g = 10 m/s2
a) 0,10 b) 0,15 c) 0,40 d) 0,55 e) 0,60

14 Física - M2
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14) (PUC-MG) O diagrama mostra a variação de temperatura de um corpo, em função do calor recebido.
Afirma-se que:

T
a) O calor específico do corpo é constante.
b) Durante o aquecimento, o corpo realizou trabalho.
T2
c) Houve mudança da fase na temperatura T1.
T1 d) A capacidade térmica é menor no intervalo de
0 a T1.
e) O corpo recebeu maior calor no intervalo de
Q T1 a T2.
0

15) (PUC-MG) Um calorímetro de capacidade térmica desprezível contém 1.000g de água a 0°C. Lançam-se
192g de alumínio a 100°C nessa água, atingindo-se 4°C de temperatura de equilíbrio. O calor específico

do alumínio, em , é:
a) 0,217 b) 0,093 c) 0,199 d) 0,550 e) 0,113

16) (UFLA) Num calorímetro de capacidade térmica 10 cal/°C, tem-se uma substância de massa 200g, calor
específico 0,2 cal/g°C a 60° C. Adiciona-se nesse calorímetro uma massa de 100g e de calor específico
0,1 cal/g°C à temperatura de 30°C. A temperatura de equilíbrio será de:
a) 55°C b) 45°C c) 25°C d) 30°C e) 70°C

17) Duas lâminas de metais diferentes, M e N, são unidas rigidamente. Ao se aquecer o conjunto até uma
certa temperatura, este se deforma, conforme mostra a figura.

Metal M

Metal N

Temperatura T1 Temperatura T2 > T1

Com base na deformação observada, pode-se concluir que:


a) a capacidade térmica do metal M é maior do que a capacidade térmica do metal N.
b) a condutividade térmica do metal M é maior do que a condutividade térmica do metal N.
c) a quantidade de calor absorvida pelo metal M é maior do que a quantidade de calor absorvida pelo metal N.
d) o calor específico do metal M é maior do que o calor específico do metal N.
e) o coeficiente de dilatação linear do metal M é maior do que o coeficiente de dilatação linear do metal N.

18) (UFMG) O coeficiente de dilatação térmica do alumínio (Al) é, aproximadamente, duas vezes o coeficiente
de dilatação térmica do ferro (Fe). A figura mostra duas peças onde um anel feito de um desses metais
envolve um disco feito do outro. À temperatura ambiente, os discos estão presos aos anéis.

Se as duas peças forem aquecidas uniformemente,


é correto afirmar que:

Fe a) apenas o disco de Al se soltará do anel de Fe.


Al
b) apenas o disco de Fe se soltará do anel de Al.
Al Fe c) os dois discos se soltarão dos respectivos
anéis.
d) os discos não se soltarão dos anéis.

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19) O tanque de combustível de um carro de Fórmula I tem capacidade de 120 litros e são colocados 100
litros de combustível a 5°C. Considerando o coeficiente de dilatação volumétrica do combustível 1,2
x 10-3°C-1 e a variação de volume do tanque desprezível, então a 45°C o volume colocado terá um
acréscimo, em litros, de:
a) 4,8 litros b) 3,6 litros c) 2,4 litros d) 1,2 litros e) 20,0 litros

20) (Itaúna-MG) Uma garrafa de plástico cheia d’água é colocada no congelador de uma geladeira. No dia
seguinte, verifica-se que a garrafa está toda trincada. Assinale a alternativa que MELHOR explica o
fenômeno:
a) O gelo afunda na água, quebrando a garrafa.
b) A densidade do gelo é maior que a da água.
c) Ocorre choque térmico devido à diferença de temperaturas.
d) O peso do gelo é maior que o peso da mesma massa de água.
e) Uma massa de água tem mais volume na fase sólida que na fase líquida.

21) (UFLA) Uma barra de ferro, homogênea, é aquecida de 10°C até 60°C. Sabendo-se que a barra a
10°C tem um comprimento igual a 5,000 m e que o coeficiente da dilatação linear do ferro é igual
1,2 x 10-6 °C-1, podemos afirmar que a variação de dilatação ocorrida e o comprimento final da barra
foram de:
a) 5 x 10-4m; 5,0005m c) 3 x 10-4m; 5,0003m
b) 4 x 10-4m; 5,0004m d) 2 x 10-4m; 5,0002m

22) (UFMG) O comprimento L de uma barra, em função de sua temperatura t , é descrito pela expressão
L = L 0 + L 0 a (t - t 0), sendo L0 o seu comprimento à temperatura t0 e a o coeficiente de dilatação do
material da barra.
Considere duas barras, X e Y, feitas de um mesmo material. A uma certa temperatura, a barra X tem o
dobro do comprimento da barra Y . Essas barras são, então, aquecidas até outra temperatura, o que
provoca uma dilatação ∆X na barra X e ∆Y na barra Y.
A relação CORRETA entre as dilatações das duas barras é:

a) ∆x = ∆y b) ∆x = 4 ∆y c) d) ∆x = 2 ∆y

16 Física - M2
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COMPORTAMENTO DOS GASES


E TERMODINÂMICA
1 - INTRODUÇÃO
Já estudamos, no capítulo 1, as grandezas fundamentais da Física Térmica: temperatura e calor. Vi-
mos as implicações do fornecimento de calor a um certo corpo: aumento de temperatura, dilatação térmica e
mudança de fase.
Neste capítulo, teremos a oportunidade de verificar as principais características dos gases. Estaremos
estudando as transformações gasosas e as suas respectivas relações de energia.
Ao final , poderemos compreender o funcionamento de motores a explosão e de refrigeradores.

2 - GÁS IDEAL
Quando estudamos uma certa substância no estado gasoso, sabemos que as suas partículas apresentam um
alto grau de desordem. Como conseqüência, o estado gasoso não possui nem forma nem volume definidos.
Além disso, podemos separar o estado gasoso em duas partes: vapor e gás.
O vapor pode ser liqüefeito por compressão e o gás, não.
Devido ao movimento caótico das partículas de um gás, é impossível estudar as características básicas (energia
e quantidade de movimento, por exemplo) de cada partícula. Só para que se tenha uma idéia, se quiséssemos
contar o número de moléculas de 1,0 mol de um gás qualquer através de um aparelho que registre uma molécula
a cada 1,0 x 10-6 segundo, levaríamos cerca de vinte bilhões de anos nesta contagem.
Está claro que o estudo dos gases deve ser puramente estatístico. Portanto, quando dissermos que a
velocidade das moléculas tem certo valor, deve-se entender que este é um valor médio.
Outra dificuldade que existe é a grande quantidade de gases, cada um com características particulares.
Para sanar essa dificuldade, vamos criar o modelo do gás ideal (perfeito) e estudar o comportamento
deste tipo de gás.
Para ser ideal, um gás teria que apresentar as seguintes características:
a) grande número de partículas.
b) o volume das partículas deve ser desprezível, em comparação com as distâncias por elas percor-
ridas.
c) as partículas do gás não interagem à distância.
d) as partículas efetuam choques perfeitamente elásticos que duram um intervalo de tempo muito
pequeno.
e) o movimento das partículas é totalmente caótico.
Não há exemplos de gases que sejam perfeitos. Porém, gases mantidos a altas temperaturas e baixas
pressões se aproximam muito das características citadas.

3 - VARIÁVEIS DE ESTADO DE UM GÁS


No estudo da cinemática, estudamos algumas grandezas que nos forneciam as características básicas do
movimento de um corpo: espaço, velocidade, aceleração e tempo. As variáveis de estado de um gás nos
contarão as características básicas de um certo gás. São três essas variáveis: temperatura, pressão e
volume.
A) TEMPERATURA: já sabemos que temperatura mede o grau de agitação das moléculas de um certo
corpo. É importante se notar que, em um gás, a temperatura está relacionada com a velocidade das
partículas. Podemos perceber que quanto maior a temperatura do gás, maior será a velocidade de suas
partículas.
Observação: A velocidade a que nos referimos no texto deve ser entendida como a média das velocidades
das partículas do gás ( V ). Lembre-se que é possível que um grupo de partículas possua uma velocidade
maior e que outro grupo possua velocidade menor que a média.
Percebemos, portanto, que existe uma relação entre a temperatura do gás e a energia cinética média das
partículas.
No estudo dos gases, temperatura tem que ser trabalhada em Kelvin.
Física - M2 17
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B) PRESSÃO: devido ao movimento caótico da partículas de um gás, a todo instante teremos a colisão des-
tas com as paredes internas do recipiente. A essas colisões podemos relacionar uma força de interação
entre o gás e o recipiente, o que irá produzir uma certa pressão.
Quando estudamos a hidrostática, vimos que pressão é a razão entre força aplicada e a área de aplica-
ção. No caso de um gás, a pressão por ele exercida está relacionada com o número de choques entre
as partículas e as paredes do recipiente.
C) VOLUME: os gases não possuem forma nem volume definidos. Sabemos que o volume de um gás é
igual ao volume do recipiente que o contém.

4 - EQUAÇÃO DE CLAPEYRON
Vamos imaginar um gás que possua uma número de mols igual a n. Esse gás está contido em um recipiente
de volume V, possui uma temperatura absoluta T e exerce uma pressão p sobre o recipiente.

A relação entre as variáveis de estado é dada pela equação de Clapeyron:


p.V=nRT
gás
R é a constante universal dos gases, cujo valor depende somente das unidades.
Os principais valores de R são:
p, V, T, n R = 8,3 J/mol K

N
O joule (J) foi obtido partir do produto das unidades (da pressão) e m3 (do volume).
m2
N
Lembre-se que . m3 = N . m = J
m2
R = 0,082 atm . L/mol . K
quando a pressão for dada em atmosferas e o volume, em litros.
Percebemos que em ambos os casos o número de mols deve ser trabalhado em mol e a temperatura, em
5 - EQUAÇÃO GERAL DOS GASES PERFEITOS
Sabemos que as grandezas que definem o estado de
um gás são a temperatura, a pressão e o volume.
Diremos que um gás sofreu uma transformação gás
quando essas grandezas se modificam. A equação gás
que é aplicada a essas transformações recebe o nome
de equação geral dos gases perfeitos.
p1, V1, T1 p2, V2, T2
A figura seguinte mostra um recipiente com a tampa
móvel que contém um gás ideal e dois estados dife- (estado 1) (estado 2)
rentes deste gás.
Se considerarmos que a massa de gás permanece a mesma dentro do recipiente, o número de mols, n, é constante.
Assim, podemos escrever a equação de Clapeyron para os dois estados do gás.
p1 . V1 p2 . V2
Estado 1: p1 . V1 = n R T1 ⇒ T = n . R (I) Estado 2: p2 . V2 = n R T2 ⇒ =n.R
1 T2
(II)
As duas equações anteriores são iguais.

p1 . V1 p2 . V2
=
Assim, T1 T2 que é a equação geral dos gases.
Iremos aplicar essa equação no estudo de algumas transformações gasosas específicas.
Observação: No caso de haver variação da massa do gás (devido a, por exemplo, um escapamento de
gás), o número de mols no estado 1 (n1) será diferente do número de mols no estado 2 (n2). Nesse caso, a
p1 . V1 p2 . V2
=
equação anterior pode ser escrita como sendo: n1 . T1 n2 . T2

18 Física - M2
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6 - TRANSFORMAÇÕES GASOSAS
A) Transformação isotérmica: É possível que um gás sofra uma
transformação, de um estado 1 para outro estado 2, de tal forma
que a sua temperatura permaneça constante (T1 = T2). Nesse
caso, a equação geral dos gases fica reduzida a:

p1 . V1 = p2 . V2 p1, V1, T1 p2, V2, T2

Essa transformação recebe o nome de isotérmica (iso = igual; termos = temperatura) e, pela equação
1
apresentada, podemos concluir que a pressão é inversamente proporcional ao volume do gás (p α ).
V
O motivo desta característica pode ser explicado facilmente: se a
temperatura do gás é constante, a velocidade das moléculas tam-
bém o é. O aumento do volume do recipiente, por exemplo acarreta
em aumento no percurso médio das moléculas entre dois choques
sucessivos contra as paredes do recipiente. Por conseqüência, a
taxa de colisões (e a pressão) diminui.
O gráfico da pressão em função do volume é uma hipérbole
chamada isoterma. Veja:
B) Transformação isobárica: Uma transformação
gasosa em que a pressão exercida pelo gás é sem-
pre a mesma recebe o nome de isobárica (baros =
pressão). Nesse caso, o volume ocupado pelo gás é
diretamente proporcional à sua temperatura absoluta.
A equação dos gases pode ser escrita da seguinte
maneira: V V
1
= 2
p1, V1, T1 p2, V2, T2
T1 T2

Para que a pressão fique constante, é necessário que a taxa de colisões


entre as partículas do gás e o recipiente permaneça a mesma Se diminuir-
mos o volume, a distância média percorrida pelas partículas do gás entre 2
colisões se tornará menor e, para manter constante a pressão, a velocidade
das partículas deve diminuir.
O gráfico do volume em função da temperatura absoluta do gás será uma
reta. Veja:

C) Transformação isovolumétrica, isocórica ou isométrica:


Se um recipiente possui um volume constante e contém um gás em
seu interior, as transformações que esse gás pode sofrer são feitas a
volume constante. Quando um gás possui volume constante em uma
transformação, a pressão é diretamente proporcional à temperatura
absoluta. A equação dos gases fica reduzida a: p p
1
= 2
T1 T2

Note que, com o volume constante, a distância média percorrida pelas partículas do gás entre dois choques
é sempre a mesma. O aumento da temperatura significa o aumento da velocidade média das partículas e,
portanto, a taxa de colisões aumenta.
O gráfico da pressão em função da temperatura absoluta é:

Física - M2 19
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7 - TRABALHO (W)
A) Trabalho em uma transformação isobárica
Vamos imaginar que uma certa massa de gás está contida em um recipiente cujo volume pode variar (êmbolo móvel).
Se fornecermos uma quantidade de calor ao gás é possível que, devido ao aumento verificado na energia
média das partículas, o gás “empurre” o êmbolo para cima, aumentando, portanto, o seu volume.
A figura seguinte mostra as situações inicial e final descritas no parágrafo anterior.
A transformação descrita é isobárica, ou seja, onde sabemos que o volume é diretamente proporcional à
temperatura absoluta.

Podemos entender que o gás irá aplicar uma força de


êmbolo h
área (A)
intensidade F sobre o êmbolo móvel de área A. Devido
a essa força, o êmbolo sofrerá um deslocamento h.

calor

O trabalho realizado pelo gás pode ser calculado por: W = F . h (I)


F
Mas a pressão exercida pelo gás pode ser calculada por: P= ⇒ F = p . A (II)
A
Substituindo (II) em (I), temos: W=p.A.h
Da geometria espacial, sabemos que o produto A . h representa o volume do cilindro. No caso que estamos
estudando, esse produto representa o aumento de volume ∆V verificado pelo gás. Assim: W = p . ∆V
Com base na expressão que obtivemos, podemos estabelecer duas situações distintas.
1) Quando houver uma expansão (aumento de volume), o sinal de ∆V é positivo. Nesse caso, o trabalho
será positivo e diremos que o gás realizou trabalho.
2) Em uma contração (diminuição de volume), ∆V é negativo. Logo, o trabalho é negativo. Diremos que
o meio externo realizou trabalho sobre o gás.
B) Trabalho em uma transformação qualquer
Em uma transformação qualquer (inclusive na isobárica), podemos calcular o trabalho através da área sob
o gráfico pressão versus volume. É importante que tenhamos sempre em mente que o trabalho é positivo
na expansão e negativo na compressão.
Observação: Uma transformação é chamada de cíclica quando a pressão, volume e temperatura, após
algumas evoluções, retomam os valores iniciais.

w w
w

trabalho positivo trabalho positivo trabalho positivo

O trabalho total de um ciclo é numericamente igual à


área interna do ciclo. Veja: w w

trabalho positivo trabalho positivo

20 Física - M2
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8 - ENERGIA INTERNA DE UM GÁS (U)


Já sabemos que as partículas de um gás estão em constante movimentação e que quanto maior a tempera-
tura, maior será a média das velocidades dessas partículas.
Devido a essa movimentação, dizemos que as partículas possuem uma certa energia cinética. Daremos nome
de energia interna (U) de um gás à soma das energias cinéticas das suas partículas. Pode-se demonstrar
que a energia interna é dada por:
3 onde n = número de mols
U = nRT
2 R = constante universal dos gases
ou T = temperatura absoluta.

3 p = pressão
U= p. V
2 V = volume do gás

A variação da energia interna ( ∆U ) depende, portanto, da variação da temperatura absoluta do gás. Assim:
3
∆U = n R ∆T
2

Note que: 1) no aquecimento: ∆T > 0 ⇒ ∆U > 0


2) no resfriamento: ∆T < 0 ⇒ ∆U < 0

9 - 1ª LEI DA TERMODINÂMICA
A 1ª lei da termodinâmica estabelece a relação existente entre o calor, o trabalho e a energia interna de um gás.
Podemos entender esta lei como uma lei da conservação da energia. A expressão matemática é: Q = W + ∆U
Q é a quantidade de calor trocada, que pode ser positiva quando o calor é recebido pelo gás, e negativa
quando o calor é cedido pelo gás.
Vamos aplicar essa lei às transformações gasosas.
A) Transformação isotérmica
Se a temperatura é constante, ∆U = 0. Assim a 1ª lei pode ser escrita da seguinte forma: Q = W
Essa expressão sugere que, mesmo recebendo calor, a temperatura do gás não se altera, pois toda a energia
recebida é gasta sob forma de trabalho.
B) Transformação isobárica
Nesse caso, os três termos da 1ª lei são diferentes de zero. Logo: Q = W + ∆U
Se o gás receber calor, parte dessa energia será utilizada para realizar trabalho e a outra parte será arma-
zenada sob a forma de energia interna. Se o gás ceder calor, o trabalho será realizado sobre o gás e a sua
temperatura irá diminuir.
C) Transformação isovolumétrica
Quando o volume permanece constante, não há a realização de trabalho (W = 0). Dessa forma, a 1ª lei fica
reduzida a: Q = ∆U
Isso significa que todo o calor recebido pelo gás é armazenado sob forma de energia interna. Por outro lado,
se o gás ceder calor, ele utiliza a sua energia interna para tal fim.

D) Transformação adiabática
Chamamos de transformação adiábatica aquela que se processa sem troca de calor entre o gás e o meio
externo (Q = 0). Assim: W = - ∆U
Note que, se o gás realizar trabalho (aumento de volume, W > 0), a sua energia interna diminui (diminuição de
temperatura, ∆U < 0). Por outro lado, se o meio externo realizar trabalho sobre o gás (diminuição de volume,
W < 0), a energia interna do gás irá aumentar (aumento de temperatura, ∆U > 0).

Física - M2 21
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10 - 2ª LEI DA TERMODINÂMICA
Quando aplicamos a 1ª lei da Termodinâmica à transformação isotérmica, encontramos uma situação ab-
surda: como Q = W, seria possível de se obter um aproveitamento de 100% do calor recebido por um gás.
Na prática, não se obtém esse rendimento.
A 2ª lei da Termodinâmica aparece para restringir esse ponto incorreto da 1ª lei. Para que possamos com-
preender a 2ª lei, vamos imaginar uma máquina térmica (M.T.) que necessite de uma certa quantidade de
calor Q1 para funcionar.
Essa máquina está recebendo o calor Q1 de uma fonte térmica, chamada fonte quente que está a tem-
peratura TQ. De todo a calor recebido, uma parte será aproveitada pela máquina para a realização de um
trabalho W. A máquina térmica irá, sempre, ceder a uma outra fonte térmica (fonte fria) uma quantidade de
calor Q2. A fonte fria está a uma temperatura TF. Veja o esquema:

TQ TF

FONTE Q1 Q2 FONTE
MT
QUENTE FRIA
W

Q1 = W + Q2

A 2ª lei da Termodinâmica afirma que é impossível a uma máquina térmica aproveitar a integridade da
quantidade de calor que recebe da fonte quente, ou seja, Q2 ≠ 0.
energia útil W
Para uma máquina térmica, R = = , mas Q1 = W + Q2 ⇒ W = Q1 - Q2
energia total Q1
Q − Q2 Q2
R= 1 ⇒ R = 1−
Q1 Q1

11 - O CICLO DE CARNOT
Uma vez que se sabe que o rendimento de uma máquina térmica nunca será de 100%, podemos tentar
imaginar uma maneira de se aproveitar o máximo possível o calor recebido.
O físico Sadi Carnot descobriu um ciclo de transformações (hoje chamado ciclo de Carnot) no qual o ren-
dimento será o maior possível.
O ciclo de Carnot se constitui de: expansão isotérmica (AB), expansão adiabática (BC), compressão isoté-
rmica (CD) e compressão adiabática (DA). Veja:

Pode-se demonstrar que o rendimento de uma


máquina térmica que opera segundo um ciclo de
Carnot é:
TF
R = 1−
TQ

TF e TQ são as temperaturas absolutas das fontes


fria e quente, respectivamente.

22 Física - M2
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1) (ENEM) A panela de pressão permite que os alimentos sejam cozidos em água muito mais rapidamente
do que em panelas convencionais. Sua tampa possui uma borracha de vedação que não deixa o vapor
escapar, a não ser através de um orifício central sobre o qual assenta um peso que controla a pressão.
Quando em uso, desenvolve-se uma pressão elevada no seu interior. Para a sua operação segura, é
necessário observar a limpeza do orifício central e a existência de uma válvula de segurança, normal-
mente situada na tampa.
O esquema da panela de pressão e um diagrama de fase da água são apresentados abaixo.

A vantagem do uso de panela de pressão é a rapidez para o cozimento de alimentos e isto se deve
a) à pressão no seu interior, que é igual à pressão externa.
b) à temperatura de seu interior, que está acima da temperatura de ebulição da água no local.
c) à quantidade de calor adicional que é transferida à panela.
d) à quantidade de vapor que está sendo liberada pela válvula.
e) à espessura da sua parede, que é maior que a das panelas comuns.
2) (ENEM) Se, por economia, abaixarmos o fogo sob uma panela de pressão logo que se inicia a saída de
vapor pela válvula, de forma simplesmente a manter a fervura, o tempo de cozimento
a) será maior porque a panela “esfria”.
b) será menor, pois diminui a perda de água.
c) será maior, pois a pressão diminui.
d) será maior, pois a evaporação diminui.
e) não será alterado, pois a temperatura não varia
3) (UFMG) Um mergulhador, em um lago, solta uma bolha de ar de volume V a 5,0 m de profundidade. A
bolha sobe até a superfície, onde a pressão é a pressão atmosférica.
Considere que a temperatura da bolha permanece constante e que a pressão aumenta cerca de 1,0 atm
a cada 10 m de profundidade.
Nesse caso, o valor do volume da bolha na superfície é, aproximadamente,
a) 0,67 V
b) 2,0 V
c) 0,50 V
d) 1,5 V.

Física - M2 23
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ÓPTICA E ONDULATÓRIA
ÓPTICA GEOMÉTRICA
REFLEXÃO DA LUZ
1 - INTRODUÇÃO
A Óptica é a parte da Física que estuda a luz. Ela é dividida em Óptica Física (que se preocupa em investigar
a natureza da luz) e Óptica Geométrica (que estuda a propagação da luz em vários meios e os fenômenos
que podem acontecer durante essa propagação).
Vamos estudar, neste capítulo, a Óptica Geométrica, onde teremos oportunidade de trabalhar com, basica-
mente, dois fenômenos relacionados com a luz: reflexão e refração.
Entenderemos os processos de formação de imagens em espelhos e lentes, faremos uma investigação de
alguns aparelhos ópticos como a câmara escura, a lupa e o microscópio e estudaremos a óptica da visão.

2 - CONCEITOS INICIAIS
A) Luz: é o tipo de onda eletromagnética (pode se propagar no vácuo) responsável pelas nossas sensações
visuais, cujas freqüências vão de 4,0 x 1014 Hz a 7,5 x 1014 Hz.
Se a luz emitida por algum objeto atingir os nossos olhos, podemos dizer que estamos enxergando este
objeto. Dependendo do tipo de luz que este objeto está emitindo, teremos a sensação da formação de uma

B) Fontes de Luz
São todos os objetos que emitem luz, própria ou não. Note que se um objeto é uma fonte de luz, ele pode
ser visto por nós. Dizemos que as fontes de luz são, portanto, os objetos visíveis.
B.1) Fontes Primárias: são aquelas que possuem um mecanismo próprio para a emissão de luz, ou seja,
estas fontes “criam” a luz por elas emitida. O Sol, uma vela acesa e uma chama são exemplos de fonte de
luz primária. São também chamadas de corpos luminosos.
B.2) Fontes Secundárias: são corpos que necessitam receber luz de outros corpos para serem vistos. Estes
corpos apenas refletem parte da luz que incide sobre eles. São também chamadas de corpos iluminados.
B.3) Fontes Puntiformes: são aquelas cujo tamanho é desprezível em relação ao todo observado. As
estrelas que vemos durante a noite são, para nós, fontes puntiformes.
B.4) Fontes Extensas: são fontes cujo tamanho não pode ser desprezado. Se observarmos o farol de um
automóvel a 20 centímetros de distância, ela será, para nós, uma fonte de luz extensa.
C) Princípios da Óptica Geométrica
C.1) Princípio da Propagação Retilínea: Em meios homogêneos e isótropos (as características são indepen-
dentes da direção de observação) a luz se propaga em linha reta. Este princípio é de grande importância para
o estudo da Óptica Geométrica por apresentar as condições para que a luz se desloque em linha reta.
Veremos, a seguir, algumas conseqüências deste princípio.
C.1.1) Formação de Sombras: A figura mostra uma fonte puntiforme, um corpo opaco e um anteparo,
dispostos nesta ordem.

Alguns raios luminosos que são emitidos pela fonte não con-
seguem atingir o anteparo, pois o corpo opaco não permite que
eles passem. Dessa forma, podemos produzir, no anteparo, uma
região escura chamada sombra (ou umbra).

24 Física - M2
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Seja L a distância entre a fonte e o anteparo, L’ a distância entre a fonte e


a sombra, H o comprimento do corpo opaco (no caso, o diâmetro do disco)
e H’ o comprimento da sombra. A figura ao lado mostra estas distâncias.
Os triângulos OAB e OCD são semelhantes. Assim, vale a relação:
H H'
=
L L'

C.1.2) Eclipse Solar: Devido aos movimentos de


translação da Terra e da Lua, de tempos em tempos
ocorre um alinhamento Sol-Lua-Terra. Isto faz com
que a Lua impeça que alguns raios solares incidam
sobre a Terra. A este fenômeno damos o nome de
eclipse solar. Veja.
C.1.3) Cálculo de Alturas: Imagine que queiramos
calcular a altura H de um prédio. Para isso, podemos medir, em uma determinada hora do dia, o comprimento
da sombra por ele projetada e comparar com o comprimento da sombra projetada por um outro corpo (que
deve ser medido no mesmo instante) do qual conhecemos a altura. Veja a figura.

Como os raios solares são paralelos, os triângu-


los ABC e DEF são semelhantes. Dessa forma,
podemos escrever que a razão entre a altura H do
prédio e a altura h do corpo é igual à razão entre o
comprimento L da sombra projetada pelo prédio e
o comprimento l da sombra projetada pelo corpo.
H L
Matematicamente, temos: =
h 

C.2) Princípio da Independência dos Raios Luminosos: Quando dois raios de luz se cruzam, cada um
deles segue o seu caminho, como se nada tivesse acontecido.
C.3) Princípio da Reversibilidade dos Raios Luminosos: Trocando-se de posição o objeto e o observador, o
caminho seguido pelo raio luminoso é o mesmo, havendo, somente, uma inversão no sentido de propagação.
3 - REFLEXÃO DA LUZ
Imagine um raio luminoso que se propaga em um meio A e incide na superfície de separação deste meio
com outro meio B. Este raio luminoso pode não conseguir atravessar a superfície e retornar para o meio A.
Este fenômeno é chamado de REFLEXÃO LUMINOSA.
Para que possamos estudar a reflexão luminosa, existem alguns elementos importantes e que estão rep-
resentados na figura seguinte.

RI: raio incidente;


RR: raio refletido;
N: reta normal (sempre perpendicular à superfície)
i: ângulo de incidência;
r: ângulo de reflexão
Os ângulos de incidência e de reflexão devem ser medidos,
sempre, em relação à reta normal traçada.

Física - M2 25
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A) Leis da Reflexão
1ª Lei: A reta normal, o raio incidente e o raio refletido são coplanares.
2ª Lei: O ângulo de incidência é congruente ao ângulo de reflexão (i = r).

B) Tipos de Reflexão
B.1) Reflexão Especular (Regular): É o tipo de reflexão que ocorre em superfícies perfeitamente polidas.
Neste tipo de reflexão, um feixe cilíndrico incidente se transforma em um feixe cilíndrico refletido. A formação
de imagens em espelhos está relacionada com este tipo de reflexão.
B.2) Reflexão Difusa (Difusão): É o tipo de reflexão que ocorre em superfícies rugosas onde, a partir de
um feixe incidente cilíndrico, os raios luminosos são “espalhados” em diversas direções, devido à rugosidade
da superfície. É através deste tipo de reflexão que podemos ver vários objetos à nossa volta.

4 - ESPELHOS PLANOS

A toda superfície plana e polida, capaz de refletir a luz (em parte) de maneira
especular, formando imagens, damos o nome de espelho plano.
Um espelho plano será representado, esquematicamente, por um traço. Veja

Para que possamos compreender a formação de imagens no espelho plano, é importante que entenda-
mos o significado de PONTO OBJETO, PONTO IMAGEM, PONTO REAL e PONTO VIRTUAL. Faremos
a definição destes pontos de maneira genérica, em função daquilo que iremos necessitar em todo o
estudo da óptica geométrica
1) PONTO OBJETO: é o ponto formado pelo encontro de raios luminosos
que incidem no sistema óptico (neste caso, o espelho plano).

2) PONTO IMAGEM: é o ponto formado pelo encontro


de raios luminosos que emergem do sistema ópti-
co. Quando o encontro dos raios é efetivo, dizemos
que o ponto é REAL. Quando o feixe emergente é
divergente, devemos prolongar a direção dos raios
luminosos e, dessa forma, o ponto é formado pelos
prolongamentos dos raios. Dizemos, neste caso,
que o ponto é VIRTUAL.

A) Formação de Imagens em Espelhos Planos: Imagine um objeto luminoso colocado em frente a um


espelho plano. De cada ponto deste objeto teremos um conjunto de raios que irão incidir no espelho e,
através da reflexão, poderão chegar aos olhos de um certo observador, havendo, portanto, a formação de
um algum tipo de imagem.
Para que possamos construir a imagem do objeto luminoso AB, vamos considerar
somente os dois pontos extremos deste objeto. Veja:
Da extremidade A do objeto, traçamos dois raios luminosos que, após a reflexão
no espelho, seguem as direções (1) e (2). Note que estes raios refletidos não se
encontram de fato. Quando efetuamos o prolongamento destes raios, pudemos
notar o encontro deles no ponto A’. Repetindo o procedimento para o ponto B,
encontramos o ponto B’.

26 Física - M2
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Como a imagem A’B’ é formada pelos prolongamentos dos raios refletidos, ela é uma IMAGEM VIRTUAL, o
que significa que esta imagem não pode ser projetada em anteparos. Podemos perceber que há uma grande
simetria entre o objeto e a imagem. Assim, dizemos que a imagem é DIREITA (não invertida) e IGUAL (do
mesmo tamanho) em relação ao objeto. Além disso, a distância entre o objeto e o espelho (Do) é igual à
distância entre a imagem e o espelho (Di).
Resumindo estas características,
dizemos que, em relação ao objeto, Observação:
a imagem é:
VIRTUAL Devido ao processo de formação de imagens, o espelho plano
promove a REVERSÃO da imagem, ou seja, ocorre a troca da
DIREITA orientação esquerda-direita da imagem em relação ao objeto.
Se chegarmos em frente a um espelho plano e fecharmos o
IGUAL
olho direito, teremos a impressão de que a imagem fechou o
Do = Di olho esquerdo.

5 - ESPELHOS ESFÉRICOS
Um espelho esférico é uma secção de uma esfera capaz de refletir a
luz de maneira especular e formar imagens.
Face externa
Quando o espelho produzir imagens através da reflexão da luz em sua
parte interna, ele é chamado de ESPELHO ESFÉRICO CÔNCAVO.
Este tipo de espelho pode ser utilizado na construção de telescópios, por
exemplo, por formar, em determinadas condições, imagens reais. Face interna
Se a formação da imagem for feita pela reflexão luminosa em sua
parte externa, teremos um ESPELHO ESFÉRICO CONVEXO. Alguns
espelhos retrovisores externos de automóveis são deste tipo. Em
Calota esférica de vidro
comparação com os espelhos planos e côncavos, este tipo de espelho
tem a capacidade de produzir o maior campo visual.

A) Elementos de um Espelho Esférico: Para que possamos compreender a formação de imagens nos
espelhos esféricos, é necessário que conheçamos alguns de seus elementos principais. Estes elementos
são os mesmos para os espelhos côncavo e convexo. A figura seguinte relaciona estes elementos.

Eixo principal é uma reta que intercepta


o espelho exatamente em seu centro geo-
métrico, formando, com a superfície do
espelho, um ângulo de 90º.
Vértice é o ponto de interseção entre o eixo
principal e o espelho.

Quando um espelho côncavo é disposto contra o Sol, de tal forma que os raios solares incidam paralelamente
ao eixo principal, nota-se uma pequena “mancha” luminosa à frente deste espelho. Isto ocorre porque os
raios luminosos que incidem paralelos ao eixo principal são refletidos em direção a um ponto chamado foco.
O nome foco deriva do latim focus, que significa fogo. Se uma folha de papel for colocada nesta “mancha”
luminosa, poderá pegar fogo. Na prática, um espelho esférico não possui um único ponto focal. Este é o
motivo de, na experiência descrita acima, verificarmos o aparecimento de uma “mancha” luminosa e não de
um ponto luminoso. Porém, em nosso estudo, iremos considerar que todo raio que incida paralelamente ao
eixo principal se reflete passando pelo foco. A distância entre o foco e o espelho é chamada de distância
focal (f) .

Física - M2 27
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Centro de curvatura representa o centro da esfera de onde foi retirada a calota. A distância entre o centro
de curvatura e o espelho é, portanto, o raio do espelho (R).
Dois segmentos de reta que ligam o centro de curvatura até as extremidades do espelho esférico determinam
o ângulo de abertura do espelho (a). Veja.

Para que a imagem produzida pelo espelho esférico seja nítida, é necessário
que o seu ângulo de abertura seja muito pequeno (um limite razoável é
α ≤ 10º). Este limite é chamado de condição de Gauss.

Quando este limite for respeitado, podemos dizer que a distância focal é a
R
metade do raio, ou seja, f = .
2

B) Raios Notáveis: São raios luminosos especiais cuja reflexão devemos conhecer para que possamos
determinar graficamente as imagens produzidas pelos espelhos esféricos.

Espelho Côncavo

F C F C

Todo raio que incide num espelho esférico côn- Todo raio que incide num espelho esférico côn-
cavo passando pelo centro de curvatura reflete- cavo paralelamente ao eixo principal reflete-se
se sobre si mesmo. passando pelo foco.

V F C F C

Todo raio que incide no vértice de um espelho Todo raio que incide num espelho esférico
esférico côncavo reflete-se de tal forma que o côncavo passando pelo foco reflete-se parale-
ângulo de incidência e o ângulo de reflexão são lamente ao eixo principal.
iguais em relação ao eixo principal.

Espelho Convexo
Nos espelhos convexos, esses mesmos raios se comportam da seguinte forma:

F C F C

Raio incidente na direção normal à superfície. Raio incidente paralelo ao eixo principal.

F C F C

Raio incidente no vértice. Raio incidente na direção do foco.

28 Física - M2
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C) Fomação de Imagens:

Posição do objeto AB Espelho côncavo Características da


imagem A’ B’

A
Objeto extenso além do
real
ponto C, em que: B’
menor
C = centro de curvatura B C F V
invertida
F = foco principal A’
V = vértice

A
real
Objeto extenso sobre C igual
B’ º B º C F V
invertida
A’

A
real
Objeto extenso entre B’
invertida
CeF C B F V
maior

A’

A
A imagem é denominada
Objeto extenso sobre F C imprópria, pois os raios re-
BºF V fletidos são paralelos.

virtual

Objeto extenso entre direita


C B V B’ A
FeV A’ maior

A
A’ virtual
Objeto extenso loca-
lizado na frente do es- menor
pelho C F B’ V B direita

Física - M2 29
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D) Equações de Gauss: Podemos determinar as características de cada imagem através da utilização de


equações. Desta forma estaremos trabalhando com a formação analítica de imagens.
A figura seguinte ilustra o 3º caso mostrado no item anterior.

Na figura:
f = distância focal
Do = distância do objeto ao espelho
Di = distância da imagem ao espelho
Ho = tamanho do espelho
Hi = tamanho da imagem

As equações de Gauss são.


1 1 1 Hi Di
= + =
f Do Di Ho Do

Além das equações acima, temos que conhecer uma convenção de sinais para f e Di. Veja:

positivo ⇒ espelho concavo positivo ⇒ imagem real


f negativo ⇒ espelho convexo e Di negativo ⇒ imagem virtual
 

1) (PUCCAM-SP) O motorista de um carro olha no espelho retrovisor interno e vê o passageiro do banco


traseiro. Se o passageiro olhar para o mesmo espelho verá o motorista. Este fato se explica pelo:
a) princípio da independência dos raios luminosos.
b) fenômeno de refração que ocorre na superfície do espelho.
c) fenômeno de absorção que ocorre na superfície do espelho.
d) princípio da reversibilidade dos raios luminosos.

2) Na figura está representado um espelho plano vertical e um eixo horizontal onde estão os pontos A, B, C,
D, E, F, G e H, eqüidistantes entre si.
Se o espelho plano sofrer uma translação, passando
do ponto C ao ponto D, a imagem de A vai passar:
a) do ponto D para o ponto E.
b) do ponto E para o ponto G.
A B C D E F G H
c) do ponto E para o ponto F.
d) do ponto E para o ponto H.
e) do ponto F para o ponto G.
3) (UFMG) Observe a figura.

Nesta figura, dois espelhos planos estão dispostos de


modo a formar um ângulo de 30° entre eles. Um raio lumi-
noso incide sobre um dos espelhos, formando um ângulo
de 70º com a sua superfície.
30° Esse raio, depois de se refletir nos dois espelhos, cruza o
a raio incidente formando um ângulo a de:
70° a) 90° c) 110° e) 140°
b) 100° d) 120°

30 Física - M2
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4) (UFMG) Um raio de luz monocromática incide sobre a superfície refletora de um espelho plano, num
ângulo de 45°, como representado na figura.
0
O espelho é, então, girado de 45° no sentido horário, no plano
da figura, em torno do ponto O (figura). O raio é mantido na
mesma direção.
45° A figura que melhor representa a situação final é:

a) b) c)

45°

d) e)

45°

5) (Itaúna-MG) Diante de um espelho, uma pessoa vê a sua imagem maior e direita (não invertida). Pode-se
afirmar que essa pessoa está diante de um espelho:
a) côncavo, entre o centro de curvatura e o foco. d) convexo.
b) côncavo, entre o foco e o vértice. e) plano ou côncavo.
c) côncavo ou convexo.

6) (UFMG) Uma revista nacional de divulgação científica publicou:


“A parte interna das colheres de metal funciona como um espelho côncavo e, segundo uma lei da Óptica,
a imagem refletida é sempre real (pode ser projetada em um anteparo), menor e invertida em relação
ao objeto”.
Esta afirmativa é falsa, do ponto de vista da Física. Para torná-la verdadeira, temos que efetuar, nela, a
seguinte troca de termos:
a) côncavo por convexo d) real por virtual.
b) invertida por direta. e) sempre por às vezes.
c) menor por maior.
7) (PUC-MG) Um espelho esférico tem raio de curvatura igual a R. Colocando-se um objeto sobre o seu
eixo principal, a uma distância igual a 3R do seu vértice, obtém-se uma imagem invertida em relação ao
objeto. O tipo de espelho e a distância da imagem a ele são respectivamente:
a) côncavo; 1,3R d) convexo; 4,2R
b) côncavo; 0,6R e) côncavo; 2,0R
c) convexo; 0,8R

8) (Itaúna-MG) A figura mostra uma vela diante de um espelho. Pode-se afirmar que o espelho da figura é:
a) côncavo e a vela está no centro de curvatura do espelho.
b) côncavo e a vela está no foco do espelho.
c) côncavo e a vela está entre o foco e o vértice.
d) convexo, pois a imagem não é invertida.
e) convexo, pois a imagem é maior que a vela.

Física - M2 31
Tecnologia ITAPECURSOS

Responda às questões de 9 a 10 assinalando para cada questão:


a) se apenas as afirmativas I e II forem falsas.
b) se apenas as afirmativas II e III forem falsas.
c) se apenas as afirmativas I e III forem falsas.
d) se todas forem verdadeiras.
e) se todas forem falsas.

9) (PUC-MG) Sobre a formação de imagens em espelhos, pode-se dizer que:


I. um espelho côncavo pode formar uma imagem real a partir de uma imagem virtual obtida por outro
espelho.
II. um espelho convexo pode formar uma imagem virtual a partir de uma imagem real obtida por outro
espelho.
III. um espelho côncavo pode formar uma imagem virtual a partir de uma imagem virtual obtida por outro
espelho.

10) (PUC-MG) O espelho retrovisor externo dos carros está sendo construído com espelhos ligeiramente
convexos para aumentar o campo de visão do motorista. Isso quer dizer que:
I. a imagem formada é maior.
II. a imagem formada parece mais afastada.
III. a imagem formada parece mais próxima.

11) (UFV) A distância entre um objeto e a sua imagem real projetada num anteparo é de 30cm. Calcule o
raio de curvatura do espelho, sabendo que a imagem é quatro vezes maior que o objeto.
a) 16cm
b) 20cm
c) 30cm
d) 45cm
e) 8,0cm

12) (ENEM) A sombra de uma pessoa que tem 1,80 m de altura mede 60 cm. No mesmo momento, a seu
lado, a sombra projetada de um poste mede 2,00 m. Se, mais tarde, a sombra do poste diminuiu 50 cm,
a sombra da pessoa passou a medir:
a) 30 cm
b) 45 cm
c) 50 cm
d) 80 cm
e) 90 cm

32 Física - M2
Tecnologia ITAPECURSOS

ÓPTICA GEOMÉTRICA
REFRAÇÃO DA LUZ
1 - INTRODUÇÃO
No capítulo anterior, tivemos a oportunidade de estudar alguns conceitos fundamentais para o entendimento
da óptica geométrica: raio de luz, feixe, meios de propagação e tipos de imagens. Vamos utilizar vários destes
conceitos para que possamos compreender o fenômeno da refração da luz.
Após o estudo das leis da refração, teremos a oportunidade de trabalhar com alguns fenômenos ópticos
relacionados com a refração, tais como a reflexão total, a dispersão luminosa e a formação de imagens
pelas lentes.

2 - ÍNDICE DE REFRAÇÃO (n)


A luz se propaga nos diversos meios com velocidades diferentes. O meio em que a velocidade da luz atinge
o seu valor máximo é o vácuo (que é a velocidade máxima com que uma determinada informação pode
ser transmitida, c = 300.000 km/s).
O índice de refração absoluto (n) de um meio é uma grandeza que está relacionada com a velocidade com
que a luz viaja em um determinado meio. Por definição, o índice de refração é:
velocidade de propagação da luz no vácuo c
n= ––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––– ⇒ n =
velocidade de propagação da luz no meio V

Pela definição, podemos notar algumas caracterísitcas importantes do índice de refração absoluto, que são:
1. o índice de refração é inversamente proporcional à velocidade de propagação da luz em um certo meio.
2. o índice de refração é uma grandeza adimensional, por se tratar da razão entre duas velocidades.
c
3. o menor índice de refração que existe é o do vácuo, n0 = = 1. Como o índice de refração do ar é um
c
valor muito próximo do índice de refração do vácuo, iremos considerar que: nvacuo = nar = 1
Observações

1) Quando comparamos o índice de refração de dois meios, estamos estudando o índice de refração relativo.
Vamos imaginar dois meios, A e B, que possuem índices de refração absolutos, nA e nB . O índice de
nA
refração relativo de A em relação a B é: nA ,B = n
B

2) Quando um meio A possui um índice de refração absoluto maior do que o de um meio B, dizemos que A
é mais refringente que B.
3 - REFRAÇÃO DA LUZ
Vamos considerar um determinado raio de luz monocromática (de uma só cor) que incide obliquamente na
superfície de separação entre os meios A e B, vindo de A. É possível que este raio luminoso seja transmitido
de A para B e, por causa desta transmissão, haverá um desvio em sua direção de propagação. A este fenô-
meno damos o nome de refração da luz.
Podemos perceber que a mudança de meio conduz a uma mudança no valor da velocidade de propagação da luz.
A figura seguinte mostra as duas possibilidades de desvio em uma refração.
Na figura, temos:
RI - Raio Incidente; RR - Raio Refratado;
i - ângulo de incidência; r - ângulo de refração.
Note que o raio luminoso pode se aproximar da reta normal
(no primeiro caso) ou se afastar da normal (no segundo
caso). É devido a esta mudança na direção de propaga-
ção do raio luminoso que temos a impressão de que uma
colher está torta quando ela está imersa na água.
Física - M2 33
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A) Leis da Refração
1ª Lei: O raio incidente, a reta normal e o raio refratado são coplanares.
2ª Lei: Lei de Snell-Descartes.
nA sen i = nB sen r

Utilizando esta lei, podemos concluir o que vai, de fato, acontecer com um raio luminoso durante uma ref-
ração. Vejamos:
1º caso: A luz sofre refração do meio mais para o menos refringente (nA > nB). Para que a lei de Snell-Des-
cartes seja verificada, é necessário que sen i < sen r e, portanto, que i < r.
Assim, a luz irá se afastar da normal.
2º caso: A luz vai passar do meio menos para o mais refringente (nA < nB). Podemos concluir que, neste
caso, sen i > sen r e, portanto, i > r.
Dessa forma, a luz irá se aproximar da normal.
Observação:
Quando um raio luminoso incide perpendicularmente à superfície, ele é transmitido para o outro meio. Porém,
neste caso, não ocorre desvio, ou seja, o raio luminoso que emerge da superfície de separação também é
perpendicular a ela.

B) Ângulo Limite: Já sabemos que quando um raio luminoso sofre refração, passando do meio mais para o
menos refringente, ele se afasta da reta normal. Vamos imaginar vários raios de luz monocromática que são
emitidos no fundo de um tanque com água e incidem na interface água-ar com ângulos de incidência distintos.
Podemos perceber, pela figura, que o aumento no ângulo
de incidência i provoca um aumento no ângulo de refração r.
Quando o raio luminoso incide com um ângulo de incidência
igual a i4 , ele é refratado de maneira rasante à superfície.
É fácil perceber que este é o maior ângulo de incidência
possível para que haja refração, pois o ângulo de refração
relacionado atingiu o seu valor máximo (90º). Este ângulo de
incidência máximo recebe o nome de ângulo limite (L).
Utilizando a lei de Snell-Descartes, podemos obter uma
expressão para o cálculo deste ângulo limite para um par
de meios refringentes A e B (nA > nB).
n
nA sen L = nB sen 90° ⇒ sen L = B
nA

Se um raio luminoso incidir na superfície de separação formando um ângulo i > L, não haverá refração.
Neste caso, dizemos que este raio sofrerá reflexão total.
Podemos estabelecer, portanto, que quando um raio luminoso encontra a superfície de separação entre dois
meios refringentes, vindo do meio mais refringente, existem duas possibilidades:
1. se i ≤ L ⇒ haverá refração, com o raio luminoso se afastando da normal.
2. se i > L ⇒ haverá reflexão total.
No caso do raio luminoso incidir na superfície de separação, vindo do meio menos refringente, a refração
é sempre possível.

C) Dispersão Luminosa: A luz que recebemos do Sol é dita policromática por ser formada por 7 cores
(vermelho, alaranjado, amarelo, verde, azul, anil e violeta). Estas 7 cores juntas formam a cor branca. Por
isso, dizemos que a luz solar é branca.
Quando a luz branca está se propagando no vácuo, todas as cores possuem a mesma velocidade c = 300.000
km/s. Porém, este é o único meio em que as cores possuem a mesma velocidade. Em qualquer outro meio,
a luz vermelha possui a maior velocidade e a luz violeta, a menor.
• no vácuo: Vverm. = Valar. = Vamr. = Vverde = Vazul = Vanil = Vviol.
• outros meios: Vverm. > Valar. > Vamr. > Vverde > Vazul > Vanil > Vviol.

34 Física - M2
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De acordo com a relação apresentada, podemos concluir que o índice de refração de um certo meio (exceto o vácuo)
depende da cor da luz que viaja nele. Para estes meios, podemos, então, estabelecer a seguinte relação:
nverm. < nalar. < namr. < nverde < nazul < nanil < nviol.

Vamos imaginar que um certo feixe de luz branca


esteja viajando no vácuo e incida sobre a superfície
de um prisma de vidro de maneira oblíqua. Sabemos,
pela Lei de Snell-Descartes, que este feixe deve se
aproximar da normal. Porém, devido à diferença
entre os índices de refração das diversas cores, a
luz vermelha sofrerá um desvio muito menor em
sua trajetória original do que a luz violeta. Como
os desvios são diferentes para as diversas cores,
podemos concluir que a luz branca, após a refração,
irá se separar em suas cores componentes. A este
fenômeno damos o nome de dispersão luminosa.
O arco-íris representa uma bonita situação em que ocorre a dispersão da luz branca em suas cores com-
ponentes.
C.1) Cor de um corpo: Quando um corpo qualquer é iluminado com luz branca, pode haver a reflexão de
uma, ou mais de suas cores componentes. A cor de um corpo é definida pela luz que este corpo reflete.
Quando dizemos, por exemplo, que a folha de uma árvore é verde, estamos nos referindo ao fato de esta
folha refletir grande parte a luz verde que incide sobre ela.
É importante notarmos que um corpo é dito branco quando ele refletir todas as cores que nele incidem. Por
este motivo é aconselhável vestirmos roupas brancas durante o verão.
Por outro lado, um corpo é dito negro quando não refletir a luz que sobre ele incide. Neste caso, diremos
que a luz foi totalmente absorvida, o que causa um aumento na temperatura desse corpo.

4 - LENTES ESFÉRICAS
Uma lente é um aparelho óptico capaz de formar imagens através da refração da luz. A lente é chamada de
esférica quando pelo menos uma de suas faces for esférica.
A) Tipos de Lente: São 6 os tipos de lentes esféricas. Veja:

LENTES DE BORDAS FINAS LENTES DE BORDAS GROSSAS

Biconvexa Plano-convexa Côncavo-convexa Bicôncava Plano-côncava Convexo-côncava

B) Comportamento Óptico de uma lente: Uma lente pode ser classificada em convergente ou divergente.
Esta classificação está relacionada com a capacidade da lente em aproximar ou afastar um feixe cilíndrico
que incida sobre a lente.
A tabela seguinte nos fornece a classificação da lente em função da sua forma e dos índices de refração do
meio que envolve a lente e do material de que é feito a lente.

TIPO DE LENTE nLENTE > nMEIO nLENTE < nMEIO

Lentes de bordas finas convergente divergente


Lentes de bordas grossas divergente convergente

Física - M2 35
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Exemplos:

1)
N
N Ar
Ar Ar
Ar

Vidro

Vidro
N N
Lente convergente de bordas finas Lente divergente de bordas grossas

Nas duas situações, o raio afasta-se da reta normal N ao refratar-se na face esférica porque passa do
meio mais refringente (vidro) para menos refringente (ar).
2)
N
Vidro Ar N
Vidro
Vidro Vidro

Ar

N
Lente
divergente de bordas finas Lente convergente de bordas grossas
Nas duas situações, o raio aproxima-se da reta normal N ao refratar-se na face esférica porque passa
do meio menos refringente (ar) para o mais refringente (vidro).

As lentes podem ser representadas pelos seguintes símbolos:

Faremos um desenvolvimento semelhante ao que foi feito no


capítulo anterior para o caso de espelhos esféricos. Na ver-
dade existe uma grande semelhança entre os raios notáveis
e as imagens formadas.

C) Elementos de uma Lente Esférica: Definiremos os elementos para uma lente convergente, mas tudo
o que for discutido neste tópico é válido também para as lentes divergentes.

Na figura, F e F’ representam os focos da lente. A distância


entre cada foco e a lente é a distância focal (f). Os pontos A
A F 0 F’ A’ e A’ são chamados de ponto antiprincipal. A distância entre
cada ponto antiprincipal e a lente é o dobro da distância fo-
cal. O ponto O (interseção do eixo principal com a lente) é
chamado de centro óptico.

36 Física - M2
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D) Raios notáveis:

Lentes convergentes

F’

Todo raio que incide no centro Todo raio que incide parale-la- Todo raio que incide passando
óptico atravessa a lente sem mente ao eixo principal, depois pelo foco emerge paralelo ao
sofrer desvio. de refratado, passa pelo foco. eixo principal.
Lentes divergentes

F’ F

Todo raio que incide no centro Todo raio que incide paralelamente Todo raio que incide na direção
óptico atravessa a lente sem ao eixo principal sai da lente numa do foco emerge paralelo ao eixo
sofrer desvio. direção que contém o foco. principal.

E) Formação de imagens
1º caso: objeto antes de A.

Características
da imagem

* Este caso é utilizado em copiado-


A F O A real ras (tipo xerox) que produzem cópias
F reduzidas.
invertida
menor

2º caso: objeto em A.
Características
da imagem
A
F
real
A O F A
invertida
igual

3º caso: objeto entre A e F.

Características
da imagem

A F O F A real
invertida * Este é o caso dos projetores.

maior

Física - M2 37
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4º caso: objeto em F.

Não há formação de imagem


A0 BºF O F1 A1
0

5º caso: objeto entre F e O.


Características
da imagem

* Este é o caso da lente de aumento


virtual
A F O F A
direita
maior
6º caso: lente divergente.
Características
A da imagem
A’
B B’ virtual
A0 F0 O F1 A1
direita
menor
F) Equações de Gauss: Da mesma forma que foi feito no caso de espelhos esféricos, as características
das imagens produzidas pelas lentes podem ser determinadas analiticamente. Veja as equações:
1 1 1 Hi |D |
= + = i
f D o Di e Ho D o
Devemos levar em consideração a seguinte convenção de sinais.

positiva → lente convergente positiva → imagem real


f e Di 
negativa → lente divergente negativa → imagem virtual
G) Equação de Halley: esta equação nos permite calcular a distância focal de uma lente esférica a partir
de parâmetros geométricos e dos índices de refração do meio e do material da lente. Veja:

R2 R1 R1 e R2 ⇒ raios das faces da lente


1 ⇒ meio externo 1  n2   1 1
2 = − 1 .  + 
f  n1   1 R R 2
2 ⇒ material de que é feita a lente.
1

Para utilizarmos esta equação, devemos levar em consideração a seguinte convenção de sinais para os raios.
- face convexa ® raio positivo 1
Quando a face for plana, iremos considerar o raio infinito. Assim, →0
- face côncava ® raio negativo ∞
H) Vergência (V) de uma lente: é uma grandeza relacionada com a capacidade de desviar a luz que uma
lente possui. Matematicamente, a vergência é o inverso da distância focal.
Se a distância focal for dada em metros, a unidade da vergência será:

a que, na prática, damos o nome de grau.

38 Física - M2
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5 - O OLHO HUMANO
A figura seguinte mostra, de maneira esquemática, as principais estruturas do olho humano.

A pupila é um orifício de tamanho variável (depende da inten-


sidade luminosa do ambiente em que estamos) que permite a
entrada da luz em nossos olhos.
retina
pupila O cristalino é uma lente biconvexa natural que projeta imagens
cristalino eixo sobre uma região rica em células foto-receptoras, a retina. O
óp-
cristalino possui distância focal variável. Dependendo da posição
do objeto observado, o cristalino se ajusta para que a imagem
seja sempre projetada na retina.
Para objetos distantes, o músculo ciliar fica relaxado. Nessas
condições, a distância focal do cristalino é igual à profundidade
do globo ocular, e a imagem se forma sobre a retina. (Lembre-
se de que, para objetos muito distantes, a distância da imagem
para a lente é igual à distância focal).
Para objetos próximos, o músculo ciliar se contrai e o cristalino se
espessa, diminuindo a distância focal. Assim, a imagem, que nesse
caso se localiza depois do foco, continua a se formar sobre a retina.
A) Defeitos da visão

A.1) Miopia: o alongamento do globo ocular provoca uma excessiva convergên-


cia do cristalino. Assim, a imagem nítida está sendo formada antes da retina.
O míope apresenta dificuldade para enxergar objetos distantes.

Sua correção é feita através de lentes divergentes.

A.2) Hipermetropia: o achatamento do globo ocular faz com que o cristalino


seja menos convergente que o necessário. Com isso, a imagem nítida de
objetos próximos seria formada após a retina.

A correção da hipermetropia deve ser feita por lentes convergentes.

A.3) Presbiopia (ou vista cansada)


Na presbiopia, os músculos ciliares não conseguem comprimir suficientemente o cristalino na acomodação,
impossibilitando a formação de imagens nítidas para objetos próximos, como ocorre na hipermetropia. A
presbiopia se corrige com o uso de lentes convergentes.

1) (UFMG) A luz proveniente de uma estrela sofre refração ao passar do vácuo interestelar para a atmosfera terrestre.
A conseqüência disso é que a posição em que vemos a estrela não é a sua verdadeira posição. A figura mostra,
de forma simplificada, a posição aparente de uma estrela vista por um observador na superfície da Terra.

A B A posição verdadeira da
D estrela está mais próxima
do ponto:
vácuo C
a) A
b) B
atmosfera c) C
d) D

Física - M2 39
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2) (PUC-MG) Um raio luminoso, monocromático, incide sobre uma peça de vidro transparente, com ângulo
de incidência igual a 60°. Observa-se que parte do raio incidente se reflete e parte dele refrata, conforme
figura abaixo. Considere o índice de refração de ar igual a 1 e o do vidro igual a 1,5. Nessa situação, o ângulo
formado pelo raio refletido e o raio refratado é aproximadamente igual a:
N
DADOS

Ângulo 20° 30° 35° 45° 50° 60° ar

Seno 0,34 0,50 0,58 0,71 0,77 0,87


vidro
a) 65° c) 85° e) 100°
b) 75° d) 90°

3) (PUC-MG) Quando observamos uma cidade à noite e de longe, vemos que suas luzes piscam inces-
santemente (cintilam). Esse fenômeno é melhor explicado pela:
a) alternância da corrente elétrica, que acende e apaga as luzes 60 vezes por segundo.
b) interferência dos raios luminosos.
c) difração da luz que passa entre as construções.
d) dispersão da luz, provocada pela grande distância entre o observador e a cidade.
e) refração da luz nas camadas de ar.
4) (UFMG) Esta figura mostra um feixe de luz incidindo sobre uma parede de vidro a qual está separando o ar da água.

ar vidro água

Os índices de refração são 1,00 para o ar, 1,50 para o vidro e


1,33 para a água.

A alternativa que melhor representa a trajetória do feixe de luz passando do ar para a água é:
a) b) c) d) e)

5) (UFOP) Quando observamos uma colher dentro de um copo de vidro transparente, parcialmente cheio
com água, vemos que a parte imersa não encontra a parte emersa.
Este fato pode ser explicado pela:
observador
a) Reflexão da luz.
b) Refração da luz.
c) Dispersão da luz.
d) Difração da luz.
e) Polarização da luz.

objeto

40 Física - M2
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6) (UFMG) O princípio básico de funcionamento de uma fibra óptica consiste em colocar um material X,
com índice de refração nx, no interior de outro material Y, com índice de refração ny. Um feixe de luz que
incide em uma extremidade de X atravessa para a outra extremidade, sem penetrar no material Y, devido
a múltiplas reflexões totais. Essa situação está ilustrada na figura.

Para que isto aconteça, é necessário que:


a) nx < ny b) nx = 0 c) nx = ny d) nx > ny
7) (UFMG) A característica que certamente diferencia uma luz monocromática azul de uma outra vermelha é:
a) a amplitude. c) a intensidade. e) o número de harmônicos.
b) a freqüência. d) a velocidade.

8) (UFV) Analisando o fenômeno esquematizado abaixo, pode-se concluir que o índice de refração:
gota d’água
luz branca a) é uma constante universal, comum a todos os materiais.
b) é maior para a luz vermelha do que para a luz violeta.
c) não depende do comprimento de onda da luz.
d) é nulo para a água, por esta ser transparente.
violeta
e) é menor para a luz vermelha do que para a luz violeta.
vermelha

9) (PUC-MG) Para se produzirem lentes, basta associar, aos pares, três tipos de superfícies rígidas e trans-
parentes: plana, côncava e convexa. O número de lentes que podemos formar, para corrigir a hiperme-
tropia, é igual a:
a) 1 b) 2 c) 3 d) 4 e) 5
10) (UFMG) Observe o diagrama.
Nesse diagrama, estão representados um
objeto AB e uma lente convergente L.
B
A
são focos dessa lente.
A imagem A’B’ do objeto AB será:
F1 F2 a) direta, real e menor do que o objeto.
L b) direta, virtual e maior do que o objeto.
c) direta, virtual e menor do que o objeto.
d) invertida, real e maior do que o objeto.
e) invertida, virtual e maior do que o objeto.
11) (UFLA) Considere uma máquina fotográfica, equipada com uma objetiva de distância focal igual a 50mm.
Para que a imagem esteja em foco, a distância entre o centro óptico da objetiva e o plano do filme, para
um objeto situado a 1m da lente, deverá ser:
a) 50,0 mm b) 52,6 mm c) 47,6 mm d) 100 mm e) 150 mm
12) (UFMG) Uma imagem real de um objeto real pode ser formada por:
a) um espelho plano.
b) uma lupa, usada como lente de aumento.
c) um espelho convexo, com o objeto colocado entre o espelho e o foco.
d) um espelho côncavo, com o objeto colocado entre o espelho e o foco principal.
e) uma lente convergente, com o objeto colocado a uma distância da lente maior do que sua distância focal.
Física - M2 41
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13) (Itaúna-MG) Considere os seguintes instrumentos ópticos:


I - Lente divergente. III - Espelho côncavo
II - Lente convergente. IV - Espelho convexo
Os instrumentos que podem ser usados para queimar um pedaço de papel, usando a luz solar, são:
a) I e II b) I e III c) I e IV d) II e III e) II e IV

14) Em uma descrição simplificada, a imagem de um objeto é formada no olho humano por uma lente, o
cristalino, que produz essa imagem sobre a retina, conforme mostra, esquematicamente, a figura.

objeto
imagem

retina
cristalino
Uma pessoa olha um carro que dela se afasta. Para continuar vendo o carro em foco, os músculos do olho
dessa pessoa modificam a forma do cristalino.
Essa modificação deve ser no sentido de:
a) manter a distância focal do cristalino. c) tornar o cristalino uma lente mais convergente.
b) tornar o cristalino uma lente divergente. d) tornar o cristalino uma lente menos convergente.

15) Num concurso de conhecimentos entre duas escolas, A e B, foi pedido que se formulassem afirmativas
sobre alguns assuntos de óptica. As frases dos alunos estão transcritas a seguir. Verifique quais as cor-
retas e marque a alternativa que apresenta o resultado da competição.

ASSUNTO: VISÃO

ESCOLA A - “A visão é possível, porque nossos olhos emitem pequenas partículas que, ao atingirem
o objeto, o torna visível para nós.”
ESCOLA B - “A visão é possível porque a luz, refletida nos objetos, chega aos olhos do observador.”

ASSUNTO: REFRAÇÃO DA LUZ

ESCOLA A - “A refração é a mudança de direção que um raio luminoso sofre ao passar de um meio
para outro.”
ESCOLA B - “A refração é a capacidade que um raio luminoso possui de contornar obstáculos.”

ASSUNTO: A COR DE UM OBJETO

ESCOLA A - “Um objeto, que se apresenta amarelo à luz solar, em um quarto escuro onde está acesa
uma luz monocromática azul, se apresentará escuro.”
ESCOLA B - “Se um objeto nos apresenta verde ao ser iluminado por luz verde, certamente este objeto é verde.”

ASSUNTO: DEFEITOS DA VISÃO

ESCOLA A - “Em uma pessoa míope, a imagem se forma na frente da retina: para a correção deste
defeito, deve-se usar óculos com lentes divergentes.”
ESCOLA B - “Em uma pessoa hipermétrope, a imagem se formaria atrás da retina: para corrigir este
defeito, deve-se usar óculos com lentes convergentes.”

RESULTADO DA COMPETIÇÃO:
a) A escola A venceu a competição por 3 x 2. d) A escola B venceu a competição por 2 x 1.
b) A escola A venceu a competição por 2 x 1. e) A competição terminou empatada em 2 x 2.
c) A escola B venceu a competição por 3 x 2.

42 Física - M2
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16) A figura mostra a trajetória de um feixe de luz que vem de um meio I , atravessa um meio II , é totalmente
refletido na interface dos meios II e III e retorna ao meio I .

Sabe-se que o índice de refração do ar é menor que o da água


e que o da água é menor que o do vidro.
Nesse caso, é CORRETO afirmar que os meios I, II e III podem
ser, respectivamente,
a) ar, água e vidro.
b) vidro, água e ar.
c) água, ar e vidro.
d) ar, vidro e água.

Física - M2 43
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ONDULATÓRIA
PRÓLOGO
Já estudamos a propagação de um tipo de onda, a luz. Não nos preocupamos em entender o que é a luz
ou quais suas características fundamentais.
Nesta unidade estaremos trabalhando com as ondas em geral. Veremos, por exemplo, ondas produzidas
em cordas, nas superfícies de líquidos e ondas sonoras.
Antes de iniciarmos este estudo, é importante que conheçamos o movimento harmônico simples e as suas
relações de Energia.

1 - MOVIMENTO HARMÔNICO SIMPLES (MHS)


A figura seguinte mostra um bloco de massa m preso a uma mola de constante elástica K. Inicialmente, a
mola não está deformada.
Vamos considerar que os atritos são desprezíveis.

Se a mola for distendida uma quantidade A, o toda energia potencial elástica se transformou em
conjunto massa-molar irá armazenar uma energia cinética. Dizemos que a velocidade do corpo é
potencial elástica e passará a atuar no corpo uma máxima neste local.
força elástica horizontal para a esquerda. Vamos
Continuando o seu movimento para a esquerda, o
imaginar que o conjunto seja abandonado nesta
bloco começa a comprimir a mola, o que faz aparecer
situação. Devido à força elástica, o corpo passa a
nele uma força elástica contrária à sua velocidade.
executar um movimento acelerado para a esquerda,
Podemos concluir que o movimento será retardado
onde a energia potencial elástica vai sendo convertida
e que a energia cinética vai sendo convertida em
em energia cinética. A força elástica é proporcional à
potencial elástica. Devido à conservação da energia,
deformação da mola (Fe = K. x). Por isso, à medida em
o bloco irá parar em uma posição também distante
que o corpo se aproxima do ponto O, ocorre uma diminu-
à do ponto de equilíbrio e toda a seqüência descrita
ição do módulo dessa força. Chamaremos o ponto O de
se repete no sentido contrário. Veja a figura:
ponto de equilíbrio pois x = 0 ⇒ Fe = 0. Neste ponto,

→ Ec = 0
Fe
KA 2
≠0
Ep = 2
→ Ec ≠ 0
Fe
Ep ≠ 0
1
Ec = 2 mV2 máx ≠ 0
Ep = 0

Fe
Ec ≠ 0
Ep ≠ 0
Ec = 0 Em qualquer ponto da trajetória, a soma das
V=0 energia potencial e cinética é a mesma.

Fe KA 2
≠0
Ep = 2 (máxima)

44 Física - M2
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Podemos perceber que: (1) este movimento é lim- Devido à característica (1), dizemos que este
itado por dois pontos, onde a energia cinética é nula movimento é oscilatório a A. A característica (2) nos
e a potencial elástica, máxima. indica que o movimento é periódico.
(2) o tempo gasto para que o corpo saia de A e Um movimento periódico e oscilatório cuja força
retorne a A é sempre o mesmo. é restauradora recebe o nome de MOVIMENTO
HARMÔNICO SIMPLES.
(3) a força que atua no bloco sempre tende a trazê-
lo para o ponto de equilíbrio e é proporcional ao Existem vários exemplos de movimentos que são
deslocamento x do bloco. harmônicos simples. Iremos estudar o sistema
mola-massa e o pêndulo simples.
Chamaremos esta força de RESTAURADORA.
Pode-se demonstrar que o período de um sistema mola-massa é dado por:

m
T = 2π
k

Já no caso do pêndulo simples, o período é:


T = 2π
g
onde é o comprimento do pêndulo e g é a aceleração da gravidade.

2 - ONDAS
Vamos imaginar um meio qualquer como por exemplo, uma corda esticada, presa a um muro. Uma pessoa,
segurando a corda, balança as mãos na vertical, transferindo energia para ela. Dizemos que foi gerada uma
perturbação na corda e que esta perturbação se propaga ao longo da corda. Todos os pontos da corda, ao
ficarem sujeitos a essa perturbação irão executar um MHS.
Damos o nome de onda a essa perturbação que se propaga em um meio. No caso, a pessoa que gerou a
onda é chamada de fonte. A freqüência da onda é igual à da fonte.
As ondas transportam energia sem a transferência de matéria, mantendo a sua freqüência sempre constante.

1- Classificação das ondas

A) Quanto à natureza

A.1) Ondas mecânicas: são aquelas que necessitam de um meio material para existirem. A perturbação
é causada nas partículas do meio.
São exemplos de ondas mecânicas: ondas em cordas, ondas na superfície de lagos e ondas sonoras.
A.2) Ondas eletromagnéticas: são ondas que não necessitam de um meio material para existirem. Esse
tipo de onda é gerada pela vibração de campos elétricos e magnéticos, podendo, portanto, se propagar
no vácuo. As ondas eletromagnéticas são divididas em função da freqüência. Essa divisão é chamada de
espectro eletromagnético.
No vácuo, toda onda eletromagnética possui a mesma velocidade c = 3 x 108 m/s.
Freqüência, Hz
1 Hz 1 kHz 1 MHz

1,0 102 104 106 108 1010 1012 1014 1016 1018 1020 1022 1024

Ondas longas de rádio AM FM, TV Infravermelho Ultravioleta Raios gama


Visível

Ondas curtas de rádio Raios X


Microondas

Física - M2 45
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B) Quanto à direção de vibração:

B.1) Ondas transversais: são aquelas em que a B.2) Ondas longitudinais: são ondas em que a
direção de vibração é perpendicular à direção de direção de vibração dos pontos é paralela à direção
propagação. de propagação da onda.
PROPAGAÇÃO DA ONDA VIBRAÇÃO

PROPAGAÇÃO

VIBRAÇÃO
DOS PONTOS
Exemplos: ondas em cordas Exemplo: ondas sonoras
ondas eletromagnéticas

2 - Elementos de uma onda


A figura seguinte mostra uma onda produzida em uma corda tensionada.
Para estudarmos as ondas, vamos imaginar um eixo
horizontal (eixo do equilíbrio) que divide a onda em
crista crista
duas metades.
Os pontos de máximo de uma onda são chamados de
crista e representam o maior afastamento do eixo de
equilíbrio. Os pontos de mínimo são chamados de vale.

vale vale
A distância entre uma crista (ou um vale) e o eixo de
equilíbrio recebe o nome de amplitude (A) e está rela-
cionada com a energia transportada pela onda.
A distância entre duas cristas (ou dois vales) consecutivos é chamada de comprimento de onda ( λ ) e
representa a distância percorrida pela onda em um período. Assim, podemos dizer que:
∆x λ 1
V= ⇒ se ∆x = λ ⇒ ∆t = T V= ⇒ mas T =
∆t T f . Assim: V = λ . f
Que é a equação fundamental das ondas.

3 - ONDAS EM CORDAS
Vamos imaginar uma corda presa e tensionada nas suas extremidades. Se aplicarmos uma força nessa

corda, iremos produzir uma onda que irá se deslocar com uma velocidade V .
Pode-se mostrar que a velocidade da onda na corda depende de dois fatores:
(1) da intensidade da força de tensão T.

(2) da relação entre a massa e o comprimento da corda chamada


de densidade linear da massa.

m
µ=

Assim, a velocidade da onda não depende da amplitude da onda
gerada. A fórmula dada a seguir é conhecida por relação de Taylor:

T
V=
µ

46 Física - M2
Tecnologia ITAPECURSOS

A onda da corda pode sofrer vários fenômenos. Veja:


A) Reflexão
A.1) Com extremidade fixa A.2) Com extremidade móvel

Quando a onda atingir a extremidade da


corda que está presa à parede, haverá o
fenômeno da reflexão. Como a extremi-
dade é rígida (fixa), a onda é refletida “de
cabeça para baixo”, ou seja, com inversão
de fase.

Quando a extremidade da corda for livre (móvel), não


ocorrerá inversão de fase durante a REFLEXÃO.

B) Refração: a refração ocorre quando uma onda é transferida de uma corda para outra. Se a corda que
recebe, tiver uma densidade linear maior, a velocidade da onda se reduz. Caso a densidade linear da corda
for menor, a velocidade aumenta.

C) Interferência: é a superposição de duas ondas. Quando as ondas estão em concordância de fase, a interfer-
ência é dita construtiva e, se as ondas estiverem em oposição de fase, a interferência será destrutiva.

Em qualquer situação, as ondas seguem normalmente seus respectivos caminhos após a interferência.
Obs.: Se as ondas possuírem amplitudes idênticas e se interferirem de maneira destrutiva, no instante da
superposição, elas desaparecem. Porém, mesmo neste caso, após este instante, as ondas ressurgem,
como se nada tivesse acontecido.

Física - M2 47
Tecnologia ITAPECURSOS

D) Polarização:

região 1 região 2

polarizador
abertura Imagine que a pessoa da figura produza uma onda
na corda com a característica de vibrar na horizontal
e na vertical. Esta onda, ao atravessar a abertura
do polarizador será “filtrada”, ou seja, somente as
vibrações verticais é que chegam na região 2. Este
fenômeno é chamado de polarização.
onda
polarizada Obs.: Somente ondas transversais podem ser
onda não
polarizada
polarizadas.

E) Ondas estacionárias: é o resultado da super- naturais de vibração, entramos em ressonância


posição de duas ondas periódicas iguais que se com ela e geramos ondas estacionárias. Essas
propagam na mesma direção e em sentidos opos- ondas estacionárias podem ser interpretadas como
tos. Quando isto ocorrer, iremos detectar pontos de sendo o resultado da superposição das ondas que
interferência permanentemente destrutiva – chama- geramos ao sacudirmos uma extremidade da corda
dos NÓS – e pontos de interferência permanente com as ondas refletidas na outra extremidade.
construtiva – chamados VENTRES. Os Nós não Observamos que, numa extremidade fixa, só pode
vibram (A = 0) e os ventres possuem amplitudes existir nó da onda estacionária, já que aí a corda
máximas de vibração. É importante de se notar não pode vibrar.
que, em uma onda estacionária, não ocorre des-
Aos modos de vibração de uma onda estacionária,
locamento, apenas há vibração dos pulsos. Em
damos o nome de harmônico, que é classificado
qualquer onda estacionária, a distância entre dois
em função do número (n) de ventres que a onda
nós (ou dois ventres) consecutivos é igual à metade
estacionária possui. Assim o 1º harmônico (ou
do comprimento de onda.
harmônico fundamental) é formado com apenas
Vamos imaginar uma corda de comprimento L presa 1 ventre, o 2º harmônico com 2 ventres e assim,
em duas paredes. sucessivamente.
Sacudindo a corda com freqüências adequadas, isto A figura seguinte mostra os três primeiros har-
é, freqüências que coincidam com suas freqüências mônicos de uma onda estacionária.

Generalizando, para o harmônico de ordem n,


temos:
2L nV
λn = Fn =
n e 2L com n = 1, 2, 3...
Notamos, portanto, que somente as freqüências
V
que sejam múltiplas de = F , é que podem gerar
2L
ondas estacionárias em uma corda.

Logo, se a freqüência fundamental de uma corda for,


por exemplo, F1 = 100 Hz, somente as freqüências
100 Hz, 200 Hz, 300 Hz, etc. é que irão produzir tais
ondas. Se excitarmos a corda com, digamos 150
Hz, não haverá regime estacionário.

48 Física - M2
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4 - ONDAS NA SUPERFÍCIE DE LÍQUIDOS


Quando jogamos uma pedra em um lago ou batemos com uma régua em um tanque cheio de água, estamos
produzindo ondas que se propagam na superfície do líquido, sendo portanto, ondas bidimensionais.
Pode-se mostrar que a velocidade destas ondas será tanto maior quanto mais profundo for o lago ou o tanque.
A figura seguinte mostra ondas geradas na superfície de um tanque contendo água. As linhas representam
as cristas destas ondas.
ondas circulares ondas planas

(fonte pontual) (fonte extensa)


A) Reflexão
Quando uma onda, propagando-se numa superfície líquida, incide sobre um obstáculo, a onda se reflete,
obedecendo a Lei da Reflexão, ou seja, o ângulo de incidência é congruente ao de reflexão.
B) Refração

A refração ocorre, numa superfície líquida, quando uma onda passa de um meio para outro, geralmente
de maior profundidade para outra de menor profundidade. Pode-se demonstrar que aqui também é válida
a relação.

sen i V1
=
sen r V2

Como a freqüência da onda tem que ser a mesma (f1 = f2), a velocidade da onda é diretamente proporcional
ao comprimento de onda.
V1 λ1
V2 = λ 2 . f ⇒ =
V1 = λ1 . f ; V2 λ 2

Física - M2 49
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C) Difração
É a propriedade que uma onda possui de contornar um obstáculo ao ser parcialmente interrompida por
ele.

1 - Após a difração, a propagação deixa de ser retilínea.


2 - Para ondas de mesmo comprimento de onda, a difração é tanto mais acentuada quanto menor for o
tamanho do obstáculo.
3 - Para um dado orifício, a difração é mais acentuada quanto maior for o comprimento de onda.
4 - Para uma onda a difração é mais acentuada quanto menor for a largura do orifício.
5 - Em uma difração, a velocidade, o comprimento de onda, a freqüência e a amplitude permanecem
constantes.
D) Interferência
Vamos imaginar que duas fontes puntiformes, S1 e S2, batem periodicamente na superfície de um líquido.
Se estas fontes estiverem sincronizadas e gerarem ondas idênticas, poderemos perceber a formação de
interferências construtivas e destrutivas. As interferências construtivas estarão alinhadas, formando as linhas
VENTRAIS. As interferências destrutivas também estarão alinhadas, formando as linhas NODAIS.

O ponto A representa o encontro de duas cristas e


o ponto B é o encontro de dois vales. A linha que
passa por A e B é uma linha ventral.
Os pontos C e D representam o encontro da crista
de uma onda com o vale da outra.

Fotografia da figura de interferência produzida


por duas fontes pontuais em fase.
Observe as linhas nodais em direção radial.

50 Física - M2
Tecnologia ITAPECURSOS

5 - ONDAS SONORAS
As ondas sonoras são ondas mecânicas e longitudinais, produzidas por sucessivas compressões e rarefa-
ções no meio. A figura seguinte mostra um alto-falante produzindo, no ar, uma onda sonora.

Quando se desloca para a direita, o cone produz no ar à direita uma compressão que se propaga. Quando
se desloca para a esquerda, ele gera no ar à direita uma rarefação que também se propaga. Nas com-
pressões, a pressão do ar está acima da pressão ambiente e nas rarefações está abaixo dela. Assim, as
ondas sonoras no ar são compressões e rarefações que se propagam. Quando essas ondas chegam ao
tímpano, submetem-no a uma variação de pressão que o faz vibrar. Essas vibrações geram sinais elétricos
(impulsos nervosos), que chegam ao cérebro e produzem a sensação da audição.

Como o som não se propaga no vácuo, uma explosão solar, por exemplo, jamais poderia ser ouvida na Terra.
Para que o ouvido humano possa perceber a onda sonora, é necessário que a sua freqüência pertença ao
intervalo:
20 Hz ≤ f ≤ 20.000 Hz

Freqüências menores que 20 Hz são denominadas de infra-som e maiores que 20.000 Hz, ultra-som.
O ultra-som é utilizado em exames pré-natais e no sonar (navios e submarinos).
As ondas sonoras propagam-se com velocidades diferentes nos meios sólidos, líquidos e gasosos. De uma
maneira geral, temos:
Vsólidos > Vlíquidos > Vgás

A) Qualidade do som
A.1) Altura: é a qualidade do som que nos permite diferenciar um som grave, de um médio, de um agudo.
A altura do som é caracterizada pela freqüência, de tal forma que:
• som alto ⇒ freqüência alta ⇒ som AGUDO
• som baixo ⇒ freqüência baixa ⇒ som GRAVE

Observação: Som alto NÃO é aquele de volume intenso, como falamos em nosso dia-a-dia.
A.2) Intensidade: é a qualidade do som que nos faz distinguir um som forte (volume alto) de um som fraco (volume
baixo). A intensidade está relacionada com a quantidade de energia transportada pela onda. Dessa forma:
• Quanto maior a amplitude da onda sonora, mais intenso será o som.
A.3) Timbre: é a qualidade do som que está relacionada com a forma da onda. A mesma nota musical emi-
tida por um violão e por um piano podem ser percebidas pelo nosso tímpano de maneira diferente, mesmo
possuindo alturas e intensidades idênticas.
Para a voz humana, o timbre é uma característica tão pessoal quanto a impressão digital.

B) Reflexão: a onda sonora, ao incidir sobre um obstáculo, pode sofrer a reflexão. Para que nosso ouvido
possa distinguir dois sons é necessário que eles cheguem ao ouvido com um intervalo mínimo de 0,1 s. Se
isto ocorrer, dizemos que ouve ECO. Por outro lado, se emitirmos um determinado som, este se refletir e
atingir nossos ouvidos com um intervalo de tempo menor que 0,1 s, teremos a sensação de prolongamento
do som emitido que denominamos REVERBERAÇÃO.
C) Difração: A exemplo do que ocorre com as ondas em líquidos, a onda sonora possui uma grande capa-
cidade de contornar obstáculos chamada de DIFRAÇÃO.

Física - M2 51
Tecnologia ITAPECURSOS

A difração do som será tanto mais intensa quanto maior for o seu comprimento de onda. Assim, os sons
graves se difratam muito mais intensamente que os sons agudos.
D) Ressonância: todo corpo possui uma (ou várias) freqüência(s) natural(is) de vibração. Quando emitimos
uma onda sonora cuja freqüência é próxima a uma das freqüências naturais do corpo, este fato privilegia
a absorção de energia pelo corpo. Como conseqüência, a amplitude de vibração das partículas do corpo
aumenta. Esse fenômeno é chamado de RESSONÂNCIA.

A ruptura de uma faca de cristal pela voz de uma cantora lírica é um exemplo clássico de ressonância.
Outro exemplo é o funcionamento do forno de microonda. A microonda (onda eletromagnética) entra em
ressonância com as moléculas de água presentes no alimento, e, por isso, aumentam a amplitude de vib-
ração.
E) Efeito Doppler
Você já ficou parado em uma rodovia ouvindo a buzina de um automóvel quando este vem e passa por
você? O som da buzina tem maior altura quando o carro se aproxima de você e menor altura quando o carro
se afasta de você. Suponha que a buzina tenha certa freqüência e o carro se mova a uma determinada
velocidade. À medida que o carro se aproxima de você, cada onda tem uma distância menor a percorrer
para chegar ao seu ouvido. As ondas se acumulam e você ouve uma freqüência maior (som mais agudo)
que se o carro estivesse parado. À medida que o carro se afasta, cada onda, para chegar até o seu ouvido,
tem uma distância maior a percorrer que a precedente e você ouve menos ondas por segundo. A altura da
buzina parece menor (diminui a freqüência e o som torna-se mais grave).
Operacionalmente, a freqüência aparente pode ser determinada pela relação:
em que fA = freqüência aparente
 V ± Vo 
fA = fR  s 
 Vs ± Vf  Vs = velocidade do som
Vf = velocidade da fonte
fR = freqüência real
Vo = velocidade do observador

Convenção de sinais:

1. A velocidade do observador será positiva quando ele se dirigir para a fonte e negativa quando se
afastar.
2. A velocidade da fonte será positiva quando ela se afastar do observador e negativa quando se dirigir
para ele.

6 - ONDAS ELETROMAGNÉTICAS

Já sabemos que a onda eletromagnética é a vibração


de campos elétricos e magnéticos que pode se propagar
no vácuo e que possui, no vácuo, a maior velocidade
possível: c = 3,0 x 108 m/s. 
V
A figura ao lado mostra a representação esquemática
de uma onda eletromagnética.
Como vimos no estudo da óptica geométrica, uma onda
eletromagnética pode sofrer REFLEXÃO e REFRAÇÃO.
Além disso, ela pode sofrer INTERFERÊNCIA, ABSOR-
ÇÃO e DIFRAÇÃO.
Para que a difração da luz seja percebida é necessário
que a fenda (o orifício) tenha um tamanho muito
pequeno.

52 Física - M2
Tecnologia ITAPECURSOS

O físico Thomas Young realizou uma ex-


periência que provou que a luz é, de fato,
uma onda. Esta experiência consiste em
fazer uma luz monocromática sofrer dif-
ração no orifício O1 e, posteriormente nos
dois orifícios O2. Após atravessar O2, a luz
sofre interferência produzindo, a exemplo
da onda no líquido, linhas ventrais (máxima
claridade) e linhas nodais (obscuridade) na
tela T.
As ondas procedentes de uma fonte linear de luz passam através das
fendas S1 e S2 e interferem dando franjas alternadamente brilhantes
e escuras sobre um anteparo.
Repetindo a experiência com luz de cores diferentes, Young
percebeu que a separação entre as franjas de interferência
variava conforme a cor utilizada. Em uma figura de interferência
podemos determinar a separação entre as franjas, ∆X , pela
L.λ
relação: ∆X = (ver figura).
d

Então, como para cada cor corresponde um valor


diferente para ∆X , temos que:
Para cada cor, corresponde um comprimento de
onda λ diferente.

1) A figura mostra pulsos produzidos por dois rapazes, Breno e Tomás, nas extremidades de uma corda. Cada
pulso vai de encontro ao outro. O pulso produzido por Breno tem maior amplitude que o pulso produzido
por Tomás. As setas indicam os sentidos de movimento dos pulsos.

Assinale a alternativa que contém a melhor representação dos pulsos, logo depois de se encontrarem.
c)
a)

d)
b)

Física - M2 53
Tecnologia ITAPECURSOS

FÍSICA

Comportamento dos Gases - Termodinâmica - Questões Objetivas


1) (UFMG) Um gás ideal é aquele que: 4) (UFMG) A pressão atmosférica é aproximada-
mente igual à pressão exercida por uma coluna
a) tem volume normal, nas condições normais
de água de 10 metros de altura. Uma bolha de
de temperatura e pressão.
ar sai do fundo de um lago e chega à superfície
b) é destituído de moléculas nas condições com um volume V. Sendo a temperatura igual
normais de temperatura e pressão. em todo o lago e sua profundidade 30 m, qual
era o volume da bolha no fundo do lago?
c) tem volume proporcional à sua temperatura
absoluta, sob pressão constante. a) 4V
d) tem moléculas de massa total desprezível. b) 3V
c) 3V/4
e) tem volume independente da temperatura sob
pressão constante. d) V/3
e) V/4
2) (UFMG) O volume de uma dada massa de gás
será dobrado, à pressão atmosférica, se a tem- 5) (PUC-MG) A energia cinética média por molécula
peratura do gás variar de 150 °C a: de um gás ideal depende apenas da:
a) 300 °C a) sua temperatura.
b) temperatura e espécie de molécula.
b) 423 °C
c) sua pressão.
c) 573 °C
d) pressão e volume do gás.
d) 600 °C e) espécie de molécula.
e) 743 °C 6) (UFMG) Um cilindro, de raio interno R e contendo
ar, é provido de um pistão de massa m que pode
3) (UFMG) Considere-se um gás ideal contido em deslizar livremente. O sistema está inicialmente
um botijão metálico. Sejam P, V e T, respectiva- em equilíbrio à temperatura de 300 K e a altura h
mente, a pressão, o volume e a temperatura Kel- vale 9,0 x 10-2 m. Se o ar for aquecido até atingir
vin desse gás. Ao se colocar tal botijão à luz do um novo estado de equilíbrio à temperatura de
Sol, ocorrerá uma transformação termodinâmica 400 K, o novo valor de h será:
com o gás. A equação que melhor representa
essa transformação é: a) 39,5 x 10-2 m
b) 12,0 x 10-2 m
a) PV = constante.
c) 7,00 x 10-2 m
b) PT = constante. d) 4,00 x 10-2 m
c) V/T = constante. e) 1,58 x 10-2 m
d) P/V = constante. h
e) P/T = constante.

54 Física - M2
Tecnologia ITAPECURSOS

7) (UFMG) Dois recipientes, um contendo mercúrio 10) (CESCEM-SP) Se a energia cinética média das
e o outro contendo gás (suposto ideal), estão moléculas de um gás aumentar e o volume do
separados por um isolante térmico. Quando mesmo permanecer constante,
o isolante é retirado e os dois recipientes são
a) a pressão do gás aumentará e a sua tem-
colocados em contato, observa-se uma queda
peratura permanecerá constante.
na pressão marcada pelo manômetro.
b) a pressão permanecerá constante e a tem-
peratura aumentará.
c) a pressão e a temperatura aumentarão.
d) a pressão diminuirá e a temperatura aumen-
tará.
e) Todas as afirmações estão incorretas.
As questões 11 e 12 referem-se ao enunciado e
à figura seguintes:

Em relação à situação apresentada, é CORRETO


afirmar que: (Despreze a dilatação do recipiente)
a) o nível final da coluna de mercúrio ficará
acima do nível inicial.
b) inicialmente a temperatura do mercúrio era O gráfico da pressão P em função do volume V
maior que a do gás. de um gás ideal representa uma transformação
cíclica ocorrida em três fases. Inicia-se o ciclo
c) inicialmente os dois sistemas possuíam tem- por uma transformação isobárica, seguida de
peraturas iguais. uma transformação isovolumérica e, finalmente,
d) o nível final da coluna de mercúrio ficará de uma transformação isotérmica.
abaixo do nível inicial.
11) (UFMG) Com base nesses dados, pode-se
e) houve transferência de calor do mercúrio afirmar que:
para o gás.
a) o trabalho realizado na transformação isotér-
8) (CESCEM) Sob quais condições as leis dos gases mica é calculado pela expressão P3 (V1 - V3).
ideais são melhor obedecidas? b) o trabalho realizado pelo gás é nulo durante
a transformação isotérmica.
a) Altas pressões e altas temperaturas.
c) o trabalho realizado pelo gás na transforma-
b) Baixas pressões e baixas temperaturas. ção isotérmica é igual ao calor que esse gás
c) Baixas pressões e altas temperaturas. absorve.
d) o trabalho realizado sobre o gás durante a
d) Altas pressões e baixas temperaturas.
transformação isovolumétrica é o mesmo que
e) Nas condições normais de pressão e tem- na transformação isobárica.
peratura. e) o trabalho realizado sobre o gás, na trans-
formação isovolumétrica, é maior do que o
9) (UFMG) Um gás é aquecido a volume constante. trabalho realizado pelo gás na transformação
A pressão exercida pelo gás, sobre as paredes isotérmica.
do recipiente, aumenta porque:
12) (UFMG) Sejam T1, T2 e T3 as temperaturas do
a) a massa das moléculas aumenta.
gás nos pontos 1, 2 e 3, respectivamente.
b) a perda de energia cinética das moléculas, Em relação a essas temperaturas, pode-se
nas colisões com a parede, aumenta. afirmar que:
c) o tempo de contato das moléculas com as a) T1 = T2 = T3
paredes aumenta.
b) T1 = T2 e T1 > T3
d) as moléculas passam a se chocar com maior c) T1 = T3 e T1 > T2
freqüência sobre as paredes.
d) T1 > T3 e T1 > T2
e) a distância média entre as moléculas aumenta. e) T1 = T2 e T1 < T2

Física - M2 55
Tecnologia ITAPECURSOS

13) (FCMMG) Quantidades iguais de um mesmo gás 15) (F.C. Chagas-SP) Um sistema formado por
são colocadas em dois cilindros M e N. O gás um gás ideal sofre uma transformação com as
no cilindro M recebe ∆E de calor e sofre uma seguintes características:
transformação isobárica. O do cilindro N recebe
também ∆E de calor e sofre uma transformação | W | = | ∆U |
isovolumétrica. Sobre a energia interna do gás, ao
Q=0
final das transformações, podemos afirmar que:
onde W é o trabalho realizado, ∆U é uma varia-
ção positiva (aumento) de energia interna e Q
é o calor fornecido ou absorvido pelo sistema.
Esses dados permitem concluir que a transfor-
mação foi uma:
a) compressão adiabática.
a) sofreu um aumento em M, mas permaneceu b) compressão isotérmica.
constante em N.
c) expansão adiabática.
b) aumentou igualmente nos dois recipientes.
c) aumentou em ambos os recipientes, mas o d) expansão isotérmica.
aumento em M foi maior que em N.
e) expansão isobárica.
d) permaneceu constante em M, mas aumentou
em N.
16) (UFMG) Dois gases, hélio e argônio, estão con-
e) aumentou em ambos os recipientes, mas o
tidos em cilindros idênticos, à mesma pressão e
aumento de M foi menor do que em N.
temperatura. Os êmbolos que fecham os cilin-
14) (FCMMG) A figura 1 representa um recipiente dros são baixados subitamente (transfor-mação
cilíndrico que contém ar, vedado hermeticamente adiabática), realizando o mesmo trabalho sobre
por um pistão que pode se movimentar sem atrito. cada um dos sistemas. A temperatura alcançada
Não se aplicando nenhuma força no pistão, ele pelo hélio será igual à temperatura alcançada
ficará na posição indicada na figura 1. Na figura pelo argônio PORQUE ambos recebem a mes-
2 o pistão foi empurrado de modo que o ar agora ma quantidade de calor.
ocupa a metade do comprimento do cilindro que Nessa questão aparecem duas afirmativas liga-
ocupava antes. Nessas condições, é necessária das pela palavra PORQUE. Responda:
uma força F para manter o pistão na sua nova
a) se a primeira afirmativa for verdadeira e a
posição. Não houve variação de temperatura
segunda falsa.
durante a transformação. Pode-se afirmar que:
b) se a primeira afirmativa for falsa e a segunda
verdadeira.
c) se as duas afirmativas forem verdadeiras e a
segunda justificar a primeira.
d) se as duas afirmativas forem verdadeiras,
mas a segunda não justificar a primeira.
e) se as duas afirmativas forem falsas.

17) (FCMMG) Marque a afirmativa verdadeira.


a) Para aumentar a temperatura de um sistema,
deve-se necessariamente ceder-lhe calor.
a) a velocidade média das moléculas na figura
b) Durante uma expansão adiabática de um gás
2 é maior.
ideal, não há variação em sua temperatura.
b) nas duas situações representadas, o número
de moléculas por centímetro cúbico é o c) Um corpo frio, em contato com um corpo
mesmo. quente, pode se tornar espontaneamente
c) na figura 1, a pressão do ar no interior do mais frio.
cilindro é igual à pressão atmosférica.
d) Em uma transformação que leva um gás de
d) a transformação de 1 para 2 é adiabática.
um estado 1 a um estado 2, a variação da en-
e) a pressão do gás na situação 1 é duas vezes
ergia interna independe do caminho seguido
maior do que a pressão na situação 2.
na transformação.
56 Física - M2
Tecnologia ITAPECURSOS

18) (UFMG) Considere-se o diagrama pressão- 21) (PUC-RS) O diagrama abaixo representa a pressão
volume de um gás ideal, representado abaixo. P em função do volume V, de um determinado gás
Pode-se afirmar que: ideal. Os produtos P.V (pressão x volume) mantêm-
se constantes ao longo de cada curva desse gás.
Em qual dos processos o gás não experimentou
variação na energia interna?

a) um ponto qualquer sobre a linha MQR cor-


responde a uma temperatura mais alta do
que um ponto sobre a linha MNR.
a) De A para B.
b) durante a transformação representada por MQR,
b) De A para D.
ocorre perda de calor do meio ambiente para o
gás, se a transformação for adiabática. c) De B para D.
c) o trabalho fornecido pelo gás, durante a trans- d) De A para C.
formação representada por MQR, é maior e) De B para E.
do que o fornecido durante a transformação
representada por MNR. 22) (PUC-MG) No diagrama PV para um gás, o tra-
balho realizado no processo 1 ® 2 ® 3 vale,
d) as linhas MNR e MQR representam transfor- em atm.L,
mações isotérmicas.
e) a área limitada pela curva MNRQM repre-
senta o trabalho líquido realizado pelo gás
ao descrever o ciclo indicado.

19) (Mackenzie-SP) Certa massa de gás ideal sofre


uma transformação na qual sua energia interna
não varia. Essa transformação é:
a) isotérmica.
b) isobárica.
c) isométrica. a) zero c) 45 e) 100
d) adiabática. b) 10 d) 60
20) (PUC-MG) Se foram fornecidas 100 cal, para a 23) (OSEC-SP) No processo isobárico indicado no
transformação isotérmica ad de um gás ideal, a gráfico p x v, o gás recebeu 1 800 joules de ener-
área abcd, em joules, é igual a: gia do ambiente. A variação da energia interna do
Dado: 1 cal = 4,18 J gás foi de:

a) 100
b) 280
c) 360
a) 1 800 J d) 900 J
d) 418
b) 1 200 J e) 600 J
e) não há dados suficientes para responder.
c) 1 000 J

Física - M2 57
Tecnologia ITAPECURSOS

Ondulatória - Questões Objetivas


1) (UFMG) A figura representa uma corda na qual 4) (UFMG) A figura abaixo mostra duas ondas que
se propaga uma onda transversal de freqüência se propagam em cordas idênticas (mesma ve-
f. A velocidade de propagação da onda na corda locidade de propagação).
é dada por: A afirmação CERTA é:

x x
a) fx c) e)
f y
y
b) fy d)
f
2) (UFMG) Na figura está representada uma onda a) A freqüência em I é menor que em II e o com-
que, em 2,0 segundos, se propaga de uma ex- primento de onda em I é maior que em II.
tremidade a outra de uma corda.
b) A amplitude em ambas é a mesma e a
freqüência em I é maior que em II.
6cm c) A freqüência e o comprimento de onda são
maiores em I.
d) As freqüências são iguais e o comprimento
O comprimento de onda (cm), a preferência de onda é maior em I.
(ciclos/s) e a velocidade de propagação (cm/s), e) A amplitude e o comprimento de onda são
respectivamente, são: maiores em I.
a) 3, 5, 15 Para estudar as propriedades das ondas num
b) 2, 15, 5 tanque de água, faz-se uma régua de madeira
c) 5, 3, 15 vibrar regularmente, tocando a superfície da
água e produzindo uma série de cristas e vales
d) 5, 15, 3
que se deslocam da esquerda para a direita.
e) 15, 3, 5

3) (UFMG) O gráfico representa, em um certo in-


stante, a forma de uma onda senoidal que se
propaga em uma corda muito comprida, com
velocidade de 16,0 cm/s. Esta onda é produzida
por um vibrador que se encontra à esquerda.
As afirmações que se seguem, relativas a esta
onda, são corretas, EXCETO:

5) (UFMG) Retirando-se uma certa quantidade de


água do tanque, a velocidade das ondas torna-
se menor.
Nessas condições, pode-se afirmar que:
a) a freqüência da onda aumenta, e o seu com-
primento de onda também aumenta.
a) Sua amplitude é de 5,0 cm.
b) a freqüência da onda diminui, e o comprimen-
b) Seu comprimento de onda é de 8,0 cm.
to de onda também diminui.
c) Sua freqüência é de 2,0 Hertz.
c) a freqüência da onda não se altera, e o seu
d) Se a onda fosse fotografada 0,50 segundos comprimento de onda aumenta.
após o instante considerado, as alongações
d) a freqüência da onda não se altera, e o seu
dos pontos mostrados na figura não seriam
comprimento de onda diminui.
modificadas.
e) a freqüência da onda não se altera, e o seu
e) Uma das afirmações anteriores está errada.
comprimento de onda também não se altera.

58 Física - M2
Tecnologia ITAPECURSOS

6) (UFMG) Observe a figura. 9) (PUC-MG) São radiações eletromagnéticas:


a) microondas, corrente elétrica nos fios e calor;
b) onda de rádio, ultravioleta e vento solar;
c) raio λ , infravermelho e som;
d) raios x, microondas e ondas de rádio;
e) luz, radiação e feixe de nêutrons.

As questões 10 e 11 referem-se ao texto abaixo.


Nessa figura, estão esquematizadas duas bar- Quando uma ambulância se aproxima de nós
reiras verticais separadas por uma distância em alta velocidade, ouvimos sua sirene com uma tonali-
aproximadamente igual ao comprimento de onda dade aguda, o que indica uma freqüência alta. O som
das ondas. fica mais grave quando ela se afasta. Essa variação na
Após passar pela abertura, a onda apresenta freqüência, percebida por nosso ouvido, deve-se ao fato
modificação: de haver uma velocidade relativa entre o observador e a
fonte. O mesmo efeito é usado nos radares dos patrul-
a) em sua forma e em seu comprimento de onda. heiros rodoviários: um sinal de microondas é enviado e
b) em sua forma e em sua veloci dade. refletido pelos veículos em movimento, produzindo-se,
em relação à fonte, mudanças na freqüência. Anal-
c) em sua velocidade e em seu comprimento
isando as freqüências, o aparelho indica a velocidade
de onda.
dos carros.
d) somente em sua forma.
(CIÊNCIA HOJE, VOLUME 9, NÚMERO 53)
e) somente em sua velocidade.
10) (PUC-MG) O fenômeno da variação da freqüência, de-
7) (F.C.M.MG) A corda mais grossa de um violão, scrito nos dois exemplos do texto, é conhecido por:
devidamente afinado, emite a nota mi grave. Sua a) Experiência de Young.
corda mais fina emite a nota mi aguda. Sobre os
b) Efeito Doppler.
sons emitidos por essas cordas, pode-se afirmar
que eles têm: c) Interferência construtiva.
d) Ondas hertzianas.
a) o mesmo período e) Lei de Snell.
b) a mesma amplitude
11) (PUC-MG) Baseado no texto, é CORRETO afirmar
c) a mesma freqüência que o fenômeno descrito:
d) a mesma velocidade de propagação no ar a) só ocorre com ondas longitudinais.
e) o mesmo comprimento de onda b) só ocorre para velocidades iguais ou menores
que a do som.
8) (PUC-MG) Júlia é uma criança de 18 meses, que
c) produz uma variação na velocidade da onda
adora gritar. Ela grita para chamar o cachorro e
analisada.
para assustar os pardais. O perfil periódico do som
emitido está melhor representado na opção: d) ocorre produzindo sempre uma diminuição do
período da onda analisada.
a)
e) ocorre também com a luz.
12) (PUC-MG) Considere o espectro eletromagné-
b)
tico que vai, desde as ondas de rádio, passando
pela luz visível, até os raios gama. No ar, e nessa
freqüência, as ondas apresentam:
c) a) mesma velocidade, aumento de freqüência,
redução do comprimento de onda.
d) b) aumento da velocidade, da freqüência e do
comprimento de onda.
c) mesma velocidade, aumento da freqüência e do
comprimento de onda.
e)
d) redução da velocidade e da freqüência e au-
mento do comprimento de onda.
e) mesma velocidade, mesma freqüência e au-
mento do comprimento de onda.
Física - M2 59
Tecnologia ITAPECURSOS

13) (UFMG) Numa mesma corda foram produzidas


três ondas diferentes 01, 02 e 03. As figuras
mostram as representações das formas destas
ondas, em um certo instante, feitas na mesma
escala.

01
03

02
15) (UFMG) Quanto à velocidade de propagação V das
ondas e sua freqüência f é correto afirmar-se que:

Em relação a essas ondas, todas as alternativas a) Na região I, V e f são maiores do que na região II.
apresentam afirmações corretas, EXCETO: b) Na região I, V e f são menores do que na região II.
a) A onda 01 tem o mesmo comprimento de c) Na região II, f é maior e V é menor do que
onda da onda 02. na região I.
b) A onda 02 tem o dobro da amplitude da onda 03. d) Na região II, f é o mesmo e V é maior do que
na região I.
c) A onda 03 tem a metade da freqüência da
onda 01. e) Nas regiões I e II, V e f têm os mesmos valores.
d) As ondas 01 e 02 têm o mesmo período. 16) (UFMG) O fenômeno ondulatório que está rep-
e) As três ondas têm a mesma velocidade. resentado na figura e que ocorre quando a onda
passa pela fenda é:
14) (UFMG) Observe a figura que representa duas
cordas, sendo a da esquerda menos densa que a) Difração d) Reflexão
a da direita. b) Interferência e) Refração
1 2
c) Polarização
17) (FCMMG) Uma mola comprida e fina é presa
Uma onda transversal se propaga da corda à extremidade de uma corda, como mostra a
1 para a corda 2. Na corda da esquerda, a figura abaixo:
velocidade é V1, o comprimento da onda λ 1
e a freqüência é f1. Na corda da direita, essas
grandezas são V2, λ 2 e f2, respectivamente.
Pode-se afirmar que:
a) f1 = f2 e v1 ≠ v2 Ao ser emitido um trem de ondas a partir da ex-
tremidade livre da mola, podemos afirmar que:
b) λ 1 = λ 2 e v1 = v2
a) A velocidade de propagação da onda é a
c) v1 = v2 e f1 ≠ f2 mesma nos dois meios.
d) f = f e λ = λ
1 2 1 2
b) A velocidade e o comprimento de onda
permaneceram os mesmos quando a onda
e) λ 1 = λ 2 e v1 ≠ v2 passa da mola para a corda.
As questões 15 e 16 referem-se à figura e ao c) Ao passar da mola para a corda, a freqüência
texto que se seguem. da onda não varia.
A figura é uma representação esquemática de d) Ao passar da mola para a corda, o com-
primento de onda não varia.
propagação de ondas, na superfície da água
de um tanque, de profundidade uniforme, no e) Todas as características da onda perman-
sentido indicado pelas setas; AB é um obstáculo ecem as mesmas, ao passar da mola para
contendo uma fenda. a corda.

60 Física - M2
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18) (UFMG) Na figura está esquematizada uma Nas questões 20 e 21 apresentam-se três afirmati-
onda que se propaga na superfície da água, vas, cada uma das quais pode ser certa ou errada.
da parte rasa para a parte funda de um tanque. Leia-as com atenção e responda:
Seja λ o comprimento de onda da onda, v sua a) Se todas as afirmativas são erradas.
velocidade de propagação e f sua freqüência. b) Se apenas I, II são certas.
c) Se apenas II e III são certas.
d) Se apenas I e III são certas.
e) Se apenas uma afirmativa é certa.
20) (UF. Diamantina) Duas cordas de densidades
diferentes são presas uma na outra. Ondas
produzidas por um vibrador propagam-se nas
cordas conforme figura abaixo.

Quando a onda passa da parte rasa para a parte


funda, pode-se dizer que:
a) λ aumenta, f diminui e v diminui
Seja: v1 e v2 = velocidades de propagação; λ 1 e
b) λ aumenta, f diminui e v aumenta λ = comprimentos de onda; f e f = freqüências
c) λ aumenta, f não muda e v aumenta 2 1 2
das ondas nas cordas 1 e 2, respectivamente:
d) λ diminui, f aumenta e v aumenta
e) λ diminui, f não muda e v aumenta I. λ 1 = λ 2
II. v2 < v1
19) (UFMG) A figura representa ondas se propagan-
do na superfície da água de um tanque. As linhas III. f2 = f1
paralelas representam as cristas das ondas. À
21) (UFMG) Uma onda é estabelecida numa corda,
direita de MN as cristas estão mais próximas
fazendo-se o ponto A oscilar com uma freqüência
umas das outras do que à esquerda.
igual a 1000 Hz (veja a figura).

I - Pela figura o comprimento de onda é de 5 cm.


II - O período da onda é 10-3 s.
É ERRADO, afirmar que: III - A velocidade da onda é de 5 x 104 cm/s.

a) A velocidade das ondas à esquerda de MN é 22) A figura a seguir representa uma onda estacio-
maior que à direita. nária, numa corda de comprimento I = 2,5 m.
b) A freqüência das ondas à esquerda de MN é
C
igual do que à direita.
c) O comprimento de onda à esquerda de MN é
maior do que à direita. B A
compriment o de onda à direita de MN
d) freqüência da onda à esquerda de MN =
compriment o de onda à esquerda de MN
freqüência da onda à direita de MN Quanto a essa situação, podemos afirmar:
velocidade das ondas à esquerda de MN a) O ponto C é um nó.
e) =
velocidade das ondas à direita de MN
b) O ponto A é um ventre.
compriment o de onda à esquerda de MN c) O ponto B movimenta-se perpendicularmente
freqüência da onda à direita de MN à direção de propagação da onda.
d) O comprimento de onda vale 0,5 m.
e) O comprimento de onda vale 1,0 m.

Física - M2 61
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23) (FUVEST-SP) A figura abaixo representa uma 27) (PUC-MG) Uma nota musical de altura conve-
onda estacionária, formada numa corda pela su- niente é capaz de quebrar um copo de cristal.
perposição de duas ondas, que se propagam em O fenômeno é um exemplo de:
sentidos opostos, com o mesmo comprimento a) difração d) ressonância
de onda, dado por:
b) efeito Doppler e) tons harmônicos
c) interferência

28) (UFMG) Considere as seguintes ondas eletro-


magnéticas: microondas, luz azul e radiação
ultravioleta. Supondo-se que essas ondas estão
se propagando no vácuo, pode-se concluir que
a) 0,2 m d) 0,8 m todas elas possuem:
b) 0,4 m e) 1,0 m a) A mesma velocidade de propagação.
c) 0,6 m b) A mesma freqüência.
c) O mesmo comprimento de onda.
24) (UFMG) Abaixo estão representados dois pulsos, num d) O mesmo período.
certo instante, movendo-se ao longo de uma corda. e) A mesma amplitude.

29) (FCMMG) Nesta questão são feitas duas afir-


mativas ligadas pela palavra PORQUE:
Responda:

As figuras seguintes representam os mesmos a) Se duas afirmativas são corretas mas a se-
pulsos em instantes posteriores. gunda não é causa da primeira.
b) Se a primeira é uma afirmativa correta e a
segunda é falsa.
c) Se a primeira é uma afirmativa falsa e a se-
0
gunda correta.
d) Se a primeira e a segunda são afirmativas falsas.
e) Se as duas afirmativas são corretas e a se-
gunda é causa da primeira.
Sabendo que a freqüência da radiação ultravio-
leta é maior do que a das microondas, podemos
concluir que, no vácuo, o comprimento de onda do
ultravioleta é menor do que o das microondas.
Assinale a alternativa que ordena as figuras
numa seqüência correta: PORQUE
a) I, II, III d) III, I, II no vácuo a velocidade com que a radiação
ultravioleta se propaga é igual à velocidade de
b) III, II, I e) II, III, I
propagação das microondas.
c) II, I, III
30) (PUC-MG) Para a situação ilustrada, diz-se que:
25) (PUC-MG) Ondas longitudinais não exibem:
a) difração d) reflexão
b) interferência e) refração
c) polarização
26) (UFMG) Para que um corpo vibre em ressonân-
cia com um outro é preciso que:
a) seja feito do mesmo material que o outro;
a) O comprimento de onda da luz em II é menor
b) vibre com a maior amplitude possível; do que em I.
c) tenha uma freqüência natural próxima da b) A velocidade da luz em II é maior do que em I.
freqüência natural do outro; c) A freqüência da luz em I é maior do que em II.
d) vibre com a maior freqüência possível; d) O índice de refração de I é menor do que de II.
e) vibre com a menor freqüência possível. e) Haverá reflexão total se a luz passar de II para I.

62 Física - M2
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Questões 31 a 33. 36) (UFMG) Uma pessoa dá um grito diante de um


Nestas questões aparecem três afirmativas. muro e depois de 0,750 segundos ouve o eco.
Considerando a velocidade do som no ar como
Responda:
sendo 340 m/s, pode-se afirmar que a distância
a) Se apenas a afirmativa I for verdadeira. entre a pessoa e o muro, em metros vale:
b) Se apenas a afirmativa II for verdadeira. a) 72 d) 115
c) Se apenas a afirmativa III for verdadeira. b) 94 e) 128
d) Se pelo menos duas afirmativas forem ver- c) 109
dadeiras.
e) Se todas as afirmativas forem falsas. 37) (FCMMG) Nesta questão apresentam-se três
alternativas, cada uma das quais pode ser certa
31) (UFMG) O índice de refração absoluto do vidro ou errada. Leia-as com atenção e responda:
é 1,5 e o do ar é, particularmente, 1,0. Quando a I - A intensidade do som nos permite distinguir
luz monocromática passa do ar para o vidro: os sons graves dos agudos.
I - Sua intensidade fica 1,5 vezes menor. II - A altura do som nos permite, distinguir entre
II - Sua velocidade fica 1,5 vezes menor. sons mais fortes e mais fracos.
III - Seu comprimento de onda fica 1,5 vezes menor. III - O timbre do som permite distinguir sons
emitidos por instrumentos diferentes.
32) (PUC-MG) a) Se apenas I e II são corretas.
I - No vácuo, a radiação ultravioleta propaga-se com b) Se apenas I e III são corretas.
uma velocidade maior do que as microondas. c) Se apenas uma afirmativa é certa.
II - A freqüência da radiação infravermelha é d) Se todas as afirmativas são certas.
menor do que a da luz verde. e) Se todas as afirmativas são erradas.
III - Se a onda eletromagnética de uma emissora
38) Duas fontes sonoras emitem sons de alturas,
de rádio tem uma freqüência de 750 kilohertz, o
intensidades e timbres diferentes. Quanto a essa
seu comprimento de onda, no ar, é de 400 m.
situação, podemos afirmar, EXCETO:
33) (FCMMG) As afirmações se referem a ondas de rádio, a) O som mais agudo terá maior freqüência.
ondas luminosas e raios X, se propagando no vácuo. b) O som menos intenso terá menor amplitude.
I - Elas apresentam comprimentos de onda c) Os timbres das ondas sonoras serão diferentes
diferentes. se as formas dessas ondas forem diferentes.
II - Elas se propagam com velocidades diferentes, d) O som mais grave terá maior período.
características de seus comprimentos de onda. e) Uma das afirmativas acima é falsa.
III - Suas freqüências são iguais independente-
39) Todas as radiações (ondas) relacionadas a seguir
mente de seus comprimentos de onda que
pertencem ao espectro eletromagnético EXCETO:
são diferentes.
a) Luz verde d) Ultra-som
34) (UFMG) Uma pessoa escuta um trovão 4,0 s b) Microondas e) Ultravioleta
depois de ver o relâmpago. A velocidade da luz
c) Raios X
é 3,0 x 108 m/s e a do som 3,40 x 102 m/s. A
distância entre o ponto onde ocorreu o relâm- 40) (UFMG) Todas as afirmativas a respeito de
pago e a pessoa é: ondas estão corretas, EXCETO:
a) 1,20 x 109 m d) 2,72 x 103 a) As ondas sonoras são ondas longitudinais
b) 2,40 x 109 m e) 1,36 x 103 m que não se propagam no vácuo.
c) 1,199 x 109 m b) As partículas de um meio no qual se propagam
ondas longitudinais vibram em uma direção
35) (PUC-MG) É verdadeira a afirmação: paralela à direção de propagação da onda.
a) As ondas sonoras são transversais. c) As partículas de um meio no qual se propagam
b) A velocidade das ondas sonoras num mesmo ondas transversais vibram em uma direção
meio depende de sua freqüência. normal à direção de propagação da onda.
c) A temperatura do ar influencia a velocidade d) A velocidade V de propagação de uma onda
das ondas sonoras. é dada por V = λ f, onde f é freqüência e λ ,
d) As ondas sonoras não sofrem refração ao o comprimento da onda.
mudarem de meio. e) O comprimento da onda de uma onda sonora
e) A velocidade das ondas sonoras é a mesma é a distância que vai da fonte que emite o
da luz. som ao ouvido do observador.
Física - M2 63
Tecnologia ITAPECURSOS

Termologia - Temperatura e Dilatação - Questões Objetivas


01) (UFGO) Quando um corpo está numa temperatura que em graus Celsius tem a metade do valor medido
em graus Fahrenheit, pode-se afirmar que sua temperatura é de:
a) 200°F b) 300°F c) 240°F d) 320°F e) 160°F

02) (UFMG) O coeficiente de dilatação linear do alumínio é aproximadamente 0,00003/°C, sendo a dilatação
proporcional ao comprimento e à variação da temperatura. Se aumentarmos de 1000°C a temperatura
de uma barra de 1000 centímetros de comprimento, o comprimento da barra aumentará 3 centímetros.
Uma barra de alumínio tem L centímetros de comprimento à temperatura de t1°C. Se aquecermos a barra
até a temperatura de t2°C, o seu comprimento sofrerá um aumento, em centímetros, igual a
3L O t 2 3L O ( t 2 − t1 ) 3L O ( t 2 + t1 )
a) c) e)
100.000 100.000 100.000
3L O t 2 3L O ( t 2 − t1 )
b) 100.000 t d)
1 1000
.

03) (FUNREI) A figura abaixo mostra uma ponte apoiada sobre dois pilares feitos de materiais diferentes.
Como se vê, o pilar mais longo, de comprimento
L1 = 40m, possui coeficiente de dilatação linear α
= 18 . 10-6ºC-1. O pilar mais curto tem comprimento
L2 = 30m. Para que a ponte permaneça sempre na
30 m
horizontal, o material do segundo pilar deve ter um
40 m coeficiente de dilatação linear α 2 igual a:
a) 42 x 10-6 ºC-1 d) 21 x 10-1 ºC-1
b) 24 x 10-6 ºC-1 e) 36 x 10-6 ºC-1
-6
c) 13,5 x 10 ºC -1

Termologia - Calorimetria - Questões Objetivas


01) (PUC-RS) No inverno usamos roupas de lã baseados no fato de a lã:
a) ser uma fonte de calor. d) impedir que o calor do corpo se propague para o meio exterior.
b) ser um bom condutor de calor. e) impedir que o frio penetre através dela até nosso corpo.
c) ser um bom absorvente de calor.
02) (FGV-SP) Quando há diferença de temperatura entre dois pontos, o calor pode fluir por condução, con-
vecção ou radiação do ponto de temperatura mais alta para o de temperatura mais baixa. O “transporte”
de calor se dá juntamente com o transporte de massa no caso da:
a) condução, somente. c) convecção, somente. e) condução e radiação.
b) radiação e convecção. d) radiação, somente.
03) (UFMG) Uma garrafa térmica, do tipo das usadas para manter café
quente, consiste em um recipiente de vidro de parede dupla com
vácuo entre as paredes. Essas paredes são espelhadas.
O vácuo e as paredes espelhadas são usados para dificultar a trans-
missão de calor, estando relacionados com uma ou mais formas de Paredes
transmissão. espelhadas
Assinale a alternativa que relaciona corretamente as características
da garrafa térmica com as formas de transmissão de calor que essas
características tentam impedir.
a) parede espelhada ↔ condução, vácuo ↔ radiação Vácuo
b) parede espelhada ↔ condução, vácuo ↔ radiação e convecção
c) parede espelhada ↔ radiação, vácuo ↔ condução e convecção
d) parede espelhada ↔ radiação, vácuo ↔ radiação, condução e convecção

64 Física - M2
Tecnologia ITAPECURSOS

04) (UFMG) A mesma quantidade de calor é fornecida a dois corpos, M e N, sendo que a massa de M é maior
do que a massa de N. Como resultado, esses corpos apresentam a mesma variação de temperatura.
Com relação às capacidades térmicas, CM e CN e aos calores específicos, cM e cN, pode-se concluir que
a) CM < CN; cM = cN c) CM = CN; cM > cN e) CM > CN; cM = cN
b) CM = CN; cM < cN d) CM > CN; cM < cN

05) (UFMG) Observe a figura. 07) (Med. Pouso Alegre) Para aquecer 1 kg de água
a 0°C até obter 1 kg de vapor a 100°C, devemos
usar uma quantidade de energia, em kJ (103
Joules), da ordem de:
cal
Cágua = 1
Isolan-
dados g . °C
L = 540 cal/g
1 cal = 4,18 J
Nessa figura, dois corpos, a temperaturas dife- a) 640 c) 8200 e) 3700
rentes, foram colocados em contato e isolados
termicamente. b) 2600 d) 890
Depois de um certo tempo, esses dois corpos 08) (PUC-RS) Uma caixa de isopor contém 1,0 kg
atingiram o equilíbrio térmico. Pode-se afirmar, de gelo a 0°C. A caixa permanece fechada e
com certeza que depois de 10 h observa-se que a metade do gelo
a) a energia perdida por um dos corpos é igual derreteu. Podemos afirmar que a quantidade de
à energia recebida pelo outro. energia térmica que passou de fora para dentro
b) a maior variação de temperatura ocorreu no da caixa é, em calorias, igual a: (Sabe-se que o
corpo de maior capacidade térmica. calor latente de fusão do gelo é 80 cal/g.)
c) a maior variação de temperatura ocorreu no a) 4,0 x 104 d) 4,0 . 102
corpo de maior calor específico. b) 8,0 . 104 e) 8,0 . 102
d) a menor variação de temperatura ocorreu no c) 4,0 . 103
corpo de maior massa.
09) (UFMG) Na figura, estão representados três
e) o aumento na temperatura de um dos corpos
corpos de materiais diferentes, cujas massas
é numericamente igual ao decréscimo na
estão indicadas. Ao receberem quantidades
temperatura do outro.
iguais de calor, estes corpos sofrem uma varia-
06) (UEPG-MG) Um projétil de chumbo, calor es- ção de temperatura, isto é, possuem a mesma
cal capacidade térmica.
pecífico igual a 0,030 g . ° C , se movimenta
horizontalmente com velocidade constante de 1 kg 5 kg 2,5 kg
200 m/s e encrava-se num bloco de gelo fun-
dente, ficando nele alojado. A temperatura do
projétil antes do impacto era de 30 °C, e 70%
da sua energia cinética se transforma em calor.
Desprezando-se as perdas de calor, pode-se
(1) (2) (3)
afirmar que a massa de gelo que se funde na
troca de calor é: (Dados: a massa do projétil
é 150,0g; o calor latente de fusão do gelo é Massas iguais destes materiais, recebendo
80,0 cal/g; adote como sendo 4,2 J/cal o valor quantidades iguais de calor, sofrerão variações
do equivalente mecânico do calor.) de temperatura ∆ t1, ∆ t2 e ∆ t3, respectiva-
a) 6,25 g mente, cuja relação é
b) 12,45 g a) ∆ t1 = ∆ t2 = ∆ t3 d) ∆ t3 > ∆ t1 > ∆ t2
c) 2,15 g b) ∆ t2 > ∆ t3 > ∆ t1 e) ∆ t > ∆ t > ∆ t
2 1 3
d) 35,75 g c) ∆ t1 > ∆ t3 > ∆ t2
e) 10,00 g

Física - M2 65
Tecnologia ITAPECURSOS

10) (UFOP) Uma pessoa aquece 1,0 litro de água (lembre-se: 1,0 litro de água tem massa de 1,0 kg), de tal
forma que a temperatura da água passa de 20°C para 80°C, durante 2,0 minutos. Desconsidere o calor
absorvido pelo recipiente. O valor da potência térmica da fonte de calor é um valor mais próximo de:
Dado:
Calor específico da água = 1,0 cal/g°C
a) 30 000 cal/s b) 5 000 cal/s c) 500 cal/s d) 60 000 cal/s e) 60 cal/s

11) (Itaúna-MG) Num recipiente de capacidade térmica desprezível, são colocados 100 g de água a 20°C e
200 g de água a 40°C. É CORRETO afirmar que a temperatura final de equilíbrio térmico da mistura:
a) é de 60°C.
b) certamente é de 30°C.
c) está entre 20°C e 40°C e é mais próxima de 40°C.
d) está entre 20°C e 40°C e é mais próxima de 20°C.
e) é de 40°C.
12) (Itaúna-MG) É CORRETO afirmar que:
a) a água sempre ferve a 100°C.
b) aquecendo-se a água, seu volume pode diminuir.
c) fornecendo-se calor para uma substância, sua temperatura sempre aumenta.
d) aquecendo-se uma chapa furada, o diâmetro do furo diminui.
e) todas as afirmações acima são falsas.

13) (FUNREI) As três afirmativas abaixo referem-se às mudanças de fase (estado) de uma substância.
A alternativa que apresenta resposta CORRETA é:
I- Na fusão o calor latente corresponde à energia necessária para desfazer ou romper a rede cristalina do sólido.
II- Certas substâncias, ao se fundirem, diminuem de volume; e um aumento da pressão acarreta uma
diminuição de sua temperatura de fusão.
III- Entende-se por evaporação a passagem da fase líquida para a fase de vapor a uma temperatura
inferior à temperatura característica de vaporização.
a) Apenas a afirmativa I é correta. d) Apenas as afirmativas II e III são corretas.
b) Apenas as afirmativas I e II são corretas. e) As afirmativas I, II e III são corretas.
c) Apenas as afirmativas I e III são corretas.

14) (UFLA) 200 g de gelo a -20°C são colocados em um recipiente de paredes adiabáticas contendo certa
quantidade de água a 80°C. Após troca de calor, a temperatura de equilíbrio é θ = 40°C. Calcule a quan-
tidade de água contida no recipiente antes da mistura. Dados: calor específico do gelo cG = 0,5 cal/g. °C;
calor latente de fusão do gelo L = 80 cal/g; calor específico da água cágua = 1 cal/g. °C.
a) 200 g b) 250 g c) 400 g d) 450 g e) 650 g

15) (UFLA) O gráfico abaixo representa a variação da temperatura θ em função da quantidade de calor
recebida Q. Considerando um corpo inicialmente sólido de massa 20 g, pode-se afirmar que

a) a capacidade térmica do corpo no estado sólido é


θ ºC 100 cal/°C.
C
30 b) o calor específico da substância que constitui o corpo no
estado sólido é 0,5 cal/g°C.
c) a capacidade calorífica do corpo no estado líquido é
A B 100 cal/°C.
10
d) no intervalo de temperatura de 10°C a 30°C a capacidade
0 térmica da massa é 20 cal/°C.
Q (cal)
0 100 200 300 e) o calor específico da substância de 10°C a 30°C para o
intervalo BC é 50 cal/g°C.

66 Física - M2
Tecnologia ITAPECURSOS

16) (Itaúna-MG) Quando fornecemos calor a um corpo e a sua temperatura se eleva, há um aumento na
energia de agitação dos seus átomos. Esse aumento de agitação faz com que a força de ligação entre
os átomos seja alterada, podendo acarretar mudanças na organização e na separação desses átomos.
Falamos que a absorção de calor por um corpo pode provocar “mudança de fase”. A retirada de calor
provoca efeitos inversos dos observados, quando é cedido calor à substância.
Considere os modelos de estrutura interna de uma substância apresentados nas figuras (A), (B) e (C).
Com base no texto acima, podemos afirmar que os
modelos (A), (B) e (C) representam, respectivamente:
a) Sólido, gás e líquido.
b) Líquido, sólido e gás.
c) Líquido, gás e sólido.
(A) (B) (C) d) Gás, líquido e sólido.
e) Sólido, líquido e gás.

Óptica Geométrica - Reflexão da Luz - Questões Objetivas


01) (Vunesp) “Isaac Newton foi o criador do telescópio refletor. O mais caro desses instrumentos até hoje fab-
ricado pelo homem, o telescópio espacial Hubble (1,6 bilhão de dólares), colocado em órbita terrestre em
1990, apresentou em seu espelho côncavo, dentre outros, um defeito de fabricação que impede a obtenção
de imagens bem definidas das estrelas distantes.” (O ESTADO DE S. PAULO, 1/8/91, P. 14). Qual das figuras
melhor representaria o funcionamento perfeito do espelho do telescópio?

a) c) e)

b) d)

02) (MACK-SP) Um objeto real se encontra diante de um espelho esférico côncavo, a 10cm de seu vértice,
sobre o eixo principal. O raio de curvatura desse espelho é 40cm. Se o objeto se deslocar até o centro
de curvatura do espelho, a distância entre a imagem inicial e a final será:
a) 60cm b) 40cm c) 25cm d) 20cm e) 10cm

03) (PUC-MG) No esquema representado na figura desta questão são dadas as posições de um objeto, de
um espelho e da imagem formada pelo espelho.
Em relação ao espelho e à sua distância focal f, é CORRETO afirmar que o espelho é:
x a) convexo e f = x
Objeto b) côncavo e f = 2x
Imagem
c) convexo e f = 4x
2x d) côncavo e f = 3x
e) convexo e f = 3x

04) (Milton Campos) As afirmações abaixo se referem ao estudo da reflexão da luz.


I. Mirando-se na parte convexa de uma colher uma pessoa verá sua imagem diminuída.
II. A parte côncava de uma colher pode formar imagem tanto direta quanto invertida de um objeto.
III. Mesmo que o tamanho de um espelho plano seja menor do que uma pessoa, é possível a pessoa
enxergar todo o seu corpo nesse espelho.
São corretas:
a) I somente b) II somente c) III somente d) todas e) nenhuma
Física - M2 67
Tecnologia ITAPECURSOS

05) (PUC-MG) Dois espelhos distintos, A e B, estão fixos A B


em uma mesma moldura, conforme a figura abaixo.
Uma vela acesa é colocada em frente e a uma mesma
distância dos espelhos. Observa-se que a imagem,
formada pelos espelhos, é maior que a vela no es-
pelho B e menor no espelho A. A respeito desses
espelhos, é CORRETO afirmar:
a) Ambos os espelhos são convexos.
b) O espelho A é convexo, e B é côncavo.
c) A imagem formada no espelho A é virtual, e no espelho B é real.
d) Ambas as imagens são reais.
e) Ambos os espelhos podem projetar imagens sobre um anteparo.
06) (PUC-MG) Na figura abaixo, aparecem um espelho côncavo, um objeto O à sua frente e três imagens
hipotéticas A, B e C do referido objeto. Dentre elas, as que podem realmente ser imagens de O são:

B O a) A, B e C d) somente B e C
b) somente A e B e) somente C
C A
c) somente A e C

07) (UFMG) Três peixes, M, N e O, estão em um aquário com tampa não transparente com um pequeno
furo como mostra a figura.

Uma pessoa com o olho na posição mostrada


na figura provavelmente verá :
a) apenas o peixe M.
b) apenas o peixe N.
c) apenas o peixe O.
d) os peixes N e O.
M N O

08) (UFMG) As alternativas contêm desenhos que representam feixes luminosos em situações onde ocorre
reflexão, refração, difração e interferência.
A alternativa que apresenta o único fenômeno que é acompanhado de uma mudança no valor numérico
da velocidade de propagação da luz é:
a) b)

meio I meio I
meio II meio II

c) d) meio I

meio I meio I
meio I
meio I

68 Física - M2
Tecnologia ITAPECURSOS

09) (PUC-MG) Um observador olha para um ponto luminoso P através do vidro de uma vidraça. A imagem
que ele vê é o ponto:
a) P1

b) P2
P4
P5 c) P3
P3
P d) P4

P1 e) P5
P2

10) (UFMG) Um estreito feixe de luz monocromático passa de um meio I para um meio II cujos índices de
refração são diferentes. O feixe atravessa o meio II, penetra em um meio idêntico a I e é refletido em um
espelho plano. Estas figuras mostram opções de trajetórias para esse feixe de luz.

I II I I II I I II I

Figura 1 Figura 2 Figura 3

I II I I II I I II I

Figura 4 Figura 5 Figura 6

As figuras que representam trajetórias possíveis são:


a) 1 e 2 d) 3 e 4
b) 1 e 3 e) 4 e 6
c) 2 e 5

11) (FAFEOD) Numa piscina de água pura é colocada uma fonte luminosa a 2 metros de profundidade.
Considerando a fonte como puntiforme e que o ângulo limite água-ar é igual a 49°, que área iluminada
da superfície verá um observador na borda da piscina?
a) O observador verá um disco iluminado de área aproximadamente igual a 17m2.
b) O observador verá apenas um ponto iluminado na superfície da água.
c) O observador não verá a superfície da água iluminada devido à reflexão total.
d) O observador verá uma superfície iluminada com a mesma dimensão da fonte.
e) O observador só verá a superfície da água iluminada se estiver em posição frontal à fonte luminosa.

Física - M2 69
Tecnologia ITAPECURSOS

12) (UFV) Um feixe de luz composto por duas cores incide normalmente em um prisma imerso no ar, como na figura
abaixo.
luz incidente
Sabendo-se que, no prisma, os índices de refração da luz, com relação ao vácuo,
obedecem à relação n violeta > n azul > n verde > n amarelo > n laranja > n vermelho ,
assinale a alternativa que melhor represente o fenômeno observado.

a) b) c)

verde
vermelho violeta
laranja
azul amarelo

d) azul e) ver-

amarelo
violeta

13) (PUC-MG) Leia atentamente o período abaixo.


“A luz policromática branca pode ser decomposta nas cores do espectro que vai do vermelho até o violeta.
Esse fenômeno físico chama-se ____________ e é uma conseqüência de um outro fenômeno conhecido
com o nome de ____________.
Os espaços do período dado ficam corretamente preenchidos, respectivamente, por:
a) difração, refração. d) difusão, polarização.
b) dispersão, interferência. e) dispersão, refração.
c) difração, reflexão.

14) (PUC-MG) Considerando as características das imagens reais e virtuais e as regras de formação de
imagens em lentes, a afirmativa FALSA é:
a) A imagem real formada por uma lente convergente pode ser menor do que o objeto.
b) A imagem virtual formada por uma lente convergente pode ser maior do que o objeto.
c) A imagem real formada por uma lente convergente pode ser maior do que o objeto.
d) A imagem virtual formada por uma lente divergente pode ser menor do que o objeto.
e) A imagem real formada por uma lente divergente pode ser menor do que o objeto.
15) (Itaúna-MG) A figura mostra uma lente de vidro mergulhada no ar.
Raios paralelos incidem paralelamente ao eixo da lente.
F é o foco da lente.

ÍNDICE DE REFRAÇÃO

Eixo ar 1,0
F vidro 1,5
água 1,3
Se a lente for mergulhada na água, pode-se afirmar que:
a) a lente passa a ser divergente.
b) a distância focal da lente sofrerá alteração.
c) os raios continuarão a convergir no mesmo ponto F (o foco não muda).
d) os raios convergirão de forma mais acentuada de modo que o ponto F se aproxima da lente.
e) os raios paralelos deixarão de convergir.

70 Física - M2
Tecnologia ITAPECURSOS

16) (PUC-MG) Na figura a seguir, são mostradas uma lente (L) e a posição de um objeto (o), no ar.
Considere, em cada opção, distâncias focais iguais. A opção que
L representa o esquema CORRETO da Imagem (i) e da lente é:
o a) b)
o
i o
F F
F F F
F
i

c) d) e)
o
o i
o i

F F F
F F F
i

17) (FAFEOD) A lente convergente esquematicamente representada pela figura abaixo tem distância focal igual a
4cm. Sobre seu eixo, a 8cm à esquerda do plano da lente, é colocada uma haste AB de 2cm de comprimento.

Eixo da lente
B F F

Nessas condições, a imagem formada pela lente é:


a) virtual, direita, simétrica da haste AB em relação ao seu plano.
b) real, invertida, aumentada, situada a 8cm à direita do seu plano.
c) real, invertida, simétrica de AB em relação ao seu plano.
d) virtual, invertida, de mesmo tamanho da haste AB, situada a 8cm à direita do seu plano.
e) real, invertida, de mesmo tamanho da haste AB, situada a 8cm à direita do seu plano.

18) (PUC-MG) Com relação a lentes delgadas de vidro, e imersas no ar, é INCORRETO afirmar:
a) Uma lente plano-convexa é convergente.
b) De objetos reais, uma lente bicôncava só produz imagens virtuais.
c) Uma pessoa hipermétrope, usando lentes convergentes, percebe uma imagem maior que o objeto
observado.
d) Quando um objeto luminoso, real, é colocado sobre um dos focos de uma lente divergente, a imagem
se forma no infinito.
e) Quando um objeto luminoso, real, é colocado sobre o eixo principal de uma lente convergente, a uma
distância do centro óptico igual a duas vezes a distância focal, a imagem projetada é real, invertida
e da mesma altura do objeto.

Física - M2 71
Tecnologia ITAPECURSOS

19) (UFMG) Dois defeitos visuais bastante comuns no ser humano são a miopia e a hipermetropia. Num
olho míope, a imagem é formada antes da retina enquanto, num olho hipermétrope, a imagem é formada
depois da retina.
Na figura, estão representados três raios de luz emergindo de uma fonte localizada em P, passando pelas

P Q

L1 L2

Com relação às lentes L1 e L2, a afirmativa CORRETA é:


a) L1 e L2 podem corrigir hipermetropia. c) L1 pode corrigir hipermetropia e L2, miopia.
b) L1 e L2 podem corrigir miopia. d) L1 pode corrigir miopia e L2, hipermetropia.

Calor e Temperatura - Questões de Aprofundamento


01) e 02) d 03) b 04) c 05) a 06) b 07) d 08) c 09) d 10) a 11) a 12) c
13) c 14) c 15) a 16) a 17) e 18) b 19) a 20) e 21) c 22) d
Comportamento dos Gases - Termodinâmica - Questões de Aprofundamento
01) b 02) e 03) d
Ótica Geométrica - Reflexão da Luz - Questões de Aprofundamento
01) d 02) b 03) d 04) b 05) b 06) e 07) b 08) c 09) d 10) a 11) e 12) b
Ótica Geométrica - Refração da Luz - Questões de Aprofundamento
01) c 02) a 03) e 04) c 05) b 06) d 07) b 08) e 09) c 10) b 11) b 12) d
13) d 14) d 15) c 16) b
Ondulatória - Questões de Aprofundamento
01) c

CADERNO DE EXERCÍCIOS
Comportamento dos Gases - Termodinâmica - Questões Objetivas
01) c 02) c 03) e 04) e 05) a 06) b 07) a 08) c 09) d 10) c 11) c 12) c
13) e 14) c 15) a 16) a 17) d 18) e 19) a 20) d 21) b 22) c 23) c
Ondulatória - Questões Objetivas
01) a 02) c 03) e 04) a 05) d 06) d 07) b 08) d 09) d 10) b 11) e 12) a
13) c 14) a 15) e 16) a 17) c 18) c 19) d 20) c 21) e 22) e 23) d 24) e
25) c 26) c 27) d 28) a 29) e 30) b 31) d 32) c 33) a 34) e 35) c 36) e
37) c 38) c 39) d 40) e
Termologia - Temperatura e Dilatação - Questões Objetivas
01) d 02) c 03) b
Termologia - Calorimetria - Questões Objetivas
01) d 02) c 03) c 04) b 05) a 06) a 07) b 08) a 09) b 10) c 11) c 12) b 13) e
14) e 15) b 16) c
Ótica Geométrica - Reflexão da Luz - Questões Objetivas
01) d 02) a 03) b 04) d 05) b 06) b 07) a 08) b 09) a 10) a 11) a 12) a 13) e
14) e 15) b 16) a 17) e 18) c 19) a

72 Física - M2
Física 
ELETRICIDADE 
Carga Elétrica e Lei de Coulomb 

1­ Introdução ......................................................... 3 
2­ Condutores e Isolantes ...................................... 3 
3­ Carga Elétrica ................................................... 3 
4­ Processos de Eletrização .................................. 4 
5­ Eletroscópios ..................................................... 5 
6­ Lei de Coulomb ................................................. 6 

Campo Elétrico 

1­ Introdução ......................................................... 7 
2­ Campo Elétrico .................................................. 7 
3­ Definição Matemática ........................................ 7 

no Código Penal, Artigo 184, parágrafo 1 e 2, com 
4­ Campo Elétrico gerado 
A reprodução por qualquer meio, inteira ou em parte, venda, 
exposição  à  venda,  aluguel,  aquisição,  ocultamento, 

autorização do detentor dos direitos autorais é crime previsto 
empréstimo,  troca  ou  manutenção  em  depósito  sem 
por uma carga puntiforme .................................. 8 
5­ Linhas de Força ................................................. 9 

multa e pena de reclusão de 01 a 04 anos.
6­ Campo Elétrico Uniforme ................................... 9 
7­ Campo Elétrico gerado por uma 
Esfera Condutora e Eletrizada ......................... 10 
8­ Blindagem Eletrostática ................................... 10 

Potencial Elétrico 

1­ Introdução ....................................................... 11 
2­ Definição de Potencial Elétrico ........................ 11 
3­ Potencial Elétrico de Cargas Puntiformes ........ 12 
4­ Superfícies Eqüipotenciais .............................. 12 
5­ Movimento de Cargas Elétricas 
em um Campo Elétrico .................................... 13 
6­ Potencial Elétrico de uma 
Esfera Condutora e Eletrizada ......................... 13 

M3 
GABRIEL DIAS DE CARVALHO JÚNIOR 
Física 
Corrente Elétrica, Leis de OHM e Resistores 

1­ Introdução ........................................................ 14 
2­ Corrente Elétrica .............................................. 14 
3­ Leis de Ohm .................................................... 16 
4­ Resistores ....................................................... 17 
5­ Aparelhos de Medida ....................................... 20 

Geradores e Receptores 

1­ Introdução ........................................................ 20 
2­ Geradores ....................................................... 20 
3­ Receptores ...................................................... 22 
4­ Lei de Pouillet .................................................. 23 

Eletromagnetismo 

1 ­ Introdução ...................................................... 24 
2 ­ Ímãs ............................................................... 24 
3 ­ Linhas de Indução .......................................... 25 
4 ­ Experiência de Oersted .................................. 25 
5 ­ Campo Magnético Gerado por 
Correntes Elétricas ......................................... 26 
6 ­ Força Magnética ............................................ 27 
7 ­ Indução Eletromagnética ................................ 28 

FÍSICA MODERNA 

A) Física Nuclear ................................................. 30 
B) Física Quântica ............................................... 32
Tecnologia               ITAPECURSOS 

ELETRICIDADE 
CARGA ELÉTRICA E LEI DE COULOMB 
1.1 ­  INTRODUÇÃO 
A Eletricidade é a parte da Física que estuda os fenômenos relacionados com a carga elétrica. Ela pode ser 
dividida em três partes: Eletrostática, Eletrodinâmica e Eletromagnetismo. A primeira estuda os efeitos da 
carga elétrica em repouso, a segunda se preocupa com a carga elétrica em movimento e a terceira trabalha 
com o campo magnético. 
Estudaremos, inicialmente, a Eletrostática. Neste primeiro capítulo, faremos uma investigação a respeito da 
origem da carga elétrica, das maneiras de, a partir de um corpo neutro, produzirmos um corpo eletrizado e 
da força eletrostática. Antes, porém, devemos conhecer alguns conceitos importantes. 

1.2 ­ CONDUTORES E ISOLANTES 
a) Condutores 
Os materiais são ditos condutores quando permitem, com certa facilidade, o deslocamento de cargas elétricas 
em seu interior. 
Podemos citar como exemplos os metais, o corpo humano e o grafite. 

b) Isolantes 
Dizemos que um material é isolante se ele apresenta uma grande dificuldade à movimentação das cargas 
elétricas em seu interior. São também denominados dielétricos. 
São exemplos: a borracha, a mica e o ar. 

Observação: 

Existem ainda os semicondutores (de vital importância no desenvolvimento da eletrônica) e os supercondutores 
(cuja pesquisa vem se desenvolvendo muito nos últimos anos). Não vamos tratar destes dois grupos por não 
constar no programa de vestibular. 

1.3 ­ CARGA ELÉTRICA 
Em um corpo eletricamente neutro, o número de prótons é igual ao número de 
elétrons. Esta característica nos faz concluir que cada próton tem seu efeito  elétrons 
anulado por um elétron. Logo, a carga elétrica do próton tem o mesmo módulo da 
carga elétrica do elétron, apresentando, porém, um efeito contrário.  prótons 
Para denotar esta diferença, convencionou­se dizer que o próton possui carga 
elétrica positiva, ao passo que o elétron possui carga elétrica negativa. 
O módulo da carga do próton ou do elétron representa a menor carga elétrica 
livre na natureza e é chamada de carga elétrica elementar (ou fundamental), cujo símbolo é e. Assim: 
onde coulomb é 
­ ­19  a unidade da 
+  , 
e = q P  = q e­  = 16 x 10  coulomb (C) 
carga elétrica 

Um  corpo  que  tenha  excesso  de  prótons  estará 


eletrizado  positivamente,  enquanto  que,  se  o 
excesso  for  de  elétrons,  ele  estará  eletrizado  Nº p +  = Nº e ­  Nº p +  > Nº e ­  Nº p +  < Nº e ­ 
negativamente. 
NEUTRO  POSITIVO  NEGATIVO
Podemos resumir estas características com o auxílio 
da tabela ao lado. 

Física ­ M3  3 
Tecnologia              ITAPECURSOS 

Para que possamos chegar a uma expressão que nos permita calcular a carga elétrica de um corpo em função 
do número de elétrons em excesso ou falta, vamos considerar a seguinte situação hipotética: 
Um corpo, inicialmente neutro, possui 1.000 prótons e 1.000 elétrons. 
1 ­ É retirado um dos elétrons do corpo. 
.  . e  e carga dos 999 elétrons, Q E- = - 999. e . 
Podemos perceber que a carga dos 1.000 prótons será  Q  + = 1000 
P

Dessa forma, a carga elétrica resultante do corpo como um todo será:  Q = ( . 


1000 . e) + ( - 999) = 1.e 
2 ­ São retirados dois dos elétrons do corpo. 
A carga dos prótons continua a mesma. Porém, a dos elétrons será  Q  - = - 998. e . Então, a carga do corpo 
E

será:  Q = 2. e

Prosseguindo o raciocínio, podemos chegar à expressão:  Q = ± n.e 
Onde o sinal ± aparece pelo fato de a carga elétrica do corpo poder ser positiva ou negativa e a letra n 
representa o número de elétrons em falta ou em excesso. 
Podemos notar que a carga elétrica de um corpo é um múltiplo da carga fundamental. Quando isto acontece 
com uma grandeza, dizemos que ela é quantizada. 

1.4 ­ PROCESSOS DE ELETRIZAÇÃO 
São maneiras de, a partir de um corpo neutro, produzir um corpo eletricamente carregado. Estudaremos três 
processos: atrito, contato e indução 

a) Eletrização por Atrito 
Como o próprio nome está sugerindo, neste processo vamos esfregar dois corpos para que tenhamos a 
eletrização. Começaremos o processo com dois corpos neutros. Durante o atrito, o corpo que possuir maior 
afinidade por elétrons irá “roubar”  alguns do outro corpo. Desta forma, após o atrito teremos dois corpos 
eletrizados com cargas de sinais opostos e mesmo módulo. Repare que o número de elétrons que foi doado 
por um corpo é igual ao número de elétrons recebido pelo outro. 
Este é o processo de eletrização entre uma régua e os nossos cabelos. Ao atritarmos estes dois corpos, 
haverá um fluxo de elétrons da régua para os fios de cabelo, fazendo com que a primeira fique positiva. 
Um outro exemplo deste processo de eletrização é o atrito entre a lataria de um automóvel e as moléculas de 
ar. Por causa deste atrito, o carro vai absorvendo elétrons do ar, eletrizando­se negativamente. Em dias muito 
secos, após um passeio, se você tocar a parte externa do automóvel é possível que você “tome” um choque. 

b) Eletrização por Contato 
Para que possamos efetuar este processo, devemos começar com um 
corpo já eletrizado e um outro neutro. Encostamos os dois corpos por  A  fio                 B 
alguns instantes para que haja um movimento de elétrons. Logo após,  ­ ­ ­ ­ ­ ­ 
separamos novamente os dois corpos. No final do processo, teremos dois 
corpos eletrizados com cargas de mesmo sinal.  ­ ­ ­ ­ ­ ­ 
Vamos dar o exemplo do processo considerando que o corpo eletrizado 
é negativo.  A  fio                 B 
Vamos efetuar o contato através de um fio condutor.  ­ ­ ­ ­  ­ ­ 
Neste caso, os elétrons em excesso do corpo A estarão se repelindo  ­ ­ ­ ­  ­ ­ 
mutuamente. Quando o fio ligar os dois corpos, alguns destes elétrons 
passarão para o corpo B. 
A  fio                 B 
Como o corpo A perdeu alguns elétrons, sua carga diminui em módulo. 
Já o corpo B ganhando estes elétrons, ficará eletrizado negativamente.  ­  ­  ­  ­                   ­    ­ 
Também neste caso podemos dizer que houve conservação da carga 
­  ­  ­  ­                   ­    ­
elétrica, uma vez que os elétrons perdidos por A foram ganhos por B. 

4  Física ­ M3 
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No item A desta seção, quando dissemos que uma pessoa pode “tomar” choque ao encostar na lataria de um 
automóvel eletrizado, estávamos nos referindo exatamente à eletrização por contato. 
Após todo o processo, os corpos que estabeleceram o contato somente terão cargas de mesmo módulo se 
tiverem dimensões idênticas (esferas de mesmo raio, por exemplo). Caso contrário, o corpo de maiores 
dimensões terá maior carga elétrica em módulo. 
Uma situação limite desta propriedade é o contato com a Terra. O tamanho de nosso planeta é infinitamente maior 
do que o dos corpos sobre ele. O contato entre estes corpos e a Terra conduz sempre à neutralização dos primeiros. 
Por este motivo é que motoristas que transportam combustível penduram uma corrente metálica na lataria do 
caminhão e esta fica em constante contato com o asfalto. 

c) Eletrização por Indução 
Começaremos este processo com um corpo A eletrizado (que será chamado de indutor) e um outro corpo B 
neutro (induzido). Inicialmente iremos aproximar os dois corpos, sem efetuar o contato. Por causa da atração 
elétrica, haverá um movimento de elétrons dentro de B. Logo após, ligaremos o induzido à Terra por alguns 
instantes. Finalmente, desfazemos este contato e teremos o corpo B eletrizado com carga de sinal oposto ao de A. 
Vamos considerar o indutor positivo. 
Ao aproximarmos os corpos, alguns elétrons de B migrarão para 
a sua extremidade mais próxima de A.  A  B 
Nesta situação, o induzido ainda está neutro. Note que ocorreu  + + + + +  ­ ­       ++ 
apenas uma separação de cargas positivas e negativas. Dizemos 
que, neste caso, o corpo B está polarizado. 
+ + + + +            ­ ­       ++ 

O induzido fica sujeito a uma força de atração em seu 
A  B  pólo negativo e uma de repulsão em seu pólo positivo. 
+ + + + +  ­ ­       ++  A atração é mais intensa do que a repulsão, o que fará 
+ + + + +            ­ ­       ++  com que o corpo B seja atraído por A. 
­ 
­  Fazendo o contato com a Terra, teremos uma corrente 
­  de elétrons subindo para B para tentar neutralizar o 
seu pólo positivo. 

Cortando­se o fio, os elétrons cedidos pela Terra permanecerão no induzido, fazendo com que ele fique 
eletrizado negativamente. 
1.5 ­ ELETROSCÓPIOS 
São aparelhos que nos informam se um determinado corpo está ou não eletrizado. Podem ser de dois tipos: 

a) Eletroscópios de Pêndulo 
A figura a seguir representa uma haste metálica, um fio leve e isolante e uma pequena bolinha de isopor. Este 
conjunto recebe o nome de eletroscópio de pêndulo. 
Quando aproximamos um corpo neutro da bolinha de isopor, ela irá 
haste metálica 
permanecer em repouso. 
Se aproximarmos da bolinha um corpo eletrizado, haverá uma força 
de atração entre os dois. Podemos afirmar que o corpo eletrizado 
conseguiu polarizar a bolinha. 
fio  isolante 

b olinha de isopo r

Física ­ M3  5 
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b) Eletroscópios de Folhas 
Esfera metálica 
Este aparelho é composto por duas lâminas metálicas delgadas, ligadas por 
uma  haste  condutora  e  uma  esfera  também  metálica.  O  conjunto  é  haste condutora 
acondicionado em uma garrafa de vidro dentro da qual é feito vácuo. 

Quando um corpo neutro é aproximado da esfera metálica, nada irá acontecer 
lâminas 
lâmin as 
com o eletroscópio. 

Porém, se o corpo estiver eletrizado, haverá uma polarização do eletroscópio. Isto fará com que a esfera fique 
com um excesso de cargas de sinal oposto ao do corpo e, por conseqüência, as lâminas irão adquirir um 
excesso de cargas elétricas de mesmo sinal. Podemos notar que estas lâminas irão se repelir eletricamente 
fazendo com que elas se afastem uma da outra. 

Observação: 

Um  eletroscópio  (de  pêndulo  ou  de  folhas)  nos 


indica  se  um  corpo  está  ou  não  eletrizado,  sem 
apontar qual é o sinal de sua carga elétrica. 

1.6 ­  LEI DE COULOMB 
Já sabemos que corpos que possuem cargas elétricas com 
o mesmo sinal irão se repelir e se possuírem sinais opostos 
irão se atrair. Coube ao físico Charles de Coulomb mostrar  q 1  q 2 
como calcular esta força elétrica. 
Através de algumas experiências, Coulomb mostrou que a 
força  elétrica  é  diretamente  proporcional  ao  módulo  de  q 1  q 2 
ambas as cargas em questão e inversamente proporcional 
ao quadrado da distância entre elas, ou seja: 
q 1  q 2 

F e µ q 1 . q 2  e  F e µ
r 2 

A partir destas análises, podemos traçar os gráficos da força elétrica em função do módulo de uma das 
cargas e em função da distância, que são: 
A expressão matemática da Lei de Coulomb será, então: 
q 1 . q 2 
F  = k 
r 2 
Onde  k  representa  a  constante  elétrica  e  é  uma 
característica do meio em que as cargas estão. O seu 
valor para o vácuo é: 
k 0  = 9,0 x 10 9  N.m 2 /C 2
Observação: 
01) A força elétrica é uma força de campo, ou seja, pode ser aplicada sem que seja necessário haver contato 
entre os corpos. 
02) Quando não for mencionado o meio em que as cargas estão, iremos considerar que estamos trabalhando 
no vácuo. 
03) Em algumas questões de vestibular, a constante elétrica k é substituída pela expressão: 

k=
4pe
onde e é chamado de permissividade elétrica do meio. 
6  Física ­ M3 
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CAMPO ELÉTRICO 
2.1 ­  INTRODUÇÃO 
Neste  capítulo,  estudaremos  uma  grandeza  capaz  de  exercer  força  nas  diversas  outras  cargas 
vetorial  que  representa  a  influência  de  uma  carga  presentes neste espaço. 
elétrica no espaço. Dissemos, no capítulo anterior, que  O campo elétrico será estudado, inicialmente, 
a  força  elétrica  é  uma  força  de  campo.  Para  que  como sendo gerado por uma carga elétrica puntiforme 
ela seja aplicada é necessário que exista um campo  (pequena) e, em seguida, por uma esfera condutora. 
elétrico.  Logo depois faremos um estudo sobre alguns fenômenos 
Podemos  dizer  que  uma  certa  carga  elétrica  relacionados  com  o  campo  elétrico,  tais  como  a 
modifica  o  espaço  em  torno  dela  no  sentido  de  ser  blindagem eletrostática e a produção de raios. 

2.2 ­ CAMPO ELÉTRICO 
Vamos imaginar uma certa carga elétrica Q fixa em  Toda carga elétrica q inserida r  nesta região  ficará 
um ponto do espaço. Dizemos que esta carga gera  sujeita a uma força elétrica ( F ), aplicada por Q. 
no  espaço  em  volta  dela  um  campo  de  força 
chamado Campo Elétrico. 

Portanto, o Campo Elétrico está relacionado com o 
“raio de ação” de uma carga elétrica. 

A carga Q recebe o nome de Carga Geradora e a carga q, Carga de Prova (Teste). O esquema ilustra 


o que foi dito. Esta denominação não está relacionada com o módulo das cargas elétricas em questão, como 
parece para muitas pessoas. Se estivermos estudando duas cargas, A e B, por exemplo, quando tentarmos 
identificar o campo elétrico de A, ela será a carga geradora e B será a de Prova. Ao trabalharmos com o campo 
elétrico de B, inverteremos os papéis descritos acima. 
Podemos  notar,  portanto,  que  qualquer  carga  elétrica  gera  um  campo  elétrico  ao  seu  redor, 
independentemente de ser positiva ou negativa ou de possuir módulo pequeno ou grande. 

2.3 ­ DEFINIÇÃO MATEMÁTICA 
Já sabemos que se uma carga de prova 
q for colocada no campo elétrico de Q, 
haverá  uma  força  elétrica  entre  elas. 
Como vimos no capítulo anterior, o valor 
dessa  força  elétrica  é  proporcional  ao 
módulo das cargas (Lei de Coulomb). Se 
modificarmos  somente  o  módulo  de  q, 
teremos,  por  conseqüência,  uma 
modificação proporcional na intensidade 
da força. Acompanhe o esquema ao lado:

Física ­ M3  7 
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Observando estes esquemas, podemos concluir que  A direção do vetor campo elétrico será radial. 
a razão entre a força elétrica e a carga de prova é  Para entendermos o sentido do vetor campo elétrico, 
constante em cada ponto do espaço.  devemos lançar mão da sua definição matemática: 

r r  r F 
F  2 F  E = .  Nesta  igualdade  podemos  notar que  se  a 
= = ... = constante  q r  r 
q  2 q carga de prova for positiva, os vetores E e  F terão o 
mesmo sentido e se ela for negativa, sentidos opostos. 
A esta constante damos o nome de Vetor Campo  Sobre este fato, temos quatro possibilidades: 

Elétrico ( E ). Assim: 

r F 
E =
q


A sua intensidade será dada por:  E =
q


r F  N  []
A sua unidade no S.I. será: E  = =
[q ] C []

Podemos tirar, então, uma regra geral dessas observações: 
• Cargas elétricas positivas geram campo elétrico cujo sentido é de afastamento (divergente). Observe os 
dois primeiros casos. 
• Cargas elétricas negativas geram campo elétrico cujo sentido é de aproximação (convergente). Veja os 
casos 3 e 4. 

Observações: 
1 ­ O campo elétrico atua nos pontos do espaço e não é influenciado pela existência da carga de prova. 
2 ­ A força elétrica atua na carga de prova que pode ser inserida em um campo elétrico. 
3 ­ Não se pode somar vetorialmente a força e o campo elétrico. Apesar de ambas as grandezas serem 
vetoriais, elas possuem propriedades diferentes. 

2.4 ­ CAMPO ELÉTRICO GERADO POR UMA CARGA PUNTIFORME 
Uma carga elétrica cujo tamanho pode ser desprezado  Substituindo (2) em (1), temos: 
é chamada de puntiforme. Vamos imaginar uma carga 
puntiforme geradora Q fixa em um ponto do espaço.  Q . q 
Se inserirmos uma carga de prova q no campo elétrico  k 
de Q, a uma distância r, haverá a aplicação mútua  E = r 2 
de uma força elétrica. O módulo do campo elétrico  q
neste ponto é dado por: 

F  Que pode ser simplificada para: 
E = (1) 
q

Pela Lei de Coulomb, sabemos que a intensidade da  E = k 
r 2 
força elétrica entre as cargas citadas é dada pela 
expressão: 

Q . q 
F = k  (2)  Esta é a maneira de calcularmos o módulo do campo 
r 2  elétrico gerado por cargas puntiformes.

8  Física ­ M3 
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Note que o campo elétrico depende de apenas três fatores: 
1.constante elétrica (k): representa o meio em que a carga geradora está imersa. 
2.módulo da carga geradora (Q): o módulo do campo elétrico e o da carga geradora são diretamente 
proporcionais. 
3.distância entre a carga geradora e o ponto considerado: o módulo do campo elétrico é inversamente 
proporcional ao quadrado da distância. 

Observação: 
Se quisermos calcular o campo elétrico resultante em um ponto, devido à ação de várias cargas geradoras 
ao mesmo tempo, devemos determinar, isoladamente, o campo de cada carga e efetuar a soma vetorial 
entre eles. 

2.5 ­ LINHAS DE FORÇA 
São linhas traçadas seguindo­se a trajetória de  Vamos ver, em seguida, alguns exemplos de linhas 
várias cargas de prova positivas em movimento  de força. 
dentro  de  um  campo  elétrico.  Essas  linhas 
1. Cargas elétricas puntiformes isoladas 
representam a existência do campo elétrico em 
uma região. Para desenhá­las devemos seguir 
as seguintes propriedades: 
1. As linhas de força saem de cargas positivas 
ou do infinito e chegam nas cargas positivas 
ou no infinito. 
2. As linhas de força são tangenciadas, em todos 
os pontos, pelo campo elétrico. 
3. Duas linhas de força nunca se cruzam. 
4. A densidade de linhas de força é proporcional 
à intensidade do campo elétrico. 

2.6 ­ CAMPO ELÉTRICO UNIFORME 
O campo elétrico em uma região será chamado de uniforme quando o vetor campo elétrico for constante (em 
módulo, direção e sentido) em todos os seus pontos. 
Para conseguirmos produzir um campo elétrico com essas características, podemos utilizar duas placas 
planas e paralelas, eletrizadas com cargas de mesmo módulo e sinais opostos. 

Podemos observar que as linhas de força são paralelas e igualmente distanciadas umas das outras.

Física ­ M3  9 
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2.7 ­ CAMPO ELÉTRICO GERADO POR UMA ESFERA CONDUTORA E ELETRIZADA 
Quando eletrizamos uma esfera, podemos verificar que as cargas elétricas em excesso tendem a se deslocar 
para a sua superfície externa. A explicação para esta característica está no fato de que estas cargas 
elétricas repelem­se mutuamente. 
No instante em que todas as cargas em excesso estiverem na superfície da esfera, diremos que foi atingido 
o equilíbrio eletrostático. Nesta situação, podemos imaginar que o campo elétrico no interior da esfera é 
nulo, pois não há aplicação de força elétrica no sentido de trazer uma carga para dentro do corpo. Para um 
ponto fora da esfera, dizemos que o campo elétrico gerado por ela pode ser calculado considerando­se que 
toda a sua carga está localizada no centro. 
Podemos resumir estas informações da seguinte forma: 
Imagine a esfera da figura seguinte com uma carga elétrica de módulo Q e raio R.

1.  Para  o  ponto  A,  interno  à  esfera,  o  campo 


elétrico tem módulo nulo.  E A = 0 
2.  Para  o  ponto  B,  na  superfície  da  esfera,  o 
campo elétrico tem módulo dado por: 
Q
E B = k  2 

3. Para o ponto C, localizado a uma distância r 
da superfície da esfera, temos: 


E C = k 
(R + r ) 2 

2.8 ­ BLINDAGEM ELETROSTÁTICA 
O fenômeno descrito no item anterior é muito mais geral, ou seja, é válido quando o condutor não for esférico. 
Podemos dizer que sempre que um condutor for eletrizado, as cargas elétricas que estão sobrando irão 
migrar para a sua superfície. Como conseqüência deste fato, teremos o campo elétrico nulo no interior deste 
condutor. 
Esta característica  é muito  utilizada em  aparelhos elétricos  (rádios, por  exemplo) como  proteção contra 
influências externas. Vamos imaginar que um toca­fitas funcione envolto por uma peneira metálica. Se aparecer 
um campo elétrico externo (gerado por um raio, digamos), a peneira metálica terá cargas elétricas induzidas 
em sua superfície e o campo elétrico dentro dela será nulo. Logo, o toca­fitas não será influenciado pelos 
agentes externos. 
A este fenômeno damos o nome de blindagem eletrostática.

1 0  Física ­ M3 
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POTENCIAL ELÉTRICO 
3.1 ­ INTRODUÇÃO 
Já foi estudado o Campo Elétrico, que é uma região do espaço em torno de uma carga elétrica (chamada 
geradora) em que outras cargas elétricas (chamadas de prova) sofrem a ação de alguma força elétrica. O 
Campo Elétrico, por ser uma grandeza vetorial, apresenta algumas dificuldades no seu estudo, como é o 
caso do cálculo do Campo Elétrico Resultante em um ponto, devido à ação de várias cargas. 
No intuito de se simplificar o estudo da Eletrostática, apareceu a noção de Potencial Elétrico, que representa, 
conceitualmente, o mesmo que o Campo Elétrico, mas que leva a vantagem de ser uma grandeza escalar. 

3.2 ­ DEFINIÇÃO DE POTENCIAL ELÉTRICO 
Para que você possa compreender melhor a noção de Potencial Elétrico, vamos traçar um paralelo com a 
Força Gravitacional. 
Imagine, então, duas situações em que ocorre a realização de trabalho por forças conservativas (o trabalho 
não depende da trajetória) : 
1 ­ Um corpo de massa M é abandonado e cai entre dois pontos A e B do espaço sob a ação exclusiva do seu 
peso. 

2 ­ Uma carga elétrica q é abandonada em uma região do espaço onde existe um campo elétrico uniforme e 
se desloca de A para B devido à ação exclusiva da força elétrica. 

Na situação 1, o trabalho realizado pelo peso é igual à perda de energia potencial gravitacional do corpo. 

W AB  = P.h AB  = m.g.(h A ­ h B ) 

W AB  = m.(gh A ­ gh B ) 

Onde o produto gh é chamado de Potencial Gravitacional. Quando há realização de trabalho por parte do 
peso,  certamente  ocorre  uma  variação  do  Potencial  Gravitacional,  uma  grandeza  escalar  que  está 
diretamente relacionada com a posição do corpo estudado. 
Na segunda situação, ocorre  algo muito semelhante. Ao invés de  tratarmos de forças gravitacionais, 
iremos estudar forças elétricas. O trabalho realizado pela força elétrica é: 

W AB  = F. r AB  = E.q.r AB  = E.q.(r A  ­ r B ) 

W AB  = q.(Er A  ­ Er B )

Física ­ M3  1 1 
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Por  analogia,  vamos  chamar  o  produto  E.r  de  Cuja unidade no S. I. é: 


Potencial Elétrico (V). Assim, o trabalho realizado 
pela força elétrica é igual a:  joule 
[ V ] = coulomb  = volt ( V ) 
W AB  = q.(V A  ­ V B ) 

Onde a grandeza V A ­ V B é chamada de diferença  Note que o potencial elétrico está relacionado com a 
de potencial (d.d.p.), voltagem ou tensão elétrica. É  quantidade de energia que uma carga elétrica possui 
exatamente por causa da diferença de potencial entre  em  um  ponto  qualquer  de  um  campo  elétrico.  O 
dois  pontos  que  uma  carga  elétrica  entra  em  potencial elétrico depende da posição ocupada por 
movimento.  uma carga elétrica. 
Imagine, agora, que a carga q da figura seja levada  Uma unidade de energia muito utilizada em Física 
do ponto A até um ponto B muito distante (no infinito),  Nuclear  é  o  elétron ­volt,  que  corresponde  ao 
onde o campo elétrico é  nulo. Assim, o potencial  trabalho realizado sobre um elétron em uma d.d.p. 
elétrico no ponto B será nulo também. Neste caso,  de 1 volt. A relação entre o joule e o elétron­volt é: 
o potencial elétrico no ponto A será igual a: 
W A¥
V A  = 1 eV = 1,6 x 10 ­19  J 

3.3 ­ POTENCIAL ELÉTRICO DE CARGAS PUNTIFORMES 

No item anterior, vimos que o produto E.r é chamado de potencial elétrico (V = E.r). Sabemos, também, que 



o campo elétrico gerado por uma carga elétrica puntiforme é igual a  E = K  . Substituindo esta equação 
r 2 

æ Q ö Q 
na primeira, teremos  V  = ç K  2 ÷ . r . Logo:  V = K 
è r  ø r

Observações: 

1 ­ Cargas positivas geram potenciais positivos e cargas negativas geram potenciais negativos. Lembre­se de 
que  no cálculo  do  campo elétrico  e  da força  elétrica,  sempre considerávamos  o  módulo das  cargas. 
A partir de agora, iremos considerar o valor algébrico da carga elétrica. 

2 ­ O potencial elétrico resultante em um ponto, devido à ação de várias cargas, é a SOMA ALGÉBRICA dos 


potenciais individuais gerados pelas cargas ao seu redor. 

3.4 ­ SUPERFÍCIES EQÜIPOTENCIAIS 
As figuras mostram cargas elétricas geradoras de campos elétricos. 

a  posição  da  carga  Q,  portanto 


possuem  o  mesmo  potencial 
elétrico.  A  superfície  composta 
pelos  pontos  que  possuem  o 
mesmo  potencial  é  chamada  de 
De acordo com a equação deduzida no item anterior,  Eqüipotencial. No caso de uma carga puntiforme, as 
podemos  concluir  que  se  dois  ou  mais  pontos  eqüipotenciais serão esferas cujo centro é a própria 
estiverem  a  uma  mesma  distância  da  carga  carga. Em relação a um campo elétrico uniforme, a 
geradora, seus potenciais elétricos serão idênticos.  superfície eqüipotencial é uma superfície plana e 
Nos itens I e II da figura acima, os pontos A, B e C  paralela às placas, cujo tamanho é aproximadamente 
pertencem a uma esfera cujo centro coincide com  igual ao das placas.

1 2  Física ­ M3 
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Observações: 
1 ­ As linhas de força de um campo elétrico são perpendiculares à superfície eqüipotencial em todos os seus 
pontos. 
2 ­ O trabalho realizado pela força elétrica para deslocar uma carga em uma trajetória qualquer depende 
exclusivamente da carga elétrica e da diferença de potencial entre os pontos, não interessando qual foi o 
caminho seguido entre estes pontos. 
3 ­ O trabalho realizado pela força elétrica para deslocar uma carga ao longo de uma superfície eqüipotencial 
é nulo, uma vez que não há diferença de potencial entre os pontos de saída e de chegada. 
3.5 ­ MOVIMENTO DE CARGAS ELÉTRICAS EM UM CAMPO ELÉTRICO 
Na próxima figura, as cargas Q estão fixas e as cargas q podem mover­se em função da força aplicada pelo 
campo elétrico. Vamos estudar as quatro situações possíveis em relação aos sinais de Q e q para que 
possamos tirar uma conclusão geral a respeito do movimento de cargas em um potencial elétrico qualquer. 
Nos  itens  I  e  II,  a  carga  de  prova  é  positiva  e  se 
I  II  movimenta, espontaneamente, no sentido dos menores 
+Q              +q          ­Q             +q  potenciais elétricos. Em I, se afasta da carga Q positiva 
e em II, se aproxima de Q negativa. Nos itens III e IV, a 
carga de prova é negativa e, espontaneamente, migra 
para pontos de maior potencial. Em III se aproxima de Q 
III  IV  positiva e em IV, se afasta de Q negativa. 
Portanto, naturalmente as cargas positivas “procuram” 
+Q             ­q           ­Q              ­q  pontos  de  menor  potencial,  enquanto  que  cargas 
negativas migram para pontos de maior potencial. Essa 
noção é muito útil na Eletrodinâmica, onde temos que 
estudar a corrente elétrica, que é um fluxo ordenado de 
cargas elétricas motivado por uma diferença de potencial 
elétrico aplicado a um condutor qualquer. 
3.6 ­ POTENCIAL ELÉTRICO DE UMA ESFERA CONDUTORA E ELETRIZADA 
Uma esfera condutora e eletrizada com uma carga Q, quando está em equilíbrio eletrostático, não admite 
movimento de cargas elétricas em seu interior, uma vez que o campo elétrico é nulo dentro dela. Por 
causa disso, podemos concluir que o potencial elétrico de qualquer ponto interno da esfera e da sua 
superfície é constante, uma vez que se houvesse uma diferença de potencial entre estes pontos, certamente 
haveria um fluxo ordenado de cargas elétricas. 
Para calcularmos o potencial elétrico dos pontos externos à esfera, vamos imaginar que toda a sua carga 
está concentrada no seu centro. Veja a figura a seguir: 
A  figura  mostra  uma  esfera  de  raio  R  que  possui  uma 
carga  positiva  e  três  pontos  A,  B  e  C.  O  ponto  A  está 
dentro, B está na superfície e C está fora da esfera a uma 
distância r do seu centro. Os potenciais elétricos de A e B 
são iguais e valem:  Q 
V A  = V B = k 

Para o cálculo do potencial elétrico no ponto C, devemos 
considerar que toda a carga da esfera está concentrada 
em seu centro. Assim, teremos: 

V C = K 

O gráfico que mostra a variação do potencial elétrico em função da distância do ponto ao centro da esfera 
é o seguinte: 

Física ­ M3  1 3 
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CORRENTE ELÉTRICA, LEIS DE OHM E RESISTORES 
1 ­ INTRODUÇÃO 
Nos  capítulos  anteriores,  estudamos  a  Eletrostática.  Neles,  tivemos  a  oportunidade  de  avaliar  o 
comportamento de cargas elétricas em repouso, onde entendemos os processos de eletrização, a Lei de 
Coulomb, o Campo Elétrico e o Potencial Elétrico. 
A partir deste Capítulo, iremos ver a Eletrodinâmica, onde estudaremos os efeitos das cargas elétricas 
em movimento ordenado. Com este estudo, saberemos um pouco mais a respeito do funcionamento de 
circuitos elétricos simples e de alguns aparelhos como o chuveiro e as pilhas. 
O capítulo é dedicado à corrente elétrica , as leis de Ohm e aos resistores. 

2 ­ CORRENTE ELÉTRICA 
Um fio metálico, por exemplo, possui uma infinidade de elétrons livres em sua estrutura por causa da ligação 
metálica entre os seus átomos. Naturalmente, estes elétrons apresentam um movimento completamente 
desordenado chamado de movimento caótico. 

Se as extremidades deste fio forem ligadas aos terminais de uma pilha, os elétrons passam a se deslocar, 
ordenadamente, em direção ao polo positivo desta pilha. Isto se deve ao fato de a pilha gerar, ao longo do fio, 
um campo elétrico e, portanto uma diferença de potencial (ou tensão elétrica) entre os extremos do fio. Lembre­ 
se de que as cargas negativas se deslocam para pontos de maior potencial elétrico. 
Veja a figura. 
movimento 
dos elétrons

menor  maior 
potencial  potencial 

A este movimento ordenado dos elétrons, motivado pela pilha, denominamos corrente elétrica. Note que 
existem duas condições para que se estabeleça uma corrente elétrica em um condutor: 
1 ­ deve existir um percurso fechado para que as cargas se desloquem. 
2 ­ deve existir uma diferença de potencial entre as extremidades do condutor. 

a) Tipos de Corrente Elétrica 
O exemplo mencionado anteriormente serviu para entendermos o que é a corrente elétrica. Porém, não é a 
única maneira de obtermos um movimento ordenado de cargas elétricas. 
Quando a corrente elétrica for composta exclusivamente por elétrons, a chamamos de corrente eletrônica. 
São eletrônicas as correntes geradas em condutores sólidos, onde os elétrons são as partículas que possuam 
mobilidade. Neste caso, o movimento é sempre no sentido crescente dos potenciais elétricos. A velocidade 
dos elétrons em fios condutores é muito pequena. No entanto, no instante em que ligamos o interruptor, a 
lâmpada é acesa. Você saberia explicar o porquê? Por outro lado, em soluções aquosas e em gases ionizados, 
a corrente elétrica  é composta pelo deslocamento  de íons positivos em  um sentido e íons  negativos no 
sentido contrário. Esta corrente é chamada de iônica. 

14  Física ­ M3 
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b) Efeitos da Corrente Elétrica 
b.1) Efeito Joule: Quando uma corrente elétrica é estabelecida em um certo condutor, parte da energia 
elétrica das cargas é transformada em energia térmica. Como conseqüência deste fato, o condutor se aquece. 
Este é o efeito Joule e acontece devido ao fato de o movimento dos elétrons não ser totalmente desprovido 
de atritos. Existem certos aparelhos (chuveiro, ferro elétrico, ebulidor, etc.) que são fabricados para produzir 
o efeito Joule. 
b.2) Efeito Magnético: Uma corrente elétrica gera um campo magnético no espaço em torno do condutor que 
ela atravessa. Este efeito será estudado com mais detalhes no Eletromagnetismo, onde veremos várias aplicações 
deste fenômeno. 
b.3) Efeito Fisiológico: O corpo humano é um condutor de eletricidade. Quando é estabelecida uma diferença 
de potencial entre dois pontos do nosso corpo, temos uma sensação desagradável que chamamos de choque 
elétrico. Este é o efeito fisiológico. 

c) Corrente Contínua e Alternada 
b.1) Corrente Contínua (Cc): É a corrente gerada por pilhas e baterias. Neste caso, as cargas executam um 
movimento ao longo de todo o circuito. 
c.2) Corrente Alternada (Ca): Neste tipo de corrente, as cargas apenas vibram entre dois extremos, não 
havendo um deslocamento real. Só para que se tenha uma idéia, a freqüência dos elétrons na rede de distribuição 
elétrica no Brasil é de 60 Hz, ou seja, 60 vibrações por segundo. 

d) Sentido da Corrente Elétrica 
Apesar  de  sabermos  que,  em  fios 
condutores, são os elétrons que realmente 
se movimentam, utilizaremos como sentido 
da corrente elétrica, o sentido do movimento 
de  cargas  positivas,  mesmo  se  ele  não 
existir. A  este  sentido  damos  o  nome  de 
co n ven ci o n al .  As  figuras  seguintes 
mostram o sentido  real e o convencional 
da corrente em um circuito simples. 

e) Intensidade da Corrente Elétrica (i): 
Considere uma secção reta de um fio retilíneo. Podemos contar a quantidade de carga elétrica que passa por 
esta secção em um certo intervalo de tempo Dt. 
Definimos como intensidade da corrente elétrica (i) a relação en­ 
tre a quantidade de carga elétrica (Q) que passa pela secção reta do 
fio e o intervalo de tempo (Dt) gasto pelas cargas para passarem por 
| Q |  n. e 
tal secção reta. Matematicamente, temos:  i =  ou i = 
Dt Dt 
Onde  n  representa  o  número  de  cargas  elétricas  que  passa  pela 
secção reta do fio e representa a carga elétrica elementar. 
| Q |  coulomb 
A unidade da intensidade da corrente elétrica será, no S.l: [i] =  =  = ampère (a) 
Dt segundo 

1 ampère é a corrente que, estabelecida em 
um fio, representa a passagem de 1 coulomb 
de carga (ou seja, 6,25 x 10 18 elétrons) a cada 
n
1 segundo.  N
Observação: Em todo gráfico da intensidade 
Área  = |Q| entre t 1  e t 2 
da corrente elétrica em função do tempo, a área 
sob  a  curv a  é  numericamente  igual  à 
quantidade  de  carga  que  atravessa  o  fio  no 
intervalo de tempo considerado. Veja a figura. 

Física ­ M3  15 
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3 ­ LEIS DE OHM 

a) 1ª Lei de Ohm 

Já sabemos que é necessária a aplicação de uma diferença de potencial (V) entre dois pontos de um circuito 
para que se estabeleça uma corrente elétrica de intensidade I. O físico George Simon Ohm estudou alguns 
condutores e percebeu que a diferença de potencial aplicada a um condutor é diretamente proporcional 
à intensidade da corrente elétrica produzida neste condutor. 
Seja o condutor mostrado na figura seguinte. 

Como existe proporcionalidade entre V e i, podemos tirar as seguintes conclusões: 

V  2 V  3 V  nV 


1)  =  =  = ... =  = constante 
i  2 i  3 i  ni 

2) O gráfico V x i será uma reta que parte da origem e aponta para cima. 
A partir da 1ª conclusão, podemos definir uma grandeza muito 
importante no estudo da eletrodinâmica: Resistência Elétrica (R). 
Veja: 
Vamos imaginar dois condutores, A e B. No primeiro, uma tensão 
V A = 20 V produz uma corrente elétrica i A = 2,0 A. No segundo, a 
mesma tensão V B  = 20 V gera uma corrente elétrica i B  = 5,0 A. 
Note  que,  por  algum  motivo,  o  condutor  A  é  mais  resistente  à 
passagem de corrente pois, para mesma diferença de potencial, 
a corrente nele é menos intensa (i A  < i B ) 

Aplicando­se a 1ª Lei de Ohm, podemos observar que: 

V A 20 
condutor A:  i  =  = 10 V/A Þ é necessária uma diferença de potencial de 10 V para se produzir 
A  2 
1,0 A de corrente. 

V B 20 
condutor B:  i  =  = 4,0 V/A Þ são necessários apenas 4,0 V para se produzir a mesma corrente 
B  5 
elétrica de 1,0 A. 

A constante obtida  pela relação  irá  nos informar  a tensão  necessária pare  se produzir  uma corrente 

elétrica de 1 ampère em um condutor. Note que esta informação está relacionada com a oposição que o 
condutor oferece à passagem da corrente elétrica. A esta característica damos o nome de Resistência Elétrica. 
Dessa forma: 

V  volt ( V ) 
R =  , onde a unidade  = ohm ( W ) 
i  ampère 
Observações: 
1) Existem condutores em que a resistência não é constante. Eles são chamados de condutores não­ôhmicos. 
Aqueles condutores que obedecem a 1ª lei de Ohm são denominados condutores ôhmicos. 

2)  Mesmo  para  os  condutores  não­ôhmicos  é  valida  a  relação  R  =  .  Nestes,  porém,  a  razão  entre  a 

diferença de potencial e a intensidade da corrente, ou seja, a resistência elétrica do condutor, varia. Note que 
se a resistência elétrica variar, o gráfico da tensão em função da corrente não será uma reta pois estas 
grandezas não serão diretamente proporcionais.

16  Física ­ M3 
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b) 2ª Lei de Ohm: 
A 1ª Lei de Ohm nos fornece uma definição macroscópica da resistência elétrica. Isto significa que podemos 
calcular a resistência elétrica de um condutor sem nos preocuparmos com a sua constituição interna. Em 
um laboratório, basta efetuarmos uma série de medidas da diferença de potencial aplicada ao condutor e 
as respectivas intensidades da corrente elétrica, que temos condições de determinar a resistência elétrica 
deste condutor. 
Porém, pelo fato de haver a proporcionalidade entre a tensão e a intensidade da corrente elétrica, o valor 
da  resistência  elétrica  de  um  condutor  não  depende  das  duas  grandezas  citadas  (se,  por  exemplo, 
duplicarmos a tensão, a intensidade da corrente será, também, duplicada). De que forma deveremos 
proceder se quisermos modificar a resistência elétrica de um condutor? 
A 2ª Lei de Ohm irá nos mostrar os fatores que efetivamente influenciam na resistência de um condutor. 
Seja um pedaço de um condutor metálico, de comprimento  l  e área da secção reta constante e igual a A. 
A resistência elétrica do fio é diretamente proporcional ao comprimento e 
inversamente proporcional à área da sua secção reta. Matematicamente, 
a 2ª lei de Ohm pode ser expressa da seguinte forma: 


R = r

Onde r é chamado de resistividade e representa uma característica de cada substância. Na verdade, a 


resistividade varia em função da temperatura do condutor. Porém, quando estivermos estudando um 
condutor ôhmico, consideraremos esta grandeza constante para o intervalo de temperaturas que este 
condutor pode atingir. No Sistema Internacional de Unidades, a unidade da resistividade é o W.m. 

4 ­ RESISTORES: 
O primeiro aparelho de um circuito elétrico que iremos estudar é o resistor. Em linhas gerais, podemos 
dizer que a sua função básica é promover a transformação de energia elétrica em energia térmica (efeito 
Joule). Um resistor, quando inserido em um circuito elétrico, irá dissipar uma certa quantidade de energia 
elétrica e,  por  isso,  irá criar  uma queda de  tensão (diminuição  do  potencial elétrico)  entre os  seus 
terminais. 
Podemos representar um resistor através dos seguintes símbolos: 
A principal característica de um resistor é a sua resistência elétrica (R). 
Encontramos resistores em chuveiros, ebulidores, ferros de passar roupa e na maioria dos circuitos elétricos. 
Os resistores podem ser utilizados para controlar a intensidade da corrente elétrica. 
Imagine um resistor sendo percorrido por uma corrente elétrica de intensidade i, no sentido de A para B da 
figura. 

Como o resistor consome energia elétrica, podemos afirmar que as cargas elétricas 
terão  menor  potencial  elétrico  em  B  do  que  em  A.  A  esta  queda  de  tensão, 
relacionamos uma diferença de potencial V AB = V A ­ V B . 

V AB
Pela 1ª Lei de Ohm:  R =  Þ V = Ri  , que é a equação dos resistores. 

a) Associação de Resistores: 
Na construção de um circuito elétrico, nem sempre teremos à mão um resistor cuja resistência é a necessária 
para o seu perfeito funcionamento. 
Entretanto, é possível associarmos resistores para produzirmos o mesmo efeito da resistência desejada. Ao 
resistor  que,  sozinho,  faria  o  mesmo  papel  de  todos  os  associados  damos  o  nome  de  RESISTOR 
EQUIVALENTE (R EQ ). Basicamente, há duas maneiras de associarmos resistores: em SÉRIE e em PARALELO.

Física ­ M3  17 
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a.1 ) Associação em Série: 

É quando a extremidade de um resistor está ligada à origem do seguinte, formando um trajeto único para a 
corrente elétrica. Neste tipo de ligação, a intensidade da corrente elétrica é a mesma em todos os resistores. 

Veja: 
Como V = Ri, podemos estabelecer que a diferença de potencial em cada resistor será proporcional aos 
valores das resistências dos resistores associados. Assim: 
V 1 = R 1 i;    V 2  = R 2 i    e    V 3  = R 3 i (01) 
O resistor equivalente é aquele que, percorrido pela mesma corrente elétrica i, fica submetido a uma 
tensão 
V = V 1 + V 2  + V 3  (02) 
Note que V = R EQ i (03). 
Substituindo (01 ) e (03) em (02), temos: R EQ i = R 1 i + R 2 i + R 3 i 

R EQ = R 1  + R 2  + R 3 

que é a maneira de calcularmos a resistência equivalente na associação em série. 

Observações: 
1) O valor da resistência equivalente é maior do que o valor de cada resistência associada. Além disso, 
quanto mais resistores estiverem associados em série, maior será a resistência equivalente e, portanto, 
menor será a intensidade da corrente elétrica. 
2) Em uma ligação em série, se um dos resistores for desligado, todos os outros deixarão de funcionar 
pois o circuito estará interrompido. 

a.2) Associação em Paralelo: 

Este tipo de ligação é feito, conectando­se os resistores entre os mesmos pontos de um circuito, de tal forma 
que podemos submetê­los a uma mesma diferença de potencial. Veja: 

A corrente elétrica, ao chegar no ponto A, irá se dividir, de tal forma que, quanto maior a resistência de um 
ramo, menor será a intensidade da corrente elétrica neste ramo. 
O resistor equivalente é aquele que, submetido à mesma tensão V, é percorrido pela corrente elétrica total 
i = i 1 + i 2 + i 3 (01) 

V  V  V V V
Como V = Ri Þ i =  . Assim:  i =  ; i 1  =  ; i 2  =  e i 3  =  (02)
R  R EQ  R 1  R 2  R 3 

18  Física ­ M3 
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V  V V V
Substituindo as equações (02) em (01), temos:  R  =  R  +  R 
R  +  R 
EQ  1  1 
2 3 

1  1  1  1 
R EQ  =  R 1  +  R 2  +  R 3 

que é a maneira de calcularmos a resistência equivalente na associação em paralelo. 

Observações: 

1) O valor da resistência equivalente é menor do que o de cada resistência associada. Quanto mais resistores 
forem ligados em paralelo, menor será a resistência equivalente e maior a intensidade da corrente elétrica. 

2) Quando tivermos somente dois resistores, R 1  e R 2 , associados em paralelo, a resistência equivalente 
pode ser determinada pela seguinte regra prática. 

produto  R 1 . R 2 


R EQ =  =  R  + R 
soma  1  2 

3) No caso de termos uma associação de N resistores iguais a R, a resistência equivalente pode ser determinada 


da seguinte forma: 

R EQ  = 

b) Potência Elétrica 
Quando  as  cargas  elétricas  atravessam  um  resistor,  ocorre  uma  transformação  de  energia.  A  esta 
transformação podemos associar um trabalho realizado. A potência elétrica relacionada a este trabalho é: 

W  q .( V A  - V B ) q 
P =  =  ;  mas  = i.  Assim P = V.i 
Dt Dt  Dt
Esta é uma expressão geral para o cálculo da potência elétrica, seja para resistores ou para outros aparelhos 
que ainda serão estudados. 
Quando trabalharmos com um resistor, especificamente, além da expressão anterior, existem duas outras. 
Veja: 
P = V.i  mas V = R.i;     Assim, P = (R.i).i      P = R.i 2 
Esta expressão pode ser utilizada facilmente quando os aparelhos estiverem ligados em série pois, neste tipo 
de associação, a corrente elétrica é a mesma em todos eles. Neste caso, quanto maior a resistência de um 
resistor, maior será a potência por ele dissipada. 

V  V  V 2 
P = V.i  mas i =  :  Assim, P = V.  P = 
R  R  R 
Quando os aparelhos estiverem ligados em paralelo, a tensão elétrica é a mesma sobre eles. Assim, podemos 
perceber que, neste caso, a potência dissipada por um resistor é inversamente proporcional à sua resistência 
elétrica.  Esta  situação  é  de  muito  interesse  para  nós  pois,  em  nossas  residências,  a  ligação  é  feita  em 
paralelo, basicamente. Assim, quando mudamos a posição de um chuveiro de verão para inverno, estamos 
aumentando a sua potência. Para isto ocorrer devemos, portanto, diminuir a sua resistência elétrica. 

Física ­ M3  19 
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5 ­ APARELHOS DE MEDIDA 
Em um laboratório, é muito útil a utilização de aparelhos que possam medir os valores de algumas grandezas 
físicas envolvidas na experiência. 
Na Mecânica, temos o cronômetro, a balança e o dinamômetro, por exemplo. 
Iremos estudar dois aparelhos mais úteis à Eletrodinâmica: o Amperímetro e o Voltímetro. 

a) Amperímetro 
É o aparelho destinado a medição da intensidade da corrente elétrica. Ele deve ser ligado em série ao 
ramo do circuito onde queremos saber esta intensidade. Além disso, para que o amperímetro forneça 
uma leitura o mais precisa possível, a sua resistência elétrica deve ser muito pequena pois, dessa forma, 
ele não irá alterar sensivelmente o valor da resistência equivalente. 
Na grande maioria dos exercícios, estaremos considerando o amperímetro ideal, ou seja, aquele que 
possui resistência elétrica nula. 
O seu símbolo em um circuito elétrico é:  A 

b) Voltímetro 
Como o próprio nome sugere, este aparelho mede a diferença de potencial entre os pontos do circuito em 
que ele for ligado Para tanto, ele deve possuir resistência elétrica muito grande pois a corrente elétrica 
que o atravessa não pode ser significativa. Além disso, o Voltímetro é ligado em paralelo. O Voltímetro 
ideal é aquele que possui resistência elétrica infinita. A sua representação esquemática em um circuito é: 
V

Observação: 
Existem outros aparelhos de medida na Eletrodinâmica como, por exemplo, o Ohmímetro (destinado a 
medir resistência elétrica). Porém, iremos nos preocupar apenas com os dois anteriores. Existe um aparelho, 
chamado Multímetro, que engloba as funções do Amperímetro, do Voltímetro e do Ohmímetro. 

GERADORES E RECEPTORES 
1 ­ INTRODUÇÃO 
No capítulo anterior, iniciamos o estudo dos circuitos elétricos. Em vários exercícios, foi mencionado que 
havia uma bateria ou uma pilha. Consideramos, nestes casos, que a tensão elétrica fornecida pela bateria 
ou pela pilha era constante e, por causa desta diferença de potencial, uma corrente elétrica poderia ser 
estabelecida no circuito. 
Neste capítulo estudaremos os geradores (as baterias e as pilhas são exemplos) mais aprofundadamente. 
Teremos a oportunidade de conhecer a equação e o gráfico de um gerador. Veremos, também, que o 
gerador é um dos aparelhos fundamentais para a existência de um circuito elétrico pois é ele o responsável 
pela manutenção da ddp necessária à existência da corrente elétrica. 
Logo a seguir, estaremos trabalhando com um outro aparelho do circuito elétrico chamado de receptor (os 
motores elétricos são exemplos deste tipo de aparelho). 
Por último, trataremos dos circuitos elétricos de maneira mais geral, onde podem aparecer resistores, 
aparelhos de medida, geradores e receptores. 

2 ­ GERADORES 
Já sabemos que uma pilha, por exemplo, tem a capacidade de gerar um campo elétrico ao longo do 
circuito e, por isso, ela pode promover uma ordenação ao movimento dos elétrons em um fio metálico. 
Esta característica nos indica que a pilha cria uma diferença de potencial entre os pontos do circuito, o 
que faz com que haja uma corrente elétrica. 
A pilha é um exemplo de um tipo de aparelho cuja função básica é transformar uma forma qualquer 
de energia em energia elétrica. Este aparelho recebe o nome de GERADOR. 

20  Física ­ M3 
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a) Características de um Gerador: 
Todo gerador possui duas características principais: a sua força eletromotriz e a sua resistência interna. 

a.1) Força Eletromotriz (fem ou e): 
Um gerador sempre possui dois pólos com sinais opostos. Pensando no sentido convencional da corrente, as 
cargas positivas do circuito se movimentam, ordenadamente, no sentido do seu pólo negativo. A tendência é 
que, ao chegarem neste pólo, estas cargas permaneçam lá. É neste instante que entra o papel do gerador, 
propriamente dito. Através do consumo de uma forma qualquer de energia (no caso de uma pilha, a energia 
consumida  é  elétrica),  o  gerador  realiza  um  trabalho  sobre  as  cargas  no  sentido  de  levá­las  até  o  pólo 
positivo. Veja: 
Este deslocamento é, obviamente, forçado. Quando estas cargas 
chegam ao pólo positivo, elas iniciam um novo deslocamento ao 
longo do circuito externo. 
i
Chamamos de força eletromotriz de um gerador à razão entre o 
módulo do trabalho por ela realizado sobre as cargas elétricas e a 
quantidade de carga que o atravessa. Matematicamente, temos:
W AB 
e = 

Note que a unidade da força eletromotriz é o joule/coulomb, que recebe o nome de volt. Assim, a fem é uma 


diferença de potencial e não uma força, como o seu nome pode, a princípio, sugerir. Quando dizemos que uma 
pilha tem fem de 1,5 V, estamos falando que ela fornece 1,5 J de energia elétrica para cada 1,0 C de carga que 
a atravessa. 
A força eletromotriz é a diferença de potencial total criada pelo gerador em um circuito. 

a.2) Resistência Interna (r): 
As cargas elétricas que atravessam o gerador recebem uma certa quantidade de energia elétrica. Este fato 
pode ser comprovado pois o gerador realiza sobre estas cargas um trabalho. Porém, parte desta energia já 
é  gasta  no  deslocamento  que  é  feito  dentro  do  próprio  gerador  (uma  pilha,  após  um  certo  tempo  de 
funcionamento, tem a sua temperatura aumentada). Isto nos sugere que os geradores possuam, internamente, 
alguma resistência elétrica. A esta resistência damos o nome de Resistência Interna. 

b) Representação de um Gerador: 
O gerador é representado em um circuito da seguinte forma: 
Onde a barra maior é o seu pólo positivo e a menor, o pólo negativo. O resistor 
desenhado ao lado das barras representa a sua resistência interna. Note que estão 
representados  no  esquema  a  força  eletromotriz  e  a  diferença  de  potencial  (V) 
efetivamente liberada para o circuito externo. Esta é ddp é menor do que a força 
eletromotriz pois as cargas gastam energia dentro do gerador. 

c) Equação do Gerador: 
Note que as cargas elétricas recebem uma quantidade de energia do gerador (total) e dissipam parte desta 
energia (perdida) durante o deslocamento dentro dele. A energia (útil) que estas cargas terão, ao abandonar 
o gerador, será, portanto, a diferença entre as quantidades de energia recebida e dissipada. 
Podemos utilizar também a noção de potência elétrica. Desta forma, a potência útil (P u ) é igual à diferença 
entre as potências total (P T ) e dissipada (P D ). Assim: P U = P T ­ P D 
Onde: P u  = V. i;    P T  = e . i;    P D = r. i 2 
Substituindo as expressões na equação da potência, temos: V. i = e . i ­ r. i 2 
E dividindo os termos por i.  V = e ­ r . i  que é a equação do gerador. 

Física ­ M3  21 
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Utilizando a equação do gerador podemos esboçar a sua curva característica. A função deduzida é do 1º grau, 
o que sugere que o gráfico V x i seja uma reta (inclinada para baixo).
Os pontos A e B do gráfico são de fundamental importância para nós. 
O ponto A corresponde a uma corrente elétrica nula, ou seja, o gerador não 
está ligado a um circuito (gerador em aberto). Substituindo i = 0 na equação 
do gerador, temos: V = e ­ r . i Þ V = e ­ r . 0 Þ V = e. 
Este ponto representa, portanto, o valor da força eletromotriz do gerador. 
Já o ponto B é o ponto em que V = 0. Isto significa que as cargas elétricas 
consomem toda a energia dentro do próprio gerador e, portanto, o circuito 
externo  não  funciona.  Para  tal  fato  acontecer,  devemos  ligar  um  fio  de 
resistência muito baixa aos pólos do gerador, promovendo um curto­circuito. A corrente elétrica terá sua 
e
intensidade máxima e poderá ser calculada por: V = e ­ r. i Þ 0 = e ­ r. i CC Þ i CC  = . 

Observações: 
1) Um gerador é chamado de ideal quando sua resistência interna for nula. Neste caso, a tensão (V) fornecida 
ao circuito será a sua própria força eletromotriz e o seu gráfico será uma reta paralela ao eixo horizontal. Na 
prática, não existem geradores dessa forma. 
2) Os geradores podem ser associados da mesma forma que os resistores. Isto é verificado, por exemplo, 
com as pilhas em um rádio. 
Podemos associar em paralelo somente geradores que possuam a mesma força eletromotriz. Neste caso, o 
gerador equivalente terá a mesma força eletromotriz daqueles associados e uma resistência interna equivalente 
que é calculada da maneira que aprendemos no estudo dos resistores. 
Quando a associação de geradores for feita em série, o equivalente terá uma força eletromotriz que é a soma 
das fem dos geradores associados. Também neste caso, calculamos a resistência equivalente tal qual o 
fazemos para resistores em série. 

3 ­ RECEPTORES 
Existem aparelhos em um circuito elétrico, chamados receptores, cuja função é transformar a energia elétrica 
que recebem em uma forma qualquer de energia que não seja térmica. Os motores elétricos (encontrados 
em ventiladores, carrinhos elétricos, secadores de cabelo, etc.) são exemplos deste tipo de aparelho. 
De uma certa maneira, portanto, podemos dizer que o receptor é o oposto do gerador. 

a) Características de um Receptor: 
Um receptor possui, da mesma forma que um gerador, dois pólos, um positivo e outro negativo. Além disso, 
há uma resistência interna, responsável por uma certa dissipação de energia elétrica. 
a.1 ) Força Contra­Eletromotriz (fcem ou e’): 
Quando uma corrente elétrica atravessa um receptor, parte da energia elétrica que as cargas possuam é 
transformada em uma forma qualquer de energia (exceto térmica). A esta transformação de energia podemos 
relacionar um trabalho útil realizado pelas cargas. Denominamos de força contra­eletromotriz à razão entre o 
trabalho realizado pelas cargas e a quantidade de carga que atravessa o receptor. Matematicamente:

e’ = 

A fcem é uma diferença de potencial (medida em volts no S.l.) e não uma força como o nome sugere. 
Na verdade, podemos definir como força contra­eletromotriz à tensão útil que é aproveitada pelo receptor. 
a.2) Resistência Interna (r’): 
Qualquer receptor, após um certo tempo de funcionamento, sofre um certo aquecimento, o que sugere que 
parte da energia elétrica foi transformada em energia térmica. Acontece, porém, que o receptor não é produzido 
para esquentar. Logo, podemos concluir que esta energia térmica representa uma energia perdida, que não 
foi efetivamente utilizada pelo aparelho. 
O fato descrito no parágrafo anterior é devido ao fato de o receptor possuir, internamente uma resistência 
elétrica que promove o efeito Joule quando a corrente elétrica o atravessa. 

22  Física ­ M3 
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b) Representação de um Receptor: 
A representação esquemática de um receptor em um circuito elétrico é a seguinte: 

Note que é uma representação idêntica ao do gerador. A característica que nos faz 
diferenciar estes dois aparelhos é o sentido da corrente elétrica. Internamente ao 
receptor, a corrente se orienta do pólo positivo para o negativo (lembre­se que, no 
gerador, é o contrário). 
Na figura anterior, a tensão V é a diferença de potencial total a que o receptor está 
sujeito. Deste valor, uma parte é aproveitada (que está relacionada com a fcem) e 
uma outra parcela é dissipada (que está relacionada com a resistência interna). 

c) Equação de um Receptor: 
A relação de potência elétrica utilizada para se deduzir a equação do gerador será mais uma vez utilizada 
para a dedução da equação do receptor. Sabemos que a potência total recebida pelo receptor é igual à soma 
do que foi aproveitado e o que foi dissipado. Assim: P T  = P U + P D 
Onde: P T  = V . i; P U = e’ . i; P D = r’ . i 2 
Substituindo as expressões na equação da potência, temos: V. i = e’ . i + r’ i 2 . E dividindo os termos por i. 
V = e’ + r . i 
Que é a equação do gerador 

4 ­ LEI DE POUILLET 
Vamos imaginar o circuito simples representado na figura seguinte: 
Neste circuito, o resistor R representa o equivalente de todas as resistências 
que podem existir no circuito e está em série com as resistências internas do 
gerador e do receptor. O mesmo podemos dizer para o gerador e o receptor 
representados. 
Se subtrairmos a fem e do gerador pela fcem e’ do receptor teremos a tensão 
elétrica que o resistor R e as resistências internas dispõem para consumir. 
Utilizando a 1ª Lei de Ohm, V = R . i, podemos deduzir que V = e ­ e’. Assim, 
a corrente elétrica total que passa pelo circuito pode ser dada por: 
e - e' 
I total  =
R + r + r ' 
que é a expressão matemática da Lei de Pouillet 
Note que esta lei é uma conseqüência da 1ª Lei de Ohm.

Física ­ M3  23 
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ELETROMAGNETISMO 
1 ­ INTRODUÇÃO 
O nome Magnetismo se refere ao fato de as primeiras observações dos fenômenos relacionados aos ímãs 
terem acontecido numa região chamada Magnésia. Nesta região, notava­se que algumas pedras (formadas 
por um óxido de ferro chamado de magnetita) tinham a capacidade de atrair pedaços de ferro. 
Neste capítulo, trabalharemos com os fenômenos magnéticos naturais e artificiais. Iremos estudar o campo 
magnético gerado por ímãs e por correntes elétricas. Logo em seguida, verificaremos a existência da força 
magnética, que possui uma larga aplicação prática. Por fim, veremos uma das mais importantes descobertas 
já feitas pelo homem: a indução eletromagnética, que tornou possível a utilização doméstica da energia 
elétrica e toda a evolução da indústria eletrônica. 

2 ­ ÍMÃS 
Ímãs são corpos que possuem a capacidade de atrair substâncias tais como o ferro. Como já foi mencionado, 
os ímãs são compostos por um óxido de ferro. 
Os imãs são os responsáveis pelo aparecimento do campo magnético que, a exemplo do campo elétrico da 
eletricidade, permite a aplicação de uma força. Representaremos o campo magnético por B. A unidade de 
campo magnético no Sistema Internacional é o tesla (T). 
Veremos, logo a seguir, as principais propriedades dos ímãs. 
A) Atividade magnética: Um ímã possui as extremidades ativas magneticamente, enquanto que a sua região 
central é neutra. As extremidades de um ímã recebem o nome de pólos. 


B 2  r 
B 3 

B 1 
N  S 

B 4 

B) Orientação em relação à Terra: Quando um ímã está livre para girar em torno  N 
de seu eixo, ele se orienta aproximadamente na direção norte­sul terrestre. O pólo 
do ímã que aponta para o norte geográfico da Terra recebe o nome de pólo norte  N 
do ímã. O pólo que aponta para o sul geográfico é chamado de pólo sul do ímã. 
A bússola é uma aplicação desta propriedade, pois ela é composta por uma agulha 
imantada que pode girar livremente em torno de seu eixo. Desta forma, esta agulha  S 
estará orientada na direção norte­sul terrestre (desde que não haja outros campos 
magnéticos externos).  S 

C) Atração e Repulsão: Pólos de mesmo nome se repelem e de nomes diferentes se atraem. 

repulsão  Através desta propriedade, podemos concluir que a 
Terra se comporta como um grande ímã, sendo que 
o pólo norte geográfico funciona como um pólo sul 
magnético e o pólo sul geográfico é um pólo norte 
atração magnético. 

2 4  Física ­ M3 
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pólo sul 
pólo norte 
magnético  D)  Inseparabilidade  dos  pólos:  É  impossível 
geográfico 
separarmos um pólo norte de um pólo sul. Quando 
um ímã é dividido em vários pedaços, cada parte 
apresenta um pólo norte e um pólo sul. 

pólo norte 
magnético 
pólo sul geográfico 

3 ­ LINHAS DE INDUÇÃO 
Estudamos, na eletrostática, as chamadas linhas de força que representam um campo elétrico qualquer. Estas 
linhas devem ser desenhadas de tal forma que o vetor campo elétrico seja tangente a elas em todos os pontos. 
No magnetismo, existe um representação para o campo magnético, que chamamos de linhas de indução. 
Vamos considerar que uma linha de indução, externamente ao ímã, “nasce” no pólo norte e se dirige para o 
pólo sul. A figura seguinte mostra as linhas de indução do campo magnético gerado por um ímã em forma de 
barra. 

B 2 

B 3 

B 1 
N  S 

B 4 

Observações: 
1) A densidade de linhas de indução é proporcional à intensidade do campo magnético. 
2) O vetor campo magnético é tangente às linhas de indução em todos os seus pontos. 
3) As linhas de indução, ao contrário das linhas de força,  são, sempre, fechadas. 

4 ­ EXPERIÊNCIA DE OERSTED 

O  físico  H.  C.  Oersted  queria 


estabelecer uma profunda relação 
entre  os  fenômenos  elétricos  e  pilha  pilha 
magnéticos. Para isso, ele montou 
um circuito elétrico muito simples, 
como o da figura ao lado.
fio  fio 
A  A 
B  B 
chav e 

bússola  bússola 
(a) fio sem corrente elétrica  (b) fio com corrente elétrica 

Física ­ M3  2 5 
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Próximo ao fio AB, ele  colocou uma bússola. Quando o circuito era ligado,  Oersted  percebeu que esta 


bússola sofria um deflexão, o que indicava uma influência da corrente elétrica gerada no circuito sobre os 
fenômenos magnéticos. Oersted concluiu, então, que uma corrente elétrica gera, em torno do fio no qual ela 
circula, um campo magnético. 
A  partir  desta  experiência,  estava  inaugurado  o  Eletromagnetismo,  ou  seja,  os  fenômenos  elétricos  e 
magnéticos podiam ser estudados em uma só ciência. 

Observação: 
Para o estudo do eletromagnetismo, iremos utilizar as 3 dimensões. Como, na folha de papel, só dispomos de 
duas, estabeleceremos a seguinte convenção:
´ ­ Vetor perpendicular ao plano, “entrando” nele.
· ­ Vetor perpendicular ao plano, “saindo” dele. 
5 ­ CAMPO MAGNÉTICO GERADO POR CORRENTES ELÉTRICAS 
A) 1º caso: fio retilíneo de comprimento muito grande. A figura seguinte mostra um fio retilíneo de grande 
comprimento e que é atravessado por uma corrente elétrica. 

O módulo do campo magnético gerado pela corrente elétrica a uma distância r do fio pode ser dada por: 
m i 
B= Onde : m é a permissividade magnética, uma característica do meio. 
2 p r 

Para que possamos compreender a direção e o sentido do campo magnético, temos que utilizar a chamada 
“regra da mão direita nº 1”. Veja. 

Devemos orientar o polegar direito no sentido da corrente elétrica. Com os outros dedos, devemos tentar 
“pegar” o fio. O movimento executado pelos dedos nos dá o sentido das linhas de indução do campo magnético 
gerado pelo condutor. 
B) 2º caso: campo magnético gerado no centro de uma espira circular: Damos o nome de espira a 
qualquer forma geométrica que produzimos com um fio. A figura seguinte mostra duas espiras circulares de 
raio R, percorridas por uma corrente elétrica de intensidade i. 

i  i 
R  R 

A  B 
Utilizando a regra da mão direita nº 1, podemos obter o sentido do campo magnético no centro de cada 
espira. 

campo  campo para 
para fora  dentro 

B  A

2 6  Física ­ M3 
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Através desta regra, percebemos que na espira A o campo magnético está orientado para dentro da folha, o 
que se assemelha com um pólo Sul. Já na espira B, o campo magnético está “saindo”, o que no faz lembrar do 
pólo Norte. Uma espira percorrida por uma corrente elétrica se comporta, portanto, como um pequeno ímã. 
O módulo do campo magnético no centro de cada espira é dado pela seguinte expressão. 
m i 
B=
2 R 

C) 3º caso: campo magnético no interior de um solenóide. Um solenóide pode ser construído quando 
damos a um fio uma forma helicoidal (a mesma forma de uma mola, por exemplo). A figura seguinte mostra 
um solenóide de comprimento L sendo percorrido por uma corrente de intensidade i. 

A  B 

Ao longo do comprimento L, podemos contar que existe um número N de espiras. 
Pode­se demonstrar que o campo magnético no interior do solenóide é uniforme e sua orientação pode ser 
dada, também, pela regra da mão direita nº 1. 

m N i 
A intensidade deste campo magnético uniforme é dada por:  B =
N      B  S  L 

i                  i 

6 ­ FORÇA MAGNÉTICA 
A) sobre cargas: Quando uma carga elétrica é abandonada em um campo magnético, não atua sobre ela 
força magnética alguma, pois uma carga elétrica em repouso não cria campo magnético. 
Porém, se imprimirmos uma velocidade a esta carga, haverá o aparecimento de uma força de origem magnética 
sobre ela. A figura seguinte mostra as duas situações. 

r  Podemos  encontrar  a  direção  e  o  sentido  da  força 


B  magnética através da regra da mão direita nº 2. Veja: 

r  r 

q V 
q

Esta  força  magnética  que  atua  sobre  uma  carga 


elétrica é dada por: 

F = B.q.V.senq F 

Física ­ M3  2 7 
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Em relação ao ângulo q entre a velocidade e as linhas de indução, podemos estabelecer as seguintes situações: 
A.1) q = 0°  ou q = 180° 

Como o seno destes dois ângulos é zero, não há a aplicação de força magnética sobre a carga, quando ela 
for lançada na mesma direção do campo. Nestes dois casos, a carga elétrica irá executar um movimento 
retilíneo uniforme.  r 


q  V 


V  q 

A.2) q = 90° 
O seno de 90° é máximo (e igual a 1). Verifica­se que, para este ângulo de lançamento, a carga elétrica 
executa  um  movimento circular  uniforme  de  raio  R e,  portanto,  a  força  magnética funciona  como  força 
centrípeta. 
Igualando­se as expressões da força magnética e centrípeta, temos: 

V 2 
F C  = F MAG Þ m  = B q V .  .  .sen 90 °

m V 

R =
q B 

Observando a expressão acima, verificamos que o raio da trajetória circular é diretamente proporcional à 
massa da partícula e à sua velocidade e inversamente proporcional à carga da partícula e ao campo magnético. 

A.3) outros valores de q
Para  ângulos  de  lançamento  diferentes  de  0°,  90°  e  180°,  a  carga  elétrica  irá  descrever  uma  trajetória 
helicoidal (hélice cilíndrica). 
B) sobre fios: Imagine um fio retilíneo de comprimento L, conduzindo uma corrente elétrica de intensidade i. 
Se este fio for colocado em uma região do espaço onde existe um campo magnético B, as cargas elétricas 
que se movimentam em seu interior ficarão sujeitas a uma força de natureza magnética. Podemos concluir 
que, assim sendo, o fio como um todo sofrerá a ação desta força magnética cuja expressão é: F = B.i.L.senq
Onde q é o ângulo formado entre as linhas de indução e o sentido da corrente elétrica. 
Como o sentido da corrente elétrica corresponde ao movimento de cargas positivas, teremos que utilizar a 
regra da mão direita nº 2, dando um tapa sempre com a palma da mão. 

7 ­ INDUÇÃO ELETROMAGNÉTICA 

A) Fluxo Magnético (f) 

A figura seguinte representa várias linhas de indução de um campo magnético uniforme de intensidade B e 
uma espira quadrada de área A imersa neste campo. 

Note que o plano da espira faz um ângulo q
com as linhas de indução. 
Quando  contamos  o  número  de  linhas  de 
indução que atravessam a área da espira, 
estamos medindo o fluxo magnético através 
desta espira.

2 8  Física ­ M3 
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O fluxo magnético depende de 3 fatores: 
1. Da intensidade do campo magnético. Quanto maior a intensidade, maior será o fluxo. 
2. Da área da espira. Quanto maior a área, maior o fluxo. 
3. Da inclinação da espira em relação às linhas de indução. Quando o plano da espira for perpendicular 
às linhas de indução, o fluxo magnético será máximo. Se o plano da espira for paralelo às linhas de 
indução, o fluxo será nulo. 
Ajustando estas características em uma expressão matemática, temos: f = B.A.senq

Observação: 

Na verdade, a definição de fluxo magnético leva em consideração o ângulo entre as linhas de indução e um 
vetor perpendicular ao plano da espira, sendo que a expressão é: f = B.A.cosa. 
Porém, o ângulo a é o complemento de q, o que nos leva a concluir que cosa = senq. 

B) Experiência de Faraday 

No século passado, o físico Michael Faraday realizou uma experiência que revolucionou a humanidade. Em 
linhas gerais, Faraday criou um circuito contituído por uma bobina e um galvanômetro. Este circuito era 
movimentado nas imediações de um ímã. Quando o circuito permanecia fixo em relação ao ímã, não havia 
indicação de corrente elétrica no galvanômetro. Porém, quando o circuito era movimentado em relação ao 
ímã,  o  galvanômetro  acusava  uma  corrente  elétrica  que  era  tanto  mais  intensa  quanto  mais  rápido  se 
movimentava o circuito. 

N     S
ímã 

É fácil perceber que a movimentação do circuito em relação ao ímã faz com que o fluxo magnético através da 
bobina varie com o tempo. A variação do fluxo magnético induz o  aparecimento de uma corrente elétrica, ou 
seja, cria uma força eletromotriz no circuito (que iremos chamar de força eletromotriz induzida, (e). Quanto 
mais rápida for a variação do fluxo, mais intensa será a força eletromotriz induzida e, portanto, mais intensa a 
corrente elétrica induzida. 
A variação do fluxo magnético em uma certa região funciona como um gerador, pois faz aparecer uma tensão 
elétrica, que por sua vez é responsável pelo aparecimento de uma corrente elétrica. Este fenômeno é conhecido 
por indução eletromagnética e foi após a sua descoberta que a eletricidade se popularizou, permitindo o 
avanço de ciências como a eletrônica. As usinas hidroelétricas, termoelétricas e nucleares se baseiam na lei 
de Faraday para a obtenção de energia elétrica a partir de uma outra forma de energia. 

Df
Matematicamente, podemos escrever a lei da Faraday da seguinte forma:  e = -
Dt
onde o sinal negativo será explicado mais adiante. 

C) Lei de Lenz 

Até agora aprendemos que uma variação do fluxo magnético faz aparecer uma força eletromotriz induzida e 
uma corrente elétrica induzida. No entanto, não conhecemos o sentido desta corrente elétrica. A lei de Lenz 
é a ferramenta que temos que utilizar toda vez que quisermos descobrir o sentido da corrente induzida. Ela 
nos afirma o seguinte: 
“A corrente elétrica induzida em um circuito tem o sentido tal que se opõe à sua causa.” 

Física ­ M3  2 9 
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FÍSICA MODERNA 
A) FÍSICA NUCLEAR 
Os núcleos atômicos podem ser estáveis (quando possuem pouca energia) ou instáveis (quando possuem 
muita energia). Os núcleos instáveis recebem o nome de radioativos e tendem a emitir radiação sob a forma 
de partículas ou de ondas eletromagnéticas, a fim de diminuírem a sua quantidade de energia e tornarem­se 
estáveis. Esse processo denomina­se decaimento radioativo. O núcleo emissor é chamado de núcleo pai e o 
resultante, núcleo filho. 
Essa radiação pode ser de três tipos: a (alfa), b (beta) ou g (gama). 
1) Radiação ALFA ( a ): É formada por dois prótons (p + ) e por dois nêutrons (n 0 ), ou seja, é um núcleo de 
hélio. Possui velocidade relativamente baixa – é a mais lenta das três emissões – cerca de 20.000 km/s, 
com conseqüente pequeno poder  de penetração. Essa radiação mal consegue  penetrar na epiderme 
humana, não causando sérios danos ao nosso organismo. Após o decaimento, o núcleo filho terá um 
número atômico duas unidades menor e número de massa quatro unidades menor. Alguns exemplos de
a ­emissores: 234 U, 232 Th e 212 Po. 
2) Radiação BETA ( b ): É formada por um elétron nuclear. Em um núcleo radioativo pode acontecer de um 
nêutron sofrer uma fissão (quebra) e se transformar em um próton, um elétron e um neutrino. O próton 
resultante continua no núcleo e o elétron é emitido, constituindo­se em uma radiação b . A radiação beta 
possui uma velocidade em torno de 99% da velocidade da luz no vácuo (c) e apresenta um poder médio 
de penetração, podendo atravessar a camada mais superficial da pele. O núcleo filho apresentará um 
número atômico uma unidade maior que o núcleo pai, mas com o mesmo número de massa. São b ­ 
emissores: 210 Bi, 3 H e 60 Co. 
3) Radiação GAMA ( g ): É uma onda eletromagnética de grande freqüência e pequeno comprimento de 
onda, de grande energia. Sua velocidade no vácuo é a mesma a de toda onda eletromagnética, ou seja, 
‘c’. Possui grande poder de penetração, conseguindo atingir órgãos internos do nosso organismo. É a 
forma de radiação mais perigosa, podendo desencadear processos cancerígenos. O núcleo filho continua 
com a mesma constituição que o núcleo pai, somente terá menor energia e portanto tende a ser mais 
estável. Alguns g ­emissores: 191 I, 235 U e 60 Co. 
Observe a tabela comparativa entre as três radiações: 

Emissão  Constituição  Velocidade  Poder  de penetração  Núcleo filho


a 2 p +  + 2 n 0  20.000 km/s  pequeno  Z ­ 2 ; A ­ 4
b 1 e ­  (nuclear)  99% de c  médio  Z + 1; A
g onda eletromagnética  c  grande  Z ; A 

Um núcleo pai ao decair pode passar por vários núcleos filhos instáveis até que chegue a um estável. A 
seqüência de decaimentos de um núcleo radioativo é chamada de série radioativa. 
4) Tempo de Meia­Vida: É o tempo gasto para que metade da amostra radioativa se desintegre. É também 
chamado de Período de semidesintegração. Vamos representar o Tempo de meia­vida por t 1/2 ou T. 
Ex.: O tempo de meia­vida do Carbono­14 é de 5.670 anos. Imagine que tenhamos, hoje, 2,0 g desse 
material. Passados 5.670 anos teremos somente 1,0 g de carbono­14. Após mais 5.670 anos teremos 
0,5 g e assim sucessivamente. 
Acompanhe o raciocínio acima através do diagrama a seguir: 

Hoje  Daqui a 5760 anos  Daqui a 11.340 anos 


2,0 g de C ­ 14  1,0 g de C ­ 14  0,5 g de C ­ 14

3 0  Física ­ M3 
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Veja agora o gráfico da atividade radioativa de uma 
amostra em função do tempo:

5) Fissão Nuclear: É o tipo de reação nuclear que pode ocorrer com núcleos relativamente grandes (de 
elevado número atômico) quando bombardeados com um feixe de nêutrons. O núcleo original se fragmenta, 
dando origem a pelo menos dois outros núcleos e liberando uma grande quantidade de energia. A mais 
famosa reação de fissão nuclear é a do isótopo 235 do Urânio, que é o processo que ocorreu na bomba 
lançada em Hiroshima. Acompanhe a reação: 
235 
92 U + 1 
0 n ®
140  94 
56 Ba  + 36 Kr  + 2 1 
0 n  + ENERGIA 

Os dois nêutrons resultantes irão colidir com mais dois núcleos de Urânio, produzindo, então, quatro nêutrons 
que irão colidir com mais quatro núcleos e assim por diante, em processo conhecido por reação em cadeia. 
Neste processo, a soma das massas do Bário, do Criptônio e dos dois nêutrons é ligeiramente menor que a 
soma das massas do Urânio e do nêutron originais. Essa diferença entre as massas está relacionada com a 
energia liberada. A relação matemática é a famosa equação de Einstein: E = m.c 2 . 
A  quantidade  de  energia  produzida  em  uma  reação  de  fissão  de  um  bloco  de  Urânio  que  se  “quebra” 
completamente é cerca de 10 6 vezes maior que a queima de um bloco de carvão de mesma massa que a do 
Urânio. 
No reator de uma usina nuclear (como a usina de Angra dos Reis ­ RJ) ocorre uma reação de fissão nuclear. 
Porém, essa reação é controlada por moderadores que “absorvem” alguns nêutrons não deixando que a 
liberação de energia seja tão violenta quanto no caso da bomba. 
6) Fusão Nuclear: Ao contrário da fissão, a fusão representa a união de dois núcleos leves para a formação 
de outro núcleo maior massa. É o tipo de reação nuclear que ocorre no Sol, onde o “combustível” são 
átomos de Hidrogênio que se fundem para a formação de átomos de Hélio, com a conseqüente liberação 
de energia. Para que essa reação ocorra, são necessárias grandes temperaturas e pressões. No núcleo 
do  Sol, a  temperatura atinge  cerca de  14.000.000° C.  A reação  de fusão  do Hidrogênio  pode ser  da 
seguinte forma: 
4 1  4  0 
1 H ® 2 He  + 2 1 e  + ENERGIA 

Também neste processo, a soma das massas após a reação é menor que a soma das massas antes. A 
diferença entre as massas nos dá o equivalente transformado em energia através da equação de Einstein. 
O Sol perde cerca de 300 milhões de toneladas a cada segundo, mas como a sua massa é da ordem de 3 x 
10 27  toneladas, estima­se que desde o seu surgimento (a cerca de 4 bilhões de anos atrás) a nossa estrela 
tenha perdido somente 2% de sua massa original. 
7) Aplicações dos fenômenos radioativos: 
São muitas as aplicações da radioatividade hoje em dia, dentre elas, destaca­se: 
I ­ Como a taxa de decaimento radioativo é independente de fatores externos, podemos estabelecer que em 
qualquer lugar do mundo a proporção entre dois isótopos (por exemplo o Carbono­12 e o Carbono­14) pode 
nos dar a idade de uma amostra em função da meia vida do material. 
II ­ O Cobalto­60 é muito usado na radioterapia, na luta contra o câncer. 
III ­ Usa­se em usinas nucleares o processo da fissão nuclear para produção de energia elétrica. A energia 
obtida na quebra do Urânio é utilizada para aquecer uma certa massa de água. Quando essa massa de água 
se transforma em vapor, ela movimenta o dínamo, gerando uma corrente elétrica. 
IV ­ Algumas empresas de laticínios e alimentação em geral utilizam a radiação gama ( g ) para purificar os 
seus produtos de bactérias, por exemplo. 
V ­ A radiação alfa (a) é utilizada como auxílio nas pesquisas sobre a estrutura da matéria. 
Física ­ M3  3 1 
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B) FÍSICA QUÂNTICA 
1) Quantização da Energia: Alguns anos antes do início do nosso século, algumas previsões teóricas a 
respeito da emissão térmica dos irradiadores de cavidade 1 não foram verificadas experimentalmente. De 
acordo com a teoria clássica, essa emissão deveria depender unicamente da temperatura (T) na qual este 
corpo está, sendo que a energia emitida viajaria no espaço de maneira contínua. 
Em um obscuro artigo de dezembro de 1900, Max Planck supôs que a energia emitida pelos irradiadores não 
pudesse  assumir  qualquer  valor,  mas  somente  valores  discretos  (descontínuos),  múltiplos  de  um  valor 
fundamental, que seria proporcional à freqüência da onda eletromagnética emitida. Hoje consideramos que a 
expressão matemática da energia é: 
E = h . f 
onde: E ® Energia fundamental 
h ® Constante de Planck (h = 6,63 x 10 ­34 J.s) 
f ® Freqüência da onda eletromagnética 
De acordo com a teoria de Planck, a energia não se espalha no espaço como um contínuo. Na verdade, a 
energia é transportada em pequenos PACOTES DE ENERGIA denominados QUANTA DE ENERGIA. 
A energia total emitida por um irradiador de cavidade (que emite uma única freqüência) é então: 

E = n.h.f 

Onde o número ‘n’ representa o número de quanta que são emitidos e se chama número quântico. Como a 
energia total emitida só pode assumir valores que satisfaçam a equação acima, dizemos que ela é quantizada. 
No seu curso de Física certamente você já teve contato com algumas grandezas que são quantizadas, dentre 
elas: a carga elétrica de um corpo eletrizado e as freqüências naturais de uma corda tensionada, na qual 
pode­se gerar uma onda estacionária. 
Como os quanta são numerosos e extremamente pequenos, não podemos detectá­los através dos nossos 
sentidos. A comparação que aqui se pode fazer é a seguinte: Ao olhar para o oceano você não consegue 
distinguir as inúmeras moléculas de água e tem a impressão de que o mar é um contínuo apesar de saber 
que ela não é correta. Nesta analogia, as moléculas de água seriam os “quanta” do oceano. 
2) Efeito Fotoelétrico: Nos anos de 1886 e 1887, Hertz confirma a existência das ondas eletromagnéticas e 
logo após, ele e Lenard descobrem que a radiação ultravioleta facilita descargas elétricas pois faz com que 
alguns elétrons livres sejam emitidos pela superfície de metais. A emissão de elétrons livres de uma superfície 
metálica devida  à incidência de radiação  eletromagnética é chamada  de EFEITO  FOTOELÉTRICO. 
Veja a figura seguinte: 

1  Um  irradiador  dessa  forma  pode  ser  obtido  construindo  um  cubo  metálico  no  qual  se  faz  uma  cavidade  esférica  interna.  Ao  serem 
aquecidos, os elétrons da superfície da cavidade passam a emitir energia térmica que, pela teoria clássica, deveria ser um contínuo a se 
espalhar pelo  espaço.

3 2  Física ­ M3 
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O circuito elétrico anterior é composto por uma bateria que possui uma 
chave inversora de polaridade, um reostato R, um galvanômetro G e duas 
placas,  A  e  B  colocadas  dentro  de  um  invólucro  de  vidro  onde  se  faz 
vácuo. Entre as placas existe uma tensão elétrica V. Elétrons serão ejetados 
em A e coletados em B. O galvanômetro acusa a passagem de elétrons. 
Inicialmente a tensão elétrica é favorável ao movimento dos elétrons ejetados 
– chamados fotoelétrons. À medida em que se faz variar a voltagem V, o 
galvanômetro acusa diferentes correntes fotoeletrônicas. Verificou­se que 
existe uma freqüência mínima (chamada freqüência de corte) abaixo da 
qual  o  efeito  fotoelétrico  não  ocorre.  Essa  freqüência  de  corte  é  uma 
característica do metal. O gráfico seguinte mostra como varia a intensidade da corrente fotoeletrônica em 
função da voltagem aplicada. 
Observações: 
A) quando se inverte a polaridade do circuito, a corrente não cai instantaneamente a zero, o que demonstra que 
os elétrons são ejetados com alguma energia cinética. 
B) existe um potencial mínimo chamado de Potencial de Corte (V 0 ) que é independente da intensidade luminosa 
abaixo do qual o efeito fotoelétrico não ocorre. 
C) para uma dada intensidade luminosa existe um potencial acima do qual a corrente elétrica se torna 
constante. 
Existem três fatos que a teoria clássica não consegue explicar: 
I  Era de se esperar que a energia dos fotoelétrons crescesse com o aumento da intensidade luminosa, pois 
um feixe mais intenso poderia fornecer mais energia aos elétrons. No entanto, a experiência mostrou que 
a energia máxima dos fotoelétrons é independente da intensidade luminosa e só é alterada quando se 
altera a freqüência da luz 
II  Qual o motivo de existir uma freqüência de corte? A teoria clássica apregoa que qualquer freqüência 
poderia produzir o efeito fotoelétrico, desde que a luz emitida fosse bastante intensa. 
III  Deveria haver um intervalo de tempo mensurável entre a absorção da luz e a ejeção do fotoelétron, pois a 
energia radiante se espalharia no espaço. No entanto, nenhum atraso foi verificado em laboratório. 

3) A Explicação de Einstein: Em 1905, o alemão Albert Einstein publica uma teoria a respeito do efeito 
fotoelétrico mostrando quais eram as falhas do modelo clássico e que estava em perfeita harmonia com os 
resultados experimentais. Essa teoria lhe rendeu o Prêmio Nobel de Física anos mais tarde. 
O modelo proposto por Einstein se baseava no trabalho de Planck descrito anteriormente e pode ser 
resumido da seguinte forma: 
1 ­ A energia radiante está concentrada em pequenos pacotes concentrados chamados fótons,  cuja 
energia é E = h.f (‘f’ é a freqüência da luz) 
2 ­ Um elétron no metal pode absorver apenas 1 único fóton e ser ejetado. 
3 ­ Quando um elétron é ejetado, sua energia cinética será: E c = h.f ­ w  , onde w é o trabalho necessário 
para “arrancar” esse elétron. 
4 ­ A máxima energia cinética de um fotoelétron está relacionada com o menor gasto de energia na 
ejeção, chamado “função trabalho” (w 0 ) , que é uma característica de cada metal. 

Vamos ver como a teoria de Einstein explica as dúvidas levantadas anteriormente: 

I  A intensidade da luz representa apenas o número de fótons emitidos e não a energia de cada um deles. 
Dobrar a intensidade luminosa, por exemplo, significa simplesmente dobrar o número de fótons emitidos. 
Logo, a energia cinética de cada elétron emitido não depende da intensidade luminosa. 
Já que a energia do fóton é determinada pela freqüência da luz emitida, é bastante lógico supor que se o 
elétron absorver um fóton cuja energia seja menor do que a função trabalho, não irá ocorrer o efeito 
II  fotoelétrico.  A menor  energia de  um  fóton necessária  para  arrancar um  elétron é  w  .  Logo, a  menor 

freqüência da luz deve ser: f 0  = w 0 /h 
Não existe um intervalo de tempo entre a absorção do fóton e a ejeção do elétron porque a energia não 
viaja dispersa pelo espaço como apregoa a teoria clássica. Como a energia de uma onda eletromagnética 
III  é transmitida através de “pacotes” concentrados, o elétron pode absorvê­lo instantaneamente e ser ejetado 
logo após.

Física ­ M3  3 3 
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Carga Elétrica, Lei de Coulomb, Campo Elétrico e Potencial Elétrico

1)  (PUC­MG)  Não  é  possível  eletrizar  uma  barra  4)  (UFV)  Três  bolinhas  de  isopor  estão  próximas 
metálica segurando­a com a mão, porque:  de  um  bastão  carregado.  Uma  está  carregada 
a) a barra metálica é isolante e o corpo humano  positivamente, outra negativamente, e a última está 
bom condutor.  eletricamente neutra. 
b) a barra metálica é condutora e o corpo humano  Quantas bolinhas o bastão atrairá? 
isolante. 
a) Duas bolinhas. 
c) tanto a barra metálica quanto o corpo humano 
são bons condutores.  b) Apenas uma bolinha. 
d) a barra metálica é condutora e o corpo humano  c) Três bolinhas. 
semicondutor. 
e) tanto a barra metálica como o corpo humano  d) Nenhuma bolinha. 
são isolantes.  e) Depende da carga do bastão. 

2)  (UFV)  Dizer  que  a  carga  elétrica  é  quantizada 


5) (FATEC) Atritado com seda, o vidro fica positivo e 
significa: 
o enxofre fica negativo. Atritado com um material 
a) que ela só pode ser positiva ou negativa.  X, o enxofre fica positivo. Atritado com o mesmo 
b) que ela só pode assumir valores múltiplos da  material X: 
carga fundamental. 
a) o vidro fica positivo. 
c) que ela existe livre na natureza. 
b) o vidro fica negativo. 
d) que ela sempre existe em quantidades positivas. 
c) a seda fica negativa. 
e) que ela é sempre negativa. 
d) nenhum material fica negativo. 
3)  (UNIFOR)  Três  corpos,  A,  B  e  C,  inicialmente 
6) (UFMG) Um estudante atrita  uma barra de vidro 
neutros,  foram  eletrizados.  Após  a  eletrização 
verifica­se que A e B têm cargas positivas e C tem  com um pedaço de seda e uma barra de borracha 
carga negativa. Assinale a alternativa que apresenta  com um pedaço de lã. Ele nota que a seda e a lã 
uma hipótese possível a respeito dos processos  se atraem, o mesmo acontecendo com o vidro e a 
utilizados para eletrizar esses corpos.  borracha. O estudante conclui que esses materiais 
se dividem em dois pares que têm cargas do mesmo 
a) A e B são eletrizados por contato e, em seguida, 
tipo. Com base nestes dados, pode­se afirmar que 
C é eletrizado por atrito com B. 
b) A e B são eletrizados por atrito e, em seguida,  a) a conclusão do estudante está errada. 
C é eletrizado por contato com B.  b)  esses  pares são  o  vidro  com  a borracha  e  a 
c) B e C são eletrizados por atrito e, em seguida,  seda com a lã. 
A é eletrizado por contato com B.  c) esses pares são o vidro com a lã e a seda com 
d) B e C são eletrizados por contato e, em seguida,  a borracha. 
A é eletrizado por atrito com B. 
d) esses pares são o vidro com a seda e a borracha 
e) os três corpos foram eletrizados por contato.  com a lã. 

3 4  Física ­ M3 
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7)  (PUC­MG)  Considere  três  esferas  condutoras,  11) (FUVEST) Dispõe­se de uma placa metálica M e 


idênticas, A, B e C. A esfera A tem carga 18Q, a  de uma esfera metálica P, suspensas por um fio 
esfera  B  está  carregada  com  ­6Q  e  a  terceira  isolante, inicialmente neutras e isoladas. Um feixe 
esfera está neutra. Inicialmente, toca­se a esfera  de luz violeta é lançado  sobre a placa retirando 
A na esfera B e, separado­as, toca­se a esfera B  partículas elementares da mesma. 
com  a  C.  As  cargas  finais  dessas  esferas  são,  As  figuras  (1)  a  (4)  ilustram  o  desenrolar  dos 
respectivamente:  fenômenos ocorridos. 
a) 6Q, 6Q, 6Q 
b) 4Q, 4Q, 4Q 
c) 12Q, 6Q, 3Q 
d) 6Q, 3Q, 3Q 
e) 12Q, 6Q, ­6Q 
8)  (CESCEM)  Dispõe­se  de  três  esferas  metálicas 
idênticas e isoladas uma da outra. Duas delas, A e 
B, estão descarregadas, enquanto que a esfera C 
contém uma carga elétrica Q. Faz­se a esfera C 
tocar primeiro a esfera A e depois a esfera B. No  Podemos afirmar que na situação (4) 
final deste procedimento, qual a carga elétrica das 
esferas A, B e C, respectivamente?  a) M e P estão eletrizadas positivamente 
a)  Q/2, Q/2 e nula  d) Q/2, Q/4 e Q/4  b) M está negativa e P neutra 
b)  Q/4, Q/4 e Q/2  e) Q/3, Q/3 e Q/3  c) M está neutra e P positiva 
c)  Q, nula e nula  d) M e P estão eletrizadas negativamente 
e) M e P foram eletrizadas por indução 
9) (UFMG) Uma bolinha I carregada positivamente atrai  12) (VUNESP) Qual dos gráficos representa a maneira 
duas outras  bolinhas, II e III.  As bolinhas II  e III  como  varia  a  força  elétrica  entre  duas  cargas 
também se atraem. A alternativa que melhor explica  puntuais em função da distância que as separa, 
esses fatos é a seguinte:  quando  são  aproximadas  ou  afastadas  uma  da 
a) as bolinhas II e III têm cargas negativas.  outra? 
b) as bolinhas II e III têm cargas positivas.  A)    F  B)     F 
c) a bolinha II tem carga negativa e a III, carga 
positiva. 
d)  a  bolinha  II  tem  carga  positiva  e  a  III,  carga  d  d 
negativa. 
C)     F  D)     F 
e)  a  bolinha  II  estava  neutra  e  a  III,  com  carga 
negativa. 
d  d 
10) (UFPA) Um corpo A, eletricamente positivo, eletriza 
um corpo B que inicialmente estava eletricamente 
neutro,  por  indução  eletrostática.  Nessas  13)  (UFMG)  Duas  cargas  elétricas  positivas  estão 
condições,  pode­se afirmar  que  o  corpo B  ficou  apoiadas em uma superfície horizontal sem atrito. 
eletricamente:  Inicialmente,  as  cargas  estão  em  repouso  e 
separadas  por  uma  distância  d,  no  vácuo.  À 
a) positivo, pois prótons da Terra são absorvidos  medida em que as cargas se afastam, os módulos 
pelo corpo.  da velocidade e da aceleração de cada carga terão 
b) positivo, pois elétrons do corpo foram para a  as seguintes modificações: 
Terra. 
a) velocidade aumenta,  aceleração diminui. 
c) negativo, pois prótons do corpo foram para a 
Terra.  b) velocidade e aceleração aumentam. 
d) negativo, pois elétrons da Terra são absorvidos  c) velocidade e a aceleração diminuem. 
pelo corpo. 
d) velocidade diminui, aceleração aumenta. 
e) negativo, pois prótons da Terra são absorvidos 
pelo corpo.  e)  velocidade  aumenta,  aceleração  permanece 
constante.

Física ­ M3  3 5 
Tecnologia              ITAPECURSOS 

14) (UFJF) Duas esferas igualmente carregadas, no  17)  (FUVEST)  Três  objetos  com  cargas  elétricas 


vácuo, se repelem mutuamente quando separadas  idênticas estão alinhados como mostra a figura. O 
a uma certa distância. Triplicando­se a distância  objeto  C  exerce  sobre  B  uma  força  igual  a 
entre  as esferas,  a  força  de repulsão  entre  elas  3,0 x 10 ­6 N. 
torna­se: 
a) 3 vezes menor 
b) 6 vezes menor 
c) 9 vezes menor 
d) 12 vezes menor 
e) n.r.a. 
A  força  elétrica  resultante  dos  efeitos  de  A  e  C 
15) (FAU) Duas cargas elétricas puntiformes Q e 2Q 
sobre B é: 
estão fixadas a uma certa distância d (ver figura). 
Considerando­se  uma  3ª carga,  a  força  elétrica  a) 2,0 x 10 ­6 N  d) 24 x 10 ­6 N 
sobre ela será nula quando ela for colocada em  ­6 
b) 12 x 10  N  e) 6,0 x 10 ­6 N 
um determinado ponto:  c) 30 x 10 ­6 N 

18) (CESGRANRIO) Duas partículas livres de mesma 
Q               d              2Q 
massa têm cargas respectivas q e 2q. Qual das 
x = 0  x 
seguintes figuras representa as acelerações  das 
a) do eixo e de x < 0.  partículas sabendo­se que a interação gravitacional 
é  desprezível  em  comparação  com  a  interação 
b) do eixo e de 0 < x < d. 
elétrica? 
c) do eixo e de x > d. 
d) fora do eixo. 
e) depende do sinal dessa 3ª carga.  a) A) q                2q  B) 
b)  q       2q 

16)  (PUC­MG)  Quatro  cargas  elétricas  fixas  estão 


c) C) q        2q  d) 
D)  q   2q 
dispostas nos vértices de um quadrado, conforme 
a figura abaixo. Uma carga ­q colocada no centro 
C do quadrado fica sujeita a uma força de interação  e) E)  q  2q 
eletrostática resultante, com a seguinte orientação: 

19) (PUC­MG) Nos vértices da base de um triângulo 
localizam­se  as  cargas  elétricas  +Q  e  ­Q.  No 
terceiro vértice se encontra uma carga +q. 



+q  C 

a)  d)  +Q  ­Q 


A carga +q apresenta tendência de movimento na 
B) direção e sentido melhor representados pela seta: 
D)  E) 
b)  e)  a) A 
b) B 
c) C 
c) 
d) D 
e) E 

3 6  Física ­ M3 
Tecnologia              ITAPECURSOS 

20) (FM ­ Itajubá) Assinale a afirmativa FALSA, dentre  22) (UFMG) Na figura abaixo, Q é uma carga puntual 



as seguintes, relativas a um campo elétrico:  positiva e  V  representa a velocidade de um elétron 
a) Diz­se que, numa região do espaço existe um  ao  passar  pelo  ponto  P,  situado  a  uma  certa 

campo  elétrico  quando  uma  carga  elétrica  distância  de  Q.  Seja  E  o  r  campo  elétrico 
colocada nessa região fica sujeita a uma força  estabelecido  por  Q  em  P  e  F  a  força  que  este 
elétrica.  campo  exerce  sobre  o  elétron  ao  passar  por  P. 

b) A intensidade de um campo elétrico em um ponto  Que alternativa melhor representa os vetores 
r  E  e 
é numericamente igual à força exercida sobre  F  em P? 
uma carga unitária nesse ponto. 

c) Uma unidade de intensidade de campo elétrico  V 
é a relação entre uma força de 1,0 newton sobre 
uma carga de 1,0 coulomb. 
d) A intensidade de campo elétrico é um vetor.  +  ­  P 
e)  A  força  exercida  sobre  uma  carga  elétrica 
colocada  em  um  campo  elétrico  é  igual  ao 
produto da intensidade de campo pela carga.  r  r 
A)  F 
a) E 
21) (UFMG) A figura mostra, esquematicamente, as 
partes principais de uma impressora a jato de tinta.  r  r 
B)  E 
b) F 
Durante  o  processo  de  impressão,  um  campo 
elétrico é aplicado nas placas defletoras de modo  r 
a desviar as gotas eletrizadas. Dessa maneira, as  C)  E 
c)

gotas incidem exatamente no lugar programado da 
F  r 
folha de papel onde se formará, por exemplo, parte 
de uma letra.  d) 
D)  E

r  F 
Gotas    Eletrizador   Placas              P  E 
23) (Med.Catanduva­SP) Um campo elétrico produzido 
por uma carga elétrica negativa apresenta, no ponto 
N  4 
A, uma intensidade igual a  4 . 10  . Uma carga 

puntiforme negativa q = ­2 . 10 ­7  C, colocada no 
ponto A, será: 
Papel 
a)  repelida  com  uma  força  de  intensidade  de 
Considere  que  as  gotas  são  eletrizadas  8 . 10 ­3  N. 
negativamente. Para que elas atinjam o ponto P da 
figura,  o  vetor  campo  elétrico  entre  as  placas  b)  repelida  com  uma  força  de  intensidade  de 
defletoras é melhor representado por:  2 . 10 ­3  N. 
c)  atraída  com  uma  força  de  intensidade  de 
2 . 10 ­3  N. 
a)             b)           c)                d) 
d)  atraída  com  uma  força  de  intensidade  de 
8 . 10 ­3  N. 
e) repelida com uma força de intensidade diferente 
das mencionadas nos itens anteriores. 

24) (UCS­RS) Uma carga elétrica q fica sujeita a uma força elétrica de 4,0mN ao ser colocada num campo 
kN 
elétrico de  2 , 0  . O valor da carga elétrica q em microcoulombs é de: 

a) 4,0  c) 2,0  e) 0,5 
b) 3,0  d) 1,0

Física ­ M3  3 7 
Tecnologia              ITAPECURSOS 

25) (UFV­MG) A figura abaixo representa duas cargas puntiformes, de mesmo módulo e sinais opostos, e um 
ponto P localizado na bissetriz do segmento que liga as cargas. 

P  A alternativa que representa o vetor campo elétrico 
resultante no ponto P é: 

bissetriz 
a)  b)  c)  d) 

+  ­ 
Q  ­ Q 
e) vetor nulo. 

26) (ESAM­RN) Quatro cargas elétricas puntuais estão fixadas nos vértices de um quadrado. Em módulo, elas 

são iguais. No centro do quadrado, essas cargas determinam um campo elétrico E , conforme representado 
na figura. Das alternativas, a que corresponde à correta atribuição de sinais das cargas é: 

1  2 
Sinal da   Sinal da  Sinal da  Sinal da 
carga 1   carga 2  carga 3   carga 4 
a  +  +  +            + 
E
b  ­  ­            ­             ­ 
c  ­              ­            +            + 
d  +  ­            +            ­ 
e  +  +            ­  ­ 
3  4 

27) (PUC­MG) A figura mostra as linhas de força de um campo elétrico gerado pela carga de um determinado 
corpo. q é uma carga de prova positiva. 

Em relação ao sentido da força elétrica que atua na 
carga q, à intensidade E do campo elétrico nos pontos 
A  e  B  e  ao  sinal  da  carga  do  corpo  que  gerou  o 
campo elétrico, é CORRETO afirmar: 
q  a)  é  o  mesmo  sentido  das  linhas  de  f orça; 
E A > E B ; a carga do corpo é positiva. 
b)  é  o  sentido  oposto  ao  das  linhas  de  força; 
E A < E B ; a carga do corpo é negativa. 
c)  é  o  mesmo  sentido  das  linhas  de  f orça; 
E A > E B ; a carga do corpo é negativa. 
d)  é  o  sentido  oposto  ao  das  linhas  de  força; 
E A < E B ; a carga do corpo é positiva. 
e)  é  o  sentido  oposto  ao  das  linhas  de  força; 
E A > E B ; a carga do corpo é positiva. 

3 8  Física ­ M3 
Tecnologia              ITAPECURSOS 

28) Duas cargas positivas e iguais estão próximas uma  30) Considere o campo elétrico criado por: 
da  outra.  Indique  a  alternativa  que  melhor 
I  ­  Duas  placas  metálicas  planas  e  paralelas, 
representa as  linhas de força do  campo elétrico 
distanciadas de 1,0 cm, sujeitas a uma d.d.p. de 
resultante criado por essas cargas no espaço em 
100V. 
torno delas. 
II ­ Uma esfera metálica oca de raio 2,0 cm carregada 
com  2, 5 mC  de carga positiva. 
a) Quais as características básicas dos dois campos 
elétricos? A que distância do centro da esfera um 
elétron sofreria a ação de uma força elétrica de 
módulo igual à que agiria sobre ele entre as placas 
paralelas? 
Dados: | carga do elétron | : | e | = 1,6 . 10 ­19  C 
b)
constante do Coulomb para o ar e o vácuo: 

N . m 2 
K 0 = 9 . 10 9 
C 2 
c)

d)

e) 

Campo entre  Distância ao 
29) A figura representa duas cargas fixas, positivas,  Campo da esfera  centro da 
as placas 
sendo q 1 > q 2 . Os vetores campo elétrico, devido  esfera 
às  duas cargas,  no  ponto médio  M  da  distância 
entre elas, estão mais bem representados em:  uniforme  radial (dentro e 
A  (longe das  fora da esfera)  15m 
extremidades) 

não há  só há campo no 
B  150m 
interior da esfera 
a)
uniforme  uniforme (dentro 
C  1,5m 
e fora da esfera) 
b)
uniforme  radial (fora da 
D  (longe das  esfera) 
c) nulo (dentro da  1,5m 
extremidades) 
esfera) 

d) nulo (dentro da 
E  nulo  esfera)  1,5cm 
radial (fora da 
e)  esfera) 

Física ­ M3  3 9 
Tecnologia              ITAPECURSOS 


31) (UF­Uberlândia­MG) A figura abaixo representa uma  33)  (Mack­SP)  O  campo  elétrico  E 1  de  uma  carga 
carga Q e um ponto P do seu campo elétrico onde é  puntiforme Q a uma distância d tem intensidade x. 
colocada uma carga de prova q.  r 
Portanto, o campo elétrico  E 2  de uma carga 4Q, 
Analise as afirmativas abaixo, observando se elas 
a uma distância 2d, tem intensidade: 
representam corretamente o sentido do vetor campo 
elétrico em P e da força que atua sobre q.  x 
a)  c) x  e) 4x 


b)  d) 2x 

34)  (PUC­MG)  Uma  carga  de  prova  negativa  q  é 
colocada num ponto A, onde há um campo elétrico 

I .  E  gerado por uma carga Q positiva. Fica, então, 

se Q > 0 e q < 0.  sujeita a uma força F  de intensidade 10N. Sendo 
q = ­50mC, indique a opção que fornece o valor 
correto  do  campo  elétrico  em  A, r 
bem r como  as 
II.  orientações corretas dos vetores  E  e  F . 
se Q > 0 e q > 0. 
Q  q 

III.  • 
(+) 
•  A 
(­) 
se Q < 0 e q < 0. 
-1 N 
a)  2 , 0 . 10 

IV. 
se Q < 0 e q > 0.  2  N 
b)  2 , 0 . 10 
São corretas:  C 

a) todas as afirmações.  5  N 
c)  2 , 0 . 10 
b) apenas I, II e III.  C 
c) apenas II, III e IV. 
2  N 
d)  2 , 0 . 10 
d) apenas III e IV.  C 
e) apenas II e III. 
-1 N 
e)  2 , 0 . 10 

32) (UFES) Sobre uma carga elétrica q, situada num 

ponto onde há um campo eletrostático E , atua uma  35) (UnB) A figura ao lado representa, na convenção 

força eletrostática  F . Afirma­se que:  usual,  a  conf iguração  de  linhas  de  f orças 
associadas a duas cargas puntiformes, Q 1  e Q 2 . 

I. O módulo de F  é proporcional ao módulo de q e  Podemos afirmar corretamente que: 

ao módulo de  E . 

II. A direção de  F  sempre coincide com a direção  Q 2 

de  E . 

III.  O sentido de  F  sempre coincide com o sentido 

de  E .  Q 1
Das afirmativas acima é (são) correta(s): 
a) apenas I e II. 
b) apenas I e III.  a) Q 1 e Q 2 são positivas; 
c) apenas II e III.  b) Q 1 e Q 2 são negativas; 
d) apenas I.  c) Q 1 é positiva e Q 2 , negativa; 
e) todas as três.  d) Q 1 é negativa e Q 2 , positiva. 

4 0  Física ­ M3 
Tecnologia              ITAPECURSOS 

36) (UECE) Qual dos gráficos abaixo mostra a variação do campo elétrico E, em função da distância x, para 
uma esfera condutora carregada, de raio r? 

a)  b)  c)  d) 

0  0  0  0

37) (FATEC­SP) As afirmações abaixo referem­se a uma esfera metálica isolada e eletrizada negativamente e em 
equilíbrio eletrostático. 
I. As cargas elétricas excedentes distribuem­se uniformemente sobre todo o volume da esfera. 
II. O fluxo elétrico através de qualquer superfície esférica fechada é nulo. 
III. O campo elétrico no interior da esfera é nulo. 
É (são) correta(s): 
a) I e II.  b) I e III.  c) III.  d) II e III.  e) I, II e III 

38) (Mauá­SP) As linhas de força do campo elétrico devido a uma carga elétrica puntiforme: 
a) são esferas concêntricas com a carga. 
b) são retas paralelas entre si e de mesmo sentido. 
c) são semi­retas saindo ou chegando à carga. 
d) não têm forma definida. 
e) N.D.A. 
39) (UC­Salvador) Uma esfera metálica oca, de raio 10cm e centro R, está carregada com carga elétrica +q. A 
20cm de R há uma carga puntual ­q, fixa em P. O sistema está em equilíbrio eletrostático. No interior da 
esfera, cuja secção está representada na figura abaixo, consideramos os pontos M, N, S e T, alinhados com 
R e P. 
Considerando as afirmações e chamando de E i o módulo do campo eletrostático num ponto genérico I, temos: 
a) E M > E N > E R  < E S  < E T 
b) E M < E N < E R  > E S  > E T 
c) E M > E N > E R  > E S  > E T 
d) E M < E N < E R  < E S  < E T 
e) E M = E N = E R  = E S  = E T 

40) (PUC­RS) A figura seguinte representa duas placas planas e paralelas, eletrizadas e colocadas no vácuo. A 
carga q = 1,0 x 10 ­3 C se desloca livremente da placa A até a B, sob a ação do campo elétrico, que realiza 
um trabalho de 2,0 J. A ddp entre as placas, em volts, é de: 

a) 5,0 x 10 2 
b) 1,0 x 10 3 
c) 2,0 x 10 3 
d) 3,0 x 10 3 
e) 4,0 x 10 3 

Física ­ M3  4 1 
Tecnologia              ITAPECURSOS 

41)  (UFV)  A  figura  representa  uma  região  onde  existem  um  campo  elétrico  uniforme,  de  módulo 
E  =  5,0  N/C,  e  duas  superfícies  eqüipotenciais,  uma  de  50  V  e  a  outra  de    40  V. A  distância  entre  as 
superfícies é, em metro(s): 

50 V                    40 V 

a) 2,0  b) 4,0  c) 5,0  d) 3,0  e) 1,0 


42) (UFOP) Considere as superfícies eqüipotenciais V 1 , V 2  e V 3 , como mostra a figura abaixo. Uma carga 
puntual Q negativa desloca­se segundo o trajeto ABCDE. Uma outra carga idêntica segue o trajeto AF. 

a) O trabalho realizado pelo campo elétrico para levar a carga de A até E é maior que o trabalho realizado 
pelo mesmo para levar a carga de A até F. 
b) O trabalho realizado pelo campo elétrico para levar a carga de A até E é igual ao trabalho realizado pelo 
mesmo para levar a carga de A até F. 
c) Os trabalhos realizados pelo campo elétrico sobre as duas cargas ao longo dos dois trajetos são diferentes 
porque um trajeto é maior que o outro. 
d) O vetor campo elétrico entre as eqüipotenciais V 1 e V 3 aponta no sentido de A para F. 
e) O vetor força elétrica que atua sobre a carga Q, entre as eqüipotenciais V 1 e V 3 , tem a mesma direção 
e o mesmo sentido do vetor campo elétrico entre as mesmas. 

43) (CFET­PR) Afirma­se corretamente que, para uma carga livre ir de um ponto a outro de uma superfície 
eqüipotencial, o trabalho desenvolvido pela força elétrica é nulo porque: 
a) O campo elétrico é sempre perpendicular às superfícies eqüipotenciais. 
b) A força elétrica nesse caso é nula. 
c) O deslocamento em superfícies eqüipotenciais inexiste. 
d) A diferença de potencial entre dois pontos de uma superfície eqüipotencial é sempre constante e diferente 
de zero. 
e) Uma linha de campo está sempre inteiramente contida numa superfície eqüipotencial. 

44) (FUVEST ­ mod.) Duas cargas ­q distam a do ponto A, como indicado na figura. 

A que distância de A, sobre a reta Ax, devemos 
colocar  uma  carga  +q  para  que  o  potencial 
eletrostático em A seja nulo? 
a) a/2  d) a/5 
b) a/3  e) 2a 
c) a

4 2  Física ­ M3 
Tecnologia              ITAPECURSOS 

45) (UnB ­ mod) Em relação aos fenômenos eletrostáticos, assinale a alternativa CORRETA: 
a) O campo elétrico, no centro de uma esfera de alumínio uniformemente carregada, é diferente de zero. 
b) O potencial elétrico tem de ser zero em um plano eqüidistante de uma  placa metálica uniformemente 
carregada. 
c) Em um tubo de imagem de um televisor, um elétron é acelerado por uma diferença de potencial de 220 
volts (V). O ganho de energia cinética é, portanto, de 220 joules (J). 
d) Uma gota de óleo carregada é mantida em suspensão, a uma certa distância do solo, por um campo 
elétrico uniforme. Pode, assim, afirmar­se que o módulo da razão entre a carga e a massa da gota de 
óleo é igual ao módulo da razão entre a aceleração da gravidade e o campo elétrico. 
e) Todas  as  linhas  de  força  de  um  campo  elétrico  são  fechadas  ,  ou  seja,  se  seguirmos  estas  linhas, 
eventualmente retornaremos ao ponto de partida. 

46) (UnB ­ mod.) Duas cargas puntiformes +q e +2q estão fixas no espaço e separadas por uma distância 3d 
conforme o diagrama.

Podemos afirmar que o potencial elétrico resultante 
no ponto P da figura, devido à ação das cargas +q 
e +2q, é: 

kq æ 1  2  ö kq æ 1  1 ö


a )  ç + ÷ d )  ç + ÷
d  è 2  2  5 ø d  è 2  5 ø
kq æ 1  2  ö kq
b )  2  ç
d  è 2  2 
+ ÷
5 ø
e ) 
d 2
(2  2 + 5 )
kq 
c ) 

(2  2 + 5  )

47) (PUC­MG) A figura mostra as linhas de força de um campo elétrico uniforme, duas superfícies eqüipotenciais 
desse campo e quatro pontos, A, B, C e D, dessa região. Considere o trabalho (W) realizado para levar uma 
partícula, carregada positivamente, do ponto A até o ponto B, percorrendo as trajetórias: 

1  ­  ADB;  2  ­  AB;  3  ­  ACB.  A  relação  entre  os 


trabalhos  realizados  ao  longo  desses  percursos 
está indicada corretamente em: 
a ) W 2  = 0 ; W 1  = W 3 
W 3 
b) W1  = W 3  =

W  W 
A  c ) W1  = 2  = 3 
7  3 
d )  W 1  = W 2  = W 3 
W 1  W 
e )  = W 2  = 3 
7  5

48) (UC­SAL) A ddp entre duas placas condutoras, X e Y, é U. O trabalho realizado pela força elétrica, quando 
uma carga q é transportada da placa X à placa Y, é W. Se for aumentada para 2d a distância entre as duas 
placas, mantendo a mesma ddp U, o trabalho realizado pela força elétrica, para transportar a mesma carga 
q da placa X à placa Y, será: 

W  W 
a )  b )  c ) W  d ) 2W  e ) 4W 
4  2 

Física ­ M3  4 3 
Tecnologia              ITAPECURSOS 

49) (PUC­MG) Assinale a afirmação FALSA: 
a) uma carga negativa, abandonada em repouso num campo eletrostático, fica sujeita a uma força que realiza 
sobre ela um trabalho negativo. 
b) uma carga positiva, abandonada em repouso num campo eletrostático, fica sujeita a uma força que realiza 
sobre ela um trabalho positivo. 
c) cargas negativas, abandonadas em repouso num campo eletrostático, dirigem­se para pontos de potencial 
mais elevado. 
d) cargas positivas, abandonadas em repouso num campo eletrostático, dirigem­se para pontos de menor potencial. 
e) o trabalho realizado pelas forças eletrostáticas ao longo de uma curva fechada é nulo. 

50) (UFRN ­ mod) Uma esfera condutora isolada, de raio R = 3,0 m e carga elétrica positiva, tem na superfície 
R
um vetor campo elétrico de intensidade E = 600 N/C. A uma distância  r = do centro da esfera, o potencial 

elétrico tem valor: 
a) 1800 V  b) 1600 V  c) 1400 V  d) 1200 V  e) 1000 V 

51) (Mack­SP) O sistema representado pelo esquema está no vácuo, cuja constante eletrostática é k 0 . A carga 
Q está fixa, e os pontos A e B são equidistantes de Q. Se uma carga q for deslocada de A até B, o trabalho 
realizado pelo campo elétrico de Q, neste deslocamento, será igual a: 
q Q

a) zero  d)  2 . k 0  . 

q Q
.  1  q Q

b)  k 0 = e)  . k 0  . 
r  2  r 
A B  Q 
c)  k 0 =

52) (PUC­RS) Uma esfera condutora, que inicialmente se encontra carregada positivamente, é colocada em 
contato com outra esfera inicialmente neutra. Pode­se  afirmar que, depois de estabelecido o equilíbrio 
elétrico entre ambas: 
a) as duas esferas terão mesmas cargas, desde que sejam constituídas de um mesmo material. 
b) o campo elétrico em torno das esferas será uniforme. 
c) a esfera de maior raio terá maior potencial que a outra. 
d) ambas adquirem o mesmo potencial. 
e) a intensidade do campo será maior na esfera de maior raio. 

53)  (FEI­SP)  Sendo  V A ,  V B  e  V C  os  potenciais  eletrostáticos  de  3  pontos  de  uma  linha  de  campo,  com 
0 < V A ­ V C  < V B ­ V C , podemos afirmar que no sentido da linha de campo a ordem dos três pontos é: 

a) A B C 
b) B A C 
c) C A B 
d) B C A 
e) A C B 

4 4  Física ­ M3 
Tecnologia              ITAPECURSOS 

Corrente Elétrica, Leis de OHM e Resistores
54) (Newton Paiva) Suponha que, ao se ligar a chave  Yaun.  Através  de  um  pequeno  emissor,  aproxi­ 
do carro para acionar o motor de arranque, ele seja  madamente do tamanho de um jogo de cartas, e de 
percorrido por uma corrente de 120,0A. Se o motor  um receptor, é possível transmitir informações, do 
for mantido  ligado durante 5,0s,  pode­se afirmar  mesmo  modo  que  um  cartão  de  crédito.  A  nova 
que a quantidade de carga [Dado: 1C corresponde  tecnologia cria um campo elétrico externo que pro­ 
à carga 6,2 x 10 18 elétrons] e o número de elétrons  duz  uma  fraca  corrente  através  do  corpo,  o  que 
que passa em uma seção qualquer do circuito são,  permite transformar as informações. A corrente utili­ 
respectivamente,  zada tem a intensidade de um bilionésimo do Ampère. 
a) 6,0 x 10 2  C e 3,72 x 10 21  O  campo  elétrico  criado  por  pente  passado  nos 
cabelos é mais de mil vezes maior do que o criado 
b) 60,0 C e 3,72 x 10 20 
pela tecnologia criada pela IBM. 
c) 6,0 x 10 2  C e 96,8 x 10 18 
d) 6,0 x 10 ­6  C e 3, 72 x 10 21  56)  (Fac.  Direito  Milton  Campos)  A  respeito  da 
e) 6,0 x 10 2  C e 3,72 x 10 22  condutibilidade  do  corpo  humano  e  de  outros 
materiais, é CORRETO afirmar: 
55) (UFMG) Uma lâmpada fluorescente contém em seu 
a) A corrente elétrica gerada no sangue é composta 
interior um gás que se ioniza após a aplicação de 
por íons que se movimentam em dois sentidos. 
alta tensão entre seus terminais. Após a ionização 
uma  corrente  elétrica  é  estabelecida  e  os  íons  b) Os metais são bons condutores por apresentarem 
negativos deslocam­se com uma taxa de 1,0 x 10 18  um número sempre maior de elétrons em relação 
íons/segundo para o pólo A. Os íons positivos se  ao número de prótons. 
deslocam, com a mesma taxa, para o pólo B.  c) Na eletrização por atrito, que ocorre sempre que 
uma  pessoa  penteia  seus  cabelos,  teremos  o 
pente e o cabelo adquirindo cargas de sinais iguais. 
d)  O  campo  elétrico,  num  dado  ponto,  é  carac­ 
terizado como uma grandeza escalar. 

57) (Fac. Direito Milton Campos) Suponha que um fio 
metálico, seja atravessado por uma corrente elétrica 
Sabendo­se que a carga de cada íon positivo é de  equivalente a 1 bilionésimo de ampère (1,0 x10 ­9 A) num 
1,6 x 10 ­19 C, pode­se dizer que a corrente elétrica  intervalo de tempo igual a  0,5 segundo. A carga 
na lâmpada será:  elétrica que forma a referida corrente corresponde a: 
a) 0,16 A  a) 5,0 x 10 ­10 coulomb. 
b) 0,32 A  b) 2,0 x 10 ­10 coulomb. 
c) 1,0 x 10 18 A  c) 5,0 x 10 ­9 coulomb. 
d) nula  d) 2,0 x 10 ­9 coulomb. 

58) (PUC­MG) A respeito da corrente e da resistência 
As  questões  56  e  57  referem­se  ao  artigo  mostrado  elétrica, leia atentamente as seguintes afirmativas: 
abaixo e foi publicado no jornal Estado de Minas, em 
20 de abril de 1997.  I.  Em  uma  corrente  elétrica,  apenas  as  cargas 
negativas se movimentam. 
IBM apresenta um “modem humano” 
O gigante da informática mundial, a norte americana  Il. A resistência elétrica de um condutor cilíndrico é 
IBM,  apresentou  em  Cingapura  uma  tecnologia  inversamente proporcional ao quadrado do raio 
denominada «modem humano» que utiliza o  corpo  da sua secção reta. 
humano  como  condutor  elétrico  para  transmitir  Ill.  A  relação  V  =  R  i  só  pode  ser  aplicada  a 
informações para dois aparelhos eletrônicos.  condutores ôhmicos. 
David Yaun, encarregado de comunicação da IBM,  Assinale: 
explicou,  durante  uma  entrevista,  que  a  nova  a) se todas as afirmativas são corretas. 
tecnologia utiliza a condutibilidade natural do corpo  b) se todas as afirmativas são falsas. 
humano para transmitir dados. 
c) se apenas as afirmativas I e II são falsas. 
Sal e água 
d) se apenas as afirmativas I e III são falsas. 
«Temos  sal  no  sangue  e  água  no  corpo.  A 
eletricidade adora este tipo de combinação» . disse  e) se apenas as afirmativas II e III são falsas. 

Física ­ M3  45 
Tecnologia              ITAPECURSOS 

59) (PUC­MG) A figura ao lado mostra um fio condutor  62) (PUC­MG) O gráfico i x V para um certo condutor 


de secção reta constante, estendido ao longo de  é  mostrado  na  figura  abaixo.  Analise  as  três 
uma  escala,  com  100  subdivisões  iguais.  Uma  afirmativas a seguir: 
bateria é ligada às  extremidades do fio, fazendo 
com  que  ele  seja  percorrido  por  uma  corrente  I. O condutor é ôhmico. 
elétrica i. Um voltímetro V é ligado ao fio, de maneira  Il. Sua resistência, quando submetido a uma tensão 
que um de seus terminais fique fixo na extremidade  de 200 V, é aproximadamente 5,0 x 10 3 W. 
correspondente  ao  valor  100  da  escala.  O  outro  Ill. Esse resistor não obedece à relação V = Ri. 
terminal  pode  ser  colocado  em  contato  com 
A afirmativa está CORRETA em: 
qualquer ponto do fio. Colocando­se o terminal livre 
no zero da escala, o voltímetro indica 12 V. Quando  80 
o terminal livre estiver sobre o número 25 da escala, 
a leitura do voltímetro será:  60 

i, 10 ­3 amp 
40 
a) 1,2 V 
b) 2,5 V 
20 
c) 3,0 V 
d) 9,0 V  0 
e) 12 V  0            100  200       300          400 
V,  volts 
60) (PUC­MG) O gráfico representa a curva caracterís­  a) I apenas 
tica tensão­corrente para um determinado resistor.  b) Il apenas 
c) III apenas 
d) I e II 
e) Il e III 

63) (UFMG) Este gráfico mostra como varia a tensão 
elétrica em um resistor mantido a uma temperatura 
constante em função da corrente elétrica que passa 
por esse resistor. 
Em relação ao resistor, é CORRETO afirmar: 
a) é ôhmico e sua resistência vale 4,5 x 10 2 W. 
b) é ôhmico e sua resistência vale 1,8 x 10 2 W. 
Tensão  elétrica 

c) é ôhmico e sua resistência vale 2,5 x 10 2 W. 
d) não é ôhmico e sua resistência vale 0,40 W. 
e) não é ôhmico e sua resistência vale 0,25 W. 

61) (PUC­MG) Um condutor ôhmico é submetido a uma 
diferença  de  potencial  que  varia  em  função  do 
tempo como mostrado no gráfico ao lado: 
Nessas  condições,  assinale  a  V  Corrente  elétrica 
opção cujo gráfico representa a 
variação da corrente (eixo verti­  Com base nas informações contidas no gráfico, é 
cal) com o tempo (eixo horizontal):  tempo  correto afirmar­se que: 
a)  a  corrente  elétrica  no  resistor  é  diretamente 
a)  b)  c) proporcional à tensão elétrica. 
b) a resistência elétrica do resistor aumenta quando 
a corrente elétrica aumenta. 
c) a resistência elétrica do resistor tem o mesmo 
valor qualquer que seja a tensão elétrica. 
d)  e)  d) dobrando­se a corrente elétrica através do resis­ 
tor, a potência elétrica consumida quadruplica. 
e) o resistor é feito de um material que obedece a 
Lei de Ohm. 

46  Física ­ M3 
Tecnologia              ITAPECURSOS 

64) (PUC­MG) A resistência de um fio condutor depende do seu comprimento  l, da sua área de seção reta A e 
do material de que é feito (resistividade = r ). A resistividade do ferro é maior do que a da prata. Para que um 
fio de ferro e um de prata, de mesmo comprimento, tenham a mesma resistência, é necessário: 
a)  A ferro  =  A prata  c) A ferro  x A prata  =  1  e)  A ferro  <  A prata 
b) A ferro ¸ A prata  = 1  d)  A ferro  >  A prata 

65) (UFV)  Mediu­se a  uma mesma  temperatura a  resistência elétrica  de dois  fios condutores  metálicos de 


resistividades diferentes. Obteve­se o mesmo valor para a resistência elétrica dos fios. É CORRETO afirmar­se 
que 
a) é impossível na prática, obter­se tal resultado. 
b) se os fios têm a mesma área de seção reta, têm o mesmo comprimento. 
c) se os fios têm o mesmo comprimento, têm áreas de seção reta diferentes. 
d) os fios têm a mesma área de seção reta. 
e) os fios têm o mesmo comprimento. 

66) (PUC­MG) Com relação à eletricidade que utilizamos em nossa residência, é INCORRETO afirmar: 


a) Nos projetos elétricos (plantas do sistema elétrico), as ligações são, em sua maioria, em paralelo. 
b) Recebemos da CEMIG (Centrais Elétricas de Minas Gerais) uma voltagem alternada. 
c) Quando mudamos a chave do chuveiro, do inverno para verão, estamos diminuindo a resistência elétrica do 
aparelho. 
d) Uma lâmpada de 60 W produz 60 J de energia a cada segundo. 
e) A corrente elétrica que circula em um aparelho de potência 2,5 kW, ligado a uma ddp de 120 V, vale 
aproximadamente 21 A. 
67) (UFMG) A figura ilustra a forma como três lâmpadas estão ligadas a uma tomada. A corrente elétrica no 
ponto P do fio é i p  e no ponto Q é i Q 

Em  um  determinado  instante,  a  lâmpada  L 2  se 


queima. 
L 1  L 2  L 3  Pode­se afirmar que: 
a) as duas correntes não se alteram. 
b) as duas correntes se alteram. 
c) a corrente i p  não se altera e i Q se altera. 
d) a corrente i p  se altera e i Q  não se altera. 

P  Q 

68) (UFMG) Um estudante montou um circuito como o mostrado na figura. 
Entre os pontos A e B ele ligou um fio de grande resistência de 50 cm do comprimento. 
A corrente indicada no amperímetro é de 5,0 ampères (Despreze a resistência interna 
A  da bateria). 
A seguir,  o estudante  montou três circuitos,  conforme as  figuras abaixo,  usando a 
A       B  mesma bateria, o mesmo amperímetro e fios de mesmo material e de mesmo diâmetro 
50  cm  do fio inicialmente ligado entre A e B. 
Para os circuitos I, II e III, os valores da corrente, em ampères, serão respectivamente, 

a) 2,5; 5,0; 2,0.  II  III 



b) 2,5; 5,0; 10. 
c) 5,0; 2,5; 5,0;.  A  A  A 
50 cm
d) 5,0; 10; 20.  A               B  100  cm 
A               B  A       B 
e) 10; 20; 10.  100  cm  50  cm 
100  cm 

Física ­ M3  47 
Tecnologia              ITAPECURSOS 

69) (PUC­MG) A resistência de um chuveiro elétrico foi  72) (PUC­MG) O circuito elétrico abaixo é constituído 
esticada e dividida em partes iguais, de resistência  de um gerador ideal e cinco resistores idênticos. 
2 Wcada uma. Associadas em paralelo, essas partes  Para  que  o  conjunto  libere  a  maior  potência 
produziram uma resistência equivalente igual a 0,5 possível,  o  terminal  livre  M  deve  ser  ligado  no 
W. Nesse caso, podemos afirmar que a resistência  ponto: 
do chuveiro era, em W, igual a: 
a) 2  b) 4  c) 6  d) 8  e) 10  a) A 
70) (UFMG) Três lâmpadas, A, B e C, estão ligadas a  b) B 
uma bateria de resistência interna desprezível. Ao  c) C 
se  «queimar»  a  lâmpada  A,  as  lâmpadas  B  e  C  d) D 
permanecem acesas com o mesmo brilho de an­ 
e) E 
tes. 
A  alternativa  que  indica  o  circuito  em  que  isso  73) (PUC­MG) Um condutor é formado por três seções 
poderia acontecer é  cilíndricas  de  mesmo  comprimento  e  raios, 
respectivamente, R, 2R e 3R. 

a) 

b)  Sendo  V AD  a  diferença  de  potencial  aplicada  ao 


conjunto e i 1,  i 2 e i 3  as correntes em cada seção, é 
CORRETO dizer que: 
a) i 1 = i 2 = i 3 , V AB = V BC = V CD 
b) i 1 > i 2 > i 3 , V AB > V BC > V CD 
c) 
c) i 1 = i 2 = i 3 , V AB > V BC > V CD 
d) i 1 = i 2 = i 3 ,. V AB < V BC < V CD 
e) i 1 < i 2 < i 3 , V AB < V BC < V CD 
d) 
74)  (FAFI)  Para  o  circuito  esquematizado  abaixo,  a 
razão entre i 1 e i 2 , é igual a 
a) 1 
b) 1/2 
c) 2 
e) 
d) 1/3 
e) 3 

75) (Izabela Hendrix) Na associação representada na 
figura  abaixo,  cada  um  dos  elementos  possui 
resistência elétrica R. 
71)  (PUC­MG)  Considere  três  resistores  cujas  R  R 
resistências valem:  R, R/2  e R/4.  Associando­se 
esses  três  resistores  de  modo  a  obter  um  R R
equivalente cuja resistência seja a menor possível, 
tem­se para esse equivalente uma resistência igual 
a: R  R

a) R/7 
b) R15 
c) R/3  O valor da resistência equivalente da associação é de: 
d) R/2  a) R/6  d) (R/2) + (R/3) 
e) R  b) 2R/3  e) 6R 
c) 3R/2 

48  Física ­ M3 
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76)  (Newton  Paiva)  Na  associação  de  resistores  da  79) (FUVEST) A figura mostra circuito constituído por 


figura  os  valores  da  resistência  equivalente  e  da  um gerador ideal e duas lâmpadas incandescentes 
intensidade total de corrente valem, respectivamente,  A e B, com resistências R e 2R, respectivamente, 
e  no  qual  é  dissipada  a  potência  P.  Num  dado 
a) 2,0 W e 12,0 A.  3W
instante, a lâmpada B queima­se. A potência que 
b) 9,0 W e 18.0 A.  passará a ser dissipada pelo sistema será igual a: 
c) 2,0 W e 18,0 A.  6W
d) 0,5 W e 18,0 A. 
36V  A  B 
e) 9,0 W e 6,0 A. 

77) (UFV) Na figura seguinte é representado um circuito  P  3 
com um resistor de resistência variável, R, e um de  a)  .  d)  P. 

2  2 
resistência fixa, R’. 

b)  P. 
.  e) 2P. 
e r = 0  i 2 

R  R’
c) P. 
As questões 80 e 81 a seguir referem­se ao esquema 
Assinale,  dentre  as  opções  abaixo,  aquela  cujo  abaixo que representa parte da instalação elétrica de 
gráfico representa CORRETAMENTE a variação da  uma residência. 
corrente i 2 em função de R. 

a)  i 2  d)  i 2 

R  R 
b)  i 2  e)  i 2 

R  R 
c )  i 2


80) (FUMEC) Se estiverem ligados os disjuntores A e G, 
78) (PUC­MG) As afirmações abaixo se referem à lei  pode­se afirmar que funcionarão apenas os aparelhos 
de Ohm. 
a) lâmpadas L 3 e L 4 e TV 
I. A resistência de um condutor ôhmico depende da 
b) ventilador e TV 
diferença  de  potencial  aplicada  em  suas 
extremidades.  c) geladeira e TV 
II. A energia dissipada por um condutor metálico é  d) lâmpadas L 2 , L 3 e L 4 
diretamente proporcional à diferença de potencial  e) geladeira, TV e ventilador 
entre seus extremos. 
81) (FUMEC) Sabendo que as lâmpadas L 1 L 2 , L 3 , L 4 , 
III. Duas resistências iguais, ligadas em paralelo, são 
ligadas  a  uma  fonte  de  tensão  constante.  A  e L 5 têm potência de 60 W cada uma, se fecharmos 
intensidade de corrente em cada uma é maior do  simultaneamente  por  10  minutos,  G,  C  e  C 3  a 
que se as ligássemos em série com a mesma fonte.  energia registrada pelo medidor M será: 
A afirmativa está CORRETA em:  a) 108 KJ  d) 600 KJ 
a) I apenas.  c) III apenas.  e) II e III.  b) 180 KJ  e) zero 
b) II apenas.  d) I e II.  c) 1800 KJ 
Física ­ M3  49 
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82) (PUC­MG) Observe o circuito abaixo, em que A, B,  85) (PUC­MG) Em (a), (b) e (c) as lâmpadas são idênticas 


C e D representam lâmpadas idênticas.  e  suas  resistências  consideradas  constantes.  O 
brilho de cada lâmpada em (b) e (c) é o mesmo que 
C em (a). 

D  A 

B  (a)  (b) 

Se retirarmos a lâmpada C, sem nada colocarmos 
em seu lugar, é CORRETO afirmar: 
a) o brilho da lâmpada A diminui.  (c) 
b) a queda de tensão na lâmpada D aumenta. 
c) a lâmpada B continuará com o mesmo brilho. 
d) a potência dissipada na lâmpada B diminuirá. 
e) a resistência do circuito diminui.  A leitura dos voltímetros V 1 , V 2 , V 3 e V 4 em (b) e (c) 
83) (FUMEC) Uma lâmpada de 60 W, ligada de acordo  é respectivamente: 
com as especificações do fabricante deve dissipar  a) 4V; 2V; 4V; 6V  d) 4V; 4V; 2V; 6V 
a  mesma  energia  que  um  chuveiro  de  3.600  W  b) 2V; 2V; 6V; 6V  e) 4V; 2V; 1V; 3V 
ligado durante 10 minutos. Para tanto, a lâmpada 
deve permanecer acesa durante:  c) 2V; 4V; 4V; 2V 

a) 10 horas.  86) (PUC­MG) Dois aparelhos elétricos, de potências 
b) 3.600 minutos.  600 W e 360 W, formam um circuito, cujo esquema 
está  representado  abaixo.  A  corrente  elétrica 
c) 10 minutos.  assinalada no medidor, em ampères, é igual a: 
d) 3,6 horas. 
a) 5 
e) 2,16 horas. 
b) 8 
84)  (PUC­MG)  No  circuito  abaixo  A,  B,  C  e  D  são  c) 10 
lâmpadas idênticas.  d) 12 
e) 15 
87) (UFMG) Uma residência na qual a voltagem é de 
120V tem um disjuntor que desarma sempre que a 
corrente ultrapassar 30 A. A tabela abaixo mostra 
alguns  aparelhos  eletrodomésticos  que  essa 
residência possui acompanhados da potência de 
cada um. 
Aparelho  Potência 
Chuveiro ...................................... 2400 W 
Se retirarmos a lâmpada C sem nada colocarmos  Ferro  elétrico ............................... 1000W 
em seu lugar, é CORRETO afirmar que:  Geladeira ....................................... 600W 
a) o brilho da lâmpada D aumenta.  Lâmpadas  (04  unidades) .............. 400W 
Televisor ......................................... 100W 
b) o brilho da lâmpada B não se altera. 
O  disjuntor  desarmará  se  forem  ligados,  simul­ 
c) o brilho da lâmpada A diminui.  taneamente, 
d) o brilho das lâmpadas restantes não se altera.  a) o chuveiro, a geladeira, as lâmpadas e o televisor. 
e) o brilho das lâmpadas restantes aumenta.  b) o chuveiro, o ferro elétrico e a geladeira. 
c) o chuveiro, o ferro elétrico e o televisor. 
d) o ferro elétrico, a geladeira, as lâmpadas e o televisor. 

50  Física ­ M3 
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88) (UFMG)  A resistência  de uma lâmpada acesa, de  91)  (FCMMG)  Um  esterilizador  de  instrumentos 


120W para120 V, em funcionamento normal, vale  cirúrgicos  tem  as  seguintes  especificações: 
120V ­ 2.000W. Se sua resistência elétrica queimou­ 
a) 120W d) 1,44 x 10 3 W
se, para que continue com o mesmo aquecimento 
b) 240W e) 60W original, deve­se substituí­la por uma de: 
c) 360W
a) 0,060 W. 
89) (Fac. Direito Milton Campos) Observe os circuitos  b) 7,2 W. 
abaixo:  c) 17 W. 
CIRCUITO I  d) 240 kW. 

92) (PUC­MG) Um condutor é formado por três seções 
cilíndricas  de  mesmo  comprimento  e  raios, 
respectivamente, R, 2R e 3R. 

CIRCUITO II 

Sendo  V AB  a  diferença  de  potencial  aplicada  ao 


conjunto e P 1 , P 2 e P 3 as potências dissipadas em 
cada seção, é CORRETO dizer que: 
a) P1 = P2 = P3 
b) P3 > P2 > P1 
Uma mesma pilha pode ser associada a lâmpadas 
idênticas, conforme mostrado nas figuras acima.  c) P1 > P3 > P2 
A  respeito  das  figuras  apresentadas,  assinale  a  d) P2 > P3 > P1 
única alternativa correta.  e) P1 > P2 > P3 
a) As resistências equivalentes dos dois circuitos  93) (UNA) Abaixo, temos dois circuitos. As pilhas são 
são iguais.  iguais. As lâmpadas também o são. Com relação 
b)  No  circuito  I,  as  lâmpadas  possuem  brilhos  aos mesmos são feitas várias afirmativas, sendo uma 
diferentes.  delas falsa. Qual a opção que a contém? 
c)  No  circuito  II,  a  bateria  vai  descarregar  mais 
rapidamente que no circuito I. 
d) A corrente elétrica tem a mesma intensidade nos 
dois circuitos. 

90) (UNA) A  potência nominal de uma  lâmpada é o 


que ela recebe da fonte e não o que ela fornece. 
Assim,  uma  lâmpada  incandescente  de  100W 
recebe 100W da fonte e fornece 1,5W de brilho; os 
98,5W restantes são dissipados na forma de calor  I  II 
(a ponto de não se poder tocar o bulbo quando a 
lâmpada está acesa após certo tempo).  a)  Em  qualquer  um  dos  circuitos  mostrados,  a 
corrente na lâmpada é a mesma. 
Por isso, pode­se concluir que o rendimento de uma 
lâmpada incandescente, de 100W, é de:  b) No circuito II, a corrente elétrica se mantém por 
mais tempo do que no circuito I. 
a) 0,15% 
98,5W  c) A potência dissipada no circuito II é maior do que 
b) 0,99%  a dissipada no circuito I. 
c) 1,50%  d) No circuito I circula um total de cargas menor do 
d) 82,50%  que no circuito II, até a descarga das pilhas. 
e) 98,50%  e) A energia total dissipada em II é maior do que a 
100W  1,5W
energia total dissipada em I. 

Física ­ M3  51 
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94) (PUC­MG) No circuito da figura, temos as seguintes  97) (PUC­MG) Um voltímetro é ligado diretamente aos 
leituras:  terminais de uma bateria e a leitura é 10,5 V. Uma 
resistência  de  10  ohms  é  ligada  aos  pólos  da 
amperímetro A = 10 A 
bateria.  O  mesmo  voltímetro  ligado  agora  em 
voltímetro V 1 = 15 V  paralelo com a resistência acusa 8,0 V. Isso indica 
voltímetro V 2 = 20 V  que: 

a)  a  corrente  elétrica  é  maior  na  situação  II  e  a 


bateria tem resistência interna não desprezível. 
b)  a  corrente  elétrica  diminui  na  situação  II  e  a 
resistência interna da bateria é desprezível. 
c) a resistência interna da bateria deve ser próxima 
de 10 ohms. 
d) deve haver engano de informações, pois a leitura 
em II deveria ser maior do que 10,5 V. 
A resistência interna r da bateria vale 0,5 W. 
e) a diferença de potencial na resistência R deve 
A leitura do voltímetro V e a força eletromotriz e da 
ser de 2,5 volts. 
bateria são, respectivamente: 
a) 35V e 5,0V  98) (Izabela Hendrix) Numa experiência de eletricidade 
b) 40V e 5,0V  realizada  em  laboratório,  montou­se  um  circuito 
elétrico com uma pilha comum, uma lâmpada de 
c) 35V e 40V  lanterna  e  uma  chave.  A  esse  circuito  foram 
d) 20V e 25V  conectados  um  voltímetro  e  um  amperímetro 
e) 5,0V e 35V  conforme  ilustrado  na    figura  abaixo.  A  tabela 
apresentada  a  seguir  contém  as  leituras  dos 
95) (PUC­MG) O esquema desta questão mostra um  medidores numa primeira situação, em que a chave 
circuito elétrico que possui quatro medidores. Eles  estava aberta, e numa segunda situação, em que 
determinam as leituras em volts e ampères. Das  chave já tinha sido fechada. 
opções abaixo,  a que  possui os  valores corretos 
das leituras é: 
Voltímetro     Amperímetro 
Chave aberta  1,5 V  0 mA 
M 1  M 2  M 3  M 4 
Chave fechada  1,4 V  40 mA 
a  3  2  24  30 
b  1  3  8  36 
c  2  1  16  30 
d  3  2  16  24 
e  2  1  24  36

96)  (PUC­MG) Uma  bateria elétrica  é indicada  para 


automóveis que utilizam 12 volts. Ao realizar o teste 
de  voltagem,  utilizando  um  resistor  de  8,0 W,  o 
fabricante verificou que os terminais acusaram uma 
ddp de 10  volts. Isso significa que  a bateria tem  A resistência da lâmpada e a resistência interna da 
uma resistência interna, em ohms, igual a:  pilha valem, respectivamente: 
a) 0,50  a) 35,0 W e 2,5 W. 
b) 1,0  b) 35,0 W e 3,5 W. 
c) 1,6  c) 37,5 W e 3,8 W. 
d) 2,0  d) 37,5 W e 3,5 W. 
e) 2,5  e) 37,5 W e 2,5 W. 

52  Física ­ M3 
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99) (FCMMG) As figuras 1, 2 e 3 abaixo mostram três  100) (PUC­MG) Quando duas baterias iguais são ligadas 
associações de baterias idênticas. Nos desenhos,  em paralelo, é CORRETO afirmar: 
a parte superior das baterias corresponde aos seus 
a) A resistência interna equivalente fica reduzida à 
pólos positivos. 
metade. 
b) A resistência interna equivalente fica dobrada. 
c) A força eletromotriz fornecida ao circuito dobra 
Fig. 1  V 1  de valor. 
d)  A  força  eletromotriz  fornecida  ao  circuito  fica 
reduzida à metade. 
e)  A  força  eletromotriz  fornecida  ao  circuito  e  a 
resistência  interna  equivalente  não  ficam 
modificadas. 
Fig. 2  V 2 
101) (Newton Paiva) Considere um motor elétrico ligado 
à rede de 127 V. É CORRETO afirmar que 
a) a força contra­eletromotriz  é responsável pelo 
movimento do eixo. 
b) o  aquecimento do  motor só  ocorre quando  há 
carga no eixo. 
Fig. 3  V 3 c)  a  força  eletromotriz  atua  sobre  as  espiras, 
empurrando­as. 
d) a potência do motor só depende da tensão da 
As  associações  produzem  uma  diferença  de  rede e não da corrente. 
potencial V 1 , V 2  e V 3 , respectivamente. Pode­se  e) se o eixo do motor for travado, a corrente que 
afirmar que  circula pelas espiras aumentará. 
a) V 1  < V 2 < V 3 .  c) V 1  < V 3  < V 2 . 
b) V 1  = V 2  = V 3  .  d) V 2  < V 3  < V 1  . 

102) (UFMG) Observe a figura. 

1,5 V 


9,0V 

12,0 V 

5  1,5 V 

Duas pilhas comuns de 1,5 V, uma bateria de 12,0V  e uma pilha de 9,0 V são interligadas por fios condutores. 
A alternativa em que a diferença de potencial entre os pontos indicados está CORRETA é 
a) V 5  ­ V 3  = ­10,5 V 
b) V 2  ­ V 4 = 21,0 V 
c) V 1  ­ V 3 = 13,5 V 
d) V 2  ­ V 5 = 4,5 V 
e) V 1  ­ V 4  = ­22,5 V 

Física ­ M3  53 
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Eletromagnetismo 
103) (Itaúna­MG) A figura mostra a vista de cima de uma sala, onde está indicado o ponto cardeal. Se uma 
bússola for colocada no centro da sala (ponto C), a alternativa que melhor representa a orientação da agulha 
de uma bússola aí colocada é: 
S  N  N              S  S              N  N
a)  b)  c)  d)  e) 
•  L 
N  S  S 

104) (UFMG) Esta figura mostra uma pequena chapa metálica imantada que flutua sobre a água de um recipiente. 
Um fio elétrico está colocado sobre esse recipiente. 

O fio passa, então, a conduzir uma intensa corrente 
elétrica  contínua,  no  sentido  da  esquerda  para  a 
S        N  direita. 
A alternativa que melhor representa a posição da 
chapa metálica imantada, após um certo tempo, é 

a)  i  d) 


S  N 
N

i  e)  i 
b) 

N  S 


c) 

105) (PUC­MG) Sabemos que a intensidade do campo magnético B, criado por um fio retilíneo percorrido por 
uma corrente elétrica, depende, em cada ponto, do valor dessa corrente e da distância desse ponto ao fio. 
Na figura a seguir, está representado um fio condutor,  perpendicular à folha de papel. A corrente i, que 
percorreu o fio, produz, no ponto P 1 , um campo magnético de 2,0 T. O valor de B, no ponto P 2 , é: 


a)  T 
3  B 1 

b) 6,0 T  P 1 


c)  T  d   =  1,0 
9  P 2  d = 3,0 cm 

d) 3 T 
c m 

e) 1,5 T  fio 

54  Física ­ M3 
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106) (UFLA) Um fio longo e reto é percorrido por uma corrente elétrica constante. A intensidade do campo 
magnético produzido pela corrente a 5cm do fio é B. Qual é a intensidade do campo magnético a 10cm do 
fio? 

a) 4B  b)  B 2  c) 2B  d) B  e)  B 4 

107) (UFJF) Considere uma corrente elétrica constante I percorrendo um solenóide finito, conforme mostra a 
figura. Quais das opções abaixo melhor representa a direção do campo magnético no ponto P? 
a)  y  b)  c) 
r  y  y 
• P  B  r 


P  X  P  X  X 


d)  y  e)  y 



X  P  X 

Este enunciado refere­se às questões 108 e 109. 
Essa  figura  mostra  dois  fios  M  e  N,  paralelos,  percorridos  por  correntes  de  mesma  intensidade,  ambas 
saindo da folha de papel. O ponto P está à mesma distância dos dois fios. 

M  N 

•  • 
P• 

108) (UFMG) A opção que melhor representa a direção  109) (UFMG) A alternativa que melhor representa a 
e o sentido corretos para o campo magnético, que  direção e o sentido da força magnética que atua no 
as correntes criam em P, é:  fio  M,  em  virtude  da  ação  do  campo  magnético 
a)  b)  criado pela corrente no fio N, é: 
M  N  M  N  a)  b)  r 
M  F 
•  r  •  •  •  M  • 
B  r 

• 
P•  P•  r 

c)  d) 
c)  d)  r 
M  N  M  N  r  F
F  •  M 
•  •  •  • 
P• r  r  •P 
B  B  M 

Física ­ M3  55 
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r  r 
110) (UFMG) Um elétron entra com uma velocidade  v  em uma região onde existem um campo elétrico  E  e um 
r  r 
campo magnético  B  uniformes e perpendiculares entre si, como mostra a figura. A velocidade  v  é perpen­ 
dicular aos dois campos. 

r  r 
x  E  x  x  B 

V  x  x  x 
Campo magnético entrando no 
x  x  x  plano da folha de papel. 

O elétron não sofre nenhum desvio ao cruzar a região dos campos. 
r  r 
As forças elétrica, F e , e magnética,  F m , que atuam sobre o elétron, nessa situação, são melhor representadas por: 
r  r 
a)  F e  b)  c)  d)  F e 

r  F e 
F m 
r  r 
F e  F m 

F m  r 
F m 

111) (FAFEOD) Um elétron é lançado dentro de um campo magnético cujo fluxo de indução magnética é B = 3,0 
x  10 ­2  tesla,  perpendicularmente  às  linhas  de  indução.  Ao  penetrar  no  campo,  passa  a  descrever  uma 
trajetória circular de raio igual a 2,0cm. Nessas condições, é CORRETO afirmar que: 

Dado: massa do elétron 
m = 9,6 x 10 ­31  kg. 

a) a velocidade de rotação do elétron é constante em módulo e direção. 
b) o módulo da velocidade com que o elétron é lançado dentro do campo magnético é de 1,0 x 10 ­8 m/s. 
c) a força magnética que o campo magnético exerce sobre o elétron tem módulo igual a 5,0 x 10 ­13 N. 
d) não há força magnética atuando sobre o elétron, há apenas força centrípeta. 
e) a velocidade do elétron tende para zero após ficar ele sujeito à ação do campo magnético. 

112) (UFMG) A figura representa um longo fio conduzindo corrente elétrica i. Em um dado instante, duas cargas, 

uma positiva e outra negativa, estão com velocidade  V  uma de cada lado do fio. 



+

–  r 

A configuração que melhor representa as forças do fio sobre cada uma das cargas é: 

a)  b)  c)  d) 

+  + 

56  Física ­ M3 
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113) (UFMG) Observe a figura. 
Nessa figura, dois fios retos e longos, perpendiculares 
entre si, cruzam­se sem contato elétrico e, em cada um 
II  I  deles, há uma corrente i, de mesma intensidade. Na 

figura, há regiões em que podem existir pontos nos quais 
o campo magnético resultante, criado pelas correntes, 
é nulo. 
Essas regiões são: 
i  a) I e II.  d) II e III. 
b) I e III.  e) II e IV. 
III  c) I e IV 
IV 

114) (UFMG) Um feixe de elétrons passa inicialmente entre os pólos de um ímã e, a seguir, entre duas placas 
paralelas, carregadas com cargas de sinais contrários, dispostos conforme a figura. Na ausência do ímã e 
das placas, o feixe de elétrons atinge o ponto O do anteparo. 



II 
e ­ 
III 
IV 
N  Placas  Anteparo 

ím ã 

Em virtude das ações dos campos magnético e elétrico, pode­se concluir que o feixe 
a) passará a atingir a região I do anteparo. 
b) passará a atingir a região II do anteparo. 
c) passará a atingir a região III do anteparo. 
d) passará a atingir a região IV do anteparo. 
e) continuará a atingir o ponto O do anteparo. 

115) (UFMG) Uma partícula carregada negativamente movimenta­se na horizontal, com velocidade constante, 
em uma região próxima à superfície da Terra como mostra a figura. A situação de equilíbrio dessa partícula 
(velocidade constante) é proporcionada por uma força igual e de sentido contrário ao seu peso. 

®
v Se a força que se opõe ao peso da partícula é de origem magnética, 
as  linhas  de  indução  que  indicam  a  direção  e  o  sentido  do  campo 
magnético na região estão indicadas, corretamente, na alternativa: 

a)  b)  c)  d)  X  X  X 


X  X  X 
(horizontal saindo do  (horizontal entrando do 
plano da folha de papel)  plano na folha de papel)
Física ­ M3  5 7 
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116) (PUC­MG) Duas partículas subatômicas P e N são lançadas simultaneamente num campo magnético 

uniforme  B , com a mesma velocidade. Sabe­se que a massa de P é maior que a massa de N e que elas 
têm cargas de sinais opostos e de mesmos módulo. 

II  III  r 
IV  X  B  = campo magnético perpendicular à 
folha do papel, penetrando nela. 
I  V 

São possíveis trajetórias para as partículas P e N, respectivamente: 
a) I e IV  b) I e II  c) III e IV  d) II e V  e) IV e V 

117) (UFOP) Em uma região, onde existe um campo magnético uniforme, são lançadas, normalmente ao campo, 
três partículas com velocidades iguais: um elétron, um próton e um nêutron, de acordo com a figura abaixo. 

Assinale a alternativa onde as trajetórias das partículas estão melhor representadas. 
a)  b)  c)  d)  e) 

118) (PUC­MG) Considere uma carga elética positiva lançada, com velocidade constante, em uma região do 
espaço onde existe um campo magnético uniforme, perpendicularmente às linhas de indução. Sabemos que 
uma  f orça  magnética  aparece  na  partícula,  cujo  módulo  pode  ser  calculado  pela  relação 
F = B q v, em que B = módulo do campo magnético, q = intensidade da carga elétrica e v = velocidade da 
partícula. Sabemos também que é comum utilizar a regra da mão esquerda para representar os vetores F, 
B, e v, em que os dedos, polegar, indicador e médio são esses vetores. Mostramos a seguir quatro combinações 
que podem, ou não, relacionar corretamente essas grandezas. 
Força  Velocidade  Campo Magnético  M 
I.  M  P  N  N 

II.  M  N  P 
III.  P  N  M  P

IV.  N  P  M 
Assinale: 
a) se todas as combinações estão corretas.  d) se apenas as combinações I e III estão corretas. 
b) se todas as combinações estão incorretas.  e) se apenas as combinações II e IV estão corretas. 
c) se apenas as combinações I e II estão corretas. 

5 8  Física ­ M3 
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119)  (Milton Campos­MG) A trajetória  descrita por  um  próton lançado  em um  campo magnético  uniforme, 


paralelamente às linhas de indução do mesmo, é: 
a) circular 
b) elíptica 
c) retilínea  Obs.: Despreze o campo gravitacional 
d) parabólica 
e) helicoidal 

120) (UFLA) Um condutor retilíneo AB é alimentado por uma bateria de força eletromotriz E, conforme mostra a 
figura abaixo. Colocando­se esse condutor entre os polos Norte e Sul de um ímã e fechando­se a chave C, 
o condutor AB 


a) será atraído pelo pólo Norte. 
N  S  b) será atraído pelo pólo Sul. 
E  c) irá se deslocar para cima. 
d) irá se deslocar para baixo. 

e) será atraído e repelido de forma alternada. 

121) (UFMG) A figura  mostra um ímã e um aro circular. O eixo do ímã (eixo x) é perpendicular ao plano do aro, 
(plano yz) e passa seu centro. 


NÃO aparece corrente na espira se ela 

a) deslocar­se ao longo do eixo x. 
x  b) deslocar­se ao longo do eixo y. 
c) girar em torno do eixo x. 
d) girar em torno do eixo y. 

122) (PUC­MG) Na região de uma espira condutora que contém um amperímetro 
de zero central, é criado um campo magnético uniforme em toda a região 
da espira penetrando perpendicularmente o plano do papel, de acordo  A  B 
com o gráfico apresentado abaixo. A corrente que flui de A para B acusa 
uma leitura positiva para a corrente elétrica. Qual dos gráficos abaixo 
pode representar a corrente induzida, em função do tempo, correspondente 
campo 

ao gráfico do campo magnético? 
corrente 

corrente 

a)  b) 
tempo 
tempo  tempo 
corrente 
corrente 

c)  d)  e) 


corrente 

tempo tempo 
tempo 

Física ­ M3  5 9 
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123) (Itaúna­MG) Um ímã é aproximado de uma espira circular, como na figura. 

Nessas condições, aparecerá uma corrente elétrica na espira durante a aproximação porque: 
a) o pólo sul atrai a espira. 
b) o pólo sul repele a espira. 
c) a área da espira está variando. 
d) o fluxo magnético na espira é constante. 
e) há variação do fluxo magnético na espira. 

124) (UFLA) A figura abaixo representa uma espira girando em torno de seu eixo, com velocidade angular constante
v , em um campo magnético. 

N S 

O gráfico que melhor representa a variação da força eletromotriz gerada nos terminais AB, em relação ao 
tempo, é: 

a)  v  b)  v  c)  v 

t  t 

d)  e)

v  v 

6 0  Física ­ M3 
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125) (UFMG) Observe a figura. 


B  X 

tr ilh o  m et áli co 



v 0 

Y
barr a  m etáli ca 

Essa figura mostra um trilho metálico, horizontal, sobre o qual uma barra, também metálica, pode se deslocar 

livremente, sem atrito. Na região onde está o trilho existe um campo magnético B , “saindo” do papel. 

Lançando­se a barra para a direita, com velocidade v 0 , haverá nela uma corrente elétrica: 
a) de X para Y e seu movimento será acelerado. 
b) de X para Y e seu movimento será retardado. 
c) de Y para X e seu movimento será acelerado. 
d) de Y para X e seu movimento será retardado. 
e) de Y para X e seu movimento será uniforme. 

126) (UFMG) Um aro metálico com uma certa resistência elétrica desce um plano inclinado. Em determinado 
trecho, ele passa por uma região onde existe um campo magnético, como mostra a figura. 

Camp o  m agn ét ico   entr and o  no 


plano  da  folha  de  papel 


B

Com relação a essa situação, é CORRETO afirmar que: 


a) nada se pode dizer sobre a influênica do campo magnético no tempo de queda, sem conhecer a resistência 
elétrica do aro. 
b) o campo magnético não influenciará no tempo de descida do aro. 
c) o tempo gasto pelo aro, para atingir a base do plano, é maior do que o tempo que ele gastaria se o campo 
magnético não existisse. 
d) o tempo gasto pelo aro, para atingir a base do plano, é menor do que o tempo que ele gastaria se o 
campo magnético não existisse. 

Física ­ M3  6 1 
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127) (UFMG) Um ímã cilíndrico, com os pólos norte e sul nas posições indicadas na figura, está em frente a um 
circuito constituído de uma bobina e de um galvanômetro G. 


bobina  ímã 

Os três eixos perpendiculares entre si, X, Y e Z, passam no centro geométrico do ímã. O eixo Y coincide com 


os eixos da bobina e do ímã. 
Considere, ainda, as seguintes situações: 
I) o ímã gira apenas em torno do eixo X; 
II) o ímã gira apenas em torno do eixo Y; 
III) o ímã gira apenas em torno do eixo Z. 
O galvanômetro G indicará a presença de uma corrente elétrica: 
a) apenas na situação I. 
b) apenas na situação II. 
c) apenas na situação III. 
d) nas situações I e II. 
e) nas situações I e III. 

As questões 128 e 129 referem­se ao enunciado e à figura seguintes. 

Nessa figura, representa­se um ímã prismático, com  N 
seu pólo  norte voltado  para baixo.  Esse ímã  foi 
abandonado e cai passando pelo centro de uma 
espira circular situada em um plano horizontal.

r  r 
128) (UFMG) Sejam  F ie e  F ei  as forças do ímã sobre a espira e da espira sobre o ímã, respectivamente. Enquanto 
o ímã se aproxima do plano da espira, pode­se afirmar que: 
r  r 
a)  F ie  é vertical para cima, e  F ei  é vertical para baixo. 
r  r 
b)  F ie  é vertical para cima, e  F ei  também é vertical para cima. 
r  r 
c)  F ie  é nula, e  F ei  também é nula. 
r  r 
d)  F ie  é vertical para baixo, e  F ei  é vertical para cima. 
r  r 
e)  F ie  e  F ei  têm direções e sentidos indeterminados. 

6 2  Física ­ M3 
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129) (UFMG) Sejam i 1  e i 2 , respectivamente, as correntes na espira quando o ímã se aproxima e quando se 
afasta dela. 
Sobre as correntes na espira, pode­se afirmar que: 
a) i 1  está no sentido MNP, e i 2 , no sentido MPN. 
b) i 1  está no sentido MPN, e i 2 , no sentido MNP. 
c) i 1  está no sentido MNP, e i 2 , é nula. 
d) i 1  e i 2  estão ambas no sentido MNP. 
e) i 1  e i 2  estão ambas no sentido MPN. 

130) (UFV) A figura abaixo representa uma campainha de corrente contínua e seu respectivo circuito. 

Bob ina 

In t er r u p t o r 
M ol a 
Placa 

Bateri a 

As afirmativas a seguir referem­se ao que ocorre quando o interruptor é acionado. 
I ­ Uma extremidade da bobina fica carregada positivamente, atraindo a placa. 
II ­ A corrente elétrica gera um campo magnético na bobina, que atrai a placa. 
III ­ A corrente elétrica gera um campo magnético na bobina e outro na placa, que se atraem mutuamente. 
Em relação às afirmativas acima, assinale a opção correta: 
a) Apenas II é verdadeira.  d) Todas são verdadeiras. 
b) Apenas I é verdadeira.  e) Nenhuma é verdadeira. 
c) Apenas III é verdadeira. 

131) (UFMG) Esta figura mostra um ímã colocado próximo a uma bobina. 
Todas as alternativas apresentam situações em que aparecerá uma corrente induzida na bobina, EXCETO: 

ímã  Bobina 

a) A bobina e o ímã se movimentam com a mesma velocidade para a direita. 
b) A bobina está em repouso e o ímã se movimenta para a direita. 
c) A bobina está em repouso e o ímã se movimenta para a esquerda. 
d) O ímã está em repouso e a bobina se movimenta para a direita. 
e) O ímã está em repouso e a bobina se movimenta para a esquerda.
Física ­ M3  6 3 
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132) (UFV) Duas espiras, A e B, estão próximas de um fio percorrido por uma corrente I variável. Quando a 
intensidade da corrente aumenta, é CORRETO afirmar que: 

A  B 

a) não aparece corrente induzida em nenhuma das espiras. 
b) aparece uma corrente induzida no sentido horário na espira A e no sentido anti­horário na espira B. 
c) nas duas espiras aparecem correntes induzidas no sentido horário. 
d) aparece corrente induzida apenas na espira B, pois o campo magnético é formado somente no lado 
direito. 
e) aparece corrente induzida apenas na espira A, pois o campo magnético é formado somente no lado 
esquerdo. 

133) (FUNREI) Na figura abaixo está representado um campo magnético de indução  B , penetrando no plano do 

papel, e uma espira retangular, que se move para a direita com velocidade  v , cujo plano é perpendicular às 
linhas de indução. 


B  X  X  X  X  X 

X  X  X  X  X  r 
v
X  X  X  X  X 

X  X  X  X  X 

Nessas condições, é CORRETO afirmar­se que: 


a) será induzida na espira uma corrente elétrica de sentido horário. 
b) será induzida na espira uma corrente elétrica de sentido anti­horário. 
c) será induzida na espira uma corrente elétrica alternada. 
d) não haverá indução de correntes na espira. 

6 4  Física ­ M3 
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134) (Itaúna­MG) Observe as três situações: 
O medidor de corrente elétrica A indica a passagem da corrente elétrica em: 

I ­  II ­  III ­ 


N    S  N    S  N    S 

A  A  A 
O  imã  aproxima­  O ímã  aproxima­  O ímã e a bobina 
se  da  bobina  se  da  bobina  e  a  estão  parados 
bobina do ímã 

a) I e II  b) apenas I  c) apenas II  d) apenas III  e) I, II e III 

135) (PUC­MG) A espira da figura abaixo está no plano do papel. Se um próton for lançado sobre a reta x, no 
sentido indicado, a força magnética que atua na partícula, quando ela passa sobre a espira, está dirigida: 

a) para o Sul. 
x  N 
b) perpendicularmente ao plano do papel, para baixo. 
p +  O  L
c) para o Leste. 
S  d) para o Norte. 
e) perpendicularmente ao plano do papel, para cima. 

136) (PUC­MG) Uma espira condutora que contém um amperímetro de zero central é puxada com velocidade 
constante para a direita, e com isso ela penetra e sai de uma região onde há um campo magnético constante 
perpendicular penetrando o plano do papel. A corrente que flui de A para B acusa uma leitura positiva para a 
corrente elétrica. Qual dos gráficos abaixo pode representar a corrente (eixo vertical) em função do tempo 
(eixo horizontal) para o movimento da espira até sair completamente da região que contém o campo magnético? 

A  B 

a)  b)  c) 

d)  e) 

Física ­ M3  6 5 
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137) (UFMG) A figura mostra um circuito composto de uma bateria e de um reostato (resistor do qual se pode 
variar a resistência). Esse circuito está ao lado de uma espira metálica. 

reostato  bateria 

espira  • P 

•  R
• 

Na espira metálica NÃO haverá corrente elétrica quando: 


a) a espira se deslocar em linha reta na direção do ponto P. 
b) a espira se deslocar em linha reta na direção do ponto Q. 
c) a espira se deslocar em linha reta na direção do ponto R. 
d) a resistência no reostato estiver sendo alterada. 

138) (UFMG) Este diagrama mostra um pêndulo com uma placa de cobre presa em sua extremidade. 

Esse pêndulo pode oscilar livremente, mas, quando a placa de cobre é colocada entre os pólos de um ímã 
forte, ele pára de oscilar rapidamente. 
Isso ocorre porque: 
a) a placa de cobre fica ionizada. 
b) a placa de cobre fica eletricamente carregada. 
c) correntes elétricas são induzidas na placa de cobre. 
d) os átomos de cobre ficam eletricamente polarizados. 
e) os elétrons livres da placa de cobre são atraídos eletrostaticamente pelos pólos do ímã. 

6 6  Física ­ M3 
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139) (PUC­MG) O gráfico representa o fluxo do campo magnético que passa através de uma espira: 
O diagrama que melhor representa a força eletromotriz induzida na espira, em função do tempo, é: 

f (f lu xo )  a)  e b)  e c)  e

0         t 1  t 2  t 0         t 1  t 2  t 0         t 1  t 2  t


0         t 1  t 2  t 
(t em p o )
d)  e e)  e

0         t 1  t 2  t 0         t 1  t 2  t

FÍSICA MODERNA 

140) Um dos mais conhecidos processos de desintegração nuclear pode ser representado pela equação: 
A  A - 4  4 
Z X  ® Z - 2 Y  + 2 P 

Considere, então, como átomo pai o  238 
92 U . 

Leia as afirmativas abaixo: 
I. Durante a desintegração, ocorre a emissão de uma partícula b (beta). 
II. O átomo residual, representado por Y, é o tório (Th). 
III. A partícula emitida tem uma velocidade que varia de 3 x 10 3  km/h até 30 x 10 3 km/h. e possui elevado 
poder de penetração. 
IV. Quando a partícula emitida incorpora dois elétrons, capturados do meio ambiente, transforma­se em um 
átomo de hélio. 
Assinale: 
a) se todas as afirmativas estiverem corretas.  d) se apenas duas das afirmativas estiverem corretas. 
b) se todas as afirmativas estiverem incorretas  e) se apenas três das afirmativas estiverem corretas. 
c) se apenas uma das afirmativas estiver correta. 

141) A idéia básica da fissão nuclear é bombardear os núcleos dos átomos de determinado elemento, usando 
como projéteis partículas subatômicas. Desse bombardeamento resulta a “quebra” dos núcleos alvo com 
emissão de energia. Suponha que o núcleo alvo seja o urânio ­ 235. Sabe­se que em cada fissão de U ­ 235 
são liberados cerca de 200 MeV (cerca de 3,0 x 10 ­11  J) de energia e que, fissionando­se 1 kg de U ­ 235, 
teremos aproximadamente 3,0 x 10 24 fissões. 
Considerando os dados apresentados, o número de lâmpadas de 100W, que poderemos manter acesas, 
durante um ano inteiro, sem interrupções, com a energia liberada pela fissão de 1 kg de U ­ 235, é: 
a) 9,0 x 10 4 
b) 9,0 x 10 13 
c) 2,0 x 10 9  1 ano = 3,0 x 10 7 segundos 
d) 2,0 x 10 17 
e) 3,0 x 10 4 

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142) Há vários mecanismos pelos quais os núcleos radiativos se desintegram. Os três principais são: 
a) desintegração a ; 
b) desintegração b ; 
c) desintegração g . Observe a transformação abaixo: 

226  222  222  *  222 


88 Ra  ® 86 Rn  ® 86 Rn  ® 86 Rn 
1  2 
(*  Radionuclídeo  numa  situação  metaestável) 
Os decaimentos que completam os quadros 1 e 2 são, respectivamente: 
a) 4  0 
2 a;  0 g b) 0  4 
-1 b;  2 a c) 0  0 
-1 b;  0 g d) 4  0 
2 a;  -1 b e) 0  0 
0 g;  -1 b

Na questão 143 são feitas três afirmações, que podem estar corretas ou não. Responda às questões de acordo 
com o seguinte esquema: 
a) se todas as afirmações são corretas. 
b) se todas as afirmações são incorretas. 
c) se apenas as afirmações I e II são corretas. 
d) se apenas as afirmações I e III são corretas. 
e) se apenas as afirmações II e III são corretas. 
143) I ­  No modelo proposto por Rutherford, para a estrutura do átomo, toda a carga positiva e, fundamentalmente, 
toda a massa estariam concentradas em um pequeno espaço chamado núcleo. 
II ­  Segundo Rutherford, o espalhamento das partículas alfa é devido à força de repulsão coulombiana, 
entre a carga positiva dessa partícula e a carga de mesmo sinal, do núcleo. 
III ­ Ainda, segundo a teoria de Rutherford, a partícula alfa não penetra na região nuclear. Desse modo, o 
núcleo e a partícula se comportam como cargas pontuais. 
144) No modelo de Bohr para o átomo de hidrogênio, a energia do átomo: 
a) pode ter qualquer valor. 
b) tem um único valor fixo. 
c) independe da órbita do elétron. 
d) tem alguns valores possíveis. 
As questões 145, 146, 147 se referem às alternativas a seguir: 
a) se apenas as afirmativas I e II forem falsas. 
b) se apenas as afirmativas II e III forem falsas. 
c) se apenas as afirmativas I e III forem falsas. 
d) se todas forem verdadeiras. 
e) se todas forem falsas. 
145) Sobre o efeito fotoelétrico, pode­se dizer que a energia cinética de cada elétron extraído do metal depende: 
I ­ da intensidade da luz incidente. 
II ­ da freqüência da luz incidente. 
III ­ do ângulo de incidência da luz. 
146) A experiência de espalhamento de partículas alfa por uma folha fina de ouro pareceu indicar que: 
I ­ os átomos devem estar concentrados. 
Il ­ as cargas negativas dos átomos devem estar concentradas. 
III ­ as cargas positivas dos átomos devem estar concentradas. 
147) O modelo planetário de Rutherford foi aceito apenas parcialmente porque: 
I ­ os elétrons deveriam perder energia orbitando em torno dos prótons. 
II ­ os elétrons não têm massa suficiente para orbitarem em torno dos prótons. 
III ­ os elétrons colidiriam entre si ao orbitarem em torno dos prótons.

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148) Analise as afirmativas abaixo sobre as partículas alfa, beta e gama, considerando a natureza dessas partículas: 
I ­ Uma partícula alfa em movimento pode ser desviada por um campo magnético perpendicular à sua 
velocidade. 
II ­ Uma partícula beta em movimento pode ser desviada por um campo magnético perpendicular à sua 
velocidade. 
III ­ Uma partícula gama em movimento pode ser desviada por um campo magnético perpendicular à sua 
velocidade. 
Assinale: 
a) se apenas as afirmativas I e II são corretas. 
b) se apenas as afirmativas II e III são corretas. 
c) se apenas as afirmativas I e III são corretas. 
d) se todas as afirmativas são falsas. 
e) se todas as afirmativas são corretas. 

149) Complete as lacunas do trecho com as palavras que, na mesma ordem, estão relacionadas nas opções a 
seguir. 
“A luz quando atravessa uma fenda muito estreita apresenta um fenômeno chamado de 
e isto é interpretado como resultado do comportamento  da luz. Porém quando a luz 
incide sobre uma superfície metálica, elétrons podem ser emitidos da superfície sendo este fenômeno 
chamado  , que é interpretado como resultado do comportamento  da luz.” 
Assinale a opção CORRETA encontrada: 
a) difração, ondulatório, efeito fotoelétrico, corpuscular. 
b) difração, corpuscular, efeito fotoelétrico, ondulatório. 
c) interferência, ondulatório, efeito Compton, corpuscular. 
d) efeito fotoelétrico, corpuscular, difração, ondulatório. 
e) ondas, magnético, fótons, elétrico. 
O enunciado a seguir se refere às questões de 150 a 152. 
No estabelecimento da Teoria Atômica, foram propostos três modelos atômicos que se sucederam, porque 
não conseguiam explicar adequadamente alguns fatos experimentais. Os modelos são conhecidos pelos 
nomes de seus autores: Thomson, Rutherford e Bohr. Três fatos experimentais ajudaram a decidir qual 
deles poderia descrever o átomo de uma forma mais adequada. São eles: neutralidade elétrica, espalhamento 
de partículas alfa e estabilidade da energia orbital dos elétrons. 
Para cada propriedade citada nas questões 150, 151, 152, responda de acordo com o critério a seguir, assinalando 
para cada questão: 
a) somente o modelo de Thomson explicaria. 
b) os modelos de Thomson e Bohr explicariam. 
c) somente o modelo de Bohr explicaria. 
d) os modelos de Rutherford e Bohr explicariam. 
e) todos os modelos explicariam. 

150) Neutralidade elétrica. 

151) Espalhamento de partículas alfa. 

152) Estabilidade da energia orbital dos elétrons.

Física ­ M3  6 9 
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153) O efeito fotoelétrico consiste: 
a) na existência de elétrons em uma onda eletromagnética que se propaga em um meio uniforme e contínuo. 
b) na possibilidade de se obter uma foto do campo elétrico quando esse campo interage com a matéria. 
c) na emissão de elétrons quando uma onda eletromagnética incide em certas superfícies. 
d) no fato de que a corrente elétrica em metais é formada por fótons de determinada energia. 
e) na idéia de que a matéria é uma forma de energia, podendo transformar­se em fótons ou em calor. 

154) A presença de um elemento atômico em um gás pode ser determinada verificando­se as energias dos fótons 
que são emitidos pelo gás, quando este é aquecido. No modelo de Bohr para o átomo de hidrogênio, as 
energias dos dois níveis de menor energia são: 
E 1  = ­ 13,6 eV 
E 2  = ­ 3,40 eV. 
Considerando­se essas informações, um valor possível para a energia dos fótons emitidos pelo hidrogênio 
aquecido é: 
a) ­ 17,0 eV. 
b) ­ 3,40 eV. 
c) 8,50 eV. 
d) 10,2 eV. 

155) Assinale, dentre os itens abaixo, o CORRETO: 
a) a teoria da relatividade de Einstein diz ser possível acelerar partículas massivas, a partir do repouso, até 
velocidades superiores à velocidade da luz. 
b) a energia de um fóton aumenta conforme aumenta seu comprimento de onda. 
c) um elétron, ao ser freado bruscamente, pode emitir raios­X. 
d) um corpo negro, por ser negro, nunca emite radiação eletromagnética. 
e) segundo de Broglie, a luz sempre se comporta como uma onda, e o elétron sempre se comporta como 
uma partícula.

7 0  Física ­ M3 
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a) 4, 5, 11, 13, 21, 22, 23, 31, 32, 41, 43, 44, 46, 50, 51, 53, 54, 56, 57, 71, 77, 81, 82, 83, 85, 88, 95, 97, 
98, 100, 101, 102, 105, 110,114, 116, 119, 129, 130, 131, 133, 134, 135, 137, 142, 143, 146, 148, 149. 

b) 2, 15, 16, 18, 42, 49, 55, 62, 63, 68, 75, 79, 80, 86, 87, 91, 93, 103, 106, 108, 109, 112, 113, 125, 132, 
136, 139, 147. 

c) 1, 3, 6, 12, 14, 19, 24, 27, 29, 33, 35, 36, 37, 38, 40, 48, 60, 65, 66, 73, 74, 76, 78, 84, 89, 90, 94, 99, 
104, 107, 111, 115, 120, 121, 138, 145, 152, 153, 155. 

d) 7, 8, 10, 17, 20, 25, 26, 30, 34, 45, 47, 52, 58, 59, 64, 67, 69, 116, 117, 118, 122, 124, 126, 128, 140, 
144, 151, 154. 

e) 9, 28, 39, 61, 70, 72, 92, 96, 123, 127, 141, 150.

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Anotações

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