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Fluido Mecânico
Material Teórico
Elementos Fundamentais
Revisão Textual:
Prof.ª Dr.ª Luciene Oliveira da Costa Granadeiro
Elementos Fundamentais
OBJETIVO DE APRENDIZADO
• Apresentar uma revisão dos conceitos de mecânica dos fluidos.
Orientações de estudo
Para que o conteúdo desta Disciplina seja bem
aproveitado e haja maior aplicabilidade na sua
formação acadêmica e atuação profissional, siga
algumas recomendações básicas:
Conserve seu
material e local de
estudos sempre
organizados.
Aproveite as
Procure manter indicações
contato com seus de Material
colegas e tutores Complementar.
para trocar ideias!
Determine um Isso amplia a
horário fixo aprendizagem.
para estudar.
Mantenha o foco!
Evite se distrair com
as redes sociais.
Seja original!
Nunca plagie
trabalhos.
Não se esqueça
de se alimentar
Assim: e de se manter
Organize seus estudos de maneira que passem a fazer parte hidratado.
da sua rotina. Por exemplo, você poderá determinar um dia e
horário fixos como seu “momento do estudo”;
No material de cada Unidade, há leituras indicadas e, entre elas, artigos científicos, livros, vídeos
e sites para aprofundar os conhecimentos adquiridos ao longo da Unidade. Além disso, você tam-
bém encontrará sugestões de conteúdo extra no item Material Complementar, que ampliarão sua
interpretação e auxiliarão no pleno entendimento dos temas abordados;
Após o contato com o conteúdo proposto, participe dos debates mediados em fóruns de discus-
são, pois irão auxiliar a verificar o quanto você absorveu de conhecimento, além de propiciar o
contato com seus colegas e tutores, o que se apresenta como rico espaço de troca de ideias e
de aprendizagem.
UNIDADE Elementos Fundamentais
Mecânica
Entende-se por MECÂNICA a parte da Física que estuda os movimentos de cor-
pos desde um carro na estrada até um planeta em rotação e translação. Devido à
sua grande abrangência, a mecânica é utilizada em outras áreas de conhecimento
além da Física.
Figura 1
Fonte: Getty Images
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• Cinemática: preocupa-se com o comportamento dos movimentos como mo-
vimento uniforme, uniformemente variado e o circular. A Cinemática vetorial
aponta direção e sentidos, e a Cinemática escalar não considera as causas dos
movimentos nem as massas envolvidas;
• Dinâmica: preocupa-se com as forças que ocasionam os movimentos e sua
fundamentação encontra-se nas três Leis de Newton que explicam matemati-
camente a movimentação dos corpos.
Figura 2 Figura 3
Fonte: Getty Images Fonte: Getty Images
Figura 4
Fonte: Getty Images
Nessa mesma linha de pensamento, pode-se dizer que é muito mais fácil manu-
sear um corpo com menor massa – quanto maior a massa, maior deverá ser a força
aplicada para iniciar ou modificar o movimento.
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UNIDADE Elementos Fundamentais
Diz-se que a Primeira Lei de Newton não é intuitiva, pois os corpos não ficam
em movimento infinito devido à força de atrito, e o movimento infinito só seria
possível caso conseguíssemos anular essa força.
0
FR 0 VV constante
Figura 5
Fonte: Getty Images
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A Mecânica Quântica surge quando Max Planck diz que a luz poderia ser
liberada em porções proporcionais à frequência da radiação denominada quanta,
concluindo que a luz tem comportamento de onda e partícula.
Figura 6
Fonte: cienciahoje.org
Fluidos
Pode-se definir fluido como uma substância que se deforma continuamente sob
a aplicação de uma força ou tensão tangencial, sendo que conforme o estado físico
da matéria, os fluidos compreendem as fases líquida e gasosa basicamente.
Figura 7
Fonte: Getty Images
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UNIDADE Elementos Fundamentais
Figura 8
Fonte: Wikimedia Commons
Propriedades
Ao estudarmos fluidos, é importante conceituar duas grandezas características:
densidade e pressão.
m
V
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Figura 9
Fonte: Getty Images
Chamamos de pressão a grandeza física que mede a força exercida por unidade
de área, algebricamente representada por:
F
A
Explor
Tabela 1
Unidade ATM kgf/cm2 bar PSI Pa
ATM 1 1,033 1,013 14,69 101325
kgf/cm 2
0,968 1 0,981 14,23 98100
bar 0,987 1,02 1 14,5 100000
PSI 0,068 0,07 0,069 1 6896
Pa 0,0000098 0,0000102 0,00001 0,000145 1
Hidrostática X Hidrodinâmica
A Hidrostática é a parte da Mecânica que analisa fluidos em condições de re-
pouso, fundamentada em três princípios básicos:
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UNIDADE Elementos Fundamentais
Lei de Pascal
De acordo com o Princípio de Pascal, a pressão aplicada a um fluido que está
em determinado recipiente é distribuída a todos os pontos do fluido e às paredes do
recipiente que o contém igualmente.
Princípio de Arquimedes
Esse princípio diz que todo corpo parcial ou totalmente imerso em um fluido
recebe um empuxo vertical dirigido para cima, de módulo igual ao peso do fluido
deslocado pelo corpo.
E=r.V.g
• Onde:
» r: a massa específica do fluido;
» V: o volume do objeto que está imerso no fluido;
» g: a aceleração da gravidade no local.
Princípio de Stevin
Explicou o paradoxo da hidrostática, onde a pressão de um líquido independe da
forma do recipiente, depende apenas da altura da coluna líquida. Matematicamen-
te, a conclusão de Stevin pode ser escrita da seguinte forma:
ΔP = r . g . h
• Onde:
» ΔP: a variação da pressão em virtude da variação no comprimento da co-
luna fluida;
» r: a massa específica do fluido;
» g: a aceleração da gravidade no local;
» h: o desnível.
Equação da Continuidade
Analisando um sistema hidráulico com fonte e sumidouro fluido, a vazão de flui-
do nesse sistema deve ser constante.
Equação de Bernoulli
Trata-se de uma aplicação da Lei da Conservação da Energia aplicada a sistemas
onde há deslocamento de fluido. A equação pode ser escrita da seguinte forma:
P v2
constante
g 2g
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• Onde:
» P: a pressão absoluta;
» r: a massa específica do fluido;
» g: a aceleração da gravidade no local;
» v: a velocidade com que o fluido está se deslocando;
» y: o desnível.
Perdas de Carga
O conceito de perda de carga está relacionado com a perda de energia do fluido
em uma tubulação sob pressão ligada a fatores como atrito ou turbulência.
Figura 10
Fonte: Getty Images
O cálculo das perdas de carga localizadas pode ser expresso pela equação:
V2
h K .
2g
• Onde:
» K: valor experimental para cada acessório (adimensional);
» V: velocidade de referência (m/s);
» g: aceleração da gravidade (m²/s).
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UNIDADE Elementos Fundamentais
L v2
h f . .
D 2g
• Onde:
» Δh: perda de carga distribuída (m);
» f: fator de atrito (adimensional);
» L: comprimento da tubulação (m);
» D: diâmetro da tubulação (m);
» v: velocidade média do escoamento (m/s);
» g: aceleração da gravidade (m/s²).
Expressão para cálculo do f – fator de atrito.
No caso do escoamento laminar (Re < 2000), o fator de atrito é calculado por:
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f =
Re
• Onde:
» Re: o número de Reynolds (adimensional).
Para escoamento turbulento (Re > 4000), o fator de atrito é calculado por:
1 / √ f = - 2 log [ (ε/D)/3,7 + (2,51/ Re √ f)]
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• Onde:
» f é o fator de atrito (adimensional);
» ε/D é a rugosidade relativa (adimensional);
» Re é o número de Reynolds (adimensional).
O gráfico de Moody-Rouse permite determinar o fator de atrito em função do
número de Reynolds e da rugosidade relativa para tubulações comerciais que trans-
portam qualquer líquido.
Explor
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UNIDADE Elementos Fundamentais
Material Complementar
Indicações para saber mais sobre os assuntos abordados nesta Unidade:
Livros
Caracterização reológica de fluidos não newtonianos e sua aplicabilidade na indústria
DA SILVA, C. M. et al. Caracterização reológica de fluidos não newtonianos e sua
aplicabilidade na indústria. Caderno de Graduação-Ciências Exatas e Tecnológicas-
UNIT-ALAGOAS, v. 5, n. 2, p. 285, 2019.
Desenvolvimento de equipamentos didáticos para ensino de mecânica dos fluidos: estudo da perda de carga
DOS SANTOS, T. C. et al. Desenvolvimento de equipamentos didáticos para ensino de
mecânica dos fluidos: estudo da perda de carga. Revista de Ensino de Engenharia,
v. 35, n. 2, 2017.
Escoamento de fluidos em tanques: uma ferramenta alternativa para o ensino de mecânica dos fluidos
SILVA, R. F.; DOS SANTOS, E.; CRUZ, D. F. S. Escoamento de fluidos em tanques:
uma ferramenta alternativa para o ensino de mecânica dos fluidos. Tecnia, v. 2, n. 1,
p. 85-103, 2018.
Explorando a conexão entre a mecânica dos fluidos e a teoria cinética
VASQUES, E. J.; MENEGASSO, P.; DE SOUZA, M. Explorando a conexão entre a
mecânica dos fluidos e a teoria cinética. Revista Brasileira de Ensino de Física, v.
38, n. 1, p. 1307, 2016.
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Referências
AZEVEDO NETTO, J. M. Manual de hidráulica. 8. ed. São Paulo: Edgard
Blucher, 2009.
BRUNETTI, F. Mecânica dos fluidos. 2. ed. São Paulo: Pearson Prentice Hall, 2009.
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