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ENGENHARIA AMBIENTAL
Ji-Paraná
2020/1
Mecânica e Resistência dos Materiais Engenharia Ambiental
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO................................................................................................................ 1
CONCEITO...................................................................................................................... 1
SISTEMA DE UNIDADES.............................................................................................. 2
ESTRUTURAS................................................................................................................ 4
MECÂNICA GERAL....................................................................................................... 5
TIPOS DE SOLICITAÇÕES........................................................................................ 8
MOMENTO ESTÁTICO................................................................................................... 10
TIPOS DE CARREGAMENTOS................................................................................. 11
TENSÃO.......................................................................................................................... 15
DEFORMAÇÃO............................................................................................................... 17
DIAGRAMA TENSÃO-DEFORMAÇAO.......................................................................... 19
LEI DE HOOKE........................................................................................................... 20
TENSÃO ADMISSÍVEL............................................................................................... 21
COEFICIENTE DE POISSON..................................................................................... 23
PESO PRÓPRIO......................................................................................................... 24
CARGA AXIAL................................................................................................................ 26
TENSÃO TÉMICA....................................................................................................... 27
TRANSFORMAÇÃO DE UNIDADES:
RELAÇÕES MÉTRICAS LINEARES RELAÇÕES MÉTRICAS QUADRADAS
Respostas. Questão 1: a) 9,98 mm; b) 8,26 mm; c) 15,24 mm; d) 19,05 mm; e) 22,23
mm; f) 3,048 mm. Questão 2: a) 15,88 mm; b) 57,15 mm; c) 30,16 mm; d) 7,54 mm.
Questão 3: a) 3 km/min; b) 0,05 km/s; c) 50 m/s. Questão 4: a) 10.193,68 kg/m²; b)
0,01019 kg/mm²; c) 1,01937 kg/cm²; d) 14,61 lb/pol². Questão 5: AÇO a) 21.000
kg/mm²; b) 20.601.000 N/cm²; c) 206,01.109 N/m². ALUMÍNIO a) 7.000 kg/mm²; b)
6.867.000 N/cm²; c) 68,67.109 N/m². FOFO NODULAR a) 14.000 kg/mm²; b)
13.734.000 N/cm²; c) 137,34.109 N/m². COBRE a) 11.200 kg/mm²; b) 10.987.200
N/cm²; c) 109,87.109 N/m². ESTANHO a) 4.200 kg/mm²; b) 4.120.200 N/cm²; c)
9
41,20.10 N/m².
Prof.ª Mestre Swilann M. P. Correa 3
Mecânica e Resistência dos Materiais Engenharia Ambiental
ESTRUTURAS
TIPOS DE ESTRUTURAS
Existe um caso especial de estruturas que pode ter
suas reações de apoio e seus esforços internos determinados
por apenas condições de equilíbrio (ΣFx= 0; ΣFy= 0; ΣM= 0).
Em tais estruturas, chamadas estruturas estaticamente
determinadas ou estruturas isostáticas, o número de vínculos
externos e internos se iguala ao número de condições de
equilíbrio. As estruturas que têm vínculos externos ou internos
excedentes em relação ao número de condições de equilíbrio
são chamadas estruturas estaticamente indeterminadas ou
estruturas hiperestáticas. Por sua vez, um modelo estrutural
que não tem número suficiente de vínculo em relação à
condições de equilíbrio é denominado hipostático (que não
possui estabilidade).
Nesta disciplina de Mecânica e Resistência dos
Materiais aplicada a Eng. Ambiental daremos mais enfoque aos
casos de estruturas isostáticas.
ELEMENTOS ESTRUTURAIS
VIGAS: estrutura linear assentada em um ou mais apoios e que suporta carregamentos.
NÓS: articulações em que são juntadas várias barras pelas suas extremidades.
APOIOS: dispositivos que ligam pontos do sistema a outros sistemas impedindo determinados
movimentos.
VÍNCULOS: cada uma das restrições impostas por um apoio; o número de vínculos é o número de
reações dos apoios.
TIPOS DE VÍNCULOS
APLICAÇÃO
MECÂNICA GERAL
Lei do Paralelogramo
Constata-se experimentalmente que duas forças u e v que atuam sobre uma partícula A podem ser
substituídas por uma única força R que tem o mesmo efeito sobre essa partícula. Essa força R é chamada
resultante das forças u e v e pode ser obtida pela construção de um paralelogramo, usando-se u e v como
dois lados adjacentes desse paralelogramo. A diagonal que passa por A representa a resultante.
Regra do Triângulo
Da lei do paralelogramo, podemos deduzir um outro método para se determinar a soma de dois
vetores. Esse método, conhecido como a regra do triângulo, é apresentado a seguir. Considere a figura (I)
abaixo, na qual a soma dos vetores u e v foi determinada pela lei do paralelogramo. Como o lado do
paralelogramo oposto a v é igual a v em intensidade e direção, podemos desenhar apenas metade do
paralelogramo, conforme a figura (II). A soma dos dois vetores pode, portanto, ser determinada dispondo-se
u e v no padrão ponta-a-cauda e, em seguida, unindo-se a cauda de u à ponta de v. A figura (III) ilustra a
outra metade do paralelogramo, na qual obtém-se o mesmo resultado. Isso confirma o fato de que a adição
de vetores é comutativa, ou seja, o resultado independe da ordem dos elementos.
RELEMBRANDO A TRIGONOMETRIA
A soma das medidas dos ângulos internos de um triângulo é igual a 180°
Demonstração:
Qualquer que seja o triangulo, é possível conduzirmos por um de
seus vértices uma reta (neste caso, r) que seja paralela à reta (s) que
contém o lado oposto ao vértice considerado. Assim, os outros lados
do triângulo resultam transversais das paralelas r e s, determinando
ângulos alternos internos: b e b’ e c e c’. Logo, b = b’ e c = c’.
Como a + b’ + c’ = 180°, então a + b + c = 180°.
Em todo triângulo, a medida de um ângulo externo é igual à soma das medidas dos ângulos internos
não adjacentes a ele.
Demonstração:
Seja A, B e C os ângulos internos de um triângulo, como mostra a
figura ao lado. Seja α um ângulo adjacente suplementar a C. Por
definição, α é ângulo externo ao triângulo. Então, α + C = 180°. Mas,
por um teorema já demonstrado, A + B + C = 180°. Logo, α = A + B.
TEOREMA DE TALES
Partindo-se da propriedade fundamental de semelhança de triângulos, o que acontecerá a um
triângulo se traçarmos um feixe de paralelas (r // s // t) e duas retas transversais?
As transversais determinam os segmentos de medidas x e y (em u) e os segmentos de medidas m e n
(em v).
𝑥 𝑚
A relação = é
𝑦 𝑛
conhecida como
Teorema de Tales.
Teorema de Lamy
Se um sistema rígido estiver em equilíbrio, sob ação de apenas três forças
externas, F1, F2 e F3, não paralelas, o módulo de cada uma delas é proporcional
ao seno do ângulo entre as outras duas, ou seja:
Respostas. Questão 6: F.cos𝛼 e F.sen𝛼. Questão 7: a) 150 N; b) 36,87º; c) 53,13º. Questão 8: 76,60 N e 64,28 N. Questão 9: 100N e 173,21 N. Questão 10: 7.448,83 N e 64,98º. Questão 11: 6,93 m. Questão 12: 240 N e 180 N. Questão 13: 721,11 N e 13,90º. Questão 14:
EXERCÍCIOS (Mecânica Geral)
6) Para o plano cartesiano “xy” abaixo, tem-se uma força 12) Um homem puxa com a força de 300 N uma
F denominada resultante, a qual é possível decompor corda amarrada a um edifício, como mostra a
em duas outras forças Fx e Fy, como no exemplo figura abaixo. Calcule as componentes horizontal
abaixo. Demonstre a equação que determina o valor de e vertical da força exercida pela corda no ponto
Fx e Fy, através das relações trigonométricas. A?
10) Uma força F = (3.150 N)i + (6.750 N)j é aplicada a 15) Duas forças P e Q são aplicadas no ponto A
um parafuso A. Calcule a intensidade da força resultante de um suporte tipo gancho. Sabendo que P = 75 N
e o ângulo 𝜃 que ela forma com a horizontal. e Q = 125 N, use a Lei do Paralelogramo para
calcular a força resultante de P e Q e também a
direção (γ) que a resultante forma com a
horizontal. Repita os cálculos usando a Regra do
Triângulo.
97,73 N e 15,04º. Questão 15: 178,90 N e 34,91º. Questão 16: 3.303,97 N e 63,41º.
CISALHAMENTO
Solicitação cujas forças atuantes tendem a produzir TORÇÃO
um efeito de corte, isto é, um deslocamento linear Solicitação que as forças atuam em um plano
entre seções transversais. perpendicular ao eixo e cada seção transversal
tende a tende a girar em relação às demais.
FLAMBAGEM
Solicitação de compressão em uma barra de seção
transversal pequena em relação ao comprimento,
que tende a produzir uma curvatura na barra.
FLEXÃO
Solicitação que tende a deformar a geometria da
peça na direção perpendicular à força atuante.
Nesse estudo de Resistência dos Materiais I, consideraremos apenas corpos estáticos, ou seja,
cujas forças estão em equilíbrio (ƩF = 0). Isso quer dizer que se há uma ou mais forças atuando, haverá
reações com mesma intensidade e direção e com sentido contrário. Se a resultante das forças fosse maior
que as reações, o corpo não estaria em repouso (3ª Lei de Newton).
3ª Lei (Ação e Reação): Toda força que atua num corpo em repouso resulta em uma reação com mesma
direção, mesma intensidade e sentido contrário.
EQUAÇÕES DE EQUILÍBRIO
Equilíbrio é o conceito fundamental em Estática, baseando na Primeira Lei de Newton e cujas
equações estão estabelecidas nesta seção em caso de corpo rígido. Para que haja equilíbrio é necessário
que o somatório de todas as forças atuantes seja igual a zero.
𝐹𝑥 = 0 𝐹𝑦 = 0
Sistema de forças
Quando duas ou mais forças estão agindo sobre um corpo, temos um sistema de forças, sendo
cada vetor chamado de componente. Todo sistema de forças, que atuam num mesmo plano, pode ser
substituído por uma única força chamada resultante, que produz o mesmo efeito das componentes.
Para determinar qual vetor é positivo ou negativo, existe uma convenção, adotando-se que na
direção x, o vetor com sentido para direita é positivo, e na direção y, o vetor com sentido para cima é
positivo
𝑀=0
Existirá mais de um momento fletor sobre a estrutura quando houver mais de uma força sendo
aplicada à uma distância perpendicular (90°) de um ponto P de referência. Exemplo:
TEOREMA DE VARIGNON
O momento resultante de duas forças concorrentes em um ponto E qualquer do seu plano em
relação a um ponto A de referência, é igual à soma algébrica dos momentos das componentes da força
resultante em relação a este ponto.
𝑅𝑑 = 𝐻𝑏 + 𝑉𝑐
Onde,
A e B representam os apoios articulado e móvel,
respectivamente;
a e b representam distâncias (em metros); e
P representa o carregamento pontual (em N).
Onde,
A e B representam os apoios articulado e móvel,
respectivamente;
L representa o comprimento da viga (em metros); e
q representa o carregamento distribuído (em N/m).
Para fins de cálculo de reação de apoio, um carregamento distribuído deve ser substituído por uma
carga resultante, cuja magnitude equivale à área total formada pelo mesmo. Essa resultante sempre atua no
Centro de Gravidade (CG) da superfície que representa a carga distribuída.
Exemplo aplicado:
Para a intensidade do: Para a posição do:
b)
30) Calcule a força de reação no apoio A e a força
normal na barra 1 da viga carregada conforme a
figura abaixo. Depois, calcule o ângulo ∝ que a
reação do apoio A (𝑅𝐴 ) forma com a horizontal.
c)
c)
f)
g)
b)
c)
𝑉
𝜏=
𝐴
Onde,
= tensão de cisalhamento média na seção, que consideramos ser a mesma em cada ponto localizado
na seção [Pa = ⁄ ].
𝑚
V = força cortante interna resultante na seção determinada pelas equações de equilíbrio [N].
A = área na seção [m²].
Respostas. Questão 34: 𝜎𝐴𝐵 = 8,06 𝑀𝑃𝑎 e 𝜎𝐵𝐶 = 7,86 𝑀𝑃𝑎. Questão 35: x = 124 mm.
Questão 36: 𝜏 = 9,98 𝑀𝑃𝑎. Questão 37: 𝜎 = 15,19 𝑘𝑃𝑎 e 𝜏 = 56,7 𝑘𝑃𝑎. Questão 38: a)
𝜎 = 0,5 𝑀𝑃𝑎 e 𝜏 = 0; b) 𝜎 = 0,374 𝑀𝑃𝑎 e 𝜏 = 0,216 𝑀𝑃𝑎.Questão 39: a)
𝜎𝐴𝐵 = 0,9 𝑀𝑃𝑎 e 𝜎𝐵𝐶 = 0,6 𝑀𝑃𝑎; b) 𝜏𝐸𝐷𝐵 = 0,3 𝑀𝑃𝑎. Questão 40: a) 76,39 𝑀𝑃𝑎; b) 3,75
MPa.
Prof.ª Mestre Swilann M. P. Correa 15
Mecânica e Resistência dos Materiais Engenharia Ambiental
DEFORMAÇÃO
Sempre que uma força é aplicada a um corpo, esta tende a mudar a forma e o tamanho dele. Essas
mudanças são denominadas deformações e podem ser altamente visíveis ou praticamente imperceptíveis
se não forem utilizados equipamentos que façam medições precisas.
DEFORMAÇÃO NORMAL ( )
É o alongamento ou contração que ocorre em uma unidade de comprimento de uma peça
submetida à ação de carga axial.
ℓ′ − ℓ ∆ℓ
𝜀= =
ℓ ℓ
Onde,
𝜀 = deformação normal média [adimensional].
ℓ′ = posição final [m; mm].
ℓ = posição inicial [m; mm].
∆ℓ = variação da deformação/deslocamento [m; mm].
Onde,
𝛾 = deformação por cisalhamento [rad].
CO = cateto oposto.
CA = cateto adjacente.
Respostas. Questão 47: a) 𝜀𝐴𝐵 = 7,93. 10;3 ; b) 𝛾 = 0,0121 𝑟𝑎𝑑. Questão 48: 11,58. 10;3 𝑟𝑎𝑑. Questão 49: 𝜀𝐶𝐸 = 2,5. 10;3 ; 𝜀𝐵𝐷 = 1,07. 10;3 . Questão 50: 𝜀 = 1. 10;3 . Questão 51: ∆ℓ𝑃 = 11,2. 10;3 𝑚. Questão 52: 𝜀 = 5,77. 10;3 . Questão 53: 𝜀 = 16,83. 10;3 . Questão 54: 𝜀𝐴𝐵 =
EXERCÍCIOS (Deformação)
47) A chapa é deformada até a forma 51) A viga rígida é sustentada por um pino em A e
representada pelas linhas tracejadas, mostradas pelos cabos BD e CE. Se a deformação normal
na figura abaixo. Se nessa forma deformada as admissível máxima em cada cabo for 𝜀 = 0,002,
retas horizontais da chapa permanecerem calcule o deslocamento vertical máximo da carga P.
horizontais e seus comprimentos não mudarem,
calcule:
a) a deformação normal ao longo do lado AB;
b) a deformação por cisalhamento média da
chapa em relação aos eixos x e y.
O CP é submetido a uma carga normal (F). A medida que essa carga aumenta, pode ser observado
um aumento na distância entre os pontos marcados e uma redução na área de seção transversal, até a
ruptura do material. A partir da medição da variação destas grandezas, feita pela máquina de ensaio, é
obtido o diagrama de tensão ( ) e deformação ( ). Esse diagrama varia muito de material para material, e
ainda, para um mesmo material podem ocorrer resultados diferentes devido à variação de temperatura do
corpo de prova e da velocidade da carga aplicada. Entre os diagramas x de vários grupos de materiais é
possível distinguir características comuns que nos levam a dividir os materiais em duas importantes
categorias: materiais dúcteis e materiais frágeis.
Os materiais dúcteis, como aço, alumínio, cobre, bronze,
latão, níquel, entre outros, são caracterizados por apresentarem
escoamento a temperaturas normais. O corpo de prova é submetido
a carregamento crescente, e com isso seu comprimento aumenta,
de forma lenta e proporcional ao carregamento. Desse modo, a
parte inicial do diagrama é uma linha reta com grande coeficiente
angular.
Entretanto, quando é atingido um valor crítico de tensão
( ), o corpo de prova sofre uma grande deformação com pouco Característica dos diagramas tensão-deformação
aumento de carga aplicada. dos materiais: (a) dúcteis e (b) frágeis.
Estricção
Após ter começado a estricção, um carregamento mais
Ruptura
baixo ( ) é suficiente para a deformação e rompimento do
corpo de prova.
Em materiais frágeis a é igual à , sendo que
Diagrama tensão-deformação de um ocorre pouca deformação até a ruptura (ex.: vidro, pedra,
aço com baixo teor de Carbono. concreto, cerâmica, porcelanato, gesso, cristal, acrílico, etc).
Recuperação: Se um corpo de prova de material dúctil for carregado até a região plástica e,
então, descarregado, a deformação ( ) elástica é recuperada, entretanto, a deformação ( )
plástica permanece, e o resultado é que o material fica submetido a uma deformação ( )
permanente. Ou seja, (plás) – (elás) = (plás)perm.
deformação do aço.
Pelos dados obtidos em um ensaio de tração ou
compressão, é possível calcular vários valores da tensão
e da deformação correspondentes no corpo de prova e,
então, construir um gráfico com esses resultados. A
curva resultante é denominada diagrama tensão-
deformação. No gráfico, o eixo das ordenadas
correspondem às tensões ( ) enquanto o eixo das
abscissas correspondem às deformações ( ).
Onde,
= tensão (ou limite) de proporcionalidade; representa o valor máximo da tensão, abaixo da qual o
material obedece a Lei de Hooke.
= tensão (ou limite) de escoamento; a partir deste ponto aumentam as deformações sem que se
altere, praticamente, o valor de tensão. Quando se atinge o limite de escoamento, diz-se que o
material passa a escoar-se.
= tensão máxima (ou limite de resistência); corresponde à máxima tensão atingida no ensaio de
tração sem o rompimento do material, onde se inicia a estricção.
= tensão (ou limite) de ruptura; corresponde à tensão atingida quando o corpo de prova se rompe.
Região de Deformação Elástica = o trecho do diagrama tensão-deformação compreendido entre a origem e
o limite de proporcionalidade.
Região de Deformação Plástica = o trecho do diagrama tensão-deformação compreendido entre o limite de
proporcionalidade e o ponto correspondente à ruptura do material.
LEI DE HOOKE
Como observado nos gráficos acima, o diagrama tensão-deformação para a maioria dos materiais
exibe uma relação linear entre tensão e deformação dentro da região elástica. Por consequência, um
aumento na tensão provoca um aumento proporcional na deformação. Esse fato foi descoberto pelo
cientista inglês Robert Hooke, no ano de 1676, o qual constatou que uma série de materiais, quando
submetidos à ação de carga normal, sofre variação na sua dimensão linear inicial, bem como na área da
seção transversal inicial. Essa descoberta pode ser expressa por:
Onde, 𝜎 = 𝐸. 𝜀 𝜏 = 𝐺. 𝛾
= tensão [Pa = N/m²].
Lei de Hooke ao Cisalhamento, onde:
E = módulo de elasticidade (ou módulo de Young) do 𝜏 = tensão de cisalhamento [Pa]
material [Pa = N/m²]. G = módulo de elasticidade ao cisalhamento [Pa]
= deformação [adimensional]. 𝛾 = deformação por cisalhamento [rad]
Calcule:
a) a) o módulo de elasticidade ao cisalhamento (G);
b) b) o limite de proporcionalidade (𝜏𝑙𝑝 ); 58) Calcule o diâmetro da barra 1 da construção
c) c) o limite de resistência ao cisalhamento (𝜏𝑚 𝑥 ); representada na figura. O material da barra é o
d) d) a máxima distância d de deslocamento ABNT 1010L com 𝜎𝑒 = 220 𝑀𝑃𝑎, e o fator de
horizontal da parte superior de um bloco desse segurança indicado para o caso é k = 2.
material, mostrado na figura abaixo, se ele se
comportar elasticamente quando submetido a uma
força de cisalhamento V;
e) e) Qual é o valor de V necessário para causar 59) O lustre da figura pesa 120 N e está preso ao
esse deslocamento (elástico)? teto através do ponto A por uma corrente de aço.
Calcule o diâmetro do arame da corrente, para
56) Um ensaio de tração para um aço-liga resultou que suporte com segurança k = 5, o peso do
no diagrama tensão-deformação mostrado na lustre. O material do arame é o ABNT 1010L com
figura abaixo. Pede-se: 𝜎𝑒 = 220 MPa.
a) Calcular o módulo de elasticidade e o limite de
escoamento com base em uma deformação
residual de 0,2%.
b) Ao examinar o gráfico, determine o limite de
resistência à tração e a tensão de ruptura.
𝑃. ℓ 𝜎. ℓ
∆ℓ = =
𝐴. 𝐸 𝐸
Onde,
∆ℓ = alongamento (ou deslocamento) da estrutura [m; mm].
P = carga axial aplicada [N].
ℓ = comprimento inicial da estrutura [m; mm].
A = área da seção transversal da estrutura [m²; mm²].
E = módulo de elasticidade do material [Pa = ⁄ ].
𝑚
= tensão [Pa = ⁄ ]
𝑚
O alongamento será positivo (+) quando a carga aplicada tracionar a peça, e será negativo (-)
quando a carga aplicada comprimir a peça.
COEFICIENTE DE POISSON ( )
Quando submetido a uma força de tração axial, um corpo deformável não apenas se alonga, mas
também se contrai lateralmente. Por exemplo, se esticarmos uma tira de borracha, podemos notar que a
espessura, assim como a largura da tira diminuem. Da mesma forma, uma força de compressão que age
sobre um corpo provoca uma expansão lateral.
Quando a carga P é aplicada à barra, provoca uma mudança ∆ℓ no comprimento e ∆ℓ′ no raio da
barra. As deformações na direção longitudinal ou axial e na direção radial ou transversal são,
respectivamente:
∆ℓ ∆ℓ′
= e =
No início do século XIX, o cientista francês S. D. Poisson percebeu que, dentro da faixa elástica, a
razão entre essas deformações é uma constante, visto que ∆ℓ e ∆ℓ′ são proporcionais. Essa constante é
denominada coeficiente de Poisson (𝜐) e seu valor numérico é único [e adimensional] para um
determinado material homogêneo e isotrópico. Em termos matemáticos, temos:
𝜀𝑡
𝜐=− ou 𝜀𝑡 = −𝜐. 𝜀
𝜀
Onde,
𝜐 = coeficiente de Poisson [adimensional].
= deformação transversal [adimensional].
= deformação normal [adimensional].
Respostas. Questão 60: a) 10 MPa; b) 0,114 mm. Questão 61: a) 0,514 mm; b) 0,3 mm; c) 1,93 mm. Questão 62: a) 22,92 MPa; b) 8,73.10 -5 m. Questão 63: Alumínio. Questão 64: 70 GPa. Questão 65: 0,155 mm. Questão 66: 35,72 MPa. Questão 67: a)
EXERCÍCIOS (Alongamento e Peso Próprio)
60) Uma barra de alumínio possui seção 65) Observe a figura abaixo, onde
transversal quadrada com 60 mm de lado e, o seu as duas barras são maciças. A
comprimento é de 0,8 m. A carga axial aplicada na barra AB é de aço (E = 200 GPa) e
barra é de 36 kN. Dado: 𝐸𝑎𝑙 = 70 𝐺𝑃𝑎. Calcule: a barra BC é de latão (E = 105
a) a tensão normal atuante na barra; e GPa). As barras são cilíndricas e
b) o seu alongamento. ligadas em B. Calcule o
deslocamento total da barra
composta ABC.
𝜎1 = 24,46 𝑀𝑃𝑎 e 𝜎2 = 9,17 𝑀𝑃𝑎; b) ∆ℓ1 = 7,28. 10;5 𝑚 e ∆ℓ2 = 3,93. 10;5 𝑚; c) 0,112 mm. Questão 68: 𝜎𝐴𝐴 = 1 𝑀𝑃𝑎; 𝜎𝐵𝐵 = 0,693 𝑀𝑃𝑎; 𝜎𝐶𝐶 = 0,733 𝑀𝑃𝑎. Questão 69: 63,83 kPa.
sal de 600 mm². Para a força comprimento. Considerando o
de 30 kN, calcule: peso próprio do material e dados
a) O deslocamento de B; 𝐸𝑎ç𝑜 = 210 𝐺𝑃𝑎, calcule, para as
b) O deslocamento de D; e seções 1 e 2:
c) O deslocamento de E.
a) A tensão normal;
62) A barra circular da figura ao lado é de aço, b) O alongamento; e
possui d = 20 mm e comprimento ℓ = 0,8 m. c) O alongamento total da peça.
Encontra-se submetida à ação de uma carga axial
de 7,2 kN. Dado: E =210 GPa, pede-se: 68) A coluna da figura dada suporta uma carga de
a) Tensão Normal atuante; e 240 kN. Sabe-se que a coluna é de concreto e:
b) Alongamento.
Bloco 1: ℎ1 = 2 𝑚; 𝐴1 = 0,24 𝑚2 ;
Bloco 2: ℎ2 = 2 𝑚; 𝐴2 = 0,36 𝑚2 .
Considerando o peso próprio do material, calcule as
tensões atuantes nas secções AA, BB e CC.
(∆ℓ) 𝑇 = 𝛼. ℓ. ∆𝑇
Onde,
(∆ℓ) = variação no comprimento do elemento em função da temperatura [m; mm]
= coeficiente linear de expansão térmica [ ;1 ]; propriedade do material.
ℓ = comprimento inicial do elemento [m; mm]
∆ = variação da temperatura do elemento [ ]
j)
b)
c) k)
d)
L)
e)
m)
f)
g)
h)