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Sorocaba
2023
RESUMO
SUMÁRIO
1. Introdução ……………………….….…………………………….....… 5
1.1 Cinemática ……………………………………………………………………….. 6
1.2 Dinâmica……………………….…….………………….……………………..… 7
1.2.1 Primeira Lei de Newton…………………………………………………7
1.2.2 Segunda Lei de Newton………………………………………………... 8
1.2.3 Terceira Lei de Newton………………………………………………… 9
1.3 Força Tração ………………………………………………………………..…... 10
1.4 Atrito …………………………………………………………………………… 10
1.5 Média ………………………………………………………………………...…. 11
2. Descrição Experimental …………….……………………..….…....... 12
2.1 Arranjo Experimental…………………………………………………………... 12
2.2. Procedimento Experimental …………………..……………………………….. 13
2.2.1 Atividade I …………………………………………………….…..….. 13
2.2.2 Atividade II ………………………………………..…………………. 13
3. Resultados e Discussão …………………………………………….… 15
3.1 Atividade I: Massa sobre carrinho variável e massa pendurada constante …….. 15
3.2 Atividade II: Massa do carrinho transferida para massa pendurada …………… 19
4. Conclusão ………………………………………………………….…. 25
5. Referências …………………………………………………...….….... 26
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1 - INTRODUÇÃO
Cada ramo da física clássica surgiu através de relações e observações dos fenômenos
do mecanismo da natureza com os sentidos do homem. O estudo da física óptica, por
exemplo, foi criado através das percepções da luz, um fenômeno natural relacionado à visão
do homem, o calor deu origem a termodinâmica, entre todos os outros fenômenos e ramos da
física. O estudo dos movimentos também foi criado com a mesma finalidade, sendo
denominada por física mecânica, e pertence aos estudos da física no qual chamamos de
“física clássica” (ALONSO; FINN, 2018)
A mecânica é fundamental para a física, pois é nesse ramo que se concentra o estudo
do movimento, as interações entre objetos e é usada para entender uma ampla gama de
fenômenos, como desde a queda de objetos até o movimento dos planetas no sistema solar.
(HALLIDAY; RESNICK; WALKER, 2009). Dentro da mecânica existem diferentes áreas
que explicam o movimento, como a cinemática e a dinâmica. De forma resumida, a
cinemática trata do movimento em si, descrevendo conceitos como posição, velocidade e
aceleração, enquanto a dinâmica explora as causas do movimento, incluindo forças e as leis
de Newton (ALONSO; FINN, 2018).
Descrever um movimento não é algo tão simples, repouso e movimento são conceitos
relativos, ou seja, vão depender do objeto ou corpo escolhido como referência, quando
estamos em um carro, podemos dizer que o automóvel está em movimento em relação a
estrada por exemplo, mas nós estamos em repouso em relação ao carro (ALONSO; FINN,
2018). Temos diferentes tipos de movimentos, como: movimento uniforme ou retilíneo (MU),
movimento uniformemente variado (MUV) e queda livre, movimentos já estudados
anteriormente.
1.1 Cinemática
Detalhando melhor as áreas da mecânica que estuda o movimento, a cinemática é uma
área fundamental da física que descreve o movimento de objetos sem se preocupar com as
causas desse movimento, ou seja, não são levados em consideração as causas e os efeitos
desse movimento, o que é descrito na dinâmica. A cinemática fornece o entendimento de
alguns conceitos e grandezas, como: posição, deslocamento, velocidade e aceleração.
(NUSSENZVEIG, 2013; HALLIDAY; RESNICK; WALKER, 2009) Podemos entender
melhor como a cinemática é analisada conforme apresentada as descrições e figuras abaixo.
A posição nos descreve onde o corpo está localizado em relação a um ponto de
referência e pode ser representada em coordenadas cartesianas (x, y, z). O deslocamento
descreve a mudança na posição desse corpo entre dois pontos no tempo, por isso é uma
grandeza vetorial que inclui a magnitude e a direção do movimento (NUSSENZVEIG, 2013;
HALLIDAY; RESNICK; WALKER, 2009).
1.2 Dinâmica
Já a dinâmica, outra parte fundamental da física, se concentra em entender as causas e
efeitos do movimento dos objetos, como as forças que atuam para que haja esse movimento.
A dinâmica se baseia nas Leis de Newton e em conceitos relacionados à interação entre
forças e o comportamento dos corpos em movimento.
A dinâmica também envolve estudos de diferentes tipos de forças, como força
gravitacional, força normal, força de atrito, de tensão, entre outras, e essas forças ajudam a
determinar o movimento de objetos em diversas situações (KNIGHT, 2000).
Neste experimento iremos focar nas Leis de Newton, sendo assim:
𝐹 = 𝑚 *𝑎 (1)
Para caracterizar um movimento utilizamos a aceleração do sistema, essa por sua vez
pode ser calculada com base na Segunda Lei de Newton. Nessa situação específica, a
aceleração é expressa da seguinte forma (HALLIDAY, RESNICK, 1983; HEWITT, 2002):
𝑚 * 𝑔 = (𝑀 + 𝑚) * 𝑎 (2)
1.4 Atrito
O atrito é um tipo de força dissipativa que ocorre entre duas superfícies quando ambas
estão em contato, essa força age de maneira oposta ao movimento entre essas superfícies, isso
porque nessas superfícies há irregularidades que podem ser microscópicas ou não, e quando
essas superfícies passam a ter contato uma com a outra, ambas dissipam a energia mecânica
do movimento, na forma de calor, em energia térmica (MONTEIRO; GASPAR;
MONTEIRO, 2012)
Existem dois tipos principais de atrito, o estático e o cinético, o primeiro é realizado
quando dois objetos em contato não estão se movendo um em relação ao outro, assim a força
de atrito impede que eles iniciem o movimento, o segundo caso procede quando dois objetos
estão se movendo um em relação ao outro, diante disso, a força de atrito age na direção
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1.5 Média
Para uma experiência com o mínimo de erros, é preciso realizar as medições mais de
uma vez, mas para a análise de determinados dados é necessário apenas um único valor desse
conjunto de dados, e para chegar nele utilizamos a média (HALLIDAY, RESNICK, 1983;
HEWITT, 2002) representada por:
1
𝑛 (3)
𝑥= 𝑛
∑ 𝑎𝑖
𝑖=1
para minimizar ainda mais os erros que podem acontecer entre as medidas, podemos calcular
o desvio relativo ou desvio percentual (HALLIDAY, RESNICK, 1983; HEWITT, 2002).
2 - DESCRIÇÃO EXPERIMENTAL
Segue abaixo os materiais e métodos utilizados na realização do experimento, que por
sua vez foi dividido em duas atividades.
2.2.1 Atividade I
Em um primeiro momento, foi adicionado uma massa de 20g na parte vertical da
polia, na extremidade oposta à do carrinho, isto é, na ponta da corda presa ao carrinho. E para
todos os testes seguintes, adotou-se o seguinte método: ajustado o carrinho e as massas sobre
o mesmo, iniciava-se a gravação no DataStudio e, logo em seguida, o carrinho era solto para
percorrer o trilho. O mesmo era parado manualmente pouco antes de chegar ao fim do trilho
ou que a massa da extremidade atingisse o chão. Dessa forma, foram registrados os dados
referentes à posição e velocidade em função do tempo percorrido. Os coeficientes angular e
linear, juntamente com suas respectivas incertezas, foram anotados na Tabela 2.
Analogamente, foi realizado o mesmo processo ainda com massa de 20g na
extremidade oposta ao carrinho, porém, com adicional de massa de 100g, 200g, 400 e 600g,
respectivamente um peso por vez, sobre o carrinho. Registrou-se os valores para a massa total
do carrinho na Tabela 2.
2.2.2 Atividade II
Na segunda parte do experimento, foi colocado sobre o carrinho as massas de 500 g,
50 g, 20 g, e 10 g, totalizando de 580g e para o primeiro teste uma massa de 20g na
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3 – RESULTADOS E DISCUSSÃO
A seguir, encontram-se os resultados obtidos através do experimento e suas
discussões. Após verificar se todos os materiais necessários estavam dispostos na bancada, e
se o sistema composto por carrinho, sensor, trilho de metal e massas estava montado
corretamente, a atividade I foi realizada.
Com o término da atividade I e com os devidos dados coletados e salvos, foi feita a
atividade 2. Todos os resultados, organizados em tabelas e gráficos, encontram-se abaixo. A
figura 10 representa o diagrama de forças sobre os corpos do sistema em um diagrama de
blocos, para facilitar as análises dos resultados.
Tabela 1 - Massas dos carrinhos pesados na balança, bem como sua média, dos pesos utilizados no
experimento, e a massa final do carrinho.
Massa do Carrinho 1 (g) Massa dos Pesos (g) Massa final do Carrinho (g)
262,87 0 257,89
200 457,89
Após soltar o carrinho, foi possível obter os dados da posição x tempo e da velocidade
x tempo com o auxílio do programa DataStudio. Através deles, obteve-se a aceleração do
sistema e a velocidade inicial, representados pelos coeficientes a e b, respectivamente. Estes
passos foram repetidos colocando-se massas de 50g, 100g, 200g, 400g e 600g no carrinho,
respectivamente. Todos os dados adquiridos foram organizados na Tabela 2.
Tabela 2 - Massa do carrinho em movimento e coeficientes angular “a” e linear “b” da reta ajustada aos
gráficos de velocidade para diferentes massas sobre o carrinho.
Figura 11 - Gráfico da posição como função do tempo (S x t) para diferentes massas sobre o carrinho.
Figura 12: Gráfico da velocidade como função do tempo (v x t) para diferentes massas sobre o carrinho.
Através dos gráficos presentes nas figuras 11 e 12, é possível observar que a posição
aumenta conforme o tempo passa, bem como a velocidade. Com isso, é possível dizer que
trata-se de um Movimento Retilíneo Uniformemente Variado (MRUV). Os coeficientes
angular “a” e linear “b” das retas ajustadas representam a aceleração e a velocidade inicial do
carrinho, respectivamente.
Com auxílio do Excel, foi feito um gráfico da aceleração do sistema como função da
massa do carrinho, apresentado na figura 13.
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Figura 13 - Gráfico da aceleração do sistema como função da massa do carrinho (a x m) para diferentes
massas sobre o carrinho.
relação aos valores teóricos. Para isso, foi utilizada a equação 4, e os resultados estão
dispostos na Tabela 4.
Tabela 4 - Desvio relativo percentual para cada aceleração, e diferença percentual entre os valores
para diferentes massas sobre o carrinho.
2
aexp (m/𝑠 )
2
ateórica (m/𝑠 ) σxp aexp (%) σxp ateórica (%) Δa (%)
Tabela 5 - Massas dos carrinhos pesados na balança, bem como sua média, dos pesos utilizados no
experimento, e a massa final do carrinho.
Massa do Carrinho 1 (g) Massa dos Pesos (g) Massa final do Carrinho (g)
257,89
Fonte - Autoria própria
Inicialmente, foi posicionado no carrinho as massas de 500g, 50g, 20g e 10g, e uma
massa de 20g no barbante do sistema. Após soltar o carrinho, foi possível obter os dados da
posição x tempo e da velocidade x tempo com o auxílio do programa DataStudio. Através
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Tabela 6 - Massa pendurada e coeficientes angular “a” e linear “b” da reta ajustada aos gráficos de
velocidade para massa do sistema constante.
Figura 14 - Gráfico da posição como função do tempo (S x t) para diferentes massas penduradas.
Figura 15 - Gráfico da velocidade como função do tempo (v x t) para diferentes massas penduradas.
Através dos gráficos presentes nas figuras 14 e 15, é possível observar que a posição
aumenta conforme o tempo passa, bem como a velocidade. Assim como na Atividade 1, é
possível dizer que trata-se de um Movimento Retilíneo Uniformemente Variado (MRUV).
Novamente, os coeficientes angular “a” e linear “b” das retas ajustadas representam a
aceleração e a velocidade inicial do carrinho, respectivamente.
Com auxílio do Excel, foi feito um gráfico da aceleração do sistema como função da
massa pendurada, apresentado nas figuras 16.
Figura 16 - Gráfico da aceleração do sistema como função da massa pendurada (a x m) para diferentes massas
penduradas.
Tabela 8 - Desvio relativo percentual para cada aceleração, e diferença percentual entre os valores
para diferentes massas penduradas.
2
aexp (m/𝑠 )
2
ateórica (m/𝑠 ) σxp aexp (%) σxp ateórica (%) Δa (%)
Tabela 9 - Massas penduradas, aceleração experimental e força atuante sobre o sistema, para diferentes massas
penduradas.
Com os dados presentes na Tabela 9, foi feito um gráfico da força atuante sobre o
sistema como função da aceleração experimental, apresentado na figura 17.
Figura 17 - Gráfico da força atuante sobre o sistema como função da aceleração experimental (F x a)
considerando-se, para diferentes massas penduradas.
No gráfico presente na figura 17, que representa a força atuante sobre o sistema como
função da aceleração experimental, é possível observar que conforme a aceleração aumenta, a
força também aumenta. Esse comportamento pode ser observado através da reta crescente
que é formada no gráfico. O coeficiente angular “a” obtido representa a massa do carrinho;
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4 – CONCLUSÃO
A partir da atividade prática realizada, foi possível observar o movimento dos corpos
e comparar o modelo do movimento esperado a partir da teoria dinâmica com o experimental.
Nesse sentido, notou-se como se estabeleceu a relação entre a aceleração e massa do corpo,
que através dos dados, equações e gráficos ficou ilustrada como inversamente proporcional.
Ainda, foi possível observar como as Leis de Newton do movimento estão presentes
no deslocamento de um objeto, e a partir da segunda lei de Newton prever o movimento do
corpo, sendo possível descrevê-lo em termos de sua aceleração e consequentemente sua
velocidade, respectivamente, coeficientes angulares e lineares das equações dos gráficos.
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5 – REFERÊNCIAS
BAUER, W.; DIAS, H.; WESTFALL, G. D. Física para universitários: mecânica. São Paulo:
Editora Bookman Companhia, 2012. Acesso em: 3 set. 2023.
BORGES, D. Leis de Newton, quais são? História, conceitos e como calculá-las. Disponível
em: <https://conhecimentocientifico.r7.com/leis-de-newton/>. Acesso em: 5 set. 2023.
DA SILVA, Saulo Luis Lima. A primeira Lei de Newton: uma abordagem didática. Revista
Brasileira de Ensino de Física, v. 40, p. e3001, 2018. Acesso em: 4 set. 2023.
HEWITT, P. G. Física conceitual. 9 ed. Porto Alegre: Bookman, 2002. Acesso em: 3 set.
2023.
NUSSENZVEIG, Herch Moysés. Curso de física básica: Mecânica (vol. 1). Editora
Blucher, 2013. Acesso em: 3 set. 2023.
STUDART, Nelson; DAHMEN, Silvio Renato. A física do vôo na sala de aula. Física na
escola. Vol. 7, n. 2 (out. 2006), p. 36-42, 2006. Acesso em: 5 set. 2023.
YOUNG, Hugh D.; FREEDMAN, Roger A., Física I - Mecânica. 14a ed. São Paulo, 2008.
Acesso em: 3 set. 2023.