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Física
CINEMÁTICA
Conceitos Iniciais
1.1- Introdução ....................................................... 5
1.2- Referencial ...................................................... 5
1.3- Deslocamento e Espaço Percorrido ................ 6
1.4- Velocidade Média ............................................ 7
1.5- Velocidade Escalar Instantânea ...................... 8
1.6- Aceleração Escalar Média ............................... 8
MECÂNICA
Leis de Newton
1 - Introdução ....................................................... 10
2 - Força ............................................................... 10
Vetores
1 - Vetores ............................................................ 29
2 - Composição de Movimentos ........................... 31
Hidrostática
1 - Introdução ...................................................................... 44
2 - Densidade Absoluta ou Massa Específica (d) ................ 44
3 - Pressão (p) ..................................................................... 44
4 - Pressão Hidrostática ...................................................... 45
5 - Teorema de Stevin ......................................................... 45
6 - Experiência de Torricelli ................................................. 46
7 - Princípio de Pascal......................................................... 46
8 - Princípio de Arquimedes ................................................ 46
Gravitação Universal
1 - Introdução ...................................................................... 50
2 - Leis de Kepler ................................................................ 50
3 - Lei da Gravitação Universal ........................................... 51
4 - Aceleração da Gravidade ............................................... 51
5 - Movimento Orbital .......................................................... 52
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Caro VESTIBULANDO,
Você está recebendo o primeiro volume da coleção ITAPECURSOS. Ao todo são
3 livros que irão abranger o programa básico do Ensino Médio: Mecânica, Eletro-
magnetismo, Termologia, Óptica e Ondulatória.
Neste primeiro volume o assunto tratado é a Mecânica. Você terá um capítulo
inicial contendo conceitos introdutórios, tais como referencial, velocidade e acelera-
ção. Logo em seguida, haverá um capítulo contendo Leis de Newton, com tópicos
de Cinemática inseridos. A seguir, os capítulos tratarão da Energia, Hidrostática e
Gravitação Universal.
Optamos por não efetuar uma divisão clara entre Física 1 e 2 para dar maior
adaptabilidade à sua realidade. No entanto, sugerimos dois tipos de divisão:
1™) - Considerando 3 aulas por semana:
Física 1: 2 aulas ⇒ Conceitos Iniciais
Leis de Newton
Hidrostática
Física 2: 1 aula ⇒ Energia
Gravitação
2™) - Considerando 4 aulas por semana:
Física 1: 2 aulas ⇒ Conceitos Iniciais
Leis de Newton
Física 2: 2 aulas ⇒ Energia
Hidrostática
Gravitação
Atenciosamente,
Física - M1 3
Anotações
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CINEMÁTICA
CONCEITOS INICIAIS
1.1 - INTRODUÇÃO
A Física é uma ciência que se preocupa em investigar os fenômenos naturais. Assim, toda vez que você estiver es-
tudando a queda de um corpo ou a formação de um raio em um dia de tempestade, a Física estará presente.
Ao longo dos três volumes desta coleção iremos trabalhar com 4 tópicos, basicamente: Mecânica, Termo-
logia, Eletromagnetismo e Ondulatória. Para uma melhor distribuição destes assuntos, iremos dividi-los da
seguinte forma: Volume 1: Mecânica, Volume 2: Termologia e Ondulatória e Volume 3: Eletromagnetismo.
Começaremos nosso estudo pela Mecânica, que é a parte da Física que estuda os movimentos e as
condições de equilíbrio de um corpo.
Para o estudo da Mecânica, será necessário o conhecimento de alguns conceitos que serão vistos neste
primeiro capítulo.
Vejamos estes conceitos:
1.2 - REFERENCIAL
É um sistema qualquer utilizado para se estudar o movimento de um ou vários corpos. De acordo com o
referencial, poderemos definir o que é movimento, repouso, trajetória e partícula.
a) Movimento e Repouso
Imagine que você está em sua primeira aula de Física e o professor lhe faz a seguinte pergunta:
- Você está em movimento exatamente neste instante?
Talvez sua resposta intuitiva seja NÃO, uma vez que você está fixo em uma carteira, dentro de uma sala de aula.
A pergunta do seu professor soou estranha porque você estabeleceu intuitivamente como referencial um
corpo fixo dentro da sala de aula (por exemplo, o quadro negro, a carteira em que você está assentado ou
um colega). Neste caso, é verdade que, em relação ao referencial escolhido, você está em repouso.
Por outro lado, se você tivesse estabelecido que o Sol é o seu referencial, a sua resposta seria SIM para a
pergunta do professor, pois você viaja pelo espaço (junto com a Terra) ao redor do Sol. Logo, em relação
ao Sol, você está em movimento.
A diferença entre as duas situações é muito clara:
• No primeiro exemplo você não está em movimento, pois a sua posição em relação ao referencial escolhido
não varia em relação ao tempo.
• Já no segundo caso, a sua posição se altera, com o passar do tempo, em relação ao referencial.
Uma pergunta que geralmente deve estar surgindo em sua mente é:
- Mas, na verdade eu estou ou não em movimento?
Não existe uma situação verdadeira e outra enganosa. Você está em repouso em relação ao quadro negro e
está em movimento em relação ao Sol. Na verdade, não existe movimento ou repouso absolutos, ou seja, não
há corpo algum que sempre esteja em movimento ou sempre esteja em repouso, tudo depende do referencial.
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b) Trajetória
Chamamos de trajetória ao conjunto dos pontos ocupados por um corpo em seu movimento. A trajetória que
um corpo qualquer possui depende do referencial adotado.
Imagine um ônibus que se movimenta em linha reta com velocidade constante em relação ao solo. Dentro do ôni-
bus, uma pessoa atira uma moeda verticalmente para cima. A moeda irá cair exatamente na mão da pessoa.
Qual será a trajetória descrita pela moeda?
Observada por qualquer passageiro sentado, a moeda irá de-
screver um movimento retilíneo de subida e descida. Em relação
a um referencial fixo na estrada, a moeda fará dois movimentos: o
movimento vertical observado pelos passageiros e um movimento
de deslocamento horizontal, acompanhando o ônibus.
Assim, para os passageiros (referencial fixo no ônibus), a trajetória da moeda será uma linha reta. Para o
referencial na estrada, a trajetória será um arco de parábola.
c) Partícula
Um corpo qualquer poderá ser considerado uma partícula se as suas dimensões forem desprezíveis em
relação às distâncias envolvidas no processo. Desta forma, um avião pode ser uma partícula em uma viagem
de 1.000 km. O mesmo avião quando estiver dentro do hangar do aeroporto não poderá ser considerado
uma partícula. Neste caso, ele será chamado de Corpo Extenso.
Observações:
A C B
(1m) (8m) (20m)
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a) Deslocamento
Chamaremos de deslocamento de uma partícula ao vetor que liga o ponto inicial ao ponto final da trajetória.
O estudo dos vetores será feito no capítulo 3, por isso nos preocuparemos em estudar somente o valor
deste deslocamento. Numericamente, o deslocamento representa a distância entre os pontos de saída e de
chegada. No esquema acima, o deslocamento será a distância entre os pontos A e C. Assim,
D=8-1=7m
b) Espaço Percorrido
O espaço percorrido por um corpo é definido como sendo o total das distâncias efetivamente percorridas pela
partícula, não importando o sentido do movimento. No exemplo anterior, a partícula percorreu 19 m para a
direita e, logo após, 12 m para a esquerda. Logo, o Espaço Percorrido por ela foi de 31 m.
Observações:
1. Em um movimento em linha reta, sempre no mesmo sentido, o espaço percorrido e o deslocamento
possuem valores iguais.
2. No caso do item anterior, podemos representar o espaço percorrido por
DS = S - S0:
Vm =
espaço percorrido ∆S
Vm =
tempo gasto ⇒ ∆t
a.1) Unidades
Qualquer unidade de distância dividida por qualquer unidade de tempo será unidade de velocidade. Teremos
duas unidades principais para a velocidade.
Se a distância for dada em metros e o tempo em segundos, a velocidade
será medida em metro/segundo (m/s). A outra unidade é o quilômetro/
hora (km/h), muito utilizada em nosso cotidiano.
Para efetuarmos a conversão entre as duas unidades citadas, devemos
utilizar o esquema ao lado.
Observação:
O velocímetro dos carros importados geralmente mostram a velocidade em m.p.h. (milhas por hora). Para
efetuarmos a conversão para o quilômetro por hora, devemos multiplicar a velocidade (em mph) por 1,6
(uma milha é, aproximadamente, 1,6 km).
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1) (UFMG) João, Pedro e Marcos observam um ponto P na borda de um disco que gira em um plano hori-
zontal (ver figura). João se encontra acima do disco, sobre seu eixo, Pedro está no mesmo plano do disco
e Marcos, entre João e Pedro.
As trajetórias do ponto P, observadas por João, Marcos e
Pedro, respectivamente, são melhor apresentadas pelas
figuras da alternativa.
a)
b)
c)
d)
e)
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2) (PUC-MG) Um móvel parte do repouso, de um A escala da figura é 1:20, isto é, cada centímetro
ponto sobre uma circunferência de raio R, e efetua da figura corresponde a 20 cm do tamanho real.
um movimento circular uniforme, gastando 8,0 s O intervalo de tempo entre os dois instantâneos
para completar uma volta. Após 18 s de movi- sucessivos da figura vale 0,25 s. A velocidade
mento, o seu deslocamento tem módulo igual a: média da bolinha, em cm/s, é aproximadamente
igual a:
R
a) c) e) 5.R a) 70 d) 240
2
b) d) 2.R b) 120 e) 280
c) 140
3) (UFMG) Marcelo Negrão, numa partida de vôlei,
deu uma cortada na qual a bola partiu com uma 6) (UFMG) Um automóvel fez uma viagem de 100
velocidade de 126 km/h (35m/s). Sua mão gol- km, sem paradas, e sua velocidade média,
peou a bola a 3,0 m de altura, sobre a rede, e nesse percurso, foi de 60 km/h. Tendo em
ela tocou o chão do adversário a 4,0 m da base vista essas informações, pode-se concluir que
da rede, como mostra a figura. Nessa situação o tempo gasto pelo automóvel para percorrer os
pode-se considerar, com boa aproximação, que primeiros 30 km da viagem foi:
o movimento da bola é retilíneo e uniforme. a) 0,50 h
b) 0,30 h
c) 0,60 h
d) 1,0 h
e) Um valor impossível de se determinar
Considerando essa aproximação, pode-se 7) (UFMG) Numa avenida longa, os sinais de tráfego
afirmar que o tempo decorrido entre o golpe do são sincronizados de tal forma que os carros,
jogador e o toque da bola no chão é de: trafegando a uma determinada velocidade, en-
contram sempre os sinais abertos (onda verde).
a) 1/7 s d) 4/35 s Sabendo-se que a distância entre os sinais
b) 2/63 s e) 5/126 s sucessivos (cruzamentos) é de 200 m e que o
intervalo de tempo entre a abertura de um sinal
c) 3/35 s e a do seguinte é de 12 s, qual a velocidade em
que deve trafegar um veículo para encontrar
4) (UFMG) Uma escola de samba, ao se movimen- sempre os sinais abertos?
tar numa rua reta e muito extensa, mantém um
a) 30 km/h d) 80 km/h
comprimento constante de 2 km. Se ela gasta
90 minutos para passar completamente por b) 40 km/h e) 100 km/h
uma arquibancada de 1 km de comprimento,
c) 60 km/h
sua velocidade média deve ser:
a) 2/3 km/h d) 2 km/h 8) (UFMG) Um corpo é movimentado, em linha reta,
b) 1 km/h e) 3 km/h com aceleração constante. No instante em que
o relógio marca zero, a velocidade do corpo é
c) 4/3 km/h X e, no instante em que o relógio marca Z, a
velocidade é Y.
5) (PUC-MG) A figura abaixo mostra dois in- A expressão CORRETA que permite obter a
stantâneos sucessivos do movimento de uma aceleração desse corpo é:
bolinha que desce rolando uma calha, num a) X + ZY d) (Y - X)/Z
laboratório.
b) Y + ZY e) Z/(Y - X)
c) (X + Y)/Z
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MECÂNICA
LEIS DE NEWTON
1 - INTRODUÇÃO
A partir deste capítulo, vamos estudar a Mecânica. Para isso, devemos conhecer o que é uma força e quais
as suas principais características. Logo a seguir, estaremos conhecendo as leis que regem os movimentos
e suas conseqüências. Por último, faremos um estudo de algumas forças específicas tais como a força de
atrito e a força centrípeta.
Este capítulo é de vital importância para um maior conhecimento da Física de uma maneira geral. Podemos
dizer que serão apresentados os pilares do que, hoje, chamamos de Física Clássica.
Um estudo mais detalhado de Dinâmica começou a ser feito pelo italiano Galileu Galilei e ganhou uma for-
mulação matemática mais coesa nas mãos de Isaac Newton. Apesar de, atualmente, a Física Clássica não
estar em perfeita sintonia com alguns modelos científicos com, por exemplo, a Relatividade e a Quântica,
devemos creditar a ela todo o embasamento para a evolução e o progresso da ciência.
2 - FORÇA
Força é uma interação entre dois corpos capaz de produzir, pelo menos, um dos seguintes efeitos:
• iniciar um movimento;
• parar um movimento;
• variar o valor da velocidade de um corpo;
• desviar a trajetória de um corpo;
• modificar as formas de um corpo.
Podemos notar que os quatro primeiros itens estão relacionados com a variação da velocidade em módulo,
direção ou sentido e o último, com mudanças estruturais no corpo.
A definição de força exige que existam dois corpos. Desta forma, expressões do tipo: “eu tenho a força”
são desprovidas de sentido dentro da Física. O correto seria: “eu posso aplicar uma força de grande inten-
sidade em todos os corpos”.
Observação:
Força é uma grandeza vetorial e, portanto, possui Módulo, Direção e Sentido.
3 - LEIS DE NEWTON
No século XVII, o físico inglês Isaac Newton formulou um conjunto de três leis que governam o movimento
dos corpos. A este conjunto chamamos de Leis de Newton. Vejamos estas leis.
A) 1ª Lei de Newton (Lei da Inércia): Uma partícula qualquer pode estar sujeita a várias forças diferentes,
aplicadas em direções e sentidos distintos.
A 1ª Lei de Newton afirma que se a resultante das forças que atuam em uma partícula for nula, ela estará
em repouso ou em movimento retilíneo uniforme.
As duas situações descritas acima representam que a velocidade da partícula
REPOUSO é constante. Diremos que estas são situações de equilíbrio. Se a partícula
FR = 0 Þ ou estiver em repouso, chamaremos de equilíbrio estático, se ela estiver em
MRU movimento, equilíbrio dinâmico.
A conclusão a que chegamos é que, naturalmente, um corpo parado tende
a se manter em repouso e um corpo que se desloca, tende a se manter em movimento retilíneo uniforme.
Esta propriedade inerente a todos os corpos chama-se inércia.
Podemos medir a quantidade de inércia de um corpo através de sua massa. Assim, um elefante possui muito
mais inércia do que uma formiga.
É por causa da inércia que nós somos projetados para frente quando freamos um automóvel. Em relação à
rua, nós estávamos em movimento e temos, por inércia, a tendência de continuarmos em M.R.U. Quando
iniciamos o movimento do automóvel novamente, temos uma sensação de compressão contra o assento.
Estávamos parados e a nossa tendência era continuar nesse estado.
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MOVIMENTOS RETILÍNEOS
Vamos estudar mais detalhadamente o Movimento Retilíneo Uniforme.
1 - MOVIMENTO RETILÍNEO UNIFORME (M.R.U.)
a) Definição
É todo movimento em que o móvel percorre, em linha reta, espaços iguais em tempos iguais.
Neste tipo de movimento, velocidade escalar instantânea é constante e igual à velocidade escalar média.
Como não há variação da velocidade, a aceleração escalar e a força resultante é sempre nula. Um resumo
destas características está na tabela abaixo:
Trajetória: Reta
M.R.U. Velocidade: Constante
Aceleração: Nula
b) Função Horária
Já que a velocidade escalar instantânea (V) é Imagine um móvel que percorre uma distância
sempre igual à velocidade escalar média (Vm), DS = S - S0 em um intervalo de tempo igual a
podemos escrever: ∆t = t - t0. Vamos convencionar que, no instante
inicial do movimento, o cronômetro marca zero.
Neste caso o instante de tempo inicial será nulo, ou
∆S
Vm = V = seja, t0 = 0. Assim, podemos escrever:
∆t
S − S0
V= ⇒ V. t = S − S0
t
Desta forma, a equação do M.R.U. será dada por: S = S0 + V. t
Que é chamada de função horária dos espaços, pois relaciona a posição (espaço) de um móvel com um
certo instante de tempo.
Na função horária: S = posição do móvel em um instante t
S0= posição inicial do móvel
V = velocidade escalar do móvel
t = instante de tempo.
c) Gráficos
Vamos construir dois tipos de gráficos e estudar as suas propriedades. No M.R.U. é importante conhecermos
os gráficos da posição e da velocidade em função do tempo.
A função horária dos espaços no M.R.U. é do primeiro grau. Logo, o gráfico que relaciona estas duas gran-
dezas será uma reta inclinada em relação ao eixo horizontal. Veja os exemplos.
gráfico A gráfico B
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Repare que no gráfico A, a reta é inclinada para cima. Isto significa que a velocidade do móvel é positiva,
pois as posições da partícula vão crescendo com o passar do tempo. Dizemos que o movimento é progres-
sivo quando isto acontece.
Já no gráfico B, a reta está voltada para baixo, o que significa que a velocidade do móvel é negativa. Neste
caso, o movimento é dito retrógrado.
Em qualquer um dos gráficos, podemos dizer que o ponto de interseção entre a reta e o eixo vertical rep-
resenta a posição inicial do móvel.
Para todo gráfico posição X tempo, vale a seguinte propriedade:
A tangente do ângulo a é numericamente igual à velocidade do móvel.
∆S
=
tg a = ∆t V
Como a velocidade escalar é constante neste tipo de movimento, o gráfico velocidade X tempo será uma
reta paralela ao eixo dos tempos.
V V
t
V>0
V<0
t
Em qualquer gráfico velocidade X tempo, a área sob a curva é numericamente igual ao espaço percorrido
pelo móvel.
V
t
t
B) 2ª Lei de Newton: Esta lei (também chamada de Princípio Fundamental da Dinâmica) nos informa o que
irá acontecer se a força resultante sobre uma partícula não for nula. Newton mostrou que a força resultante
é proporcional à aceleração adquirida pela partícula.
Matematicamente, podemos expressar esta Lei da seguinte forma:
FR = m. a
A força resultante sobre uma partícula é igual à massa multiplicada pela aceleração.
Note que a equação descrita acima é vetorial, o que nos leva a concluir que a força resultante e a acel-
eração sempre terão o mesmo sentido.
Podemos determinar a unidade de força no sistema internacional, utilizando a 2ª Lei.
[FR] = [m] . [a] = kg . m/s2 = newton (N)
Para que se tenha uma idéia, 1 newton de força equivale ao peso de uma pequena xícara de café, aproxi-
madamente.
Uma outra unidade utilizada na prática é o quilograma-força (kgf). A relação entre o newton e o kgf é:
1kgf @ 10 N
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Trajetória: Reta
M.R.U.V Velocidade: Variável
Aceleração: Constante
b) Equações
b.1) Função Horária da Velocidade
No M.R.U.V. a aceleração escalar é constante. Logo, podemos dizer que ela é igual à aceleração escalar
média. Assim:
∆V V − V0
am = a = ⇒a=
∆t t − t0
Considerando t0 = 0, temos:
V − V0 V = V0 + a. t
a= ⇒ V − V0 = a. t
t
Que é chamada de função horária da velocidade, pois relaciona a velocidade de um móvel com um certo
instante de tempo.
Na função horária: V = velocidade do móvel em um instante t
V0 = velocidade inicial do móvel
a = aceleração escalar do móvel
t = instante de tempo.
b.2) Função Horária dos Espaços
Esta função horária irá relacionar a posição de uma partícula em função do tempo. Ela pode ser deduzida a
partir do gráfico velocidade x tempo para este movimento. No entanto, o conhecimento desta dedução não
é relevante neste ponto da matéria. A função é: S = posição do móvel em um instante t
S0 = posição inicial do móvel
a 2 V0 = velocidade inicial do móvel
S = S0 + V0.t + t
2 a = aceleração escalar do móvel
t = instante de tempo.
Existem certos problemas na cinemática em que não se conhece o tempo gasto para um certo movimento
acontecer. Nesses casos você pode calcular a posição da partícula ou sua velocidade criando um sistema
com as duas funções horárias.
Evangelista Torricelli desenvolveu uma equação em que não figura o tempo t, facilitando a solução dos
problemas citados.
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Acompanhe o desenvolvimento.
V − V0 a 2
V - V0 = a.t ⇒ t= (equação 1); DS = V0.t + . t (equação 2)
a 2
Substituindo (1) em (2), temos:
2
V − V0 a V − V0
.
DS = V0 . a + 2 a
a 2
Função dos espaços S = S0 + V0.t + 2 t
Função da velocidade V = V0 + a. t
Equação de Torricelli V 2 = V02 + 2. a. ∆S
c) Gráficos
c.1) Espaço X Tempo
A função horária dos espaços no M. R. U. V. é do 2º grau. Assim, o gráfico S x t será uma parábola.
Note que no gráfico posição versus tempo podemos dade escalar do móvel é negativa. Como a aceleração
descobrir em qual trecho o movimento foi acelerado é positiva (a concavidade da parábola é voltada para
ou retardado. Acompanhe o raciocínio: cima), o movimento será RETARDADO. Já na parte
B do mesmo gráfico, o móvel tem as suas posições
aumentando de valor, o que mostra que a velocidade é
positiva. A aceleração é, também, positiva, o que nos faz
concluir que o movimento é ACELERADO. No ponto C
ocorre uma inversão no sentido do movimento. Isto só
é possível se a velocidade for nula neste ponto.
O mesmo raciocínio pode ser utilizado para se explicar
gráfico 1 gráfico 2 o motivo pelo qual na região D existe um movimento
Na parte A do gráfico 1, percebe-se que as posições RETARDADO, na região E o movimento é ACELERA-
vão diminuindo com o passar do tempo, logo a veloci- DO e no ponto F a velocidade é nula no gráfico 2.
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No M.R.U.V. a aceleração é constante. Dessa forma, o gráfico a x t será uma reta paralela ao eixo horizontal.
Neste tipo de gráfico, a área sob a linha é numericamente igual à variação da velocidade.
Podemos resumir todas as propriedades dos gráficos da cinemática da seguinte forma:
C) 3ª Lei de Newton (Ação e Reação): Quando aproximamos um ímã de um prego bem pequeno, notamos
que o segundo se desloca em direção ao primeiro. Isto nos faz concluir que o ímã atrai o prego. Por outro
lado, se tivermos um ímã bem pequeno e um prego bem grande, iremos notar em uma situação oposta, o
que irá mostrar que existe uma atração do prego sobre o ímã.
A 3ª Lei de Newton nos informa que se um corpo A aplica uma força FAB em outro corpo B, então B irá
aplicar força FBA em A. Estas duas forças (chamadas de par de forças ação e reação) terão as seguintes
características:
• mesma direção;
• sentidos opostos;
• mesmo módulo.
Enquanto as duas primeiras características são de fácil compreensão, a terceira pode nos causar uma certa
estranheza, a princípio. Por exemplo, em uma colisão entre um ônibus e uma bicicleta, esta irá apresentar
estragos muito maiores. Temos que ter cuidado com as conclusões que tiramos a partir das observações
que fazemos. No caso citado, apesar de as forças trocadas entre o ônibus e a bicicleta serem iguais em
módulo, os efeitos produzidos são diferentes. Devemos perceber que a estrutura de uma bicicleta é muito
mais frágil do que a de um ônibus. A mesma força de 10 newtons aplicada sobre uma formiga não irá produzir
o mesmo efeito do que se for aplicada em um elefante.
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Observação:
Normal e Peso não representam um par de forças ação e reação,
pois atuam em um mesmo corpo.
A figura seguinte irá mostrar as forças Peso ( P ), Normal ( N ) e suas respectivas
reações ( P e N ).
Na figura: P : Força de atração da Terra sobre o corpo
P ’:Força de atração do corpo sobre a Terra
N : Força da superfície sobre o corpo
N ’: Força do corpo sobre a superfície
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a) Introdução
A partir de agora, estudaremos o movimento retilíneo que ocorre na vertical. Um corpo sólido qualquer pode
ser abandonado ou lançado próximo à superfície da Terra e efetuar um movimento de subida ou descida.
Veremos que estes movimentos são uniformemente variados.
b) Aceleração da Gravidade
Como já vimos, a Terra gera em torno de si um campo de forças chamado Campo Gravitacional. Todo corpo
aí colocado será atraído para o centro do planeta.
Esta atração faz com que os corpos lançados ou abandonados no campo
gravitacional adquiram uma aceleração que é denominada ACELERAÇÃO
DA GRAVIDADE (g).
Nas proximidades da superfície da Terra, o módulo de g é praticamente
constante. O seu valor é, aproximadamente, 10 m/s2.
Além disso, sabe-se que esta aceleração não depende da massa do corpo.
Assim, dois corpos de massas diferentes, quando abandonados de uma
mesma altura (no vácuo), irão chegar no solo exatamente com a mesma
velocidade e no mesmo instante.
Como a aceleração da gravidade será considerada constante, o estudo dos movimentos verticais será, na
verdade, uma extensão do movimento retilíneo uniformemente variado.
Acompanhe:
As equações do MRUV são: Mas, neste tipo de movimento, a = -g e o espaço S é
uma altura qualquer. Assim:
a 2
t
S = S0 + V0.t + 2 g 2
t
V = V0 + a. t h = h0 + V0.t - 2
V = V0 − g. t
V 2 = V02 + 2. a. ∆S
V 2 = V02 − 2. g. ∆S
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5 - ATRITO ( fa )
Você já deve ter percebido que, em uma corrida de Fórmula 1, os pneus dos carros para dias de chuva
contêm frisos, ao passo que, para os dias de tempo bom, os pneus possuem menos frisos. O motivo dessa
diferença é que, com a pista molhada, o atrito tende a diminuir, sendo necessário um tipo especial de pneu
para que os carros possam efetuar as voltas com um mínimo de segurança.
Da mesma maneira, um tênis de solado liso pode provocar mais quedas do que outro cuja sola é frisada.
A força de atrito está relacionada com esses exemplos e é responsável por uma infinidade de outras situa-
ções cotidianas. Antes de iniciarmos um estudo quantitativo desta força, faremos uma análise qualitativa,
no sentido de entendermos o motivo da existência do atrito.
Por mais polida que uma superficie possa nos parecer, ela apresenta, microscopicamente, inúmeras irregu-
laridades. Imagine, então, que duas destas superfícies irregulares estejam em contato e exista entre elas, um
movimento efetivo ou a tendência de movimento. Podemos concluir que, por causa destas irregularidades,
haverá uma força contrária ao movimento (ou à sua tendência). Esta força será chamada de atrito. Note que,
quanto mais rugosas forem as superfícies em contato, mais intenso será o módulo da força de atrito.
Para podermos encontrar uma fórmula matemática que nos permita calcular o valor desse atrito, vamos
seguir o seguinte raciocínio:
Estamos querendo mover um bloco que está apoiado em uma superfície horizontal.
F
• Inicialmente iremos aplicar uma força 1 , mas o corpo continu-
ará em repouso. Isto pode ser explicado pela força de atrito que
F
está atuando no bloco, no sentido contrário ao da força 1 .
De acordo com a 1ª Lei de Newton: 1 = fa1
F
F
• Agora, vamos aumentar a força aplicada para 2 (F2 > F1). Con-
sidere que, mesmo assim, o corpo continua parado. A explicação
a que podemos chegar é que o atrito também aumentou, tendo,
F
agora, o mesmo valor de 2 .
F
• Iremos, então, aumentar ainda mais o valor da força aplicada, produzindo uma força 3 (F3 > F2 ) Ainda
assim, o bloco permaneceu em repouso. Mais uma vez, a força de atrito teve seu valor aumentado para
fa3 = F3 . Porém, podemos notar que o corpo está quase se
movimentando. Se aumentarmos um pouco mais a força apli-
cada, poderemos colocar o bloco em movimento.
Podemos dizer que, neste caso, o atrito já atingiu o seu valor
máximo.
• A partir desta situação, se aumentarmos um pouco mais a
força, o bloco entrará em movimento.
É interessante notar que, quando o corpo está em movimento,
a força de atrito que sobre ele atua é constante e possui um
valor menor do que o módulo do atrito máximo descrito anteri-
ormente.
A conclusão a que chegamos é que, enquanto o corpo estiver
em repouso, a força de atrito é variável, tendo sempre o mesmo
valor da força que tende a gerar o movimento. Quando o corpo entra em movimento, a força de atrito passa
a possuir um valor constante que é menor do que o atrito máximo que atuava no corpo em repouso.
a) Força de atrito estático: É o nome que damos à força de atrito que atua nos corpos em repouso. De
acordo com o que vimos, este atrito possui as seguintes características:
1. Possui módulo variável – depende da força motriz aplicada.
2. Admite um valor máximo.
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Este valor máximo é proporcional à força normal aplicada sobre o corpo e pode ser calculado pela seguinte
max
expressão: fae = µ e .N
Onde: µ e é chamado de coeficiente de atrito estático e depende da rugosidade das superfícies em contato.
b) Força de atrito cinético: É a força de atrito que atua nos corpos em movimento. Como já vimos, este
tipo de atrito possui um módulo constante. O seu valor é dado por: fac = µ c . N
Onde: µ c é o coeficiente de atrito cinético e também depende da rugosidade das superfícies em contato.
Já que a força de atrito cinético é menor do que a força de atrito estático máximo, podemos admitir que é
mais fácil manter um certo corpo em movimento uniforme do que iniciar o movimento deste corpo. A con-
clusão a que podemos chegar é que, para um mesmo par de superfícies: µ e > µ c
O gráfico da força de atrito em função da força motriz aplicada será, então:
força de atrito
Observação:
me . N
i co A força de atrito em objetos rígidos não depende da área de
tát cinético
es contato entre as superfícies.
força motriz
6 – PLANO INCLINADO
Sabemos, intuitivamente, que é mais fácil elevarmos uma carga qualquer
ao longo de uma rampa do que se a levarmos verticalmente para cima.
Neste item estaremos estudando as rampas que, de uma maneira geral,
chamaremos de Plano Inclinado. A figura seguinte mostra um plano incli-
nado (cujo ângulo de inclinação é igual a q) e um bloco nele apoiado.
Em relação ao estudo dos planos inclinados, teremos duas situações:
com ou sem atrito.
a) Plano inclinado sem atrito: É o caso mais simples, pois atuam so-
mente duas forças sobre o bloco: Peso e Normal. Veja a figura ao lado.
Para que possamos facilitar o estudo do movimento do bloco, devemos
proceder da seguinte forma:
1. Desenhar um sistema de eixos cartesianos, fazendo com que o eixo y co-
incida com a direção da reação normal e o eixo x, com a direção do plano.
2. Efetuar a decomposição do Peso em relação aos eixos citados.
A figura seguinte mostra este procedimento.
Onde: Px = P.senq e Py = P.cosq
A primeira relação que podemos perceber é que a normal é equili-
brada pela componente y do peso, ou seja, N = Py .
No eixo x existe somente a componente Px do peso. Logo, esta
será a força resultante que atua sobre o corpo.
A aceleração a que fica sujeito um corpo qualquer em um plano
inclinado é independente de sua massa. A conclusão a que che-
gamos é que, na ausência do atrito, se dois corpos forem abando-
nados no alto de uma rampa, chegarão ao mesmo tempo (e com
a mesma velocidade) na base do plano, independente de um ser
mais pesado do que o outro.
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Mesmo assim, ocorre uma variação na direção do vetor velocidade. Podemos notar que, em cada ponto, a
velocidade apresenta uma direção diferente.
Conforme já foi visto, a toda variação da velocidade podemos relacionar uma aceleração. Desta forma,
podemos concluir que o Movimento Circular Uniforme possui aceleração.
a
Quando o módulo da velocidade variar, a aceleração será chamada de tangencial ( t ) e é a aceleração que já
estudamos até aqui. Ela recebe este nome porque possui sempre a mesma direção do vetor velocidade.
Porém, se for a direção da velocidade que varia, a aceleração será chamada de centrípeta (
a c ) e tem as
seguintes características:
1 - É sempre perpendicular ao vetor velocidade.
2 - A sua direção é sempre radial, ou seja, a da linha que passa pelo centro da curva.
3 - O seu sentido é sempre para o centro.
Chamamos de aceleração vetorial à soma vetorial entre as acelerações tangencial e centrípeta.
a = a t + ac
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Para calcularmos a velocidade escalar média (que também será chamada de velocidade linear), devemos
efetuar a seguinte operação:
∆S
Vm =
∆t
que irá nos contar qual o espaço percorrido pelo móvel na unidade do tempo.
Porém, podemos também determinar qual é o ângulo descrito na unidade de tempo. A grandeza que irá nos
fornecer esta informação será chamada de velocidade angular (w). A sua expressão matemática será:
∆θ
ϖ=
∆t
E sua unidade no S.I. será:
Todo movimento que se repete em intervalos iguais de tempo é chamado de periódico. O tempo necessário
para que o movimento se repita é denominado Período. No movimento circular, podemos dizer que o Período
é o tempo gasto por um corpo para executar uma volta completa. Qualquer unidade de tempo será, portanto,
unidade do Período.
B) Freqüência
Podemos encontrar, em um movimento periódico, o número de repetições que acontece em uma unidade de
tempo. Fazendo isto, estamos calculando a freqüência deste movimento. Para o movimento circular, dizemos
que a freqüência representa o número de voltas efetuadas pelo móvel na unidade de tempo.
A unidade da freqüência é, no S.I. : voltas por segundo = hertz (Hz)
Outra unidade utilizada é: rotações por minuto = r.p.m.
Para transformarmos estas unidades devemos utilizar a seguinte relação:
x 60
60 :
Observação:
1 1
f= ou T =
T f No movimento circular uniforme, o período
e a freqüência são constantes.
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8 - FORÇA CENTRÍPETA
De acordo com a 2ª Lei de Newton, podemos estabelecer que a acel-
eração centrípeta aparece em decorrência de uma força resultante
aplicada sobre o corpo que executa o M.C.U. Daremos o nome de
Resultante Centrípeta (ou Força Centrípeta) à resultante das forças
que estão sendo aplicadas sobre um corpo na direção radial (ou seja,
na direção que passa pelo centro da trajetória curva). A Força Centrí-
peta terá sempre a mesma direção e o mesmo sentido da aceleração
centrípeta. Veja figura abaixo.
V2
Fc = P - N = m. R
V2
Fc = N - P = m. R
c) Globo da Morte: Vemos, nos circos, uma cena fantástica que se passa no Globo da Morte. Um ou vários
motociclistas efetuam voltas dentro de uma armação de metal e não caem. A mesma situação pode ser
verificada na montanha russa, nos parques de diversão. Quando o motociclista está no ponto mais alto do
globo, as forças que atuam sobre ele são:
Note que, neste ponto, o motociclista aplica, no globo, uma força vertical para
cima e, por isso, a normal sobre o motociclista é vertical para baixo.
V2
Nesta situação, a força centrípeta será: F = P + N = m. R
c
Quanto maior for a velocidade com que o motociclista passa pelo ponto mais
alto do globo, mais intensa será a força normal. Por outro lado, se a velocidade
naquele ponto for pequena, a normal também terá um módulo pequeno. Podemos
estabelecer que a velocidade mínima necessária para que o motociclista consiga
completar a volta está relacionada com uma força normal nula. Assim:
VMIN Þ N = 0 Þ Fc = P
Vmin 2
m. R = m. g Þ VMIN = R. g
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01) (UFMG) Um homem empurra um caixote para a direita, com velocidade constante, sobre a superficie
horizontal.
Desprezando-se a resistência do ar, o diagrama que melhor representa as forças que atuam no caixote é:
a) b) c) d) e)
02) Na tabela seguinte apresentamos as acelerações adquiridas por três corpos A, B e C quando sobre eles
atuam as forças indicadas.
Corpo Força (N) a (m/s2)
Podemos concluir que
A 20,0 1,0
a) mA > mB > mc c) mA > mB = mc
B 10,0 2,0 b) mA < mB < mc d) mA = mB = mc
C 4,0 0,8
03) (UNICAMP) Dois objetos A e B equilibram-se quando colocados em pratos opostos de uma balança de
braços iguais. Quando colocados num mesmo prato da balança, eles equilibram um terceiro objeto C,
colocado no outro prato. Suponha, então, que sobre uma mesa horizontal, sem atrito, uma certa força
imprima ao objeto A uma aceleração de 10 m/s2. Qual será a aceleração adquirida pelo objeto C quando
submetido a essa mesma força?
04) Imagine a seguinte situação:
Um burro se preparava para puxar uma carroça pela primeira vez. De repente o burro se dirige ao con-
dutor da carroça e diz:
– “Se eu puxar a carroça, ela me puxará com força oposta e de mesmo módulo, de tal forma que a força
resultante será igual a zero. Dessa forma, não haverá movimento. Então, eu desisto.”
O que você diria ao burro para convencê-lo de que ele está errado?
05) (UFV) Uma pessoa está sobre uma balança, que se encontra presa ao piso de um elevador. O elevador
está subindo, ao mesmo tempo que sua velocidade está sendo reduzida. Nestas condições, a balança
indicará um valor:
a) maior que o peso real da pessoa. d) que não depende da aceleração do elevador.
b) igual ao peso real da pessoa. e) que depende da velocidade do elevador.
c) menor que o peso real da pessoa.
06) (FUVEST) Um sistema mecânico é formado por duas polias ideais que suportam três corpos A, B e C
de mesma massa m, suspensos por fios ideais como representado na figura. O corpo B está suspenso
simultaneamente por dois fios, um ligado a A e outro a C. Podemos afirmar
que a aceleração do corpo B será:
a) zero d) (2g/3) para baixo
b) (g/3) para baixo e) (2g/3) para cima
c) (g/3) para cima
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07) (UFMG) Duas partículas de massas m e M estão ligadas uma à outra por uma mola de massa desprezível.
Esticando-se e soltando-se a mola de modo que apenas as forças devidas a ela atuam sobre as partícu-
am
las, o cociente da aceleração am, de m e aM, de M, é a = 2.
M
Sabendo-se que M = 1 kg, a massa m é igual a:
a) - 0,50 kg b) zero c) 2 kg d) 0,25 kg e) 0,50 kg
08) (Izabela Hendrix) Um corpo A, cuja massa é de 1 kg, é colocado sobre uma mesa e amarrado a uma
corda. A corda passa por uma roldana e está presa, na outra extremidade, a um pequeno corpo B, cuja
massa é de 0,1 kg (ver figura). As forças de atrito são muito menores do que as forças que atuam sobre
o carrinho, sendo, portanto, desprezíveis.
Ao ser puxado desta maneira, concluímos corretamente que o corpo A:
a) permanece em repouso, porque a força com que o corpo B o
puxa é menor do que o seu próprio peso.
b) se move com velocidade constante (movimento uniforme),
porque a força que atua sobre ele é constante.
c) se move com aceleração constante (movimento uniformemente
acelerado), porque a força que atua sobre ele é constante.
d) se move com aceleração constante (movimento uniforme-
mente acelerado), porque a força que atua sobre ele aumenta
constantemente.
e) tem uma pequena aceleração no início, mas depois prossegue
com velocidade constante.
09) (PUC-MG) Um corpo de peso P = 200 N está em repouso sobre a superfície plana e horizontal de uma
mesa. O coeficiente de atrito estático entre a mesa e o corpo vale 0,3. Aplica-se, sobre o corpo, uma
força F = 50 N. paralela à superficie da mesa. O corpo se mantém em repouso. Nessas condições, é
CORRETO afirmar que a força de atrito vale:
a) 15 N b) 60 N c) 40 N d) 80 N e) 50 N
10) (PUC-MG) Um corpo de peso 200 N está inicialmente em repouso sobre uma superficie horizontal. Os
coeficientes de atrito estático e cinético entre o corpo e a superficie são, respectivamente, 0,6 e 0,4.
Aplica-se sobre o corpo uma força de módulo F, também horizontal. Dos valores de F, indicados abaixo,
em newtons, assinale o mínimo valor que garante ao corpo obter movimento:
a) 80 b) 110 c) 90 d) 130 e) 10
Nessa figura, está representado um bloco de 2,0 kg sendo pressionado contra
uma parede com uma força F . O coeficiente de atrito estático entre esses corpos
vale 0,5 e o cinético, 0,3. Considere g = 10 m/s2.
11) (UFMG) Se F = 50 N, então a reação normal e 12) (UFMG) A força mínima F que pode ser aplicada
a força de atrito que atuam sobre o bloco valem, ao bloco para que ele não deslize na parede é
respectivamente,
a) 10 N
a) 20 N e 6,0 N b) 20 N
b) 20 N e 10 N c) 30 N
c) 50 N e 20 N d) 40 N
d) 50 N e 25 N
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14) (PUC-MG) Com base na tabela, a aceleração provocada pela força F, no carrinho, em m/s2, é igual a:
a) 2 b) 3 c) 5 d) 8 e) 10
15) (PUC-MG) Com a finalidade de verificar a precisão do resultado obtido, o aluno mediu o ângulo A e
constatou que seu valor era muito próximo de 30°. Sabendo-se que sen 30° = 0,500 e cos 30° = 0,866,
ele concluiu, corretamente, que:
a) o valor da aceleração não depende do ângulo.
b) para o ângulo medido, a aceleração é de 10 m/s2.
c) a determinação do ângulo não serve para aferir o resultado da experiência.
d) o resultado da experiência foi satisfatório.
e) os erros, cometidos durante o procedimento, determinaram um resultado inaceitável.
16) (UFMG) Quando um carro se desloca numa estrada horizontal, seu peso P é anulado pela reação normal N
exercida pela estrada. Quando esse carro passa no alto de uma lombada, sem perder o contato com a pista,
como mostra a figura, seu peso será representado por P e a reação normal da pista sobre ele por N .
17) (UFMG) Seja P o ponto mais alto de um “looping” em uma montanha russa. Imagine um carrinho que
passa pelo ponto P e não cai. Pode-se afirmar que, no ponto P
a) a força centrífuga que atua no carrinho o empurra sempre para a frente.
b) a força centrípeta que atua no carrinho equilibra o seu peso.
c) a força centrípeta que atua no carrinho mantém a sua trajetória circular.
d) a soma das forças que o trilho faz sobre o carrinho equilibra o seu peso.
e) o peso do carrinho é nulo nesse ponto.
18) (Univ. Rio de Janeiro) - Dois blocos A e B, cujas massas são mA e mB (mA menor que mB),unidas por
uma barra ideal deslizam com atrito desprezível sobre um plano inclinado no Laboratório.
Sendo a resistência do ar desprezível, nas condições desta experiência, o que podemos afirmar sobre
a tensão na barra?
a) a tensão é nula.
b) a barra está comprimida, sendo sua tensão proporcional a mB - mA.
c) a barra está comprimida, sendo sua tensão proporcional a mB + mA.
d) a barra está distendida, sendo sua tensão proporcional a mB - mA.
e) a barra está distendida, sendo sua tensão proporcional a mB + mA.
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19) (UFMG) Duas esferas se movem em linha reta 22) (UFMG) O gráfico abaixo representa a posição
e com velocidades constantes ao longo de uma de uma partícula que se movimenta em linha
régua centimetrada. Na figura estão indicadas reta em função do tempo.
as velocidades das esferas e as posições que De acordo com a análise do gráfico, podemos
ocupavam num certo instante. afirmar que a velocidade da partícula no instante
60 s vale, em m/s:
a) 5,0
b) 10
c) 15
d) 20
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25) (PUC-MG) Um trem desloca-se entre duas esta- 29) (PUC-MG) Um carro, em movimento, encontra-
ções por uma ferrovia plana e retilínea. Ele parte se a uma distância D de um sinal de trânsito, que
do repouso e acelera 0,5 m/s2 durante 40 s. Em indica trânsito impedido. A partir desse instante,
seguida, mantém a velocidade constante durante o seu movimento é descrito pelo gráfico abaixo.
120 s, para então ser freado com aceleração de É correto afirmar:
módulo 0,5 m/s2 até parar. O gráfico que melhor
representa o movimento do trem é:
a) b)
c) d)
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32) (CESGRANRIO) Uma torneira deixa pingar 35) (PUC-MG) A figura seguinte representa uma
gotas de água em intervalos iguais de tempo. A polia girando em torno do seu eixo O.
figura mostra quatro dessas gotas e as distân-
cias entre elas.
4
30 cm Desprezando-se a resistência -----•---•
3 do ar, podemos afirmar que a A B
50 cm distância (h) entre a gota 1 e
2
a gota 2 vale:
h
1 Os pontos A e B mostrados têm velocidades
VA e VB. A opção que apresenta a relação cor-
a) 20 cm c) 70 cm e)90 cm reta entre v, w e R é:
b) 60 cm d) 80 cm a) VA < VB e wA > ωB
33) (UFMG) Um pequeno objeto arremessado da VA R A
extremidade de uma mesa, com uma velocidade =
VB R B
inicial horizontal, cai sob a ação apenas da força b) e wA = wB
da gravidade. Sobre o movimento desse objeto, c) VA > VB e wA = wB
é correto afirmar:
d) VA wA = VB wB e RA = RB
a) não possui nem aceleração centrípeta nem
aceleração tangencial, porque são anuladas e) VA > VB e wA > wB
pela aceleração da gravidade.
36) (PUC-MG) Uma partícula descreve uma trajetória
b) possui aceleração centrípeta e aceleração circular com velocidade escalar constante de
tangencial, porque variam tanto o módulo 30 m/s. O raio da circunferência é de 100 m.
quanto a direção de sua velocidade. A aceleração vetorial da partícula:
c) possui apenas aceleração centrípeta, porque a) é dirigida para o centro.
somente a direção de sua velocidade sofre
b) é nula.
variação.
c) é paralela ao vetor velocidade.
d) possui apenas aceleração centrípeta, porque
somente o módulo de sua velocidade sofre d) é tangente à trajetória.
variação.
e) tem por módulo 0,3 m/s2.
e) possui apenas aceleração tangencial, porque
a direção de sua velocidade sofre variação. 37) (PUC-MG) Um menino gira uma pedra presa
à extremidade de um barbante, em um M.C.U.
34) (UFMG) As figuras a seguir representam as com velocidade angular de 16 rad/s. e raio igual a
posições de quatro partículas medidas em iguais 50 cm. Em certo momento, o barbante se rompe
intervalos de tempo. e a pedra é lançada verticalmente para cima.
A altura máxima que a pedra atinge, acima do
ponto de lançamento, é de:
I
a) 0,4 m c) 2,4 m e) 4,0 m
II
III
b) 1,6 m d) 3,2 m
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VETORES
1 - VETORES
b) Vetor
Para que possamos representar geometricamente uma grandeza
vetorial, vamos utilizar um ente matemático chamado vetor. O vetor
é um segmento de reta orientado como o mostrado na figura.
A inclinação do vetor (ângulo a) determina a direção da gran-
deza que ele representa, a seta representa o sentido e o ta-
manho é proporcional ao módulo da grandeza. Utilizamos uma
letra do alfabeto afetada por uma seta sobre a mesma para
representarmos um vetor.
Para representar-
mos o módulo de um vetor, utilizaremos a seguinte notação:
a a
ou
Observação:
a = 5
1 - É um grande erro escrever a = 5 . O correto seria ou a = 5 .
2 - Um vetor tem uma origem e uma extremidade.
3 - Somente poderemos dizer que dois vetores são iguais quando eles possuírem mesmo módulo, mesma
direção e mesmo sentido.
c) Adição de Vetores
c.1) Método do Polígono
Imagine que queiramos somar os três vetores Pelo método do polígono, vamos enfileirando os ve-
abaixo. tores, tomados ao acaso, fazendo coincidir a origem
de um vetor com a extremidade do anterior. Veja:
Física - M1 29
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O vetor soma (ou resultante) terá origem na origem do primeiro e extremidade na extremidade do último
vetor.
Apesar de este método ser gráfico, podemos identificar o módulo do vetor resultante.
c.2) Método do Paralelogramo
Este método somente pode ser empregado para Inicialmente devemos fazer coincidir as origens dos
se somar vetores dois a dois. Vamos somar os dois dois vetores.
vetores da figura seguinte:
Note que os dois vetores formam entre si um ângulo q. O vetor soma (resultante) terá origem na origem
A partir da extremidade de um dos vetores, traçamos comum dos dois vetores e extremidade no encontro
uma reta paralela ao outro. das paralelas traçadas.
Observações:
1 - Quando q = 0º :
Vetores com mesma direção e sentido.
3 - Quando q = 90º :
R=a+b
Esta é a maior resultante entre dois vetores. R = a2 + b2
2 - Quando q = 180º :
Vetores com mesma direção e sentidos opostos. Vetores perpendiculares entre si.
R = a - b (se a > b)
Esta é a menor resultante entre dois vetores.
d) Subtração de Vetores
30 Física - M1
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e) Decomposição de Vetores
Anteriormente, através da soma ou composição, obtínhamos um único vetor a partir de dois outros. Agora,
pela decomposição, a partir de um vetor podemos obter dois outros.
Estudaremos a decomposição de um vetor em componentes ortogonais.
Seja um vetor v inclinado de um ângulo a em relação à horizontal, como mostra a figura.
Para efetuarmos a decomposição do vetor v devemos, inicialmente, traçar um sistema de eixos cartesianos
de tal forma que a sua origem coincida com a do vetor.
Da extremidade do vetor v desenhamos duas retas, uma
paralela ao eixo x e outra paralela ao eixo y.
As interseções entre as retas desenhadas e os eixos car-
tesianos determinam as componentes ortogonais do
vetor v .
Podemos entender estas projeções como sendo “pedaços”
do vetor v desenhados nos eixos cartesianos.
Os módulos destas componentes são: VY
sen α = ⇒ VY = V. sen α
V
V
cos α = X ⇒ VX = V.cos α
V
2 - COMPOSIÇÃO DE MOVIMENTOS
Sabemos que o movimento de um corpo deve ser estudado em relação a um
determinado referencial. É possível que o mesmo movimento seja visto por
dois referenciais em situações diferentes.
Imagine o caso de um trem em movimento uniforme sobre uma estrada retilínea
com uma velocidade v (em relação à Terra). Dentro do trem, uma partícula se
desloca obliquamente com uma velocidade u (em relação ao trem). A figura
mostra uma visão superior do fenômeno.
a) Travessia de Rios
Um caso em que a composição de velocidades é aplicada é o de travessia de
rios. Observe a figura ao lado:
V
Na figura: c = velocidade da correnteza (em relação à Terra).
Vb = velocidade própria do barco (em relação à água).
Física - M1 31
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Queremos encontrar a velocidade do barco em relação à Terra. Para isso, basta efetuarmos a soma
V = Vc + Vb .
A velocidade própria do barco deve ser orientada de tal forma que a travessia
seja perpendicular às margens.
A componente da velocidade própria do barco na direção da correnteza
tem o mesmo valor que Vc . Assim, a velocidade resultante em relação às
margens será igual à componente da velocidade própria do barco na direção
perpendicular às margens.
O tempo gasto na travessia (sendo L a largura do rio) será: L
t=
V
Observações:
1 - Quando o barco simplesmente desce o rio (viaja a favor da correnteza), a sua velocidade resultante
será V = Vb + Vc .
2 - Para o barco que sobe o rio (viaja contra a correnteza), a sua velocidade resultante será V = Vb − Vc
32 Física - M1
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1) (UCS) Uma pessoa sai de sua casa e percorre 5) Um barco, com velocidade v , quer atravessar
as seguintes distâncias em qualquer ordem um rio, cuja velocidade da correnteza é u . Su-
possível: ponha v > u. Sobre este movimento podemos
I) 30 metros para leste; afirmar:
II) 20 metros para norte; a) o tempo de travessia será mínimo se o barco
III) 30 metros para oeste. orientar-se de tal maneira que a travessia se
No final das três caminhadas, a distância a que faça normalmente às margens.
ela se encontra do ponto de partida é: b) conforme a orientação do barco, a com-
ponente de sua velocidade resultante, na
a) 80 m c) 20 m e) 60 m direção normal às margens, poderá ser
b) 50 m d) 40 m superior a v.
c) conforme a orientação do barco, a com-
2) Qual é a relação correta entre os vetores M , N , ponente de sua velocidade resultante, na
P e R , representados a seguir? direção da corrente, poderá ser nula.
d) quando o barco orienta sua velocidade v
normalmente às margens, ele vai percorrer o
menor caminho possível na travessia.
e) a maior velocidade resultante que o barco
conseguirá dar-se-á quando ele se orientar
normalmente às margens.
Física - M1 33
34 cor preto
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8) Um navio desloca-se na direção norte-sul com movimento retilíneo e uniforme de velocidade 10 m/s. Um
passarinho, pousado numa das paredes do navio, levanta vôo na direção leste-oeste, com velocidade
constante de 20 m/s, em relação ao navio. Para um observador parado, no navio, o pássaro:
9) (Taubaté) Um homem cai, à velocidade de 10 m/s, sobre um vagão de trem que corre à velocidade de
72 km/h (veja a figura seguinte).
Qual dos vetores abaixo melhor representa a velocidade do homem em relação ao vagão?
a) b) c)
d) e)
34 Física - M1
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O Momento Resultante terá o valor encontrado no item E e o seu sentido (horário ou anti-horário) será igual
ao sentido do momento total maior.
3 - CONDIÇÕES DE EQUILÍBRIO
Um corpo extenso que possui um momento resultante diferente de zero, apresentará um movimento de
rotação em que o módulo da velocidade varia. Já vimos que a intensidade desse momento resultante é o
módulo da diferença entre o momento total no sentido horário e o momento total no sentido anti-horário.
Para que um corpo extenso qualquer fique em equilíbrio estático é necessário que ele não possua movi-
mento nem de translação, nem de rotação. As duas condições de equilíbrio podem, então, ser expressas
da seguinte forma:
1ª) FR = 0
2ª) MR = 0
01) (UFV) Uma pessoa pretende utilizar um pé-de- 02) (UFV) Uma carga de 450 N está presa a uma
cabra para arrancar um prego. Dos cinco vetores roldana por meio de uma corda, conforme mostra a
representados na figura, o que corresponde à figura seguinte. A força, P, necessária para manter o
menor força necessária à tarefa é: braço, AB, na posição horizontal, em Newtons, é:
a) F2 a) 150
b) 1350
b) F1
c) 450
c) F3 d) 300
e) 900
d) F5
e) F4
36 Física - M1
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03) (UFMG) A figura mostra duas cargas positivas, Q e Qx, de massas desprezíveis colocadas sobre os
braços de mesmo comprimento de uma balança
nas distâncias indicadas. A balança está em uma região
onde existe um campo elétrico uniforme E na direção mostrada.
Para que a balança fique em equilíbrio na horizontal, pode-se afirmar que o valor de Qx, será igual a:
a) Q/3
b) Q
c) 3Q
d) 9Q
05) (PUC-MG) Uma lanterna, de peso P, está presa a um sistema, constituído por uma corrente e uma haste,
presas a uma parede, como mostra a figura. O ângulo entre a corrente e a parede vale 45°. Considerando
a lanterna em equilíbrio, o valor da força F que atua na haste é:
2
sen 45 o = c os 45 o = a) 2P d) P
2
P
45 o
b) 2.P e) 2
P 2
c) 2
06) (MACKSP) Na figura abaixo, os fios e as polias são ideais; AB é uma barra homogênea, tem secção
transversal constante e seu peso é de 10 N. A relação entre os pesos dos corpos X e Z, respectivamente
PX e PZ, que fazem com que a barra AB fique em equilíbrio
segundo a horizontal, é:
a) PX = (7/10).PZ d) PX= 3 PZ
b) PX = PZ e) PX = 7 PZ
Z
c) PX= (10/7).PZ
X Y
Física - M1 37
38 cor preto
Tecnologia ITAPECURSOS
2 – TRABALHO (W. t)
O motor de um carro, através da queima do combustível nos pistons, consegue aplicar uma força no
automóvel que, por sua vez, produz um certo deslocamento. Note que existe transformação de energia
– a energia química armazenada no combustível se transforma em energia de movimento para o carro.
A medida desta transformação de energia será definida como sendo o trabalho realizado pelo motor.
A geração de energia elétrica em usinas hidrelétricas é um outro exemplo muito conhecido que pode ser
citado. A água armazenada na represa possui energia. Quando ela desce pela tubulação da usina, faz
girar o dínamo e, através deste processo, a energia elétrica será gerada.
Os dois processos citados serão estudados com mais detalhes nos capítulos sobre Termodinâmica e
Eletromagnetismo, respectivamente.
A partir deste ponto, vamos definir matematicamente
o trabalho. A próxima figura mostra um bloco que
F
sofre a ação de uma força constante inclinada em relação ao deslocamento.
O trabalho realizado pela força F é:
W = F.d.cosq
Note que, para uma força realizar trabalho é necessário
que haja deslocamento e, além disso, a força deve ter uma
componente na direção do deslocamento (a força não pode
ser perpendicular ao deslocamento).
Portanto, uma pessoa que passe o dia inteiro segurando uma pedra a 2,0 metros de altura não realiza
trabalho algum. Mesmo se esta pessoa transportar a pedra, na horizontal, com velocidade constante, o
trabalho será nulo, uma vez que a força aplicada é vertical e o deslocamento horizontal
A unidade do trabalho no S.l.: [W] = [F] . [d] = N . m = joule (J)
Observação:
A unidade do trabalho é a mesma de qualquer forma de energia, já que, conceitualmente, o trabalho
representa a medida da transformação da energia.
38 Física - M1
39 cor preto
Tecnologia ITAPECURSOS
V − 2
V02
Substituindo na expressão do trabalho, W = m. m. V 2 m. V02
2
Que irá resultar na seguinte relação: WFr = DEc = 2 - 2
O trabalho da força resultante sobre um móvel é igual à variação da sua energia cinética.
Física - M1 39
40 cor preto
Tecnologia ITAPECURSOS
b) Energia Potencial (Ep): Quando a energia está acumulada em um certo corpo, ela recebe o nome de
potencial. Assim, temos energia potencial elétrica, química, magnética, etc. Podemos estabelecer que para
toda força conservativa haverá uma energia potencial a ela relacionada.
Vamos estudar as formas de energia potencial mecânica. Existem duas situações que irão nos interessar: energia
potencial gravitacional (relacionada com a força peso) e energia potencial elástica (relacionada com a força elástica).
b.1) Energia Potencial Gravitacional: Imagine que um corpo foi levado do solo até uma certa altura h.
Nesta situação, podemos dizer que este corpo possui uma certa
energia guardada (potencial), uma vez que o seu peso é capaz de
realizar um trabalho para trazê-lo de volta ao solo. Na verdade, esta
energia foi acumulada pelo corpo por causa do trabalho realizado
para colocá-lo na altura h.
A energia potencial gravitacional é igual ao trabalho realizado pelo
peso durante o deslocamento da altura h até o solo (que será o nosso
nível de referência).
Epg = WP = P.h
Epg = m.g.h
b.2) Energia Potencial Elástica: Uma mola deformada é capaz de empurrar um certo bloco. Note que, neste
caso, a mola irá aplicar uma força no bloco que produzirá um deslocamento. Logo, esta mola, quando estiver
comprimida ou distendida, será capaz de realizar um trabalho. Isto significa que ela possui uma energia
acumulada. Esta energia chamaremos de energia potencial elástica.
De maneira semelhante ao que ocorre com a gravitacional, a energia potencial elástica é igual ao trabalho
realizado pela força elástica para voltar à posição inicial.
k. x 2
Epe =
2
c) Energia Mecânica ( EMEC): Como já vimos, a energia mecânica é a soma das energias cinética e potencial, ou seja:
EMEC = Ec + Ep
40 Física - M1
41 cor preto
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01) (CESCEA) Um corpo A de peso P escorrega com atrito num plano inclinado, com aceleração a diferente
de zero. Que forças realizam trabalho?
a) a componente da força peso ao longo da trajetória e a de atrito
b) somente a força peso
c) somente a força de atrito
d) nenhuma, pois se equilibram
e) a reação normal do plano sobre o corpo
02) (PUC-MG) Um corpo de massa 0,20 kg preso por um fio gira em movimento circular uniforme de raio 50 cm sobre
uma superfície horizontal lisa. O trabalho realizado pela força de tração do fio, durante uma volta completa, é:
a) zero b) 6,3 J c) 10 J d) 1,0 J e) 31 J
03) (Santa Casa) Para as questões I e II relacione cada um dos gráficos dados a seguir com o que se es-
tabelece em cada um dos itens:
I – trabalho de uma força constante em função do deslocamento efetuado na direção e sentido da
força.
II – trabalho de uma força de intensidade constante para um dado deslocamento em função do ângulo
que a referida força forma com a direção e sentido do deslocamento a partir do ângulo igual a zero.
a) b) c) d) e)
04) (UFV) Uma bomba eleva 18 000 litros de água por hora a uma altura de 20 metros. A massa de um litro
de água é um quilograma: suponha g = 10 m/s. A potência da bomba em watts, é:
a) 1,8 x 104 b) 1,8 x 105 c) 1,0 x 102 d) 1,0 x 103 e) 3,6 x 103
05) (PUCMG) A figura desta questão mostra um 06) (UFMG) Atlra-se uma bola vertlcalmente para cima.
corpo de massa igual a 6,0 kg e velocidade 10 m/ A bola sobe e desde caindo no mesmo ponto de
s, instantes antes de penetrar em uma região de onde foi lançada. Desprezando-se o atrito com o
comprimento 5,0 m onde o coeficiente de atrito ar, pode-se dizer que:
cinético vale 0,6. A energia cinética do móvel ao
a) energia cinética da bola é ¼ da energia cinética
deixar a região, em joules, é igual a: inicial quando ela, na subida, atinge a metade da
altura máxima.
a) 80
b) a energia cinética da bola é a mesma, tanto na
b) 120 subida quando na descida, quando ela estiver na
c) 160 metade da altura máxima.
d) 180 c) a energia cinética da bola é máxima quando ela
e) 200 atinge o ponto mais alto da sua trajetória.
d) a energia potencial da bola é máxima no ponto de
partida.
07) (PUCMG) A figura desta questão mostra duas rampas ideais e dois corpos de massa m e 2m, inicialmente
em repouso. Se eles são abandonados simultaneamente,é correto afirmar que:
a) atingem a base, ao mesmo tempo.
b) possuem a mesma aceleração ao descerem as rampas.
c) alcançam a base da rampa com a mesma velocidade escalar.
d) possuem a mesma energia potencial que antes de serem
abandonados.
e) têm a mesma energia cinética ao chegarem à base.
Física - M1 41
42 cor preto
Tecnologia ITAPECURSOS
08) (PUCMG) Comprime-se uma mola de constante elástica K, através de uma esfera de massa m, produz-
indo-se uma deformação x. Abandonando-se o sistema, a esfera atinge uma altura h na rampa. Provo-
cando-se uma deformação 2x na mola, a nova altura atingida pela esfera na rampa será igual a:
Dado: Despreze todas as formas de atrito.
a) 2h b) h/2 c) 1,41h d) 4h e) h
09) (UFV) Uma bola de massa m abandonada a partir do repouso de uma altura h, colide com o solo a uma
altura h2. Sendo g a aceleração da gravldade, a energia dissipada devido à colisão e ao atrito com o ar é:
a) mg (h1 - h2) b) [mg (h1 - h2)]/ 2 c) [mg (h1 + h2)]/ 2 d) mgh2 e) mgh1
10) (UFMG) Em todas as alternativas a conversão de energia especificada para a situação descrita está
correta, EXCETO em:
a) um ciclista desce uma rampa em movimento uniforme: energia potencial gravitacional converte-se
em energia cinética.
b) um motorista freia subitamente o carro, levando-o ao repouso: energia cinética converte-se em energia
interna (térmica).
c) um objeto é lançado de baixo para cima: energia cinética converte-se em energia potencial gravitacional
d) um carro põe-se em movimento pelo funcionamento do motor: energia térmica da combustão da
gasolina converte-se em energia cinética.
e) uma mola distendida por um peso nela suspenso: energia potencial gravitacional converte-se em
energia potencial elástica.
11) (UFMG) A figura representa um escorregador, onde uma criança escorrega sem impulso inicial. Se ela
sair da posição P1, ultrapassa a posição X; se sair de P2, pára em X e, se sair de P3, não chega a X.
Com relação a esta situação, pode-se afirmar que a energia potencial da criança,
12) (Med. Uberaba) A força F demódulo 50N atua sobre um objeto, formando ângulo constante
de 60º com
a direção do deslocamento d do objeto. Se d = 10m, o trabalho executado pela força F expresso em
joules é igual a:
a) 500 b) 250 c) 250 d) 125 e) 100
13) (ITA) Para motivar os alunos a acreditarem nas leis da Física um professor costumava fazer a seguinte
experiência: um pêndulo de massa razoável (1 kg ou mais) era preso no teto da sala; trazendo o pêndulo
para junto de sua cabeça, ele o abandonava em seguida, permanecendo imóvel, sem temor de ser atingido
violentamente na volta da massa. Ao fazer isso, demonstrava confiança na seguinte lei física:
a) conservação da quantidade de movimento;
b) independência do período de oscilação em relação à amplitude;
c) conservação da energia
d) independência do período do pêndulo em relação à massa;
e) segunda lei de Newton.
14) (FEI) Um projétil de massa 2 kg é lançado no solo, onde se adota a energia potencial nula, com energia
total 225 J. A resistência do ar é desprezível, a aceleração da gravidade é g = 10 m/s2 e a máxima en-
ergia potencial do projétil é 125 J. A altura máxima por ele atingida, sua menor velocidade e sua maior
velocidade valem respectivamente:
a) 11,25 m, 0 e 10 m/s c) 6,25 m, 0 e 15 m/s e) 5,0 m, 0 e 10 m/s
b) 11,25 m, 10 m/s e 15 m/s d) 6,25m, 10 m/s e 15 m/s
42 Física - M1
43 cor preto
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15) (ITA) A variação da energia cinética de uma partícula em movimento, num dado referencial inercial, entre
dois pontos distintos P e Q, é sempre igual:
I. à variação da energia potencial entre estes dois pontos.
II. ao trabalho da resultante das forças aplicadas à partícula para deslocá-la entre estes dois pontos.
III. à variação da energia potencial entre estes dois pontos, a menos do sinal, quando a resultante apli-
cada à partícula for conservativa.
a) Somente I é correta c) Somente III é correta. e) Somente II é correta.
b) I e II são corretas. d) II e III são corretas.
16)(Unb) Dadas as plataformas sem atrito, O, P e Q, se soltarmos um corpo no ponto (1), podemos dizer
que sua velocidade, ao atingir o ponto (2), será:
a) maior na plataforma (O) do que nas plataformas (P) e (Q);
b) maior na plataforma (Q) do que nas plataformas (O) e (P);
(Q) (P) c) maior nas plataformas curvas do que na plataforma reta;
d) igual, em módulo, em todas as plataformas.
2 2
17) (Pouso Alegre-MG) Uma partícula de massa m é abandonada, do repouso, no ponto A e move-se ao
longo da trajetória ABCD da figura.
Supondo desprezível o atrito, podemos afirmar que:
A a) a energia mecância total da partícula, em B, vale mgh;
b) a energia cinética da partícula em C, vale mgh;
c) a velocidade da partícula em D é maior que em B;
D
2gh ;
d) a velocidade da partícula em C vale
3mgh
B h
e) a energia cinética da partícula em D vale 2
C
18) (MED-ABC) Um bloco de massa m = 10 kg é 19) (CESCEM) A figura abaixo mostra a posição em que
solicitado exclusivamente por uma força cuja um bloco (b) é abandonado num plano inclinado,
potência em função do tempo varia conforme sobre o qual desliza sem atrito. Com que velocidade
diagrama abaixo. o bloco chega ao plano horizontal? (Considere a
O bloco parte do repouso no instante t = 0. Pode- aceleração da gravidade igual a 10 m/s2)
se afirmar que o mesmo atinge velocidade de
módulo 4,0 m/s no instante:
P(W) a) 2,0 s;
40 b) 3,0 s:
c) 4,0 s;
d) 5,0 s; a) 10 m/s d) 2 m/s
0 2,0 5,0 6,0 e) 6,0 s. b) 4 m/s e) 1 m/s
c) 3 m/s
V
20) (FUVEST) Um projétil de massa m é lançado em A com velocidade 0 e descreve a trajetória indicada na figura:
Deprezando-se a resistência do ar, a energia ciné-
tica do projétil, no ponto P, será:
V0
g 2
1
–h P h a) mgh d) m V0 + mgh
2
1 2 2
A –h b) m V0 e) m V0 - mgh
2
2
c) m V0 - mgh
Física - M1 43
44 cor preto
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HIDROSTÁTICA
1 - INTRODUÇÃO
Neste capítulo, iremos estudar os fluidos (líquidos e gases) em equilíbrio estático. Para isso, devemos con-
hecer algumas grandezas fundamentais, tais como a densidade absoluta e a pressão.
Através deste estudo, poderemos entender o motivo de navios flutuarem em rios e mares, o porquê de balões
subirem quando são cheios de ar quente e o mecanismo pelo qual um avião consegue voar.
Além disso, teremos a oportunidade de trabalhar com mais uma força da natureza: o Empuxo.
A unidade da densidade será a razão entre uma unidade de massa e uma de volume. Trabalharemos, ba-
sicamente, com três:
kg g kg
1) [d] = (unidade do Sistema Internacional) 2) [d] = 3) [d] =
m 3
cm3
A conversão entre as unidades deve ser feita da seguinte forma:
kg 103 g g g 10−3 kg kg
A - Unidades (1) para (2): = 6 = 10−3 B - Unidades (2) para (3): = =
m3
10 cm3 cm3 cm 3
10−3
Observação:
Podemos trabalhar, também, com a densidade de um corpo. Apesar de a definição ser a mesma apresentada
nesta seção, não existe a necessidade de o corpo ser maciço. Dessa forma, podemos ter um corpo de ferro, com
uma certa massa, apresentando diversas densidades diferentes, desde que o volume deste corpo seja diferente.
3 - PRESSÃO (p)
Quando aplicamos uma força de intensidade F em um corpo, notamos que este fica comprimido pela força.
A figura abaixo representa a força aplicada perpendicularmente a uma área A.
Definimos como pressão a razão entre a intensidade da força aplicada
F
e a área de aplicação desta força. p = A
Para o cálculo da pressão, estamos levando em conta que a força
aplicada é perpendicular à área de aplicação. Caso esta força seja in-
clinada em relação à área, devemos considerar somente a componente
perpendicular.
Note que, para uma mesma força, quanto menor for a área de contato, maior será a pressão aplicada. É
por este motivo que os pregos, facas e outros objetos que têm como função penetrar em certas superfícies
possuem uma forma pontiaguda. Na ponta, a área de contato é menor e, portanto, a pressão aplicada tende
a ser maior.
Existem várias unidades para a pressão. Veja as principais:
N
1) [p] = = pascal (Pa) (unidade do Sistema Internacional)
m2
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4 - PRESSÃO HIDROSTÁTICA
Após termos estudado a pressão de uma maneira genérica, vamos trabalhar com a pressão exercida por
um fluido. Imaginemos um recipiente cilíndrico completamente cheio por um líquido qualquer.
A pressão que este líquido exerce na base do recipiente é devida ao seu peso.
peso do liquido
p=
Assim: A
que é a expressão para o cálculo da pressão devida a uma coluna de um fluido. A altura h deve ser medida
a partir da superfície.
Observações:
1) Como podemos perceber na expressão deduzida nesta seção, a pressão exercida por um fluido não
depende da área da base do recipiente.
2) O valor da altura h deve ser medido em relação à superfície do fluido. Em uma piscina, por exemplo,
quanto mais fundo mergulhamos, maior o valor de h e, portanto, maior a pressão exercida pela água.
3) Chamamos de pressão atmosférica à pressão exercida pelo ar atmosférico. É fácil de se perceber que,
ao nível do mar, a coluna de ar sobre as nossas cabeças é maior do que no alto de uma montanha. Assim,
a pressão atmosférica em uma cidade litorânea é maior do que em uma cidade que se localiza no alto de
uma serra, por exemplo.
5 - TEOREMA DE STEVIN
A figura abaixo está representando um recipiente contendo um líquido homogêneo e dois pontos no interior
deste líquido.
“A diferença de pressão entre dois pontos em um fluido é proporcional à diferença de profundidade entre esses pontos.”
A partir da análise deste teorema, podemos concluir que se dois ou mais pontos estiverem alinhados hori-
zontalmente (mesma profundidade) em um mesmo fluido, as suas pressões serão iguais.
Física - M1 45
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6 - EXPERIÊNCIA DE TORRICELLI
O físico italiano Evangelista Torricelli, baseando-se no teorema de Stevin, preparou uma experiência muito
simples com o objetivo de calcular a pressão atmosférica. A figura seguinte mostra um esquema simplificado
de seu experimento.
Enchendo o tubo de mercúrio, Torricelli o introduziu, com a abertura voltada para
baixo, na bacia que estava parcialmente preenchida de mercúrio. Ao ser atingida
a configuração de equilíbrio, havia, dentro do tubo, uma coluna de 76 centímetros
de mercúrio acima do nível do mercúrio na bacia.
Torricelli concluiu que a pressão exercida pelos 76 cm de mercúrio era igual à
pressão atmosférica, uma vez que os pontos A e B da figura anterior estão alin-
hados horizontalmente e pertencem a um mesmo fluido.
Com isso, estava definida a unidade de pressão chamada de centímetro de
mercúrio.
Observação:
A princípio, esta experiência pode ser feita com qualquer líquido. Se repetirmos todo o processo utilizando
água, iremos encontrar uma coluna de cerca de 10 metros! A vantagem de se utilizar o mercúrio é que este
possui uma densidade muito elevada (13,6 g/cm3).
7 - PRINCÍPIO DE PASCAL
Pascal descobriu que a variação de pressão em um ponto de um fluido qualquer é transmitida integralmente
a todos os outros pontos deste fluido. Como se pode observar, esta conclusão também é uma conseqüência
do teorema de Stevin.
Imagine um corpo de massa M1 sobre o êmbolo maior. Devido ao seu peso, este corpo faz com que os
pontos próximos ao êmbolo fiquem sujeitos a um aumento de pressão Dp1 . De acordo com princípio de
Pascal, este acréscimo de pressão deve ser transmitido a todos os outros pontos do líquido. Dessa forma,
os pontos próximos ao êmbolo menor verificarão um aumento igual na pressão (Dp2). Porém, como a área
deste êmbolo é menor, a força necessária para se produzir o equilíbrio também é menor.
F F
∆p1 = ∆p2 ⇒ 1 = 2
A1 A 2
Este dispositivo pode ser utilizado em qualquer ação em que seja necessária a multiplicação de uma força.
Normalmente, um ser humano não consegue elevar um automóvel através da aplicação direta de uma força.
Com o auxílio da prensa hidráulica, é possível que uma pessoa aplique uma força de pequena intensidade
no êmbolo pequeno que, ao ser transmitida pelo líquido, é aumentada consideravelmente.
8 - PRINCÍPIO DE ARQUIMEDES
Quando mergulhamos uma bola de plástico em uma piscina, temos a sensação de que a água aplica, na bola,
uma força vertical para cima no sentido de impedir a imersão. Esta força que sentimos é a mesma que
nos
faz boiar e que sustenta um navio no mar e um avião no ar. Chamaremos esta força de EMPUXO ( E ).
Conta a lenda que Arquimedes ao entrar em uma banheira completamente cheia de água percebeu que
o volume de água que entornava (chamado de volume deslocado) era igual ao volume de seu corpo que
entrava na banheira.
46 Física - M1
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Tecnologia ITAPECURSOS
A existência da força de Empuxo está relacionada com este volume deslocado. Segundo o princípio de Ar-
quimedes: “Um corpo total ou parcialmente imerso em um fluido recebe deste uma força vertical para cima
que tem intensidade igual ao peso do fluido deslocado por este corpo”. Veja
Observação: Um corpo sólido introduzido em um fluido, dependendo de sua densidade, pode apresentar
uma das seguintes configurações:
Física - M1 47
48 cor preto
Tecnologia N ITAPECURSOS
5) (PUC-MG) Três recipientes que contêm água até uma mesma altura h têm bases cujas áreas são A, A
e 2A, respectivamente.
1 2 3
Em relação às pressões P1, P2 e P3 e às inten-
sidades das forças F1, F2 e F3, exercidas pela
água no fundo dos recipientes, é CORRETO
afirmar:
a) P1 = P3 e F1 = c) P2 = P3 e F2 = 2F3 e) P1 = P2 e F1 = F2 = F3
b) P1 < P2 e F1 = F2 d) P2 < P3 e F2 = F3
6) (UFMG) Um certo volume de água é colocado num tubo em U, aberto nas extremidades. Num dos ramos
do tubo, adiciona-se um líquido de densidade menor do que a da água o qual não se mistura com ela.
Após o equilíbrio, a posição dos dois líquidos no tubo está corretamente representada pela figura.
a) b) c)
d) e)
água
água
a) 6,5 Pa
b) 6,5 . 10 Pa
65 cm
c) 6,5 . 102 Pa
d) 6,5 . 103 Pa
e) 6,5 . 104 Pa
48 Física - M1
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a) F = Pa d) F = Pa + E
b) F = Pa - E e) F =
c) F = E
Física - M1 49
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GRAVITAÇÃO UNIVERSAL
1 - INTRODUÇÃO
Neste capítulo, estudaremos as leis que regem o movimento dos planetas, dos satélites e dos sistemas solares.
Com este estudo, poderemos entender um pouco mais a respeito do universo que nos cerca e seremos capazes
de compreender as relações básicas entre as grandezas que estão relacionadas com a Gravitação Universal.
Desde os tempos mais remotos, o homem tenta compreender o universo. No início, acreditou-se que o Sol
e a Lua eram deuses. Mais tarde, houve uma teoria (chamada Geocêntrica) em que a Terra era o centro
do universo e todos os corpos celestes giravam em torno dela. Já há algum tempo, acreditamos no modelo
Heliocêntrico, onde é a Terra (junto com os outros oito planetas) que gira em torno do Sol. No entanto, como
já vimos no início, os dois modelos são válidos, dependendo do referencial adotado.
Vamos trabalhar, a partir de agora, com as Leis de Kepler e com a Lei de Newton para a gravitação e suas
conseqüências.
2 - LEIS DE KEPLER
A) 1ª Lei de Kepler: Lei das órbitas
“Os planetas giram ao redor do Sol com órbitas elípticas, sendo que o Sol ocupa um dos focos dessa
elipse.”
Periélio
Elipse
Afélio
Foco Foco Sol
“A linha imaginária que liga um planeta ao Sol descreve áreas iguais em tempos iguais.”
Dt2
Note que, para que a área percorrida seja igual nas duas regiões da figura anterior, é necessário que a distância
percorrida seja maior na região do periélio do que na região do afélio. Como o tempo gasto nas duas regiões é
o mesmo, podemos concluir que a velocidade de um planeta é maior quando ele está mais próximo do Sol.
50 Física - M1
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M1 M2
FG = G
r2
4 - ACELERAÇÃO DA GRAVIDADE
Anteriormente, estudamos os lançamentos próximos à superfície da Terra, onde consideramos que a acel-
eração da gravidade era constante. Veremos, nesta seção, que a intensidade da aceleração da gravidade
em um ponto depende da distância entre o ponto considerado e o centro da Terra.
Vamos imaginar que um corpo de massa m seja colocado em um ponto
dentro do campo gravitacional terrestre. Haverá uma força de atração
gravitacional entre este corpo e a Terra. Essa atração é chamada de
força Peso.
Mm M
P = FG ⇒ m. g = G 2 g= G 2
Assim: r r
Desta expressão, podemos perceber que a aceleração da gravidade de-
pende da massa do planeta que estamos estudando (no caso, a Terra) e
a distância entre o ponto considerado e o centro deste planeta.
Note que a aceleração da gravidade não depende da massa m do
corpo.
Observação:
Imagine um corpo localizado na superfície da Terra. A aceleração da
gravidade que atua sobre este corpo depende da latitude em que ele
está. A menor aceleração da gravidade ocorre na linha do equador e a
maior, nos pólos.
Física - M1 51
52 cor preto
Tecnologia ITAPECURSOS
5 - MOVIMENTO ORBITAL
Vamos considerar um satélite de massa m que se movimenta em uma órbita quase circular em torno da
Terra. Para este satélite, podemos dizer que a força gravitacional funciona como força centrípeta, pois em
todos os instantes de tempo ela altera a direção do vetor velocidade.
V2 Mm M
Fc = FG ⇒ m =G 2 V= G
Para o satélite, podemos escrever: r r r
Esta é a relação entre a velocidade que o satélite deve possuir e a sua respectiva distância ao centro do
planeta. Podemos concluir que quanto mais próximo da superfície do planeta for a órbita do satélite, maior
deve ser a sua velocidade para que ele continue em órbita.
A conclusão a que chegamos é válida também para o caso dos planetas que orbitam em torno do Sol. O
planeta de maior velocidade orbital é Mercúrio. Isto, aliado ao fato de Mercúrio percorrer a menor distância
no espaço durante uma volta, faz com que ele possua o menor período de translação.
Uma outra observação interessante diz respeito à idéia comumente aceita de que “não existe gravidade
em uma órbita” ou “um astronauta em órbita em torno da Terra não possui peso” . De acordo com a Lei da
Inércia (1ª Lei de Newton), se não houvesse uma força gravitacional, o satélite (e o astronauta) não estariam
descrevendo uma órbita. Qual o motivo, então, da sensação de ausência de gravidade?
Neste ponto, Isaac Newton demonstrou toda a sua genialidade. Imagine uma montanha tão alta que atinja
pontos fora dos limites da atmosfera terrestre. Se lançarmos um objeto do alto dessa montanha, ele irá
descrever uma movimento parabólico e, após um certo tempo, chegar ao solo. A distância (medida na su-
perfície da Terra) entre o ponto de lançamento e o ponto onde o objeto tocou o solo chama-se alcance. Se
aumentarmos a velocidade de lançamento, o alcance também irá aumentar.
Pense, agora, que vamos arremessar o objeto com uma velocidade grande o suficiente para colocá-lo em
órbita. Como o objeto não toca mais o solo, diremos que o alcance é infinito. Porém, a força responsável
pela queda livre é a mesma que mantém a órbita. Newton concluiu que o movimento orbital é uma queda
livre, ou seja, um astronauta em órbita está “caindo” no campo gravitacional terrestre juntamente com a sua
nave. Como ambos estão caindo, a nave não consegue fornecer a noção de sustentação (não aplica uma
força normal ao astronauta), dando-lhe a sensação da ausência de peso.
2) (UFU) Os itens a seguir estão relacionados com as Leis da Gravitação Universal e dos Movimentos Plan-
etários. Analise-os e indique o INCORRETO.
a) A força responsável para manter um satélite artificial em torno da Terra é a atração gravitacional da
Terra sobre o satélite.
b) Segundo a 3ª Lei de Kepler, o planeta Júpiter possui um período de translação menor do que Marte.
c) A força de atração entre dois corpos quaisquer é diretamente proporcional ao produto de suas mas-
sas.
d) A órbita de um planeta em torno do Sol é uma elipse com o Sol em um dos focos.
e) A aceleração da gravidade (g) em Uberlândia (Triângulo mineiro) é menor que no Rio de Janeiro.
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Tecnologia ITAPECURSOS
4) (PUC-MG) Dois corpos A e B, de massas 16M 5) (PUC-MG) Considerando apenas a força de atração
e M, respectivamente, encontram-se no vácuo gravitacional entre a Terra e a Lua, a figura COR-
e estão separados por uma certa distância. RETA é:
Observa-se que um outro corpo, de massa m,
fica em repouso quando colocado no ponto P,
conforme a figura. A razão x/y entre as distâncias
indicadas é igual a:
a) 2 A
P B
b) 4 a) b)
c) 6 c)
d) 8
e) 16
d) e)
g(m/s2)
10
De quantos raios terrestres devemos nos afastar da
superfície da Terra para que o módulo da aceleração
da gravidade seja, aproximadamente, de 1,1 m/s2?
5
a) 1 b) 2 c) 3 d) 4 e) 5
0 1 2 3 4 5 raios
terrestres
7) (UFMG) Para um observador, no interior de uma nave espacial em órbita em torno da Terra, os objetos
do interior da nave parecem flutuar no espaço.
Indique a alternativa que apresenta a melhor explicação para esse fenômeno.
a) A força gravitacional que atua sobre a nave é anulada pela força centrípeta.
b) A força gravitacional que atua sobre a nave é anulada pela força exercida pelo motor da nave.
c) A nave espacial está sujeita a forças gravitacionais muito pequenas.
d) A nave espacial se movimenta numa região do espaço onde existe vácuo.
e) Os objetos dentro da nave espacial e a nave têm a mesma aceleração.
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8) (PUC-MG) Admitamos que em futuro próximo sejam descobertos dois outros planetas do nosso sistema
solar. O primeiro planeta (A) está a uma distância R do Sol e tem massa M. O segundo planeta (B) tem
massa 8M e está a uma distância 4R do Sol. Leia com atenção as afirmativas seguintes:
I - A velocidade de translação do planeta A é maior que a velocidade do planeta B.
II - O período de translação do planeta B é oito vezes maior que o do planeta A.
III - A razão entre as forças centrípetas desses planetas pode ser representada pelo numeral 2.
Assinale:
a) se todas as afirmativas estiverem corretas. d) se apenas as afirmativas I e III estiverem corretas.
b) se todas as afirmativas estiverem incorretas. e) se apenas as afirmativas II e III estiverem corretas.
c) se apenas as afirmativas I e II estiverem corretas.
54 Física - M1
55 cor preto
Tecnologia ITAPECURSOS
REVISÃO
1) Observe o “cartoon” abaixo 7) Uma partícula se move presa a
um cordão, seguindo a trajetória
desenhada em pontilhado. A
figura ao lado mostra seu ve-
tor velocidade ( ) no instante
representado. O atrito com o
ar é desprezível. Dos outros
vetores que se vêem na figura,
aquele que melhor representa
No “cartoon” apresentado, o gato Garfield se utiliza de uma Lei
Física para justificar a sua preguiça, o que deixa o seu dono a aceleração da partícula é:
furioso. a) I c) III
Assinale a alternativa que apresenta uma situação prática que b) II d) IV
pode ser explicada pela mesma Lei citada por Garfield.
8) Durante a realização de uma gincana, uma equipe tinha como
a) O atrito que existe entre o pneu e o chão permite que o carro
tarefa transportar, para o alto de uma mesa, um homem que
entre em movimento.
b) No lançamento de uma nave, o gás que é expelido impulsiona estava deitado no chão. A estimativa do gasto de energia na
o foguete para cima. realização de tal tarefa é, em joules:
c) Os corpos abandonados nas proximidades da Terra caem a) 101
com a mesma aceleração. b) 102
d) Quando o motorista de um veículo freia bruscamente, somos c) 103
projetados para frente.
d) 104
2) Um barco tenta atravessar um rio com 1,0 km de largura. A cor-
renteza do rio é paralela às margens e tem velocidade de 4,0 9) Uma pessoa entra num elevador
km/h. A velocidade do barco, em relação à água, é de 3,0 km/h carregando uma caixa pendurada
perpendicularmente às margens. por um barbante frágil, como mos-
Nessas condições, pode-se afirmar que o barco tra a figura. O elevador sai do 6o
a) atravessará o rio em 12 minutos. andar e só pára no térreo.
b) atravessará o rio em 15 minutos. É CORRETO afirmar que o bar-
c) atravessará o rio em 20 minutos. bante poderá arrebentar
d) nunca atravessará o rio.
a) no momento em que o eleva-
3) Na última Olimpíada, o vencedor da prova dos 100 m rasos foi dor entrar em movimento, no
o canadense Donovan Bailey e o da maratona (42,2 km) foi o
6o andar.
sul-africano Josia Thugwane.
Os valores mais próximos para as velocidades médias desses b) no momento em que o eleva-
atletas são, respectivamente: dor parar no térreo.
a) 1,0 m/s e 0,5 m/s c) quando o elevador estiver em movimento, entre o 5o e o
b) 10 m/s e 0,5 m/s 2o andares.
c) 10 m/s e 5,0 m/s d) somente numa situação em que o elevador estiver
d) 50 m/s e 5,0 m/s subindo.
4) Uma pessoa lança uma bola verticalmente para cima. Sejam v 10) Um paraquedista, alguns minutos após saltar do avião, abre seu
o módulo da velocidade e a o módulo da aceleração da bola no paraquedas. As forças que atuam sobre o conjunto paraquedis-
ponto mais alto de sua trajetória. ta/equipamentos são, então, o seu peso e a força de resistência
Assim sendo, é CORRETO afirmar que, nesse ponto, do ar. Essa força é proporcional à velocidade.
a) v = 0 e a ≠ 0. c) v = 0 e a = 0. Desprezando-se qualquer interferência de ventos, pode-se
b) v ≠ 0 e a ≠ 0. d) v ≠ 0 e a = 0. afirmar que,
5) Um peixe está dentro de um aquário sem que haja contato fí-
a) a partir de um certo momento, o paraquedista descerá com
sico entre ele e o fundo do aquário. O conjunto aquário + caixa
é colocado sobre uma balança de molas. De acordo com esta velocidade constante.
situação, podemos afirmar que a balança: b) antes de chegar ao chão, o paraquedista poderá atingir
velocidade nula.
a) irá registrar o peso do peixe pelo fato de haver uma interação
entre ele e a água e entre a água e o chão do aquário. c) durante toda a queda, a força resultante sobre o conjunto
b) irá registrar o peso do peixe pelo fato de haver uma intensa será vertical para baixo.
atração gravitacional entre ele e a balança. d) durante toda a queda, o peso do conjunto é menor do que a
c) não irá registrar o peso do peixe pelo fato de inexistir inte- força de resistência do ar.
ração direta ou indireta entre ele e o chão do aquário. 11) É comum escutar que:
d) não irá registrar o peso do peixe pelo fato de inexistir atração
gravitacional entre ele, o aquário, o ar e a balança. “Os corpos flutuam na água porque são mais leves
6) Em todas as situações abaixo há aceleração, EXCETO em: do que a água.”
a) Um elevador saindo do repouso no primeiro andar e che- Essa afirmação
gando ao décimo andar. a) está rigorosamente correta.
b) Um avião no momento em que inicia o movimento de desci- b) supõe uma comparação entre volumes iguais do corpo e da
da.
água.
c) Crianças em um carrossel que gira com velocidade constante.
d) Um carro viajando numa estrada horizontal, em linha reta e c) só é válida para a água do mar, porque é salgada.
com velocidade constante. d) explica porque os navios transatlânticos possuem grandes
e) Um satélite em órbita da Terra com velocidade constante. motores.
Física - M1 55
56 cor preto
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12) Um dos fenômenos da dinâmica de galáxias, considerado como d) inversamente proporcional à raiz quadrada do raio da órbi-
evidência da existência de matéria escura, é que estrelas giram ta.
em torno do centro de uma galáxia com a mesma velocidade an- e) diretamente proporcional ao quadrado do raio da órbita.
gular, independentemente de sua distância ao centro. Sejam M1 16) O novo Código Nacional de Trânsito prevê penalidades muito
e M2 as porções de massa (uniformemente distribuída) da galáxia rigorosas aos infratores. Uma das infrações consideradas
no interior de esferas de raios R e 2R, respectivamente. graves é o excesso de velocidade. Sabemos que um carro em
Nestas condições, a relação entre essas massas é dada por alta velocidade, em um possível impacto, deve dissipar toda a
a) M2 = M1. b) M2 = 2M1. c) M2 = 4M1. energia cinética que ele possui, seja em calor, som e/ou defor-
d) M2 = 8M1. e) M2 = 16M1. mação. Dobrando-se o valor da velocidade do carro, sua energia
13) A figura está mostrando um dispositivo chamado elevador cinética se torna:
hidráulico, muito utilizado para se erguer objetos pesados com a) 4 vezes menor.
um mínimo de esforço. O dispositivo consiste em um tubo em b) 2 vezes menor.
forma de “U”, no qual é colocado um óleo. Ao injetarmos ar c) 2 vezes maior.
comprimido pelo braço do tubo de menor calibre, o veículo da d) 4 vezes maior.
figura é erguido com grande facilidade. 17) Três corpos de mesma massa são abandonados de uma mesma
altura, mas caindo de três formas distintas, conforme o desenho
abaixo. Com relação ao trabalho da força peso (TP) nas três
trajetórias, é CORRETO afirmar que:
GABARITO
1) d 2) c 3) c 4) a 5) a 6) d 7) a 8) c 9) b 10) a
11) b 12) d 13) b 14) a 15) d 16) d 17) d 18) b 19) b 20) b
56 Física - M1
Física
Física Térmica
Calor e Temperatura
1 - Introdução ....................................................... 5
2 - Temperatura .................................................... 5
3 - Calor ................................................................ 6
4 - Calorimetria ..................................................... 8
5 - Mudanças de Fase .......................................... 9
6 - Dilatação Térmica.......................................... 10
1 - Introdução ..................................................... 17
M2
GABRIEL DIAS DE CARVALHO JÚNIOR
Física
Óptica e Ondulatória
1 - Introdução ....................................................... 24
2 - Conceitos Iniciais ............................................ 24
3 - Reflexão da Luz .............................................. 25
4 - Espelhos Planos.............................................. 26
5 - Espelhos Esféricos .......................................... 27
1 - Introdução ....................................................... 33
2 - Índice de Refração (n) ..................................... 33
3 - Refração da Luz .............................................. 33
4 - Lentes Esféricas .............................................. 35
5 - O Olho Humano .............................................. 39
Ondulatória
Prólogo ................................................................. 44
1 - Movimento Harmônico Simples (MHS) ........... 44
2 - Ondas .............................................................. 45
3 - Ondas em Cordas ........................................... 46
4 - Ondas na Superfície de Líquidos .................... 49
5 - Ondas Sonoras ............................................... 51
6 - Ondas Eletromagnéticas ................................. 52
Tecnologia ITAPECURSOS
Caro VESTIBULANDO,
Este é o volume 2 da Coleção de Física. Nele, você terá, basicamente, 3 as-
suntos:
Física Térmica (2 capítulos), Óptica Geométrica (2 capítulos) e Ondulatória 1 capí-
tulo).
Tomando como base o que foi mencionado no volume 1, sugerimos a seguinte
distribuição de conteúdos:
Se houver divisão em Física 1 e 2:
Física 1: Física Térmica (2 aulas semanais)
Física 2: Óptica e Ondulatória (1 ou 2 aulas semanais)
Para qualquer esclarecimento, colocamo-nos à disposição pelo e-mail:
suporte@cursinhoprevestibular.com.br
Bom Trabalho!
Atenciosamente,
Gabriel Dias de Carvalho Júnior
Física - M2 3
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Anotações
4 Física - M2
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FÍSICA TÉRMICA
CALOR E TEMPERATURA
1 - INTRODUÇÃO
A partir deste capítulo, estaremos estudando a Física Térmica. Esta parte da Física se preocupa em explicar
os fenômenos relacionados com a temperatura e o calor.
Temos, em nosso cotidiano, uma série de situações ligadas à Física Térmica, como a dilatação térmica, a
transmissão de calor, o aquecimento dos corpos e a mudança de estado físico.
Vamos, inicialmente, definir temperatura e calor.
2 - TEMPERATURA
A primeira noção que temos sobre temperatura está relacionada com o tato. Ao tocarmos em um corpo
qualquer, teremos a noção de que ele está quente, morno ou frio. Esta impressão não é muito confiável,
pois está sujeita a pequenas variações de temperatura de nosso próprio corpo. Imagine uma pessoa que
está com um dos pés imerso em um balde de gelo e o outro pé em um balde com água bem quente. Se
esta pessoa tirar os pés dos baldes e colocá-los em um banco de mármore, ela terá sensações térmicas
diferentes nos dois pés. Isto é um absurdo, pois o banco está a uma determinada temperatura.
Para que possamos definir temperatura, é preciso utilizar um meio mais preciso do que o nosso tato.
Qualquer corpo, independente de seu estado físico, é formado por partículas (átomos, moléculas, etc) que
estão em constante vibração. Quanto maior for o grau de vibração destas partículas, maior será a tempera-
tura. Assim, podemos dizer que:
Temperatura é um número relacionado com o grau de agitação térmica das partículas que compõem
um corpo.
Quando dois ou mais corpos possuem a mesma temperatura, dizemos que eles estão em equilíbrio térmico.
Existe, na Termologia, um princípio chamado de Lei Zero da Termodinâmica que afirma: “Se um corpo A
está em equilíbrio térmico com um corpo B e B está em equilíbrio térmico com outro corpo C, então A está
em equilíbrio térmico com C.”
No intuito de definirmos uma escala termométrica, tomamos como base os chamados pontos fixos. Estes
pontos são temperaturas que podem ser reproduzidas facilmente em qualquer lugar do mundo. Os pontos
fixos que utilizaremos são: ponto de fusão do gelo e de ebulição da água (tomados com base na pressão
atmosférica ao nível do mar).
Os valores atribuídos para os pontos fixos nas três escalas mais utilizadas são mostrados na tabela abaixo.
A escala Celsius é a que utilizamos em nosso cotidiano. Ela é chamada popularmente de escala centígrada,
o que é uma denominação muito genérica, pois existem outras escalas que são, também, centígradas. Este
termo, centígrada, se refere ao fato de o grau Celsius ser a centésima parte do intervalo de temperaturas
entre os dois pontos fixos.
A escala Fahrenheit é muito utilizada em outros países, como nos Estados Unidos.
A escala Kelvin é o padrão do Sistema Internacional de Unidades. Ela é a mais recente das três que estuda-
mos. Até há pouco tempo, esta escala recebia o nome de Escala Absoluta por não apresentar temperaturas
negativas. Para que isso fosse possível, o seu criador (Lorde Kelvin) atribuiu o valor zero para a menor
temperatura do universo (cerca de - 273° C).
Física - M2 5
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3 - CALOR
Vamos imaginar dois corpos, A e B, que possuam temperaturas diferentes, de tal forma que tA > tB , de
acordo com a figura que se segue.
Podemos entender que as partículas que compõem o corpo A
possuem, em média, mais energia que aquelas que compõem o
corpo B. Quando isso acontecer, A irá ceder energia para B com
o objetivo de se igualar os níveis de vibração das partículas de
ambos. Como o corpo A está cedendo energia, as suas partícu-
las apresentarão um grau de agitação menor e, portanto, terão
menor temperatura. O corpo B por sua vez estará recebendo
energia, fazendo com que suas partículas apresentem um grau
de vibração maior, o que levará a um aumento de temperatura.
Quando as temperaturas de A e B se igualarem (equilíbrio tér-
mico), cessará esse transporte de energia.
Chamamos de calor a essa energia térmica em trânsito do corpo de maior para o de menor temperatura
que tem por objetivo estabelecer o equilíbrio térmico entre os corpos em questão.
Como o calor é uma forma de energia, iremos utilizar como unidade qualquer unidade de energia. Em nos-
sos exercícios, trabalharemos com duas unidades: joule (J) e caloria (cal).
A relação entre estas duas unidades é: 1 cal = 4,18 J
Note que esta definição de calor nos faz concluir que expressões do tipo “hoje está calor” ou “este corpo tem
muito calor” são desprovidas de sentido, pois o calor é uma forma de energia que flui de um corpo para o outro,
motivada pela diferença de temperatura. Não existe maneira de um corpo ter calor. Estas expressões poderiam ser
corrigidas, respectivamente, para “hoje está quente” e “este corpo possui uma temperatura muito elevada”.
Calor não é sinônimo de temperatura alta. Imagine dois corpos, um a -20ºC e outro a -30ºC. Como existe
uma diferença de temperatura entre eles, haverá um fluxo de calor do primeiro para o segundo.
6 Física - M2
Tecnologia ITAPECURSOS
Este fluxo de calor é que nos dá a sensação de quente e frio. Quando tocamos um corpo, teremos a sensa-
ção de que ele está quente se recebermos calor dele. Se cedermos calor para o corpo, teremos a sensação
de que ele está frio. Quanto maior for o fluxo de calor, maior a sensação térmica.
Quando tocamos simultaneamente uma porta de madeira e a sua maçaneta (feita de metal), temos sensação
de que esta última está mais fria. Na verdade, ambas possuem a mesma temperatura, pois estão em equilíbrio
térmico com o ambiente. A razão deste engano é que a maçaneta é feita de um material que é bom condutor
térmico, enquanto que a porta é isolante. Dessa forma, o fluxo de calor da nossa mão para a maçaneta é mais
intenso do que para a porta, porque a condutividade térmica dos metais é maior do que a da madeira.
B) Convecção
Este tipo de transmissão de calor é mais significativo nos meios fluidos.
Vamos imaginar que queiramos aquecer uma certa quantidade de água. Quando colocamos a panela cheia
de água na trempe de um fogão, as moléculas de água que estão no fundo são as primeiras a receber calor.
Com o aquecimento, estas moléculas têm um aumento médio em seu volume e uma respectiva diminuição
em sua densidade. Por este motivo, elas se dirigem para a superfície, enquanto que as moléculas da su-
perfície, por estarem mais densas, migram para o fundo. Este movimento recebe o nome de corrente de
convecção e é o responsável pelo aquecimento da água como um todo.
C) Radiação (Irradiação)
Este tipo de transmissão de calor é feito por meio de ondas eletromagnéticas na faixa do infravermelho.
Sabemos que há uma diferença de temperatura entre o Sol e a Terra. Pelo que já estudamos neste capí-
tulo, deve haver um fluxo de calor entre estes dois corpos. Porém, o calor transmitido do Sol até nós deve
viajar uma região onde essencialmente existe vácuo. Note que não há um meio sólido, líquido ou gasoso
para que um dos processos anteriores seja verificado. Neste caso, o calor é transmitido por meio de ondas
eletromagnéticas (da mesma natureza que a luz ou as ondas de rádio, por exemplo) que têm a capacidade
de se propagar no vácuo.
É através da radiação que trocamos a maior parte de calor com o meio ambiente.
Observação:
Existe um dispositivo chamado Garrafa Térmica (Vaso de Dewar) cuja função é evitar a troca de calor en-
tre o meio ambiente e um corpo qualquer cuja temperatura devemos manter. A figura seguinte mostra um
esquema básico deste dispositivo.
Física - M2 7
Tecnologia ITAPECURSOS
4 - CALORIMETRIA
Até agora estudamos o que é calor e como ele pode ser transmitido. Nesta seção vamos medir o calor, ou
seja, trabalharemos com expressões matemáticas que nos indiquem a quantidade de calor que foi trans-
portada entre dois corpos.
Quando há troca de calor entre dois corpos, poderá ocorrer uma variação de temperatura ou a mudança do
estado físico do corpo.
Chamamos de calor sensível aquele relacionado com a variação de temperatura de um corpo. O calor
relacionado com a mudança de estado físico recebe o nome de calor latente.
Estudaremos, aqui, o calor sensível.
A) Capacidade Térmica
Quando um corpo troca calor, os seus átomos podem ficar mais ou menos energéticos, variando, assim, a
intensidade de suas vibrações.
Dependendo da quantidade (Q) de calor trocada, esta variação (Dt) de temperatura pode ser grande ou
pequena. Para um mesmo corpo, a quantidade de calor trocada é diretamente proporcional à variação de
temperatura verificada.
Denominamos capacidade térmica (C) a razão entre a quantidade de calor trocada e a respectiva variação
de temperatura.
[Q] = cal
Q [C] =
C=
∆t
A unidade mais utilizada para a capacidade térmica é: [∆t] °C
A capacidade térmica nos informa a quantidade de calor necessária para variarmos de 1 grau a tempera-
tura de um corpo qualquer. Note que, se considerarmos uma mesma quantidade de calor, quanto maior a
capacidade térmica de um corpo, menor será a variação de temperatura por ele verificada.
B) Calor Específico
Vamos imaginar vários corpos feitos de um mesmo material, mas que possuam massas e capacidades
térmicas diferentes. Quando cedemos a estes corpos a mesma quantidade de calor, podemos verificar que
os aumentos de temperatura serão, também, diferentes. É fácil perceber que o corpo de maior massa terá o
menor aumento de temperatura pelo fato de possuir a maior capacidade térmica. No entanto, se dividirmos
a capacidade térmica de cada corpo pela sua respectiva massa, encontraremos um valor constante. Este
valor constante é uma característica da substância de que são feitos os corpos, e recebe o nome de calor
específico (c). Matematicamente, temos:
[Q] cal
cuja unidade mais utilizada é: [c] = [m] . [∆t] = g ° C
C Q
c= ou c =
m m . ∆t
Dizer que o calor específico de uma substância é 1,0 cal/g ºC significa que cada 1 grama desta substância
necessita de 1,0 caloria para variar a sua temperatura em 1 ºC.
8 Física - M2
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Em um laboratório, podemos utilizar este princípio para o cálculo do calor específico de uma substância ou
da quantidade de calor trocada entre dois corpos. O sistema termicamente isolado que utilizamos para este
fim recebe o nome de calorímetro.
Se o enunciado de um exercício mencionar os termos calorímetro ideal ou calorímetro de capacidade térmica
desprezível, iremos considerar nulas as trocas de calor entre os corpos e o calorímetro.
Por outro lado, se for dado o valor da capacidade térmica do calorímetro, teremos que considerá-lo como
um corpo a mais na troca de calor.
5 - MUDANÇAS DE FASE
Esta seção é dedicada ao estudo das mudanças de fases (ou de estado físico) e das trocas de calor que
ocorrem nestes processos. Estudaremos três estados físicos: sólido, líquido e gasoso.
O estado sólido é caracterizado por uma grande coesão entre as partículas, o que mantém a forma e o volume
definidos. Esta é a fase das menores temperaturas e, portanto, das vibrações atômicas menos intensas.
O estado líquido é um intermediário entre o sólido e o gasoso. Esta fase se caracteriza por um volume
definido e uma forma indefinida.
Já o estado gasoso possui as mais altas temper- Acompanhe o esquema que mostra as três fases
aturas. Nesta fase, tanto a forma quanto o volume (estados físicos) e as respecitvas mudanças.
são indefinidos. Podemos separar o estado gasoso
em duas partes: vapor e gás. Uma certa massa
será considerada vapor se puder ser liquefeita por
compressão. Se esta massa não for liquefeita por
compressão, será chamada de gás. O limite entre
estas duas partes do estado gasoso é a chamada
temperatura crítica, que é uma característica de
cada substância. Abaixo da temperatura crítica,
teremos o vapor e acima, gás.
Como estamos trabalhando sempre com substâncias puras, durante uma mudança de fase qualquer, a tem-
peratura irá permanecer a mesma. Observe o gráfico que representa a temperatura em função da quantidade
de calor recebida por 10 gramas de água, inicialmente a -20°C.
temperatura permaneceu constante, o que nos leva a
concluir que, nestas regiões, houve uma mudança de
fase. O calor é, portanto, latente.
Região 1: a água estava no estado sólido. Houve
um aumento de temperatura de 20°C.
Região 2: o gelo estava sofrendo fusão. A tem-
peratura de fusão do gelo é de 0°C. Note que esta
temperatura permanece constante até que todo o
gelo tenha se transformado em água líquida.
Região 3: a água sofreu um aumento de tempera-
tura de 100°C. Estado líquido.
Região 4: a água estava sofrendo vaporização.
No gráfico, podemos perceber que existem regiões
onde a temperatura sofreu um certo aumento (1, 3 e Região 5: o vapor d’água sofreu um aumento de
5), ou seja, o calor é sensível. Já nas regiões 2 e 4, a temperatura de 20°C.
Física - M2 9
Tecnologia ITAPECURSOS
Nas regiões em que há mudança de fase não é possível utilizar a equação fundamental da calorimetria,
uma vez que não há mudança de temperatura. Veremos, a seguir, a equação que nos permite calcular a
quantidade de calor latente.
A) Calor Latente
Quanto maior a massa de um corpo, mais calor ele deve trocar para que haja a mudança de fase. Porém,
se considerarmos massas diferentes de uma mesma substância em uma mudança de estado físico, per-
ceberemos que a razão entre a quantidade de calor trocada e a massa do corpo é uma constante que só
depende da substância e do tipo de mudança de fase. A esta constante damos o nome de calor (específico)
latente de mudança de fase (L).
De acordo com o que foi apresentado, a expressão para o cálculo da quantidade de calor latente é:
Q=m.L
A principal unidade do calor latente de mudança de fase é: cal/g.
Dizer que o calor latente de fusão do gelo é de 80 cal/g significa dizer que cada 1 grama de gelo, a 0ºC,
necessita de 80 calorias para sofrer fusão completamente.
Observação:
A quantidade de calor que uma substância precisa receber para sofrer fusão ou vaporização é igual à quan-
tidade de calor que esta substância deve ceder para sofrer, respectivamente, solidificação ou liquefação.
Dessa forma, temos, para uma mesma substância, as seguintes relações:
6 - DILATAÇÃO TÉRMICA
Quando aquecemos um corpo, as suas partículas passam a apresentar um aumento no grau de vibração. Com as
partículas mais agitadas, ocorre um distanciamento maior entre elas. A esse aumento na distância média entre as
partículas de um corpo, devido ao aumento de temperatura, damos o nome de dilatação térmica. Esta dilatação
térmica ocorre sempre em relação ao volume do corpo, esteja ele no estado sólido, líquido ou gasoso.
De uma maneira geral, podemos dizer que o poder de dilatação dos gases é maior do que o dos líquidos,
que por sua vez é maior que o dos sólidos.
Quando estivermos trabalhando com corpos cujo comprimento é muito mais evidente que o seu volume,
diremos que a sua dilatação é linear.
Imagine uma barra que possua, a uma temperatura t0, um comprimento L0 . Se aquecermos esta barra até
uma temperatura t, o seu comprimento passa a ser L. Veja a figura.
10 Física - M2
Tecnologia ITAPECURSOS
Equacionando estes fatores, encontramos a expressão matemática que nos permite calcular a dilatação
linear de um corpo.
DL = L0 . a . Dt
Observações:
∆L
⇒ [α ] =
[∆L] = 1 = ∆t −1
α= [ ]
L 0 . ∆t [ 0 ][
L . ∆t] [∆t]
2) Em alguns exercícios, é pedido o valor do comprimento final atingido pela barra. Para encontrá-lo, podemos
utilizar a seguinte expressão:
DL = L - L0 (1)
DL = L0 . a . Dt (2)
Substituindo (1) em (2), temos: L - L0 = L0 . a . Dt ⇒ L = L + L . a . Dt. Assim: L = L0 (1 + a . Dt)
0 0
Quando estivermos trabalhando com placas, chapas, ou qualquer corpo cuja área seja evidente, diremos que este
corpo está sofrendo uma dilatação superficial. O raciocínio utilizado na dilatação linear é o mesmo, ou seja, a dilatação
superficial depende do valor da área inicial, de um coeficiente de dilatação e da variação da temperatura.
A figura seguinte mostra uma placa que, a uma temperatura inicial t0 , possui uma área A0 . Quando a placa
é aquecida a uma temperatura t, sua área passa a ser A.
Observações:
1) A unidade do coeficiente de dilatação superficial é, também, o inverso da unidade de temperatura.
2) Como temos uma dilatação em duas dimensões, o valor do coeficiente de dilatação superficial é o dobro
do valor do coeficiente de dilatação linear para uma mesma substância. b = 2a
3) A exemplo do que fizemos na dilatação linear, o valor final da área da chapa pode ser encontrado pela
seguinte relação. A = A0 (1 + b . Dt)
4) A dilatação térmica é sempre uma expansão. Assim, vamos imaginar uma placa que possua um orifício
central, de acordo com a figura seguinte.
Física - M2 11
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Observações:
1) A unidade do coeficiente de dilatação volumétrico é, também, o inverso da unidade de temperatura.
2) O valor do coeficiente de dilatação volumétrico de uma substância é o triplo do valor do coeficiente de
dilatação linear da mesma substância.
g = 2a
3) Para o cálculo do volume final atingido por um corpo, devemos utilizar a seguinte expressão:
V = V0 (1 + g . Dt)
B) Dilatação de Líquidos
Além de sofrerem sempre uma dilatação volumétrica, os líquidos possuem um poder de dilatação (coefi-
ciente de dilatação) maior que o dos sólidos. Assim, em condições iniciais iguais, a dilatação dos líquidos
será mais intensa que a dos sólidos.
A figura seguinte mostra um recipiente completamente preenchido por um líquido, a uma temperatura inicial
t0 .
Se aquecermos igualmente o conjunto, a dilatação do líquido será maior que a do recipiente e,
t0 portanto, parte do líquido irá transbordar.
A diferença entre a dilatação do líquido e a do sólido é chamada de dilatação aparente. As-
sim:
DVAP. = DVLIQ. + DVREC.
Observação:
Sempre que partirmos de uma situação inicial onde o líquido e o recipiente possuem o mesmo volume, a
dilatação aparente será a quantidade do líquido que transborda. Porém, se o volume inicial do líquido for
B.1) Comportamento Anormal da Água
Na seção anterior, afirmamos que um corpo aquecido irá apresentar um aumento em suas dimensões que
chamamos de dilatação térmica. Pelo texto apresentado, qualquer corpo que tenha um aumento em sua
temperatura irá verificar uma dilatação.
Existe uma exceção a esta regra que é a água. No intervalo de temperaturas de 0°C a 4°C, a água se com-
porta de maneira oposta ao que foi dito, ou seja:
1 - Quando aquecemos uma certa massa de água, de 0°C a 4°C, o seu volume diminui.
2 - Quando resfriamos uma certa massa de água, de 4°C a 0°C, o seu volume aumenta.
3 - Quando uma certa massa de água, a 0°C, sofre solidificação, o seu volume aumenta.
O gráfico ao lado mostra o volume de uma massa de água V
em função da sua temperatura. Note que, no estado líquido, • Sólido
o volume da água é mínimo a 4°C.
Em países de clima frio, onde os lagos e rios se congelam
no inverno, este comportamento anômalo da água é de fun- • Líquido
damental importância para o equilíbrio ecológico. Imagine
um lago em uma região fria. No inverno, a temperatura do
ambiente vai diminuindo e provocando uma diminuição na
temperatura da água. Quando a superfície da água atinge os
4°C, o seu volume é o menor possível e, por conseqüência, 4 100 t(ºC)
a sua densidade é a maior.
12 Física - M2
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Por isso, a água a 4°C se desloca para o fundo do lago e não retorna mais. O congelamento do lago se
dará, portanto, da superfície para o fundo.
Quando a água começa a se solidificar, o gelo produzido possui uma densidade menor que a da água líquida,
ficando, portanto, na superfície do lago. Como o gelo é bom isolante térmico, irá se formar uma camada de gelo
com uma certa espessura que diminuirá consideravelmente as trocas de calor entre a água e o meio ambiente.
Este fato possibilita a preservação da vida no interior do lago. Note que se a água tivesse um comportamento
normal, o congelamento se daria do fundo para a superfície, matando as formas de vida que porventura
existissem no lago.
1) (PUC-MG) A respeito da energia, na forma de 4) (UFMG) Um bloco de 80 gramas foi colocado den-
calor, é INCORRETO afirmar que: tro de um calorímetro, bem isolado, contendo 50
gramas de água. Depois de várias horas, obser-
a) quando um gás absorve calor, mas sua tem-
vou-se uma situação final na qual havia, ainda, 80
peratura não varia, seu volume aumenta.
gramas de gelo no interior do calorímetro. Pode-se
b) calor e trabalho são grandezas físicas de concluir, desta experiência, que:
mesma natureza.
a) a condutividade térmica do gelo é igual à da água.
c) na transferência de calor por convecção,
ocorre transporte de matéria. b) as quantidades de calor contidas na água e no
gelo, na situação final, tornaram-se iguais.
d) calor é energia em trânsito.
c) a temperatura final do gelo e da água era de 0°C.
e) se um corpo possui elevada temperatura,
significa que possui grande quantidade de d) o calor específico do gelo é igual ao calor es-
calor. pecífico da água.
e) o calor latente de fusão do gelo é maior do que
2) (UFMG) Um ventilador ligado provoca a sensação a energia contida na água.
de frescor nas pessoas.
5) (UFMG) Este gráfico mostra como variam as temper-
A afirmativa que melhor descreve a explicação aturas de dois corpos, M e N, cada um de massa
desse fenômeno é: igual a 100 g, em função da quantidade de calor
a) o ventilador altera o calor específico do ar. absorvida por eles.
b) o ventilador aumenta a pressão do ar sobre
a pele das pessoas.
t(ºC)
c) o ventilador diminui a temperatura do ar.
d) o ventilador retira o ar quente de perto da
pele das pessoas.
Física - M2 13
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6) (Odonto-Diamantina) A capacidade calorífera (térmica) de uma amostra de água é cinco vezes maior do
que a de um bloco de ferro. Considere tal amostra de água na temperatura de 20°C e tal bloco de ferro
na temperatura de 50°C. Colocando-os num recipiente termicamente isolado e de capacidade térmica
desprezível, a temperatura final de equilíbrio, em °C, será igual a:
a) 12,5 b) 25 c) 35 d) 45 e) 70
7) (Odonto-Diamantina) Duas substâncias, P e Q, cujas massas são 100g e 200g, respectivamente, estão
no seu respectivo ponto de fusão. Para que ocorra a fusão completa, elas precisam receber a mesma
quantidade de calor. Se o calor latente de fusão de P é igual a 80 cal/g, o calor latente de fusão de Q,
em cal/g, é igual a:
a) 320 b) 160 c) 80 d) 40 e) 20
8) (FEFISA-SP) Misturando-se 100g de água a 70°C a 50g de água a 40°C, obtém-se uma temperatura final
igual a 55°C. Considerando-se o calor específico da água igual a 1,0 , os dados indicam que a massa
total de água cedeu calor para o ambiente. O calor cedido para o ambiente, em calorias, é igual a:
a) 2,5 . 102 b) 5,0 . 102 c) 7,5 . 102 d) 1,0 . 103
9) (UFMG) Uma substância foi resfriada no ar atmosférico. Durante o processo, foram feitas medidas de
tempo e temperatura que permitiram construir este gráfico.
A análise desse gráfico permite concluir que todas as alternativas estão corretas, EXCETO
t(ºC)
a) A solidificação ocorreu durante 10 minutos.
50
b) O sistema libera calor entre 5 e 15 minutos.
40
c) A temperatura de solidificação da substância é 35°C.
30
d) A temperatura da substância caiu 5 °C/min até o início
20 da solidificação.
10 e) A substância se apresentava nos estados líquido e
sólido entre 5 e 15 minutos.
0 5 10 15 20 25 30 tempo(min)
10 (PUC-MG) A água entra em ebulição à temperatura de 100ºC, quando submetida a uma pressão de 1
atm. Um antigo livro de Física diz que “é possível que a água entre em ebulição à temperatura ambiente”.
Sobre esse enunciado, podemos seguramente afirmar que:
a) é verdadeiro, somente se a pressão sobre a água for muito menor que 1 atm.
b) é falso, não havendo possibilidade de a água entrar em ebulição à temperatura ambiente.
c) é verdadeiro, somente se a pressão sobre a água for muito maior que 1 atm.
d) é verdadeiro, somente se a temperatura ambiente for muito elevada, como ocorre em clima de deserto.
e) é verdadeiro somente para a “água pesada”, tipo de água em que cada átomo de hidrogênio é sub-
stituído pelo seu isótopo conhecido como deutério.
11) (UFV) Ao derramarmos éter sobre a pele, sentimos uma sensação de resfriamento em consequência de:
a) a pele fornecer ao éter a energia responsável por sua mudança de fase.
b) o éter penetrar nos poros, congelando imediatamente os vasos sangüíneos.
c) o éter, por ser líquido, encontrar-se a uma temperatura inferior à da pele.
d) o éter limpar a pele, permintindo maior troca de calor com o ambiente.
e) o éter contrair os pêlos, proporcionando a sensação de resfriamento.
12) (PUC-MG) A quantidade de calor necessária para fundir 1,0g de gelo que se encontra à temperatura de
273K e sob 1 atm vale, em calorias: Dado: L = 80 cal/g.
a) zero b) 1,0 c) 80 d) 273 e) 540
13) (PUC-MG) Um bloco de gelo de 40kg a 0°C é posto sobre uma superfície horizontal e impulsionando,
percorrendo uma distância de 42m. Observa-se que houve a fusão de 20g do bloco. O coeficiente de
atrito entre o bloco e a superfície é: Dados: 1 cal = 4,2 J Lf = 80 cal/g g = 10 m/s2
a) 0,10 b) 0,15 c) 0,40 d) 0,55 e) 0,60
14 Física - M2
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14) (PUC-MG) O diagrama mostra a variação de temperatura de um corpo, em função do calor recebido.
Afirma-se que:
T
a) O calor específico do corpo é constante.
b) Durante o aquecimento, o corpo realizou trabalho.
T2
c) Houve mudança da fase na temperatura T1.
T1 d) A capacidade térmica é menor no intervalo de
0 a T1.
e) O corpo recebeu maior calor no intervalo de
Q T1 a T2.
0
15) (PUC-MG) Um calorímetro de capacidade térmica desprezível contém 1.000g de água a 0°C. Lançam-se
192g de alumínio a 100°C nessa água, atingindo-se 4°C de temperatura de equilíbrio. O calor específico
do alumínio, em , é:
a) 0,217 b) 0,093 c) 0,199 d) 0,550 e) 0,113
16) (UFLA) Num calorímetro de capacidade térmica 10 cal/°C, tem-se uma substância de massa 200g, calor
específico 0,2 cal/g°C a 60° C. Adiciona-se nesse calorímetro uma massa de 100g e de calor específico
0,1 cal/g°C à temperatura de 30°C. A temperatura de equilíbrio será de:
a) 55°C b) 45°C c) 25°C d) 30°C e) 70°C
17) Duas lâminas de metais diferentes, M e N, são unidas rigidamente. Ao se aquecer o conjunto até uma
certa temperatura, este se deforma, conforme mostra a figura.
Metal M
Metal N
18) (UFMG) O coeficiente de dilatação térmica do alumínio (Al) é, aproximadamente, duas vezes o coeficiente
de dilatação térmica do ferro (Fe). A figura mostra duas peças onde um anel feito de um desses metais
envolve um disco feito do outro. À temperatura ambiente, os discos estão presos aos anéis.
Física - M2 15
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19) O tanque de combustível de um carro de Fórmula I tem capacidade de 120 litros e são colocados 100
litros de combustível a 5°C. Considerando o coeficiente de dilatação volumétrica do combustível 1,2
x 10-3°C-1 e a variação de volume do tanque desprezível, então a 45°C o volume colocado terá um
acréscimo, em litros, de:
a) 4,8 litros b) 3,6 litros c) 2,4 litros d) 1,2 litros e) 20,0 litros
20) (Itaúna-MG) Uma garrafa de plástico cheia d’água é colocada no congelador de uma geladeira. No dia
seguinte, verifica-se que a garrafa está toda trincada. Assinale a alternativa que MELHOR explica o
fenômeno:
a) O gelo afunda na água, quebrando a garrafa.
b) A densidade do gelo é maior que a da água.
c) Ocorre choque térmico devido à diferença de temperaturas.
d) O peso do gelo é maior que o peso da mesma massa de água.
e) Uma massa de água tem mais volume na fase sólida que na fase líquida.
21) (UFLA) Uma barra de ferro, homogênea, é aquecida de 10°C até 60°C. Sabendo-se que a barra a
10°C tem um comprimento igual a 5,000 m e que o coeficiente da dilatação linear do ferro é igual
1,2 x 10-6 °C-1, podemos afirmar que a variação de dilatação ocorrida e o comprimento final da barra
foram de:
a) 5 x 10-4m; 5,0005m c) 3 x 10-4m; 5,0003m
b) 4 x 10-4m; 5,0004m d) 2 x 10-4m; 5,0002m
22) (UFMG) O comprimento L de uma barra, em função de sua temperatura t , é descrito pela expressão
L = L 0 + L 0 a (t - t 0), sendo L0 o seu comprimento à temperatura t0 e a o coeficiente de dilatação do
material da barra.
Considere duas barras, X e Y, feitas de um mesmo material. A uma certa temperatura, a barra X tem o
dobro do comprimento da barra Y . Essas barras são, então, aquecidas até outra temperatura, o que
provoca uma dilatação ∆X na barra X e ∆Y na barra Y.
A relação CORRETA entre as dilatações das duas barras é:
a) ∆x = ∆y b) ∆x = 4 ∆y c) d) ∆x = 2 ∆y
16 Física - M2
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2 - GÁS IDEAL
Quando estudamos uma certa substância no estado gasoso, sabemos que as suas partículas apresentam um
alto grau de desordem. Como conseqüência, o estado gasoso não possui nem forma nem volume definidos.
Além disso, podemos separar o estado gasoso em duas partes: vapor e gás.
O vapor pode ser liqüefeito por compressão e o gás, não.
Devido ao movimento caótico das partículas de um gás, é impossível estudar as características básicas (energia
e quantidade de movimento, por exemplo) de cada partícula. Só para que se tenha uma idéia, se quiséssemos
contar o número de moléculas de 1,0 mol de um gás qualquer através de um aparelho que registre uma molécula
a cada 1,0 x 10-6 segundo, levaríamos cerca de vinte bilhões de anos nesta contagem.
Está claro que o estudo dos gases deve ser puramente estatístico. Portanto, quando dissermos que a
velocidade das moléculas tem certo valor, deve-se entender que este é um valor médio.
Outra dificuldade que existe é a grande quantidade de gases, cada um com características particulares.
Para sanar essa dificuldade, vamos criar o modelo do gás ideal (perfeito) e estudar o comportamento
deste tipo de gás.
Para ser ideal, um gás teria que apresentar as seguintes características:
a) grande número de partículas.
b) o volume das partículas deve ser desprezível, em comparação com as distâncias por elas percor-
ridas.
c) as partículas do gás não interagem à distância.
d) as partículas efetuam choques perfeitamente elásticos que duram um intervalo de tempo muito
pequeno.
e) o movimento das partículas é totalmente caótico.
Não há exemplos de gases que sejam perfeitos. Porém, gases mantidos a altas temperaturas e baixas
pressões se aproximam muito das características citadas.
B) PRESSÃO: devido ao movimento caótico da partículas de um gás, a todo instante teremos a colisão des-
tas com as paredes internas do recipiente. A essas colisões podemos relacionar uma força de interação
entre o gás e o recipiente, o que irá produzir uma certa pressão.
Quando estudamos a hidrostática, vimos que pressão é a razão entre força aplicada e a área de aplica-
ção. No caso de um gás, a pressão por ele exercida está relacionada com o número de choques entre
as partículas e as paredes do recipiente.
C) VOLUME: os gases não possuem forma nem volume definidos. Sabemos que o volume de um gás é
igual ao volume do recipiente que o contém.
4 - EQUAÇÃO DE CLAPEYRON
Vamos imaginar um gás que possua uma número de mols igual a n. Esse gás está contido em um recipiente
de volume V, possui uma temperatura absoluta T e exerce uma pressão p sobre o recipiente.
N
O joule (J) foi obtido partir do produto das unidades (da pressão) e m3 (do volume).
m2
N
Lembre-se que . m3 = N . m = J
m2
R = 0,082 atm . L/mol . K
quando a pressão for dada em atmosferas e o volume, em litros.
Percebemos que em ambos os casos o número de mols deve ser trabalhado em mol e a temperatura, em
5 - EQUAÇÃO GERAL DOS GASES PERFEITOS
Sabemos que as grandezas que definem o estado de
um gás são a temperatura, a pressão e o volume.
Diremos que um gás sofreu uma transformação gás
quando essas grandezas se modificam. A equação gás
que é aplicada a essas transformações recebe o nome
de equação geral dos gases perfeitos.
p1, V1, T1 p2, V2, T2
A figura seguinte mostra um recipiente com a tampa
móvel que contém um gás ideal e dois estados dife- (estado 1) (estado 2)
rentes deste gás.
Se considerarmos que a massa de gás permanece a mesma dentro do recipiente, o número de mols, n, é constante.
Assim, podemos escrever a equação de Clapeyron para os dois estados do gás.
p1 . V1 p2 . V2
Estado 1: p1 . V1 = n R T1 ⇒ T = n . R (I) Estado 2: p2 . V2 = n R T2 ⇒ =n.R
1 T2
(II)
As duas equações anteriores são iguais.
p1 . V1 p2 . V2
=
Assim, T1 T2 que é a equação geral dos gases.
Iremos aplicar essa equação no estudo de algumas transformações gasosas específicas.
Observação: No caso de haver variação da massa do gás (devido a, por exemplo, um escapamento de
gás), o número de mols no estado 1 (n1) será diferente do número de mols no estado 2 (n2). Nesse caso, a
p1 . V1 p2 . V2
=
equação anterior pode ser escrita como sendo: n1 . T1 n2 . T2
18 Física - M2
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6 - TRANSFORMAÇÕES GASOSAS
A) Transformação isotérmica: É possível que um gás sofra uma
transformação, de um estado 1 para outro estado 2, de tal forma
que a sua temperatura permaneça constante (T1 = T2). Nesse
caso, a equação geral dos gases fica reduzida a:
Essa transformação recebe o nome de isotérmica (iso = igual; termos = temperatura) e, pela equação
1
apresentada, podemos concluir que a pressão é inversamente proporcional ao volume do gás (p α ).
V
O motivo desta característica pode ser explicado facilmente: se a
temperatura do gás é constante, a velocidade das moléculas tam-
bém o é. O aumento do volume do recipiente, por exemplo acarreta
em aumento no percurso médio das moléculas entre dois choques
sucessivos contra as paredes do recipiente. Por conseqüência, a
taxa de colisões (e a pressão) diminui.
O gráfico da pressão em função do volume é uma hipérbole
chamada isoterma. Veja:
B) Transformação isobárica: Uma transformação
gasosa em que a pressão exercida pelo gás é sem-
pre a mesma recebe o nome de isobárica (baros =
pressão). Nesse caso, o volume ocupado pelo gás é
diretamente proporcional à sua temperatura absoluta.
A equação dos gases pode ser escrita da seguinte
maneira: V V
1
= 2
p1, V1, T1 p2, V2, T2
T1 T2
Note que, com o volume constante, a distância média percorrida pelas partículas do gás entre dois choques
é sempre a mesma. O aumento da temperatura significa o aumento da velocidade média das partículas e,
portanto, a taxa de colisões aumenta.
O gráfico da pressão em função da temperatura absoluta é:
Física - M2 19
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7 - TRABALHO (W)
A) Trabalho em uma transformação isobárica
Vamos imaginar que uma certa massa de gás está contida em um recipiente cujo volume pode variar (êmbolo móvel).
Se fornecermos uma quantidade de calor ao gás é possível que, devido ao aumento verificado na energia
média das partículas, o gás “empurre” o êmbolo para cima, aumentando, portanto, o seu volume.
A figura seguinte mostra as situações inicial e final descritas no parágrafo anterior.
A transformação descrita é isobárica, ou seja, onde sabemos que o volume é diretamente proporcional à
temperatura absoluta.
calor
w w
w
20 Física - M2
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3 p = pressão
U= p. V
2 V = volume do gás
A variação da energia interna ( ∆U ) depende, portanto, da variação da temperatura absoluta do gás. Assim:
3
∆U = n R ∆T
2
9 - 1ª LEI DA TERMODINÂMICA
A 1ª lei da termodinâmica estabelece a relação existente entre o calor, o trabalho e a energia interna de um gás.
Podemos entender esta lei como uma lei da conservação da energia. A expressão matemática é: Q = W + ∆U
Q é a quantidade de calor trocada, que pode ser positiva quando o calor é recebido pelo gás, e negativa
quando o calor é cedido pelo gás.
Vamos aplicar essa lei às transformações gasosas.
A) Transformação isotérmica
Se a temperatura é constante, ∆U = 0. Assim a 1ª lei pode ser escrita da seguinte forma: Q = W
Essa expressão sugere que, mesmo recebendo calor, a temperatura do gás não se altera, pois toda a energia
recebida é gasta sob forma de trabalho.
B) Transformação isobárica
Nesse caso, os três termos da 1ª lei são diferentes de zero. Logo: Q = W + ∆U
Se o gás receber calor, parte dessa energia será utilizada para realizar trabalho e a outra parte será arma-
zenada sob a forma de energia interna. Se o gás ceder calor, o trabalho será realizado sobre o gás e a sua
temperatura irá diminuir.
C) Transformação isovolumétrica
Quando o volume permanece constante, não há a realização de trabalho (W = 0). Dessa forma, a 1ª lei fica
reduzida a: Q = ∆U
Isso significa que todo o calor recebido pelo gás é armazenado sob forma de energia interna. Por outro lado,
se o gás ceder calor, ele utiliza a sua energia interna para tal fim.
D) Transformação adiabática
Chamamos de transformação adiábatica aquela que se processa sem troca de calor entre o gás e o meio
externo (Q = 0). Assim: W = - ∆U
Note que, se o gás realizar trabalho (aumento de volume, W > 0), a sua energia interna diminui (diminuição de
temperatura, ∆U < 0). Por outro lado, se o meio externo realizar trabalho sobre o gás (diminuição de volume,
W < 0), a energia interna do gás irá aumentar (aumento de temperatura, ∆U > 0).
Física - M2 21
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10 - 2ª LEI DA TERMODINÂMICA
Quando aplicamos a 1ª lei da Termodinâmica à transformação isotérmica, encontramos uma situação ab-
surda: como Q = W, seria possível de se obter um aproveitamento de 100% do calor recebido por um gás.
Na prática, não se obtém esse rendimento.
A 2ª lei da Termodinâmica aparece para restringir esse ponto incorreto da 1ª lei. Para que possamos com-
preender a 2ª lei, vamos imaginar uma máquina térmica (M.T.) que necessite de uma certa quantidade de
calor Q1 para funcionar.
Essa máquina está recebendo o calor Q1 de uma fonte térmica, chamada fonte quente que está a tem-
peratura TQ. De todo a calor recebido, uma parte será aproveitada pela máquina para a realização de um
trabalho W. A máquina térmica irá, sempre, ceder a uma outra fonte térmica (fonte fria) uma quantidade de
calor Q2. A fonte fria está a uma temperatura TF. Veja o esquema:
TQ TF
FONTE Q1 Q2 FONTE
MT
QUENTE FRIA
W
Q1 = W + Q2
A 2ª lei da Termodinâmica afirma que é impossível a uma máquina térmica aproveitar a integridade da
quantidade de calor que recebe da fonte quente, ou seja, Q2 ≠ 0.
energia útil W
Para uma máquina térmica, R = = , mas Q1 = W + Q2 ⇒ W = Q1 - Q2
energia total Q1
Q − Q2 Q2
R= 1 ⇒ R = 1−
Q1 Q1
11 - O CICLO DE CARNOT
Uma vez que se sabe que o rendimento de uma máquina térmica nunca será de 100%, podemos tentar
imaginar uma maneira de se aproveitar o máximo possível o calor recebido.
O físico Sadi Carnot descobriu um ciclo de transformações (hoje chamado ciclo de Carnot) no qual o ren-
dimento será o maior possível.
O ciclo de Carnot se constitui de: expansão isotérmica (AB), expansão adiabática (BC), compressão isoté-
rmica (CD) e compressão adiabática (DA). Veja:
22 Física - M2
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1) (ENEM) A panela de pressão permite que os alimentos sejam cozidos em água muito mais rapidamente
do que em panelas convencionais. Sua tampa possui uma borracha de vedação que não deixa o vapor
escapar, a não ser através de um orifício central sobre o qual assenta um peso que controla a pressão.
Quando em uso, desenvolve-se uma pressão elevada no seu interior. Para a sua operação segura, é
necessário observar a limpeza do orifício central e a existência de uma válvula de segurança, normal-
mente situada na tampa.
O esquema da panela de pressão e um diagrama de fase da água são apresentados abaixo.
A vantagem do uso de panela de pressão é a rapidez para o cozimento de alimentos e isto se deve
a) à pressão no seu interior, que é igual à pressão externa.
b) à temperatura de seu interior, que está acima da temperatura de ebulição da água no local.
c) à quantidade de calor adicional que é transferida à panela.
d) à quantidade de vapor que está sendo liberada pela válvula.
e) à espessura da sua parede, que é maior que a das panelas comuns.
2) (ENEM) Se, por economia, abaixarmos o fogo sob uma panela de pressão logo que se inicia a saída de
vapor pela válvula, de forma simplesmente a manter a fervura, o tempo de cozimento
a) será maior porque a panela “esfria”.
b) será menor, pois diminui a perda de água.
c) será maior, pois a pressão diminui.
d) será maior, pois a evaporação diminui.
e) não será alterado, pois a temperatura não varia
3) (UFMG) Um mergulhador, em um lago, solta uma bolha de ar de volume V a 5,0 m de profundidade. A
bolha sobe até a superfície, onde a pressão é a pressão atmosférica.
Considere que a temperatura da bolha permanece constante e que a pressão aumenta cerca de 1,0 atm
a cada 10 m de profundidade.
Nesse caso, o valor do volume da bolha na superfície é, aproximadamente,
a) 0,67 V
b) 2,0 V
c) 0,50 V
d) 1,5 V.
Física - M2 23
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ÓPTICA E ONDULATÓRIA
ÓPTICA GEOMÉTRICA
REFLEXÃO DA LUZ
1 - INTRODUÇÃO
A Óptica é a parte da Física que estuda a luz. Ela é dividida em Óptica Física (que se preocupa em investigar
a natureza da luz) e Óptica Geométrica (que estuda a propagação da luz em vários meios e os fenômenos
que podem acontecer durante essa propagação).
Vamos estudar, neste capítulo, a Óptica Geométrica, onde teremos oportunidade de trabalhar com, basica-
mente, dois fenômenos relacionados com a luz: reflexão e refração.
Entenderemos os processos de formação de imagens em espelhos e lentes, faremos uma investigação de
alguns aparelhos ópticos como a câmara escura, a lupa e o microscópio e estudaremos a óptica da visão.
2 - CONCEITOS INICIAIS
A) Luz: é o tipo de onda eletromagnética (pode se propagar no vácuo) responsável pelas nossas sensações
visuais, cujas freqüências vão de 4,0 x 1014 Hz a 7,5 x 1014 Hz.
Se a luz emitida por algum objeto atingir os nossos olhos, podemos dizer que estamos enxergando este
objeto. Dependendo do tipo de luz que este objeto está emitindo, teremos a sensação da formação de uma
B) Fontes de Luz
São todos os objetos que emitem luz, própria ou não. Note que se um objeto é uma fonte de luz, ele pode
ser visto por nós. Dizemos que as fontes de luz são, portanto, os objetos visíveis.
B.1) Fontes Primárias: são aquelas que possuem um mecanismo próprio para a emissão de luz, ou seja,
estas fontes “criam” a luz por elas emitida. O Sol, uma vela acesa e uma chama são exemplos de fonte de
luz primária. São também chamadas de corpos luminosos.
B.2) Fontes Secundárias: são corpos que necessitam receber luz de outros corpos para serem vistos. Estes
corpos apenas refletem parte da luz que incide sobre eles. São também chamadas de corpos iluminados.
B.3) Fontes Puntiformes: são aquelas cujo tamanho é desprezível em relação ao todo observado. As
estrelas que vemos durante a noite são, para nós, fontes puntiformes.
B.4) Fontes Extensas: são fontes cujo tamanho não pode ser desprezado. Se observarmos o farol de um
automóvel a 20 centímetros de distância, ela será, para nós, uma fonte de luz extensa.
C) Princípios da Óptica Geométrica
C.1) Princípio da Propagação Retilínea: Em meios homogêneos e isótropos (as características são indepen-
dentes da direção de observação) a luz se propaga em linha reta. Este princípio é de grande importância para
o estudo da Óptica Geométrica por apresentar as condições para que a luz se desloque em linha reta.
Veremos, a seguir, algumas conseqüências deste princípio.
C.1.1) Formação de Sombras: A figura mostra uma fonte puntiforme, um corpo opaco e um anteparo,
dispostos nesta ordem.
Alguns raios luminosos que são emitidos pela fonte não con-
seguem atingir o anteparo, pois o corpo opaco não permite que
eles passem. Dessa forma, podemos produzir, no anteparo, uma
região escura chamada sombra (ou umbra).
24 Física - M2
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C.2) Princípio da Independência dos Raios Luminosos: Quando dois raios de luz se cruzam, cada um
deles segue o seu caminho, como se nada tivesse acontecido.
C.3) Princípio da Reversibilidade dos Raios Luminosos: Trocando-se de posição o objeto e o observador, o
caminho seguido pelo raio luminoso é o mesmo, havendo, somente, uma inversão no sentido de propagação.
3 - REFLEXÃO DA LUZ
Imagine um raio luminoso que se propaga em um meio A e incide na superfície de separação deste meio
com outro meio B. Este raio luminoso pode não conseguir atravessar a superfície e retornar para o meio A.
Este fenômeno é chamado de REFLEXÃO LUMINOSA.
Para que possamos estudar a reflexão luminosa, existem alguns elementos importantes e que estão rep-
resentados na figura seguinte.
Física - M2 25
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A) Leis da Reflexão
1ª Lei: A reta normal, o raio incidente e o raio refletido são coplanares.
2ª Lei: O ângulo de incidência é congruente ao ângulo de reflexão (i = r).
B) Tipos de Reflexão
B.1) Reflexão Especular (Regular): É o tipo de reflexão que ocorre em superfícies perfeitamente polidas.
Neste tipo de reflexão, um feixe cilíndrico incidente se transforma em um feixe cilíndrico refletido. A formação
de imagens em espelhos está relacionada com este tipo de reflexão.
B.2) Reflexão Difusa (Difusão): É o tipo de reflexão que ocorre em superfícies rugosas onde, a partir de
um feixe incidente cilíndrico, os raios luminosos são “espalhados” em diversas direções, devido à rugosidade
da superfície. É através deste tipo de reflexão que podemos ver vários objetos à nossa volta.
4 - ESPELHOS PLANOS
A toda superfície plana e polida, capaz de refletir a luz (em parte) de maneira
especular, formando imagens, damos o nome de espelho plano.
Um espelho plano será representado, esquematicamente, por um traço. Veja
Para que possamos compreender a formação de imagens no espelho plano, é importante que entenda-
mos o significado de PONTO OBJETO, PONTO IMAGEM, PONTO REAL e PONTO VIRTUAL. Faremos
a definição destes pontos de maneira genérica, em função daquilo que iremos necessitar em todo o
estudo da óptica geométrica
1) PONTO OBJETO: é o ponto formado pelo encontro de raios luminosos
que incidem no sistema óptico (neste caso, o espelho plano).
26 Física - M2
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Como a imagem A’B’ é formada pelos prolongamentos dos raios refletidos, ela é uma IMAGEM VIRTUAL, o
que significa que esta imagem não pode ser projetada em anteparos. Podemos perceber que há uma grande
simetria entre o objeto e a imagem. Assim, dizemos que a imagem é DIREITA (não invertida) e IGUAL (do
mesmo tamanho) em relação ao objeto. Além disso, a distância entre o objeto e o espelho (Do) é igual à
distância entre a imagem e o espelho (Di).
Resumindo estas características,
dizemos que, em relação ao objeto, Observação:
a imagem é:
VIRTUAL Devido ao processo de formação de imagens, o espelho plano
promove a REVERSÃO da imagem, ou seja, ocorre a troca da
DIREITA orientação esquerda-direita da imagem em relação ao objeto.
Se chegarmos em frente a um espelho plano e fecharmos o
IGUAL
olho direito, teremos a impressão de que a imagem fechou o
Do = Di olho esquerdo.
5 - ESPELHOS ESFÉRICOS
Um espelho esférico é uma secção de uma esfera capaz de refletir a
luz de maneira especular e formar imagens.
Face externa
Quando o espelho produzir imagens através da reflexão da luz em sua
parte interna, ele é chamado de ESPELHO ESFÉRICO CÔNCAVO.
Este tipo de espelho pode ser utilizado na construção de telescópios, por
exemplo, por formar, em determinadas condições, imagens reais. Face interna
Se a formação da imagem for feita pela reflexão luminosa em sua
parte externa, teremos um ESPELHO ESFÉRICO CONVEXO. Alguns
espelhos retrovisores externos de automóveis são deste tipo. Em
Calota esférica de vidro
comparação com os espelhos planos e côncavos, este tipo de espelho
tem a capacidade de produzir o maior campo visual.
A) Elementos de um Espelho Esférico: Para que possamos compreender a formação de imagens nos
espelhos esféricos, é necessário que conheçamos alguns de seus elementos principais. Estes elementos
são os mesmos para os espelhos côncavo e convexo. A figura seguinte relaciona estes elementos.
Quando um espelho côncavo é disposto contra o Sol, de tal forma que os raios solares incidam paralelamente
ao eixo principal, nota-se uma pequena “mancha” luminosa à frente deste espelho. Isto ocorre porque os
raios luminosos que incidem paralelos ao eixo principal são refletidos em direção a um ponto chamado foco.
O nome foco deriva do latim focus, que significa fogo. Se uma folha de papel for colocada nesta “mancha”
luminosa, poderá pegar fogo. Na prática, um espelho esférico não possui um único ponto focal. Este é o
motivo de, na experiência descrita acima, verificarmos o aparecimento de uma “mancha” luminosa e não de
um ponto luminoso. Porém, em nosso estudo, iremos considerar que todo raio que incida paralelamente ao
eixo principal se reflete passando pelo foco. A distância entre o foco e o espelho é chamada de distância
focal (f) .
Física - M2 27
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Centro de curvatura representa o centro da esfera de onde foi retirada a calota. A distância entre o centro
de curvatura e o espelho é, portanto, o raio do espelho (R).
Dois segmentos de reta que ligam o centro de curvatura até as extremidades do espelho esférico determinam
o ângulo de abertura do espelho (a). Veja.
Para que a imagem produzida pelo espelho esférico seja nítida, é necessário
que o seu ângulo de abertura seja muito pequeno (um limite razoável é
α ≤ 10º). Este limite é chamado de condição de Gauss.
Quando este limite for respeitado, podemos dizer que a distância focal é a
R
metade do raio, ou seja, f = .
2
B) Raios Notáveis: São raios luminosos especiais cuja reflexão devemos conhecer para que possamos
determinar graficamente as imagens produzidas pelos espelhos esféricos.
Espelho Côncavo
F C F C
Todo raio que incide num espelho esférico côn- Todo raio que incide num espelho esférico côn-
cavo passando pelo centro de curvatura reflete- cavo paralelamente ao eixo principal reflete-se
se sobre si mesmo. passando pelo foco.
V F C F C
Todo raio que incide no vértice de um espelho Todo raio que incide num espelho esférico
esférico côncavo reflete-se de tal forma que o côncavo passando pelo foco reflete-se parale-
ângulo de incidência e o ângulo de reflexão são lamente ao eixo principal.
iguais em relação ao eixo principal.
Espelho Convexo
Nos espelhos convexos, esses mesmos raios se comportam da seguinte forma:
F C F C
Raio incidente na direção normal à superfície. Raio incidente paralelo ao eixo principal.
F C F C
28 Física - M2
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C) Fomação de Imagens:
A
Objeto extenso além do
real
ponto C, em que: B’
menor
C = centro de curvatura B C F V
invertida
F = foco principal A’
V = vértice
A
real
Objeto extenso sobre C igual
B’ º B º C F V
invertida
A’
A
real
Objeto extenso entre B’
invertida
CeF C B F V
maior
A’
A
A imagem é denominada
Objeto extenso sobre F C imprópria, pois os raios re-
BºF V fletidos são paralelos.
virtual
A
A’ virtual
Objeto extenso loca-
lizado na frente do es- menor
pelho C F B’ V B direita
Física - M2 29
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Na figura:
f = distância focal
Do = distância do objeto ao espelho
Di = distância da imagem ao espelho
Ho = tamanho do espelho
Hi = tamanho da imagem
Além das equações acima, temos que conhecer uma convenção de sinais para f e Di. Veja:
2) Na figura está representado um espelho plano vertical e um eixo horizontal onde estão os pontos A, B, C,
D, E, F, G e H, eqüidistantes entre si.
Se o espelho plano sofrer uma translação, passando
do ponto C ao ponto D, a imagem de A vai passar:
a) do ponto D para o ponto E.
b) do ponto E para o ponto G.
A B C D E F G H
c) do ponto E para o ponto F.
d) do ponto E para o ponto H.
e) do ponto F para o ponto G.
3) (UFMG) Observe a figura.
30 Física - M2
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4) (UFMG) Um raio de luz monocromática incide sobre a superfície refletora de um espelho plano, num
ângulo de 45°, como representado na figura.
0
O espelho é, então, girado de 45° no sentido horário, no plano
da figura, em torno do ponto O (figura). O raio é mantido na
mesma direção.
45° A figura que melhor representa a situação final é:
a) b) c)
45°
d) e)
45°
5) (Itaúna-MG) Diante de um espelho, uma pessoa vê a sua imagem maior e direita (não invertida). Pode-se
afirmar que essa pessoa está diante de um espelho:
a) côncavo, entre o centro de curvatura e o foco. d) convexo.
b) côncavo, entre o foco e o vértice. e) plano ou côncavo.
c) côncavo ou convexo.
8) (Itaúna-MG) A figura mostra uma vela diante de um espelho. Pode-se afirmar que o espelho da figura é:
a) côncavo e a vela está no centro de curvatura do espelho.
b) côncavo e a vela está no foco do espelho.
c) côncavo e a vela está entre o foco e o vértice.
d) convexo, pois a imagem não é invertida.
e) convexo, pois a imagem é maior que a vela.
Física - M2 31
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10) (PUC-MG) O espelho retrovisor externo dos carros está sendo construído com espelhos ligeiramente
convexos para aumentar o campo de visão do motorista. Isso quer dizer que:
I. a imagem formada é maior.
II. a imagem formada parece mais afastada.
III. a imagem formada parece mais próxima.
11) (UFV) A distância entre um objeto e a sua imagem real projetada num anteparo é de 30cm. Calcule o
raio de curvatura do espelho, sabendo que a imagem é quatro vezes maior que o objeto.
a) 16cm
b) 20cm
c) 30cm
d) 45cm
e) 8,0cm
12) (ENEM) A sombra de uma pessoa que tem 1,80 m de altura mede 60 cm. No mesmo momento, a seu
lado, a sombra projetada de um poste mede 2,00 m. Se, mais tarde, a sombra do poste diminuiu 50 cm,
a sombra da pessoa passou a medir:
a) 30 cm
b) 45 cm
c) 50 cm
d) 80 cm
e) 90 cm
32 Física - M2
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ÓPTICA GEOMÉTRICA
REFRAÇÃO DA LUZ
1 - INTRODUÇÃO
No capítulo anterior, tivemos a oportunidade de estudar alguns conceitos fundamentais para o entendimento
da óptica geométrica: raio de luz, feixe, meios de propagação e tipos de imagens. Vamos utilizar vários destes
conceitos para que possamos compreender o fenômeno da refração da luz.
Após o estudo das leis da refração, teremos a oportunidade de trabalhar com alguns fenômenos ópticos
relacionados com a refração, tais como a reflexão total, a dispersão luminosa e a formação de imagens
pelas lentes.
Pela definição, podemos notar algumas caracterísitcas importantes do índice de refração absoluto, que são:
1. o índice de refração é inversamente proporcional à velocidade de propagação da luz em um certo meio.
2. o índice de refração é uma grandeza adimensional, por se tratar da razão entre duas velocidades.
c
3. o menor índice de refração que existe é o do vácuo, n0 = = 1. Como o índice de refração do ar é um
c
valor muito próximo do índice de refração do vácuo, iremos considerar que: nvacuo = nar = 1
Observações
1) Quando comparamos o índice de refração de dois meios, estamos estudando o índice de refração relativo.
Vamos imaginar dois meios, A e B, que possuem índices de refração absolutos, nA e nB . O índice de
nA
refração relativo de A em relação a B é: nA ,B = n
B
2) Quando um meio A possui um índice de refração absoluto maior do que o de um meio B, dizemos que A
é mais refringente que B.
3 - REFRAÇÃO DA LUZ
Vamos considerar um determinado raio de luz monocromática (de uma só cor) que incide obliquamente na
superfície de separação entre os meios A e B, vindo de A. É possível que este raio luminoso seja transmitido
de A para B e, por causa desta transmissão, haverá um desvio em sua direção de propagação. A este fenô-
meno damos o nome de refração da luz.
Podemos perceber que a mudança de meio conduz a uma mudança no valor da velocidade de propagação da luz.
A figura seguinte mostra as duas possibilidades de desvio em uma refração.
Na figura, temos:
RI - Raio Incidente; RR - Raio Refratado;
i - ângulo de incidência; r - ângulo de refração.
Note que o raio luminoso pode se aproximar da reta normal
(no primeiro caso) ou se afastar da normal (no segundo
caso). É devido a esta mudança na direção de propaga-
ção do raio luminoso que temos a impressão de que uma
colher está torta quando ela está imersa na água.
Física - M2 33
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A) Leis da Refração
1ª Lei: O raio incidente, a reta normal e o raio refratado são coplanares.
2ª Lei: Lei de Snell-Descartes.
nA sen i = nB sen r
Utilizando esta lei, podemos concluir o que vai, de fato, acontecer com um raio luminoso durante uma ref-
ração. Vejamos:
1º caso: A luz sofre refração do meio mais para o menos refringente (nA > nB). Para que a lei de Snell-Des-
cartes seja verificada, é necessário que sen i < sen r e, portanto, que i < r.
Assim, a luz irá se afastar da normal.
2º caso: A luz vai passar do meio menos para o mais refringente (nA < nB). Podemos concluir que, neste
caso, sen i > sen r e, portanto, i > r.
Dessa forma, a luz irá se aproximar da normal.
Observação:
Quando um raio luminoso incide perpendicularmente à superfície, ele é transmitido para o outro meio. Porém,
neste caso, não ocorre desvio, ou seja, o raio luminoso que emerge da superfície de separação também é
perpendicular a ela.
B) Ângulo Limite: Já sabemos que quando um raio luminoso sofre refração, passando do meio mais para o
menos refringente, ele se afasta da reta normal. Vamos imaginar vários raios de luz monocromática que são
emitidos no fundo de um tanque com água e incidem na interface água-ar com ângulos de incidência distintos.
Podemos perceber, pela figura, que o aumento no ângulo
de incidência i provoca um aumento no ângulo de refração r.
Quando o raio luminoso incide com um ângulo de incidência
igual a i4 , ele é refratado de maneira rasante à superfície.
É fácil perceber que este é o maior ângulo de incidência
possível para que haja refração, pois o ângulo de refração
relacionado atingiu o seu valor máximo (90º). Este ângulo de
incidência máximo recebe o nome de ângulo limite (L).
Utilizando a lei de Snell-Descartes, podemos obter uma
expressão para o cálculo deste ângulo limite para um par
de meios refringentes A e B (nA > nB).
n
nA sen L = nB sen 90° ⇒ sen L = B
nA
Se um raio luminoso incidir na superfície de separação formando um ângulo i > L, não haverá refração.
Neste caso, dizemos que este raio sofrerá reflexão total.
Podemos estabelecer, portanto, que quando um raio luminoso encontra a superfície de separação entre dois
meios refringentes, vindo do meio mais refringente, existem duas possibilidades:
1. se i ≤ L ⇒ haverá refração, com o raio luminoso se afastando da normal.
2. se i > L ⇒ haverá reflexão total.
No caso do raio luminoso incidir na superfície de separação, vindo do meio menos refringente, a refração
é sempre possível.
C) Dispersão Luminosa: A luz que recebemos do Sol é dita policromática por ser formada por 7 cores
(vermelho, alaranjado, amarelo, verde, azul, anil e violeta). Estas 7 cores juntas formam a cor branca. Por
isso, dizemos que a luz solar é branca.
Quando a luz branca está se propagando no vácuo, todas as cores possuem a mesma velocidade c = 300.000
km/s. Porém, este é o único meio em que as cores possuem a mesma velocidade. Em qualquer outro meio,
a luz vermelha possui a maior velocidade e a luz violeta, a menor.
• no vácuo: Vverm. = Valar. = Vamr. = Vverde = Vazul = Vanil = Vviol.
• outros meios: Vverm. > Valar. > Vamr. > Vverde > Vazul > Vanil > Vviol.
34 Física - M2
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De acordo com a relação apresentada, podemos concluir que o índice de refração de um certo meio (exceto o vácuo)
depende da cor da luz que viaja nele. Para estes meios, podemos, então, estabelecer a seguinte relação:
nverm. < nalar. < namr. < nverde < nazul < nanil < nviol.
4 - LENTES ESFÉRICAS
Uma lente é um aparelho óptico capaz de formar imagens através da refração da luz. A lente é chamada de
esférica quando pelo menos uma de suas faces for esférica.
A) Tipos de Lente: São 6 os tipos de lentes esféricas. Veja:
B) Comportamento Óptico de uma lente: Uma lente pode ser classificada em convergente ou divergente.
Esta classificação está relacionada com a capacidade da lente em aproximar ou afastar um feixe cilíndrico
que incida sobre a lente.
A tabela seguinte nos fornece a classificação da lente em função da sua forma e dos índices de refração do
meio que envolve a lente e do material de que é feito a lente.
Física - M2 35
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Exemplos:
1)
N
N Ar
Ar Ar
Ar
Vidro
Vidro
N N
Lente convergente de bordas finas Lente divergente de bordas grossas
Nas duas situações, o raio afasta-se da reta normal N ao refratar-se na face esférica porque passa do
meio mais refringente (vidro) para menos refringente (ar).
2)
N
Vidro Ar N
Vidro
Vidro Vidro
Ar
N
Lente
divergente de bordas finas Lente convergente de bordas grossas
Nas duas situações, o raio aproxima-se da reta normal N ao refratar-se na face esférica porque passa
do meio menos refringente (ar) para o mais refringente (vidro).
C) Elementos de uma Lente Esférica: Definiremos os elementos para uma lente convergente, mas tudo
o que for discutido neste tópico é válido também para as lentes divergentes.
36 Física - M2
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D) Raios notáveis:
Lentes convergentes
F’
Todo raio que incide no centro Todo raio que incide parale-la- Todo raio que incide passando
óptico atravessa a lente sem mente ao eixo principal, depois pelo foco emerge paralelo ao
sofrer desvio. de refratado, passa pelo foco. eixo principal.
Lentes divergentes
F’ F
Todo raio que incide no centro Todo raio que incide paralelamente Todo raio que incide na direção
óptico atravessa a lente sem ao eixo principal sai da lente numa do foco emerge paralelo ao eixo
sofrer desvio. direção que contém o foco. principal.
E) Formação de imagens
1º caso: objeto antes de A.
Características
da imagem
2º caso: objeto em A.
Características
da imagem
A
F
real
A O F A
invertida
igual
Características
da imagem
A F O F A real
invertida * Este é o caso dos projetores.
maior
Física - M2 37
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4º caso: objeto em F.
Para utilizarmos esta equação, devemos levar em consideração a seguinte convenção de sinais para os raios.
- face convexa ® raio positivo 1
Quando a face for plana, iremos considerar o raio infinito. Assim, →0
- face côncava ® raio negativo ∞
H) Vergência (V) de uma lente: é uma grandeza relacionada com a capacidade de desviar a luz que uma
lente possui. Matematicamente, a vergência é o inverso da distância focal.
Se a distância focal for dada em metros, a unidade da vergência será:
38 Física - M2
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5 - O OLHO HUMANO
A figura seguinte mostra, de maneira esquemática, as principais estruturas do olho humano.
1) (UFMG) A luz proveniente de uma estrela sofre refração ao passar do vácuo interestelar para a atmosfera terrestre.
A conseqüência disso é que a posição em que vemos a estrela não é a sua verdadeira posição. A figura mostra,
de forma simplificada, a posição aparente de uma estrela vista por um observador na superfície da Terra.
A B A posição verdadeira da
D estrela está mais próxima
do ponto:
vácuo C
a) A
b) B
atmosfera c) C
d) D
Física - M2 39
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2) (PUC-MG) Um raio luminoso, monocromático, incide sobre uma peça de vidro transparente, com ângulo
de incidência igual a 60°. Observa-se que parte do raio incidente se reflete e parte dele refrata, conforme
figura abaixo. Considere o índice de refração de ar igual a 1 e o do vidro igual a 1,5. Nessa situação, o ângulo
formado pelo raio refletido e o raio refratado é aproximadamente igual a:
N
DADOS
3) (PUC-MG) Quando observamos uma cidade à noite e de longe, vemos que suas luzes piscam inces-
santemente (cintilam). Esse fenômeno é melhor explicado pela:
a) alternância da corrente elétrica, que acende e apaga as luzes 60 vezes por segundo.
b) interferência dos raios luminosos.
c) difração da luz que passa entre as construções.
d) dispersão da luz, provocada pela grande distância entre o observador e a cidade.
e) refração da luz nas camadas de ar.
4) (UFMG) Esta figura mostra um feixe de luz incidindo sobre uma parede de vidro a qual está separando o ar da água.
ar vidro água
A alternativa que melhor representa a trajetória do feixe de luz passando do ar para a água é:
a) b) c) d) e)
5) (UFOP) Quando observamos uma colher dentro de um copo de vidro transparente, parcialmente cheio
com água, vemos que a parte imersa não encontra a parte emersa.
Este fato pode ser explicado pela:
observador
a) Reflexão da luz.
b) Refração da luz.
c) Dispersão da luz.
d) Difração da luz.
e) Polarização da luz.
objeto
40 Física - M2
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6) (UFMG) O princípio básico de funcionamento de uma fibra óptica consiste em colocar um material X,
com índice de refração nx, no interior de outro material Y, com índice de refração ny. Um feixe de luz que
incide em uma extremidade de X atravessa para a outra extremidade, sem penetrar no material Y, devido
a múltiplas reflexões totais. Essa situação está ilustrada na figura.
8) (UFV) Analisando o fenômeno esquematizado abaixo, pode-se concluir que o índice de refração:
gota d’água
luz branca a) é uma constante universal, comum a todos os materiais.
b) é maior para a luz vermelha do que para a luz violeta.
c) não depende do comprimento de onda da luz.
d) é nulo para a água, por esta ser transparente.
violeta
e) é menor para a luz vermelha do que para a luz violeta.
vermelha
9) (PUC-MG) Para se produzirem lentes, basta associar, aos pares, três tipos de superfícies rígidas e trans-
parentes: plana, côncava e convexa. O número de lentes que podemos formar, para corrigir a hiperme-
tropia, é igual a:
a) 1 b) 2 c) 3 d) 4 e) 5
10) (UFMG) Observe o diagrama.
Nesse diagrama, estão representados um
objeto AB e uma lente convergente L.
B
A
são focos dessa lente.
A imagem A’B’ do objeto AB será:
F1 F2 a) direta, real e menor do que o objeto.
L b) direta, virtual e maior do que o objeto.
c) direta, virtual e menor do que o objeto.
d) invertida, real e maior do que o objeto.
e) invertida, virtual e maior do que o objeto.
11) (UFLA) Considere uma máquina fotográfica, equipada com uma objetiva de distância focal igual a 50mm.
Para que a imagem esteja em foco, a distância entre o centro óptico da objetiva e o plano do filme, para
um objeto situado a 1m da lente, deverá ser:
a) 50,0 mm b) 52,6 mm c) 47,6 mm d) 100 mm e) 150 mm
12) (UFMG) Uma imagem real de um objeto real pode ser formada por:
a) um espelho plano.
b) uma lupa, usada como lente de aumento.
c) um espelho convexo, com o objeto colocado entre o espelho e o foco.
d) um espelho côncavo, com o objeto colocado entre o espelho e o foco principal.
e) uma lente convergente, com o objeto colocado a uma distância da lente maior do que sua distância focal.
Física - M2 41
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14) Em uma descrição simplificada, a imagem de um objeto é formada no olho humano por uma lente, o
cristalino, que produz essa imagem sobre a retina, conforme mostra, esquematicamente, a figura.
objeto
imagem
retina
cristalino
Uma pessoa olha um carro que dela se afasta. Para continuar vendo o carro em foco, os músculos do olho
dessa pessoa modificam a forma do cristalino.
Essa modificação deve ser no sentido de:
a) manter a distância focal do cristalino. c) tornar o cristalino uma lente mais convergente.
b) tornar o cristalino uma lente divergente. d) tornar o cristalino uma lente menos convergente.
15) Num concurso de conhecimentos entre duas escolas, A e B, foi pedido que se formulassem afirmativas
sobre alguns assuntos de óptica. As frases dos alunos estão transcritas a seguir. Verifique quais as cor-
retas e marque a alternativa que apresenta o resultado da competição.
ASSUNTO: VISÃO
ESCOLA A - “A visão é possível, porque nossos olhos emitem pequenas partículas que, ao atingirem
o objeto, o torna visível para nós.”
ESCOLA B - “A visão é possível porque a luz, refletida nos objetos, chega aos olhos do observador.”
ESCOLA A - “A refração é a mudança de direção que um raio luminoso sofre ao passar de um meio
para outro.”
ESCOLA B - “A refração é a capacidade que um raio luminoso possui de contornar obstáculos.”
ESCOLA A - “Um objeto, que se apresenta amarelo à luz solar, em um quarto escuro onde está acesa
uma luz monocromática azul, se apresentará escuro.”
ESCOLA B - “Se um objeto nos apresenta verde ao ser iluminado por luz verde, certamente este objeto é verde.”
ESCOLA A - “Em uma pessoa míope, a imagem se forma na frente da retina: para a correção deste
defeito, deve-se usar óculos com lentes divergentes.”
ESCOLA B - “Em uma pessoa hipermétrope, a imagem se formaria atrás da retina: para corrigir este
defeito, deve-se usar óculos com lentes convergentes.”
RESULTADO DA COMPETIÇÃO:
a) A escola A venceu a competição por 3 x 2. d) A escola B venceu a competição por 2 x 1.
b) A escola A venceu a competição por 2 x 1. e) A competição terminou empatada em 2 x 2.
c) A escola B venceu a competição por 3 x 2.
42 Física - M2
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16) A figura mostra a trajetória de um feixe de luz que vem de um meio I , atravessa um meio II , é totalmente
refletido na interface dos meios II e III e retorna ao meio I .
Física - M2 43
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ONDULATÓRIA
PRÓLOGO
Já estudamos a propagação de um tipo de onda, a luz. Não nos preocupamos em entender o que é a luz
ou quais suas características fundamentais.
Nesta unidade estaremos trabalhando com as ondas em geral. Veremos, por exemplo, ondas produzidas
em cordas, nas superfícies de líquidos e ondas sonoras.
Antes de iniciarmos este estudo, é importante que conheçamos o movimento harmônico simples e as suas
relações de Energia.
Se a mola for distendida uma quantidade A, o toda energia potencial elástica se transformou em
conjunto massa-molar irá armazenar uma energia cinética. Dizemos que a velocidade do corpo é
potencial elástica e passará a atuar no corpo uma máxima neste local.
força elástica horizontal para a esquerda. Vamos
Continuando o seu movimento para a esquerda, o
imaginar que o conjunto seja abandonado nesta
bloco começa a comprimir a mola, o que faz aparecer
situação. Devido à força elástica, o corpo passa a
nele uma força elástica contrária à sua velocidade.
executar um movimento acelerado para a esquerda,
Podemos concluir que o movimento será retardado
onde a energia potencial elástica vai sendo convertida
e que a energia cinética vai sendo convertida em
em energia cinética. A força elástica é proporcional à
potencial elástica. Devido à conservação da energia,
deformação da mola (Fe = K. x). Por isso, à medida em
o bloco irá parar em uma posição também distante
que o corpo se aproxima do ponto O, ocorre uma diminu-
à do ponto de equilíbrio e toda a seqüência descrita
ição do módulo dessa força. Chamaremos o ponto O de
se repete no sentido contrário. Veja a figura:
ponto de equilíbrio pois x = 0 ⇒ Fe = 0. Neste ponto,
→ Ec = 0
Fe
KA 2
≠0
Ep = 2
→ Ec ≠ 0
Fe
Ep ≠ 0
1
Ec = 2 mV2 máx ≠ 0
Ep = 0
→
Fe
Ec ≠ 0
Ep ≠ 0
Ec = 0 Em qualquer ponto da trajetória, a soma das
V=0 energia potencial e cinética é a mesma.
→
Fe KA 2
≠0
Ep = 2 (máxima)
44 Física - M2
Tecnologia ITAPECURSOS
Podemos perceber que: (1) este movimento é lim- Devido à característica (1), dizemos que este
itado por dois pontos, onde a energia cinética é nula movimento é oscilatório a A. A característica (2) nos
e a potencial elástica, máxima. indica que o movimento é periódico.
(2) o tempo gasto para que o corpo saia de A e Um movimento periódico e oscilatório cuja força
retorne a A é sempre o mesmo. é restauradora recebe o nome de MOVIMENTO
HARMÔNICO SIMPLES.
(3) a força que atua no bloco sempre tende a trazê-
lo para o ponto de equilíbrio e é proporcional ao Existem vários exemplos de movimentos que são
deslocamento x do bloco. harmônicos simples. Iremos estudar o sistema
mola-massa e o pêndulo simples.
Chamaremos esta força de RESTAURADORA.
Pode-se demonstrar que o período de um sistema mola-massa é dado por:
m
T = 2π
k
T = 2π
g
onde é o comprimento do pêndulo e g é a aceleração da gravidade.
2 - ONDAS
Vamos imaginar um meio qualquer como por exemplo, uma corda esticada, presa a um muro. Uma pessoa,
segurando a corda, balança as mãos na vertical, transferindo energia para ela. Dizemos que foi gerada uma
perturbação na corda e que esta perturbação se propaga ao longo da corda. Todos os pontos da corda, ao
ficarem sujeitos a essa perturbação irão executar um MHS.
Damos o nome de onda a essa perturbação que se propaga em um meio. No caso, a pessoa que gerou a
onda é chamada de fonte. A freqüência da onda é igual à da fonte.
As ondas transportam energia sem a transferência de matéria, mantendo a sua freqüência sempre constante.
A) Quanto à natureza
A.1) Ondas mecânicas: são aquelas que necessitam de um meio material para existirem. A perturbação
é causada nas partículas do meio.
São exemplos de ondas mecânicas: ondas em cordas, ondas na superfície de lagos e ondas sonoras.
A.2) Ondas eletromagnéticas: são ondas que não necessitam de um meio material para existirem. Esse
tipo de onda é gerada pela vibração de campos elétricos e magnéticos, podendo, portanto, se propagar
no vácuo. As ondas eletromagnéticas são divididas em função da freqüência. Essa divisão é chamada de
espectro eletromagnético.
No vácuo, toda onda eletromagnética possui a mesma velocidade c = 3 x 108 m/s.
Freqüência, Hz
1 Hz 1 kHz 1 MHz
1,0 102 104 106 108 1010 1012 1014 1016 1018 1020 1022 1024
Física - M2 45
Tecnologia ITAPECURSOS
B.1) Ondas transversais: são aquelas em que a B.2) Ondas longitudinais: são ondas em que a
direção de vibração é perpendicular à direção de direção de vibração dos pontos é paralela à direção
propagação. de propagação da onda.
PROPAGAÇÃO DA ONDA VIBRAÇÃO
PROPAGAÇÃO
VIBRAÇÃO
DOS PONTOS
Exemplos: ondas em cordas Exemplo: ondas sonoras
ondas eletromagnéticas
vale vale
A distância entre uma crista (ou um vale) e o eixo de
equilíbrio recebe o nome de amplitude (A) e está rela-
cionada com a energia transportada pela onda.
A distância entre duas cristas (ou dois vales) consecutivos é chamada de comprimento de onda ( λ ) e
representa a distância percorrida pela onda em um período. Assim, podemos dizer que:
∆x λ 1
V= ⇒ se ∆x = λ ⇒ ∆t = T V= ⇒ mas T =
∆t T f . Assim: V = λ . f
Que é a equação fundamental das ondas.
3 - ONDAS EM CORDAS
Vamos imaginar uma corda presa e tensionada nas suas extremidades. Se aplicarmos uma força nessa
corda, iremos produzir uma onda que irá se deslocar com uma velocidade V .
Pode-se mostrar que a velocidade da onda na corda depende de dois fatores:
(1) da intensidade da força de tensão T.
m
µ=
Assim, a velocidade da onda não depende da amplitude da onda
gerada. A fórmula dada a seguir é conhecida por relação de Taylor:
T
V=
µ
46 Física - M2
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B) Refração: a refração ocorre quando uma onda é transferida de uma corda para outra. Se a corda que
recebe, tiver uma densidade linear maior, a velocidade da onda se reduz. Caso a densidade linear da corda
for menor, a velocidade aumenta.
C) Interferência: é a superposição de duas ondas. Quando as ondas estão em concordância de fase, a interfer-
ência é dita construtiva e, se as ondas estiverem em oposição de fase, a interferência será destrutiva.
Em qualquer situação, as ondas seguem normalmente seus respectivos caminhos após a interferência.
Obs.: Se as ondas possuírem amplitudes idênticas e se interferirem de maneira destrutiva, no instante da
superposição, elas desaparecem. Porém, mesmo neste caso, após este instante, as ondas ressurgem,
como se nada tivesse acontecido.
Física - M2 47
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D) Polarização:
região 1 região 2
polarizador
abertura Imagine que a pessoa da figura produza uma onda
na corda com a característica de vibrar na horizontal
e na vertical. Esta onda, ao atravessar a abertura
do polarizador será “filtrada”, ou seja, somente as
vibrações verticais é que chegam na região 2. Este
fenômeno é chamado de polarização.
onda
polarizada Obs.: Somente ondas transversais podem ser
onda não
polarizada
polarizadas.
48 Física - M2
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A refração ocorre, numa superfície líquida, quando uma onda passa de um meio para outro, geralmente
de maior profundidade para outra de menor profundidade. Pode-se demonstrar que aqui também é válida
a relação.
sen i V1
=
sen r V2
Como a freqüência da onda tem que ser a mesma (f1 = f2), a velocidade da onda é diretamente proporcional
ao comprimento de onda.
V1 λ1
V2 = λ 2 . f ⇒ =
V1 = λ1 . f ; V2 λ 2
Física - M2 49
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C) Difração
É a propriedade que uma onda possui de contornar um obstáculo ao ser parcialmente interrompida por
ele.
50 Física - M2
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5 - ONDAS SONORAS
As ondas sonoras são ondas mecânicas e longitudinais, produzidas por sucessivas compressões e rarefa-
ções no meio. A figura seguinte mostra um alto-falante produzindo, no ar, uma onda sonora.
Quando se desloca para a direita, o cone produz no ar à direita uma compressão que se propaga. Quando
se desloca para a esquerda, ele gera no ar à direita uma rarefação que também se propaga. Nas com-
pressões, a pressão do ar está acima da pressão ambiente e nas rarefações está abaixo dela. Assim, as
ondas sonoras no ar são compressões e rarefações que se propagam. Quando essas ondas chegam ao
tímpano, submetem-no a uma variação de pressão que o faz vibrar. Essas vibrações geram sinais elétricos
(impulsos nervosos), que chegam ao cérebro e produzem a sensação da audição.
Como o som não se propaga no vácuo, uma explosão solar, por exemplo, jamais poderia ser ouvida na Terra.
Para que o ouvido humano possa perceber a onda sonora, é necessário que a sua freqüência pertença ao
intervalo:
20 Hz ≤ f ≤ 20.000 Hz
Freqüências menores que 20 Hz são denominadas de infra-som e maiores que 20.000 Hz, ultra-som.
O ultra-som é utilizado em exames pré-natais e no sonar (navios e submarinos).
As ondas sonoras propagam-se com velocidades diferentes nos meios sólidos, líquidos e gasosos. De uma
maneira geral, temos:
Vsólidos > Vlíquidos > Vgás
A) Qualidade do som
A.1) Altura: é a qualidade do som que nos permite diferenciar um som grave, de um médio, de um agudo.
A altura do som é caracterizada pela freqüência, de tal forma que:
• som alto ⇒ freqüência alta ⇒ som AGUDO
• som baixo ⇒ freqüência baixa ⇒ som GRAVE
Observação: Som alto NÃO é aquele de volume intenso, como falamos em nosso dia-a-dia.
A.2) Intensidade: é a qualidade do som que nos faz distinguir um som forte (volume alto) de um som fraco (volume
baixo). A intensidade está relacionada com a quantidade de energia transportada pela onda. Dessa forma:
• Quanto maior a amplitude da onda sonora, mais intenso será o som.
A.3) Timbre: é a qualidade do som que está relacionada com a forma da onda. A mesma nota musical emi-
tida por um violão e por um piano podem ser percebidas pelo nosso tímpano de maneira diferente, mesmo
possuindo alturas e intensidades idênticas.
Para a voz humana, o timbre é uma característica tão pessoal quanto a impressão digital.
B) Reflexão: a onda sonora, ao incidir sobre um obstáculo, pode sofrer a reflexão. Para que nosso ouvido
possa distinguir dois sons é necessário que eles cheguem ao ouvido com um intervalo mínimo de 0,1 s. Se
isto ocorrer, dizemos que ouve ECO. Por outro lado, se emitirmos um determinado som, este se refletir e
atingir nossos ouvidos com um intervalo de tempo menor que 0,1 s, teremos a sensação de prolongamento
do som emitido que denominamos REVERBERAÇÃO.
C) Difração: A exemplo do que ocorre com as ondas em líquidos, a onda sonora possui uma grande capa-
cidade de contornar obstáculos chamada de DIFRAÇÃO.
Física - M2 51
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A difração do som será tanto mais intensa quanto maior for o seu comprimento de onda. Assim, os sons
graves se difratam muito mais intensamente que os sons agudos.
D) Ressonância: todo corpo possui uma (ou várias) freqüência(s) natural(is) de vibração. Quando emitimos
uma onda sonora cuja freqüência é próxima a uma das freqüências naturais do corpo, este fato privilegia
a absorção de energia pelo corpo. Como conseqüência, a amplitude de vibração das partículas do corpo
aumenta. Esse fenômeno é chamado de RESSONÂNCIA.
A ruptura de uma faca de cristal pela voz de uma cantora lírica é um exemplo clássico de ressonância.
Outro exemplo é o funcionamento do forno de microonda. A microonda (onda eletromagnética) entra em
ressonância com as moléculas de água presentes no alimento, e, por isso, aumentam a amplitude de vib-
ração.
E) Efeito Doppler
Você já ficou parado em uma rodovia ouvindo a buzina de um automóvel quando este vem e passa por
você? O som da buzina tem maior altura quando o carro se aproxima de você e menor altura quando o carro
se afasta de você. Suponha que a buzina tenha certa freqüência e o carro se mova a uma determinada
velocidade. À medida que o carro se aproxima de você, cada onda tem uma distância menor a percorrer
para chegar ao seu ouvido. As ondas se acumulam e você ouve uma freqüência maior (som mais agudo)
que se o carro estivesse parado. À medida que o carro se afasta, cada onda, para chegar até o seu ouvido,
tem uma distância maior a percorrer que a precedente e você ouve menos ondas por segundo. A altura da
buzina parece menor (diminui a freqüência e o som torna-se mais grave).
Operacionalmente, a freqüência aparente pode ser determinada pela relação:
em que fA = freqüência aparente
V ± Vo
fA = fR s
Vs ± Vf Vs = velocidade do som
Vf = velocidade da fonte
fR = freqüência real
Vo = velocidade do observador
Convenção de sinais:
1. A velocidade do observador será positiva quando ele se dirigir para a fonte e negativa quando se
afastar.
2. A velocidade da fonte será positiva quando ela se afastar do observador e negativa quando se dirigir
para ele.
6 - ONDAS ELETROMAGNÉTICAS
52 Física - M2
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1) A figura mostra pulsos produzidos por dois rapazes, Breno e Tomás, nas extremidades de uma corda. Cada
pulso vai de encontro ao outro. O pulso produzido por Breno tem maior amplitude que o pulso produzido
por Tomás. As setas indicam os sentidos de movimento dos pulsos.
Assinale a alternativa que contém a melhor representação dos pulsos, logo depois de se encontrarem.
c)
a)
d)
b)
Física - M2 53
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FÍSICA
54 Física - M2
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7) (UFMG) Dois recipientes, um contendo mercúrio 10) (CESCEM-SP) Se a energia cinética média das
e o outro contendo gás (suposto ideal), estão moléculas de um gás aumentar e o volume do
separados por um isolante térmico. Quando mesmo permanecer constante,
o isolante é retirado e os dois recipientes são
a) a pressão do gás aumentará e a sua tem-
colocados em contato, observa-se uma queda
peratura permanecerá constante.
na pressão marcada pelo manômetro.
b) a pressão permanecerá constante e a tem-
peratura aumentará.
c) a pressão e a temperatura aumentarão.
d) a pressão diminuirá e a temperatura aumen-
tará.
e) Todas as afirmações estão incorretas.
As questões 11 e 12 referem-se ao enunciado e
à figura seguintes:
Física - M2 55
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13) (FCMMG) Quantidades iguais de um mesmo gás 15) (F.C. Chagas-SP) Um sistema formado por
são colocadas em dois cilindros M e N. O gás um gás ideal sofre uma transformação com as
no cilindro M recebe ∆E de calor e sofre uma seguintes características:
transformação isobárica. O do cilindro N recebe
também ∆E de calor e sofre uma transformação | W | = | ∆U |
isovolumétrica. Sobre a energia interna do gás, ao
Q=0
final das transformações, podemos afirmar que:
onde W é o trabalho realizado, ∆U é uma varia-
ção positiva (aumento) de energia interna e Q
é o calor fornecido ou absorvido pelo sistema.
Esses dados permitem concluir que a transfor-
mação foi uma:
a) compressão adiabática.
a) sofreu um aumento em M, mas permaneceu b) compressão isotérmica.
constante em N.
c) expansão adiabática.
b) aumentou igualmente nos dois recipientes.
c) aumentou em ambos os recipientes, mas o d) expansão isotérmica.
aumento em M foi maior que em N.
e) expansão isobárica.
d) permaneceu constante em M, mas aumentou
em N.
16) (UFMG) Dois gases, hélio e argônio, estão con-
e) aumentou em ambos os recipientes, mas o
tidos em cilindros idênticos, à mesma pressão e
aumento de M foi menor do que em N.
temperatura. Os êmbolos que fecham os cilin-
14) (FCMMG) A figura 1 representa um recipiente dros são baixados subitamente (transfor-mação
cilíndrico que contém ar, vedado hermeticamente adiabática), realizando o mesmo trabalho sobre
por um pistão que pode se movimentar sem atrito. cada um dos sistemas. A temperatura alcançada
Não se aplicando nenhuma força no pistão, ele pelo hélio será igual à temperatura alcançada
ficará na posição indicada na figura 1. Na figura pelo argônio PORQUE ambos recebem a mes-
2 o pistão foi empurrado de modo que o ar agora ma quantidade de calor.
ocupa a metade do comprimento do cilindro que Nessa questão aparecem duas afirmativas liga-
ocupava antes. Nessas condições, é necessária das pela palavra PORQUE. Responda:
uma força F para manter o pistão na sua nova
a) se a primeira afirmativa for verdadeira e a
posição. Não houve variação de temperatura
segunda falsa.
durante a transformação. Pode-se afirmar que:
b) se a primeira afirmativa for falsa e a segunda
verdadeira.
c) se as duas afirmativas forem verdadeiras e a
segunda justificar a primeira.
d) se as duas afirmativas forem verdadeiras,
mas a segunda não justificar a primeira.
e) se as duas afirmativas forem falsas.
18) (UFMG) Considere-se o diagrama pressão- 21) (PUC-RS) O diagrama abaixo representa a pressão
volume de um gás ideal, representado abaixo. P em função do volume V, de um determinado gás
Pode-se afirmar que: ideal. Os produtos P.V (pressão x volume) mantêm-
se constantes ao longo de cada curva desse gás.
Em qual dos processos o gás não experimentou
variação na energia interna?
a) 100
b) 280
c) 360
a) 1 800 J d) 900 J
d) 418
b) 1 200 J e) 600 J
e) não há dados suficientes para responder.
c) 1 000 J
Física - M2 57
Tecnologia ITAPECURSOS
x x
a) fx c) e)
f y
y
b) fy d)
f
2) (UFMG) Na figura está representada uma onda a) A freqüência em I é menor que em II e o com-
que, em 2,0 segundos, se propaga de uma ex- primento de onda em I é maior que em II.
tremidade a outra de uma corda.
b) A amplitude em ambas é a mesma e a
freqüência em I é maior que em II.
6cm c) A freqüência e o comprimento de onda são
maiores em I.
d) As freqüências são iguais e o comprimento
O comprimento de onda (cm), a preferência de onda é maior em I.
(ciclos/s) e a velocidade de propagação (cm/s), e) A amplitude e o comprimento de onda são
respectivamente, são: maiores em I.
a) 3, 5, 15 Para estudar as propriedades das ondas num
b) 2, 15, 5 tanque de água, faz-se uma régua de madeira
c) 5, 3, 15 vibrar regularmente, tocando a superfície da
água e produzindo uma série de cristas e vales
d) 5, 15, 3
que se deslocam da esquerda para a direita.
e) 15, 3, 5
58 Física - M2
Tecnologia ITAPECURSOS
01
03
02
15) (UFMG) Quanto à velocidade de propagação V das
ondas e sua freqüência f é correto afirmar-se que:
Em relação a essas ondas, todas as alternativas a) Na região I, V e f são maiores do que na região II.
apresentam afirmações corretas, EXCETO: b) Na região I, V e f são menores do que na região II.
a) A onda 01 tem o mesmo comprimento de c) Na região II, f é maior e V é menor do que
onda da onda 02. na região I.
b) A onda 02 tem o dobro da amplitude da onda 03. d) Na região II, f é o mesmo e V é maior do que
na região I.
c) A onda 03 tem a metade da freqüência da
onda 01. e) Nas regiões I e II, V e f têm os mesmos valores.
d) As ondas 01 e 02 têm o mesmo período. 16) (UFMG) O fenômeno ondulatório que está rep-
e) As três ondas têm a mesma velocidade. resentado na figura e que ocorre quando a onda
passa pela fenda é:
14) (UFMG) Observe a figura que representa duas
cordas, sendo a da esquerda menos densa que a) Difração d) Reflexão
a da direita. b) Interferência e) Refração
1 2
c) Polarização
17) (FCMMG) Uma mola comprida e fina é presa
Uma onda transversal se propaga da corda à extremidade de uma corda, como mostra a
1 para a corda 2. Na corda da esquerda, a figura abaixo:
velocidade é V1, o comprimento da onda λ 1
e a freqüência é f1. Na corda da direita, essas
grandezas são V2, λ 2 e f2, respectivamente.
Pode-se afirmar que:
a) f1 = f2 e v1 ≠ v2 Ao ser emitido um trem de ondas a partir da ex-
tremidade livre da mola, podemos afirmar que:
b) λ 1 = λ 2 e v1 = v2
a) A velocidade de propagação da onda é a
c) v1 = v2 e f1 ≠ f2 mesma nos dois meios.
d) f = f e λ = λ
1 2 1 2
b) A velocidade e o comprimento de onda
permaneceram os mesmos quando a onda
e) λ 1 = λ 2 e v1 ≠ v2 passa da mola para a corda.
As questões 15 e 16 referem-se à figura e ao c) Ao passar da mola para a corda, a freqüência
texto que se seguem. da onda não varia.
A figura é uma representação esquemática de d) Ao passar da mola para a corda, o com-
primento de onda não varia.
propagação de ondas, na superfície da água
de um tanque, de profundidade uniforme, no e) Todas as características da onda perman-
sentido indicado pelas setas; AB é um obstáculo ecem as mesmas, ao passar da mola para
contendo uma fenda. a corda.
60 Física - M2
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18) (UFMG) Na figura está esquematizada uma Nas questões 20 e 21 apresentam-se três afirmati-
onda que se propaga na superfície da água, vas, cada uma das quais pode ser certa ou errada.
da parte rasa para a parte funda de um tanque. Leia-as com atenção e responda:
Seja λ o comprimento de onda da onda, v sua a) Se todas as afirmativas são erradas.
velocidade de propagação e f sua freqüência. b) Se apenas I, II são certas.
c) Se apenas II e III são certas.
d) Se apenas I e III são certas.
e) Se apenas uma afirmativa é certa.
20) (UF. Diamantina) Duas cordas de densidades
diferentes são presas uma na outra. Ondas
produzidas por um vibrador propagam-se nas
cordas conforme figura abaixo.
a) A velocidade das ondas à esquerda de MN é 22) A figura a seguir representa uma onda estacio-
maior que à direita. nária, numa corda de comprimento I = 2,5 m.
b) A freqüência das ondas à esquerda de MN é
C
igual do que à direita.
c) O comprimento de onda à esquerda de MN é
maior do que à direita. B A
compriment o de onda à direita de MN
d) freqüência da onda à esquerda de MN =
compriment o de onda à esquerda de MN
freqüência da onda à direita de MN Quanto a essa situação, podemos afirmar:
velocidade das ondas à esquerda de MN a) O ponto C é um nó.
e) =
velocidade das ondas à direita de MN
b) O ponto A é um ventre.
compriment o de onda à esquerda de MN c) O ponto B movimenta-se perpendicularmente
freqüência da onda à direita de MN à direção de propagação da onda.
d) O comprimento de onda vale 0,5 m.
e) O comprimento de onda vale 1,0 m.
Física - M2 61
Tecnologia ITAPECURSOS
23) (FUVEST-SP) A figura abaixo representa uma 27) (PUC-MG) Uma nota musical de altura conve-
onda estacionária, formada numa corda pela su- niente é capaz de quebrar um copo de cristal.
perposição de duas ondas, que se propagam em O fenômeno é um exemplo de:
sentidos opostos, com o mesmo comprimento a) difração d) ressonância
de onda, dado por:
b) efeito Doppler e) tons harmônicos
c) interferência
As figuras seguintes representam os mesmos a) Se duas afirmativas são corretas mas a se-
pulsos em instantes posteriores. gunda não é causa da primeira.
b) Se a primeira é uma afirmativa correta e a
segunda é falsa.
c) Se a primeira é uma afirmativa falsa e a se-
0
gunda correta.
d) Se a primeira e a segunda são afirmativas falsas.
e) Se as duas afirmativas são corretas e a se-
gunda é causa da primeira.
Sabendo que a freqüência da radiação ultravio-
leta é maior do que a das microondas, podemos
concluir que, no vácuo, o comprimento de onda do
ultravioleta é menor do que o das microondas.
Assinale a alternativa que ordena as figuras
numa seqüência correta: PORQUE
a) I, II, III d) III, I, II no vácuo a velocidade com que a radiação
ultravioleta se propaga é igual à velocidade de
b) III, II, I e) II, III, I
propagação das microondas.
c) II, I, III
30) (PUC-MG) Para a situação ilustrada, diz-se que:
25) (PUC-MG) Ondas longitudinais não exibem:
a) difração d) reflexão
b) interferência e) refração
c) polarização
26) (UFMG) Para que um corpo vibre em ressonân-
cia com um outro é preciso que:
a) seja feito do mesmo material que o outro;
a) O comprimento de onda da luz em II é menor
b) vibre com a maior amplitude possível; do que em I.
c) tenha uma freqüência natural próxima da b) A velocidade da luz em II é maior do que em I.
freqüência natural do outro; c) A freqüência da luz em I é maior do que em II.
d) vibre com a maior freqüência possível; d) O índice de refração de I é menor do que de II.
e) vibre com a menor freqüência possível. e) Haverá reflexão total se a luz passar de II para I.
62 Física - M2
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02) (UFMG) O coeficiente de dilatação linear do alumínio é aproximadamente 0,00003/°C, sendo a dilatação
proporcional ao comprimento e à variação da temperatura. Se aumentarmos de 1000°C a temperatura
de uma barra de 1000 centímetros de comprimento, o comprimento da barra aumentará 3 centímetros.
Uma barra de alumínio tem L centímetros de comprimento à temperatura de t1°C. Se aquecermos a barra
até a temperatura de t2°C, o seu comprimento sofrerá um aumento, em centímetros, igual a
3L O t 2 3L O ( t 2 − t1 ) 3L O ( t 2 + t1 )
a) c) e)
100.000 100.000 100.000
3L O t 2 3L O ( t 2 − t1 )
b) 100.000 t d)
1 1000
.
03) (FUNREI) A figura abaixo mostra uma ponte apoiada sobre dois pilares feitos de materiais diferentes.
Como se vê, o pilar mais longo, de comprimento
L1 = 40m, possui coeficiente de dilatação linear α
= 18 . 10-6ºC-1. O pilar mais curto tem comprimento
L2 = 30m. Para que a ponte permaneça sempre na
30 m
horizontal, o material do segundo pilar deve ter um
40 m coeficiente de dilatação linear α 2 igual a:
a) 42 x 10-6 ºC-1 d) 21 x 10-1 ºC-1
b) 24 x 10-6 ºC-1 e) 36 x 10-6 ºC-1
-6
c) 13,5 x 10 ºC -1
64 Física - M2
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04) (UFMG) A mesma quantidade de calor é fornecida a dois corpos, M e N, sendo que a massa de M é maior
do que a massa de N. Como resultado, esses corpos apresentam a mesma variação de temperatura.
Com relação às capacidades térmicas, CM e CN e aos calores específicos, cM e cN, pode-se concluir que
a) CM < CN; cM = cN c) CM = CN; cM > cN e) CM > CN; cM = cN
b) CM = CN; cM < cN d) CM > CN; cM < cN
05) (UFMG) Observe a figura. 07) (Med. Pouso Alegre) Para aquecer 1 kg de água
a 0°C até obter 1 kg de vapor a 100°C, devemos
usar uma quantidade de energia, em kJ (103
Joules), da ordem de:
cal
Cágua = 1
Isolan-
dados g . °C
L = 540 cal/g
1 cal = 4,18 J
Nessa figura, dois corpos, a temperaturas dife- a) 640 c) 8200 e) 3700
rentes, foram colocados em contato e isolados
termicamente. b) 2600 d) 890
Depois de um certo tempo, esses dois corpos 08) (PUC-RS) Uma caixa de isopor contém 1,0 kg
atingiram o equilíbrio térmico. Pode-se afirmar, de gelo a 0°C. A caixa permanece fechada e
com certeza que depois de 10 h observa-se que a metade do gelo
a) a energia perdida por um dos corpos é igual derreteu. Podemos afirmar que a quantidade de
à energia recebida pelo outro. energia térmica que passou de fora para dentro
b) a maior variação de temperatura ocorreu no da caixa é, em calorias, igual a: (Sabe-se que o
corpo de maior capacidade térmica. calor latente de fusão do gelo é 80 cal/g.)
c) a maior variação de temperatura ocorreu no a) 4,0 x 104 d) 4,0 . 102
corpo de maior calor específico. b) 8,0 . 104 e) 8,0 . 102
d) a menor variação de temperatura ocorreu no c) 4,0 . 103
corpo de maior massa.
09) (UFMG) Na figura, estão representados três
e) o aumento na temperatura de um dos corpos
corpos de materiais diferentes, cujas massas
é numericamente igual ao decréscimo na
estão indicadas. Ao receberem quantidades
temperatura do outro.
iguais de calor, estes corpos sofrem uma varia-
06) (UEPG-MG) Um projétil de chumbo, calor es- ção de temperatura, isto é, possuem a mesma
cal capacidade térmica.
pecífico igual a 0,030 g . ° C , se movimenta
horizontalmente com velocidade constante de 1 kg 5 kg 2,5 kg
200 m/s e encrava-se num bloco de gelo fun-
dente, ficando nele alojado. A temperatura do
projétil antes do impacto era de 30 °C, e 70%
da sua energia cinética se transforma em calor.
Desprezando-se as perdas de calor, pode-se
(1) (2) (3)
afirmar que a massa de gelo que se funde na
troca de calor é: (Dados: a massa do projétil
é 150,0g; o calor latente de fusão do gelo é Massas iguais destes materiais, recebendo
80,0 cal/g; adote como sendo 4,2 J/cal o valor quantidades iguais de calor, sofrerão variações
do equivalente mecânico do calor.) de temperatura ∆ t1, ∆ t2 e ∆ t3, respectiva-
a) 6,25 g mente, cuja relação é
b) 12,45 g a) ∆ t1 = ∆ t2 = ∆ t3 d) ∆ t3 > ∆ t1 > ∆ t2
c) 2,15 g b) ∆ t2 > ∆ t3 > ∆ t1 e) ∆ t > ∆ t > ∆ t
2 1 3
d) 35,75 g c) ∆ t1 > ∆ t3 > ∆ t2
e) 10,00 g
Física - M2 65
Tecnologia ITAPECURSOS
10) (UFOP) Uma pessoa aquece 1,0 litro de água (lembre-se: 1,0 litro de água tem massa de 1,0 kg), de tal
forma que a temperatura da água passa de 20°C para 80°C, durante 2,0 minutos. Desconsidere o calor
absorvido pelo recipiente. O valor da potência térmica da fonte de calor é um valor mais próximo de:
Dado:
Calor específico da água = 1,0 cal/g°C
a) 30 000 cal/s b) 5 000 cal/s c) 500 cal/s d) 60 000 cal/s e) 60 cal/s
11) (Itaúna-MG) Num recipiente de capacidade térmica desprezível, são colocados 100 g de água a 20°C e
200 g de água a 40°C. É CORRETO afirmar que a temperatura final de equilíbrio térmico da mistura:
a) é de 60°C.
b) certamente é de 30°C.
c) está entre 20°C e 40°C e é mais próxima de 40°C.
d) está entre 20°C e 40°C e é mais próxima de 20°C.
e) é de 40°C.
12) (Itaúna-MG) É CORRETO afirmar que:
a) a água sempre ferve a 100°C.
b) aquecendo-se a água, seu volume pode diminuir.
c) fornecendo-se calor para uma substância, sua temperatura sempre aumenta.
d) aquecendo-se uma chapa furada, o diâmetro do furo diminui.
e) todas as afirmações acima são falsas.
13) (FUNREI) As três afirmativas abaixo referem-se às mudanças de fase (estado) de uma substância.
A alternativa que apresenta resposta CORRETA é:
I- Na fusão o calor latente corresponde à energia necessária para desfazer ou romper a rede cristalina do sólido.
II- Certas substâncias, ao se fundirem, diminuem de volume; e um aumento da pressão acarreta uma
diminuição de sua temperatura de fusão.
III- Entende-se por evaporação a passagem da fase líquida para a fase de vapor a uma temperatura
inferior à temperatura característica de vaporização.
a) Apenas a afirmativa I é correta. d) Apenas as afirmativas II e III são corretas.
b) Apenas as afirmativas I e II são corretas. e) As afirmativas I, II e III são corretas.
c) Apenas as afirmativas I e III são corretas.
14) (UFLA) 200 g de gelo a -20°C são colocados em um recipiente de paredes adiabáticas contendo certa
quantidade de água a 80°C. Após troca de calor, a temperatura de equilíbrio é θ = 40°C. Calcule a quan-
tidade de água contida no recipiente antes da mistura. Dados: calor específico do gelo cG = 0,5 cal/g. °C;
calor latente de fusão do gelo L = 80 cal/g; calor específico da água cágua = 1 cal/g. °C.
a) 200 g b) 250 g c) 400 g d) 450 g e) 650 g
15) (UFLA) O gráfico abaixo representa a variação da temperatura θ em função da quantidade de calor
recebida Q. Considerando um corpo inicialmente sólido de massa 20 g, pode-se afirmar que
66 Física - M2
Tecnologia ITAPECURSOS
16) (Itaúna-MG) Quando fornecemos calor a um corpo e a sua temperatura se eleva, há um aumento na
energia de agitação dos seus átomos. Esse aumento de agitação faz com que a força de ligação entre
os átomos seja alterada, podendo acarretar mudanças na organização e na separação desses átomos.
Falamos que a absorção de calor por um corpo pode provocar “mudança de fase”. A retirada de calor
provoca efeitos inversos dos observados, quando é cedido calor à substância.
Considere os modelos de estrutura interna de uma substância apresentados nas figuras (A), (B) e (C).
Com base no texto acima, podemos afirmar que os
modelos (A), (B) e (C) representam, respectivamente:
a) Sólido, gás e líquido.
b) Líquido, sólido e gás.
c) Líquido, gás e sólido.
(A) (B) (C) d) Gás, líquido e sólido.
e) Sólido, líquido e gás.
a) c) e)
b) d)
02) (MACK-SP) Um objeto real se encontra diante de um espelho esférico côncavo, a 10cm de seu vértice,
sobre o eixo principal. O raio de curvatura desse espelho é 40cm. Se o objeto se deslocar até o centro
de curvatura do espelho, a distância entre a imagem inicial e a final será:
a) 60cm b) 40cm c) 25cm d) 20cm e) 10cm
03) (PUC-MG) No esquema representado na figura desta questão são dadas as posições de um objeto, de
um espelho e da imagem formada pelo espelho.
Em relação ao espelho e à sua distância focal f, é CORRETO afirmar que o espelho é:
x a) convexo e f = x
Objeto b) côncavo e f = 2x
Imagem
c) convexo e f = 4x
2x d) côncavo e f = 3x
e) convexo e f = 3x
B O a) A, B e C d) somente B e C
b) somente A e B e) somente C
C A
c) somente A e C
07) (UFMG) Três peixes, M, N e O, estão em um aquário com tampa não transparente com um pequeno
furo como mostra a figura.
08) (UFMG) As alternativas contêm desenhos que representam feixes luminosos em situações onde ocorre
reflexão, refração, difração e interferência.
A alternativa que apresenta o único fenômeno que é acompanhado de uma mudança no valor numérico
da velocidade de propagação da luz é:
a) b)
meio I meio I
meio II meio II
c) d) meio I
meio I meio I
meio I
meio I
68 Física - M2
Tecnologia ITAPECURSOS
09) (PUC-MG) Um observador olha para um ponto luminoso P através do vidro de uma vidraça. A imagem
que ele vê é o ponto:
a) P1
b) P2
P4
P5 c) P3
P3
P d) P4
P1 e) P5
P2
10) (UFMG) Um estreito feixe de luz monocromático passa de um meio I para um meio II cujos índices de
refração são diferentes. O feixe atravessa o meio II, penetra em um meio idêntico a I e é refletido em um
espelho plano. Estas figuras mostram opções de trajetórias para esse feixe de luz.
I II I I II I I II I
I II I I II I I II I
11) (FAFEOD) Numa piscina de água pura é colocada uma fonte luminosa a 2 metros de profundidade.
Considerando a fonte como puntiforme e que o ângulo limite água-ar é igual a 49°, que área iluminada
da superfície verá um observador na borda da piscina?
a) O observador verá um disco iluminado de área aproximadamente igual a 17m2.
b) O observador verá apenas um ponto iluminado na superfície da água.
c) O observador não verá a superfície da água iluminada devido à reflexão total.
d) O observador verá uma superfície iluminada com a mesma dimensão da fonte.
e) O observador só verá a superfície da água iluminada se estiver em posição frontal à fonte luminosa.
Física - M2 69
Tecnologia ITAPECURSOS
12) (UFV) Um feixe de luz composto por duas cores incide normalmente em um prisma imerso no ar, como na figura
abaixo.
luz incidente
Sabendo-se que, no prisma, os índices de refração da luz, com relação ao vácuo,
obedecem à relação n violeta > n azul > n verde > n amarelo > n laranja > n vermelho ,
assinale a alternativa que melhor represente o fenômeno observado.
a) b) c)
verde
vermelho violeta
laranja
azul amarelo
d) azul e) ver-
amarelo
violeta
14) (PUC-MG) Considerando as características das imagens reais e virtuais e as regras de formação de
imagens em lentes, a afirmativa FALSA é:
a) A imagem real formada por uma lente convergente pode ser menor do que o objeto.
b) A imagem virtual formada por uma lente convergente pode ser maior do que o objeto.
c) A imagem real formada por uma lente convergente pode ser maior do que o objeto.
d) A imagem virtual formada por uma lente divergente pode ser menor do que o objeto.
e) A imagem real formada por uma lente divergente pode ser menor do que o objeto.
15) (Itaúna-MG) A figura mostra uma lente de vidro mergulhada no ar.
Raios paralelos incidem paralelamente ao eixo da lente.
F é o foco da lente.
ÍNDICE DE REFRAÇÃO
Eixo ar 1,0
F vidro 1,5
água 1,3
Se a lente for mergulhada na água, pode-se afirmar que:
a) a lente passa a ser divergente.
b) a distância focal da lente sofrerá alteração.
c) os raios continuarão a convergir no mesmo ponto F (o foco não muda).
d) os raios convergirão de forma mais acentuada de modo que o ponto F se aproxima da lente.
e) os raios paralelos deixarão de convergir.
70 Física - M2
Tecnologia ITAPECURSOS
16) (PUC-MG) Na figura a seguir, são mostradas uma lente (L) e a posição de um objeto (o), no ar.
Considere, em cada opção, distâncias focais iguais. A opção que
L representa o esquema CORRETO da Imagem (i) e da lente é:
o a) b)
o
i o
F F
F F F
F
i
c) d) e)
o
o i
o i
F F F
F F F
i
17) (FAFEOD) A lente convergente esquematicamente representada pela figura abaixo tem distância focal igual a
4cm. Sobre seu eixo, a 8cm à esquerda do plano da lente, é colocada uma haste AB de 2cm de comprimento.
Eixo da lente
B F F
18) (PUC-MG) Com relação a lentes delgadas de vidro, e imersas no ar, é INCORRETO afirmar:
a) Uma lente plano-convexa é convergente.
b) De objetos reais, uma lente bicôncava só produz imagens virtuais.
c) Uma pessoa hipermétrope, usando lentes convergentes, percebe uma imagem maior que o objeto
observado.
d) Quando um objeto luminoso, real, é colocado sobre um dos focos de uma lente divergente, a imagem
se forma no infinito.
e) Quando um objeto luminoso, real, é colocado sobre o eixo principal de uma lente convergente, a uma
distância do centro óptico igual a duas vezes a distância focal, a imagem projetada é real, invertida
e da mesma altura do objeto.
Física - M2 71
Tecnologia ITAPECURSOS
19) (UFMG) Dois defeitos visuais bastante comuns no ser humano são a miopia e a hipermetropia. Num
olho míope, a imagem é formada antes da retina enquanto, num olho hipermétrope, a imagem é formada
depois da retina.
Na figura, estão representados três raios de luz emergindo de uma fonte localizada em P, passando pelas
P Q
L1 L2
CADERNO DE EXERCÍCIOS
Comportamento dos Gases - Termodinâmica - Questões Objetivas
01) c 02) c 03) e 04) e 05) a 06) b 07) a 08) c 09) d 10) c 11) c 12) c
13) e 14) c 15) a 16) a 17) d 18) e 19) a 20) d 21) b 22) c 23) c
Ondulatória - Questões Objetivas
01) a 02) c 03) e 04) a 05) d 06) d 07) b 08) d 09) d 10) b 11) e 12) a
13) c 14) a 15) e 16) a 17) c 18) c 19) d 20) c 21) e 22) e 23) d 24) e
25) c 26) c 27) d 28) a 29) e 30) b 31) d 32) c 33) a 34) e 35) c 36) e
37) c 38) c 39) d 40) e
Termologia - Temperatura e Dilatação - Questões Objetivas
01) d 02) c 03) b
Termologia - Calorimetria - Questões Objetivas
01) d 02) c 03) c 04) b 05) a 06) a 07) b 08) a 09) b 10) c 11) c 12) b 13) e
14) e 15) b 16) c
Ótica Geométrica - Reflexão da Luz - Questões Objetivas
01) d 02) a 03) b 04) d 05) b 06) b 07) a 08) b 09) a 10) a 11) a 12) a 13) e
14) e 15) b 16) a 17) e 18) c 19) a
72 Física - M2
Física
ELETRICIDADE
Carga Elétrica e Lei de Coulomb
1 Introdução ......................................................... 3
2 Condutores e Isolantes ...................................... 3
3 Carga Elétrica ................................................... 3
4 Processos de Eletrização .................................. 4
5 Eletroscópios ..................................................... 5
6 Lei de Coulomb ................................................. 6
Campo Elétrico
1 Introdução ......................................................... 7
2 Campo Elétrico .................................................. 7
3 Definição Matemática ........................................ 7
no Código Penal, Artigo 184, parágrafo 1 e 2, com
4 Campo Elétrico gerado
A reprodução por qualquer meio, inteira ou em parte, venda,
exposição à venda, aluguel, aquisição, ocultamento,
autorização do detentor dos direitos autorais é crime previsto
empréstimo, troca ou manutenção em depósito sem
por uma carga puntiforme .................................. 8
5 Linhas de Força ................................................. 9
multa e pena de reclusão de 01 a 04 anos.
6 Campo Elétrico Uniforme ................................... 9
7 Campo Elétrico gerado por uma
Esfera Condutora e Eletrizada ......................... 10
8 Blindagem Eletrostática ................................... 10
Potencial Elétrico
1 Introdução ....................................................... 11
2 Definição de Potencial Elétrico ........................ 11
3 Potencial Elétrico de Cargas Puntiformes ........ 12
4 Superfícies Eqüipotenciais .............................. 12
5 Movimento de Cargas Elétricas
em um Campo Elétrico .................................... 13
6 Potencial Elétrico de uma
Esfera Condutora e Eletrizada ......................... 13
M3
GABRIEL DIAS DE CARVALHO JÚNIOR
Física
Corrente Elétrica, Leis de OHM e Resistores
1 Introdução ........................................................ 14
2 Corrente Elétrica .............................................. 14
3 Leis de Ohm .................................................... 16
4 Resistores ....................................................... 17
5 Aparelhos de Medida ....................................... 20
Geradores e Receptores
1 Introdução ........................................................ 20
2 Geradores ....................................................... 20
3 Receptores ...................................................... 22
4 Lei de Pouillet .................................................. 23
Eletromagnetismo
1 Introdução ...................................................... 24
2 Ímãs ............................................................... 24
3 Linhas de Indução .......................................... 25
4 Experiência de Oersted .................................. 25
5 Campo Magnético Gerado por
Correntes Elétricas ......................................... 26
6 Força Magnética ............................................ 27
7 Indução Eletromagnética ................................ 28
FÍSICA MODERNA
A) Física Nuclear ................................................. 30
B) Física Quântica ............................................... 32
Tecnologia ITAPECURSOS
ELETRICIDADE
CARGA ELÉTRICA E LEI DE COULOMB
1.1 INTRODUÇÃO
A Eletricidade é a parte da Física que estuda os fenômenos relacionados com a carga elétrica. Ela pode ser
dividida em três partes: Eletrostática, Eletrodinâmica e Eletromagnetismo. A primeira estuda os efeitos da
carga elétrica em repouso, a segunda se preocupa com a carga elétrica em movimento e a terceira trabalha
com o campo magnético.
Estudaremos, inicialmente, a Eletrostática. Neste primeiro capítulo, faremos uma investigação a respeito da
origem da carga elétrica, das maneiras de, a partir de um corpo neutro, produzirmos um corpo eletrizado e
da força eletrostática. Antes, porém, devemos conhecer alguns conceitos importantes.
1.2 CONDUTORES E ISOLANTES
a) Condutores
Os materiais são ditos condutores quando permitem, com certa facilidade, o deslocamento de cargas elétricas
em seu interior.
Podemos citar como exemplos os metais, o corpo humano e o grafite.
b) Isolantes
Dizemos que um material é isolante se ele apresenta uma grande dificuldade à movimentação das cargas
elétricas em seu interior. São também denominados dielétricos.
São exemplos: a borracha, a mica e o ar.
Observação:
Existem ainda os semicondutores (de vital importância no desenvolvimento da eletrônica) e os supercondutores
(cuja pesquisa vem se desenvolvendo muito nos últimos anos). Não vamos tratar destes dois grupos por não
constar no programa de vestibular.
1.3 CARGA ELÉTRICA
Em um corpo eletricamente neutro, o número de prótons é igual ao número de
elétrons. Esta característica nos faz concluir que cada próton tem seu efeito elétrons
anulado por um elétron. Logo, a carga elétrica do próton tem o mesmo módulo da
carga elétrica do elétron, apresentando, porém, um efeito contrário. prótons
Para denotar esta diferença, convencionouse dizer que o próton possui carga
elétrica positiva, ao passo que o elétron possui carga elétrica negativa.
O módulo da carga do próton ou do elétron representa a menor carga elétrica
livre na natureza e é chamada de carga elétrica elementar (ou fundamental), cujo símbolo é e. Assim:
onde coulomb é
19 a unidade da
+ ,
e = q P = q e = 16 x 10 coulomb (C)
carga elétrica
Física M3 3
Tecnologia ITAPECURSOS
Para que possamos chegar a uma expressão que nos permita calcular a carga elétrica de um corpo em função
do número de elétrons em excesso ou falta, vamos considerar a seguinte situação hipotética:
Um corpo, inicialmente neutro, possui 1.000 prótons e 1.000 elétrons.
1 É retirado um dos elétrons do corpo.
. . e e carga dos 999 elétrons, Q E- = - 999. e .
Podemos perceber que a carga dos 1.000 prótons será Q + = 1000
P
Prosseguindo o raciocínio, podemos chegar à expressão: Q = ± n.e
Onde o sinal ± aparece pelo fato de a carga elétrica do corpo poder ser positiva ou negativa e a letra n
representa o número de elétrons em falta ou em excesso.
Podemos notar que a carga elétrica de um corpo é um múltiplo da carga fundamental. Quando isto acontece
com uma grandeza, dizemos que ela é quantizada.
1.4 PROCESSOS DE ELETRIZAÇÃO
São maneiras de, a partir de um corpo neutro, produzir um corpo eletricamente carregado. Estudaremos três
processos: atrito, contato e indução
a) Eletrização por Atrito
Como o próprio nome está sugerindo, neste processo vamos esfregar dois corpos para que tenhamos a
eletrização. Começaremos o processo com dois corpos neutros. Durante o atrito, o corpo que possuir maior
afinidade por elétrons irá “roubar” alguns do outro corpo. Desta forma, após o atrito teremos dois corpos
eletrizados com cargas de sinais opostos e mesmo módulo. Repare que o número de elétrons que foi doado
por um corpo é igual ao número de elétrons recebido pelo outro.
Este é o processo de eletrização entre uma régua e os nossos cabelos. Ao atritarmos estes dois corpos,
haverá um fluxo de elétrons da régua para os fios de cabelo, fazendo com que a primeira fique positiva.
Um outro exemplo deste processo de eletrização é o atrito entre a lataria de um automóvel e as moléculas de
ar. Por causa deste atrito, o carro vai absorvendo elétrons do ar, eletrizandose negativamente. Em dias muito
secos, após um passeio, se você tocar a parte externa do automóvel é possível que você “tome” um choque.
b) Eletrização por Contato
Para que possamos efetuar este processo, devemos começar com um
corpo já eletrizado e um outro neutro. Encostamos os dois corpos por A fio B
alguns instantes para que haja um movimento de elétrons. Logo após,
separamos novamente os dois corpos. No final do processo, teremos dois
corpos eletrizados com cargas de mesmo sinal.
Vamos dar o exemplo do processo considerando que o corpo eletrizado
é negativo. A fio B
Vamos efetuar o contato através de um fio condutor.
Neste caso, os elétrons em excesso do corpo A estarão se repelindo
mutuamente. Quando o fio ligar os dois corpos, alguns destes elétrons
passarão para o corpo B.
A fio B
Como o corpo A perdeu alguns elétrons, sua carga diminui em módulo.
Já o corpo B ganhando estes elétrons, ficará eletrizado negativamente.
Também neste caso podemos dizer que houve conservação da carga
elétrica, uma vez que os elétrons perdidos por A foram ganhos por B.
4 Física M3
Tecnologia ITAPECURSOS
No item A desta seção, quando dissemos que uma pessoa pode “tomar” choque ao encostar na lataria de um
automóvel eletrizado, estávamos nos referindo exatamente à eletrização por contato.
Após todo o processo, os corpos que estabeleceram o contato somente terão cargas de mesmo módulo se
tiverem dimensões idênticas (esferas de mesmo raio, por exemplo). Caso contrário, o corpo de maiores
dimensões terá maior carga elétrica em módulo.
Uma situação limite desta propriedade é o contato com a Terra. O tamanho de nosso planeta é infinitamente maior
do que o dos corpos sobre ele. O contato entre estes corpos e a Terra conduz sempre à neutralização dos primeiros.
Por este motivo é que motoristas que transportam combustível penduram uma corrente metálica na lataria do
caminhão e esta fica em constante contato com o asfalto.
c) Eletrização por Indução
Começaremos este processo com um corpo A eletrizado (que será chamado de indutor) e um outro corpo B
neutro (induzido). Inicialmente iremos aproximar os dois corpos, sem efetuar o contato. Por causa da atração
elétrica, haverá um movimento de elétrons dentro de B. Logo após, ligaremos o induzido à Terra por alguns
instantes. Finalmente, desfazemos este contato e teremos o corpo B eletrizado com carga de sinal oposto ao de A.
Vamos considerar o indutor positivo.
Ao aproximarmos os corpos, alguns elétrons de B migrarão para
a sua extremidade mais próxima de A. A B
Nesta situação, o induzido ainda está neutro. Note que ocorreu + + + + + ++
apenas uma separação de cargas positivas e negativas. Dizemos
que, neste caso, o corpo B está polarizado.
+ + + + + ++
O induzido fica sujeito a uma força de atração em seu
A B pólo negativo e uma de repulsão em seu pólo positivo.
+ + + + + ++ A atração é mais intensa do que a repulsão, o que fará
+ + + + + ++ com que o corpo B seja atraído por A.
Fazendo o contato com a Terra, teremos uma corrente
de elétrons subindo para B para tentar neutralizar o
seu pólo positivo.
Cortandose o fio, os elétrons cedidos pela Terra permanecerão no induzido, fazendo com que ele fique
eletrizado negativamente.
1.5 ELETROSCÓPIOS
São aparelhos que nos informam se um determinado corpo está ou não eletrizado. Podem ser de dois tipos:
a) Eletroscópios de Pêndulo
A figura a seguir representa uma haste metálica, um fio leve e isolante e uma pequena bolinha de isopor. Este
conjunto recebe o nome de eletroscópio de pêndulo.
Quando aproximamos um corpo neutro da bolinha de isopor, ela irá
haste metálica
permanecer em repouso.
Se aproximarmos da bolinha um corpo eletrizado, haverá uma força
de atração entre os dois. Podemos afirmar que o corpo eletrizado
conseguiu polarizar a bolinha.
fio isolante
b olinha de isopo r
Física M3 5
Tecnologia ITAPECURSOS
b) Eletroscópios de Folhas
Esfera metálica
Este aparelho é composto por duas lâminas metálicas delgadas, ligadas por
uma haste condutora e uma esfera também metálica. O conjunto é haste condutora
acondicionado em uma garrafa de vidro dentro da qual é feito vácuo.
Quando um corpo neutro é aproximado da esfera metálica, nada irá acontecer
lâminas
lâmin as
com o eletroscópio.
Porém, se o corpo estiver eletrizado, haverá uma polarização do eletroscópio. Isto fará com que a esfera fique
com um excesso de cargas de sinal oposto ao do corpo e, por conseqüência, as lâminas irão adquirir um
excesso de cargas elétricas de mesmo sinal. Podemos notar que estas lâminas irão se repelir eletricamente
fazendo com que elas se afastem uma da outra.
Observação:
1.6 LEI DE COULOMB
Já sabemos que corpos que possuem cargas elétricas com
o mesmo sinal irão se repelir e se possuírem sinais opostos
irão se atrair. Coube ao físico Charles de Coulomb mostrar q 1 q 2
como calcular esta força elétrica.
Através de algumas experiências, Coulomb mostrou que a
força elétrica é diretamente proporcional ao módulo de q 1 q 2
ambas as cargas em questão e inversamente proporcional
ao quadrado da distância entre elas, ou seja:
q 1 q 2
1
F e µ q 1 . q 2 e F e µ
r 2
A partir destas análises, podemos traçar os gráficos da força elétrica em função do módulo de uma das
cargas e em função da distância, que são:
A expressão matemática da Lei de Coulomb será, então:
q 1 . q 2
F = k
r 2
Onde k representa a constante elétrica e é uma
característica do meio em que as cargas estão. O seu
valor para o vácuo é:
k 0 = 9,0 x 10 9 N.m 2 /C 2
Observação:
01) A força elétrica é uma força de campo, ou seja, pode ser aplicada sem que seja necessário haver contato
entre os corpos.
02) Quando não for mencionado o meio em que as cargas estão, iremos considerar que estamos trabalhando
no vácuo.
03) Em algumas questões de vestibular, a constante elétrica k é substituída pela expressão:
1
k=
4pe
onde e é chamado de permissividade elétrica do meio.
6 Física M3
Tecnologia ITAPECURSOS
CAMPO ELÉTRICO
2.1 INTRODUÇÃO
Neste capítulo, estudaremos uma grandeza capaz de exercer força nas diversas outras cargas
vetorial que representa a influência de uma carga presentes neste espaço.
elétrica no espaço. Dissemos, no capítulo anterior, que O campo elétrico será estudado, inicialmente,
a força elétrica é uma força de campo. Para que como sendo gerado por uma carga elétrica puntiforme
ela seja aplicada é necessário que exista um campo (pequena) e, em seguida, por uma esfera condutora.
elétrico. Logo depois faremos um estudo sobre alguns fenômenos
Podemos dizer que uma certa carga elétrica relacionados com o campo elétrico, tais como a
modifica o espaço em torno dela no sentido de ser blindagem eletrostática e a produção de raios.
2.2 CAMPO ELÉTRICO
Vamos imaginar uma certa carga elétrica Q fixa em Toda carga elétrica q inserida r nesta região ficará
um ponto do espaço. Dizemos que esta carga gera sujeita a uma força elétrica ( F ), aplicada por Q.
no espaço em volta dela um campo de força
chamado Campo Elétrico.
Portanto, o Campo Elétrico está relacionado com o
“raio de ação” de uma carga elétrica.
2.3 DEFINIÇÃO MATEMÁTICA
Já sabemos que se uma carga de prova
q for colocada no campo elétrico de Q,
haverá uma força elétrica entre elas.
Como vimos no capítulo anterior, o valor
dessa força elétrica é proporcional ao
módulo das cargas (Lei de Coulomb). Se
modificarmos somente o módulo de q,
teremos, por conseqüência, uma
modificação proporcional na intensidade
da força. Acompanhe o esquema ao lado:
Física M3 7
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Observando estes esquemas, podemos concluir que A direção do vetor campo elétrico será radial.
a razão entre a força elétrica e a carga de prova é Para entendermos o sentido do vetor campo elétrico,
constante em cada ponto do espaço. devemos lançar mão da sua definição matemática:
r
r r r F
F 2 F E = . Nesta igualdade podemos notar que se a
= = ... = constante q r r
q 2 q carga de prova for positiva, os vetores E e F terão o
mesmo sentido e se ela for negativa, sentidos opostos.
A esta constante damos o nome de Vetor Campo Sobre este fato, temos quatro possibilidades:
r
Elétrico ( E ). Assim:
r
r F
E =
q
F
A sua intensidade será dada por: E =
q
r
r F N []
A sua unidade no S.I. será: E = =
[q ] C []
Podemos tirar, então, uma regra geral dessas observações:
• Cargas elétricas positivas geram campo elétrico cujo sentido é de afastamento (divergente). Observe os
dois primeiros casos.
• Cargas elétricas negativas geram campo elétrico cujo sentido é de aproximação (convergente). Veja os
casos 3 e 4.
Observações:
1 O campo elétrico atua nos pontos do espaço e não é influenciado pela existência da carga de prova.
2 A força elétrica atua na carga de prova que pode ser inserida em um campo elétrico.
3 Não se pode somar vetorialmente a força e o campo elétrico. Apesar de ambas as grandezas serem
vetoriais, elas possuem propriedades diferentes.
2.4 CAMPO ELÉTRICO GERADO POR UMA CARGA PUNTIFORME
Uma carga elétrica cujo tamanho pode ser desprezado Substituindo (2) em (1), temos:
é chamada de puntiforme. Vamos imaginar uma carga
puntiforme geradora Q fixa em um ponto do espaço. Q . q
Se inserirmos uma carga de prova q no campo elétrico k
de Q, a uma distância r, haverá a aplicação mútua E = r 2
de uma força elétrica. O módulo do campo elétrico q
neste ponto é dado por:
F Que pode ser simplificada para:
E = (1)
q
Q
Pela Lei de Coulomb, sabemos que a intensidade da E = k
r 2
força elétrica entre as cargas citadas é dada pela
expressão:
Q . q
F = k (2) Esta é a maneira de calcularmos o módulo do campo
r 2 elétrico gerado por cargas puntiformes.
8 Física M3
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Note que o campo elétrico depende de apenas três fatores:
1.constante elétrica (k): representa o meio em que a carga geradora está imersa.
2.módulo da carga geradora (Q): o módulo do campo elétrico e o da carga geradora são diretamente
proporcionais.
3.distância entre a carga geradora e o ponto considerado: o módulo do campo elétrico é inversamente
proporcional ao quadrado da distância.
Observação:
Se quisermos calcular o campo elétrico resultante em um ponto, devido à ação de várias cargas geradoras
ao mesmo tempo, devemos determinar, isoladamente, o campo de cada carga e efetuar a soma vetorial
entre eles.
2.5 LINHAS DE FORÇA
São linhas traçadas seguindose a trajetória de Vamos ver, em seguida, alguns exemplos de linhas
várias cargas de prova positivas em movimento de força.
dentro de um campo elétrico. Essas linhas
1. Cargas elétricas puntiformes isoladas
representam a existência do campo elétrico em
uma região. Para desenhálas devemos seguir
as seguintes propriedades:
1. As linhas de força saem de cargas positivas
ou do infinito e chegam nas cargas positivas
ou no infinito.
2. As linhas de força são tangenciadas, em todos
os pontos, pelo campo elétrico.
3. Duas linhas de força nunca se cruzam.
4. A densidade de linhas de força é proporcional
à intensidade do campo elétrico.
2.6 CAMPO ELÉTRICO UNIFORME
O campo elétrico em uma região será chamado de uniforme quando o vetor campo elétrico for constante (em
módulo, direção e sentido) em todos os seus pontos.
Para conseguirmos produzir um campo elétrico com essas características, podemos utilizar duas placas
planas e paralelas, eletrizadas com cargas de mesmo módulo e sinais opostos.
Podemos observar que as linhas de força são paralelas e igualmente distanciadas umas das outras.
Física M3 9
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2.7 CAMPO ELÉTRICO GERADO POR UMA ESFERA CONDUTORA E ELETRIZADA
Quando eletrizamos uma esfera, podemos verificar que as cargas elétricas em excesso tendem a se deslocar
para a sua superfície externa. A explicação para esta característica está no fato de que estas cargas
elétricas repelemse mutuamente.
No instante em que todas as cargas em excesso estiverem na superfície da esfera, diremos que foi atingido
o equilíbrio eletrostático. Nesta situação, podemos imaginar que o campo elétrico no interior da esfera é
nulo, pois não há aplicação de força elétrica no sentido de trazer uma carga para dentro do corpo. Para um
ponto fora da esfera, dizemos que o campo elétrico gerado por ela pode ser calculado considerandose que
toda a sua carga está localizada no centro.
Podemos resumir estas informações da seguinte forma:
Imagine a esfera da figura seguinte com uma carga elétrica de módulo Q e raio R.
Q
E C = k
(R + r ) 2
2.8 BLINDAGEM ELETROSTÁTICA
O fenômeno descrito no item anterior é muito mais geral, ou seja, é válido quando o condutor não for esférico.
Podemos dizer que sempre que um condutor for eletrizado, as cargas elétricas que estão sobrando irão
migrar para a sua superfície. Como conseqüência deste fato, teremos o campo elétrico nulo no interior deste
condutor.
Esta característica é muito utilizada em aparelhos elétricos (rádios, por exemplo) como proteção contra
influências externas. Vamos imaginar que um tocafitas funcione envolto por uma peneira metálica. Se aparecer
um campo elétrico externo (gerado por um raio, digamos), a peneira metálica terá cargas elétricas induzidas
em sua superfície e o campo elétrico dentro dela será nulo. Logo, o tocafitas não será influenciado pelos
agentes externos.
A este fenômeno damos o nome de blindagem eletrostática.
1 0 Física M3
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POTENCIAL ELÉTRICO
3.1 INTRODUÇÃO
Já foi estudado o Campo Elétrico, que é uma região do espaço em torno de uma carga elétrica (chamada
geradora) em que outras cargas elétricas (chamadas de prova) sofrem a ação de alguma força elétrica. O
Campo Elétrico, por ser uma grandeza vetorial, apresenta algumas dificuldades no seu estudo, como é o
caso do cálculo do Campo Elétrico Resultante em um ponto, devido à ação de várias cargas.
No intuito de se simplificar o estudo da Eletrostática, apareceu a noção de Potencial Elétrico, que representa,
conceitualmente, o mesmo que o Campo Elétrico, mas que leva a vantagem de ser uma grandeza escalar.
3.2 DEFINIÇÃO DE POTENCIAL ELÉTRICO
Para que você possa compreender melhor a noção de Potencial Elétrico, vamos traçar um paralelo com a
Força Gravitacional.
Imagine, então, duas situações em que ocorre a realização de trabalho por forças conservativas (o trabalho
não depende da trajetória) :
1 Um corpo de massa M é abandonado e cai entre dois pontos A e B do espaço sob a ação exclusiva do seu
peso.
2 Uma carga elétrica q é abandonada em uma região do espaço onde existe um campo elétrico uniforme e
se desloca de A para B devido à ação exclusiva da força elétrica.
Na situação 1, o trabalho realizado pelo peso é igual à perda de energia potencial gravitacional do corpo.
W AB = m.(gh A gh B )
Onde o produto gh é chamado de Potencial Gravitacional. Quando há realização de trabalho por parte do
peso, certamente ocorre uma variação do Potencial Gravitacional, uma grandeza escalar que está
diretamente relacionada com a posição do corpo estudado.
Na segunda situação, ocorre algo muito semelhante. Ao invés de tratarmos de forças gravitacionais,
iremos estudar forças elétricas. O trabalho realizado pela força elétrica é:
Física M3 1 1
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Onde a grandeza V A V B é chamada de diferença Note que o potencial elétrico está relacionado com a
de potencial (d.d.p.), voltagem ou tensão elétrica. É quantidade de energia que uma carga elétrica possui
exatamente por causa da diferença de potencial entre em um ponto qualquer de um campo elétrico. O
dois pontos que uma carga elétrica entra em potencial elétrico depende da posição ocupada por
movimento. uma carga elétrica.
Imagine, agora, que a carga q da figura seja levada Uma unidade de energia muito utilizada em Física
do ponto A até um ponto B muito distante (no infinito), Nuclear é o elétron volt, que corresponde ao
onde o campo elétrico é nulo. Assim, o potencial trabalho realizado sobre um elétron em uma d.d.p.
elétrico no ponto B será nulo também. Neste caso, de 1 volt. A relação entre o joule e o elétronvolt é:
o potencial elétrico no ponto A será igual a:
W A¥
V A = 1 eV = 1,6 x 10 19 J
q
3.3 POTENCIAL ELÉTRICO DE CARGAS PUNTIFORMES
æ Q ö Q
na primeira, teremos V = ç K 2 ÷ . r . Logo: V = K
è r ø r
Observações:
1 Cargas positivas geram potenciais positivos e cargas negativas geram potenciais negativos. Lembrese de
que no cálculo do campo elétrico e da força elétrica, sempre considerávamos o módulo das cargas.
A partir de agora, iremos considerar o valor algébrico da carga elétrica.
3.4 SUPERFÍCIES EQÜIPOTENCIAIS
As figuras mostram cargas elétricas geradoras de campos elétricos.
1 2 Física M3
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Observações:
1 As linhas de força de um campo elétrico são perpendiculares à superfície eqüipotencial em todos os seus
pontos.
2 O trabalho realizado pela força elétrica para deslocar uma carga em uma trajetória qualquer depende
exclusivamente da carga elétrica e da diferença de potencial entre os pontos, não interessando qual foi o
caminho seguido entre estes pontos.
3 O trabalho realizado pela força elétrica para deslocar uma carga ao longo de uma superfície eqüipotencial
é nulo, uma vez que não há diferença de potencial entre os pontos de saída e de chegada.
3.5 MOVIMENTO DE CARGAS ELÉTRICAS EM UM CAMPO ELÉTRICO
Na próxima figura, as cargas Q estão fixas e as cargas q podem moverse em função da força aplicada pelo
campo elétrico. Vamos estudar as quatro situações possíveis em relação aos sinais de Q e q para que
possamos tirar uma conclusão geral a respeito do movimento de cargas em um potencial elétrico qualquer.
Nos itens I e II, a carga de prova é positiva e se
I II movimenta, espontaneamente, no sentido dos menores
+Q +q Q +q potenciais elétricos. Em I, se afasta da carga Q positiva
e em II, se aproxima de Q negativa. Nos itens III e IV, a
carga de prova é negativa e, espontaneamente, migra
para pontos de maior potencial. Em III se aproxima de Q
III IV positiva e em IV, se afasta de Q negativa.
Portanto, naturalmente as cargas positivas “procuram”
+Q q Q q pontos de menor potencial, enquanto que cargas
negativas migram para pontos de maior potencial. Essa
noção é muito útil na Eletrodinâmica, onde temos que
estudar a corrente elétrica, que é um fluxo ordenado de
cargas elétricas motivado por uma diferença de potencial
elétrico aplicado a um condutor qualquer.
3.6 POTENCIAL ELÉTRICO DE UMA ESFERA CONDUTORA E ELETRIZADA
Uma esfera condutora e eletrizada com uma carga Q, quando está em equilíbrio eletrostático, não admite
movimento de cargas elétricas em seu interior, uma vez que o campo elétrico é nulo dentro dela. Por
causa disso, podemos concluir que o potencial elétrico de qualquer ponto interno da esfera e da sua
superfície é constante, uma vez que se houvesse uma diferença de potencial entre estes pontos, certamente
haveria um fluxo ordenado de cargas elétricas.
Para calcularmos o potencial elétrico dos pontos externos à esfera, vamos imaginar que toda a sua carga
está concentrada no seu centro. Veja a figura a seguir:
A figura mostra uma esfera de raio R que possui uma
carga positiva e três pontos A, B e C. O ponto A está
dentro, B está na superfície e C está fora da esfera a uma
distância r do seu centro. Os potenciais elétricos de A e B
são iguais e valem: Q
V A = V B = k
R
Para o cálculo do potencial elétrico no ponto C, devemos
considerar que toda a carga da esfera está concentrada
em seu centro. Assim, teremos:
Q
V C = K
r
O gráfico que mostra a variação do potencial elétrico em função da distância do ponto ao centro da esfera
é o seguinte:
Física M3 1 3
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CORRENTE ELÉTRICA, LEIS DE OHM E RESISTORES
1 INTRODUÇÃO
Nos capítulos anteriores, estudamos a Eletrostática. Neles, tivemos a oportunidade de avaliar o
comportamento de cargas elétricas em repouso, onde entendemos os processos de eletrização, a Lei de
Coulomb, o Campo Elétrico e o Potencial Elétrico.
A partir deste Capítulo, iremos ver a Eletrodinâmica, onde estudaremos os efeitos das cargas elétricas
em movimento ordenado. Com este estudo, saberemos um pouco mais a respeito do funcionamento de
circuitos elétricos simples e de alguns aparelhos como o chuveiro e as pilhas.
O capítulo é dedicado à corrente elétrica , as leis de Ohm e aos resistores.
2 CORRENTE ELÉTRICA
Um fio metálico, por exemplo, possui uma infinidade de elétrons livres em sua estrutura por causa da ligação
metálica entre os seus átomos. Naturalmente, estes elétrons apresentam um movimento completamente
desordenado chamado de movimento caótico.
Se as extremidades deste fio forem ligadas aos terminais de uma pilha, os elétrons passam a se deslocar,
ordenadamente, em direção ao polo positivo desta pilha. Isto se deve ao fato de a pilha gerar, ao longo do fio,
um campo elétrico e, portanto uma diferença de potencial (ou tensão elétrica) entre os extremos do fio. Lembre
se de que as cargas negativas se deslocam para pontos de maior potencial elétrico.
Veja a figura.
movimento
dos elétrons
menor maior
potencial potencial
A este movimento ordenado dos elétrons, motivado pela pilha, denominamos corrente elétrica. Note que
existem duas condições para que se estabeleça uma corrente elétrica em um condutor:
1 deve existir um percurso fechado para que as cargas se desloquem.
2 deve existir uma diferença de potencial entre as extremidades do condutor.
a) Tipos de Corrente Elétrica
O exemplo mencionado anteriormente serviu para entendermos o que é a corrente elétrica. Porém, não é a
única maneira de obtermos um movimento ordenado de cargas elétricas.
Quando a corrente elétrica for composta exclusivamente por elétrons, a chamamos de corrente eletrônica.
São eletrônicas as correntes geradas em condutores sólidos, onde os elétrons são as partículas que possuam
mobilidade. Neste caso, o movimento é sempre no sentido crescente dos potenciais elétricos. A velocidade
dos elétrons em fios condutores é muito pequena. No entanto, no instante em que ligamos o interruptor, a
lâmpada é acesa. Você saberia explicar o porquê? Por outro lado, em soluções aquosas e em gases ionizados,
a corrente elétrica é composta pelo deslocamento de íons positivos em um sentido e íons negativos no
sentido contrário. Esta corrente é chamada de iônica.
14 Física M3
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b) Efeitos da Corrente Elétrica
b.1) Efeito Joule: Quando uma corrente elétrica é estabelecida em um certo condutor, parte da energia
elétrica das cargas é transformada em energia térmica. Como conseqüência deste fato, o condutor se aquece.
Este é o efeito Joule e acontece devido ao fato de o movimento dos elétrons não ser totalmente desprovido
de atritos. Existem certos aparelhos (chuveiro, ferro elétrico, ebulidor, etc.) que são fabricados para produzir
o efeito Joule.
b.2) Efeito Magnético: Uma corrente elétrica gera um campo magnético no espaço em torno do condutor que
ela atravessa. Este efeito será estudado com mais detalhes no Eletromagnetismo, onde veremos várias aplicações
deste fenômeno.
b.3) Efeito Fisiológico: O corpo humano é um condutor de eletricidade. Quando é estabelecida uma diferença
de potencial entre dois pontos do nosso corpo, temos uma sensação desagradável que chamamos de choque
elétrico. Este é o efeito fisiológico.
c) Corrente Contínua e Alternada
b.1) Corrente Contínua (Cc): É a corrente gerada por pilhas e baterias. Neste caso, as cargas executam um
movimento ao longo de todo o circuito.
c.2) Corrente Alternada (Ca): Neste tipo de corrente, as cargas apenas vibram entre dois extremos, não
havendo um deslocamento real. Só para que se tenha uma idéia, a freqüência dos elétrons na rede de distribuição
elétrica no Brasil é de 60 Hz, ou seja, 60 vibrações por segundo.
d) Sentido da Corrente Elétrica
Apesar de sabermos que, em fios
condutores, são os elétrons que realmente
se movimentam, utilizaremos como sentido
da corrente elétrica, o sentido do movimento
de cargas positivas, mesmo se ele não
existir. A este sentido damos o nome de
co n ven ci o n al . As figuras seguintes
mostram o sentido real e o convencional
da corrente em um circuito simples.
e) Intensidade da Corrente Elétrica (i):
Considere uma secção reta de um fio retilíneo. Podemos contar a quantidade de carga elétrica que passa por
esta secção em um certo intervalo de tempo Dt.
Definimos como intensidade da corrente elétrica (i) a relação en
tre a quantidade de carga elétrica (Q) que passa pela secção reta do
fio e o intervalo de tempo (Dt) gasto pelas cargas para passarem por
| Q | n. e
tal secção reta. Matematicamente, temos: i = ou i =
Dt Dt
Onde n representa o número de cargas elétricas que passa pela
secção reta do fio e representa a carga elétrica elementar.
| Q | coulomb
A unidade da intensidade da corrente elétrica será, no S.l: [i] = = = ampère (a)
Dt segundo
1 ampère é a corrente que, estabelecida em
um fio, representa a passagem de 1 coulomb
de carga (ou seja, 6,25 x 10 18 elétrons) a cada
n
1 segundo. N
Observação: Em todo gráfico da intensidade
Área = |Q| entre t 1 e t 2
da corrente elétrica em função do tempo, a área
sob a curv a é numericamente igual à
quantidade de carga que atravessa o fio no
intervalo de tempo considerado. Veja a figura.
Física M3 15
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3 LEIS DE OHM
a) 1ª Lei de Ohm
Já sabemos que é necessária a aplicação de uma diferença de potencial (V) entre dois pontos de um circuito
para que se estabeleça uma corrente elétrica de intensidade I. O físico George Simon Ohm estudou alguns
condutores e percebeu que a diferença de potencial aplicada a um condutor é diretamente proporcional
à intensidade da corrente elétrica produzida neste condutor.
Seja o condutor mostrado na figura seguinte.
Como existe proporcionalidade entre V e i, podemos tirar as seguintes conclusões:
2) O gráfico V x i será uma reta que parte da origem e aponta para cima.
A partir da 1ª conclusão, podemos definir uma grandeza muito
importante no estudo da eletrodinâmica: Resistência Elétrica (R).
Veja:
Vamos imaginar dois condutores, A e B. No primeiro, uma tensão
V A = 20 V produz uma corrente elétrica i A = 2,0 A. No segundo, a
mesma tensão V B = 20 V gera uma corrente elétrica i B = 5,0 A.
Note que, por algum motivo, o condutor A é mais resistente à
passagem de corrente pois, para mesma diferença de potencial,
a corrente nele é menos intensa (i A < i B )
Aplicandose a 1ª Lei de Ohm, podemos observar que:
V A 20
condutor A: i = = 10 V/A Þ é necessária uma diferença de potencial de 10 V para se produzir
A 2
1,0 A de corrente.
V B 20
condutor B: i = = 4,0 V/A Þ são necessários apenas 4,0 V para se produzir a mesma corrente
B 5
elétrica de 1,0 A.
V
A constante obtida pela relação irá nos informar a tensão necessária pare se produzir uma corrente
i
elétrica de 1 ampère em um condutor. Note que esta informação está relacionada com a oposição que o
condutor oferece à passagem da corrente elétrica. A esta característica damos o nome de Resistência Elétrica.
Dessa forma:
V volt ( V )
R = , onde a unidade = ohm ( W )
i ampère
Observações:
1) Existem condutores em que a resistência não é constante. Eles são chamados de condutores nãoôhmicos.
Aqueles condutores que obedecem a 1ª lei de Ohm são denominados condutores ôhmicos.
V
2) Mesmo para os condutores nãoôhmicos é valida a relação R = . Nestes, porém, a razão entre a
i
diferença de potencial e a intensidade da corrente, ou seja, a resistência elétrica do condutor, varia. Note que
se a resistência elétrica variar, o gráfico da tensão em função da corrente não será uma reta pois estas
grandezas não serão diretamente proporcionais.
16 Física M3
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b) 2ª Lei de Ohm:
A 1ª Lei de Ohm nos fornece uma definição macroscópica da resistência elétrica. Isto significa que podemos
calcular a resistência elétrica de um condutor sem nos preocuparmos com a sua constituição interna. Em
um laboratório, basta efetuarmos uma série de medidas da diferença de potencial aplicada ao condutor e
as respectivas intensidades da corrente elétrica, que temos condições de determinar a resistência elétrica
deste condutor.
Porém, pelo fato de haver a proporcionalidade entre a tensão e a intensidade da corrente elétrica, o valor
da resistência elétrica de um condutor não depende das duas grandezas citadas (se, por exemplo,
duplicarmos a tensão, a intensidade da corrente será, também, duplicada). De que forma deveremos
proceder se quisermos modificar a resistência elétrica de um condutor?
A 2ª Lei de Ohm irá nos mostrar os fatores que efetivamente influenciam na resistência de um condutor.
Seja um pedaço de um condutor metálico, de comprimento l e área da secção reta constante e igual a A.
A resistência elétrica do fio é diretamente proporcional ao comprimento e
inversamente proporcional à área da sua secção reta. Matematicamente,
a 2ª lei de Ohm pode ser expressa da seguinte forma:
l
R = r
A
4 RESISTORES:
O primeiro aparelho de um circuito elétrico que iremos estudar é o resistor. Em linhas gerais, podemos
dizer que a sua função básica é promover a transformação de energia elétrica em energia térmica (efeito
Joule). Um resistor, quando inserido em um circuito elétrico, irá dissipar uma certa quantidade de energia
elétrica e, por isso, irá criar uma queda de tensão (diminuição do potencial elétrico) entre os seus
terminais.
Podemos representar um resistor através dos seguintes símbolos:
A principal característica de um resistor é a sua resistência elétrica (R).
Encontramos resistores em chuveiros, ebulidores, ferros de passar roupa e na maioria dos circuitos elétricos.
Os resistores podem ser utilizados para controlar a intensidade da corrente elétrica.
Imagine um resistor sendo percorrido por uma corrente elétrica de intensidade i, no sentido de A para B da
figura.
Como o resistor consome energia elétrica, podemos afirmar que as cargas elétricas
terão menor potencial elétrico em B do que em A. A esta queda de tensão,
relacionamos uma diferença de potencial V AB = V A V B .
V AB
Pela 1ª Lei de Ohm: R = Þ V = Ri , que é a equação dos resistores.
i
a) Associação de Resistores:
Na construção de um circuito elétrico, nem sempre teremos à mão um resistor cuja resistência é a necessária
para o seu perfeito funcionamento.
Entretanto, é possível associarmos resistores para produzirmos o mesmo efeito da resistência desejada. Ao
resistor que, sozinho, faria o mesmo papel de todos os associados damos o nome de RESISTOR
EQUIVALENTE (R EQ ). Basicamente, há duas maneiras de associarmos resistores: em SÉRIE e em PARALELO.
Física M3 17
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a.1 ) Associação em Série:
É quando a extremidade de um resistor está ligada à origem do seguinte, formando um trajeto único para a
corrente elétrica. Neste tipo de ligação, a intensidade da corrente elétrica é a mesma em todos os resistores.
Veja:
Como V = Ri, podemos estabelecer que a diferença de potencial em cada resistor será proporcional aos
valores das resistências dos resistores associados. Assim:
V 1 = R 1 i; V 2 = R 2 i e V 3 = R 3 i (01)
O resistor equivalente é aquele que, percorrido pela mesma corrente elétrica i, fica submetido a uma
tensão
V = V 1 + V 2 + V 3 (02)
Note que V = R EQ i (03).
Substituindo (01 ) e (03) em (02), temos: R EQ i = R 1 i + R 2 i + R 3 i
que é a maneira de calcularmos a resistência equivalente na associação em série.
Observações:
1) O valor da resistência equivalente é maior do que o valor de cada resistência associada. Além disso,
quanto mais resistores estiverem associados em série, maior será a resistência equivalente e, portanto,
menor será a intensidade da corrente elétrica.
2) Em uma ligação em série, se um dos resistores for desligado, todos os outros deixarão de funcionar
pois o circuito estará interrompido.
a.2) Associação em Paralelo:
Este tipo de ligação é feito, conectandose os resistores entre os mesmos pontos de um circuito, de tal forma
que podemos submetêlos a uma mesma diferença de potencial. Veja:
A corrente elétrica, ao chegar no ponto A, irá se dividir, de tal forma que, quanto maior a resistência de um
ramo, menor será a intensidade da corrente elétrica neste ramo.
O resistor equivalente é aquele que, submetido à mesma tensão V, é percorrido pela corrente elétrica total
i = i 1 + i 2 + i 3 (01)
V V V V V
Como V = Ri Þ i = . Assim: i = ; i 1 = ; i 2 = e i 3 = (02)
R R EQ R 1 R 2 R 3
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V V V V
Substituindo as equações (02) em (01), temos: R = R + R
R + R
EQ 1 1
2 3
1 1 1 1
R EQ = R 1 + R 2 + R 3
que é a maneira de calcularmos a resistência equivalente na associação em paralelo.
Observações:
1) O valor da resistência equivalente é menor do que o de cada resistência associada. Quanto mais resistores
forem ligados em paralelo, menor será a resistência equivalente e maior a intensidade da corrente elétrica.
2) Quando tivermos somente dois resistores, R 1 e R 2 , associados em paralelo, a resistência equivalente
pode ser determinada pela seguinte regra prática.
b) Potência Elétrica
Quando as cargas elétricas atravessam um resistor, ocorre uma transformação de energia. A esta
transformação podemos associar um trabalho realizado. A potência elétrica relacionada a este trabalho é:
W q .( V A - V B ) q
P = = ; mas = i. Assim P = V.i
Dt Dt Dt
Esta é uma expressão geral para o cálculo da potência elétrica, seja para resistores ou para outros aparelhos
que ainda serão estudados.
Quando trabalharmos com um resistor, especificamente, além da expressão anterior, existem duas outras.
Veja:
P = V.i mas V = R.i; Assim, P = (R.i).i P = R.i 2
Esta expressão pode ser utilizada facilmente quando os aparelhos estiverem ligados em série pois, neste tipo
de associação, a corrente elétrica é a mesma em todos eles. Neste caso, quanto maior a resistência de um
resistor, maior será a potência por ele dissipada.
V V V 2
P = V.i mas i = : Assim, P = V. P =
R R R
Quando os aparelhos estiverem ligados em paralelo, a tensão elétrica é a mesma sobre eles. Assim, podemos
perceber que, neste caso, a potência dissipada por um resistor é inversamente proporcional à sua resistência
elétrica. Esta situação é de muito interesse para nós pois, em nossas residências, a ligação é feita em
paralelo, basicamente. Assim, quando mudamos a posição de um chuveiro de verão para inverno, estamos
aumentando a sua potência. Para isto ocorrer devemos, portanto, diminuir a sua resistência elétrica.
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5 APARELHOS DE MEDIDA
Em um laboratório, é muito útil a utilização de aparelhos que possam medir os valores de algumas grandezas
físicas envolvidas na experiência.
Na Mecânica, temos o cronômetro, a balança e o dinamômetro, por exemplo.
Iremos estudar dois aparelhos mais úteis à Eletrodinâmica: o Amperímetro e o Voltímetro.
a) Amperímetro
É o aparelho destinado a medição da intensidade da corrente elétrica. Ele deve ser ligado em série ao
ramo do circuito onde queremos saber esta intensidade. Além disso, para que o amperímetro forneça
uma leitura o mais precisa possível, a sua resistência elétrica deve ser muito pequena pois, dessa forma,
ele não irá alterar sensivelmente o valor da resistência equivalente.
Na grande maioria dos exercícios, estaremos considerando o amperímetro ideal, ou seja, aquele que
possui resistência elétrica nula.
O seu símbolo em um circuito elétrico é: A
b) Voltímetro
Como o próprio nome sugere, este aparelho mede a diferença de potencial entre os pontos do circuito em
que ele for ligado Para tanto, ele deve possuir resistência elétrica muito grande pois a corrente elétrica
que o atravessa não pode ser significativa. Além disso, o Voltímetro é ligado em paralelo. O Voltímetro
ideal é aquele que possui resistência elétrica infinita. A sua representação esquemática em um circuito é:
V
Observação:
Existem outros aparelhos de medida na Eletrodinâmica como, por exemplo, o Ohmímetro (destinado a
medir resistência elétrica). Porém, iremos nos preocupar apenas com os dois anteriores. Existe um aparelho,
chamado Multímetro, que engloba as funções do Amperímetro, do Voltímetro e do Ohmímetro.
GERADORES E RECEPTORES
1 INTRODUÇÃO
No capítulo anterior, iniciamos o estudo dos circuitos elétricos. Em vários exercícios, foi mencionado que
havia uma bateria ou uma pilha. Consideramos, nestes casos, que a tensão elétrica fornecida pela bateria
ou pela pilha era constante e, por causa desta diferença de potencial, uma corrente elétrica poderia ser
estabelecida no circuito.
Neste capítulo estudaremos os geradores (as baterias e as pilhas são exemplos) mais aprofundadamente.
Teremos a oportunidade de conhecer a equação e o gráfico de um gerador. Veremos, também, que o
gerador é um dos aparelhos fundamentais para a existência de um circuito elétrico pois é ele o responsável
pela manutenção da ddp necessária à existência da corrente elétrica.
Logo a seguir, estaremos trabalhando com um outro aparelho do circuito elétrico chamado de receptor (os
motores elétricos são exemplos deste tipo de aparelho).
Por último, trataremos dos circuitos elétricos de maneira mais geral, onde podem aparecer resistores,
aparelhos de medida, geradores e receptores.
2 GERADORES
Já sabemos que uma pilha, por exemplo, tem a capacidade de gerar um campo elétrico ao longo do
circuito e, por isso, ela pode promover uma ordenação ao movimento dos elétrons em um fio metálico.
Esta característica nos indica que a pilha cria uma diferença de potencial entre os pontos do circuito, o
que faz com que haja uma corrente elétrica.
A pilha é um exemplo de um tipo de aparelho cuja função básica é transformar uma forma qualquer
de energia em energia elétrica. Este aparelho recebe o nome de GERADOR.
20 Física M3
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a) Características de um Gerador:
Todo gerador possui duas características principais: a sua força eletromotriz e a sua resistência interna.
a.1) Força Eletromotriz (fem ou e):
Um gerador sempre possui dois pólos com sinais opostos. Pensando no sentido convencional da corrente, as
cargas positivas do circuito se movimentam, ordenadamente, no sentido do seu pólo negativo. A tendência é
que, ao chegarem neste pólo, estas cargas permaneçam lá. É neste instante que entra o papel do gerador,
propriamente dito. Através do consumo de uma forma qualquer de energia (no caso de uma pilha, a energia
consumida é elétrica), o gerador realiza um trabalho sobre as cargas no sentido de leválas até o pólo
positivo. Veja:
Este deslocamento é, obviamente, forçado. Quando estas cargas
chegam ao pólo positivo, elas iniciam um novo deslocamento ao
longo do circuito externo.
i
Chamamos de força eletromotriz de um gerador à razão entre o
módulo do trabalho por ela realizado sobre as cargas elétricas e a
quantidade de carga que o atravessa. Matematicamente, temos:
W AB
e =
q
a.2) Resistência Interna (r):
As cargas elétricas que atravessam o gerador recebem uma certa quantidade de energia elétrica. Este fato
pode ser comprovado pois o gerador realiza sobre estas cargas um trabalho. Porém, parte desta energia já
é gasta no deslocamento que é feito dentro do próprio gerador (uma pilha, após um certo tempo de
funcionamento, tem a sua temperatura aumentada). Isto nos sugere que os geradores possuam, internamente,
alguma resistência elétrica. A esta resistência damos o nome de Resistência Interna.
b) Representação de um Gerador:
O gerador é representado em um circuito da seguinte forma:
Onde a barra maior é o seu pólo positivo e a menor, o pólo negativo. O resistor
desenhado ao lado das barras representa a sua resistência interna. Note que estão
representados no esquema a força eletromotriz e a diferença de potencial (V)
efetivamente liberada para o circuito externo. Esta é ddp é menor do que a força
eletromotriz pois as cargas gastam energia dentro do gerador.
c) Equação do Gerador:
Note que as cargas elétricas recebem uma quantidade de energia do gerador (total) e dissipam parte desta
energia (perdida) durante o deslocamento dentro dele. A energia (útil) que estas cargas terão, ao abandonar
o gerador, será, portanto, a diferença entre as quantidades de energia recebida e dissipada.
Podemos utilizar também a noção de potência elétrica. Desta forma, a potência útil (P u ) é igual à diferença
entre as potências total (P T ) e dissipada (P D ). Assim: P U = P T P D
Onde: P u = V. i; P T = e . i; P D = r. i 2
Substituindo as expressões na equação da potência, temos: V. i = e . i r. i 2
E dividindo os termos por i. V = e r . i que é a equação do gerador.
Física M3 21
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Utilizando a equação do gerador podemos esboçar a sua curva característica. A função deduzida é do 1º grau,
o que sugere que o gráfico V x i seja uma reta (inclinada para baixo).
Os pontos A e B do gráfico são de fundamental importância para nós.
O ponto A corresponde a uma corrente elétrica nula, ou seja, o gerador não
está ligado a um circuito (gerador em aberto). Substituindo i = 0 na equação
do gerador, temos: V = e r . i Þ V = e r . 0 Þ V = e.
Este ponto representa, portanto, o valor da força eletromotriz do gerador.
Já o ponto B é o ponto em que V = 0. Isto significa que as cargas elétricas
consomem toda a energia dentro do próprio gerador e, portanto, o circuito
externo não funciona. Para tal fato acontecer, devemos ligar um fio de
resistência muito baixa aos pólos do gerador, promovendo um curtocircuito. A corrente elétrica terá sua
e
intensidade máxima e poderá ser calculada por: V = e r. i Þ 0 = e r. i CC Þ i CC = .
r
Observações:
1) Um gerador é chamado de ideal quando sua resistência interna for nula. Neste caso, a tensão (V) fornecida
ao circuito será a sua própria força eletromotriz e o seu gráfico será uma reta paralela ao eixo horizontal. Na
prática, não existem geradores dessa forma.
2) Os geradores podem ser associados da mesma forma que os resistores. Isto é verificado, por exemplo,
com as pilhas em um rádio.
Podemos associar em paralelo somente geradores que possuam a mesma força eletromotriz. Neste caso, o
gerador equivalente terá a mesma força eletromotriz daqueles associados e uma resistência interna equivalente
que é calculada da maneira que aprendemos no estudo dos resistores.
Quando a associação de geradores for feita em série, o equivalente terá uma força eletromotriz que é a soma
das fem dos geradores associados. Também neste caso, calculamos a resistência equivalente tal qual o
fazemos para resistores em série.
3 RECEPTORES
Existem aparelhos em um circuito elétrico, chamados receptores, cuja função é transformar a energia elétrica
que recebem em uma forma qualquer de energia que não seja térmica. Os motores elétricos (encontrados
em ventiladores, carrinhos elétricos, secadores de cabelo, etc.) são exemplos deste tipo de aparelho.
De uma certa maneira, portanto, podemos dizer que o receptor é o oposto do gerador.
a) Características de um Receptor:
Um receptor possui, da mesma forma que um gerador, dois pólos, um positivo e outro negativo. Além disso,
há uma resistência interna, responsável por uma certa dissipação de energia elétrica.
a.1 ) Força ContraEletromotriz (fcem ou e’):
Quando uma corrente elétrica atravessa um receptor, parte da energia elétrica que as cargas possuam é
transformada em uma forma qualquer de energia (exceto térmica). A esta transformação de energia podemos
relacionar um trabalho útil realizado pelas cargas. Denominamos de força contraeletromotriz à razão entre o
trabalho realizado pelas cargas e a quantidade de carga que atravessa o receptor. Matematicamente:
W
e’ =
q
A fcem é uma diferença de potencial (medida em volts no S.l.) e não uma força como o nome sugere.
Na verdade, podemos definir como força contraeletromotriz à tensão útil que é aproveitada pelo receptor.
a.2) Resistência Interna (r’):
Qualquer receptor, após um certo tempo de funcionamento, sofre um certo aquecimento, o que sugere que
parte da energia elétrica foi transformada em energia térmica. Acontece, porém, que o receptor não é produzido
para esquentar. Logo, podemos concluir que esta energia térmica representa uma energia perdida, que não
foi efetivamente utilizada pelo aparelho.
O fato descrito no parágrafo anterior é devido ao fato de o receptor possuir, internamente uma resistência
elétrica que promove o efeito Joule quando a corrente elétrica o atravessa.
22 Física M3
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b) Representação de um Receptor:
A representação esquemática de um receptor em um circuito elétrico é a seguinte:
Note que é uma representação idêntica ao do gerador. A característica que nos faz
diferenciar estes dois aparelhos é o sentido da corrente elétrica. Internamente ao
receptor, a corrente se orienta do pólo positivo para o negativo (lembrese que, no
gerador, é o contrário).
Na figura anterior, a tensão V é a diferença de potencial total a que o receptor está
sujeito. Deste valor, uma parte é aproveitada (que está relacionada com a fcem) e
uma outra parcela é dissipada (que está relacionada com a resistência interna).
c) Equação de um Receptor:
A relação de potência elétrica utilizada para se deduzir a equação do gerador será mais uma vez utilizada
para a dedução da equação do receptor. Sabemos que a potência total recebida pelo receptor é igual à soma
do que foi aproveitado e o que foi dissipado. Assim: P T = P U + P D
Onde: P T = V . i; P U = e’ . i; P D = r’ . i 2
Substituindo as expressões na equação da potência, temos: V. i = e’ . i + r’ i 2 . E dividindo os termos por i.
V = e’ + r . i
Que é a equação do gerador
4 LEI DE POUILLET
Vamos imaginar o circuito simples representado na figura seguinte:
Neste circuito, o resistor R representa o equivalente de todas as resistências
que podem existir no circuito e está em série com as resistências internas do
gerador e do receptor. O mesmo podemos dizer para o gerador e o receptor
representados.
Se subtrairmos a fem e do gerador pela fcem e’ do receptor teremos a tensão
elétrica que o resistor R e as resistências internas dispõem para consumir.
Utilizando a 1ª Lei de Ohm, V = R . i, podemos deduzir que V = e e’. Assim,
a corrente elétrica total que passa pelo circuito pode ser dada por:
e - e'
I total =
R + r + r '
que é a expressão matemática da Lei de Pouillet
Note que esta lei é uma conseqüência da 1ª Lei de Ohm.
Física M3 23
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ELETROMAGNETISMO
1 INTRODUÇÃO
O nome Magnetismo se refere ao fato de as primeiras observações dos fenômenos relacionados aos ímãs
terem acontecido numa região chamada Magnésia. Nesta região, notavase que algumas pedras (formadas
por um óxido de ferro chamado de magnetita) tinham a capacidade de atrair pedaços de ferro.
Neste capítulo, trabalharemos com os fenômenos magnéticos naturais e artificiais. Iremos estudar o campo
magnético gerado por ímãs e por correntes elétricas. Logo em seguida, verificaremos a existência da força
magnética, que possui uma larga aplicação prática. Por fim, veremos uma das mais importantes descobertas
já feitas pelo homem: a indução eletromagnética, que tornou possível a utilização doméstica da energia
elétrica e toda a evolução da indústria eletrônica.
2 ÍMÃS
Ímãs são corpos que possuem a capacidade de atrair substâncias tais como o ferro. Como já foi mencionado,
os ímãs são compostos por um óxido de ferro.
Os imãs são os responsáveis pelo aparecimento do campo magnético que, a exemplo do campo elétrico da
eletricidade, permite a aplicação de uma força. Representaremos o campo magnético por B. A unidade de
campo magnético no Sistema Internacional é o tesla (T).
Veremos, logo a seguir, as principais propriedades dos ímãs.
A) Atividade magnética: Um ímã possui as extremidades ativas magneticamente, enquanto que a sua região
central é neutra. As extremidades de um ímã recebem o nome de pólos.
r
B 2 r
B 3
r
B 1
N S
r
B 4
B) Orientação em relação à Terra: Quando um ímã está livre para girar em torno N
de seu eixo, ele se orienta aproximadamente na direção nortesul terrestre. O pólo
do ímã que aponta para o norte geográfico da Terra recebe o nome de pólo norte N
do ímã. O pólo que aponta para o sul geográfico é chamado de pólo sul do ímã.
A bússola é uma aplicação desta propriedade, pois ela é composta por uma agulha
imantada que pode girar livremente em torno de seu eixo. Desta forma, esta agulha S
estará orientada na direção nortesul terrestre (desde que não haja outros campos
magnéticos externos). S
C) Atração e Repulsão: Pólos de mesmo nome se repelem e de nomes diferentes se atraem.
repulsão Através desta propriedade, podemos concluir que a
Terra se comporta como um grande ímã, sendo que
o pólo norte geográfico funciona como um pólo sul
magnético e o pólo sul geográfico é um pólo norte
atração magnético.
2 4 Física M3
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pólo sul
pólo norte
magnético D) Inseparabilidade dos pólos: É impossível
geográfico
separarmos um pólo norte de um pólo sul. Quando
um ímã é dividido em vários pedaços, cada parte
apresenta um pólo norte e um pólo sul.
pólo norte
magnético
pólo sul geográfico
3 LINHAS DE INDUÇÃO
Estudamos, na eletrostática, as chamadas linhas de força que representam um campo elétrico qualquer. Estas
linhas devem ser desenhadas de tal forma que o vetor campo elétrico seja tangente a elas em todos os pontos.
No magnetismo, existe um representação para o campo magnético, que chamamos de linhas de indução.
Vamos considerar que uma linha de indução, externamente ao ímã, “nasce” no pólo norte e se dirige para o
pólo sul. A figura seguinte mostra as linhas de indução do campo magnético gerado por um ímã em forma de
barra.
r
B 2
r
B 3
r
B 1
N S
r
B 4
Observações:
1) A densidade de linhas de indução é proporcional à intensidade do campo magnético.
2) O vetor campo magnético é tangente às linhas de indução em todos os seus pontos.
3) As linhas de indução, ao contrário das linhas de força, são, sempre, fechadas.
4 EXPERIÊNCIA DE OERSTED
bússola bússola
(a) fio sem corrente elétrica (b) fio com corrente elétrica
Física M3 2 5
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Observação:
Para o estudo do eletromagnetismo, iremos utilizar as 3 dimensões. Como, na folha de papel, só dispomos de
duas, estabeleceremos a seguinte convenção:
´ Vetor perpendicular ao plano, “entrando” nele.
· Vetor perpendicular ao plano, “saindo” dele.
5 CAMPO MAGNÉTICO GERADO POR CORRENTES ELÉTRICAS
A) 1º caso: fio retilíneo de comprimento muito grande. A figura seguinte mostra um fio retilíneo de grande
comprimento e que é atravessado por uma corrente elétrica.
i
r
O módulo do campo magnético gerado pela corrente elétrica a uma distância r do fio pode ser dada por:
m i
B= Onde : m é a permissividade magnética, uma característica do meio.
2 p r
Para que possamos compreender a direção e o sentido do campo magnético, temos que utilizar a chamada
“regra da mão direita nº 1”. Veja.
Devemos orientar o polegar direito no sentido da corrente elétrica. Com os outros dedos, devemos tentar
“pegar” o fio. O movimento executado pelos dedos nos dá o sentido das linhas de indução do campo magnético
gerado pelo condutor.
B) 2º caso: campo magnético gerado no centro de uma espira circular: Damos o nome de espira a
qualquer forma geométrica que produzimos com um fio. A figura seguinte mostra duas espiras circulares de
raio R, percorridas por uma corrente elétrica de intensidade i.
i i
R R
A B
Utilizando a regra da mão direita nº 1, podemos obter o sentido do campo magnético no centro de cada
espira.
campo campo para
para fora dentro
B A
2 6 Física M3
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Através desta regra, percebemos que na espira A o campo magnético está orientado para dentro da folha, o
que se assemelha com um pólo Sul. Já na espira B, o campo magnético está “saindo”, o que no faz lembrar do
pólo Norte. Uma espira percorrida por uma corrente elétrica se comporta, portanto, como um pequeno ímã.
O módulo do campo magnético no centro de cada espira é dado pela seguinte expressão.
m i
B=
2 R
C) 3º caso: campo magnético no interior de um solenóide. Um solenóide pode ser construído quando
damos a um fio uma forma helicoidal (a mesma forma de uma mola, por exemplo). A figura seguinte mostra
um solenóide de comprimento L sendo percorrido por uma corrente de intensidade i.
A B
Ao longo do comprimento L, podemos contar que existe um número N de espiras.
Podese demonstrar que o campo magnético no interior do solenóide é uniforme e sua orientação pode ser
dada, também, pela regra da mão direita nº 1.
m N i
A intensidade deste campo magnético uniforme é dada por: B =
N B S L
i i
L
6 FORÇA MAGNÉTICA
A) sobre cargas: Quando uma carga elétrica é abandonada em um campo magnético, não atua sobre ela
força magnética alguma, pois uma carga elétrica em repouso não cria campo magnético.
Porém, se imprimirmos uma velocidade a esta carga, haverá o aparecimento de uma força de origem magnética
sobre ela. A figura seguinte mostra as duas situações.
r r
V
q V
q
Física M3 2 7
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Em relação ao ângulo q entre a velocidade e as linhas de indução, podemos estabelecer as seguintes situações:
A.1) q = 0° ou q = 180°
Como o seno destes dois ângulos é zero, não há a aplicação de força magnética sobre a carga, quando ela
for lançada na mesma direção do campo. Nestes dois casos, a carga elétrica irá executar um movimento
retilíneo uniforme. r
B
r
q V
r
V q
A.2) q = 90°
O seno de 90° é máximo (e igual a 1). Verificase que, para este ângulo de lançamento, a carga elétrica
executa um movimento circular uniforme de raio R e, portanto, a força magnética funciona como força
centrípeta.
Igualandose as expressões da força magnética e centrípeta, temos:
V 2
F C = F MAG Þ m = B q V . . .sen 90 °
R
m V
.
R =
q B
.
Observando a expressão acima, verificamos que o raio da trajetória circular é diretamente proporcional à
massa da partícula e à sua velocidade e inversamente proporcional à carga da partícula e ao campo magnético.
A.3) outros valores de q
Para ângulos de lançamento diferentes de 0°, 90° e 180°, a carga elétrica irá descrever uma trajetória
helicoidal (hélice cilíndrica).
B) sobre fios: Imagine um fio retilíneo de comprimento L, conduzindo uma corrente elétrica de intensidade i.
Se este fio for colocado em uma região do espaço onde existe um campo magnético B, as cargas elétricas
que se movimentam em seu interior ficarão sujeitas a uma força de natureza magnética. Podemos concluir
que, assim sendo, o fio como um todo sofrerá a ação desta força magnética cuja expressão é: F = B.i.L.senq
Onde q é o ângulo formado entre as linhas de indução e o sentido da corrente elétrica.
Como o sentido da corrente elétrica corresponde ao movimento de cargas positivas, teremos que utilizar a
regra da mão direita nº 2, dando um tapa sempre com a palma da mão.
7 INDUÇÃO ELETROMAGNÉTICA
A) Fluxo Magnético (f)
A figura seguinte representa várias linhas de indução de um campo magnético uniforme de intensidade B e
uma espira quadrada de área A imersa neste campo.
Note que o plano da espira faz um ângulo q
com as linhas de indução.
Quando contamos o número de linhas de
indução que atravessam a área da espira,
estamos medindo o fluxo magnético através
desta espira.
2 8 Física M3
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O fluxo magnético depende de 3 fatores:
1. Da intensidade do campo magnético. Quanto maior a intensidade, maior será o fluxo.
2. Da área da espira. Quanto maior a área, maior o fluxo.
3. Da inclinação da espira em relação às linhas de indução. Quando o plano da espira for perpendicular
às linhas de indução, o fluxo magnético será máximo. Se o plano da espira for paralelo às linhas de
indução, o fluxo será nulo.
Ajustando estas características em uma expressão matemática, temos: f = B.A.senq
Observação:
Na verdade, a definição de fluxo magnético leva em consideração o ângulo entre as linhas de indução e um
vetor perpendicular ao plano da espira, sendo que a expressão é: f = B.A.cosa.
Porém, o ângulo a é o complemento de q, o que nos leva a concluir que cosa = senq.
B) Experiência de Faraday
No século passado, o físico Michael Faraday realizou uma experiência que revolucionou a humanidade. Em
linhas gerais, Faraday criou um circuito contituído por uma bobina e um galvanômetro. Este circuito era
movimentado nas imediações de um ímã. Quando o circuito permanecia fixo em relação ao ímã, não havia
indicação de corrente elétrica no galvanômetro. Porém, quando o circuito era movimentado em relação ao
ímã, o galvanômetro acusava uma corrente elétrica que era tanto mais intensa quanto mais rápido se
movimentava o circuito.
N S
ímã
É fácil perceber que a movimentação do circuito em relação ao ímã faz com que o fluxo magnético através da
bobina varie com o tempo. A variação do fluxo magnético induz o aparecimento de uma corrente elétrica, ou
seja, cria uma força eletromotriz no circuito (que iremos chamar de força eletromotriz induzida, (e). Quanto
mais rápida for a variação do fluxo, mais intensa será a força eletromotriz induzida e, portanto, mais intensa a
corrente elétrica induzida.
A variação do fluxo magnético em uma certa região funciona como um gerador, pois faz aparecer uma tensão
elétrica, que por sua vez é responsável pelo aparecimento de uma corrente elétrica. Este fenômeno é conhecido
por indução eletromagnética e foi após a sua descoberta que a eletricidade se popularizou, permitindo o
avanço de ciências como a eletrônica. As usinas hidroelétricas, termoelétricas e nucleares se baseiam na lei
de Faraday para a obtenção de energia elétrica a partir de uma outra forma de energia.
Df
Matematicamente, podemos escrever a lei da Faraday da seguinte forma: e = -
Dt
onde o sinal negativo será explicado mais adiante.
C) Lei de Lenz
Até agora aprendemos que uma variação do fluxo magnético faz aparecer uma força eletromotriz induzida e
uma corrente elétrica induzida. No entanto, não conhecemos o sentido desta corrente elétrica. A lei de Lenz
é a ferramenta que temos que utilizar toda vez que quisermos descobrir o sentido da corrente induzida. Ela
nos afirma o seguinte:
“A corrente elétrica induzida em um circuito tem o sentido tal que se opõe à sua causa.”
Física M3 2 9
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FÍSICA MODERNA
A) FÍSICA NUCLEAR
Os núcleos atômicos podem ser estáveis (quando possuem pouca energia) ou instáveis (quando possuem
muita energia). Os núcleos instáveis recebem o nome de radioativos e tendem a emitir radiação sob a forma
de partículas ou de ondas eletromagnéticas, a fim de diminuírem a sua quantidade de energia e tornaremse
estáveis. Esse processo denominase decaimento radioativo. O núcleo emissor é chamado de núcleo pai e o
resultante, núcleo filho.
Essa radiação pode ser de três tipos: a (alfa), b (beta) ou g (gama).
1) Radiação ALFA ( a ): É formada por dois prótons (p + ) e por dois nêutrons (n 0 ), ou seja, é um núcleo de
hélio. Possui velocidade relativamente baixa – é a mais lenta das três emissões – cerca de 20.000 km/s,
com conseqüente pequeno poder de penetração. Essa radiação mal consegue penetrar na epiderme
humana, não causando sérios danos ao nosso organismo. Após o decaimento, o núcleo filho terá um
número atômico duas unidades menor e número de massa quatro unidades menor. Alguns exemplos de
a emissores: 234 U, 232 Th e 212 Po.
2) Radiação BETA ( b ): É formada por um elétron nuclear. Em um núcleo radioativo pode acontecer de um
nêutron sofrer uma fissão (quebra) e se transformar em um próton, um elétron e um neutrino. O próton
resultante continua no núcleo e o elétron é emitido, constituindose em uma radiação b . A radiação beta
possui uma velocidade em torno de 99% da velocidade da luz no vácuo (c) e apresenta um poder médio
de penetração, podendo atravessar a camada mais superficial da pele. O núcleo filho apresentará um
número atômico uma unidade maior que o núcleo pai, mas com o mesmo número de massa. São b
emissores: 210 Bi, 3 H e 60 Co.
3) Radiação GAMA ( g ): É uma onda eletromagnética de grande freqüência e pequeno comprimento de
onda, de grande energia. Sua velocidade no vácuo é a mesma a de toda onda eletromagnética, ou seja,
‘c’. Possui grande poder de penetração, conseguindo atingir órgãos internos do nosso organismo. É a
forma de radiação mais perigosa, podendo desencadear processos cancerígenos. O núcleo filho continua
com a mesma constituição que o núcleo pai, somente terá menor energia e portanto tende a ser mais
estável. Alguns g emissores: 191 I, 235 U e 60 Co.
Observe a tabela comparativa entre as três radiações:
Um núcleo pai ao decair pode passar por vários núcleos filhos instáveis até que chegue a um estável. A
seqüência de decaimentos de um núcleo radioativo é chamada de série radioativa.
4) Tempo de MeiaVida: É o tempo gasto para que metade da amostra radioativa se desintegre. É também
chamado de Período de semidesintegração. Vamos representar o Tempo de meiavida por t 1/2 ou T.
Ex.: O tempo de meiavida do Carbono14 é de 5.670 anos. Imagine que tenhamos, hoje, 2,0 g desse
material. Passados 5.670 anos teremos somente 1,0 g de carbono14. Após mais 5.670 anos teremos
0,5 g e assim sucessivamente.
Acompanhe o raciocínio acima através do diagrama a seguir:
3 0 Física M3
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Veja agora o gráfico da atividade radioativa de uma
amostra em função do tempo:
5) Fissão Nuclear: É o tipo de reação nuclear que pode ocorrer com núcleos relativamente grandes (de
elevado número atômico) quando bombardeados com um feixe de nêutrons. O núcleo original se fragmenta,
dando origem a pelo menos dois outros núcleos e liberando uma grande quantidade de energia. A mais
famosa reação de fissão nuclear é a do isótopo 235 do Urânio, que é o processo que ocorreu na bomba
lançada em Hiroshima. Acompanhe a reação:
235
92 U + 1
0 n ®
140 94
56 Ba + 36 Kr + 2 1
0 n + ENERGIA
Os dois nêutrons resultantes irão colidir com mais dois núcleos de Urânio, produzindo, então, quatro nêutrons
que irão colidir com mais quatro núcleos e assim por diante, em processo conhecido por reação em cadeia.
Neste processo, a soma das massas do Bário, do Criptônio e dos dois nêutrons é ligeiramente menor que a
soma das massas do Urânio e do nêutron originais. Essa diferença entre as massas está relacionada com a
energia liberada. A relação matemática é a famosa equação de Einstein: E = m.c 2 .
A quantidade de energia produzida em uma reação de fissão de um bloco de Urânio que se “quebra”
completamente é cerca de 10 6 vezes maior que a queima de um bloco de carvão de mesma massa que a do
Urânio.
No reator de uma usina nuclear (como a usina de Angra dos Reis RJ) ocorre uma reação de fissão nuclear.
Porém, essa reação é controlada por moderadores que “absorvem” alguns nêutrons não deixando que a
liberação de energia seja tão violenta quanto no caso da bomba.
6) Fusão Nuclear: Ao contrário da fissão, a fusão representa a união de dois núcleos leves para a formação
de outro núcleo maior massa. É o tipo de reação nuclear que ocorre no Sol, onde o “combustível” são
átomos de Hidrogênio que se fundem para a formação de átomos de Hélio, com a conseqüente liberação
de energia. Para que essa reação ocorra, são necessárias grandes temperaturas e pressões. No núcleo
do Sol, a temperatura atinge cerca de 14.000.000° C. A reação de fusão do Hidrogênio pode ser da
seguinte forma:
4 1 4 0
1 H ® 2 He + 2 1 e + ENERGIA
Também neste processo, a soma das massas após a reação é menor que a soma das massas antes. A
diferença entre as massas nos dá o equivalente transformado em energia através da equação de Einstein.
O Sol perde cerca de 300 milhões de toneladas a cada segundo, mas como a sua massa é da ordem de 3 x
10 27 toneladas, estimase que desde o seu surgimento (a cerca de 4 bilhões de anos atrás) a nossa estrela
tenha perdido somente 2% de sua massa original.
7) Aplicações dos fenômenos radioativos:
São muitas as aplicações da radioatividade hoje em dia, dentre elas, destacase:
I Como a taxa de decaimento radioativo é independente de fatores externos, podemos estabelecer que em
qualquer lugar do mundo a proporção entre dois isótopos (por exemplo o Carbono12 e o Carbono14) pode
nos dar a idade de uma amostra em função da meia vida do material.
II O Cobalto60 é muito usado na radioterapia, na luta contra o câncer.
III Usase em usinas nucleares o processo da fissão nuclear para produção de energia elétrica. A energia
obtida na quebra do Urânio é utilizada para aquecer uma certa massa de água. Quando essa massa de água
se transforma em vapor, ela movimenta o dínamo, gerando uma corrente elétrica.
IV Algumas empresas de laticínios e alimentação em geral utilizam a radiação gama ( g ) para purificar os
seus produtos de bactérias, por exemplo.
V A radiação alfa (a) é utilizada como auxílio nas pesquisas sobre a estrutura da matéria.
Física M3 3 1
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B) FÍSICA QUÂNTICA
1) Quantização da Energia: Alguns anos antes do início do nosso século, algumas previsões teóricas a
respeito da emissão térmica dos irradiadores de cavidade 1 não foram verificadas experimentalmente. De
acordo com a teoria clássica, essa emissão deveria depender unicamente da temperatura (T) na qual este
corpo está, sendo que a energia emitida viajaria no espaço de maneira contínua.
Em um obscuro artigo de dezembro de 1900, Max Planck supôs que a energia emitida pelos irradiadores não
pudesse assumir qualquer valor, mas somente valores discretos (descontínuos), múltiplos de um valor
fundamental, que seria proporcional à freqüência da onda eletromagnética emitida. Hoje consideramos que a
expressão matemática da energia é:
E = h . f
onde: E ® Energia fundamental
h ® Constante de Planck (h = 6,63 x 10 34 J.s)
f ® Freqüência da onda eletromagnética
De acordo com a teoria de Planck, a energia não se espalha no espaço como um contínuo. Na verdade, a
energia é transportada em pequenos PACOTES DE ENERGIA denominados QUANTA DE ENERGIA.
A energia total emitida por um irradiador de cavidade (que emite uma única freqüência) é então:
E = n.h.f
Onde o número ‘n’ representa o número de quanta que são emitidos e se chama número quântico. Como a
energia total emitida só pode assumir valores que satisfaçam a equação acima, dizemos que ela é quantizada.
No seu curso de Física certamente você já teve contato com algumas grandezas que são quantizadas, dentre
elas: a carga elétrica de um corpo eletrizado e as freqüências naturais de uma corda tensionada, na qual
podese gerar uma onda estacionária.
Como os quanta são numerosos e extremamente pequenos, não podemos detectálos através dos nossos
sentidos. A comparação que aqui se pode fazer é a seguinte: Ao olhar para o oceano você não consegue
distinguir as inúmeras moléculas de água e tem a impressão de que o mar é um contínuo apesar de saber
que ela não é correta. Nesta analogia, as moléculas de água seriam os “quanta” do oceano.
2) Efeito Fotoelétrico: Nos anos de 1886 e 1887, Hertz confirma a existência das ondas eletromagnéticas e
logo após, ele e Lenard descobrem que a radiação ultravioleta facilita descargas elétricas pois faz com que
alguns elétrons livres sejam emitidos pela superfície de metais. A emissão de elétrons livres de uma superfície
metálica devida à incidência de radiação eletromagnética é chamada de EFEITO FOTOELÉTRICO.
Veja a figura seguinte:
1 Um irradiador dessa forma pode ser obtido construindo um cubo metálico no qual se faz uma cavidade esférica interna. Ao serem
aquecidos, os elétrons da superfície da cavidade passam a emitir energia térmica que, pela teoria clássica, deveria ser um contínuo a se
espalhar pelo espaço.
3 2 Física M3
Tecnologia ITAPECURSOS
O circuito elétrico anterior é composto por uma bateria que possui uma
chave inversora de polaridade, um reostato R, um galvanômetro G e duas
placas, A e B colocadas dentro de um invólucro de vidro onde se faz
vácuo. Entre as placas existe uma tensão elétrica V. Elétrons serão ejetados
em A e coletados em B. O galvanômetro acusa a passagem de elétrons.
Inicialmente a tensão elétrica é favorável ao movimento dos elétrons ejetados
– chamados fotoelétrons. À medida em que se faz variar a voltagem V, o
galvanômetro acusa diferentes correntes fotoeletrônicas. Verificouse que
existe uma freqüência mínima (chamada freqüência de corte) abaixo da
qual o efeito fotoelétrico não ocorre. Essa freqüência de corte é uma
característica do metal. O gráfico seguinte mostra como varia a intensidade da corrente fotoeletrônica em
função da voltagem aplicada.
Observações:
A) quando se inverte a polaridade do circuito, a corrente não cai instantaneamente a zero, o que demonstra que
os elétrons são ejetados com alguma energia cinética.
B) existe um potencial mínimo chamado de Potencial de Corte (V 0 ) que é independente da intensidade luminosa
abaixo do qual o efeito fotoelétrico não ocorre.
C) para uma dada intensidade luminosa existe um potencial acima do qual a corrente elétrica se torna
constante.
Existem três fatos que a teoria clássica não consegue explicar:
I Era de se esperar que a energia dos fotoelétrons crescesse com o aumento da intensidade luminosa, pois
um feixe mais intenso poderia fornecer mais energia aos elétrons. No entanto, a experiência mostrou que
a energia máxima dos fotoelétrons é independente da intensidade luminosa e só é alterada quando se
altera a freqüência da luz
II Qual o motivo de existir uma freqüência de corte? A teoria clássica apregoa que qualquer freqüência
poderia produzir o efeito fotoelétrico, desde que a luz emitida fosse bastante intensa.
III Deveria haver um intervalo de tempo mensurável entre a absorção da luz e a ejeção do fotoelétron, pois a
energia radiante se espalharia no espaço. No entanto, nenhum atraso foi verificado em laboratório.
3) A Explicação de Einstein: Em 1905, o alemão Albert Einstein publica uma teoria a respeito do efeito
fotoelétrico mostrando quais eram as falhas do modelo clássico e que estava em perfeita harmonia com os
resultados experimentais. Essa teoria lhe rendeu o Prêmio Nobel de Física anos mais tarde.
O modelo proposto por Einstein se baseava no trabalho de Planck descrito anteriormente e pode ser
resumido da seguinte forma:
1 A energia radiante está concentrada em pequenos pacotes concentrados chamados fótons, cuja
energia é E = h.f (‘f’ é a freqüência da luz)
2 Um elétron no metal pode absorver apenas 1 único fóton e ser ejetado.
3 Quando um elétron é ejetado, sua energia cinética será: E c = h.f w , onde w é o trabalho necessário
para “arrancar” esse elétron.
4 A máxima energia cinética de um fotoelétron está relacionada com o menor gasto de energia na
ejeção, chamado “função trabalho” (w 0 ) , que é uma característica de cada metal.
Vamos ver como a teoria de Einstein explica as dúvidas levantadas anteriormente:
I A intensidade da luz representa apenas o número de fótons emitidos e não a energia de cada um deles.
Dobrar a intensidade luminosa, por exemplo, significa simplesmente dobrar o número de fótons emitidos.
Logo, a energia cinética de cada elétron emitido não depende da intensidade luminosa.
Já que a energia do fóton é determinada pela freqüência da luz emitida, é bastante lógico supor que se o
elétron absorver um fóton cuja energia seja menor do que a função trabalho, não irá ocorrer o efeito
II fotoelétrico. A menor energia de um fóton necessária para arrancar um elétron é w . Logo, a menor
0
freqüência da luz deve ser: f 0 = w 0 /h
Não existe um intervalo de tempo entre a absorção do fóton e a ejeção do elétron porque a energia não
viaja dispersa pelo espaço como apregoa a teoria clássica. Como a energia de uma onda eletromagnética
III é transmitida através de “pacotes” concentrados, o elétron pode absorvêlo instantaneamente e ser ejetado
logo após.
Física M3 3 3
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Carga Elétrica, Lei de Coulomb, Campo Elétrico e Potencial Elétrico
1) (PUCMG) Não é possível eletrizar uma barra 4) (UFV) Três bolinhas de isopor estão próximas
metálica segurandoa com a mão, porque: de um bastão carregado. Uma está carregada
a) a barra metálica é isolante e o corpo humano positivamente, outra negativamente, e a última está
bom condutor. eletricamente neutra.
b) a barra metálica é condutora e o corpo humano Quantas bolinhas o bastão atrairá?
isolante.
a) Duas bolinhas.
c) tanto a barra metálica quanto o corpo humano
são bons condutores. b) Apenas uma bolinha.
d) a barra metálica é condutora e o corpo humano c) Três bolinhas.
semicondutor.
e) tanto a barra metálica como o corpo humano d) Nenhuma bolinha.
são isolantes. e) Depende da carga do bastão.
3 4 Física M3
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Física M3 3 5
Tecnologia ITAPECURSOS
18) (CESGRANRIO) Duas partículas livres de mesma
Q d 2Q
massa têm cargas respectivas q e 2q. Qual das
x = 0 x
seguintes figuras representa as acelerações das
a) do eixo e de x < 0. partículas sabendose que a interação gravitacional
é desprezível em comparação com a interação
b) do eixo e de 0 < x < d.
elétrica?
c) do eixo e de x > d.
d) fora do eixo.
e) depende do sinal dessa 3ª carga. a) A) q 2q B)
b) q 2q
19) (PUCMG) Nos vértices da base de um triângulo
localizamse as cargas elétricas +Q e Q. No
terceiro vértice se encontra uma carga +q.
E
D
+q C
B
3 6 Física M3
Tecnologia ITAPECURSOS
24) (UCSRS) Uma carga elétrica q fica sujeita a uma força elétrica de 4,0mN ao ser colocada num campo
kN
elétrico de 2 , 0 . O valor da carga elétrica q em microcoulombs é de:
C
a) 4,0 c) 2,0 e) 0,5
b) 3,0 d) 1,0
Física M3 3 7
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25) (UFVMG) A figura abaixo representa duas cargas puntiformes, de mesmo módulo e sinais opostos, e um
ponto P localizado na bissetriz do segmento que liga as cargas.
P A alternativa que representa o vetor campo elétrico
resultante no ponto P é:
bissetriz
a) b) c) d)
+
Q Q
e) vetor nulo.
26) (ESAMRN) Quatro cargas elétricas puntuais estão fixadas nos vértices de um quadrado. Em módulo, elas
r
são iguais. No centro do quadrado, essas cargas determinam um campo elétrico E , conforme representado
na figura. Das alternativas, a que corresponde à correta atribuição de sinais das cargas é:
1 2
Sinal da Sinal da Sinal da Sinal da
carga 1 carga 2 carga 3 carga 4
a + + + +
E
b
c + +
d + +
e + +
3 4
27) (PUCMG) A figura mostra as linhas de força de um campo elétrico gerado pela carga de um determinado
corpo. q é uma carga de prova positiva.
Em relação ao sentido da força elétrica que atua na
carga q, à intensidade E do campo elétrico nos pontos
A e B e ao sinal da carga do corpo que gerou o
campo elétrico, é CORRETO afirmar:
q a) é o mesmo sentido das linhas de f orça;
E A > E B ; a carga do corpo é positiva.
b) é o sentido oposto ao das linhas de força;
E A < E B ; a carga do corpo é negativa.
c) é o mesmo sentido das linhas de f orça;
E A > E B ; a carga do corpo é negativa.
d) é o sentido oposto ao das linhas de força;
E A < E B ; a carga do corpo é positiva.
e) é o sentido oposto ao das linhas de força;
E A > E B ; a carga do corpo é positiva.
3 8 Física M3
Tecnologia ITAPECURSOS
28) Duas cargas positivas e iguais estão próximas uma 30) Considere o campo elétrico criado por:
da outra. Indique a alternativa que melhor
I Duas placas metálicas planas e paralelas,
representa as linhas de força do campo elétrico
distanciadas de 1,0 cm, sujeitas a uma d.d.p. de
resultante criado por essas cargas no espaço em
100V.
torno delas.
II Uma esfera metálica oca de raio 2,0 cm carregada
com 2, 5 mC de carga positiva.
a) Quais as características básicas dos dois campos
elétricos? A que distância do centro da esfera um
elétron sofreria a ação de uma força elétrica de
módulo igual à que agiria sobre ele entre as placas
paralelas?
Dados: | carga do elétron | : | e | = 1,6 . 10 19 C
b)
constante do Coulomb para o ar e o vácuo:
N . m 2
K 0 = 9 . 10 9
C 2
c)
d)
e)
Campo entre Distância ao
29) A figura representa duas cargas fixas, positivas, Campo da esfera centro da
as placas
sendo q 1 > q 2 . Os vetores campo elétrico, devido esfera
às duas cargas, no ponto médio M da distância
entre elas, estão mais bem representados em: uniforme radial (dentro e
A (longe das fora da esfera) 15m
extremidades)
não há só há campo no
B 150m
interior da esfera
a)
uniforme uniforme (dentro
C 1,5m
e fora da esfera)
b)
uniforme radial (fora da
D (longe das esfera)
c) nulo (dentro da 1,5m
extremidades)
esfera)
d) nulo (dentro da
E nulo esfera) 1,5cm
radial (fora da
e) esfera)
Física M3 3 9
Tecnologia ITAPECURSOS
r
31) (UFUberlândiaMG) A figura abaixo representa uma 33) (MackSP) O campo elétrico E 1 de uma carga
carga Q e um ponto P do seu campo elétrico onde é puntiforme Q a uma distância d tem intensidade x.
colocada uma carga de prova q. r
Portanto, o campo elétrico E 2 de uma carga 4Q,
Analise as afirmativas abaixo, observando se elas
a uma distância 2d, tem intensidade:
representam corretamente o sentido do vetor campo
elétrico em P e da força que atua sobre q. x
a) c) x e) 4x
4
x
b) d) 2x
2
34) (PUCMG) Uma carga de prova negativa q é
colocada num ponto A, onde há um campo elétrico
r
I . E gerado por uma carga Q positiva. Fica, então,
r
se Q > 0 e q < 0. sujeita a uma força F de intensidade 10N. Sendo
q = 50mC, indique a opção que fornece o valor
correto do campo elétrico em A, r
bem r como as
II. orientações corretas dos vetores E e F .
se Q > 0 e q > 0.
Q q
III. •
(+)
• A
()
se Q < 0 e q < 0.
-1 N
a) 2 , 0 . 10
C
IV.
se Q < 0 e q > 0. 2 N
b) 2 , 0 . 10
São corretas: C
a) todas as afirmações. 5 N
c) 2 , 0 . 10
b) apenas I, II e III. C
c) apenas II, III e IV.
2 N
d) 2 , 0 . 10
d) apenas III e IV. C
e) apenas II e III.
-1 N
e) 2 , 0 . 10
C
32) (UFES) Sobre uma carga elétrica q, situada num
r
ponto onde há um campo eletrostático E , atua uma 35) (UnB) A figura ao lado representa, na convenção
r
força eletrostática F . Afirmase que: usual, a conf iguração de linhas de f orças
associadas a duas cargas puntiformes, Q 1 e Q 2 .
r
I. O módulo de F é proporcional ao módulo de q e Podemos afirmar corretamente que:
r
ao módulo de E .
r
II. A direção de F sempre coincide com a direção Q 2
r
de E .
r
III. O sentido de F sempre coincide com o sentido
r
de E . Q 1
Das afirmativas acima é (são) correta(s):
a) apenas I e II.
b) apenas I e III. a) Q 1 e Q 2 são positivas;
c) apenas II e III. b) Q 1 e Q 2 são negativas;
d) apenas I. c) Q 1 é positiva e Q 2 , negativa;
e) todas as três. d) Q 1 é negativa e Q 2 , positiva.
4 0 Física M3
Tecnologia ITAPECURSOS
36) (UECE) Qual dos gráficos abaixo mostra a variação do campo elétrico E, em função da distância x, para
uma esfera condutora carregada, de raio r?
0 0 0 0
37) (FATECSP) As afirmações abaixo referemse a uma esfera metálica isolada e eletrizada negativamente e em
equilíbrio eletrostático.
I. As cargas elétricas excedentes distribuemse uniformemente sobre todo o volume da esfera.
II. O fluxo elétrico através de qualquer superfície esférica fechada é nulo.
III. O campo elétrico no interior da esfera é nulo.
É (são) correta(s):
a) I e II. b) I e III. c) III. d) II e III. e) I, II e III
38) (MauáSP) As linhas de força do campo elétrico devido a uma carga elétrica puntiforme:
a) são esferas concêntricas com a carga.
b) são retas paralelas entre si e de mesmo sentido.
c) são semiretas saindo ou chegando à carga.
d) não têm forma definida.
e) N.D.A.
39) (UCSalvador) Uma esfera metálica oca, de raio 10cm e centro R, está carregada com carga elétrica +q. A
20cm de R há uma carga puntual q, fixa em P. O sistema está em equilíbrio eletrostático. No interior da
esfera, cuja secção está representada na figura abaixo, consideramos os pontos M, N, S e T, alinhados com
R e P.
Considerando as afirmações e chamando de E i o módulo do campo eletrostático num ponto genérico I, temos:
a) E M > E N > E R < E S < E T
b) E M < E N < E R > E S > E T
c) E M > E N > E R > E S > E T
d) E M < E N < E R < E S < E T
e) E M = E N = E R = E S = E T
40) (PUCRS) A figura seguinte representa duas placas planas e paralelas, eletrizadas e colocadas no vácuo. A
carga q = 1,0 x 10 3 C se desloca livremente da placa A até a B, sob a ação do campo elétrico, que realiza
um trabalho de 2,0 J. A ddp entre as placas, em volts, é de:
a) 5,0 x 10 2
b) 1,0 x 10 3
c) 2,0 x 10 3
d) 3,0 x 10 3
e) 4,0 x 10 3
Física M3 4 1
Tecnologia ITAPECURSOS
41) (UFV) A figura representa uma região onde existem um campo elétrico uniforme, de módulo
E = 5,0 N/C, e duas superfícies eqüipotenciais, uma de 50 V e a outra de 40 V. A distância entre as
superfícies é, em metro(s):
50 V 40 V
a) O trabalho realizado pelo campo elétrico para levar a carga de A até E é maior que o trabalho realizado
pelo mesmo para levar a carga de A até F.
b) O trabalho realizado pelo campo elétrico para levar a carga de A até E é igual ao trabalho realizado pelo
mesmo para levar a carga de A até F.
c) Os trabalhos realizados pelo campo elétrico sobre as duas cargas ao longo dos dois trajetos são diferentes
porque um trajeto é maior que o outro.
d) O vetor campo elétrico entre as eqüipotenciais V 1 e V 3 aponta no sentido de A para F.
e) O vetor força elétrica que atua sobre a carga Q, entre as eqüipotenciais V 1 e V 3 , tem a mesma direção
e o mesmo sentido do vetor campo elétrico entre as mesmas.
43) (CFETPR) Afirmase corretamente que, para uma carga livre ir de um ponto a outro de uma superfície
eqüipotencial, o trabalho desenvolvido pela força elétrica é nulo porque:
a) O campo elétrico é sempre perpendicular às superfícies eqüipotenciais.
b) A força elétrica nesse caso é nula.
c) O deslocamento em superfícies eqüipotenciais inexiste.
d) A diferença de potencial entre dois pontos de uma superfície eqüipotencial é sempre constante e diferente
de zero.
e) Uma linha de campo está sempre inteiramente contida numa superfície eqüipotencial.
44) (FUVEST mod.) Duas cargas q distam a do ponto A, como indicado na figura.
A que distância de A, sobre a reta Ax, devemos
colocar uma carga +q para que o potencial
eletrostático em A seja nulo?
a) a/2 d) a/5
b) a/3 e) 2a
c) a
4 2 Física M3
Tecnologia ITAPECURSOS
45) (UnB mod) Em relação aos fenômenos eletrostáticos, assinale a alternativa CORRETA:
a) O campo elétrico, no centro de uma esfera de alumínio uniformemente carregada, é diferente de zero.
b) O potencial elétrico tem de ser zero em um plano eqüidistante de uma placa metálica uniformemente
carregada.
c) Em um tubo de imagem de um televisor, um elétron é acelerado por uma diferença de potencial de 220
volts (V). O ganho de energia cinética é, portanto, de 220 joules (J).
d) Uma gota de óleo carregada é mantida em suspensão, a uma certa distância do solo, por um campo
elétrico uniforme. Pode, assim, afirmarse que o módulo da razão entre a carga e a massa da gota de
óleo é igual ao módulo da razão entre a aceleração da gravidade e o campo elétrico.
e) Todas as linhas de força de um campo elétrico são fechadas , ou seja, se seguirmos estas linhas,
eventualmente retornaremos ao ponto de partida.
46) (UnB mod.) Duas cargas puntiformes +q e +2q estão fixas no espaço e separadas por uma distância 3d
conforme o diagrama.
Podemos afirmar que o potencial elétrico resultante
no ponto P da figura, devido à ação das cargas +q
e +2q, é:
47) (PUCMG) A figura mostra as linhas de força de um campo elétrico uniforme, duas superfícies eqüipotenciais
desse campo e quatro pontos, A, B, C e D, dessa região. Considere o trabalho (W) realizado para levar uma
partícula, carregada positivamente, do ponto A até o ponto B, percorrendo as trajetórias:
48) (UCSAL) A ddp entre duas placas condutoras, X e Y, é U. O trabalho realizado pela força elétrica, quando
uma carga q é transportada da placa X à placa Y, é W. Se for aumentada para 2d a distância entre as duas
placas, mantendo a mesma ddp U, o trabalho realizado pela força elétrica, para transportar a mesma carga
q da placa X à placa Y, será:
W W
a ) b ) c ) W d ) 2W e ) 4W
4 2
Física M3 4 3
Tecnologia ITAPECURSOS
49) (PUCMG) Assinale a afirmação FALSA:
a) uma carga negativa, abandonada em repouso num campo eletrostático, fica sujeita a uma força que realiza
sobre ela um trabalho negativo.
b) uma carga positiva, abandonada em repouso num campo eletrostático, fica sujeita a uma força que realiza
sobre ela um trabalho positivo.
c) cargas negativas, abandonadas em repouso num campo eletrostático, dirigemse para pontos de potencial
mais elevado.
d) cargas positivas, abandonadas em repouso num campo eletrostático, dirigemse para pontos de menor potencial.
e) o trabalho realizado pelas forças eletrostáticas ao longo de uma curva fechada é nulo.
50) (UFRN mod) Uma esfera condutora isolada, de raio R = 3,0 m e carga elétrica positiva, tem na superfície
R
um vetor campo elétrico de intensidade E = 600 N/C. A uma distância r = do centro da esfera, o potencial
3
elétrico tem valor:
a) 1800 V b) 1600 V c) 1400 V d) 1200 V e) 1000 V
51) (MackSP) O sistema representado pelo esquema está no vácuo, cuja constante eletrostática é k 0 . A carga
Q está fixa, e os pontos A e B são equidistantes de Q. Se uma carga q for deslocada de A até B, o trabalho
realizado pelo campo elétrico de Q, neste deslocamento, será igual a:
q Q
.
a) zero d) 2 . k 0 .
r
q Q
. 1 q Q
.
b) k 0 = e) . k 0 .
r 2 r
A B Q
c) k 0 =
r
52) (PUCRS) Uma esfera condutora, que inicialmente se encontra carregada positivamente, é colocada em
contato com outra esfera inicialmente neutra. Podese afirmar que, depois de estabelecido o equilíbrio
elétrico entre ambas:
a) as duas esferas terão mesmas cargas, desde que sejam constituídas de um mesmo material.
b) o campo elétrico em torno das esferas será uniforme.
c) a esfera de maior raio terá maior potencial que a outra.
d) ambas adquirem o mesmo potencial.
e) a intensidade do campo será maior na esfera de maior raio.
53) (FEISP) Sendo V A , V B e V C os potenciais eletrostáticos de 3 pontos de uma linha de campo, com
0 < V A V C < V B V C , podemos afirmar que no sentido da linha de campo a ordem dos três pontos é:
a) A B C
b) B A C
c) C A B
d) B C A
e) A C B
4 4 Física M3
Tecnologia ITAPECURSOS
Corrente Elétrica, Leis de OHM e Resistores
54) (Newton Paiva) Suponha que, ao se ligar a chave Yaun. Através de um pequeno emissor, aproxi
do carro para acionar o motor de arranque, ele seja madamente do tamanho de um jogo de cartas, e de
percorrido por uma corrente de 120,0A. Se o motor um receptor, é possível transmitir informações, do
for mantido ligado durante 5,0s, podese afirmar mesmo modo que um cartão de crédito. A nova
que a quantidade de carga [Dado: 1C corresponde tecnologia cria um campo elétrico externo que pro
à carga 6,2 x 10 18 elétrons] e o número de elétrons duz uma fraca corrente através do corpo, o que
que passa em uma seção qualquer do circuito são, permite transformar as informações. A corrente utili
respectivamente, zada tem a intensidade de um bilionésimo do Ampère.
a) 6,0 x 10 2 C e 3,72 x 10 21 O campo elétrico criado por pente passado nos
cabelos é mais de mil vezes maior do que o criado
b) 60,0 C e 3,72 x 10 20
pela tecnologia criada pela IBM.
c) 6,0 x 10 2 C e 96,8 x 10 18
d) 6,0 x 10 6 C e 3, 72 x 10 21 56) (Fac. Direito Milton Campos) A respeito da
e) 6,0 x 10 2 C e 3,72 x 10 22 condutibilidade do corpo humano e de outros
materiais, é CORRETO afirmar:
55) (UFMG) Uma lâmpada fluorescente contém em seu
a) A corrente elétrica gerada no sangue é composta
interior um gás que se ioniza após a aplicação de
por íons que se movimentam em dois sentidos.
alta tensão entre seus terminais. Após a ionização
uma corrente elétrica é estabelecida e os íons b) Os metais são bons condutores por apresentarem
negativos deslocamse com uma taxa de 1,0 x 10 18 um número sempre maior de elétrons em relação
íons/segundo para o pólo A. Os íons positivos se ao número de prótons.
deslocam, com a mesma taxa, para o pólo B. c) Na eletrização por atrito, que ocorre sempre que
uma pessoa penteia seus cabelos, teremos o
pente e o cabelo adquirindo cargas de sinais iguais.
d) O campo elétrico, num dado ponto, é carac
terizado como uma grandeza escalar.
57) (Fac. Direito Milton Campos) Suponha que um fio
metálico, seja atravessado por uma corrente elétrica
Sabendose que a carga de cada íon positivo é de equivalente a 1 bilionésimo de ampère (1,0 x10 9 A) num
1,6 x 10 19 C, podese dizer que a corrente elétrica intervalo de tempo igual a 0,5 segundo. A carga
na lâmpada será: elétrica que forma a referida corrente corresponde a:
a) 0,16 A a) 5,0 x 10 10 coulomb.
b) 0,32 A b) 2,0 x 10 10 coulomb.
c) 1,0 x 10 18 A c) 5,0 x 10 9 coulomb.
d) nula d) 2,0 x 10 9 coulomb.
58) (PUCMG) A respeito da corrente e da resistência
As questões 56 e 57 referemse ao artigo mostrado elétrica, leia atentamente as seguintes afirmativas:
abaixo e foi publicado no jornal Estado de Minas, em
20 de abril de 1997. I. Em uma corrente elétrica, apenas as cargas
negativas se movimentam.
IBM apresenta um “modem humano”
O gigante da informática mundial, a norte americana Il. A resistência elétrica de um condutor cilíndrico é
IBM, apresentou em Cingapura uma tecnologia inversamente proporcional ao quadrado do raio
denominada «modem humano» que utiliza o corpo da sua secção reta.
humano como condutor elétrico para transmitir Ill. A relação V = R i só pode ser aplicada a
informações para dois aparelhos eletrônicos. condutores ôhmicos.
David Yaun, encarregado de comunicação da IBM, Assinale:
explicou, durante uma entrevista, que a nova a) se todas as afirmativas são corretas.
tecnologia utiliza a condutibilidade natural do corpo b) se todas as afirmativas são falsas.
humano para transmitir dados.
c) se apenas as afirmativas I e II são falsas.
Sal e água
d) se apenas as afirmativas I e III são falsas.
«Temos sal no sangue e água no corpo. A
eletricidade adora este tipo de combinação» . disse e) se apenas as afirmativas II e III são falsas.
Física M3 45
Tecnologia ITAPECURSOS
i, 10 3 amp
40
a) 1,2 V
b) 2,5 V
20
c) 3,0 V
d) 9,0 V 0
e) 12 V 0 100 200 300 400
V, volts
60) (PUCMG) O gráfico representa a curva caracterís a) I apenas
tica tensãocorrente para um determinado resistor. b) Il apenas
c) III apenas
d) I e II
e) Il e III
63) (UFMG) Este gráfico mostra como varia a tensão
elétrica em um resistor mantido a uma temperatura
constante em função da corrente elétrica que passa
por esse resistor.
Em relação ao resistor, é CORRETO afirmar:
a) é ôhmico e sua resistência vale 4,5 x 10 2 W.
b) é ôhmico e sua resistência vale 1,8 x 10 2 W.
Tensão elétrica
c) é ôhmico e sua resistência vale 2,5 x 10 2 W.
d) não é ôhmico e sua resistência vale 0,40 W.
e) não é ôhmico e sua resistência vale 0,25 W.
61) (PUCMG) Um condutor ôhmico é submetido a uma
diferença de potencial que varia em função do
tempo como mostrado no gráfico ao lado:
Nessas condições, assinale a V Corrente elétrica
opção cujo gráfico representa a
variação da corrente (eixo verti Com base nas informações contidas no gráfico, é
cal) com o tempo (eixo horizontal): tempo correto afirmarse que:
a) a corrente elétrica no resistor é diretamente
a) b) c) proporcional à tensão elétrica.
b) a resistência elétrica do resistor aumenta quando
a corrente elétrica aumenta.
c) a resistência elétrica do resistor tem o mesmo
valor qualquer que seja a tensão elétrica.
d) e) d) dobrandose a corrente elétrica através do resis
tor, a potência elétrica consumida quadruplica.
e) o resistor é feito de um material que obedece a
Lei de Ohm.
46 Física M3
Tecnologia ITAPECURSOS
64) (PUCMG) A resistência de um fio condutor depende do seu comprimento l, da sua área de seção reta A e
do material de que é feito (resistividade = r ). A resistividade do ferro é maior do que a da prata. Para que um
fio de ferro e um de prata, de mesmo comprimento, tenham a mesma resistência, é necessário:
a) A ferro = A prata c) A ferro x A prata = 1 e) A ferro < A prata
b) A ferro ¸ A prata = 1 d) A ferro > A prata
P Q
68) (UFMG) Um estudante montou um circuito como o mostrado na figura.
Entre os pontos A e B ele ligou um fio de grande resistência de 50 cm do comprimento.
A corrente indicada no amperímetro é de 5,0 ampères (Despreze a resistência interna
A da bateria).
A seguir, o estudante montou três circuitos, conforme as figuras abaixo, usando a
A B mesma bateria, o mesmo amperímetro e fios de mesmo material e de mesmo diâmetro
50 cm do fio inicialmente ligado entre A e B.
Para os circuitos I, II e III, os valores da corrente, em ampères, serão respectivamente,
Física M3 47
Tecnologia ITAPECURSOS
69) (PUCMG) A resistência de um chuveiro elétrico foi 72) (PUCMG) O circuito elétrico abaixo é constituído
esticada e dividida em partes iguais, de resistência de um gerador ideal e cinco resistores idênticos.
2 Wcada uma. Associadas em paralelo, essas partes Para que o conjunto libere a maior potência
produziram uma resistência equivalente igual a 0,5 possível, o terminal livre M deve ser ligado no
W. Nesse caso, podemos afirmar que a resistência ponto:
do chuveiro era, em W, igual a:
a) 2 b) 4 c) 6 d) 8 e) 10 a) A
70) (UFMG) Três lâmpadas, A, B e C, estão ligadas a b) B
uma bateria de resistência interna desprezível. Ao c) C
se «queimar» a lâmpada A, as lâmpadas B e C d) D
permanecem acesas com o mesmo brilho de an
e) E
tes.
A alternativa que indica o circuito em que isso 73) (PUCMG) Um condutor é formado por três seções
poderia acontecer é cilíndricas de mesmo comprimento e raios,
respectivamente, R, 2R e 3R.
a)
75) (Izabela Hendrix) Na associação representada na
figura abaixo, cada um dos elementos possui
resistência elétrica R.
71) (PUCMG) Considere três resistores cujas R R
resistências valem: R, R/2 e R/4. Associandose
esses três resistores de modo a obter um R R
equivalente cuja resistência seja a menor possível,
temse para esse equivalente uma resistência igual
a: R R
a) R/7
b) R15
c) R/3 O valor da resistência equivalente da associação é de:
d) R/2 a) R/6 d) (R/2) + (R/3)
e) R b) 2R/3 e) 6R
c) 3R/2
48 Física M3
Tecnologia ITAPECURSOS
77) (UFV) Na figura seguinte é representado um circuito P 3
com um resistor de resistência variável, R, e um de a) . d) P.
.
2 2
resistência fixa, R’.
2
b) P.
. e) 2P.
e r = 0 i 2
3
R R’
c) P.
As questões 80 e 81 a seguir referemse ao esquema
Assinale, dentre as opções abaixo, aquela cujo abaixo que representa parte da instalação elétrica de
gráfico representa CORRETAMENTE a variação da uma residência.
corrente i 2 em função de R.
G
a) i 2 d) i 2
R R
b) i 2 e) i 2
R R
c ) i 2
R
80) (FUMEC) Se estiverem ligados os disjuntores A e G,
78) (PUCMG) As afirmações abaixo se referem à lei podese afirmar que funcionarão apenas os aparelhos
de Ohm.
a) lâmpadas L 3 e L 4 e TV
I. A resistência de um condutor ôhmico depende da
b) ventilador e TV
diferença de potencial aplicada em suas
extremidades. c) geladeira e TV
II. A energia dissipada por um condutor metálico é d) lâmpadas L 2 , L 3 e L 4
diretamente proporcional à diferença de potencial e) geladeira, TV e ventilador
entre seus extremos.
81) (FUMEC) Sabendo que as lâmpadas L 1 L 2 , L 3 , L 4 ,
III. Duas resistências iguais, ligadas em paralelo, são
ligadas a uma fonte de tensão constante. A e L 5 têm potência de 60 W cada uma, se fecharmos
intensidade de corrente em cada uma é maior do simultaneamente por 10 minutos, G, C e C 3 a
que se as ligássemos em série com a mesma fonte. energia registrada pelo medidor M será:
A afirmativa está CORRETA em: a) 108 KJ d) 600 KJ
a) I apenas. c) III apenas. e) II e III. b) 180 KJ e) zero
b) II apenas. d) I e II. c) 1800 KJ
Física M3 49
Tecnologia ITAPECURSOS
D A
B (a) (b)
Se retirarmos a lâmpada C, sem nada colocarmos
em seu lugar, é CORRETO afirmar:
a) o brilho da lâmpada A diminui. (c)
b) a queda de tensão na lâmpada D aumenta.
c) a lâmpada B continuará com o mesmo brilho.
d) a potência dissipada na lâmpada B diminuirá.
e) a resistência do circuito diminui. A leitura dos voltímetros V 1 , V 2 , V 3 e V 4 em (b) e (c)
83) (FUMEC) Uma lâmpada de 60 W, ligada de acordo é respectivamente:
com as especificações do fabricante deve dissipar a) 4V; 2V; 4V; 6V d) 4V; 4V; 2V; 6V
a mesma energia que um chuveiro de 3.600 W b) 2V; 2V; 6V; 6V e) 4V; 2V; 1V; 3V
ligado durante 10 minutos. Para tanto, a lâmpada
deve permanecer acesa durante: c) 2V; 4V; 4V; 2V
a) 10 horas. 86) (PUCMG) Dois aparelhos elétricos, de potências
b) 3.600 minutos. 600 W e 360 W, formam um circuito, cujo esquema
está representado abaixo. A corrente elétrica
c) 10 minutos. assinalada no medidor, em ampères, é igual a:
d) 3,6 horas.
a) 5
e) 2,16 horas.
b) 8
84) (PUCMG) No circuito abaixo A, B, C e D são c) 10
lâmpadas idênticas. d) 12
e) 15
87) (UFMG) Uma residência na qual a voltagem é de
120V tem um disjuntor que desarma sempre que a
corrente ultrapassar 30 A. A tabela abaixo mostra
alguns aparelhos eletrodomésticos que essa
residência possui acompanhados da potência de
cada um.
Aparelho Potência
Chuveiro ...................................... 2400 W
Se retirarmos a lâmpada C sem nada colocarmos Ferro elétrico ............................... 1000W
em seu lugar, é CORRETO afirmar que: Geladeira ....................................... 600W
a) o brilho da lâmpada D aumenta. Lâmpadas (04 unidades) .............. 400W
Televisor ......................................... 100W
b) o brilho da lâmpada B não se altera.
O disjuntor desarmará se forem ligados, simul
c) o brilho da lâmpada A diminui. taneamente,
d) o brilho das lâmpadas restantes não se altera. a) o chuveiro, a geladeira, as lâmpadas e o televisor.
e) o brilho das lâmpadas restantes aumenta. b) o chuveiro, o ferro elétrico e a geladeira.
c) o chuveiro, o ferro elétrico e o televisor.
d) o ferro elétrico, a geladeira, as lâmpadas e o televisor.
50 Física M3
Tecnologia ITAPECURSOS
92) (PUCMG) Um condutor é formado por três seções
cilíndricas de mesmo comprimento e raios,
respectivamente, R, 2R e 3R.
CIRCUITO II
Física M3 51
Tecnologia ITAPECURSOS
94) (PUCMG) No circuito da figura, temos as seguintes 97) (PUCMG) Um voltímetro é ligado diretamente aos
leituras: terminais de uma bateria e a leitura é 10,5 V. Uma
resistência de 10 ohms é ligada aos pólos da
amperímetro A = 10 A
bateria. O mesmo voltímetro ligado agora em
voltímetro V 1 = 15 V paralelo com a resistência acusa 8,0 V. Isso indica
voltímetro V 2 = 20 V que:
52 Física M3
Tecnologia ITAPECURSOS
99) (FCMMG) As figuras 1, 2 e 3 abaixo mostram três 100) (PUCMG) Quando duas baterias iguais são ligadas
associações de baterias idênticas. Nos desenhos, em paralelo, é CORRETO afirmar:
a parte superior das baterias corresponde aos seus
a) A resistência interna equivalente fica reduzida à
pólos positivos.
metade.
b) A resistência interna equivalente fica dobrada.
c) A força eletromotriz fornecida ao circuito dobra
Fig. 1 V 1 de valor.
d) A força eletromotriz fornecida ao circuito fica
reduzida à metade.
e) A força eletromotriz fornecida ao circuito e a
resistência interna equivalente não ficam
modificadas.
Fig. 2 V 2
101) (Newton Paiva) Considere um motor elétrico ligado
à rede de 127 V. É CORRETO afirmar que
a) a força contraeletromotriz é responsável pelo
movimento do eixo.
b) o aquecimento do motor só ocorre quando há
carga no eixo.
Fig. 3 V 3 c) a força eletromotriz atua sobre as espiras,
empurrandoas.
d) a potência do motor só depende da tensão da
As associações produzem uma diferença de rede e não da corrente.
potencial V 1 , V 2 e V 3 , respectivamente. Podese e) se o eixo do motor for travado, a corrente que
afirmar que circula pelas espiras aumentará.
a) V 1 < V 2 < V 3 . c) V 1 < V 3 < V 2 .
b) V 1 = V 2 = V 3 . d) V 2 < V 3 < V 1 .
102) (UFMG) Observe a figura.
1,5 V
2
1
9,0V
3
12,0 V
4
5 1,5 V
Duas pilhas comuns de 1,5 V, uma bateria de 12,0V e uma pilha de 9,0 V são interligadas por fios condutores.
A alternativa em que a diferença de potencial entre os pontos indicados está CORRETA é
a) V 5 V 3 = 10,5 V
b) V 2 V 4 = 21,0 V
c) V 1 V 3 = 13,5 V
d) V 2 V 5 = 4,5 V
e) V 1 V 4 = 22,5 V
Física M3 53
Tecnologia ITAPECURSOS
Eletromagnetismo
103) (ItaúnaMG) A figura mostra a vista de cima de uma sala, onde está indicado o ponto cardeal. Se uma
bússola for colocada no centro da sala (ponto C), a alternativa que melhor representa a orientação da agulha
de uma bússola aí colocada é:
S N N S S N N
a) b) c) d) e)
• L
N S S
C
104) (UFMG) Esta figura mostra uma pequena chapa metálica imantada que flutua sobre a água de um recipiente.
Um fio elétrico está colocado sobre esse recipiente.
O fio passa, então, a conduzir uma intensa corrente
elétrica contínua, no sentido da esquerda para a
S N direita.
A alternativa que melhor representa a posição da
chapa metálica imantada, após um certo tempo, é
a) i d)
S
S N
N
i e) i
b)
S
N S
N
i
c)
N
S
105) (PUCMG) Sabemos que a intensidade do campo magnético B, criado por um fio retilíneo percorrido por
uma corrente elétrica, depende, em cada ponto, do valor dessa corrente e da distância desse ponto ao fio.
Na figura a seguir, está representado um fio condutor, perpendicular à folha de papel. A corrente i, que
percorreu o fio, produz, no ponto P 1 , um campo magnético de 2,0 T. O valor de B, no ponto P 2 , é:
2
a) T
3 B 1
b) 6,0 T P 1
2
c) T d = 1,0
9 P 2 d = 3,0 cm
d) 3 T
c m
e) 1,5 T fio
54 Física M3
Tecnologia ITAPECURSOS
106) (UFLA) Um fio longo e reto é percorrido por uma corrente elétrica constante. A intensidade do campo
magnético produzido pela corrente a 5cm do fio é B. Qual é a intensidade do campo magnético a 10cm do
fio?
107) (UFJF) Considere uma corrente elétrica constante I percorrendo um solenóide finito, conforme mostra a
figura. Quais das opções abaixo melhor representa a direção do campo magnético no ponto P?
a) y b) c)
r y y
• P B r
B
P
P X P X X
r
B
i
d) y e) y
r
B
P
X P X
r
B
Este enunciado referese às questões 108 e 109.
Essa figura mostra dois fios M e N, paralelos, percorridos por correntes de mesma intensidade, ambas
saindo da folha de papel. O ponto P está à mesma distância dos dois fios.
M N
• •
P•
108) (UFMG) A opção que melhor representa a direção 109) (UFMG) A alternativa que melhor representa a
e o sentido corretos para o campo magnético, que direção e o sentido da força magnética que atua no
as correntes criam em P, é: fio M, em virtude da ação do campo magnético
a) b) criado pela corrente no fio N, é:
M N M N a) b) r
M F
• r • • • M •
B r
B
•
P• P• r
F
c) d)
c) d) r
M N M N r F
F • M
• • • •
P• r r •P
B B M
Física M3 55
Tecnologia ITAPECURSOS
r r
110) (UFMG) Um elétron entra com uma velocidade v em uma região onde existem um campo elétrico E e um
r r
campo magnético B uniformes e perpendiculares entre si, como mostra a figura. A velocidade v é perpen
dicular aos dois campos.
r r
x E x x B
r
V x x x
Campo magnético entrando no
x x x plano da folha de papel.
O elétron não sofre nenhum desvio ao cruzar a região dos campos.
r r
As forças elétrica, F e , e magnética, F m , que atuam sobre o elétron, nessa situação, são melhor representadas por:
r r
a) F e b) c) d) F e
r
r F e
F m
r r
F e F m
r
F m r
F m
111) (FAFEOD) Um elétron é lançado dentro de um campo magnético cujo fluxo de indução magnética é B = 3,0
x 10 2 tesla, perpendicularmente às linhas de indução. Ao penetrar no campo, passa a descrever uma
trajetória circular de raio igual a 2,0cm. Nessas condições, é CORRETO afirmar que:
Dado: massa do elétron
m = 9,6 x 10 31 kg.
a) a velocidade de rotação do elétron é constante em módulo e direção.
b) o módulo da velocidade com que o elétron é lançado dentro do campo magnético é de 1,0 x 10 8 m/s.
c) a força magnética que o campo magnético exerce sobre o elétron tem módulo igual a 5,0 x 10 13 N.
d) não há força magnética atuando sobre o elétron, há apenas força centrípeta.
e) a velocidade do elétron tende para zero após ficar ele sujeito à ação do campo magnético.
112) (UFMG) A figura representa um longo fio conduzindo corrente elétrica i. Em um dado instante, duas cargas,
r
uma positiva e outra negativa, estão com velocidade V uma de cada lado do fio.
r
v
+
i
– r
v
A configuração que melhor representa as forças do fio sobre cada uma das cargas é:
+ +
56 Física M3
Tecnologia ITAPECURSOS
113) (UFMG) Observe a figura.
Nessa figura, dois fios retos e longos, perpendiculares
entre si, cruzamse sem contato elétrico e, em cada um
II I deles, há uma corrente i, de mesma intensidade. Na
i
figura, há regiões em que podem existir pontos nos quais
o campo magnético resultante, criado pelas correntes,
é nulo.
Essas regiões são:
i a) I e II. d) II e III.
b) I e III. e) II e IV.
III c) I e IV
IV
114) (UFMG) Um feixe de elétrons passa inicialmente entre os pólos de um ímã e, a seguir, entre duas placas
paralelas, carregadas com cargas de sinais contrários, dispostos conforme a figura. Na ausência do ímã e
das placas, o feixe de elétrons atinge o ponto O do anteparo.
I
S
II
e
III
IV
N Placas Anteparo
ím ã
Em virtude das ações dos campos magnético e elétrico, podese concluir que o feixe
a) passará a atingir a região I do anteparo.
b) passará a atingir a região II do anteparo.
c) passará a atingir a região III do anteparo.
d) passará a atingir a região IV do anteparo.
e) continuará a atingir o ponto O do anteparo.
115) (UFMG) Uma partícula carregada negativamente movimentase na horizontal, com velocidade constante,
em uma região próxima à superfície da Terra como mostra a figura. A situação de equilíbrio dessa partícula
(velocidade constante) é proporcionada por uma força igual e de sentido contrário ao seu peso.
®
v Se a força que se opõe ao peso da partícula é de origem magnética,
as linhas de indução que indicam a direção e o sentido do campo
magnético na região estão indicadas, corretamente, na alternativa:
116) (PUCMG) Duas partículas subatômicas P e N são lançadas simultaneamente num campo magnético
r
uniforme B , com a mesma velocidade. Sabese que a massa de P é maior que a massa de N e que elas
têm cargas de sinais opostos e de mesmos módulo.
II III r
IV X B = campo magnético perpendicular à
folha do papel, penetrando nela.
I V
São possíveis trajetórias para as partículas P e N, respectivamente:
a) I e IV b) I e II c) III e IV d) II e V e) IV e V
117) (UFOP) Em uma região, onde existe um campo magnético uniforme, são lançadas, normalmente ao campo,
três partículas com velocidades iguais: um elétron, um próton e um nêutron, de acordo com a figura abaixo.
Assinale a alternativa onde as trajetórias das partículas estão melhor representadas.
a) b) c) d) e)
118) (PUCMG) Considere uma carga elética positiva lançada, com velocidade constante, em uma região do
espaço onde existe um campo magnético uniforme, perpendicularmente às linhas de indução. Sabemos que
uma f orça magnética aparece na partícula, cujo módulo pode ser calculado pela relação
F = B q v, em que B = módulo do campo magnético, q = intensidade da carga elétrica e v = velocidade da
partícula. Sabemos também que é comum utilizar a regra da mão esquerda para representar os vetores F,
B, e v, em que os dedos, polegar, indicador e médio são esses vetores. Mostramos a seguir quatro combinações
que podem, ou não, relacionar corretamente essas grandezas.
Força Velocidade Campo Magnético M
I. M P N N
II. M N P
III. P N M P
IV. N P M
Assinale:
a) se todas as combinações estão corretas. d) se apenas as combinações I e III estão corretas.
b) se todas as combinações estão incorretas. e) se apenas as combinações II e IV estão corretas.
c) se apenas as combinações I e II estão corretas.
5 8 Física M3
Tecnologia ITAPECURSOS
120) (UFLA) Um condutor retilíneo AB é alimentado por uma bateria de força eletromotriz E, conforme mostra a
figura abaixo. Colocandose esse condutor entre os polos Norte e Sul de um ímã e fechandose a chave C,
o condutor AB
B
a) será atraído pelo pólo Norte.
N S b) será atraído pelo pólo Sul.
E c) irá se deslocar para cima.
d) irá se deslocar para baixo.
A
e) será atraído e repelido de forma alternada.
C
121) (UFMG) A figura mostra um ímã e um aro circular. O eixo do ímã (eixo x) é perpendicular ao plano do aro,
(plano yz) e passa seu centro.
y
NÃO aparece corrente na espira se ela
z
a) deslocarse ao longo do eixo x.
x b) deslocarse ao longo do eixo y.
c) girar em torno do eixo x.
d) girar em torno do eixo y.
122) (PUCMG) Na região de uma espira condutora que contém um amperímetro
de zero central, é criado um campo magnético uniforme em toda a região
da espira penetrando perpendicularmente o plano do papel, de acordo A B
com o gráfico apresentado abaixo. A corrente que flui de A para B acusa
uma leitura positiva para a corrente elétrica. Qual dos gráficos abaixo
pode representar a corrente induzida, em função do tempo, correspondente
campo
ao gráfico do campo magnético?
corrente
corrente
a) b)
tempo
tempo tempo
corrente
corrente
tempo tempo
tempo
Física M3 5 9
Tecnologia ITAPECURSOS
123) (ItaúnaMG) Um ímã é aproximado de uma espira circular, como na figura.
Nessas condições, aparecerá uma corrente elétrica na espira durante a aproximação porque:
a) o pólo sul atrai a espira.
b) o pólo sul repele a espira.
c) a área da espira está variando.
d) o fluxo magnético na espira é constante.
e) há variação do fluxo magnético na espira.
124) (UFLA) A figura abaixo representa uma espira girando em torno de seu eixo, com velocidade angular constante
v , em um campo magnético.
N S
B
A
O gráfico que melhor representa a variação da força eletromotriz gerada nos terminais AB, em relação ao
tempo, é:
t t
t
d) e)
v v
t
t
6 0 Física M3
Tecnologia ITAPECURSOS
125) (UFMG) Observe a figura.
r
B X
Y
barr a m etáli ca
Essa figura mostra um trilho metálico, horizontal, sobre o qual uma barra, também metálica, pode se deslocar
r
livremente, sem atrito. Na região onde está o trilho existe um campo magnético B , “saindo” do papel.
r
Lançandose a barra para a direita, com velocidade v 0 , haverá nela uma corrente elétrica:
a) de X para Y e seu movimento será acelerado.
b) de X para Y e seu movimento será retardado.
c) de Y para X e seu movimento será acelerado.
d) de Y para X e seu movimento será retardado.
e) de Y para X e seu movimento será uniforme.
126) (UFMG) Um aro metálico com uma certa resistência elétrica desce um plano inclinado. Em determinado
trecho, ele passa por uma região onde existe um campo magnético, como mostra a figura.
r
B
Física M3 6 1
Tecnologia ITAPECURSOS
127) (UFMG) Um ímã cilíndrico, com os pólos norte e sul nas posições indicadas na figura, está em frente a um
circuito constituído de uma bobina e de um galvanômetro G.
Z
bobina ímã
Y
X
As questões 128 e 129 referemse ao enunciado e à figura seguintes.
S
Nessa figura, representase um ímã prismático, com N
seu pólo norte voltado para baixo. Esse ímã foi
abandonado e cai passando pelo centro de uma
espira circular situada em um plano horizontal.
P
M
N
r r
128) (UFMG) Sejam F ie e F ei as forças do ímã sobre a espira e da espira sobre o ímã, respectivamente. Enquanto
o ímã se aproxima do plano da espira, podese afirmar que:
r r
a) F ie é vertical para cima, e F ei é vertical para baixo.
r r
b) F ie é vertical para cima, e F ei também é vertical para cima.
r r
c) F ie é nula, e F ei também é nula.
r r
d) F ie é vertical para baixo, e F ei é vertical para cima.
r r
e) F ie e F ei têm direções e sentidos indeterminados.
6 2 Física M3
Tecnologia ITAPECURSOS
129) (UFMG) Sejam i 1 e i 2 , respectivamente, as correntes na espira quando o ímã se aproxima e quando se
afasta dela.
Sobre as correntes na espira, podese afirmar que:
a) i 1 está no sentido MNP, e i 2 , no sentido MPN.
b) i 1 está no sentido MPN, e i 2 , no sentido MNP.
c) i 1 está no sentido MNP, e i 2 , é nula.
d) i 1 e i 2 estão ambas no sentido MNP.
e) i 1 e i 2 estão ambas no sentido MPN.
130) (UFV) A figura abaixo representa uma campainha de corrente contínua e seu respectivo circuito.
Bob ina
In t er r u p t o r
M ol a
Placa
Bateri a
As afirmativas a seguir referemse ao que ocorre quando o interruptor é acionado.
I Uma extremidade da bobina fica carregada positivamente, atraindo a placa.
II A corrente elétrica gera um campo magnético na bobina, que atrai a placa.
III A corrente elétrica gera um campo magnético na bobina e outro na placa, que se atraem mutuamente.
Em relação às afirmativas acima, assinale a opção correta:
a) Apenas II é verdadeira. d) Todas são verdadeiras.
b) Apenas I é verdadeira. e) Nenhuma é verdadeira.
c) Apenas III é verdadeira.
131) (UFMG) Esta figura mostra um ímã colocado próximo a uma bobina.
Todas as alternativas apresentam situações em que aparecerá uma corrente induzida na bobina, EXCETO:
ímã Bobina
a) A bobina e o ímã se movimentam com a mesma velocidade para a direita.
b) A bobina está em repouso e o ímã se movimenta para a direita.
c) A bobina está em repouso e o ímã se movimenta para a esquerda.
d) O ímã está em repouso e a bobina se movimenta para a direita.
e) O ímã está em repouso e a bobina se movimenta para a esquerda.
Física M3 6 3
Tecnologia ITAPECURSOS
132) (UFV) Duas espiras, A e B, estão próximas de um fio percorrido por uma corrente I variável. Quando a
intensidade da corrente aumenta, é CORRETO afirmar que:
A B
I
a) não aparece corrente induzida em nenhuma das espiras.
b) aparece uma corrente induzida no sentido horário na espira A e no sentido antihorário na espira B.
c) nas duas espiras aparecem correntes induzidas no sentido horário.
d) aparece corrente induzida apenas na espira B, pois o campo magnético é formado somente no lado
direito.
e) aparece corrente induzida apenas na espira A, pois o campo magnético é formado somente no lado
esquerdo.
r
133) (FUNREI) Na figura abaixo está representado um campo magnético de indução B , penetrando no plano do
r
papel, e uma espira retangular, que se move para a direita com velocidade v , cujo plano é perpendicular às
linhas de indução.
r
B X X X X X
X X X X X r
v
X X X X X
X X X X X
6 4 Física M3
Tecnologia ITAPECURSOS
134) (ItaúnaMG) Observe as três situações:
O medidor de corrente elétrica A indica a passagem da corrente elétrica em:
A A A
O imã aproxima O ímã aproxima O ímã e a bobina
se da bobina se da bobina e a estão parados
bobina do ímã
135) (PUCMG) A espira da figura abaixo está no plano do papel. Se um próton for lançado sobre a reta x, no
sentido indicado, a força magnética que atua na partícula, quando ela passa sobre a espira, está dirigida:
a) para o Sul.
x N
b) perpendicularmente ao plano do papel, para baixo.
p + O L
c) para o Leste.
S d) para o Norte.
e) perpendicularmente ao plano do papel, para cima.
136) (PUCMG) Uma espira condutora que contém um amperímetro de zero central é puxada com velocidade
constante para a direita, e com isso ela penetra e sai de uma região onde há um campo magnético constante
perpendicular penetrando o plano do papel. A corrente que flui de A para B acusa uma leitura positiva para a
corrente elétrica. Qual dos gráficos abaixo pode representar a corrente (eixo vertical) em função do tempo
(eixo horizontal) para o movimento da espira até sair completamente da região que contém o campo magnético?
A B
d) e)
Física M3 6 5
Tecnologia ITAPECURSOS
137) (UFMG) A figura mostra um circuito composto de uma bateria e de um reostato (resistor do qual se pode
variar a resistência). Esse circuito está ao lado de uma espira metálica.
reostato bateria
espira • P
• R
•
Q
138) (UFMG) Este diagrama mostra um pêndulo com uma placa de cobre presa em sua extremidade.
Esse pêndulo pode oscilar livremente, mas, quando a placa de cobre é colocada entre os pólos de um ímã
forte, ele pára de oscilar rapidamente.
Isso ocorre porque:
a) a placa de cobre fica ionizada.
b) a placa de cobre fica eletricamente carregada.
c) correntes elétricas são induzidas na placa de cobre.
d) os átomos de cobre ficam eletricamente polarizados.
e) os elétrons livres da placa de cobre são atraídos eletrostaticamente pelos pólos do ímã.
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139) (PUCMG) O gráfico representa o fluxo do campo magnético que passa através de uma espira:
O diagrama que melhor representa a força eletromotriz induzida na espira, em função do tempo, é:
FÍSICA MODERNA
140) Um dos mais conhecidos processos de desintegração nuclear pode ser representado pela equação:
A A - 4 4
Z X ® Z - 2 Y + 2 P
Considere, então, como átomo pai o 238
92 U .
Leia as afirmativas abaixo:
I. Durante a desintegração, ocorre a emissão de uma partícula b (beta).
II. O átomo residual, representado por Y, é o tório (Th).
III. A partícula emitida tem uma velocidade que varia de 3 x 10 3 km/h até 30 x 10 3 km/h. e possui elevado
poder de penetração.
IV. Quando a partícula emitida incorpora dois elétrons, capturados do meio ambiente, transformase em um
átomo de hélio.
Assinale:
a) se todas as afirmativas estiverem corretas. d) se apenas duas das afirmativas estiverem corretas.
b) se todas as afirmativas estiverem incorretas e) se apenas três das afirmativas estiverem corretas.
c) se apenas uma das afirmativas estiver correta.
141) A idéia básica da fissão nuclear é bombardear os núcleos dos átomos de determinado elemento, usando
como projéteis partículas subatômicas. Desse bombardeamento resulta a “quebra” dos núcleos alvo com
emissão de energia. Suponha que o núcleo alvo seja o urânio 235. Sabese que em cada fissão de U 235
são liberados cerca de 200 MeV (cerca de 3,0 x 10 11 J) de energia e que, fissionandose 1 kg de U 235,
teremos aproximadamente 3,0 x 10 24 fissões.
Considerando os dados apresentados, o número de lâmpadas de 100W, que poderemos manter acesas,
durante um ano inteiro, sem interrupções, com a energia liberada pela fissão de 1 kg de U 235, é:
a) 9,0 x 10 4
b) 9,0 x 10 13
c) 2,0 x 10 9 1 ano = 3,0 x 10 7 segundos
d) 2,0 x 10 17
e) 3,0 x 10 4
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142) Há vários mecanismos pelos quais os núcleos radiativos se desintegram. Os três principais são:
a) desintegração a ;
b) desintegração b ;
c) desintegração g . Observe a transformação abaixo:
Na questão 143 são feitas três afirmações, que podem estar corretas ou não. Responda às questões de acordo
com o seguinte esquema:
a) se todas as afirmações são corretas.
b) se todas as afirmações são incorretas.
c) se apenas as afirmações I e II são corretas.
d) se apenas as afirmações I e III são corretas.
e) se apenas as afirmações II e III são corretas.
143) I No modelo proposto por Rutherford, para a estrutura do átomo, toda a carga positiva e, fundamentalmente,
toda a massa estariam concentradas em um pequeno espaço chamado núcleo.
II Segundo Rutherford, o espalhamento das partículas alfa é devido à força de repulsão coulombiana,
entre a carga positiva dessa partícula e a carga de mesmo sinal, do núcleo.
III Ainda, segundo a teoria de Rutherford, a partícula alfa não penetra na região nuclear. Desse modo, o
núcleo e a partícula se comportam como cargas pontuais.
144) No modelo de Bohr para o átomo de hidrogênio, a energia do átomo:
a) pode ter qualquer valor.
b) tem um único valor fixo.
c) independe da órbita do elétron.
d) tem alguns valores possíveis.
As questões 145, 146, 147 se referem às alternativas a seguir:
a) se apenas as afirmativas I e II forem falsas.
b) se apenas as afirmativas II e III forem falsas.
c) se apenas as afirmativas I e III forem falsas.
d) se todas forem verdadeiras.
e) se todas forem falsas.
145) Sobre o efeito fotoelétrico, podese dizer que a energia cinética de cada elétron extraído do metal depende:
I da intensidade da luz incidente.
II da freqüência da luz incidente.
III do ângulo de incidência da luz.
146) A experiência de espalhamento de partículas alfa por uma folha fina de ouro pareceu indicar que:
I os átomos devem estar concentrados.
Il as cargas negativas dos átomos devem estar concentradas.
III as cargas positivas dos átomos devem estar concentradas.
147) O modelo planetário de Rutherford foi aceito apenas parcialmente porque:
I os elétrons deveriam perder energia orbitando em torno dos prótons.
II os elétrons não têm massa suficiente para orbitarem em torno dos prótons.
III os elétrons colidiriam entre si ao orbitarem em torno dos prótons.
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148) Analise as afirmativas abaixo sobre as partículas alfa, beta e gama, considerando a natureza dessas partículas:
I Uma partícula alfa em movimento pode ser desviada por um campo magnético perpendicular à sua
velocidade.
II Uma partícula beta em movimento pode ser desviada por um campo magnético perpendicular à sua
velocidade.
III Uma partícula gama em movimento pode ser desviada por um campo magnético perpendicular à sua
velocidade.
Assinale:
a) se apenas as afirmativas I e II são corretas.
b) se apenas as afirmativas II e III são corretas.
c) se apenas as afirmativas I e III são corretas.
d) se todas as afirmativas são falsas.
e) se todas as afirmativas são corretas.
149) Complete as lacunas do trecho com as palavras que, na mesma ordem, estão relacionadas nas opções a
seguir.
“A luz quando atravessa uma fenda muito estreita apresenta um fenômeno chamado de
e isto é interpretado como resultado do comportamento da luz. Porém quando a luz
incide sobre uma superfície metálica, elétrons podem ser emitidos da superfície sendo este fenômeno
chamado , que é interpretado como resultado do comportamento da luz.”
Assinale a opção CORRETA encontrada:
a) difração, ondulatório, efeito fotoelétrico, corpuscular.
b) difração, corpuscular, efeito fotoelétrico, ondulatório.
c) interferência, ondulatório, efeito Compton, corpuscular.
d) efeito fotoelétrico, corpuscular, difração, ondulatório.
e) ondas, magnético, fótons, elétrico.
O enunciado a seguir se refere às questões de 150 a 152.
No estabelecimento da Teoria Atômica, foram propostos três modelos atômicos que se sucederam, porque
não conseguiam explicar adequadamente alguns fatos experimentais. Os modelos são conhecidos pelos
nomes de seus autores: Thomson, Rutherford e Bohr. Três fatos experimentais ajudaram a decidir qual
deles poderia descrever o átomo de uma forma mais adequada. São eles: neutralidade elétrica, espalhamento
de partículas alfa e estabilidade da energia orbital dos elétrons.
Para cada propriedade citada nas questões 150, 151, 152, responda de acordo com o critério a seguir, assinalando
para cada questão:
a) somente o modelo de Thomson explicaria.
b) os modelos de Thomson e Bohr explicariam.
c) somente o modelo de Bohr explicaria.
d) os modelos de Rutherford e Bohr explicariam.
e) todos os modelos explicariam.
150) Neutralidade elétrica.
151) Espalhamento de partículas alfa.
152) Estabilidade da energia orbital dos elétrons.
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153) O efeito fotoelétrico consiste:
a) na existência de elétrons em uma onda eletromagnética que se propaga em um meio uniforme e contínuo.
b) na possibilidade de se obter uma foto do campo elétrico quando esse campo interage com a matéria.
c) na emissão de elétrons quando uma onda eletromagnética incide em certas superfícies.
d) no fato de que a corrente elétrica em metais é formada por fótons de determinada energia.
e) na idéia de que a matéria é uma forma de energia, podendo transformarse em fótons ou em calor.
154) A presença de um elemento atômico em um gás pode ser determinada verificandose as energias dos fótons
que são emitidos pelo gás, quando este é aquecido. No modelo de Bohr para o átomo de hidrogênio, as
energias dos dois níveis de menor energia são:
E 1 = 13,6 eV
E 2 = 3,40 eV.
Considerandose essas informações, um valor possível para a energia dos fótons emitidos pelo hidrogênio
aquecido é:
a) 17,0 eV.
b) 3,40 eV.
c) 8,50 eV.
d) 10,2 eV.
155) Assinale, dentre os itens abaixo, o CORRETO:
a) a teoria da relatividade de Einstein diz ser possível acelerar partículas massivas, a partir do repouso, até
velocidades superiores à velocidade da luz.
b) a energia de um fóton aumenta conforme aumenta seu comprimento de onda.
c) um elétron, ao ser freado bruscamente, pode emitir raiosX.
d) um corpo negro, por ser negro, nunca emite radiação eletromagnética.
e) segundo de Broglie, a luz sempre se comporta como uma onda, e o elétron sempre se comporta como
uma partícula.
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a) 4, 5, 11, 13, 21, 22, 23, 31, 32, 41, 43, 44, 46, 50, 51, 53, 54, 56, 57, 71, 77, 81, 82, 83, 85, 88, 95, 97,
98, 100, 101, 102, 105, 110,114, 116, 119, 129, 130, 131, 133, 134, 135, 137, 142, 143, 146, 148, 149.
b) 2, 15, 16, 18, 42, 49, 55, 62, 63, 68, 75, 79, 80, 86, 87, 91, 93, 103, 106, 108, 109, 112, 113, 125, 132,
136, 139, 147.
c) 1, 3, 6, 12, 14, 19, 24, 27, 29, 33, 35, 36, 37, 38, 40, 48, 60, 65, 66, 73, 74, 76, 78, 84, 89, 90, 94, 99,
104, 107, 111, 115, 120, 121, 138, 145, 152, 153, 155.
d) 7, 8, 10, 17, 20, 25, 26, 30, 34, 45, 47, 52, 58, 59, 64, 67, 69, 116, 117, 118, 122, 124, 126, 128, 140,
144, 151, 154.
e) 9, 28, 39, 61, 70, 72, 92, 96, 123, 127, 141, 150.
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Anotações