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FÍSICA
UNIVERSIDADE METROPOLITANA DE SANTOS
Núcleo de Ensino a Distância
Créditos e Copyright
151 f.
CDD 500.2
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publicadas são pertencentes aos seus respectivos proprietários.
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SUMÁRIO
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São objetivos desta aula: estudar o escopo da dinâmica dos corpos; estudar
os conceitos de teoria, lei, princípio e teorema; analisar a questão do referencial em
dinâmica; estudar os conceitos de força e massa; discutir a diferença entre os
conceitos de peso e massa.
Introdução
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axiomas. Axioma é uma hipótese inicial a partir da qual outros enunciados são
logicamente derivados. Prova é o processo de mostrar que um teorema está
correto. Por exemplo, veremos neste curso de mecânica, o teorema de
energia mecânica (TEM).
A Questão do Referencial
Conceito de Força
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Figura 1.1: Vetor força aplicado a um corpo livre e a um corpo fixo. Dois vetores força são iguais se,
e somente se, possuírem a mesma direção, o mesmo sentido e a mesma intensidade. Se uma das
três propriedades dos vetores for diferente, os dois vetores serão diferentes.
1𝑁 = (1𝑘𝑔).
𝐹
𝑃=
𝐴
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𝜏⃗ = 𝑟⃗ × 𝐹⃗
Em módulo: |𝜏⃗| = |𝑟⃗|. |𝐹⃗ |𝑠𝑒𝑛𝜃. O vetor 𝑟⃗ liga o pólo (ponto por onde passa o
eixo de rotação) ao ponto onde a força é aplicada. A unidade de momento polar de
uma força no SI é o 𝑁. 𝑚. Quando estivermos interessados apenas no módulo do
torque, usaremos a letra 𝑀 e o chamaremos simplesmente de “momento da força”.
Conceito de Massa
𝑃 = 𝑚. 𝑔
REFERÊNCIA
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Palavras-chave: força peso; força normal; força de atrito; força elástica; força de
empuxo.
𝑃 = 𝑚. 𝑔
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Figura 2.2: Para um bloco acionado por uma força horizontal em uma superfície horizontal, a força
tangencial coincide com a força aplicada. Para um bloco deslizando sobre uma superfície inclinada,
a força tangencial é a componente da força peso na direção do plano inclinado (direção do
movimento). Para um movimento circular, a força tangencial em um determinado ponto é a força
atuando sobre um corpo na direção tangente à circunferência naquele ponto.
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𝐹𝑡 = 𝑚. 𝑎𝑡
Considere a Figura 2.4. Até o bloco iniciar o movimento, a força de atrito 𝐹𝑎𝑡 tem
o mesmo valor da força de acionamento 𝐹. Na iminência de movimento, a força de
acionamento é igual à força de atrito máxima. Após o início do movimento, ou seja,
quando o bloco já está deslizando, o atrito diminui ligeiramente e a força de atrito
torna-se aproximadamente constante.
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𝐹𝑎𝑡 = 𝜇. 𝑁
𝐹𝑎𝑡𝑚á𝑥𝑖𝑚𝑎 = 𝜇𝑒𝑠𝑡á𝑡𝑖𝑐𝑜 . 𝑁
𝐹𝑎𝑡𝑐𝑖𝑛é𝑡𝑖𝑐𝑜 = 𝜇𝑐𝑖𝑛é𝑡𝑖𝑐𝑜 . 𝑁
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Força Centrípeta
𝐹𝑐𝑒𝑛𝑡𝑟í𝑝𝑒𝑡𝑎 = 𝑚. 𝑎𝑐𝑒𝑛𝑡𝑟í𝑝𝑒𝑡𝑎
𝑣2
𝑎𝑐𝑒𝑛𝑡𝑟í𝑝𝑒𝑡𝑎 = 𝑜𝑢 𝑎𝑐𝑒𝑛𝑡𝑟í𝑝𝑒𝑡𝑎 = 𝜔2 . 𝑅
𝑅
Figura 2.5: Corpo em movimento de rotação. Sobre o corpo atuam duas forças perpendiculares
entre si: a força centrípeta (sempre orientada para o centro), responsável por manter o corpo na
trajetória curva (portanto, nunca nula), e a força tangencial (sempre tangente à trajetória em cada
ponto, paralela ao vetor velocidade) responsável pela aceleração (𝑣⃗ e ⃗⃗⃗⃗
𝐹𝑡 com mesmo sentido) ou
desaceleração (𝑣⃗ e ⃗⃗⃗⃗
𝐹𝑡 com sentidos opostos) tangencial. No caso de movimento circular uniforme, a
força tangencial, e consequentemente a aceleração tangencial, valem zero.
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⃗⃗⃗⃗⃗⃗⃗⃗⃗⃗⃗⃗
𝑎𝑡𝑜𝑡𝑎𝑙 = ⃗⃗⃗⃗⃗⃗⃗⃗⃗⃗⃗
𝑎𝑐𝑒𝑛𝑡 + ⃗⃗⃗⃗⃗⃗⃗⃗⃗⃗⃗
𝑎𝑡𝑎𝑛𝑔
⃗⃗⃗⃗⃗⃗⃗⃗⃗⃗⃗
𝐹𝑡𝑜𝑡𝑎𝑙 = ⃗⃗⃗⃗⃗⃗⃗⃗⃗⃗
𝐹𝑐𝑒𝑛𝑡 + ⃗⃗⃗⃗⃗⃗⃗⃗⃗⃗⃗
𝐹𝑡𝑎𝑛𝑔 = 𝑚. 𝑎⃗⃗⃗⃗⃗⃗⃗⃗⃗⃗⃗
𝑐𝑒𝑛𝑡 + 𝑚. ⃗⃗⃗⃗⃗⃗⃗⃗⃗⃗⃗
𝑎𝑡𝑎𝑛𝑔 = 𝑚. ⃗⃗⃗⃗⃗⃗⃗⃗⃗⃗⃗⃗
𝑎𝑡𝑜𝑡𝑎𝑙
Veremos em outra aula que a “força centrífuga” não é uma força inercial. Ou
seja, do ponto de vista de um referencial inercial, ela não existe.
Força elástica
𝐹𝑒𝑙á𝑠𝑡𝑖𝑐𝑎 = −𝑘. 𝑥
Figura 2.6: Força elástica aparece quando uma mola é distendida por uma força externa.
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Empuxo
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“Todo corpo mergulhado num fluido em repouso sofre, por parte do fluido, uma
força vertical para cima, cuja intensidade é igual ao peso do fluido deslocado pelo
corpo.”
Seja:
𝑚: massa do corpo
𝑔: aceleração da gravidade
𝐸: força empuxo
𝐸 = 𝑃𝑓𝑙𝑢𝑖𝑑𝑜𝑑𝑒𝑠𝑙𝑜𝑐𝑎𝑑𝑜
𝐸 = 𝑚𝑓𝑙𝑢𝑖𝑑𝑜𝑑𝑒𝑠𝑙𝑜𝑐𝑎𝑑𝑜 . 𝑔
𝐸 = 𝜌𝑓𝑙𝑢𝑖𝑑𝑜𝑑𝑒𝑠𝑙𝑜𝑐𝑎𝑑𝑜 . 𝑉𝑓𝑙𝑢𝑖𝑑𝑜𝑑𝑒𝑠𝑙𝑜𝑐𝑎𝑑𝑜 . 𝑔
𝐸 = 𝜌𝑓𝑙𝑢𝑖𝑑𝑜 . 𝑉𝑐𝑜𝑟𝑝𝑜𝑖𝑚𝑒𝑟𝑠𝑜 . 𝑔
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𝐸 = 𝑃𝑖𝑐𝑒𝑏𝑒𝑟𝑔
𝜌𝑔𝑒𝑙𝑜 . 𝑉𝑖𝑐𝑒𝑏𝑒𝑟𝑔
𝑉𝑔𝑒𝑙𝑜𝑖𝑚𝑒𝑟𝑠𝑜 =
𝜌á𝑔𝑢𝑎
0,92. 𝑉𝑖𝑐𝑒𝑏𝑒𝑟𝑔
𝑉𝑔𝑒𝑙𝑜𝑖𝑚𝑒𝑟𝑠𝑜 = = 0,92. 𝑉𝑖𝑐𝑒𝑏𝑒𝑟𝑔
1
Exercícios Propostos:
Figura 2.8: Bloco sobre superfície horizontal rugosa sendo acionado por uma força 𝐹.
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3) Veja a Figura 2.5. São dados: 𝑅 = 0,6𝑚,𝑣 = 0,6 𝑚⁄𝑠, 𝑚𝑐𝑜𝑟𝑝𝑜 = 800𝑔, 𝑎𝑡𝑎𝑛𝑔 =
0,8 𝑚⁄𝑠 2 . Calcule:
a) A aceleração centrípeta e a força centrípeta.
b) A aceleração total e a força total.
2 2
𝑎𝑡𝑜𝑡𝑎𝑙 = √𝑎𝑡𝑎𝑛𝑔 + 𝑎𝑐𝑒𝑛𝑡 = √(0,8)2 + (0,6)2 = 1 𝑚⁄𝑠 2
2 2
𝐹𝑡𝑜𝑡𝑎𝑙 = √𝐹𝑡𝑎𝑛𝑔 + 𝐹𝑐𝑒𝑛𝑡 = √(0,64)2 + (0,48)2 = 0,8𝑁
4) D
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REFERÊNCIA
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São objetivos desta aula: estudar a primeira lei de Newton e discutir exemplos
concretos.
Introdução
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Exemplo 2. A Terra está em rotação. Por isso, quando usamos a Terra como sistema
de referência, precisamos levar em conta as forças de inércia, como a força de
Coriolis e a força centrífuga. Estas duas forças são “pseudoforças”, ou seja, não são
forças na definição do termo. As pseudoforças de Coriolis e centrífuga são as duas
componentes da força inercial total necessária à correta descrição dos corpos
observados a partir de referenciais não inerciais que giram em relação a um
referencial inercial. Sendo componentes de uma força inercial ou pseudoforça, são
também forças inerciais e, portanto, não são forças na definição formal do termo.
Para pseudoforças, não se consegue estabelecer um par ação-reação como na
terceira lei de Newton.
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Exemplo 3. Considere uma nave espacial em queda livre em direção à Terra. Dentro
da nave, um astronauta abandona um objeto. Vamos analisar o movimento do objeto
visto da Terra e de dentro da nave. A nave está acelerando em relação à Terra com
aceleração 𝑔 = 9,8 𝑚⁄𝑠 2 . Visto da Terra, o objeto está se movendo com aceleração
𝑎:
𝑚. 𝑎 = 𝑚. 𝑔
𝑚. 𝑎′ = 0
𝐹𝑖𝑛𝑒𝑟𝑐𝑖𝑎𝑙 = −𝑚. 𝑔
𝑚. 𝑎′ = 𝑚. 𝑔 + 𝐹𝑖𝑛𝑒𝑟𝑐𝑖𝑎𝑙 = 𝑚. 𝑔 − 𝑚. 𝑔 = 0
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Força Centrífuga
Imagine que você está girando junto com um carrossel. Você tem a sensação
que está sendo atirado para fora a todo instante. Essa sensação que o faz sentir-se
atraído para fora da curva, afastando-se do centro da curvatura, é o resultado da
força centrífuga. Surge sempre que fazemos trajetórias não retilíneas. O mesmo
efeito sente-se dentro de um carro fazendo uma curva fechada. Para um observador
em qualquer referencial em rotação (não inercial), surge a força centrífuga. Esta força
tem direção perpendicular à curva naquele ponto em que se encontra. O sentido é
sempre para “fora da curva” e o módulo igual à força centrípeta, sendo 𝑣 a velocidade
no ponto e 𝑅 o raio da circunferência que tangencia a curva naquele ponto). A força
centrípeta é a “força real”, descrita por um observador em um referencial inercial.
Exercícios Propostos:
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a) III e IV
b) I e II
c) Somente I
d) Somente II
e) Nenhuma das afirmações é verdadeira.
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1) D
2) D
3) D
Como o transatlântico se move em linha reta com velocidade constante, ele está em
equilíbrio dinâmico e comporta-se como se estivesse em repouso (equilíbrio
estático), não afetando o movimento da bola.
REFERÊNCIA
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São objetivos desta aula: estudar a segunda lei de Newton; resolver alguns
exercícios de aplicação desta lei.
Introdução
Esta é a segunda lei de Newton na forma geral. Para sistemas onde a massa
é constante, a massa pode ser retirada do diferencial, resultando na equação:
⃗⃗
𝑑𝑣
𝑅⃗⃗ = 𝑚. = 𝑚. 𝑎⃗.
𝑑𝑡
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1𝑁 = 1𝑘𝑔. 𝑚⁄𝑠 2 .
𝑑𝑚
𝑅⃗⃗ = 𝑣⃗. .
𝑑𝑡
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Figura 4.1: Bloco descendo superfície rugosa.
Solução:
(𝑦) 𝑁 − 𝑃𝑦 = 0 𝑜𝑢 𝑁 = 𝑃𝑦 = 𝑃. 𝑐𝑜𝑠(36,87°) =
(𝑚. 𝑔). 𝑐𝑜𝑠(36,87°) = (1.9,8). 0,8 = 7,84 𝑁𝑒𝑤𝑡𝑜𝑛𝑠.
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fazer o cálculo: a força normal e a força de atrito. Tanto 𝑃𝑥 quanto 𝐹𝑎𝑡 são forças
constantes, logo o bloco desce o plano inclinado com aceleração constante (MUV).
b) Por trigonometria, podemos encontrar a distância percorrida pelo bloco até o solo:
1 1
𝑠𝑒𝑛(36,87°) = 𝑜𝑢 𝑑 = ≅ 1,67 𝑚.
𝑑 𝑠𝑒𝑛(36,87°)
Esta é a velocidade ao chegar ao solo. O tempo gasto neste trajeto pode ser
calculado como:
𝑣 = 𝑣0 + 𝑎. 𝑡
3,32 = 0 + 3,29. 𝑡
𝑡 ≅ 1𝑠.
a) A tração no cabo
b) A aceleração do conjunto
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Aqui:
𝑃𝐴 e 𝑃𝐵 : pesos dos blocos;
𝑇: tração do cabo; 𝐹 : força aplicada em 𝐴;
𝑁𝐴𝐵 (𝑁𝐵𝐴 ): normal aplicada em 𝐵 por 𝐴 (normal aplicada em 𝐴 por 𝐵);
𝑁𝑆𝐴 : normal aplicada pelo solo em 𝐴;
𝐹𝑎𝑡𝐴𝐵 : força de atrito entre o bloco 𝐴 e 𝐵;
𝐹𝑎𝑡𝑆𝐴 : força de atrito entre o bloco 𝐴 e o solo.
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𝑇 − 𝐹𝑎𝑡𝐴𝐵 = 𝑚𝐵 . 𝑎
𝑇 − 𝜇𝐴𝐵 . 𝑁𝐴𝐵 = 𝑚𝐵 . 𝑎
𝑇 − 0,33.9,8 = 1. 𝑎
𝑇 − 3,23 = 𝑎 (𝐼𝐼𝐼)
𝐹 − 𝑇 − 𝐹𝑎𝑡𝐴𝐵 − 𝐹𝑎𝑡𝑆𝐴 = 𝑚𝐴 . 𝑎
50 − 𝑇 − 3,23 − 𝜇𝑆𝐴 . 𝑁𝑆𝐴 = 2. 𝑎
50 − 𝑇 − 3,23 − 0,67.29,4 = 2. 𝑎
27,07 − 𝑇 = 2. 𝑎 (𝐼𝑉)
𝑇 = 11,18 𝑁.
Exercícios Propostos
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REFERÊNCIA
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São objetivos desta aula: estudar a terceira lei de Newton e discutir exemplos
concretos.
Introdução
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Figura 5.1: Par de forças ação-reação em dupla de patinadores
Exemplo 2: Este foi o exemplo proposto por Newton em sua obra para explicar o
princípio da ação e reação. Portanto, vamos esmiuçá-lo com mais detalhes.
Considere um cavalo que arrastra um bloco pesado por meio de uma corda. Veja a
Figura 5.2.
Figura 5.2: O exemplo proposto por Newton para explicar o Princípio da Ação e Reação.
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A corda exerce sobre o bloco a mesma força, em módulo, que o bloco exerce
sobre a corda. Igualmente, a corda exerce sobre o cavalo a mesma força, em
módulo, que o cavalo exerce sobre a corda. Ambos os pares de forças (bloco-corda
e corda-cabalo) têm a mesma direção e as componentes de cada par têm sentidos
opostos. Desprezando-se a massa da corda, pode-se afirmar que os módulos de
ambos os pares de forças são iguais. Segundo essa aproximação, pode-se afirmar
que o cavalo interage diretamente com o bloco.
Vamos analisar agora as forças que atuam no bloco e no cavalo. Considere
que o cabalo arrasta o bloco com velocidade constante, ou seja, a resultante das
forças tanto no bloco quanto no cavalo deve ser zero. Veja a Figura 5.3.
São:
⃗⃗⃗⃗⃗
𝑃𝑏 : peso do bloco;
⃗⃗: força de tração com que a corda puxa o bloco;
𝑇
⃗⃗⃗⃗⃗
𝐹𝑏 : força aplicada pelo chão sobre o bloco para que a resultante das forças no bloco
seja zero;
⃗⃗ : força com que a corda puxa o cavalo;
−𝑇
⃗⃗⃗⃗
𝑃𝑐 : peso do cavalo;
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⃗⃗⃗⃗
𝐹1 𝑒 ⃗⃗⃗⃗
𝐹2 : forças aplicadas pelo chão que apontam para cima e para o chão para que a
resultante das quatro forças que atuam sobre o cavalo seja zero.
As forças exercidas pelo chão, ⃗⃗⃗⃗ ⃗⃗⃗⃗2 evitam que o bloco e o cavalo caiam sob
𝐹1 𝑒 𝐹
o efeito da gravidade e empurram o sistema bloco + cavalo para frente com
velocidade constante. A corda trava o movimento do cavalo, ao mesmo tempo em
que puxa o bloco para frente com a mesma força com que trava o movimento do
cavalo.
⃗⃗⃗⃗⃗𝑏 e −𝑃
Sobre a Terra, atuam cinco forças de reação: −𝑃 ⃗⃗⃗⃗𝑐 são as forças de
atração do bloco e do cavalo sobre a Terra (atuam sobre o centro de gravidade da
Terra, mas aqui estão representadas no chão); ⃗⃗⃗⃗⃗
𝐹𝑏 , ⃗⃗⃗⃗ ⃗⃗⃗⃗2 são as forças exercidas
𝐹1 𝑒 𝐹
pelo chão sobre o bloco e o cavalo. Se a velocidade do cavalo for constante, como
considerado acima, a soma destas cinco forças deve ser nula.
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Exercícios Propostos
1) (PUC-RJ) Uma locomotiva puxa uma série de vagões, a partir do repouso. Qual
é a análise correta da situação?
a) A locomotiva pode mover o trem somente se for mais pesada do que os vagões.
b) O trem se move porque a locomotiva dá um rápido puxão nos vagões, e,
momentaneamente, esta força é maior do que a que os vagões exercem na
locomotiva.
c) O trem se move para frente porque a locomotiva puxa os vagões para frente com
uma força maior do que a força com a qual os vagões puxam a locomotiva para
trás.
d) Porque a ação é sempre igual à reação, a locomotiva não consegue puxar os
vagões.
e) A força que a locomotiva exerce nos vagões é tão intensa quanto a que os vagões
exercem na locomotiva; no entanto, a força de atrito na locomotiva é grande e é
para frente, enquanto que a que ocorre nos vagões é pequena e para trás.
1) E
REFERÊNCIA
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Leis de Newton
𝑑𝑣⃗
𝑀𝑎𝑠𝑠𝑎 𝐶𝑜𝑛𝑠𝑡𝑎𝑛𝑡𝑒: 𝑅⃗⃗ = 𝑚. = 𝑚. 𝑎⃗.
𝑑𝑡
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Introdução
Geocentrismo e Heliocentrismo
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O Sistema Solar
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REFERÊNCIA
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São objetivos desta aula: estudar a Primeira Lei de Kepler; estudar a geometria
da elipse.
Introdução
“O planeta em órbita em torno do Sol descreve uma elipse em que o sol ocupa
um dos focos”.
Esta lei definiu que as órbitas não eram circunferências, como se supunha na
época. Da primeira lei de Kepler, Newton concluiu em seu Principia (1687) que a
força que age constantemente sobre o planeta tem sua linha de ação passando pelo
Sol, para o qual é dirigida. Portanto, o Sol atrai tudo.
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A elipse tem dois focos, que no caso do círculo são sobrepostos. O segmento
de reta que passa pelos dois focos chama-se “eixo maior” e o segmento de reta que
passa pelo ponto médio do eixo maior e é perpendicular a ele chama-se “eixo
menor”. A intersecção dos eixos maior e menor define a origem da elipse. É comum
apresentar as medidas da elipse em função da metade dos eixos maiores e menores,
respectivamente chamadas de “semieixo maior” (𝑎) e “semieixo menor” (𝑏). Veja a
Figura 7.2.
𝑥2 𝑦2
+ = 1.
𝑎2 𝑏 2
𝑎𝑏
𝑟= .
√𝑎2
Figura 7.2: Parâmetros geométricos da elipse: 𝑃 é um ponto qualquer da elipse, podendo ser escrito
em coordenadas cartesianas (𝑃(𝑥, 𝑦)) ou polares (𝑃(𝑟, 𝜃)). Aqui, 𝐹1 e 𝐹2 são os focos da elipse.
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A elipse é o conjunto dos pontos 𝑃do plano tal que a soma das distâncias de
𝑃 a dois pontos fixos 𝐹1 e 𝐹2 (focos da elipse) é sempre a mesma, ou seja, uma
constante. Pode ser demonstrado que essa constante é igual a duas vezes o
semieixo maior (𝑎):
𝑑𝑖𝑠𝑡â𝑛𝑐𝑖𝑎(𝑃, 𝐹1 ) + 𝑑𝑖𝑠𝑡â𝑛𝑐𝑖𝑎(𝑃, 𝐹2 ) = 2. 𝑎
𝑐
𝑒=
𝑎
√𝑎2 − 𝑏 2
𝑒=
𝑎
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Assim, qualquer raio luminoso ou onda sonora, que parta de um dos focos,
será refletido pela elipse na direção do outro foco!
Outras equações úteis da elipse:
𝑎2 = 𝑏 2 + 𝑐 2
Á𝑟𝑒𝑎 = 𝜋. 𝑎. 𝑏
a) Distância focal
b) Semieixo menor
Solução:
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1)
a) 𝑐 = 𝑒. 𝑎 = 0,7.10 = 7𝑐𝑚
b) 𝑏 = √𝑎2 − 𝑐 2 = √102 − 72 = √51𝑐𝑚
Exercício Proposto:
a) Semieixo maior
b) Semieixo menor
a) 6,25𝑐𝑚
b) 3,75𝑐𝑚
REFERÊNCIA
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São objetivos desta aula: Estudar a Segunda Lei de Kepler e suas aplicações.
Introdução
“A linha que liga o planeta ao Sol varre áreas iguais em tempos iguais”.
Esta lei tem como consequência que os planetas se movem com velocidades
diferentes, dependendo da distância a que estão do Sol.
Chamamos de velocidade areolar a razão entre a área 𝐴 e o intervalo de tempo
∆𝑡 dessa varredura:
𝐴
𝑣𝑎𝑟𝑒𝑜𝑙𝑎𝑟 = .
∆𝑡
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Quanto mais próximo do Sol, maior a sua velocidade escalar e quanto mais distante
do Sol, menor a sua velocidade escalar. Chamamos de periélio ao ponto mais
próximo entre o planeta e o Sol (ponto onde o planeta tem maior velocidade escalar)
e de afélio ao ponto mais distante entre o planeta e o Sol (ponto onde o planeta tem
menor velocidade escalar).
𝐴 𝜋. 𝑅 2 3,14. 12
𝑣𝑎𝑟𝑒𝑜𝑙𝑎𝑟 = = ≅ = 3,14 𝑈. 𝐴.2 ⁄𝑎𝑛𝑜 − 𝑡𝑒𝑟𝑟𝑒𝑠𝑡𝑟𝑒.
∆𝑡 ∆𝑡 1
Exercícios Propostos:
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Figura 8.2: Planeta girando ao redor do Sol em órbita elíptica.
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1) A
2) B
3) C
4) ≅ 8. 1012 𝑘𝑚2⁄ℎ
REFERÊNCIA
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São objetivos desta aula: Estudar a Terceira Lei de Kepler e suas aplicações.
Introdução
𝑇 2 = 𝑘. 𝑎3
Aqui, 𝑘 é uma constante de proporcionalidade. Esta lei indica que existe uma
relação entre a distância do planeta e o período de translação (tempo que o planeta
leva para completar uma revolução). No caso do sistema solar, que tem o Sol como
centro do sistema, essa constante vale 𝑘 = 1. Portanto, quanto mais distante o
planeta estiver do Sol (semieixo 𝑎 maior), mais tempo levará para completar sua
volta em torno do Sol.
Da terceira lei de Kepler, Newton concluiu em seu Principia (1687) que devido
ao Sol, a força que age constantemente sobre o planeta, além de ser central, estar
dirigida para o Sol e ser inversamente proporcional ao quadrado da distância,
também é diretamente proporcional à massa do planeta. E o coeficiente de
proporcionalidade não depende do planeta. Veja a Tabela 9.1.
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Observações Importantes:
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𝑇2 (28)2
𝑘 𝑇𝑒𝑟𝑟𝑎 = = = 13,74.
𝑎3 (385.000)3
2) Se considerarmos que a distância do planeta Alfa até a estrela central é de 10𝑈. 𝐴.,
a constante kepleriana para esse sistema vale, aproximadamente:
a) 25. 10−3 (𝑎. 𝑡. )2 ⁄(𝑈. 𝐴. )3
b) 25. 103 (𝑈. 𝐴. )2 ⁄(𝑎. 𝑡. )3
c) 25. 103 (𝑎. 𝑡. )2 ⁄(𝑈. 𝐴. )3
d) 25. 10−3 (𝑈. 𝐴. )2 ⁄(𝑎. 𝑡. )3
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1) D
2) A
3) A
REFERÊNCIA
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Introdução
𝑟⃗ 𝐺. 𝑚1 . 𝑚2 𝑟⃗ 𝐺. 𝑚1 . 𝑚2
⃗⃗⃗⃗ ⃗⃗⃗⃗⃗2 = |𝐹
𝐹1 = −𝐹 ⃗⃗⃗⃗1 |. = . = . 𝑟⃗.
|𝑟⃗| |𝑟⃗|2 |𝑟⃗| |𝑟⃗|3
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.
Aqui:
⃗⃗⃗⃗
𝐹1 (𝐹⃗⃗⃗⃗⃗2 ) é a força sentida pelo corpo 1 (2) devido à presença do corpo 2 (1), em
newtons;
𝑚1 e 𝑚2 são as massas dos corpos que se atraem entre si, em quilogramas;
𝑟⃗ é o vetor que liga o corpo 1 ao corpo 2; |𝑟⃗| = 𝑑 é a distância entre os dois corpos,
em metros; 𝑟⃗⁄|𝑟⃗| é o versor (vetor unitário) que liga o corpo 1 ao corpo 2.
A constante gravitacional universal foi medida por Henry Cavendish no século
XVIII e vale aproximadamente 𝐺 = 6,67. 10−11 𝑁. 𝑚2 ⁄𝑘𝑔2. A descoberta da lei da
gravitação universal teve enorme importância para a ciência, pois pela primeira vez
uniu a física dos corpos terrestres à física dos corpos celestes.
Pode ser demonstrado matematicamente que, para um objeto com distribuição
de massa simetricamente esférica, a força gravitacional atuando sobre todo corpo é
a mesma força gravitacional atuando sobre um ponto situado no centro dessa esfera
com a massa de todo o corpo (centro de massa).
A gravidade faz com que a matéria dispersa se aglutine e se mantenha intacta,
permitindo dessa forma a existência de planetas, estrelas, galáxias e a maior parte
dos objetos macroscópicos do universo. A gravidade é ainda responsável por manter
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a Terra e os demais planetas em órbitas (ou seja, faz o papel de força de centrípeta),
pela formação de marés e por outros fenômenos do universo.
Um corpo em queda livre em direção à superfície da Terra apenas sob a ação
da gravidade acelera a uma taxa aproximada de 9,8 𝑚⁄𝑠 2 . A aceleração da gravidade
é uma aceleração física de um objeto causado pela força da gravidade. Desprezando
a resistência do ar, todas as massas pequenas comparadas à massa da Terra se
aceleram num campo gravitacional com a mesma aceleração em relação ao centro
de massa. Isto é verdade independe da massa e da composição dos corpos. Na Lua,
a gravidade vale 1,6 𝑚⁄𝑠 2 . Em Marte, vale 3,7 𝑚⁄𝑠 2 .
Solução: Reparem que a massa do telescópio não é dada! Isso porque, como
veremos abaixo, a velocidade do telescópio não depende de sua massa. Neste
problema, a força gravitacional faz o papel de força centrípeta que mantém o
telescópio em órbita ao redor da Terra. Assim:
𝐹𝑔𝑟𝑎𝑣 = 𝐹𝑐𝑒𝑛𝑡
𝐺. 𝑀𝑇𝑒𝑟𝑟𝑎 . 𝑚𝐻𝑢𝑏𝑏𝑙𝑒
= 𝑚𝐻𝑢𝑏𝑏𝑙𝑒 . 𝑎𝑐𝑒𝑛𝑡
(𝑅𝑇𝑒𝑟𝑟𝑎 + ℎ)2
𝐺. 𝑀𝑇𝑒𝑟𝑟𝑎 . 𝑚𝐻𝑢𝑏𝑏𝑙𝑒 𝑣2
= 𝑚𝐻𝑢𝑏𝑏𝑙𝑒 . .
(𝑅𝑇𝑒𝑟𝑟𝑎 + ℎ)2 (𝑅𝑇𝑒𝑟𝑟𝑎 + ℎ)
Simplificando a equação:
𝐺. 𝑀𝑇𝑒𝑟𝑟𝑎
𝑣2 =
(𝑅𝑇𝑒𝑟𝑟𝑎 + ℎ)
59
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2. 𝐺. 𝑀. 𝑚
𝑑𝐹 = . 𝑑𝑟.
𝑟3
60
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Figura 10.2: As forças gravitacionais em diferentes pontos da Terra devido à Lua. As setas pretas
representam a atração gravitacional exercida pela Lua no ponto de origem da seta; as setas
vermelhas representam a força de maré no ponto. No detalhe, um esquema mostrando o cálculo da
força de maré no ponto P da superfície da Terra.
Exercício Resolvido (ENADE 2014): Após uma maré alta que atingiu vários carros
parados nas proximidades de uma praia, um grupo de estudantes procurou estudar
o fenômeno com o objetivo de estabelecer algumas previsões. Cientes de que o
fenômeno é causado pelas forças de atração gravitacional diferenciais da Lua sobre
a Terra, os estudantes acompanharam as variações da altura da maré em
determinado ponto apenas nos dias de passagem de fase da Lua. A tabela a seguir
mostra os valores máximos e mínimos obtidos.
61
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19h56min 1,03 m 20h58min 0,44 21h15min 1,07 m 22h11min 0,50
m m
62
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2. 𝐺. 𝑀𝑆 . 𝑚 𝑇
𝑑𝐹𝑆 3
𝑟𝑇𝑆
=
𝑑𝐹𝐿 2. 𝐺. 𝑀𝐿 . 𝑚 𝑇
3
𝑟𝑇𝐿
Simplificando a equação:
𝑑𝐹𝑆 𝑀𝑆 𝑟𝑇𝐿 3
= ( ).( )
𝑑𝐹𝐿 𝑀𝐿 𝑟𝑇𝑆
Substituindo pelos valores dados:
3
𝑑𝐹𝑆 2,0. 1030 3,8. 105
=( ).( ) = 0,45.
𝑑𝐹𝐿 7,3. 1022 1,5. 108
63
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Exercícios Proposto:
𝑃
𝑔=
𝑚
𝐺. 𝑀. 𝑚
2 𝐺. 𝑀
𝑔= 𝑅 = 2 .
𝑚 𝑟
REFERÊNCIA
64
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Leis de Kepler
“O planeta em órbita em torno do Sol descreve uma elipse em que o Sol ocupa
um dos focos”.
“A linha que liga o planeta ao Sol varre áreas iguais em tempos iguais”
A velocidade orbital varia (maior quanto mais próximo o planeta estiver do Sol),
porém a velocidade areolar permanece constante.
𝑇 2 = 𝑘. 𝑎3
65
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66
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São objetivos desta aula: definir corpo rígido; definir centro de massa e
momento de inércia de um corpo rígido; calcular o centro de massa e o momento de
inércia de sistemas discretos e contínuos de massa.
O Centro de Massa
É possível adaptar a segunda lei de Newton para o estudo da dinâmica de
corpos extensos (corpos compostos por mais de uma partícula) desde que se faça
uso de um ponto especial associado ao corpo, não necessariamente pertencente ao
corpo. Este ponto é denominado centro de massa (CM).
67
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∑𝑛𝑖=1 𝑚𝑖 . 𝑥𝑖
𝑥𝐶𝑀 = .
∑𝑛𝑖=1 𝑚𝑖
68
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Solução: Como estamos no plano 𝑋𝑌, vamos adotar a origem do plano cartesiano
como o ponto onde está 𝑚1 .
69
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Figura 11.3: Semicírculo plano e homogêneo (há massa dentro da circunferência, distribuída
uniformemente pela superfície). No detalhe, um elemento infinitesimal de massa 𝑑𝑚 ocupando um
elemento diferencial de área 𝑑𝑠 em torno de um ponto qualquer 𝑃(𝑥, 𝑦) no interior do semi-círculo.
𝑥 = 𝑟. 𝑠𝑒𝑛𝜃
𝑦 = 𝑟. 𝑐𝑜𝑠𝜃
𝑑𝑠 = 𝑟. 𝑑𝑟. 𝑑𝜃
Todas as vezes que quisermos calcular o centro de massa de uma figura com
simetria circular, ou semicircular, é conveniente usarmos coordenadas polares e,
neste caso, a fórmula para o elemento de área é sempre a mesma: 𝑑𝑠 = 𝑟. 𝑑𝑟. 𝑑𝜃 .
70
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𝑑𝑚 𝑑𝑚
𝐶= = = 𝑐𝑜𝑛𝑠𝑡𝑎𝑛𝑡𝑒
𝑑𝑠 𝑟. 𝑑𝑟. 𝑑𝜃
Ou,
𝑑𝑚 = 𝐶. 𝑟. 𝑑𝑟. 𝑑𝜃
𝜋 ⁄2 𝑅
𝑅2
𝑚 = ∫ 𝑑𝑚 = ∫ 𝐶. 𝑟. 𝑑𝑟. 𝑑𝜃 = 𝐶 ∫ 𝑑𝜃 . ∫ 𝑟. 𝑑𝑟 = 𝐶. 𝜋.
−𝜋⁄2 0 2
∫ 𝑑𝑚. 𝑥
𝑥𝐶𝑀 =
∫ 𝑑𝑚
𝜋⁄2 𝑅 𝑅
⁄ 𝑟3
∫ 𝑑𝑚. 𝑥 = ∫(𝐶. 𝑟. 𝑑𝑟. 𝑑𝜃). (𝑟. 𝑠𝑒𝑛𝜃) = 𝐶. ∫ 𝑠𝑒𝑛𝜃. 𝑑𝜃 . ∫ 𝑟 2 . 𝑑𝑟 = 𝐶. (−𝑐𝑜𝑠𝜃)𝜋−𝜋2⁄2 . ( ) = 0
−𝜋⁄2 0 3 0
Logo:
∫ 𝑑𝑚. 𝑥 0
𝑥𝐶𝑀 = = =0
∫ 𝑑𝑚 𝑅2
𝐶. 𝜋. 2
∫ 𝑑𝑚. 𝑦
𝑦𝐶𝑀 =
∫ 𝑑𝑚
𝜋⁄2 𝑅 𝑅
2 𝜋 ⁄2 𝑟3
∫ 𝑑𝑚. 𝑦 = ∫(𝐶. 𝑟. 𝑑𝑟. 𝑑𝜃). (𝑟. 𝑐𝑜𝑠𝜃) = 𝐶. ∫ 𝑐𝑜𝑠𝜃. 𝑑𝜃 . ∫ 𝑟 . 𝑑𝑟 = 𝐶. (𝑠𝑒𝑛𝜃)−𝜋⁄2 . ( )
−𝜋⁄2 0 3 0
2. 𝐶. 𝑅 3
=
3
71
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Logo:
2. 𝐶. 𝑅 3
∫ 𝑑𝑚. 𝑦 3 4. 𝑅
𝑦𝐶𝑀 = = 2 = ≅ 0,425. 𝑅.
∫ 𝑑𝑚 𝑅 3. 𝜋
𝐶. 𝜋. 2
4.𝑅
Figura 11.4: 𝐶𝑀 = (𝑥𝐶𝑀 = 0; 𝑦𝐶𝑀 = ).
3.𝜋
O momento de inércia (𝐼) é uma grandeza física que mede a inércia no caso
do movimento ser de rotação. Em outras palavras, o momento de inércia mede a
“dificuldade” em se alterar o estado de um corpo em rotação. Ao contrário da massa
inercial 𝑚 (um escalar), o momento de inércia também depende da distribuição da
massa em torno de um eixo de rotação escolhido arbitrariamente. Quanto maior o
momento de inércia de um corpo, mas difícil será fazê-lo girar. Contribui mais para o
momento de inércia a porção de massa que está afastada do eixo de rotação.
Matematicamente, definimos o momento de inércia (𝐼) como:
72
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𝐼0 = 𝐼𝐶𝑀 + 𝑚. 𝑑2
Sendo:
𝐼𝐶𝑀 : momento de inércia do sistema em relação ao eixo que passa pelo centro de
massa (CM);
𝐼0 : momento de inércia do sistema em relação ao eixo que passa pelo ponto 𝑂 e que
é paralelo ao eixo que passa pelo CM;
Este teorema é extremamente útil do ponto de vista prático, pois evita que
calculemos o momento de inércia para vários eixos de rotação que são paralelos ao
eixo que passa pelo CM. Porém, vale ressaltar, só é válido se os dois eixos forem
73
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paralelos entre si. Se os dois eixos não forem paralelos, o teorema de Steiner não é
válido e o cálculo do momento de inércia deve ser feito para cada um dos eixos!
𝐼 = 𝑚. 𝑘 2
Ou, isolando 𝑘:
𝐼
𝑘=√ .
𝑚
74
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Solução:
𝑚1 . 𝑟1 + 𝑚2 . 𝑟2
𝑟𝐶𝑀 = = 𝑚.
𝑚1 + 𝑚2
Agora, podemos calcular o momento de inércia (as posições agora devem ser
calculadas em relação ao eixo passando pelo CM):
Todos os quatro eixos são ortogonais entre si, portanto vale o teorema de
Steiner. Por exemplo, calculando 𝐼𝑀 , pode-se calcular 𝐼𝐶𝑀 pelo Teorema de Steiner:
3. 𝑚. 𝐿2 𝐿 2 3. 𝑚. 𝐿2 3. 𝑚. 𝐿2 2. 𝑚. 𝐿2
𝐼𝐶𝑀 = 𝐼𝑀 − (3. 𝑚). 𝑑2 = − 3. 𝑚. ( ) = − = .
4 6 4 36 3
75
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Solução
76
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𝑚 𝑑𝑚
𝐶= =
4. 𝐿 𝑑𝑥
Ou
𝑚.𝑑𝑥
𝑑𝑚 = .
4.𝐿
𝑟 2 . 𝑚. 𝑑𝑥
𝑑𝐼𝐶𝑀 = 𝑟 2 . 𝑑𝑚 = .
4. 𝐿
𝐿 2 4. 𝑥 2 + 𝐿2
𝑟2 = 𝑥2 + ( ) = .
2 4
4. 𝑥 2 + 𝐿2 𝑚
𝐼𝐶𝑀12 = ∫ 𝑟 2 . 𝑑𝑚 = ∫ . . 𝑑𝑥
4 4. 𝐿
+𝐿⁄2
𝑚 2
𝑚. 𝐿 +𝐿⁄2
𝐼𝐶𝑀12 = .∫ 𝑥 . 𝑑𝑥 + .∫ 𝑑𝑥
4. 𝐿 −𝐿⁄2 16 −𝐿⁄2
𝐿⁄2
𝑚 𝑥3 𝑚. 𝐿 ⁄
𝐼𝐶𝑀12 = .( ) + . (𝑥)𝐿−𝐿2⁄2
4. 𝐿 3 −𝐿⁄2 16
77
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𝑚 𝐿3 𝐿3 𝑚. 𝐿
𝐼𝐶𝑀12 = .( + )+ .𝐿
4. 𝐿 24 24 16
𝑚. 𝐿2 𝑚. 𝐿2 𝑚. 𝐿2
𝐼𝐶𝑀12 = + = .
48 16 12
4. 𝑚. 𝐿2 𝑚. 𝐿2
𝐼𝐶𝑀 = 4. 𝐼𝐶𝑀12 = = ≅ 0,33. 𝑚. 𝐿2 .
12 3
𝐿 2 𝐿 2 𝐿2
𝑑2 = ( ) + ( ) =
2 2 2
Substituindo:
𝑚. 𝐿2 𝐿2
𝐼1 = + 𝑚.
3 2
5. 𝑚. 𝐿2
𝐼1 = ≅ 0,83. 𝑚. 𝐿2 .
6
Calculamos para o eixo ortogonal ao quadrado e que passa pelo vértice 1, mas
este resultado vale para qualquer um dos quatro vértices, pois todos os vértices
estão à mesma distância do CM.
c) Já para o eixo que coincide com o lado 12, não podemos fazer uso do teorema
de Steiner, pois este eixo não é paralelo ao eixo ortogonal que passa pelo CM.
Neste caso, temos que calcular o momento de inércia para cada um dos quatro
lados em relação ao lado 12 e soma-los:
Em relação ao lado 12, qualquer ponto deste lado dista 𝑟 = 0 do lado 12,
portanto 𝐼1212 = 0.
78
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Figura 11.8: Para os lados 14 e 23, a distância entre o lado 12 e um elemento infinitesimal de massa
𝑑𝑚 desses lados é 𝑟 = 𝑥.
𝑚. 𝑑𝑥
𝐼1214 = 𝐼1223 = ∫ 𝑟 2 . 𝑑𝑚 = ∫ 𝑥 2 . 𝑑𝑚 = ∫ 𝑥 2 . =
4. 𝐿
𝑚 𝐿 2 𝑚. 𝐿2
∫ 𝑥 . 𝑑𝑥 = .
4. 𝐿 0 12
Por último, em relação ao lado 34. Todos os pontos deste lado distam 𝑟 = 𝐿 do
lado 12. Portanto, neste caso, 𝑟 2 = 𝐿2 = 𝑐𝑜𝑛𝑠𝑡𝑎𝑛𝑡𝑒. Podemos calcular facilmente o seu
momento de inércia:
𝑚. 𝑑𝑥
𝐼1234 = ∫ 𝑟 2 . 𝑑𝑚 = ∫ 𝐿2 . 𝑑𝑚 = ∫ 𝐿2 . =
4. 𝐿
𝑚. 𝐿 𝐿 𝑚. 𝐿2
. ∫ 𝑑𝑥 = .
4 0 4
Somando tudo:
79
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𝑚. 𝐿2 𝑚. 𝐿2 𝑚. 𝐿2
𝐼12 = 0 + + +
12 12 4
5. 𝑚. 𝐿2
𝐼12 = ≅ 0,42. 𝑚. 𝐿2 .
12
Calculamos para o lado 12, mas vale para qualquer um dos lados do quadrado,
pois o quadrado é simétrico e os quatro lados são iguais. Comparando os resultados
dos três itens deste exercício, chegamos à conclusão que é mais difícil girar o
quadrado em relação ao eixo ortogonal ao quadrado que passa por um dos vértices
do que em relação ao eixo que coincide com um dos lados do quadrado e muito mais
difícil girar o quadrado em relação ao eixo que passa pelo CM!
𝑚.𝐿2
Barra unidimensional de massa 𝑚 e comprimento 𝐿: 𝐼𝐶𝑀 = 12
;
𝑚.𝑅 2
Cilindro de massa 𝑚 e base de raio 𝑅: 𝐼𝐶𝑀 = 2
; (eixo ortogonal à base, passando
pelo CM);
2.𝑚.𝑅2
Esfera de massa 𝑚 e base de raio 𝑅: 𝐼𝐶𝑀 = 5
; (qualquer eixo passando pelo CM);
Anel de massa 𝑚 e raio 𝑅: 𝐼𝐶𝑀 = 𝑚. 𝑅 2 ; (eixo ortogonal ao anel, passando pelo CM);
𝑚.𝑅2
Disco de massa 𝑚 e raio 𝑅: 𝐼𝐶𝑀 = 2
; (eixo ortogonal ao disco, passando pelo CM);
𝑚(𝑎 2 +𝑏2 )
Placa retangular de massa 𝑚 e lados 𝑎 e 𝑏: 𝐼𝐶𝑀 = 12
. (eixo ortogonal à placa,
Exercícios Propostos:
1) Calcule as coordenadas do CM de uma placa no formato de um quarto de círculo
plano e homogêneo de raio 𝑅;
80
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Os exercícios abaixo exigem um cálculo mais elaborado, por isso não são
obrigatórios em um primeiro estudo. Resolva-os apenas quando já estiver
dominando todos os exercícios resolvidos.
4.𝑅 4.𝑅
1) CM (𝑥𝐶𝑀 = 3.𝜋 ; 𝑦𝐶𝑀 = 3.𝜋)
𝑚.𝐿2
2) 𝐼𝐶𝑀 = 12
3) 𝐼𝐶𝑀 = 𝑚. 𝑅 2
81
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𝑚.𝐿2
4) 𝐼𝐶𝑀 = 2
𝑚.𝑅2
5) 𝐼𝐶𝑀 = 4
REFERÊNCIA
82
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São objetivos desta aula: definir momento polar de uma força; resolver
exercícios de estática; resolver exercícios do movimento de translação.
Definição de Torque
⃗⃗⃗ = 𝑟⃗ × 𝐹⃗ .
𝑀
Aqui:
𝑟⃗: vetor que liga o polo (ponto onde passa o eixo de rotação) ao ponto do corpo
onde a força é aplicada.
Em módulo, temos:
83
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Figura 12.2: Barra bloco pendurado em equilíbrio estático. As seguintes forças atuam sobre a barra:
𝑇1 , 𝑇2 e 𝑃𝑏𝑎𝑟𝑟𝑎 . Como a barra é homogênea, 𝑃𝑏𝑎𝑟𝑟𝑎 é colocado no centro da barra, que dista 𝐿⁄2 de
cada extremidade. Não se conhece a distância 𝑥 do centro da barra até o polo 𝑃, mas pode-se
deduzir que 𝑥 = 1 − 𝐿⁄2.
84
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Fonte: Próprio Autor.
Solução:
Veja a Figura 12.2. Para o bloco em equilíbrio, temos: 𝑇1 = 𝑃𝑏𝑙𝑜𝑐𝑜 = 100𝑁.
Para a barra em equilíbrio, temos:
𝑇2 = 𝑇1 + 𝑃𝑏𝑎𝑟𝑟𝑎 = 100 + 𝑚𝑏𝑎𝑟𝑟𝑎 . 𝑔
𝑀𝑇1 + 𝑀𝑇2 + 𝑀𝑃 = 0
𝑀𝑇1 + 𝑀𝑃 = 0
Calculando os momentos:
𝑇1 . (𝐿 − 1) − (𝑑. 𝐿. 10). 𝑥 = 0
𝐿
100. (𝐿 − 1) − (1. 𝐿. 10). (1 − ) = 0
2
5. 𝐿2 + 90. 𝐿 − 100 = 0.
85
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Solução:
Figura 12.3: Tampa horizontal sendo aberta por uma força 𝐹. As forças atuantes sobre a tampa são:
𝑃𝑡𝑎𝑚𝑝𝑎 , colocado ao centro; a força 𝐹, decomposta em duas componentes, vertical e horizontal; e a
reação em 𝐵, também decomposta em duas direções, vertical e horizontal (não sabemos a direção
da reação resultante destas componentes!). Não há como saber, a priori, o sentido correto destas
componentes. Coloque sempre 𝑉 apontando para cima e 𝐻 apontando para direita. Não se
preocupe se estes são ou não os sentidos corretos. Os cálculos irão mostrar se estes sentidos
escolhidos são os corretos.
a) Veja a Figura 12.3. Para que haja equilíbrio estático, devemos ter:
𝐹. 𝑠𝑒𝑛30° + 𝑉𝐵 = 𝑚𝑡𝑎𝑚𝑝𝑎 . 𝑔
𝐹. 0,5 + 𝑉𝐵 = 2.10
𝑉𝐵 = 20 − 0,5. 𝐹(𝐼)
O sinal negativo indica que o sentido que escolhemos para 𝐻𝐵 na Figura 12.3
(para direita) não é o correto. Na verdade, 𝐻𝐵 aponta para a esquerda. Não há
problema. Continue com o cálculo. Até agora temos duas equações e três variáveis:
𝐹, 𝑉𝐵 𝑒𝐻𝐵 . Para que não haja rotação do alçapão, também devemos ter:
86
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0 + 0 + 0 − 𝐹𝑌 . 1 + 𝑃𝑡𝑎𝑚𝑝𝑎 . 0,5 = 0
𝐹 = 20𝑁.
E agora a (𝐼𝐼):
𝐻𝐵 = −𝐹. 0,87 = −20.0,87 = −17,4𝑁
Enunciado:
88
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Resumidamente, este teorema nos diz que se o corpo for rígido, não precisamos
aplicar a segunda lei de Newton a todas as partículas do corpo, basta aplicar a
apenas um ponto, desde que este ponto seja o centro de massa. Esta é a razão de
sua importância prática, extremamente útil. O resultado deste teorema nada mais é,
portanto, do que a segunda lei de Newton aplicada a corpos rígidos!
Para movimentos mais gerais, o somatório dos momentos polares não será
zero!
Há uma infinidade de exercícios de dinâmica de corpo rígido, cada um com
características próprias, impossíveis de cobrir em um primeiro curso de mecânica.
Um dos exercícios mais conhecidos (talvez o mais conhecido) de movimento de
translação de um corpo rígido é o movimento de um veículo acelerando ou
desacelerando sobre uma superfície rugosa. Vamos, portanto, nos concentrar neste
exercício clássico.
89
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Figura 12.6: Trator desacelerando sobre superfície rugosa.
Calcule:
a) O espaço mínimo necessário para o trator parar e o tempo necessário para que
isso ocorra;
b) As forças normais nas rodas traseira e dianteira.
Solução
Figura 12.7: Forças atuando sobre o trator durante desaceleração: 𝑁𝑇 (força normal na roda
traseira), 𝐹𝑎𝑡𝑇 (força de atrito na roda traseira), 𝑁𝐷 (força normal na roda dianteira), 𝐹𝑎𝑡𝐷 (força de
atrito na roda dianteira) e 𝑃 (peso do trator).
90
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(𝑦) 𝑁𝑇 + 𝑁𝐷 = 𝑃
𝑁𝑇 = 𝑃 − 𝑁𝐷 = 2000.10 − 𝑁𝐷
𝑁𝑇 + 𝑁𝐷 = 20000 (𝐼)
(𝑥) 𝐹𝑎𝑡𝑇 + 𝐹𝑎𝑡𝐷 = 𝑚. 𝑎𝐶𝑀
𝐹𝑎𝑡𝑇 + 𝐹𝑎𝑡𝐷 = 2000. 𝑎𝐶𝑀 (𝐼𝐼)
Como queremos que o trator pare no menor espaço possível, sua
desaceleração deve ser máxima, ou seja:
𝐹𝑎𝑡𝑇 = 𝜇𝑒 . 𝑁𝑇 = 0,5. 𝑁𝑇 (𝐼𝐼𝐼)
𝐹𝑎𝑡𝐷 = 𝜇𝑒 . 𝑁𝐷 = 0,5. 𝑁𝐷 (𝐼𝑉)
Substituindo (𝐼𝐼𝐼) e (𝐼𝑉) na equação (𝐼𝐼):
0,5. (𝑁𝑇 + 𝑁𝐷 ) = 2000. 𝑎𝐶𝑀
Substituindo a equação (𝐼𝐼) na equação (𝐼):
0,5.20000 = 2000. 𝑎𝐶𝑀
0,5.20000
𝑎𝐶𝑀 = = 5 𝑚 ⁄𝑠 2 .
2000
Esta é a desaceleração máxima (constante) do trator sem que as rodas
deslizem. A velocidade inicial do trator é 18 𝑘𝑚⁄ℎ = 5 𝑚⁄𝑠. Aplicando a equação de
Torricelli:
𝑣 2 = 𝑣02 − 2. 𝑎. ∆𝑠
02 = 52 − 2.5. ∆𝑠
∆𝑠 = 25⁄10 = 2,5 𝑚.
Esse é o espaço mínimo para o trator parar sem deslizamento. Para calcular
o tempo necessário, usaremos outra equação do movimento retilíneo uniformemente
desacelerado:
𝑣 = 𝑣0 − 𝑎. 𝑡
0 = 5 − 5. 𝑡
𝑡 = 1𝑠.
b) As normais nas duas rodas nesta situação podem ser encontradas pelo uso do
teorema do momento angular (polo=CM):
𝑀𝑁𝐷 + 𝑀𝑁𝑇 + 𝑀𝐹𝑎𝑡𝐷 + 𝑀𝐹𝑎𝑡𝑇 = 0
𝑁𝐷 . 1,5 − 𝑁𝑇 . 1 − 𝐹𝑎𝑡𝑇 . 1,2 − 𝐹𝑎𝑡𝐷 . 1,2 = 0
𝑁𝐷 . 1,5 − 𝑁𝑇 − 1,2. (𝐹𝑎𝑡𝑇 + 𝐹𝑎𝑡𝐷 ) = 0
𝑁𝐷 . 1,5 − 𝑁𝑇 − 1,2.0,5. (𝑁𝑇 + 𝑁𝐷 ) = 0 (𝑉)
De (𝐼) temos:
91
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𝑁𝑇 = 20000 − 𝑁𝐷 (𝐼)
Substituindo 𝑁𝑇 na equação (𝑉), chegamos a:
𝑁𝐷 . 1,5 − (20000 − 𝑁𝐷 ) − 1,2.0,5. (20000 − 𝑁𝐷 + 𝑁𝐷 ) = 0
𝑁𝐷 . 1,5 − 20000 + 𝑁𝐷 − 12000 = 0
𝑁𝐷 . 2,5 − 32000 = 0
𝑁𝐷 = 12800 𝑁𝑒𝑤𝑡𝑜𝑛𝑠
𝑁𝑇 = 20000 − 𝑁𝐷 = 7200 𝑁𝑒𝑤𝑡𝑜𝑛𝑠.
Exercícios Propostos
a) o comprimento 𝐿 da barra;
b) a distância y, entre os pontos 𝐷 e 𝐵.
REFERÊNCIA
93
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Quando um corpo rígido está girando em torno de um eixo fixo (um eixo que
está sempre na mesma posição ao longo do tempo), o teorema do momento angular
(ou teorema do momento cinético) adquire uma forma mais geral (que não
demonstraremos aqui):
𝑛
∑ 𝑀𝑖𝑃 = 𝐼. 𝛼.
𝑖=1
94
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Exercícios Resolvido 1. Considere a polia dupla da Figura 13.1. A polia dupla, como
o próprio nome diz, é uma polia formada por duas polias concêntricas, que giram
juntas com a mesma velocidade angular 𝜔 e com a mesma aceleração angular 𝛼. A
polia interna tem raio 𝑅𝐴 = 30𝑐𝑚 e a polia externa tem raio 𝑅𝐵 = 60𝑐𝑚. Um bloco 𝐴 de
massa 𝑚𝐴 = 1𝑘𝑔 está preso à polia interna e um bloco 𝐵 de massa 𝑚𝐵 = 3𝑘𝑔 está
preso à polia externa. O sistema parte do repouso e passa a girar no sentido horário.
O momento de inércia desta polia dupla é de 𝐼𝐶𝑀 = 1,02𝑘𝑔. 𝑚2. Adote 𝑔 = 10 𝑚⁄𝑠 2 .
Calcule:
Figura 13.1: Polia dupla presa a dois blocos e girando no sentido horário .
Solução:
Figura 13.2: Forças atuando sobre a polia dupla (peso, normal e trações) e os blocos (peso e
tração).
95
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(𝐴) 𝑇𝐴 − 𝑃𝐴 = 𝑚𝐴 . 𝑎𝐴
𝑇𝐴 − 1.10 = 1. (𝛼. 𝑅𝐴 )
𝑇𝐴 − 10 = 1. (𝛼. 0,3)
𝑇𝐴 = 10 + 0,3. 𝛼 (𝐼)
(𝐵) 𝑃𝐵 −𝑇𝐵 = 𝑚𝐵 . 𝑎𝐵
3.10−𝑇𝐵 = 3. (𝛼. 𝑅𝐵 )
30−𝑇𝐵 = 3. (𝛼. 0,6)
𝑇𝐵 = 30 − 1,8. 𝛼 (𝐼𝐼)
96
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𝛼. 𝑡 2
∆𝜃 = 𝜔0 . 𝑡 +
2
6,85. 52
∆𝜃 = 0.5 +
2
∆𝜃 = 85,625𝑟𝑎𝑑
∆𝜃 85,625
𝑁𝑣𝑜𝑙𝑡𝑎𝑠 = = ≅ 13,6 𝑣𝑜𝑙𝑡𝑎𝑠.
2. 𝜋 2. 𝜋
(o mesmo número de voltas para as duas polias)
97
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𝑎𝐶𝑀 = 𝑎𝑡𝑎𝑛𝑔 = 𝛼. 𝑅
𝑣𝐶𝑀 = 𝜔. 𝑅.
Figura 13.3: Cilindro preso a dois cabos em queda livre. Não há escorregamento entre os cabos e o
cilindro.
98
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Solução:
𝑃 − 2. 𝑇 = 𝑚. 𝑎𝐶𝑀
𝑚. 𝑔 − 2. 𝑇 = 𝑚. 𝑎𝐶𝑀 (𝐼)
Agora, vamos aplicar o teorema do momento angular:
𝑀𝑃 + 2. 𝑀𝑇 = 𝐼. 𝛼
A linha do peso passa pelo CM, logo 𝑀𝑃 = 0. Logo, substituindo o momento
polar da tração e o momento de inércia do cilindro, chegamos a:
𝑚. 𝑅 2
2. (𝑇. 𝑅) = .𝛼
2
O raio aparece no numerador de todos os termos da equação e é um número
não nulo, portanto podemos dividir toda a equação por 𝑅. Isolando 𝑇:
𝑚. 𝑅. 𝛼
𝑇= (𝐼𝐼)
4
Substituindo a equação (𝐼𝐼) na equação (𝐼):
𝑚. 𝑅. 𝛼
𝑚. 𝑔 − 2. ( ) = 𝑚. 𝑎𝐶𝑀
4
A massa aparece no numerador de todos os termos da equação e é um número
não nulo, portanto podemos dividir toda a equação por 𝑚 e simplificar:
𝑅. 𝛼
𝑔− = 𝑎𝐶𝑀 (𝐼𝐼𝐼)
2
Como não há escorregamento entre o fio e o cilindro, podemos substituir 𝑅. 𝛼
por 𝑎𝐶𝑀 . Substituindo em (𝐼𝐼𝐼):
𝑎𝐶𝑀
𝑔− = 𝑎𝐶𝑀
2
3. 𝑎𝐶𝑀
𝑔=
2
Isolando 𝑎𝐶𝑀 :
2. 𝑔
𝑎𝐶𝑀 =
3
Repare que a aceleração de queda do cilindro não depende da massa e do
raio do mesmo! Se adotarmos 𝑔 = 10 𝑚⁄𝑠 2 :𝑎𝐶𝑀 = 6,67 𝑚⁄𝑠 2 . .
Este resultado é surpreendente, mas é importante chamar a atenção de que
só é válido se considerarmos que não há escorregamento entre o fio e o cilindro. Em
99
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𝑚. 𝑅. 𝛼 𝑚. 𝑎𝐶𝑀 𝑚 2. 𝑔
𝑇= = = .
4 4 4 3
𝑚. 𝑔 𝑃
𝑇= = .
6 6
Ou seja, quando não há escorregamento, a tração em cada cabo é um sexto
do peso do cilindro (independente do raio!)
100
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Solução:
𝑀𝑃 + 𝑀𝑁 + 𝑀𝐹𝑎𝑡 + 𝑀𝑇 = −𝐼. 𝛼.
101
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𝑀𝐹𝑎𝑡 = −𝐼. 𝛼
−𝑚𝑐𝑖𝑙𝑖𝑛𝑑𝑟𝑜 . 𝑅 2
−𝐹𝑎𝑡. 𝑅 = .𝛼
2
1.0,1
𝐹𝑎𝑡 = .𝛼
2
𝐹𝑎𝑡 = 0,05. 𝛼.
𝐹𝑎𝑡 2,857
𝜇𝑒𝑚𝑖𝑛 = = ≅ 0,29.
𝑁 10
Exercícios Propostos:
102
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Figura 13.5: Polia dupla acionada por um contrapeso.
a) A aceleração do contrapeso;
b) O coeficiente de atrito mínimo do plano inclinado para evitar o escorregamento.
103
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REFERÊNCIA
104
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⃗⃗⃗ = 𝑟⃗ × 𝐹⃗ .
𝑀
Aqui:
𝑟⃗: vetor que liga o polo (ponto onde passa o eixo de rotação) ao ponto do corpo onde
a força é aplicada.
Em módulo, temos:
Centro de Massa (CM) de Corpo Rígido: ponto que representa todo o corpo rígido
(corpo extenso que não sofre deformação independente das forças aplicadas).
∑𝑛𝑖=1 𝑚𝑖 . 𝑥𝑖
𝑆𝑖𝑠𝑡𝑒𝑚𝑎𝐷𝑖𝑠𝑐𝑟𝑒𝑡𝑜: 𝑥𝐶𝑀 = ;
∑𝑛𝑖=1 𝑚𝑖
∫ 𝑑𝑚. 𝑥
𝑆𝑖𝑠𝑡𝑒𝑚𝑎𝐶𝑜𝑛𝑡í𝑛𝑢𝑜: 𝑥𝐶𝑀 = .
∫ 𝑑𝑚
105
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𝐼0 = 𝐼𝐶𝑀 + 𝑚. 𝑑 2 .
∑ 𝑀𝑖𝑃 = 𝐼. 𝛼.
𝑖=1
𝑎𝑡𝑎𝑛𝑔 = 𝛼. 𝑅;
𝑎𝑐𝑒𝑛𝑡 = 𝜔2 . 𝑅.
𝑎𝐶𝑀 = 𝑎𝑡𝑎𝑛𝑔 = 𝛼. 𝑅;
𝑣𝐶𝑀 = 𝜔. 𝑅.
106
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Energia Potencial (𝐸𝑝𝑜𝑡 ) é a forma de energia que está associada a um sistema onde
ocorre interação entre diferentes corpos e está relacionada com a posição que o
determinado corpo ocupa. A unidade de energia potencial no SI, assim como o
trabalho, é o Joule (𝐽). É o nome dado à forma de energia armazenada, ou seja, que
pode a qualquer momento manifestar-se, por exemplo, na forma de movimento. É
derivada de forças conservativas, ou seja, aquelas em que a trajetória do corpo não
interfere no trabalho realizado pela força. Neste tipo de força, o que importa são
apenas a posição inicial e final, o percurso não interfere na variação de energia
potencial entre os pontos (força conservativa). São exemplos de forças
conservativas as forças peso e a força elástica.
entre dois corpos que se interagem por meio de um campo gravitacional, onde ocorre
atração mútua por causa da força gravitacional.
𝐸𝑝𝑜𝑡𝑔𝑟𝑎𝑣 = 𝑚. 𝑔. ℎ.
Sendo ℎ a altura que um corpo se encontra em relação ao chão (que costuma ser a
referência de altura).
Figura 14.1: Corpo de massa 𝑚, a uma altura ℎ, sob a ação da aceleração da gravidade 𝑔.
107
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Figura 14.2: Quatro possíveis trajetórias entre A e B: vertical, plano inclinado, “escada irregular” e
“curva livre”.
108
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𝑘. 𝑥 2
𝐸𝑝𝑜𝑡𝑒𝑙𝑎𝑠𝑡 = .
2
Figura 14.3: Mola sendo distendida por uma força deformadora horizontal.
F (N) 10 23 29 42 54 65 70 76 87
X (m) 0,1 0,2 0,3 0,4 0,5 0,6 0,7 0,8 0,9
Fonte: Próprio Autor.
109
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Figura 14.4: Gráfico da força deformadora pela deformação da mola com a equação da “reta média”
obtida pelo software Excel.
100
90 y = 95,333x + 3
80
70
60
50
40
30
20
10
0
0 0,2 0,4 0,6 0,8 1
Segundo a lei de Hooke (que veremos mais adiante), essa relação deve ser
linear, por isso traçamos uma “reta média” que passa por entre os pontos do gráfico.
Os pontos não ficaram perfeitamente alinhados como uma reta, porque há erro
experimental, mas a tendência é claramente linear. A constante elástica da mola é o
coeficiente angular da equação da reta:
𝑘 ≅ 95,3 𝑁⁄𝑚.
𝑚. 𝑣 2 𝐼. 𝜔2
𝐸𝑐𝑖𝑛 = + .
2 2
𝑚: massa do corpo;
110
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𝑣 : velocidade do corpo;
𝑚. 𝑣 2
𝐸𝑐𝑖𝑛 = .
2
“O trabalho de todas as forças que atuam sobre uma partícula é igual à variação
da energia cinética”.
𝜏 = 𝐹. ∆𝑠
𝑑𝜏 = 𝐹. 𝑑𝑠 (𝐼).
𝑑𝑣
𝐹 = 𝑚. .
𝑑𝑡
Substituindo em (𝐼):
𝑑𝑣
𝑑𝜏 = 𝑚. . 𝑑𝑠
𝑑𝑡
𝑑𝜏 = 𝑚. 𝑣. 𝑑𝑣.
111
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𝑣
𝜏 = ∫ 𝑑𝜏 = ∫ 𝑚. 𝑣. 𝑑𝑣
𝑣0
𝑣
𝑣
𝑣2 𝑚. 𝑣 2 𝑚. 𝑣02
𝜏 = 𝑚. ∫ 𝑣. 𝑑𝑣 = 𝑚. [ ] = −
𝑣0 2 𝑣 2 2
0
𝜏 = 𝐸𝑐𝑖𝑛𝑓 − 𝐸𝑐𝑖𝑛𝑖 .
Solução:
𝜏 = ∫ 𝑑𝜏 = ∫ 𝐹. 𝑑𝑠
𝐿 𝐿 𝐿
2 2
𝑥3 𝐿3
𝜏 = ∫ 𝑘. 𝑥 . 𝑑𝑥 = 𝑘. ∫ 𝑥 . 𝑑𝑥 = 𝑘. [ ] = 𝑘. .
0 0 3 0 3
Pelo TEC:
𝜏 = 𝐸𝑐𝑖𝑛𝑓 − 𝐸𝑐𝑖𝑛𝑖
𝐿3 𝑚. 𝑣 2
𝑘. = −0
3 2
2. 𝑘. 𝐿3
𝑣=√ .
3. 𝑚
112
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Solução:
𝜏 = ∫ 𝑑𝜏 = ∫ 𝐹. 𝑑𝑠
3 3 3
𝑥2 9
𝜏 = ∫ 100. 𝑥. 𝑑𝑥 = 100. ∫ 𝑥. 𝑑𝑥 = 100. [ ] = 100. [ ] = 450 𝐽.
0 0 2 0 2
Pelo TEC:
𝜏 = 𝐸𝑐𝑖𝑛𝑓 − 𝐸𝑐𝑖𝑛𝑖
10. 𝑣 2
450 = −0
2
2.450
𝑣=√ ≅ 9,49 𝑚⁄𝑠.
10
113
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Solução:
𝐹𝑐𝑒𝑛𝑡 = 𝑃 + 𝑁
𝐹𝑐𝑒𝑛𝑡 = 𝑃 + 0 = 𝑃 = 𝑚. 𝑔.
Repare que a massa do bloco não é dada! Isto sugere que o cálculo independe
da massa do corpo. De fato:
𝑚. 𝑎𝑐𝑒𝑛𝑡 = 𝑚. 𝑔
𝑎𝑐𝑒𝑛𝑡 = 𝑔
𝑣2
=𝑔
𝑅
𝑣 2 = 𝑅. 𝑔 (𝐼).
114
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𝑚. 𝑣 2
𝑚. 𝑔. ℎ = 𝑚. 𝑔. (2. 𝑅) + .
2
𝑚. (𝑅. 𝑔)
𝑚. 𝑔. ℎ = 𝑚. 𝑔. (2. 𝑅) + .
2
𝑅
ℎ = 2. 𝑅 +
2
5. 𝑅
ℎ= = 2,5. 𝑅.
2
Ou seja, para que a normal seja nula no ponto B, devemos soltar o bloco de
uma altura ℎ = 2,5. 𝑅, desprezando perdas por atrito durante todo o percurso. Repare
que esta altura não depende mesmo da massa do corpo, como se supôs no início.
Esse é um modelo ideal, algo que na prática não ocorre, por isso um carrinho de
montanha russa teria que descer de uma altura muito maior para levar em conta
todas as perdas de energia por atrito no trilho, além da resistência do ar, e assim
garantir a segurança dos passageiros!
115
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Enunciado:
“O trabalho das forças não conservativas é igual à variação da energia mecânica”.
Recordando:
𝑚.𝑣 2 𝐼.𝜔2
𝐸𝑐𝑖𝑛 =
2
+
2
(rotação e translação);
𝑘.𝑥 2
𝐸𝑝𝑜𝑡 = 𝑚. 𝑔. ℎ + 2
(gravitacional e elástica).
𝑚.𝜔2 .𝑥 2 𝑝2
b) Oscilador Harmônico: 𝐸𝑚𝑒𝑐 = 𝐸𝑝𝑜𝑡 + 𝐸𝑐𝑖𝑛 = 2
+ 2.𝑚 ;
𝐺.𝑚1 .𝑚2 𝑝2
c) Atração Gravitacional: 𝐸𝑚𝑒𝑐 = 𝐸𝑝𝑜𝑡 + 𝐸𝑐𝑖𝑛 = 𝑑
+ 2.𝑚 ;
116
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𝑚.𝑣 2
d) Pêndulo Simples: 𝐸𝑚𝑒𝑐 = 𝐸𝑝𝑜𝑡 + 𝐸𝑐𝑖𝑛 = 𝑚. 𝑔. ℎ + 2
;
Figura 14.8: Bloco deslizando por plano inclinado e depois por plano horizontal.
No plano horizontal 𝐵𝐶 :
𝑁𝐵𝐶 = 𝑃 = 𝑚. 𝑔 = 9,8. 𝑚.
𝜏𝐹𝑎𝑡𝐵𝐶 = −𝐹𝑎𝑡𝐵𝐶 . 9,8 = −𝜇. 𝑁𝐵𝐶 . 9,8 = −0,35.9,8. 𝑚. 9,8 = −33,614. 𝑚.
Pelo TEM:
𝜏𝑓𝑜𝑟ç𝑎𝑠𝑛ã𝑜𝑐𝑜𝑛𝑠𝑒𝑟𝑣𝑎𝑡𝑖𝑣𝑎𝑠 = 𝐸𝑚𝑒𝑐𝑓 − 𝐸𝑚𝑒𝑐𝑖
−2,744. 𝑚. 𝑑 − 33,614. 𝑚 = (0 + 0) − (0 + 𝑚. 𝑔. ℎ)
117
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Lei de Hooke
118
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𝐹𝑒𝑙á𝑠𝑡𝑖𝑐𝑎 = 𝑘. 𝑥.
⃗⃗⃗⃗⃗⃗⃗⃗⃗⃗⃗⃗⃗⃗⃗⃗⃗
𝐹𝑒𝑙á𝑠𝑡𝑖𝑐𝑎 = −𝑘. 𝑥⃗.
O sinal negativo significa que o vetor força elástica tem sentido oposto ao vetor
deformação (vetor força aplicado), isto é, possui sentido oposto à deformação, sendo
a força elástica por essa razão chamada de força restauradora. No caso da Figura
14.9, a força aplicada na mola é a força peso dos blocos (vetor vertical apontando
para baixo). A força elástica é, portanto, um vetor vertical apontando para cima. O
equilíbrio na mola ocorre quando ela está em seu estado natural, ou seja, sem estar
comprimida ou esticada. Após comprimi-la ou estica-la, a mola sempre faz uma força
contrária ao movimento, calculada pela fórmula acima.
A lei de Hooke pode ser utilizada desde que o limite elástico do material não
seja excedido. O comportamento elástico dos materiais segue a lei de Hooke apenas
até um determinado valor de força, que depende de cada mola. Após esse valor, a
relação de proporcionalidade deixa de existir (mesmo que o corpo volte ao seu
comprimento inicial após a remoção da respectiva força). Se essa força continuar a
aumentar, o corpo perderá sua elasticidade e a deformação passará a ser
permanente (inelástico), podendo chegar à ruptura do material. O dinamômetro
usa a lei de Hooke para medir forças (qualquer que seja o tipo de força).
𝑘. 𝑥 2
𝐸𝑝𝑜𝑡𝑒𝑙𝑎𝑠𝑡 = .
2
119
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120
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𝐹𝑒𝑙𝑎𝑠𝑡 = 𝐹𝑎𝑡
𝑘. 𝑥′ = 𝜇. 𝑁
𝜇. 𝑁 0,58.10
𝑥′ = = = 0,058 𝑚.
𝑘 100
Exercícios Propostos:
3000
Energia Potencial Elástica da Mola
2500
2000
(Joule)
1500
1000
500
0
-1,5 -1 -0,5 0 0,5 1 1,5
Deformação x da mola (metros)
2) (UNESP) Uma das modalidades esportivas em que nossos atletas têm sido
premiados em competições olímpicas é a de barco a vela. Considere uma
situação em que um barco de 100 𝑘𝑔, conduzido por um velejador com massa de
60𝑘𝑔, partindo do repouso, se desloca sob a ação do vento em movimento
acelerado, até atingir a velocidade de 18 𝑘𝑚⁄ℎ. A partir desse instante, passa a
navegar com velocidade constante. Se o barco navegou 25 𝑚 em movimento
121
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122
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Figura 14.13: Bloco sobe plano inclinado impulsionado por uma mola comprimida.
REFERÊNCIA
123
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Introdução
𝜏𝛿 = ∫ 𝐹⃗ . 𝑑𝑠⃗ .
Aqui, 𝑑𝑠⃗ é o vetor deslocamento. Esta definição é válida para qualquer tipo de
força (gravitacional, elétrica, elástica, etc.). O que está dentro da integral é um
produto escalar entre os vetores. Ou seja, o resultado dentro da integral de linha é
um escalar (um número), que pode ser pode ser positivo, negativo ou zero. Quando
a força atua no mesmo sentido do deslocamento, o trabalho é positivo (“trabalho
motor”), ou seja, existe uma energia sendo acrescentada ao corpo. E quando a força
atua no sentido contrário ao deslocamento, o trabalho é negativo (“trabalho
resistente”), ou seja, existe uma energia sendo retirada do corpo. Existem dois tipos
de energia que podem acrescentadas ou retiradas ao sistema: potencial e cinética.
Pela definição, toda vez que o ângulo entre a força e o vetor deslocamento por
𝜃 = 90° (ou seja, ortogonais entre si), independente da força aplicada, o trabalho
124
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será nulo (𝑐𝑜𝑠(90°) = 0). Assim, a existência de uma força não é garantia de que um
trabalho está sendo realizado. Para que haja trabalho não nulo é necessário que
haja deslocamento do ponto de aplicação da força e que haja também uma
componente não nula da força na direção do deslocamento. Por exemplo, um corpo
em MCU (movimento circular uniforme) está sujeito a uma força centrípeta não nula.
No entanto, esta força não realiza trabalho porque é, em todos os pontos,
perpendicular à trajetória circular (ou seja, o produto escalar da força centrípeta com
o vetor deslocamento é nulo). No MCU em particular, também não há trabalho devido
à força tangencial (tangente à trajetória), já que está é nula!
Resumindo, há duas condições para que uma força realize trabalho: que haja
deslocamento e que haja força ou componente de força na direção do deslocamento.
Em um gráfico (𝑠, 𝐹), a área sob a curva representa o trabalho da força. Veja a Figura
15.3.
Figura 15.3:. 𝜏𝛿 = ∫ 𝐹⃗ . 𝑑𝑠⃗: a integral representa a área sob a curva do gráfico (𝑠, 𝐹).
125
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Solução:
Como o bloco sobe com velocidade constante, a força resultante 𝑅⃗⃗ é nula e
126
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𝑇 = 𝑃 = 𝑚. 𝑔;
Exercício Resolvido 2. Uma partícula está sob a ação de uma força 𝐹⃗ = 𝐹. 𝑖⃗ (eixo
𝑋). Calcule o trabalho desta força de 𝑥 = 0 𝑚 até 𝑥 = 10 𝑚.
Solução:
4.6 2.6
𝜏 = Á𝑅𝐸𝐴 = 𝐴𝑡𝑟𝑖â𝑛𝑔𝑢𝑙𝑜1 + 𝐴𝑟𝑒𝑡â𝑛𝑔𝑢𝑙𝑜 + 𝐴𝑡𝑟𝑖â𝑛𝑔𝑢𝑙𝑜2 = + 4.6 + = 12 + 24 + 6
2 2
= 42 𝐽.
Potência de uma força é o trabalho que ela realiza por unidade de tempo. Se
uma força 𝐹 realiza um trabalho 𝑑𝜏 durante 𝑑𝑡, a potência da força é definida como:
𝑑𝜏
𝑃= .
𝑑𝑡
127
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𝜏
𝑃𝑚 = (𝐼).
∆𝑡
𝑑𝜏 𝐹. 𝑑𝑠
𝑃= =
𝑑𝑡 𝑑𝑡
𝑃 = 𝐹. 𝑣 (𝐼𝐼).
1𝐽
1𝑊 = .
1𝑠
128
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𝑀[𝑁.𝑚].(2.𝜋).𝑓[𝑟𝑝𝑚]
Ou 𝑃[𝑘𝑊] = 60000
.
∆𝐸
𝑃𝑚 = .
∆𝑡
Representação Gráfica
𝑃 = ∫ 𝐹. 𝑑𝑣;
𝜏 = ∫ 𝑃. 𝑑𝑡.
129
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Rendimento
𝑃ú𝑡𝑖𝑙
𝜂= .
𝑃𝑡𝑜𝑡𝑎𝑙
130
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Solução:
𝜏 = ∫ 𝑃. 𝑑𝑡 = 𝐴𝑡𝑟𝑖â𝑛𝑔𝑢𝑙𝑜 + 𝐴𝑟𝑒𝑡â𝑛𝑔𝑢𝑙𝑜
18.1000
𝜏= + 12.750 = 9000 + 9000 = 18000 𝐽.
2
Pelo TEC:
𝜏 = 𝐸𝑐𝑖𝑛𝑓 − 𝐸𝑐𝑖𝑛𝑖
𝑚. 𝑣 2 1000. 𝑣 2
18000 = −0= = 500. 𝑣 2
2 2
18000
𝑣=√ = √36 = 6 𝑚⁄𝑠 𝑜𝑢 21,6 𝑘𝑚⁄ℎ .
500
Solução:
Exercícios Propostos:
131
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132
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Fonte: Próprio Autor.
1) 𝜏 𝑇 = 14000 𝐽
2) a) 𝜏 = 18 𝐽
b) 𝑃𝑚é𝑑𝑖𝑎 = 3 𝑊
c) 𝑃0 = 0 𝑊; 𝑃6 = 6 𝑊
3) a) 𝜏 = 6000 𝐽
b) 𝑃ú𝑡𝑖𝑙 = 200 𝑊
c) 𝜂 = 50 %
REFERÊNCIA
133
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𝑝⃗ = 𝑚. 𝑣⃗ (𝐼).
A forma geral da segunda lei de Newton nos diz que a resultante das forças
atuando sobre um corpo é igual à derivada temporal do momento linear:
𝑑𝑣⃗
𝑅⃗⃗ = 𝑚. = 𝑚. 𝑎⃗.
𝑑𝑡
134
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clássica, que segue as leis de Newton, mas em teorias físicas mais gerais, como a
mecânica quântica e a teoria da relatividade.
𝑁 𝑁
𝑝⃗ = ∑ ⃗⃗⃗⃗
𝑝𝑖 = ∑ 𝑚𝑖 . ⃗⃗⃗⃗
𝑣𝑖 = 𝑚1 . 𝑣
⃗⃗⃗⃗⃗1 + 𝑚2 . ⃗⃗⃗⃗⃗
𝑣2 + ⋯ 𝑚𝑁 . 𝑣
⃗⃗⃗⃗⃗
𝑁.
𝑖=1 𝑖=1
𝑝⃗ = 𝑚. ⃗⃗⃗⃗⃗⃗⃗⃗.
𝑣𝐶𝑀
⃗⃗⃗⃗⃗1 = 3. 𝑖⃗ 𝑚⁄𝑠 ;
𝑚1 = 1 𝑘𝑔; 𝑣
𝑣2 = 2. 𝑗⃗ 𝑚⁄𝑠 ;
𝑚2 = 0,5 𝑘𝑔; ⃗⃗⃗⃗⃗
135
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Solução:
𝑝⃗ = 𝑚1 . 𝑣
⃗⃗⃗⃗⃗1 + 𝑚2 . ⃗⃗⃗⃗⃗
𝑣2 + 𝑚3 . ⃗⃗⃗⃗⃗
𝑣3
𝑝⃗ = 0. 𝑖⃗ − 2. 𝑗⃗ = −2. 𝑗⃗.
Um impulso 𝐽⃗ (neste texto usaremos a letra 𝐽 para impulso para não confundir
com o momento de inércia 𝐼 ) ocorre quando uma força 𝐹⃗ age em um intervalo de
tempo ∆𝑡 e é calculado como:
𝐽⃗ = ∫ 𝐹⃗ . 𝑑𝑡.
𝐽⃗ = 𝐹⃗ . ∆𝑡 (𝐼𝐼).
Solução:
𝐽⃗ = ∆𝑝⃗ = ⃗⃗⃗⃗⃗
𝑝𝑓 − ⃗⃗⃗⃗
𝑝𝑖 = 𝑚. (𝑣
⃗⃗⃗⃗⃗𝑓 − ⃗⃗⃗⃗)
𝑣𝑖
𝐽⃗ = −0,000648. 𝑖⃗ + 0,001494. 𝑗⃗
𝐽⃗ −0,000648. 𝑖⃗ + 0,001494. 𝑗⃗
𝐹⃗ = =
∆𝑡 0,36
136
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⃗⃗⃗⃗⃗1 = −𝑅
𝑅 ⃗⃗⃗⃗⃗2
𝑑𝑝
⃗⃗⃗⃗⃗1 −𝑑𝑝
⃗⃗⃗⃗⃗2
=
𝑑𝑡 𝑑𝑡
𝑑(𝑝
⃗⃗⃗⃗⃗1 + ⃗⃗⃗⃗⃗)
𝑝2
= 0.
𝑑𝑡
Ou seja, ⃗⃗⃗⃗⃗ 𝑝2 é constante. Considere que 𝑣1𝑖 e 𝑣2𝑖 são as velocidades iniciais
𝑝1 + ⃗⃗⃗⃗⃗
e 𝑣1𝑓 e 𝑣2𝑓 . Logo:
Este resultado pode ser generalizado para mais de duas partículas e aplica-
se a todo tipo de interação, incluindo colisões entre partículas.
2 2 2 2
𝑚1 . 𝑣1𝑖 𝑚2 . 𝑣2𝑖 𝑚1 . 𝑣1𝑓 𝑚2 . 𝑣2𝑓
+ = + (𝑉).
2 2 2 2
137
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𝑚1 . 𝑣1𝑖 = (𝑚1 + 𝑚2 ). 𝑣𝑓 .
Solução:
𝑚𝐴 . ⃗⃗⃗⃗⃗⃗
𝑣𝐴𝑖 + 𝑚𝐵 . ⃗⃗⃗⃗⃗⃗
𝑣𝐵𝑖 = 𝑚𝐴 . ⃗⃗⃗⃗⃗⃗⃗
𝑣𝐴𝑓 + 𝑚𝐵 . ⃗⃗⃗⃗⃗⃗⃗
𝑣𝐵𝑓
𝑣𝐴𝑓 = −0,75. 𝑗⃗ + 1. 𝑘⃗⃗ + 0,75. 𝑖⃗ − 0,5625. 𝑘⃗⃗ − 0,375. 𝑖⃗ + 0,1875. 𝑗⃗ − 0,375. 𝑘⃗⃗
⃗⃗⃗⃗⃗⃗⃗
2 2 2 2
𝑚𝐴 . 𝑣𝐴𝑓 𝑚𝐵 . 𝑣𝐵𝑓 𝑚𝐴 . 𝑣𝐴𝑖 𝑚𝐵 . 𝑣𝐵𝑖
∆𝐸𝑐𝑖𝑛 = ( + )−( + ) (𝑉𝐼)
2 2 2 2
138
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2
𝑣𝐴𝑓 = (0,375)2 + (−0,5625)2 + (0,0625)2 = 0,4609
2
𝑣𝐵𝑓 = (0,5)2 + (−0,25)2 + (0,5)2 = 0,5625
2
𝑣𝐴𝑖 = (0)2 + (−0,75)2 + (1)2 = 1,5625
2
𝑣𝐵𝑖 = (1)2 + (0)2 + (−0,75)2 = 1,5625
𝐿⃗⃗ = 𝑟⃗ × 𝑝⃗
Ou
|𝐿⃗⃗| = 𝑚. 𝑟. 𝑣. 𝑠𝑒𝑛𝜃.
139
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|𝐿⃗⃗| = 𝑚. 𝑟 2 . 𝜔. 𝑠𝑒𝑛𝜃.
𝐿⃗⃗ = ∑ ⃗⃗⃗⃗
𝐿𝑖 .
𝑖=1
𝐿⃗⃗ = 𝐼. 𝜔
⃗⃗.
𝐼. 𝜔2
𝐸𝑐𝑖𝑛𝑟𝑜𝑡𝑎çã𝑜 = .
2
Repare que essa é a versão angular de 𝐸𝑐𝑖𝑛 = 𝑚. 𝑣 2⁄2. Ou seja, 𝐼 faz o papel
da massa e 𝜔 o papel de 𝑣 (velocidade escalar).
𝑣2 = 2. 𝑗⃗ 𝑚⁄𝑠; ⃗⃗⃗⃗
𝑚2 = 0,5 𝑘𝑔; ⃗⃗⃗⃗⃗ 𝑟2 = 3. 𝑖⃗ 𝑚
140
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Figura 16.2 Sistema constituído por três partículas.
⃗⃗⃗⃗⃗1 = 𝑚1 . (𝑟⃗⃗⃗⃗1 × 𝑣
𝐿 ⃗⃗
1 = 1. (2. 𝑗⃗ × 3. 𝑖⃗) = −6. 𝑘
⃗⃗⃗⃗⃗)
𝐿⃗⃗ = 𝐿
⃗⃗⃗⃗⃗1 + 𝐿 ⃗⃗⃗⃗⃗3 = −6. 𝑘⃗⃗ + 3. 𝑘⃗⃗ − 3. 𝑘⃗⃗ = −6. 𝑘⃗⃗
⃗⃗⃗⃗⃗2 + 𝐿
141
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𝑑𝑝⃗
𝑅⃗⃗ = .
𝑑𝑡
𝑑𝐿⃗⃗
⃗⃗⃗ =
𝑀 .
𝑑𝑡
Exercício Resolvido 5. A Figura 16.3 mostra duas polias 𝐴 e 𝐵 ligadas por uma
mesma correia. A polia 𝐴 tem o dobro do raio da polia 𝐵. Qual a razão dos momentos
de inércia das duas polias nas seguintes situações:
Solução
a) As polias giram em torno de eixos fixos, portanto vale:
𝐿𝐴 = 𝐿𝐵
𝐼𝐴 . 𝜔𝐴 = 𝐼𝐵 . 𝜔𝐵
𝑣𝐴 𝑣𝐵
𝐼𝐴 . = 𝐼𝐵 . (𝐼).
𝑅𝐴 𝑅𝐵
142
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𝑣 𝑣
𝐼𝐴 . = 𝐼𝐵 .
2. 𝑅 𝑅
Multiplicando toda a equação por 𝑅 e dividindo toda a equação por 𝑣(𝑣 ≠ 0):
𝑣 𝑣
𝐼𝐴 . = 𝐼𝐵 .
2. 𝑅 𝑅
𝐼𝐴
= 2.
𝐼𝐵
b)
𝐸𝑐𝑖𝑛 = 𝐸𝑐𝑖𝑛
𝐼𝐴 . 𝜔𝐴 2 𝐼𝐵 . 𝜔𝐵 2
= (𝐼𝐼).
2 2
𝑣𝐴 2 𝑣𝐵 2
𝐼𝐴 . ( ) = 𝐼𝐵 . ( ) (𝐼𝐼𝐼)
𝑅𝐴 𝑅𝐵
𝑣 2 𝑣 2
𝐼𝐴 . ( ) = 𝐼𝐵 . ( )
2. 𝑅 𝑅
𝐼𝐴 . 𝑣 2 𝐼𝐵 . 𝑣 2
=
4. 𝑅 2 𝑅2
𝐼𝐴
= 4.
𝐼𝐵
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Figura 16.4. Disco em rotação. À direita, um lasca de massa 𝑚 destaca-se e sobe verticalmente.
Solução
a)
𝑀. 𝑅 2 1. (0,3)2
𝐼𝑑𝑖𝑠𝑐𝑜 = = = 0,045 𝑘𝑔. 𝑚2 .
2 2
𝐼𝑑𝑖𝑠𝑐𝑜 . 𝜔0 2 0,045. (2. 𝜋)2
𝐸𝑐𝑖𝑛𝑟𝑜𝑡𝑎çã𝑜 = = ≅ 0,887 𝐽.
2 2
b)
𝐿 = 𝐼𝑑𝑖𝑠𝑐𝑜 . 𝜔0 = 0,045. (2. 𝜋) ≅ 0,283 𝐽.
𝐸𝑐𝑖𝑛 =0=𝐸𝑝𝑜𝑡
𝑚. 𝑣02
= 𝑚. 𝑔. ℎ
2
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Exercício Proposto:
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REFERÊNCIA
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𝜏𝛿 = ∫ 𝐹⃗ . 𝑑𝑠⃗ 𝑊.
Aqui, 𝑑𝑠⃗ é o vetor deslocamento. Esta definição é válida para qualquer tipo de
força. O que está dentro da integral é um produto escalar entre os vetores. Ou seja,
o resultado dentro da integral de linha é um escalar (um número), que pode ser pode
ser positivo, negativo ou zero.
separação entre dois corpos que se interagem por meio de um campo gravitacional,
onde ocorre atração mútua por causa da força gravitacional:
𝐸𝑝𝑜𝑡𝑔𝑟𝑎𝑣 = 𝑚. 𝑔. ℎ.
𝑘. 𝑥 2
𝐸𝑝𝑜𝑡𝑒𝑙𝑎𝑠𝑡 = .
2
𝑚. 𝑣 2
𝐸𝑐𝑖𝑛 =
2
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Potência de uma força (P) é o trabalho que ela realiza por unidade de tempo. Se
uma força 𝐹 realiza um trabalho 𝑑𝜏 durante 𝑑𝑡, a potência da força é definida como:
𝑑𝜏
𝑃= .
𝑑𝑡
𝑃 = 𝐹. 𝑣.
𝑃ú𝑡𝑖𝑙
𝜂= .
𝑃𝑡𝑜𝑡𝑎𝑙
𝐹𝑒𝑙𝑎𝑠𝑡𝑖𝑐𝑎 = 𝑘. 𝑥.
⃗⃗⃗⃗⃗⃗⃗⃗⃗⃗⃗⃗⃗⃗⃗⃗
𝐹𝑒𝑙á𝑠𝑡𝑖𝑐𝑎 = −𝑘. 𝑥⃗
O sinal negativo significa que o vetor força elástica tem sentido oposto ao vetor
deformação (vetor força aplicado)
𝑝⃗ = 𝑚. 𝑣⃗.
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𝐽⃗ = ∫ 𝐹⃗ . 𝑑𝑡.
𝐽⃗ = 𝐹⃗ . ∆𝑡.
𝐽⃗ = ∆𝑝⃗ = ⃗⃗⃗⃗⃗
𝑝𝑓 − ⃗⃗⃗⃗.
𝑝𝑖
Momento Angular (𝐿): é definido pelo produto vetorial do vetor posição (em relação
a uma origem de referência) com o vetor momento linear:
⃗⃗ = 𝑟⃗ × 𝑝⃗.
𝐿
Ou
⃗⃗ = 𝐼. 𝜔
𝐿 ⃗⃗.
𝐼. 𝜔2
𝐸𝑐𝑖𝑛𝑟𝑜𝑡𝑎çã𝑜 = .
2
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⃗⃗
𝑑𝐿
⃗⃗⃗ =
𝑀 .
𝑑𝑡
Assim, sempre que o momento angular for constante o torque total será nulo.
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